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16/04/19.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que regulamenta quais são as
aprendizagens essenciais a serem trabalhadas nas escolas brasileiras públicas e particulares de Educação
Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio para garantir o direito à aprendizagem e o desenvolvimento
pleno de todos os estudantes. Por isso, é um documento importante para a promoção da igualdade no
sistema educacional, colaborando para a formação integral e para a construção de uma sociedade mais
justa, democrática e inclusiva.
Tem como objetivo nortear os currículos dos estados e municípios de todo o Brasil a partir dessas
perspectivas, a BNCC coloca em curso o que está previsto no inciso IV do artigo nove da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (LDB) sancionada em 1996.
Segundo a LDB, cabe ao Governo Federal “estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o
ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação
básica comum”.
As 10 competências gerais
A BNCC trouxe uma grande inovação ao estabelecer 10 competências gerais para nortear as
áreas de conhecimento e seus componentes curriculares. Segundo o documento, o desenvolvimento
dessas competências é essencial para assegurar os direitos de aprendizagem de todos os estudantes da
Educação Básica. Desse modo, as 10 competências gerais comunicam aos educadores uma importante
mensagem: quem é o estudante que a BNCC propõe formar.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal,
visual, sonora e digital, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para
se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir
sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma
critica, signicativa, reflexiva e ética nas diversas praticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar,
acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e
autoria na vida pessoal e coletiva.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiá veis, para formular, negociar e
defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a
consciência socioambiental e o consumo responsá vel em â mbito local, regional e global, com
posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, com- preendendo-se na
diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para
lidar com elas.
A BNCC não é um currículo, mas sim um orientador curricular. Cabe aos estados e municípios
elaborarem seus currículos a partir dos princípios e aprendizagens definidos por ela e também do Regime
de Colaboração entre cidades e estados. “Nesse sentido, espera-se que a BNCC ajude a superar a
fragmentação das políticas educacionais, e facilite o fortalecimento do regime de colaboração entre as
três esferas de governo e seja balizadora da qualidade da educação” (BNCC, 2017, p. 8).
Nessa configuração, para além de orientarem atribuições pedagógicas que são adaptadas para
o trabalho na realidade de cada escola, os currículos estaduais e municipais funcionam como ferramenta
de gestão para a implementação e o acompanhamento de políticas públicas de educação.
Cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como à s escolas, em suas respectivas esferas de
autonomia e competência, incorporar aos currículos e à s propostas pedagógicas a abordagem de temas
contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global, preferencialmente de
forma transversal e integradora.
Estrutura de um currículo
O documento curricular de um estado ou município, como gênero textual, segue uma estrutura
mínima que envolve as seguintes partes:
Introdução
Referências bibliográficas
Diz respeito à apresentação das referências (livros, artigos, documentos, filmes) utilizadas para a
construção do currículo.
Os passos para que os educadores responsáveis pela construção dos currículos - os professores
redatores - incorporem as contribuições desses diferentes atores são:
Desde 2018, como forma de colaborar com os estados na (re) estruturação de seus currículos até
2020, o MEC financia o trabalho de grupos de professores redatores em todos os estados do país. Esses
grupos seguem, agora, (re)escrevendo os currículos, que servirão de base para a construção dos currículos
municipais.
Para que a equidade e qualidade educacional estejam garantidas, é preciso que estados e
municípios dialoguem, reflitam e compreendam que é a partir do currículo que irão organizar suas políticas
educacionais.