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• Embora a associação de árvores e outras plantas seja uma atividade reconhecidamente antiga e
amplamente difundida em diversos povos somente na déc. de 50 (Costa Rica) surgiram as
primeiras tentativas de caracterizar e definir essas formas de combinadas de produção. (Borel,
1997).
• A atividade agroflorestal tem sido cada vez mais divulgada no mundo atual como
fator de importância socioambiental para oferta de bens e serviços em base a
princípios equilibrados de produção.
• 1,2 bilhões de pessoas ~24% população mundial, nos países em desenvolvimento dependem
diretamente de produtos e serviços agroflorestais (tanto no meio rural e urbano).
Histórico
• Acirramento das questões ambientais e com a demanda crescente por
sistemas produtivos equilibrados e sustentáveis para o mundo rural →
sistemas agroflorestais obtiveram grande visibilidade.
• De forma reducionista e negligenciando a importante perspectiva de produção e
rentabilidade econômica (Silva, 2011).
• Destaque também pelo cenário rural brasileiro → significado sociocultural e ambiental, a presença
biodiversificada e multiestratificada dos quintais agroflorestais e todo o legado dos cultivos mistos
indígenas que incorporam e preservam significantes saberes tradicionais das regiões onde estão presentes.
• Características biogeográficas do país (8.511.965 km2) → variações
agroecológicas regionais favoráveis e diversificação cultural.
• Escala de adotabilidade,
• Composição,
• Padrão de tecnificação.
• Região Norte detém grande concentração e diversidade de SAFs em duas situações distintas
• Sistemas de cultivos mistos → c/ espécies com reconhecido valor de mercado ou “espécies âncoras” .
• Ex.: Cacaueira e Seringueira (Havea brasiliensis) – Amazônia, Bahia e Espírito Santo;
Erva-mate (Ilex paraguariensis) – Região Sul
Cafeeira (Coffea arábica) – Sul, Sudeste e extremo Norte do país.
• Desafio: mudança de uso de subsistência para processos produtivos mais tecnificados com potencial para
participar em diferentes escalas da economia de mercado possibilitada pelo SAF. → mudança de postura
para desenvolvimento e aperfeiçoamento dessas tecnologias, de maneira que sejam atrativas e capazes de
promover sustentação socioeconômica e ambiental, evitando ou minimizando situações de degradação,
exploração inapropriada do ambiente, manutenção da pobreza e êxodo rural. (Silva, 2011.)
Cultivos agroflorestais identificados nos biomas brasileiros
• Regiões Sul e Sudeste → sistemas silvipastoris (integração pecuária-floresta) com forte inclusão
de espécies arbóreas madeireiras.
• Destaques: eucalipto (Eucalyptus sp.), pinus (Pinus sp.), grevílea (Grevillea robusta) e canafístula
(Peltophorum dubium).
Social Ecológica
Fomento
SAFs
Florestal
Técnica Econômico
• Equilíbrio: Deve ser consequência da adequação quantitativa e qualitativa das espécies arbóreas e não
arbóreas entre si e com o ambiente.
• Equilíbrio dinâmico → crescimento e desenvolvimento das espécies associadas e o manejo relacionado com as
modificações ambientais decorrentes ao longo do tempo
• Estado estável: A estabilidade pode ser atingida a partir da interação positiva de fatores biológicos,
ecológicos e econômicos.
• Planejamento adequado, implantação correta e manutenção apropriada são condições
Enfoque sistêmico
• Determina mais ênfase na avaliação e manejo das interações entre os componentes e menos
ênfase em cada um deles, de maneira a ter o entendimento das relações entre a estrutura e as
funções dos sistemas.
C
AGROSSILVIPASTORIL A
M
P
O
* Escalonamento temporal
Conceitos importantes do esquema organizacional
b) Ao menos uma das espécies intercultivadas deve ser arbórea ou de estrutura e porte semelhante;
c) Ao menos uma das espécies combinadas deve ser cultivada dentro de preceitos convencionais das ciências agrárias
para culturas agrícolas, florestais ou trabalho com os animais.
❖ MANEJO: condição essencial para obter e otimizar resultados biológicos, econômicos e ecológicos.
d) A combinação de cultivos ou entre cultivos e animais deve ocorrer em uma mesma unidade de área, de tal modo,
que a interação entre as espécies combinadas se façam presentes;
f) A combinação resultante ajustada para ofertar bens e/ou serviços de maneira sustentável.
Premissa Biológica, Econômica e Ecológica
• Premissa Biológica: As espécies presentes no sistema podem ser manejadas segundo princípios das
ciências agrárias (agricultura, silvicultura e zootecnia), respeitando sua compatibilidade e exigências
ecofisiológicas.
❖A primeira premissa é fundamental para as demais! Prática culturais tecnicamente adequadas pelos
agricultores constitui uma condição indispensável para obtenção de bons resultados → influência direta na
confirmação das outras premissas.
Premissa Biológica, Econômica e Ecológica
• Efeito sinérgico → interações estabelecidas entre os componentes = sustentabilidade e incremento da
produtividade.
1. Produção múltipla;
2. Produção escalonada;
3. Produção sustentada;
• Conceituação restrita, mas com grande potencial de adoção face ao apelo que áreas de
amortecimento tem tido nos últimos anos.
❖A predominância de uma dessas relações depende de vários fatores: genótipo da espécie florestal,
compatibilidade entre as espécies combinadas, quantidade de espécie por unidade de área, arranjo no
campo e do espaçamento adotado (fatores de crescimento e desenvolvimento no ambiente e manejo).
Componente arbóreo
• Em geral, que permanece mais tempo no sistema, exibe maior porte e
desencadeia as mais significativas interações e influências no cultivo.
• Sua escolha deve merecer atenção especial, pois uma definição equivocada
pode significar o insucesso da atividade.
Melhoria da estrutura do solo, produzindo maior
quantidade de agregados estáveis evitando e
endurecimento da superfície do terreno;
pela presença
de árvores no Promoção de diversidade biológica ao
proporcionar alimento e abrigo para fauna, em
particular para aves (poleiro ecológico)
ambiente
Oferta de produtos de importância para
autoconsumo e venda (madeira, lenha,
medicinais, óleos, frutos, resina)
Promoção de diversidade
biológica ao proporcionar
alimento e abrigo para fauna,
em particular para aves
(poleiro ecológico)
• Incremento da ciclagem de
nutrientes pela produção e
deposição de biomassa no solo,
disponibilizando também para o
horizonte superficial nutrientes
das camadas inferiores do solo
pela ação das raízes;
Malefícios pela presença de árvores no ambiente
• Competição por luz, nutrientes e espaço físico, tanto abaixo como acima do
solo, produção de substâncias alelopáticas e aumento da acidez do solo, além
dos potenciais danos aos cultivos associados durante a colheita de produtos
florestais.
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Planejamento da
estratificação vegetal:
As espécies surgem, se
desenvolvem, se estabelecem,
se reproduzem e morrem,
transformando o ambiente
para as próximas espécies
que as sucederão.
Tratos culturais e manejo nos SAFs
• Podar árvores que estejam fazendo muita sombra para outras espécies;
Os tratamentos
silviculturais
São ferramentas usadas para
manter, acelerar ou retardar os
Objetivos estádios de sucessão, de acordo
com objetivos estabelecidos.
dos
tratamentos Por vezes, o interesse é avançar os estádios
da sucessão, como no plantio de mudas de
silviculturais árvores e no controle da competição com
gramíneas em áreas abertas, ou atrasar,
como na colheita, no desbaste ou na
introdução de espécies forrageiras ou
agrícolas anuais, em florestas primárias ou
secundárias.
Cortes de árvores efetuados em uma floresta
• Raso: podem retroceder até ao estádio inicial, formação de uma grande clareira.
➢Natureza biológica
➢Ecológica
➢Sócio Econômica
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Sustentabilidade
• Compatibilidade.
• Sustentabilidade é ser
ambientalmente correto,
economicamente viável e socialmente
justo.
PRODUTIVIDADE
Capacidade de Produzir
(caatinga-buffel-leucena)
● Utilizando a vegetação da
caatinga (C), no período de 2 a 4
meses de maior oferta quantitativa
e qualitativa de forragem,
associada a uma área de capim-
Buffel (B), com piquetes
contíguos de uma leguminosa
arbustiva (L).
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Considerações Finais
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Considerações Finais
• Os SAFs combatem à desertificação;
• Conservação do solo;
• Aumento de produtividade animal por bem-estar (sombra) e qualidade nutricional das pastagens;
• Corredores ecológicos;