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A CRISE CARCERÁRIA NO BRASIL

THE CARCERARY CRISIS IN BRAZIL


Bruno Vinícius da Silveira Gomes1*
Carlos Vinícius Assunção Nascimento*
Diogo Santos Moraes*
Francisco Erivaldo Gurgel de Oliveira Filho*
Jorge Antonio Leal de Alencar*
Leonardo Cavalcante Bittencourt Santos*
Pedro Paulo Saraiva Jorge*

RESUMO

Estudo sobre a crise carcerária brasileira e as suas consequências para a sociedade. Objetiva
analisar a persistência do problema das prisões brasileiras, refletindo sobre ações ineficazes do
Estado, mudanças de perspectivas e maneiras eficazes de se amenizar substancialmente esse
problema para que se possa contribuir de forma eminente com o desenvolvimento harmônico
da nação. Pauta a pesquisa como descritiva, sob metodologia de análise bibliográfica e
documental. O referencial teórico foi baseado, sobretudo, na Legislação Brasileira, em que a
Constituição Federal foi a base principal, além de especialistas no assunto, como Varella (1999)
e Kleinas (2012). Conclui que se trata de um tema delicado, de discussão nacional e
internacional, que requer debate e investimento e sugere a organização de parcerias entre
governo e capital privado com vistas à organização das prisões. Destaca que o processo de
ressocialização deve contar com ajuda psicológica, para que seja eficiente e a mídia como um
todo deve realizar o seu papel denunciando as más condições das prisões e incentivando
medidas solucionadoras.
Palavras-chave: Crise Carcerária. Legislação. Ressocialização. Brasil.

ABSTRACT
Study on the Brazilian prison crisis and its consequences for society. It aims to analyze the
persistence of the problem of Brazilian prisons, reflecting ineffective state actions, changing
perspectives and effective ways to substantially alleviate this problem so that it can contribute
in an eminent way to the harmonious development of the nation. Guideline the research as
descriptive, under methodology of bibliographic and documentary analysis. The theoretical
reference was based, above all, on the Brazilian Legislation, in which the Federal Constitution
was the main base, besides specialists in the subject, like Varella (1999) and Kleinas (2012). It
concludes that this is a delicate topic, of national and international discussion, which requires
debate and investment and suggests the organization of partnerships between government and
private capital with a view to the organization of prisons. It emphasizes that the process of
resocialization must count on psychological help, so that it is efficient and the media as a whole
must fulfill its role denouncing the bad conditions of the prisons and encouraging solutions.

*Graduandos do curso de Direito da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). E-mail:


brunogomes1209@gmail.com; carlosvinicius592@gmail.com; gurgelfilho.gf@gmail.com;
jorgeantoniodealencar@hotmail.com;leonardocavalcantebittencourt@outlook.com;
miguel._gomes@hotmail.com;
Keywords: Prison Crisis. Legislation. Recovery. Brazil.

1 INTRODUÇÃO
Discutir a temática da Crise Carcerária é relevante devido à seriedade dessa
problemática para o desenvolvimento harmônico da sociedade, haja vista que prejudica
substancialmente a população como um todo, gerando a sensação de impotência do Estado,
insegurança jurídica, e colocando o país em uma difícil situação na comunidade internacional.
Mas, sobretudo, é uma temática que merece discussão para que se possa ter a consolidação real
das leis e para o aprimoramento do Estado Democrático de Direito.

Nessa linha de pensar, estabeleceu-se como problema de pesquisa: Por que o Brasil está
enfrentando constantemente a problemática da Crise Carcerária, apesar de toda a sua riqueza,
exemplos a serem seguidos e tão belas leis que protegem os cidadãos?

Teve-se por objetivo principal analisar a persistência do problema das prisões


brasileiras, refletindo sobre ações ineficazes do Estado, mudanças de perspectivas e maneiras
eficazes de se amenizar substancialmente esse problema para que se possa contribuir de forma
eminente com o desenvolvimento harmônico da nação.

E por objetivos específicos, destacam-se:

a) entender como essa adversidade tem se firmado na contemporaneidade,


mesmo após muitas experiências que poderiam evitar essa consolidação,
refletindo sobre as consequências sobre as leis e como isso afeta a
dignidade humana, não só do preso, como também de toda a sociedade;

b) compreender o caráter punitivo das leis em matéria penal e processual


penal, bem como a necessidade de um uso mais frequente de penas
alternativas.

c) relatar as medidas desenvolvidas internacionalmente e a situação das


atuais prisões em todo o país e as consequências para a sociedade;

d) apresentar alternativas para a problemática da crise carcerária...

A pesquisa é apresentada como bibliográfica alicerçada nas leituras parciais da


Constituição da República (2017), nos estudos de Varella (1999), nos relatos dos escritores
Lima Barreto (201-) e Morais (1985), na dissertação de Kleinas (2012) e em dados coletados
pelo O Globo (2017)
O trabalho está estruturado em revisões literárias sobre O Problema Histórico
das Prisões Brasileiras, Os Direitos Humanos e o Cárcere, Exemplos de Países a Serem
Seguidos Pelo Brasil na Política Carcerária, Parceria Público-Privada Como Eficiência
Prisional, e, por fim, Considerações Finais.

2 O PROBLEMA HISTÓRICO DAS PRISÕES BRASILEIRAS


A Constituição Federal, buscando dar segurança jurídica e máxima proteção aos
cidadãos dispõe de diversos meios para que esses objetivos sejam alcançados. Cabe ressaltar,
assim, que se redigiu a Lei Máxima do país visando proteger a todos, sejam eles infratores ou
não. Acerca disso trata o seu Artigo 5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, [...] à
segurança” (BRASIL, 2017, p.9, grifo nosso). É necessário destacar, porém, que diversas vezes
ela foi desrespeitada, desacatando os direitos dos cidadãos, em que estava presente o abuso de
poder, como no caso do massacre do Carandiru, em outubro de 1992: “No dia 2 de outubro de
1992, morreram 111 homens no pavilhão Nove, segundo a versão oficial. Os presos afirmam
que foram mais de duzentos e cinquenta, contados os que saíram feridos e nunca retornaram. ”
(VARELLA, 1999, p. 295).

Entretanto, esse é um problema histórico, não só da Nova República. A Ditadura Civil-


Militar, por exemplo, que se estendeu de 1964 a 1985, foi caracterizada pelo excessivo poder
de prisão para conter aqueles que “ameaçavam a ordem”. O jornalista Vladimir Herzog, por
exemplo, preso por ser contra o Regime e se manifestar juntamente com outros ativistas, foi
encontrado morto em sua cela, onde foi forjado um suicídio, que, todavia, foi refutado: “O
suicídio forjado foi contestado pelos seus pares jornalistas, pelo Sindicato dos Jornalistas, pela
Arquidiocese de São Paulo e, em vista das pressões, pela comunidade judaica de São Paulo”
(KLEINAS, 2012, p.3). Isso demonstra a incapacidade de se proteger o preso, ferindo toda a
sociedade, pois a deixa sem segurança jurídica.

Analogamente, as críticas sobre a precariedade e abuso do sistema prisional podem ser


estendidas, também, para a Ditadura do Estado Novo (193-1945), em que o então presidente
Getúlio Vargas promovia caçadas contra opositores e ultrapassava os limites democráticos.
Urge que se exponha, então, o caso de Olga Benário Prestes- comunista contrária a Getúlio-,
judia grávida que foi deportada pelo governo Vargas para a Alemanha Nazista- ocasionando
em sua morte após torturas-, resultando em protestos na Europa contra o governo brasileiro,
liderados pela sogra e pela cunhada de Olga: “Mãe e filha percorreram o território espanhol de
ponta a ponta, organizando comícios nas principais cidades, pedindo a libertação dos presos
políticos do Brasil” (MORAIS, 1985, não paginado). Portanto, destaca-se as atitudes
desumanas cometidas contra os presos, refletidas na deportação de uma grávida para um Estado
autoritário que praticava a morte de milhões de pessoas.

O escritor Lima Barreto, em mais uma discordância dos meios prisionais brasileiros,
tece uma crítica sobre os modos truculentos que foram usados nos primeiros anos republicanos
brasileiros. Desse modo, em seu livro “Triste Fim de Policarpo Quaresma” (sem data), há as
denúncias contra as atitudes do presidente Floriano Peixoto, que, para que se mantivesse no
poder, prendia seus opositores em masmorras escuras, insalubres e sem os mínimos de direitos
necessários, além das penas de mortes impostas apenas por seu contrário ao presidente.

Desse modo, infere-se que a Crise Carcerária brasileira não é um problema atual, mas
que vem se formando desde a constituição da República, com sucessivas épocas de maus-tratos
contra os presidiários, ferindo a sociedade e prejudicando o desenvolvimento saudável do país.

3 O CARÁTER PUNITIVO DO JUDICIÁRIO

Os problemas por quais passam o sistema penitenciário brasileiro tem no caráter


punitivo das penas uma de suas causas. Segundo dados do Departamento Penitenciário
Nacional (DEPEN), em uma pesquisa de junho de 2014, a cada 100 mil habitantes, 300 estão
encarcerados, e a ocupação dos presídios brasileiros passa de 160%, o que significa um
excedente preocupante, que exige atenção. As leis aprovadas em matéria penal e processual
penal apresentam como nota majoritária a punição, o que contribui para superlotação das
penitenciárias brasileiras, reafirmadas pelos dados levantados acima.

Durante a história, houve uma ascensão do caráter punitivo, uma vez que de modo
gradativo mais leis foram sendo elaboradas em matérias penal e processual penal. No ano de
1980, 28 leis do tipo foram aprovadas pelo congresso nacional, enquanto que 83 em 1990,
segundo dados da pesquisa “Descarcerização e Sistema Penal” - CNJ Acadêmico (2012-2015),
um grande salto. Explica-se este “salto” levando-se em consideração os processos de
redemocratização, bem como os fins de defesa dos princípios e garantias asseguradas pela
Constituição Federal de 1988. Entretanto, tal aumento era para, de fato, elevar a segurança do
que estava prescrito pela mais nova constituição ou para reafirmar a política de
encarceramento?
Diante dessa perspectiva, legisladores muitas vezes cedem espaço para o senso
comum em ocasiões em que deveriam prevalecer a técnica. Costumam tomar atitudes baseados
em discursos punitivos, vinculados pela mídia, para satisfazer o que acha melhor a maior parte
da população, inclusive os seus eleitores. Nesse sentido, o que incentivou a elaboração da
pesquisa “O estudo do impacto legislativo como estratégia de enfrentamento a discursos
punitivos na execução penal” por Carolina Costa, foi uma oportunidade em que teve a
experiência profissional de estar na Casa Civil da Presidência da República, em 2011, para
discutir alguns pontos do Projeto de Lei da Câmara dos Deputados nº 4.208/2001, convertido
na Lei nº 12.403/2011. Assim, propôs disposições baseadas em dados e pesquisas, que teriam
suma importância na diminuição do encarceramento em massa e das prisões preventivas.
Entretanto, foi dito a ela que suas medidas não seriam aprovadas, pois seria mais fácil a
utilização de um argumento episódico do que dados para o convencimento da maioria dos
parlamentares. Obteve-se, a partir disso, que propostas baseadas em dados concretos não tinham
o devido valor para legisladores, mas medidas assentadas no que se propaga pelo senso comum,
sim.

As penas alternativas, no entanto, apresentam um grande valor para fins de


reinserção social, e ainda diminuição da superlotação carcerária. É de suma relevância uma
reflexão popular de que uma sanção penal apresenta como finalidade não vingar a sociedade
prejudicada pela conduta criminosa, mas sim realizar os processos devidos de “devolução” do
indivíduo ao seio social. Como exemplo, tem-se a Lei de Drogas, que realiza uma diferenciação
entre traficante e usuário. Para este, penas alternativas devem ser aplicadas, enquanto que para
aquele a privação de liberdade é aplicada. Entretanto, a referida lei não estabeleceu um critério
explícito para se diferenciar traficante de usuário, cabendo ao juiz decidir. Entretanto, a maior
parte das decisões consideram o individuo como traficante, sendo enviado, portanto, para os
presídios, o que contribui para a superlotação. Assim, penas que apresentem um caráter mais
humanizado – e menos punitivo – devem ser aplicadas, de modo a aprimorar o sistema penal
brasileiro.

3 OS DIREITOS HUMANOS E O CÁRCERE

A Constituição Federal estabelece os princípios do Estado Democrático de Direito. A


crise do sistema prisional vai de encontro aos preceitos legais fixados na Carta Magna. Partindo
dessa análise, nota-se que os apenados, em grande parte, têm os seus direitos fundamentais
violados. Assim, esse grupo não possui a sua dignidade humana reconhecida por parte do poder
público.

Essa transgressão aos direitos é percebida com a superlotação, violência sexual, maus
tratos e outras situações desumanas vividas nos presídios brasileiros. Nesse sentido, ao negar o
princípio da dignidade da pessoa humana, o modelo democrático, constitucional e humano não
é efetivado, o que causa intempéries no ordenamento jurídico brasileiro.

O princípio da dignidade da pessoa humana significa proteger os direitos individuais e


configura como um atributo que não deve ser afastado do ser humano. Nesse cenário, a
reformulação do sistema prisional brasileiro é uma condição obrigatória, pois as unidades
prisionais violam constantemente a dignidade humana.

Ademais, o Estado não busca incentivar a ressocialização das pessoas privadas de


liberdade. O ambiente, por vezes, insalubre contribui para tornar o indivíduo ainda mais
propenso a optar pelo crime na sua volta ao âmbito social. Com isso, o conceito de dignidade
do preso que deveria ser irrenunciável, é, na verdade, ultrajado no sistema prisional brasileiro.

4 EXEMPLOS DE PAÍSES A SEREM SEGUIDOS PELO BRASIL NA POLÍTICA


CARCERÁRIA

Dentre os países do mundo, o Brasil apresenta um sistema prisional caótico, com


muitas falhas e com a quarta maior população carcerária do mundo. Do outro lado da moeda,
países como Holanda e Noruega são exemplos de um sistema carcerário eficiente. De acordo
com dados da World Prison Brief, a Holanda e a Noruega possuem, respectivamente, cerca de
11 mil e 4 mil presos. Em suas devidas proporções, são números baixíssimos se comparados
aos brasileiros. Isto se deve por uma das políticas penais de ambos os países: diminuição de
penas longas. Com um sistema judicial rápido e capacitado, os casos são estudados para que a
sentença seja aliviada, mas ao mesmo tempo justa. Através disso ocorre a emissão de penas
curtas, com cerca de 90% dos casos não passando de um ano de cárcere, no caso da Holanda.

Além disso, ambos os países possuem uma política liberal quanto a reclusão social do
detento. Com a filosofia de que a rotina na prisão deve ser a mais normal possível, os detentos
possuem certa liberdade. As prisões contam com oficinas de música, áreas verdes, bibliotecas,
quadras poliesportivas e cozinhas. Os detentos são liberados para transitar livremente por esses
espaços, adotando assim a ideia de rotina e trazendo semelhança com a vida fora da prisão.
Desta forma, a pena do mesmo é de certa forma personalizada e procura abordar as causas que
o levaram a praticar o crime. O objetivo disso é a ressocialização do indivíduo, para que ele
volte para a sociedade “recuperado”, uma vez que na maioria dos casos este voltará em curto
tempo para a sociedade. Esta filosofia se mostra eficiente, uma vez que a taxa de reincidência
é cerca de 20%, sendo uma das menores do mundo. No caso da Holanda, é ainda maior, pois
esta fechou ou designou as prisões para outros fins, pois elas se encontravam vazias. Logo, o
indivíduo não pratica novos crimes e volta a sociedade reabilitado para a convivência social.

Esse são exemplos a serem seguidos pelo Brasil, uma vez que se mostram eficientes
ao diminuir as penas, julgam os cidadãos condenados rapidamente, diminuem o número de
detentos e ao mesmo tempo pratica a filosofia de ressocialização a eles. Práticas essas que são
executáveis com certa facilidade para resolver os problemas do sistema prisional.

5 PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA COMO EFICIÊNCIA PRISIONAL


Atualmente, com a crise do sistema carcerário brasileiro, mostra-se necessário um
conjunto de mudanças no sistema, visando um melhor funcionamento deste e um maior bem-
estar aos encarcerados. O sistema de parcerias público-privadas é uma alternativa para uma
melhor administração dos cárceres do país. A essência desse pacto é que diminua a ação do
Estado no funcionamento diário do presídio, mas este continuará com a função jurídica sobre o
preso, já que não pode delega-la a outrem. Logo, a empresa irá se tornar responsável pelas
necessidades básicas de saúde, higiene, lazer e bem-estar dos detentos, enquanto o Estado será
responsável por punições e diminuições de pena.

No Brasil, mas em apenas um presídio, já foi adotado esse sistema, visando um melhor
tratamento desse problema, que dificilmente poderia ser solucionado exclusivamente pelo
poder público. Esse único presídio localiza-se em Ribeirão das Neves (BH), não tendo nos seus
três primeiros anos qualquer registro de motim, rebelião ou mortes violentas, como ocorre
constantemente na maioria dos cárceres brasileiros (O Globo, 2017).

As principais vantagens desse acordo entre o poder público e a iniciativa privada


se iniciam com as melhores condições de recuperação do preso, já que nos presídios públicos o
indivíduo não passa pelo processo de ressocialização. Também há a vantagem de que qualquer
tipo de corrupção por parte dos agentes penitenciários, não haverá uma burocracia tão grande
para demiti-lo ou substituí-lo, como ocorreria caso fossem funcionários estatais, porque já que
o funcionário é terceirizado, ele pode ser deslocado com maiores facilidades. Para
complementar, ainda há a vantagem do trabalho que os detentos podem realizar, sendo
remunerados, havendo diminuição da pena, de forma que possam voltar o quanto antes a viver
em sociedade e com melhores condições de sustentar suas famílias.

Portanto, as parcerias público-privadas nos presídios brasileiros, se ocorressem


com maior frequência, seriam altamente benéficas para a diminuição do caos instaurado dentro
dos cárceres, principalmente pelo fato de serem uma inovação, com objetivos e métodos
diferentes de controle e atuação. Exemplos como o do presídio de Ribeirão das Neves precisam
ocorrer de forma mais constante no Brasil, visando uma mudança no sistema, e a amenização
da crise.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para o desenvolvimento da pesquisa, teve-se por problema: Por que o Brasil está
enfrentando constantemente a problemática da Crise Carcerária, apesar de toda a sua riqueza,
exemplos a serem seguidos e tão belas leis que protegem os cidadãos?

Teve-se por objetivo principal analisar a persistência do problema das prisões


brasileiras, refletindo sobre ações ineficazes do Estado, mudanças de perspectivas e maneiras
eficazes de se amenizar substancialmente esse problema para que se possa contribuir de forma
eminente com o desenvolvimento harmônico da nação.

E por objetivos específicos, destacam-se:

a) entender como essa adversidade tem se firmado na contemporaneidade,


mesmo após muitas experiências que poderiam evitar essa consolidação, refletindo
sobre as consequências sobre as leis e como isso afeta a dignidade humana, não só
do preso, como também de toda a sociedade;

b) relatar as medidas desenvolvidas internacionalmente e a situação das atuais


prisões em todo o país e as consequências para a sociedade;

c) apresentar alternativas para a problemática da crise carcerária.

Constatou-se que a Crise Carcerária brasileira não é um problema atual, mas, sim, que
vem de muito tempo. É cabível dizer que não é característica apenas de governos totalitários,
fato comprovado pela atualidade do problema mesmo diante de governos democraticamente
eleitos. Os problemas encontrados ao longo da história fazem com que a tomada de medida na
atualidade se torne eminente, visando corrigir os erros atuais para que se possa fugir desse
passado obscuro que insiste em continuar na contemporaneidade brasileira.

Os Direitos Humanos possuem papel central nessa discussão. É preciso relatar, portanto,
que as condições degradantes na qual estão milhares de presos é inadmissível em um Estado
Democrático de Direito como o Brasil. Essa situação expõe a fragilidade da nação e torna
diminuta diante do contexto internacional, colocando-a numa posição desfavorável diante das
demais nações.

É imperativo postar que muitos países- com destaque aos europeus- já foram capazes de
superar essa crise, o que demonstra a possibilidade de que se supere essas intempéries, mesmo
que seja necessário pedir ajuda internacional.

Sugere-se que a União dê mais enfoque às parceiras públicos-privados na administração


das prisões por todo o país, considerando que isso possibilita a divisão de tarefas entre os
acordados, levando-os realizarem suas devidas partes com mais eficácia. É útil.

REFERÊNCIAS
BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. Brasília, DF: Ministério da Cultura,
[201-]. 104 p.

BERGAMASCHI, Mara. Com três anos, presídio privado em Minas Gerais não teve
rebeliões. In: O Globo, Rio de Janeiro, 2017. Disponível em:
< https://oglobo.globo.com/brasil/com-tres-anos-presidio-privado-em-minas-gerais-nao-teve-
rebelioes-20740890>. Acesso em 7 jun 2018.

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em 5 de outubro de 1988. Organização do Texto: Juarez de Oliveira. 52.ed. Brasília, DF:
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FERREIRA, Carolina Costa. O estudo de impacto legislativo como estratégia de enfrentamento


a discursos punitivos na execução penal. 2016. 182 f., il. Tese (Doutorado em Direito)—
Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
KLEINAS, Alberto. A morte de Vladimir Herzog e a luta contra a Ditadura: a
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SILVA, Gil Braga de Castro. A importância das penas alternativas. 2014. Disponível em:
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VARELLA, Dráuzio. Estação Carandiru. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. 297 p.

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