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Beatriz de Oliveira
Bruna Filgueira
Fernando Henrique Gonçalves Pereira
Thaísia Gonçalves Pereira
RESUMO
Immanuel Kant foi um importante pensador do século XVIII, tido como eixo
norteador do pensamento moderno. De forma que se considera Kant como o
grande percussor da modernidade. Seu brilhantismo se deve por conseguir
conciliar duas correntes filosóficas aparentemente inconciliáveis, são elas; o
Racionalismo dogmático (Wolff) e o Empirismo (Hume). Inaugurando o
surgimento de sua filosofia crítica, o criticismo. Isso vai resulta nas três Criticas
Kantianas, são elas; A Crítica da razão Pura, onde o filosofo procura delimitar os
limites para o conhecimento humano. Posteriormente a Crítica da Razão Prática
que vai tratar da moral, dos imperativos hipotéticos e categóricos, das formas da
intuição sensível e das formas da razão, elencadas em 12 categorias. E a última
crítica, A Crítica da faculdade do Juízo, que vai tratar das questões estéticas e
transcendentais. Aqui vamos nos ater a dimensão ética da filosofia Kantiana.
Kant na crítica da razão prática vai fundar o que chama de ética universal. Esta
se baseia em um imperativo moral, que é em si categórico, ou seja, se impõe de
forma incisiva aplicando-se um raciocínio universal para toda conduta humana.
Esse imperativo categórico se expressa por uma máxima. “Age de tal modo que
a máxima da tua vontade possa valer sempre ao mesmo tempo como princípio
de uma legislação universal” (KANT,1995, A54-55, p.42). Essa sentença
Kantiana é inteiramente a priori, não deriva de qualquer experiência, obedece a
uma lógica preexistente, a lógica do Dever. Não atende alcançar qualquer fim ou
uma finalidade, mas é antes, um fim em si mesmo.
PALAVRAS-CHAVE
Filosofia. Immanuel Kant. Ética. Dever.
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo compreender a ética em Immanuel Kant. A sua
principal contribuição para a filosofia ética, ou seja, a ética aplicada ao espaço
público. Seu sistema filosófico também é chamado de “Racionalismo Crítico” ou
mesmo, “idealismo Transcendental. A ética do dever em Kant, é baseada na
razão pura, não se remetendo as experiências práticas, mas no idealismo do
dever em si mesmo, negando toda e qualquer vontade individual, desprovida de
finalidades quaisquer sejam. Assim diz o filosofo: "Denomino transcendental todo
o conhecimento que em geral se ocupa não tanto com os objetos, mas com
nosso modo de conhecimento de objetos na medida em que este deve ser
possível a priori. Um sistema de tais conceitos denominar-se-ia filosofia
transcendental. (Kant, 1987, p. 26.)”. Nesse sentido ele quer dizer que, os
conceitos ou experiências a priori – baseados na pura razão, sem a necessidade
dos sentidos – devem ser valorizados em detrimento daquele conhecimento
dado a posteriori – a partir das sensações físicas em contato com o objeto da
realidade – só assim seria possível o desenvolvimento de uma ética universal.
Exatamente por esse motivo Immanuel kant delimitou o conhecimento sensível
da realidade até seus limites possíveis, ou seja, não é possível se compreender
as coisas ou objetos em “si mesmos”, o ser humano só pode compreende-los se
estiver em relação com os mesmos, isso significa que os sentidos físicos são
afetados pelo objeto, e a partir dessa compreensão a razão avalia pela
percepção sensorial e forma o conceito. No início da Crítica da razão pura (1987)
ele indica:
CONCLUSÃO
Conclui-se que a razão é aquela que vem para conservar os princípios que
vinculam intenção e dever, de acordo com a autonomia da vontade individual,
não podendo assim vir a ter uma contradição, pois é de um caráter único, regido
pelo princípio da não contradição. Kant reflete dizendo que sem liberdade não
há como existir nenhum ato moral ou mesmo ético, ele cita também que nós
precisamos obedecer de forma obrigatória apenas o dever de ser livre, ou seja
o ato da vontade é um ato de liberdade e só por essa consciência é possível o
dever. Dessa forma entendemos que em Kant o dever é a exigência da razão
que temos que respeitar a lei. E que não é uma obrigação “legal” mas uma
obrigação da própria consciência humana, pois temos a liberdade dada pela
consciência de escolha, livre arbítrio. A ética dessa forma, pode ser traduzida
como pura razão associado ao dever, a partir da liberdade, que confere sentido
a lei. Dessa forma, dever e liberdade estão em relação. Immanuel Kant, foi e
ainda é um filosofo muito importante para a História da filosofia, especificamente
para a modernidade. Que nasce com a razão, os processos racionalizantes da
vida em sociedade.
REFERENCIAS