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DOCUMENTO 1

MARTINHO DE BRAGA. Instrução dos rústicos (extratos)

Recebi a carta de sua caridade em que me diz para que te escreva algo, ainda que seja a
modo de síntese, sobre a origem dos ídolos e de seus crimes, para a instrução dos rústicos, que
persistem todavia na antiga superstição dos pagãos, realizam um culto de veneração mais aos
demônios que a Deus. (...)
Depois do dilúvio se propagou outra vez o gênero humano por meio dos três filhos de
Noé, que haviam se casado com suas mulheres. E quando começaram os descendentes a reinar o
mundo, esquecendo-se outra vez os homens do Senhor que havia criado o mundo, começaram a
dar culto às criaturas, desprezando ao Criado. Uns adoravam ao sol, à lua ou às estrelas; uns ao
fogo, outros à água do profundo, ou às fontes das águas, crendo que todas essas coisas não
foram feitas por Deus para uso dos homens, sim que haviam nascido de si mesmas.
Então o Diabo, ou os demônios seus ministros, que foram expulsos do céu, vendo os
homens que por ignorância desprezaram a seu Criador, começaram a servi-lo por meio das
criatura, E começaram a manifestarem-se em diversas figuras, a falar com eles e lhes pedir que
oferecessem sacrifícios nos montes altos e nos bosques frondosos, e a honrá-los como a Deus,
pondo-lhes os nomes de homens malfeitores, que havia levada uma vida de toda classe de
crimes e maldades.
E deste modo a um denominaram Júpiter, que era um mago e que estava tão carregado
com tantos adultérios, que teve por sua esposa a sua própria irmã chamada Juno, que se dizia
Juno, violou as suas filhas, Minerva e Vênus, e, na sua torpeza, cometeu também incestos com
netas e com todos os seus aparentados, enquanto que outro demônio se deu o nome de Marte e
foi instigador de litígios e de discórdia. De seguida, outro demônio quis tomar para si o nome de
Mercúrio, o qual foi um inventor astucioso, em tudo o que era de furto e de fraude; a este, qual
deus do lucro, os homens gananciosos ao passarem pelas encruzilhadas, atiram pedradas e
oferecem-lhe montões de pedras em sacrifício. Outro demônio ainda aplicou a si próprio o nome
de Saturno, o qual, vivendo de todo o gênero de crueldades, devorava até os seus filhos logo ao
nascerem. Outro demônio fingiu também que era Vênus, que tinha sido uma meretriz que não só
se prostituiu com um sem número de homens, mas também com Júpiter, seu pai, e com Marte,
seu irmão.

DOCUMENTO 2
CESÁRIO DE ARLES. Sermão para uma paróquia rural

Eu vos rogo, irmãos caríssimos, que reflitamos sobre o significado de sermos cristãos e
sobre o sinal da cruz de Cristo que trazemos na fronte. Não nos basta - bem devemos saber -
termos recebido o nome de cristãos se não agimos como cristãos, conforme disse o próprio
Senhor no Evangelho: "De que adianta dizer: ‘Senhor, Senhor’, se não fazeis o que eu digo?"
(Lc 6,46). Se mil vezes te proclamas cristão e fazes o sinal da cruz, mas não dás esmola de
acordo com tuas possibilidades e não queres ter amor, justiça e pureza, de nada te aproveitará o
nome "cristão".
Sim, é uma grande coisa o sinal de Cristo e a cruz de Cristo, mas, precisamente por isso,
grande e preciosa deve ser também a realidade assinalada por tão precioso sinal. De que adianta
fazer um selo de ouro, se o que está por dentro é palha podre? De que adianta andar com o sinal
de Cristo na fronte e na boca se o que ele encerra são nossos pecados e delitos? Pois, quem
pensa mal, fala mal e age mal e, se não quiser corrigir-se, a cada sinal da cruz seu pecado não só
não diminuirá como aumentará.
É o caso de muitos que, ao furtar, adulterar ou agredir a pontapés, fazem o sinal da cruz e nem
por isso deixam de fazer o mal. Ignoram esses infelizes que, com isso, atraem mais demônios
para dentro de si em vez de expulsá-los.
Já quem, com a ajuda de Deus, afasta de si os vícios e os pecados, lutando por pensar o
bem e realizar o bem, este imprime de verdade o sinal da cruz sobre seus lábios: pois esse agir,
sim, é digno de receber o sinal de Cristo. E já que está escrito: "O reino de Deus não consiste
em palavras mas em virtudes" (ICor. 4,20) e também: "A fé sem obras é morta" (Tg 2,26), não
usemos, pois, o nome de cristãos para nossa condenação, mas para nossa cura e dediquemo-nos
às boas obras enquanto ainda podemos lançar mão dos remédios.
II
E para que, com o auxílio de Deus, possais seguir esse caminho, convivei em paz e
chamai à concórdia os que estão em discórdia. Fugi da mentira e temei o perjúrio como a morte
perpétua. Não digais falso testemunho e não furteis. E, sobretudo, como já dissemos, dai
esmolas aos pobres de acordo com vossas possibilidades. Apresentai vossas oferendas ao altar:
um homem abastado deveria ter vergonha de agregar-se à oferenda do outro, dispensando-se de
sua própria oferenda. Os que podem ofereçam círios ou óleo para as lâmpadas. Memorizai
o Símbolo e o Pai-Nosso, e ensinai-os a vossos filhos, pois não sei como pode alguém dizer-se
cristão e não se empenhar sequer em saber os poucos artigos do Símbolo e o Pai-Nosso.
Sabei que sois responsáveis diante de Deus pelos filhos, que trouxestes ao Batismo:
deveis ensinar e corrigir tanto os vossos próprios filhos como os afilhados para que vivam uma
vida pura, justa e sóbria. E vós mesmos agi de tal maneira que, querendo vossos filhos imitar-
vos, não acabem ardendo convosco no fogo eterno mas, a vosso lado, atinjam o prêmio da vida
eterna.
Que os juízes julguem justamente e não aceitem presentes para decidir contra os
inocentes, "pois os presentes cegam os corações dos sábios e corrompem as palavras dos justos"
(Dt 16,19), e temam ganhar dinheiro à custa de perder a alma. Ninguém obtém um lucro injusto
sem a justa perda: onde o lucro, aí a perda - lucro para os cofres, perda para a consciência... Que
ninguém se embebede ou induza outros, num repasto, a beber mais do que convém: não venha a
perder sua alma pela bebedeira própria ou alheia.
III
Aos domingos, reuni-vos na igreja. Se os infelizes judeus celebram o sábado com
tamanha devoção que nesse dia não realizam nenhum trabalho, quanto mais não deve o cristão
dedicar o domingo somente a Deus e vir à igreja em benefício de sua alma? Quando vierdes às
reuniões da igreja, orai por vossos pecados e não entreis em discussões nem provoqueis
discórdias ou escândalos. Quem vem à igreja para tais coisas agrava a ferida de sua alma,
precisamente onde, pela oração, poderia curá-la.
Na igreja, não fiqueis tagarelando, mas ouvi pacientemente as leituras da palavra de Deus.
Quem fica conversando na igreja deverá prestar contas, não só do mal que causa a si mesmo,
mas também do que causa aos outros: pois nem ele ouve a palavra de Deus nem deixa que os
outros a ouçam.
Dai o dízimo de vossos proventos à Igreja. Aquele que foi soberbo seja humilde; o que
era adúltero seja casto; o que costumava furtar ou apropriar-se das coisas alheias que comece a
dar de seu próprio patrimônio aos pobres. Quem foi invejoso seja benevolente; seja paciente o
iracundo, quem ofendeu apresse-se a pedir perdão e o ofendido apresse-se em ser
misericordioso.
Toda vez que sobrevier uma doença, o que a sofre receba o corpo e o sangue de Cristo;
peça humildemente e com fé ao sacerdote a unção com o óleo bento a fim de que se cumpra
nele o que está escrito: "Algum de vós está doente? Chame os presbíteros para que orem sobre
ele, ungindo-o com óleo, e a oração da fé salvará o enfermo, elevando-o ao Senhor. Se tiver
cometido pecados, ser-lhe-ão remitidos" (Tg 5,14-15).
Vede, irmãos, como quem recorre à Igreja em sua doença obtém a saúde do corpo e a
remissão dos pecados. Se é possível, pois, encontrar este duplo benefício na Igreja, por que há
infelizes que se empenham em causar mal a si mesmos, procurando os mais variados sortilégios:
recorrendo a encantadores, a feitiçarias em fontes e árvores, amuletos, charlatães, videntes e
adivinhos?

IV
Como disse há pouco, exortai vossos filhos e parentes a viver uma vida pura, justa e
sóbria. Não só com palavras mas também com a força do bom exemplo. Antes de mais nada,
onde quer que estejais, em casa, em viagem, comendo ou em reuniões, não profira vossa boca
palavras torpes e obscenas, e exortai os vizinhos e vossos próximos a que falem sempre o que é
bom e belo, e não palavras más ou maledicência. Evitai as danças organizadas nas festas
religiosas, com suas canções torpes e obscenas: a língua, com a qual o homem deveria louvar a
Deus, é então usada para ferir a si mesmo.
Esses infelizes e miseráveis que, sem vergonha e sem temor, promovem seus bailes e
danças bem diante das próprias basílicas dos santos, tendo vindo à igreja como cristãos, dela
saem como pagãos: pois tais bailes são restos de paganismo. E dizei-me que tipo de cristão é
esse que veio à igreja para orar, mas se esquece da oração e não se envergonha de entoar
cânticos sacrílegos pagãos. Considerai ainda, irmãos, se é justo que a boca cristã, que recebe o
próprio corpo de Cristo, entoe cânticos obscenos, um veneno do diabo.
E, principalmente, fazei aos outros tudo o que quiserdes que os outros vos façam, e não
façais aos outros o que não quiserdes que vos façam. Se cumprirdes isto, podereis preservar
vossas almas de todo o pecado. E todos, mesmo aqueles que são analfabetos, devem guardar
estas duas sentenças na memória e, com a ajuda de Deus, podem e devem pô-las em prática.
V
E ainda que eu creia que, com a ajuda de Deus e graças a vossos esforços, erradicados
estão daqui aqueles desgraçados costumes herdados do paganismo, no entanto, se ainda
souberdes de alguém que pratique a torpeza sordidíssima das annicula ou do cervulus,
repreendei-o severamente para que se arrependa de ter cometido sacrilégio. E, se conhecerdes
quem ainda lança clamores à lua nova, exortai-o e mostrai-lhe quão grande é este pecado de
ousar confiar-se à proteção da lua - que, simplesmente, por ordem de Deus, esconde-se de
tempos em tempos - por meio de seus gritos e imprecações sacrílegas.
E se virdes alguém dirigir votos junto a fontes ou a árvores e ir procurar, como já
dissemos, charlatães, videntes e adivinhos, pendurar no próprio pescoço - ou no de outros -
amuletos diabólicos, talismãs, ervas ou âmbar, repreendei-o duramente, dizendo que quem
cometer estes males perderá a consagração do Batismo.
Ouvi dizer que ainda há certos homens e mulheres tão assolados pelo diabo que, às
quintas-feiras, não fazem eles seus trabalhos nem elas fiam. Diante de Deus e de seus anjos, nós
os admoestamos: todo aquele que persistir nessas observâncias, e não expiar por dura e longa
penitência esse grave sacrilégio, será condenado ao fogo em que arde o demônio. Esses infelizes
e miseráveis que não trabalham às quintas-feiras, em honra de Júpiter, são os mesmos, não
duvido, que não temem nem se envergonham de trabalhar aos domingos. Se conhecerdes algum
desses tais, repreendei-o duramente e, se ele não quiser se emendar, não o admitais em vossa
mesa nem em vosso trato. Se são vossos escravos, castigai-os com o açoite: que temam a chaga
do corpo, já que não se preocupam com a salvação de sua alma.
Nós, caríssimos irmãos, conscientes de nossa responsabilidade, advertimo-vos com
solicitude paterna: se de bom grado nos ouvirdes, dar-nos-eis uma grande alegria e chegareis
felizmente ao reino de Cristo. Que Ele se digne vo-lo conceder, Ele que, com o Pai e o Espírito
Santo, vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.
DOCUMENTO 3
VALÉRIO DO BIERZO. Auto-hagiografia,

Embora no cume da alta montanha o povo, na estúpida e perversa loucura da sua


cegueira, vivia impiedosamente e tolamente venerando os terríveis altares dos demônios
(familiares), conforme os ritos pagãos. Esta injuriosa obscenidade seria, finalmente, destruída
com a ajuda dos fiéis cristãos. E com o auxílio do Senhor Todo-Poderoso uma basílica seria (ali)
edificada em nome de São Felix Mártir.

DOCUMENTO 4
ANÔNIMO. Vida de Santo Amando

Quando o homem de Deus Amando estava pregando no condado de Beauvais, veio a


um lugar chamado Ressons, no Rio Aronde. Havia uma mulher cega ali que perdera a visão há
muito tempo. Entrando em sua casa, o homem de Deus perguntou-lhe como aquela cegueira a
acometera. Ela disse que a única razão era que venerara ídolos e augúrios. Indicou, então, o
lugar onde costumava rezar para seu ídolo, uma árvore dedicada a um demônio.
O homem de Deus disse: “Não me espanta que tenha se tornado cega por essa tolice,
mas maravilha-me que a misericórdia de Deus a tenha sustentado por tanto tempo. Pois quando
devia adorar o Criador e redentor, você adora demônios e ídolos tolos que não podem ajudar a
você ou a si próprios. Agora tome um machado e corte essa árvore abominável pela qual perdeu
sua visão física e a salvação da sua alma. Tenho confiança que, se acreditar firmemente, você
poderá receber de volta do Senhor a visão que já teve”. Com sua filha conduzindo-a pela mão, a
mulher apressou-se até a árvore e derrubou-a. Então, o homem de Deus chamou-a até ele, fez o
Sinal da Cruz sobre seus olhos e, invocando o nome de Cristo, restaurou sua antiga saúde.

DOCUMENTO 5
ISIDORO DE SEVILHA. Livro das sentenças (extrato).

Aquele que no mundo governa bem temporalmente, reina sem fim na eternidade, e da
glória do século se transfere para a glória eterna. Mas os que exercem mal sua realeza sob o
vestido refulgente e o diadema de pedras preciosas, caem desnudos e miseráveis nos tormentos
do inferno.
Os reis receberam esse nome por obra com retidão, e assim, conserva-se o nome de rei
se obra retamente, e o perde com o pecado. (...) Justamente, pois, denomina-se reis aqueles que
com seu bom governo souberam dirigir tanto a si mesmos como aos súditos.
DOCUMENTO 6
REMÍGIO DE REIMS. Carta do bispo Remígio de Reims para Clóvis (trecho).

Não há novidade no fato de que o senhor agora está se tornando o que seus pais sempre
foram. Antes de qualquer coisa o senhor deve agir de modo que o julgamento de Deus não o
abandone e que seus méritos o mantenham nas alturas a que o senhor atingiu com sua
humildade. Pois, como diz o provérbio, os atos dos homens são julgados. O senhor deve
associar-se com conselheiros capazes de honrar sua reputação. Seus atos devem ser castos e
honestos. Deve ceder aos seus bispos e sempre recorrer aos seus conselhos. Se o senhor estiver
em bons termos com eles, sua província estará mais bem preparada para permanecer firme.

DOCUMENTO 7
FULGÊNCIO DE RUSPE. Abecedarium (515).

Eles [os arianos] perseguem os fiéis em Cristo com malícia. Ameaçam os miseráveis
com morte em duas formas. Seduzem a quem podem com presentes e quebram os demais com
terror. Nós sabemos que neles habita aquele que é chamado de leão e dragão devido ao seu mal.
Eles falam palavras suaves para depravar os homens e prometem riquezas aos pobres. Recebem
criminosos e os louvam e erguem altares [ou seja, ordenam] aos incestuosos e aos poluídos,
permitindo que façam qualquer mal que desejam sem medo.
Não devemos temer os infiéis arianos, que agora estão no controle do mundo e que
afligem os católicos que preservam sua fé.

DOCUMENTO 8
Edital de Guntram.

Portanto, enquanto deliberamos pela estabilidade de nosso reino e pela salvação de


nosso povo, sabemos que todos os crimes puníveis por cânones e por leis, pelo temor a Deus,
perpetram em nosso reinos por instigação do adversário do bem. E, sem dúvida, por essa razão,
pela ira dos céus, homens e feras perecem (...) quando os julgamentos divinos não são temidos.
(...) Não apenas perdem a vida mais cedo, mas sofrem as torturas do Inferno.
É adequado pois, portanto, que a justiça e a equidade devam ser impostas em todas as
coisas e que a punição legal administrada pelos juízes deva recair sobre aqueles que a pregação
canônica dos bispos não corrigiu. Quando crimes do passado são eliminados, ninguém ousará
cometer futuras ofensas e, assim, serão contidos todos os que se desgarram do caminho da
disciplina, e em toda nossa terra avançarão as regras da paz e da concórdia.

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