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EMENTA
ACÓRDÃO
Acordam as Senhoras Juízas da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais
Cíveis e Criminais do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, MARIA AUXILIADORA
SOBRAL LEITE – Relatora, CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ e
ISABELA KRUSCHEWSKY PEDREIRA DA SILVA ,Presidente, em proferir a
seguinte decisão: RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO . UNÂNIME, de acordo com a
ata do julgamento. Custas e honorários advocatícios pela recorrente , que fixo em 20%
sobre o valor da condenação.
Juíza Presidente
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA
2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS
EMENTA
RELATÓRIO
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Condenar a Ré a se abster de incluir novamente o nome e o CPF da parte autora dos órgãos de
proteção ao crédito, apenas e tão somente em relação ao contrato supra mencionado sob pena de
multa diária, que ora arbitro em R$ 50,00 (cinquenta reais), para o caso de descumprimento;d)
Condenar, ainda, a ré ao pagamento de uma indenização ao autor no valor de R$ 4.500,00
(quatro mil e quinhetos reais), no prazo de lei, a título de danos morais, em virtude da
negativação indevida. Juros de mora, na base de 1% (um por cento) ao mês, a partir da citação e
correção monetária, da data do arbitramento.”
VOTO
acionada, não possuindo qualquer linha telefônica fixa da referida empresa, não tendo
sido notificada, e que não obstante fora incluída indevidamente nos órgãos de proteção
bem como seja a acionada condenada pelos danos morais por ela suportados.
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O exame dos autos evidencia que o ilustre a quo examinou com acuidade a
demanda posta à sua apreciação no que concerne à cobrança indevida, tendo em vista
que a empresa recorrente deixou de trazer elementos probatórios que refutassem as
alegações da parte autora, não apresentando suposto contrato firmado entre as partes,
nem tão pouco qualquer outro capaz de comprovar o vínculo jurídico e a efetiva utilização
dos serviços supostamente prestados.
Assim, caberia à empresa trazer aos autos elementos que indicassem a
efetiva prestação de serviços no período que a parte autora alega não terem sido
prestados, justamente em razão de pedido de cancelamento do contrato firmado entre as
partes.. Mas se assim não o fez, precluída esta a oportunidade, restando-lhe suportar o
ônus da sua inabilidade processual.
Por outro lado, o autor junta com a exordial a certidão da CDL que
atesta o apontamento indevido , por solicitação da demandada, desincumbindo-se
assim do ônus de provar o fato constitutivo de seu direito , nos termos do art.333,
Ido CPC. É cediço na jurisprudência pátria que a negativação do nome do
consumidor nos cadastros de proteção ao crédito por cobrança indevida gera dano
moral in re ipsa, que prescinde de comprovação. Nesse sentido :
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595032442:
O critério de fixação do valor indenizatório, levará em conta tanto a
qualidade do atingido, como a capacidade financeira do ofensor, de
molde a inibi-lo a futuras reincidências, ensejando-lhe expressivo,
mas suportável, gravame patrimonial.