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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO - UNIFSA

CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: PROCESSO CIVIL III
PROFESSOR: JOÃO SANTOS DA COSTA

TUTELA PROVISÓRIA
CPC – Art. 294-311

1. NOÇÕES INICIAIS
1.1 NATUREZA JURÍDICA SATISFATIVA E ACAUTELATÓRIA – DISTINÇÃO

1.2 CLASSIFICAÇÃO – FUNDAMENTOS: Art. 294, NCPC – URGÊNCIA X


EVIDÊNCIA

TUTELA
PROVISÓRIA

TUTELA DE TUTELA DE
URGÊNCIA EVIDÊNCIA

TUTELA TUTELA
ANTECIPADA CAUTELAR

1.3 REQUERIMENTO ANTECEDENTE OU INCIDENTE


a) Requerimento incidental -> dá-se nos próprios autos, independentemente do
pagamento de custas.
b) Requerida antecedentemente -> tanto no caso de tutela antecipada quanto na cautelar
devem ser obedecidos os requisitos do Art. 319, do CPC e os requisitos específicos,
conforme a espécie de pedido (Art. 303, CPC – tutela antecipada; Art. 305, CPC – tutela
cautelar);

1.4 CONSERVAÇÃO DA EFICÁCIA – Art. 296, CPC


A medida conserva sua eficácia pelo tempo da duração do processo, podendo ser
modificada ou revogada a qualquer tempo.

1.5 MEDIDAS DE EFICÁCIA DO PROVIMENTO JUDICIAL


O juiz pode adotar as medidas que entender adequadas, com subsídio nas normas que
regem o cumprimento provisório de sentença (Art. 520-522, CPC)

1.6 DA MOTIVAÇÃO DA DECISÃO JUDICIAL – Art. 298, CPC


Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz
motivará seu convencimento de modo claro e preciso.1

1
Observar a redação do Art. 489, § 1º do NCPC, pelo qual se tem que não estará fundamentada a
decisão judicial, seja interlocutória, sentença ou acórdão, que:
a) se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a
causa ou a questão decidida;
b) empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no
caso;
c) invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
NOTA 1: Enunciado 30, FPPC: O juiz deve justificar a postergação da análise liminar
da tutela antecipada de urgência sempre que estabelecer a necessidade de contraditório
prévio.

1.7 DA COMPETÊNCIA – Art. 299, CPC


Regra: a petição será dirigida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo
competente para conhecer do pedido principal.
Ressalva: ação de competência originária ou em grau de recurso – a petição será
dirigida ao órgão jurisdicional competente para analisar o mérito.

2. TUTELA DE URGÊNCIA
2.1 Pressupostos – Art. 300, NCPC2
a) Extinção da distinção entre fumus boni juris e a prova inequívoca das alegações no
CPC;
b) Extinção da discussão das diferenças entre fundado receio de dano irreparável ou de
difícil reparação, do Art. 273, I, do CPC/73 e o periculum in mora da tutela cautelar
(Art. 798, CPC/73);
 elementos essenciais: que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano
ou o risco ao resultado útil do processo.

NOTA 1. Exigência de caução – Art. 300, § 1º, CPC;


NOTA 2. Momento da concessão da liminar – antes ou depois da justificação prévia –
Art. 300, § 2º, CPC;
NOTA 3. Risco de irreversibilidade dos efeitos da decisão – óbice à concessão da
liminar.

2.2 A efetivação da tutela de urgência – ampla liberdade do juiz – art. 301, CPC
 O juiz tem ampla liberdade para adotar a medida mais adequada ao caso concreto.
Enunciado 31 do(FPPC): “O poder geral de cautela está mantido no NCPC”.
NOTA: Ausência de proibição ou autorização expressa para concessão de tutela
antecipada (Cf. Art. 273, caput e Art. 797, ambos do CPC/73).

2.3 Responsabilidade Civil da parte favorecida com concessão da tutela de


urgência – Art. 302, CPC
 A responsabilidade civil por dano processual – litigância de má-fé;
 A responsabilidade civil por dano material ou moral – hipóteses:
a) a sentença de improcedência;
b) inércia quanto ao fornecimento dos meios necessários para a citação do requerido no
prazo de 5 (cinco) da efetivação da liminar obtida em caráter antecedente;
c) a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;

d) não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão
adotada pelo julgador;
e) se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos
determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
f) deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem
demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
2
Observar o que diz o Enunciado 143 Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC): “A redação do
art. 298 [atual art. 300], caput, superou a distinção entre os requisitos da concessão para a tutela
cautelar e para a tutela satisfativa de urgência, erigindo a probabilidade e o perigo na demora a
requisitos comuns para a prestação de ambas as tutelas de forma antecipada”.
d) o deferimento da alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
NOTA: A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida,
sempre que possível.

3. DO PROCEDIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA EM


CARÁTER ANTECEDENTE

3.1 Da Petição Inicial


3.1.1 Urgência contemporânea à propositura da ação - Art. 303, CPC
a) Requisitos essenciais
 Limite formal – requerimento da tutela antecipada e indicação do pedido de tutela
final;
 Fundamentos – exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de
dano ou do risco ao resultado útil do processo;
 Indicação do rito – o autor deve deixar claro que pretende fazer uso do rito da tutela
antecipada antecedente;
 Valor da causa – deve ser indicado conforme o pedido de tutela final;

b) Ausência dos requisitos essenciais


 o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias,
sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito.

c) Aditamento da petição inicial – após a concessão da tutela antecipada;


 deve ser complementada a argumentação, a juntada de novos documentos e a
confirmação do pedido de tutela final;
 prazo -> 15 dias ou em outro prazo judicialmente fixado;
NOTA 1: O aditamento será feito nos próprios autos, sem novas custas;
NOTA 2: O não aditamento ensejará a extinção do processo sem resolução de mérito.

d) Audiência de conciliação e mediação


 depois de aditada a inicial, o réu será citado e intimado para a audiência de
conciliação ou de mediação (Art. 334, CPC);

3.2 Estabilidade da tutela antecipada – Art. 304, CPC


3.2.1 Incidência
 decorre da não interposição de recurso da tutela antecipada concedida em caráter
antecedente.

3.2.2 Efeito direto


 O juiz extinguirá o processo, em decisão que não fará coisa julgada;

3.2.3 Da ação de revisão, reforma ou invalidação da tutela antecipada


 Consiste no instrumento processual adequado a alterar o resultado prático da
concessão da tutela antecipada concedida em caráter antecedente;
 A legitimidade é de qualquer das partes;
 Enquanto não for proferida decisão de mérito nesta ação, a tutela antecipada
produzirá seus efeitos;
 Os autos em que foi concedida a tutela antecipada poderão ser desarquivados para
instruir a petição inicial;
 A competência é do Juízo que concedeu a medida, por prevenção;
 A ação deve ser ajuizada em até 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que
extinguiu o processo;

4. DO PROCEDIMENTO DA TUTELA CAUTELAR REQUERIDA EM


CARÁTER ANTECEDENTE
4.1 Rito
4.1.1 Petição Inicial – Requisitos – Art. 305, caput, CPC
-> indicação da lide e seu fundamento;
-> exposição sumária do direito a ser assegurado;
-> demonstração do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo;
NOTA: Fungibilidade -> Caso entenda que o pedido tem natureza antecipada, o juiz
observará o rito previsto para a referida medida.

4.1.2 Citação e Defesa – Art. 306 e 307 do CPC


 O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as
provas que pretende produzir;
 não havendo contestação, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo
réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias.
 havendo contestação, observar-se-á o procedimento comum.

4.1.3 Ação Principal – Art. 308, CPC


 O pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias da
efetivação da medida cautela;
 O pedido será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela
cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais;
NOTAS:
a) O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela
cautelar;
b) A petição inicial pode ser aditada no momento de formulação do pedido
principal;
c) As partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de mediação, na
forma do art. 334, por seus advogados ou pessoalmente, sem necessidade de
nova citação do réu.
d) Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma
do art. 335.

4.2 Cessação da eficácia da medida cautelar concedida em caráter antecedente


 São hipóteses de perda da eficácia:
a) Não promoção do pedido principal no prazo de 30 dias de sua efetivação;
b) Não efetivação da medida dentro de 30 (trinta) dias;
c) A improcedência do pedido principal formulado pelo autor ou extinção do
processo sem resolução de mérito.

NOTA 1: Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte
renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.

NOTA 2: Natureza terminativa da sentença de mérito - o indeferimento da tutela


cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento
desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de
prescrição.

5. DA TUTELA DA EVIDÊNCIA
5.1 Observação Inicial
O CPC consagra o entendimento de que tutela da evidência independe da demonstração
de perigo da demora da prestação da tutela jurisdicional, em clara diferenciação com a
tutela de urgência.

5.2 Hipóteses de Cabimento


Caberá tutela da evidência quando:
a) ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito
protelatório da parte;
NOTA: Crítica doutrinária à demonstração da verossimilhança das alegações,
conforme do CPC/73 – Daniel Amorim Assumpção Neves: “Difícil acreditar
que o autor tenha direito a uma tutela, ainda que provisória, somente porque o
réu se comporta indevidamente no processo, sem que o juiz tenha qualquer grau
de convencimento da existência do direito do autor. Parece-me extremamente
temerário, como simples forma de sanção processual, conceder a tutela da
evidência sem que haja probabilidade de o autor ter o direito que alega.”3

b) as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e


houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos (Art. 976-987, CPC)
ou em súmula vinculante4;
NOTA 1: Neste caso, a decisão poderá ser dada em caráter liminar, desde que
demonstrados por documentos e juridicamente os pressupostos (aspectos fáticos
e jurídicos).
NOTA 2: Instaurado o contraditório, e não havendo necessidade produção de
outras provas, incidirão o julgamento antecipado do mérito (Art. 355, I, NCPC).

c) se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do


contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto
custodiado, sob cominação de multa;
NOTA: Neste caso, a decisão poderá ser dada em caráter liminar, fundada na
prova documental do pedido.

d) a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar
dúvida razoável.

3
Neves, Daniel Amorim Assumpção. Novo Código de Processo Civil – Lei 13.105/2015. Rio de Janeiro:
Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015, P. 287.
4
Cf. Arts. 927 e 928 do CPC, que vinculam os Juízes e Tribunais as precedentes que enuncia.

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