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SAÚDE

'Como sou cirurgiã de câncer de


mama, pensei que não
aconteceria comigo'
Liz O'Riordan conta como seguiu adiante após abrir mão da
carreira por causa da doença.
Mariam Issimdar - BBC News

25 ABR 2019 07h37 atualizado às 07h46

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"C
omo muitas mulheres, eu não checava meus seios. Pensava:
'Isso não vai acontecer comigo - sou uma cirurgiã de câncer
de mama'".

Liz O'Riordan foi diagnosticada com câncer de mama pela primeira vez em 2015
Foto: Alex Kilbee / BBC News Brasil

Liz O'Riordan acabou, no entanto, precisando abrir mão da carreira a que


se dedicou por 20 anos após ser diagnosticada com a doença.

Em 2015, aos 40 anos, ela foi submetida a uma mastectomia e, em maio


do ano passado, o câncer voltou.

As sessões de radioterapia do segundo tratamento reduziram seus


movimentos do ombro, o que levou O'Riordan a tomar a
"emocionalmente muito difícil" decisão de deixar de operar.

Antes de ser diagnosticada, O'Riordan descobriu caroços nos seios que se


revelaram ser apenas cistos. Uma mamografia, seis meses antes,
mostrara um seio saudável.

Mas, na sequência, outro caroço apareceu e a mãe insistiu para ela fazer
uma tomografia.

Ao receber o resultado, a cirurgiã, que mora perto de Bury St Edmunds,


em Suffolk, no Reino Unido, já sabia qual era seu prognóstico:

"A maioria dos pacientes recebe a notícia em doses homeopáticas. Eu vi o


exame e sabia que precisaria de uma mastectomia, sabia que
provavelmente precisaria de quimioterapia porque era jovem, e tinha
uma boa noção de qual seria minha chance de estar viva em 10 anos,
tudo isso em uma fração de segundos."

O'Riordan, hoje com 43 anos, afirma que não são muitos médicos que
desenvolvem as doenças em que se especializam; Certamente, ninguém
em seu departamento no Hospital Ipswich, em Suffolk, tinha câncer de
mama.

Liz O'Riordan competindo com o marido na RideLondon, evento de ciclismo realizado


em Londres
Foto: Liz O'Riordan / BBC News Brasil

A princípio, ela ficou "aterrorizada", e várias dúvidas passaram pela sua


cabeça.

"Quanto devo compartilhar com meus pais e marido? Até que ponto eu
posso deixar de ser uma cirurgiã de câncer para ser apenas uma
paciente?"

Embora ela soubesse o que estava acontecendo fisicamente, não tinha


ideia de como seria ter de fato a doença.

"Eu sei o que é dizer a alguém que (a pessoa) tem câncer de mama."

"Eu não sabia o que era enxugar as lágrimas, sair da clínica, passar pela
sala de espera, pelo corredor do hospital até chegar ao estacionamento e
começar a berrar."

O segundo tratamento deixou O'Riordan com os movimentos do ombro reduzido


Foto: Liz O'Riordan / BBC News Brasil

Após conversar com o marido, Dermot, ela decidiu compartilhar o


diagnóstico com seus 1,5 mil seguidores no Twitter, que a conheciam
principalmente por sua paixão pela cozinha, pelo triatlo e pela medicina.

A rede social, disse ela, acabou se tornando sua tábua de salvação - foi
onde ela recebeu uma "enorme manifestação de apoio".

"Pacientes me disseram como lidar (com a doença)."

"Há sempre alguém acordado às três horas da manhã para falar com
você se for preciso."

As redes sociais também a colocaram em contato com outros médicos


com câncer, e desde então ela criou um grupo no WhatsApp para
profissionais de saúde com a doença.

O'Riordan descobriu que estava 'revivendo' seu próprio câncer quando retornou ao
trabalho
Foto: John Godwin / BBC News Brasil

Após o primeiro tratamento contra o câncer, O'Riordan voltou a trabalhar


como cirurgiã no Hospital Ipswich. Mas não tinha ideia de como seria
"emocionalmente desafiador".

Por ter tido câncer, ela pensou que poderia ajudar as pacientes de uma
maneira diferente.

"Mas foi uma das coisas mais difíceis que já fiz."

"Quando você está dando uma má notícia e dizendo a uma mulher que
ela tem câncer, é sempre difícil, mas eu estava revivendo a situação toda,
podia ver como eu e meu marido ficamos quando recebemos a notícia."

"Você está desesperado para se conectar com alguém que tenha uma
experiência parecida, só que eu não podia - eram minhas pacientes."

"Eu sofri após a minha mastectomia, e quando estava operando, tinha


total consciência de que eu poderia causar aquele mesmo sofrimento a
elas, eu não queria fazer isso, e foi muito, muito difícil", acrescenta.

Liz O'Riordan teve de desistir de operar por causa de dores no ombro


Foto: Liz O'Riordan / BBC News Brasil

Ela conta que também precisou se esforçar para participar das reuniões
semanais para discutir o prognóstico das pacientes.

"Na primeira reunião após a minha volta, minha paciente tinha


basicamente o mesmo câncer que eu. Tinha a mesma idade, meu câncer,
mais ou menos o mesmo milímetro - era eu naquele papel."

"E ouvi todos os meus colegas dizerem: 'Isso é muito ruim'."

Em 2018, o câncer de O'Riordan voltou à mesma axila. Ela descobriu em


uma tomografia realizada antes de remoção da mama reconstruída, que
estava causando muita dor a ela.

Ela foi submetida então a uma segunda sessão de radioterapia na mesma


área, "algo que raramente é feito".

Desta vez, foi alertada que talvez não conseguisse mover o braço
adequadamente depois. Mas, se não fizesse a cirurgia, as perspectivas
eram sombrias.

A operação resultou em mais cicatrizes, fibrose e comprometimento dos


tecidos moles, o que de fato reduziu o movimento do seu ombro e
significava que ela tinha menos força no braço.

O'Riordan ganhou uma estátua em sua homenagem no ano passado, localizada nos
jardins da abadia de Bury St Edmunds
Foto: Dermot O'Riordan / BBC News Brasil

Ela disse que seus chefes fizeram o possível para ajudá-la a retomar a
carreira pela segunda vez.

"Fiz fisioterapia intensiva, me consultei com um cirurgião ortopédico -


porque é um grande passo admitir que 'não vou conseguir fazer de novo
aquilo que dediquei 20 anos da minha vida, estudando, fazendo provas,
doutorado, para me tornar uma especialista naquilo que eu amava'."

"Eu posso dar continuidade à minha vida diária, mas ser capaz de operar
com segurança, isso nunca vai acontecer", afirmou.

A essa altura, O'Riordan também sentia a necessidade psicológica de ter


uma "uma folga do câncer", especialmente porque o retorno ao trabalho
antes da reincidência da doença tinha sido traumático.

Além disso, o risco de o câncer retornar mais uma vez agora era maior do
que antes, e havia o perigo de voltar em outra parte do corpo.

Após cerca de quatro meses, ela decidiu que sua carreira como cirurgiã
tinha chegado ao fim.

"Foi uma mistura de sentimentos, e muito, muito difícil dizer adeus."

O'Riordan participou de uma prova de meio ironman em Sta ordshire, na Inglaterra,


após seu tratamento em 2017
Foto: Liz O'Riordan / BBC News Brasil

O'Riordan agora aconselha pessoas que tiveram câncer sobre seus


direitos ao voltar ao trabalho. Casada com um cirurgião, ela reconhece
que "tem sorte" de não precisar ter um trabalho remunerado.

Ela atua como embaixadora voluntária da empresa social Working with


Cancer, que a orientou sobre seus direitos trabalhistas depois que
decidiu retornar ao trabalho em 2017, após o primeiro tratamento contra
o câncer.

Um diretor interino do hospital disse a ela, na ocasião, esperar que o


retorno dela se desse de forma gradual ao longo de quatro semanas.

"Eu ainda estava sofrendo de exaustão e tentando fazer meu cérebro


funcionar novamente", conta O'Riordan.

"E não sabia que se você tem câncer, é classificado como legalmente
incapacitado sob a Lei da Igualdade e seus empregadores têm que fazer
ajustes razoáveis para permitir que você volte ao trabalho."

"Muitas pessoas ficam desesperadas para recuperar suas vidas de volta


quando têm câncer, mas pode ser incrivelmente difícil encontrar este
caminho e muitos empregadores não sabem como ajudar pacientes com
câncer - ou até que ponto deveriam."

O'Riordan, fotografada aqui dando uma palestra em Stuttgart, na Alemanha, sobre


atendimento a pacientes
Foto: Liz O'Riordan / BBC News Brasil

Segundo O'Riordan, a maior parte dos consultores da Working with


Cancer teve a doença e "entende isso".

Além de oferecer informações sobre seus direitos trabalhistas, eles


preparam funcionários e empregadores para as armadilhas emocionais.

Como resultado da quimioterapia, O'Riordan voltou ao trabalho com o


cabelo curto e encaracolado.

A coach dela perguntou: "O que você vai fazer quando as pessoas não
reconhecerem você?"

Ela descartou a princípio essa possibilidade, até o dia em que percebeu


que uma colega com quem estava conversando não se deu conta de
quem ela era.

A preparação com a Working with Cancer a ajudou a evitar


constrangimentos deste tipo.

Pouco antes de voltar ao trabalho, ela enviou um email ao seu gestor,


explicando que estava aberta a falar sobre a doença com os colegas, mas
não durante o expediente.

"Você tem o direito de pedir que as coisas fiquem o mais confortável


possível para você. Eles não podem demitir você porque seria
discriminação."

A ex-cirurgiã afirma que o trabalho como embaixadora a ajudou a se


reconectar com seu senso de propósito.

"Como cirurgiã, eu estava ajudando 70, talvez 100 mulheres por ano com
câncer de mama."

"Mas com meu livro, meu blog, as conversas e o trabalho na Working with
Cancer, eu posso ajudar centenas, milhares de mulheres."

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