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ATA

É o documento de valor jurídico, que consiste no resumo fiel dos fatos, ocorrências e
decisões de sessões, reuniões ou assembleias, realizadas por comissões, conselhos,
congregações, ou outras entidades semelhantes, de acordo com uma pauta, ou "ordem
do dia", previamente divulgada.
É geralmente lavrada em livro próprio, autenticada, com as páginas rubricadas pela
mesma autoridade que redige os termos de abertura e de encerramento.
O texto apresenta-se seguidamente, sem parágrafos, ocupando cada linha inteira, sem
espaços em branco ou rasuras, para evitar fraudes. A fim de ressalvar os erros, durante a
redação, usar-se-á a palavra "digo"; se for constatado erro ou omissão, depois de escrito
o texto, usar-se-á a expressão "em tempo". Quem redige a ata é o secretário (efetivo do
órgão, ou designado ad hoc para a reunião). A ata vai assinada por todos os presentes,
ou somente pelo presidente e pelo secretário, quando houver registro específico de
frequência.

Observações:

Com o advento do computador, as atas têm sido elaboradas e digitadas, para posterior
encadernação em livros de ata. Se isto ocorrer, deve ser indicado nos termos de abertura
e fechamento, rubricando-se as
páginas e mantendo-se os mesmos cuidados referentes às atas manuscritas. Dispensam-
se as correções do texto, como indicado anteriormente.
No caso de se identificar, posteriormente, algum erro ou imprecisão numa ata, faz-se a
ressalva, apresentando nova redação para o trecho. Assim, submetida novamente à
aprovação do plenário, ficará consagrada. O novo texto será exarado na ata do dia em
que foi aprovado, mencionando-se a ata e o trecho original.
OFÍCIO

Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma:
o ofício, o aviso e o memorando. Para uniformizá-los, adotou-se uma diagramação única,
que segue o padrão ofício. Partes do documento no Padrão Ofício:
O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes:
a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede:
Exemplos:
Mem. 123/2002-TCE Aviso 123/2002-TCE Of. 123/2002-SG/TCE

b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita:
Exemplo:
Brasília, 15 de março de 1991.

c) assunto: resumo do teor do documento


Exemplos:
Assunto: Produtividade do órgão em 2002.
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores.

d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. No caso


do ofício deve ser incluído também o endereço.

e) texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento de documentos, o


expediente deve conter a seguinte estrutura:
- introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, na qual é apresentado o
assunto que motiva a comunicação. Evite o uso das formas: "Tenho a honra de", "Tenho o
prazer de", "Cumpre-me informar que", empregue a forma direta;
- desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver mais de uma idéia
sobre o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior
clareza à exposição;
- conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a posição
recomendada sobre o assunto.
Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam
organizados em itens ou títulos e subtítulos.
Já quando se tratar de mero encaminhamento de documentos a estrutura é a seguinte:
- introdução: deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o encaminhamento.
Se a remessa do documento não tiver sido solicitada, deve iniciar com a informação do
motivo da comunicação, que é encaminhar, indicando a seguir os dados completos do
documento encaminhado (tipo, data, origem ou
signatário, e assunto de que trata), e a razão pela qual está sendo encaminhado, segundo
a seguinte fórmula: "Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 1991, encaminho,
anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 1990, do Departamento Geral de
Administração, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal." ou "Encaminho, para
exame e pronunciamento, a anexa cópia do telegrama no 12, de 1º de fevereiro de 1991,
do Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto de
modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste."
- desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer algum comentário a respeito
do documento que encaminha, poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento; em
caso contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em aviso ou ofício de mero
encaminhamento.

f) fecho;

g) assinatura do autor da comunicação; e

h) identificação do signatário.

MEMORANDO

É a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão,


que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se,
portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.
O memorando representa um gênero textual que se constitui de características
específicas. Trata-se de uma comunicação interna que veicula entre as unidades
administrativas de empresas e órgãos públicos
O memorando, assim como os demais gêneros textuais, apresenta uma finalidade
discursiva específica e é constituído de traços distintos. Um deles é representado pela
objetividade, ou seja, um discurso demarcado por uma linguagem breve, precisa e direta,
visto que faz parte de uma comunicação veiculada no meio comercial.

Em termos conceituais, o memorando constitui um tipo de comunicação eminentemente


interna estabelecida entre as unidades administrativas de um mesmo órgão, de níveis
hierárquicos iguais ou distintos.
Ele representa um documento cuja característica principal é a agilidade – dada a isenção
de quaisquer procedimentos burocráticos que porventura venham a dificultar a tramitação
do referido ato comunicativo. Desse modo, no intuito de evitar um aumento no número de
comunicações feitas, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio
documento e, no caso da falta de espaço, em folha de continuação.

Partindo do princípio de que o referido documento é endereçado a funcionários, e não a


autoridades, como é o caso da carta e do ofício, além das características antes
ressaltadas, a estrutura se compõe dos seguintes pressupostos, entre eles:

- Timbre da instituição;
- Número do memorando;
- Remetente;
- Destinatário, sendo este mencionado pelo cargo que ocupa;
- Indicação do assunto;
- Local e data;
- Corpo da mensagem, ou seja, o próprio texto;
- Despedida;
- Assinatura e cargo.

CERTIDÃO

Documento fornecido pela administração ao interessado, afirmando a existência de atos


ou assentamentos constantes de processo, livro ou documentos que se encontrem nas
repartições públicas.
Pode ser de inteiro teor –transcrição integral, também chamada traslado ou resumida,
desde que exprima fielmente o conteúdo do original.
A certidão autenticada tem o mesmo valor probatório do original, como documento
público, e seu fornecimento gratuito por parte da administração pública que a expediu;
conforme artigo 5o, XXXIV b da Constituição da República Federativa do Brasil – 1998. e
sua expedição é no prazo improrrogável de 15 dias – Lei no 9.051,
de 18 de maio de 1995.
Competência:
Todas as unidades, dentro de sua esfera de competência.

Estrutura:
título: a palavra “CERTIDÃO”, em caixa alta e centralizada no texto;

TEXTO transcrição do que foi requerido e encontrado referente ao pedido. Não deve
conter emendas nem rasuras. Qualquer engano ou erro poderá ser retificado, em-
pregando-se a palavra “digo” ou “em tempo: na linha ..., onde se lê ..., leia-se ....”.;

Exemplo de Certidão
CERTIDÃO n.o 254/99
Certifico, em cumprimento do despacho exarado em quatro de outubro de mil novecentos
e oitenta e nove pelo Senhor Diretor do Departamento de Cadastro da Superintendência
Central de Recursos Humanos desta Secretaria de Estado de Administração e
Reestruturação, no processo autuado sob o número E-03/22743/99, em aditamento à
certidão número 076, datada de 11/05/87, para fins de prova junto à Câmara Municipal do
Rio de Janeiro, que, de acordo com o consignado no processo número E-03/0000/66, a
ex-servidora Maria José da Silva, matrícula 000, gozou 6 (seis) meses de licença especial
de 7/8 a 6/11/71, 3 (três) meses e de 16/2 a 15/5/72, 3 (três) meses referentes ao período
base de tempo de serviço apurado entre 07/04/60 a 04/04/70. E, por nada mais constar,
eu José da Silva, Agente Administrativo, matrícula número 000-0, datilografei a presente
certidão que dato e assino.
Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 1999
Confere
JOSÉ DA SILVA
Agente Administrativo
ANTÔNIO DE SOUSA
Diretor do Departamento de Cadastro

ATESTADO
É o documento em que se confirma ou assegura a existência ou inexistência de uma
situação de direito, de que temos conhecimento, referente a alguém, ou sobre um fato e
situação. É dizer por escrito, afirmando ou negando, que determinada coisa ou algum fato
referente a alguém corresponde à verdade e assim responsabilizar-se, ao assinar o
documento.
O Atestado, geralmente, é fornecido por alguém que exerce posição de cargo superior ou
igual ao da pessoa que está pedindo o atestado;
O papel do atestado deve conter carimbo ou timbre da entidade que o expede;
O atestado costuma ser escrito em atendimento à solicitação do interessado;
A redação de um atestado apresenta a seguinte ordem
:
a)Título, ou seja, a palavra ATESTADO em maiúsculas;

b)Nome e identificação da pessoa que emite (que pode ser escrito no final, após a
assinatura) e o nome e
identificação da pessoa que solicitou;

c)Texto, sempre resumido, claro e preciso, contendo o que se está confirmando ou


negando;

d)Assinatura, nome e cargo ou função de quem atesta.

Modelo de Atestado

Atesto, para os devidos fins, que conheço o Sr....,brasileiro, solteiro, nascido em,
....de...de......, na cidade de ...., filho de........e........., portador da Carteira de Identidade
n°........., residente e domiciliado nesta cidade, na rua............, n°...., nada sabendo em
desabono à sua conduta, até a presente
data.
Manaus, de.................de 2004
Nome .............

DECLARAÇÃO
Ato afirmativo da existência ou não de um direito ou de um fato. Pode ser dada em causa
própria ou referir-se a outra pessoa. Ainda, segundo as circunstâncias e a finalidade, toma
várias outras denominações, como por exemplo: declaração de direito, de vontade, de
ausência, de crédito, de guerra, de falência, de interdição, de nascimento, de óbito, de
renda, de princípios, etc.
Inicia-se uma declaração assim:
- Declaro para fins de prova...
- Declaro, para os devidos fins, que...
- Declaro, a pedido verbal de...
A fonte a ser utilizada na redação da Declaração é do tipo Courier New.
Partes:

a) timbre: nome do órgão;

b) título: DECLARAÇÃO (em letras maiúsculas e centralizadas sobre o texto);

c) texto: inicia-se sempre com a palavra “declaro “ ou “declaramos” e, em seguida, a


exposição do assunto;

d) local e data;

e) assinatura: nome do emitente e o respectivo cargo.

PROCURAÇÃO

A procuração é um documento pelo qual uma pessoa dá a outra poder para agir em seu
nome. A procuração pode ser escrita de próprio punho ou datilografada com
reconhecimento da firma (por instrumento particular) ou lavrada por tabelião em cartório
(por instrumento público).
O indivíduo que concede a procuração é chamado de mandante, constituinte ou
outorgante. Aquele querecebe a procuração é chamado de o mandatário, o procurador ou
o outorgado.
A procuração deve ser lavrada em papel ofício, iniciando o texto com identificação e
qualificação do outorgante e do outorgado. Os poderes, a finalidade e o prazo de validade
da procuração são expressos de forma precisa. Após o texto, a localidade, a data e a
assinatura são expressas.
Inicia-se uma procuração assim:

PROCURAÇÃO

Por esse instrumento particular de procuração, DANIEL ALVES RIBEIRO, com R.G.
21.449.336, brasileiro, solteiro, comerciante, residente e domiciliado em Goiânia, na Rua
Barão do Rio Branco, 372, nomeia e constitui seu bastante procurador o Sr. EDUARDO
FONSECA, com R.G. 27,235.568, solteiro, professor, residente e domiciliado em
Trindade, na Rua Dr. Irani Ferreira, 674, para o fim especial realizar a matrícula da
outorgante na ESCOLA ESTADUAL PROF. RAINER RODRIGUES no terceiro ano do
Ensino Médio para o ano letivo de 2008, podendo o outorgado assinar todos os atos que
se tornem necessários para o bom e fiel cumprimento do presente mandato assim como
substabelecer.
Goiânia, 22 de dezembro de 2007.

AVISO
CONCEITO
Aviso é um tipo de correspondência cujas características são amplas e variáveis.
O aviso pode ser uma comunicação direta ou indireta; unidirecional ou multidirecional;
redigida em papel próprio, afixada em local público ou publicada através da imprensa. O
aviso é usado na correspondência particular, oficial e empresarial. Muitas vezes,
aproxima-se do comunicado, do edital ou do oficio. Geralmente não traz destinatário,
fecho ou expressões de cortesia.
* AVISO e o OFÍCIO são modalidades praticamente idênticas e que a única diferença
entre os dois é ser o aviso expedido exclusivamente por Ministros de Estado, Secretário-
Geral da Presidencia da República, Consultor-Geral da República, Chefe do Estado
Maior das Forças Armadas, Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República
eSecretários da Presidência da República para autoridades da mesma hierarquia, e o
ofício ser expedido pelas demais autoridades para órgão públicos ou particulares, com
relação ao primeiro, não é isso que se tem observado na imprensa diária.

OBSERVAÇÃO
Embora a Instrução Normativa no 04, de 06/03/92 (Diário Oficial de 09/03/92)
regulamente que o AVISO e o OFÍCIO são modalidades praticamente idênticas e que a
única diferença entre os dois é ser o aviso expedido exclusivamente por Ministros de
Estado, Secretário-Geral da Presidência da República, Consultor- Geral da República,
Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Chefe do Gabinete Militar da Presidência da
República e Secretários da Presidência da República para autoridades da mesma
hierarquia, e o ofício ser expedido pelas demais autoridades para órgão públicos ou
particulares, com relação ao primeiro, não é isso que se tem observado na imprensa
diária.

COMUNICAÇÃO (COMUNICADO)

CONCEITO
A comunicação, quando pública, assemelha-se ao edital; quando interna, assemelha-se
ao memorando. Quando publicada pela imprensa, a comunicação deve ter o verbo na
terceira pessoa, porque é veiculada por terceiro(s) - correspondência indireta.

CIRCULAR
A circular é uma carta destinada a funcionários de um determinado setor, remetida pelo
chefe da repartição ou do departamento. Tem o objetivo de transmitir normas, ordens,
avisos, pedidos, ou seja, de delimitar comportamentos e homogeneizar condutas de um
grupo de pessoas. Tem o nome de circular porque indica a função de divulgar as
informações entre todos os destinatários.
Este documento oficial deve ter:
1. Timbre (logotipo do órgão, brasão, símbolo do departamento);
2. Título e número (circular nº 02/2009);
3. Data (sem a localidade, nome da cidade);
4. Ementa (síntese do assunto que será abordado no texto);
5. Vocativo ou invocação com o pronome de tratamento adequado;
6. Texto (bem explicado e claro);
7. Despedida breve
8. Assinatura (sem linha e sobre o nome datilografado, com o cargo de quem assina)
Ao final da página, caso haja necessidade de um controle maior por parte da
administração, pode-se colocar
(em letras menores) as iniciais de quem redigiu e de quem digitou a circular.

Modelo de Circular

Fundação Terceiridade
CNPJ: 32.003.003/0001-01
Rua do João, 600
640030-300 – Porto Alegre – RS
CIRCULAR Nº 02/09. Em 16 de fevereiro de 2009.
Ementa: Feriado de carnaval
Senhores funcionários:
Comunicamos que no dia 21 deste mês teremos expediente normal. Porém, nos dias 23 e
25 que,
respectivamente, antecede e precede a data do feriado (24), não haverá expediente. Em
relação a este fato,
estimo bom descanso a todos.
Atenciosamente,
___________________
Joaquim João de Oliveira.
Gerente administrativo
R:ACM
D: CVS

REQUERIMENTO

O requerimento é um documento por meio do qual se faz um determinado pleito.


(demanda, litígio, disputa. É uma palavra usada no contexto eleitoral.)Ele deverá conter
a identificação de quem faz a solicitação, a quem é dirigido, e objetivamente qual o pedido
realizado.
-------------
Ao Ilm° Sr.
(nome da pessoa a quem se destina, caso identificado)
Chefe do Departamento (indicar o cargo)
REQUERIMENTO

(nome), brasileiro, (estado civil), ( profissão), inscrito no CPF sob o nº (informar) e no RG


nº (informar),
residente e domiciliado à (informar endereço), vem respeitosamente à presença de Vossa
Senhoria requerer
(descreva aqui o seu requerimento).
Termos em que,
Pede deferimento.
(localidade), (dia) de (mês) de (ano).
(assinatura)
(nome do requerente)

PORTARIA
Ato administrativo que define competências estabelece normas e procedimentos,
disciplina matéria não regulada em lei. Define situações funcionais e aplica medidas de
ordem disciplinar.
A portaria é de competência exclusiva do Reitor.
Forma e estrutura
1. Timbre da Instituição.
2. PORTARIA (caixa alta, por extenso), numeração crescente independente do ano de
emissão e data, por extenso .
3. Ementa: assunto de que trata o ato.
4. Preâmbulo
5. RESOLVE (caixa alta, por extenso),seguida de dois pontos.
6. Texto, com parágrafos numerados e estes subdivididos em letras.
7. Fecho: Publique-se, registre-se e cumpra-se.
Assinatura, título da autoridade.

Validade do documento
• Permanente.

Publicação
• Obrigatória, em Boletim de Serviço (BS).

Observações
1. Utiliza-se a sigla PT.
2. A PT deverá ser emitida em 05 (cinco) vias, com a seguinte destinação:
1a via - interessado;
2a via - Gabinete do Reitor;
3a via - Departamento de Pessoal (pasta funcional);
4a via - processo, se houver;
5a via - Setor de Preparo do Boletim de Serviço.
3. A matéria deverá ser encaminhada em disquete, através de Guia
Documentos e Processos (GRDP), contendo apenas o ato a ser publicado.
4. Só terá vigência a partir de sua publicação no BS.

EDITAL
Instrumento de comunicação utilizado pela Administração Pública para fins de abertura de
concorrência e de concurso público, provimento de cargo público, convocação de
servidor,
licitações e divulgação de atos deliberativos.
Forma e estrutura

1. Timbre da Instituição.
2. Título, número de ordem e data.
3. Autoria, fundamento legal e “considerando” da autoridade.
4. Ementa: assunto do edital. Não é obrigatória, mas aparece em editais de
concorrência pública e tomadas de preço.
5. Texto: desenvolvimento do assunto. A natureza do edital é que determina os
elementos específicos que deverá conter.
1. Assinatura, nome, cargo e função da autoridade competente.

Validade do documento
• Permanente.

Publicação
• Obrigatória na Imprensa Oficial, na imprensa privada de maior circulação e no
Boletim de Serviço.

DECRETO

Recebe o nome de decreto o ato administrativo da competência exclusiva do Chefe do


Executivo, utilizados para tratar de situações gerais ou individuais, abstratamente
previstas, de modo expresso ou implícito na lei. A definição não se aplica, porém, aos
decretos autônomos.

O Manual de Redação Oficial da Presidência da República descreve três tipos diferentes


de decreto:

1 - decretos singulares

Fazem parte deste grupo os decretos de nomeação, de aposentadoria, de abertura de


crédito, de desapropriação, de cessão de uso de imóvel, de indulto de perda de
nacionalidade, entre outros.Possuem em comum o conteúdo de regras singulares ou
concretas.

2 - decretos regulamentares

Este grupo reúne os atos normativos subordinados ou secundários. Trata-se de um ato


emitido pelo poder executivo que tem por objetivo garantir uma fiel execução às leis
instituidoras dos tributos quando os textos destas não sejam por si suficientes à sua
execução.

3 - decretos autônomos

Esta espécie de decreto foi introduzida pela emenda constitucional no. 32, de 11 de
setembro de 2001. O decreto autônomo, diferente dos outros dois primeiros tipos, decorre
diretamente da Constituição, possuindo efeitos análogos ao de uma lei ordinária.

Esta espécie normativa está reservada às hipóteses de organização e funcionamento da


administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção
de órgãos públicos, e de extinção de funções ou cargos públicos, quando vago (art. 84,
VI, da Constituição).
Forma e Estrutura do decreto

Todos os decretos serão referendados pelo Ministro competente. Assim como as leis, os
decretos são formados por dois elementos: a ordem legislativa contida no preâmbulo e no
fecho, e a matéria legislada, equivalente ao texto ou corpo da lei.

Quanto ao registro, somente são numerados os decretos que contêm regras jurídicas de
caráter geral e abstrato. Os decretos com regras de caráter singular não são numerados,
embora contenham ementa. A exceção são os decretos que tratam de nomeação ou
designação para um cargo público, que não serão numerados nem conterão ementa.

A partes do Decreto são:

Preâmbulo

1.Título (a palavra “decreto”), número e data de expedição em letras


maiúsculas.
2.Ementa da matéria do Decreto, em letras maiúsculas e à direita da página.
3.A palavra “considerando” em letras maiúsculas, seguida de dois pontos à
esquerda. Abaixo dela, as considerações discriminadas.
4.A palavra “decreta”, em letras maiúsculas e negrito, à esquerda,
seguida de dois pontos.
1.Ordem de Execução

Texto: exposição do conteúdo do decreto, constituído de tantos artigos quantos


forem necessários, todos numerados. Os artigos podem conter parágrafos,
itens e alíneas. A expressão "parágrafo único" deve ser grafada por extenso.

3.Encerramento
1.Cláusula de vigência.
2.Cláusula revogatória.
4.Fecho
1.Local e data, por extenso.
2.Assinatura do Chefe de Governo.

CARTA COMERCIAL
A Carta Comercial ou Correspondência Técnica é um tipo de documento muito utilizada
no ramo comercial e empresarial.

São cartas enviadas pelos serviços Correios, postadas por pessoas jurídicas com ou sem
fins lucrativos. Atualmente, as cartas comerciais podem ser enviadas por correio
eletrônico (e-mail comercial).

Características
A linguagem utilizada na carta comercial é formal, clara e objetiva com um texto breve e
parágrafos curtos.
Portanto, ela inclui uma boa organização e apresentação. Nesse tipo de texto deve-se
evitar utilizar vícios e figuras de linguagem, gírias, expressões coloquiais, dentre outros.
Além disso, a carta comercial apresenta marcas de impessoalidade e imparcialidade. Ou
seja, são escritas em terceira pessoa e normalmente não expressam opiniões ou juízos
de valor de seu remetente.
Dependendo do teor das cartas comerciais, elas podem ser informativas (comunicado),
descritivas (descrição de um produto ou serviço), narrativas (narração de um evento) ou
dissertativas (sugestões e reclamações).
Ela representa um meio de comunicação muito importante entre as empresas, que pode
ser uma opinião, crítica, solicitação, comunicado, cobrança, negociação, agradecimento,
propaganda, dentre outros.
Estrutura: Como Fazer uma Carta Comercial?
Segue abaixo o modelo estrutural básico das cartas comerciais:
•Cabeçalho: geralmente as cartas comerciais são realizadas em papel timbrado da
empresa e, no cabeçalho aparece o logotipo da empresa, com nome e o endereço
correspondentes. Se enviadas pelos correios, o envelope das cartas comercias também
são timbrados, ou seja, com a identificação visual que representa a imagem da empresa
(logotipo). O envelope inclui nome completo (remetente e destinatário) e o endereço de
ambos (rua, número, bairro, cidade, estado, CEP)
•Número e Departamento: algumas cartas comerciais são numeradas e indicam o nome
do departamento da empresa que está enviando o texto, que pode ser uma sigla.
•Assunto: alguns modelos de carta comercial admitem o campo “assunto”, que se refere
ao tema será explorado na carta. Esse campo aparece abaixo da numeração e indicação
departamental. No caso do e-mail comercial, o campo “assunto” (subject) já é preenchido
acima, junto com o endereço de e-mail do destinatário.
•Local e Data: acima do corpo de texto, e geralmente na margem esquerda, indica-se a
data e o local do envio da carta.
•Destinatário: informações do remetente (emissor) devem ser acrescidas abaixo da data
e local, por exemplo, nome, departamento ao qual pertence e o endereço.
•Vocativo: representa o nome do destinatário (receptor) do texto que deve surgir de
maneira formal, por exemplo: Prezado Gerente, Caro Consumidor, etc.
•Corpo de Texto: trata-se do conteúdo da mensagem que será enviada. Não se esqueça
que as cartas comerciais são breves e objetivas. Portanto, não seja prolixo.
•Despedida: de acordo com as normas formais, despede-se com expressões: saudações,
cordialmente, respeitosamente, atenciosamente, etc.
•Assinatura: Por fim, aparece o nome do emissor (remetente) da carta, bem como o
cargo que ocupa na empresa.

ORGANOGRAMA:
Organograma é uma representação gráfica da estrutura hierárquica de uma empresa, isto
é, do desenho organizacional que, por sua vez, consiste na configuração global dos
cargos e da relação entre as funções, autoridade e subordinação no ambiente interno de
uma organização. O organograma é considerado a melhor representação gráfica do
desenho organizacional.

Ele é especialmente útil para pessoas de fora da empresa (ao visualizar o organograma, a
pessoa deve ser capaz de identificar qual pessoa contatar para resolver determinado
problema) ou para funcionários recém chegados (ele terá uma maior noção da sua
posição e do seu papel no esquema global da empresa, além de deixar claro quem se
reporta a quem).

Alguns organogramas apresentam o nome do dirigente de cada departamento, bem como


o número de funcionários subordinado a ele e informações referentes à divisão do
trabalho. No entanto, um organograma com apenas o nome dos cargos é mais
interessante, visto que a utilização dos nomes dos dirigentes faz com que os manuais
organizacionais tenham que ser constantemente reeditados para atualizar nomes, sempre
que houver mudança de direção.

Outra vantagem do organograma é identificar falhas estruturais na empresa, tais como


duplicidade de funções e o consequente desperdício de mão-de-obra. Os principais
objetivos de um organograma são: apresentar os diversos órgãos competentes de uma
organização, comunicar os vínculos e relações de interdependência entre os vários
departamentos e indicar os níveis hierárquicos em que se dividem uma determinada
empresa.

Existem quatro tipos de organogramas, segundo Ballestero-Alvarez (2006). A seguir, é


possível ter uma ideia melhor sobre cada um dos tipos de organograma:

Organograma por linha

É o que apresenta uma leitura mais fácil. Muito adotado por organizações com estrutura
hierárquica rígida, ele tem uma clara inspiração nos arranjos militares de organização.
Nele a comunicação e ordens são feitas seguindo-se linhas verticais de cima para baixo e
são raras as comunicações horizontais. Uma variante do organograma em linha é o
organograma circular ou radial. Ele consiste na apresentação de círculos concêntricos
representando os diversos níveis hierárquicos da empresa. Esse tipo de organograma é
mais indicado para empresas com estruturas hierárquicas mais enxutas. Do contrário, sua
visualização pode ser prejudicada. Tanto no organograma de linha quanto no circular, a
posição de destaque fica para o nível hierárquico mais alto, a autoridade máxima. No
caso do organograma de linha, essa posição seria no topo. No organograma radial, é a
posição central.

Organograma de assessoria

Deriva-se do organograma em linhas. No entanto, este tipo de organograma apresenta


uma diferença crucial: as conexões horizontais, tão raras no organograma de linhas.
Essas conexões horizontais representam assessorias compostas por especialistas que
servem para orientar a gerência em seu processo de tomada de decisões. Tais órgãos
não tenham autoridade para tomar decisões. Caso eles ultrapassem os limites de suas
funções começarem a dar ordens aos funcionários, isso poderá gerar confusão.
Organograma funcional

É aquele utilizado quando a estrutura organizacional da empresa é baseada no critério


funcional. Assim, nele estão representadas as funções que os chefes e subordinados
representam na empresa. A sua vantagem é o nível de especialização de cada
departamento. A desvantagem é que esse grau de especialização pode atrapalhar uma
visão holística da empresa e causar a alienação dos funcionários focados apenas em
suas tarefas.

Organograma matricial

Se o organograma por linha é o mais simples, o organograma matricial, por sua vez, é o
mais complexo. Isso porque ele é a combinação de duas formas de se organizar a
empresa. Essa combinação pode ser, por exemplo, um híbrido de estruturas por projetos
e por produto, cliente, etc. Para se compreender melhor como essa combinação pode ser
feita, é indicado o estudo dos tipos de departamentalização.

FLUXOGRAMA

Um fluxograma, ou flowchart, é um diagrama que tem como finalidade


representar processos ou fluxos de materiais e operações (diagramação lógica,
ou de fluxo). Geralmente confundido com o organograma, o fluxograma possui
a diferença de representar algo essencialmente dinâmico, já o organograma é
uma representação da estrutura funcional da organização. O fluxograma
também pode ser usado por programadores para elaboração de algoritmos
(programação estruturada), porém, neste caso ele possui algumas
representações próprias.

O fluxograma sempre possui um início, um sentido de leitura, ou fluxo, e um


fim. Alguns símbolos básicos são usados na construção de qualquer fluxograma
porém eles podem variar. Veja abaixo algumas definições básicas:

• Geralmente, usa-se um círculo alongado para indicar o início e o fim do


fluxo;

• A seta é usada para indicar o sentido do fluxo;


• No retângulo são inseridas as ações;

• O losango representa questões / alternativas;

• As linhas ou setas nunca devem cruzar umas sobre as outras;

• O texto deve ser sempre claro e sucinto;

• Recomenda-se iniciar as ações sempre com um verbo no infinitivo (fazer,


dizer...);

O importante é estabelecer o fluxograma de forma que ele fique o mais claro


possível, ou seja, que fique fácil identificar as ações que devem ser
executadas, ou dependendo do tipo de fluxograma, as alternativas do
processo.

Outros símbolos e modelos podem ser usados para montar fluxogramas, o que
vai determinar quais símbolos utilizar ou não, ou ainda, que tipo de fluxograma
se deve usar é o objetivo dele e o quê ele descreve.

IMPOSTOS E TAXAS

Tributos

Os tributos são o conjunto de impostos, taxas, contribuições e empréstimos compulsórios


que formam a receita da União, Estados e municípios. O IRPJ (Imposto de Renda da
Pessoa Jurídica) é exemplo de tributo, assim como a taxa de iluminação ou taxa do lixo
cobrada por uma prefeitura, ou ainda a CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido).

Os tributos podem ser diretos, onde são os contribuintes que devem arcar com a
contribuição, como ocorre no Imposto de Renda, ou podem ser indiretos, como os
impostos que incidem sobre o preço das mercadorias e serviços vendidos.

E pra complementar a questão de tributos, disponibilizamos um E-book de Planejamento


Tributário para download gratuito. Para baixar, é só clicar no botão abaixo.

Impostos

Como vimos, os impostos são um tipo de tributos, e não há uma destinação específica
para os recursos obtidos por meio de seu recolhimento. Geralmente são utilizados para o
financiamento de serviços públicos, como educação e segurança. Eles podem incidir
sobre o patrimônio (como o IPTU e o IPVA), renda (Imposto de Renda) e consumo, como
o IPI que é cobrado dos produtores e o ICMS que é pago pelo consumidor.

Taxas

As taxas são os valores cobrados do contribuinte por um serviço prestado pelo poder
público, como a taxa de lixo urbano ou a taxa para a confecção do passaporte.

Contribuições

Podem ser de dois tipos: de melhoria ou especiais. No primeiro caso estão as


contribuições cobradas em uma situação que representa um benefício ao contribuinte,
como uma obra pública que valorizou seu imóvel. Já as contribuições especiais são
cobradas quando há uma destinação específica para um determinado grupo, como o PIS
(Programa de Integração Social) e PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público), que são direcionados a um fundo dos trabalhadores do setor privado e
público.

Empréstimos Compulsórios

Podemos ser criados pelo governo em situações de emergência ou para algum fim
específico.

Tributos, Impostos, Taxas e Contribuições na ótica da Contabilidade Gerencial

Cada um dos desembolsos com tributos, impostos, taxas e contribuições são tratados
pela contabilidade gerencial em algum ponto específico do processo de composição dos
demonstrativos e calculo do EBITDA.Como vimos, alguns destes impostos que são
diretamente associados à venda (como ICMS, IPI, ISS etc.) já são absorvidos no calculo
da receita líquida, onde há o abatimento do valor destes impostos da receita bruta, na
forma de deduções sobre vendas.

Já as taxas, são valores pagos de forma pontual por algum serviço específico, e quando
ocorrem geralmente são classificadas como despesas. O mesmo ocorre com
as contribuições.
E para fechar a conta, ficou faltando considerar o IRPJ e a CSLL, que são tributos pagos
pela empresa ao final do exercício contábil, após a apuração dos lucros, onde já os
demais impostos e taxas já foram considerados (como deduções de vendas ou despesas
gerais).

Portanto, quando falamos da exclusão de impostos para o calculo do EBITDA, é


referente aos tributos como IRPJ e CSLL, pois os demais já foram considerados em
algum ponto anterior da composição do resultado da empresa.

SIGLAS E ABREVIATURAS

Atualmente, com a globalização, o avanço nas comunicações e o uso da


internet, tudo se tornou muito rápido. As pessoas sentem mais do que nunca a
necessidade de acompanharem o ritmo dos acontecimentos e de realizarem o
maior número de tarefas possível no intervalo de tempo de que dispõem. A
língua não poderia ficar de fora desta dinâmica, já que é por meio dela que nos
comunicamos, e é aí que entra uma “saída” ainda não completamente aceita
como norma, mas totalmente aderida: as ABREVIATURAS.

Quem já entrou em algum chat ou mandou um e-mail apressado para um


colega, enviou um torpedo do celular ou deixou um bilhetinho pra alguém na
porta da geladeira com certeza já fez uso delas, vejamos algumas das mais
utilizadas na atualidade, especialmente pelos mais jovens:

Bjs (beijos)

c/ (com)

msg (mensagem)

msm (mesmo)

ñ (não)

obg (obrigado)
p/ (para)

pq (porque)

tb (também)

A maioria das pessoas, quando vão abreviar as palavras o fazem de qualquer


maneira, mas os mais cuidadosos devem se perguntar: como eu faço para
abreviar esta palavra? Existe regra pra isso?

A resposta é simples. Existem algumas regras para abreviar as palavras, porém


a maioria das abreviaturas que ganham o gosto do público são aquelas que,
mesmo sem seguir as regras preditas pela gramática, são usuais, práticas. É o
caso, por exemplo, do famoso “VC”, criado nos sites de bate-papo. Esta
abreviatura não é reconhecida pela gramática como norma, porém é
reconhecida por todos nós, usuários da língua.

Vejamos, pois, algumas regras para se fazer uma abreviatura da maneira


correta (prevista na gramática).

REGRA GERAL: primeira sílaba da palavra + a primeira letra da sílaba seguinte


+ ponto abreviativo.

Exemplos: adj. (adjetivo), num. (numeral).

Outras regras:

a) Nunca se deve cortar a palavra numa vogal, sempre na consoante. Caso a


primeira letra da segunda sílaba seja vogal, escreve-se até a consoante.

b) Se a palavra tiver acento na primeira sílaba, ele é conservado.

núm. (número)

lóg. (lógica)

c) Caso a segunda sílaba se inicie por duas consoantes, utiliza-se as duas na


abreviatura.

Constr. (construção)

Secr. (secretário)
d) O ponto abreviativo também serve como ponto final, sendo assim, se a
abreviatura estiver no final da frase, não há necessidade de se utilizar outro
ponto.

Ex: Comprei frutas, verduras, legumes, etc.

e) Alguns gramáticos não admitem que as flexões sejam marcadas na


abreviatura.

Profª (professora)

Págs. (páginas)

Algumas palavras, mesmo não seguindo as regras descritas acima, são aceitas
pela gramática normativa, é o caso de:

a.C. ou A.C. (antes de Cristo)

ap. ou apto. (apartamento)

bel. (bacharel)

cel. (coronel)

Cia. (Companhia)

cx. (caixa)

D. (Dom, Dona)

Ilmo. (Ilustríssimo)

Ltda. (Limitada)

p. ou pág. (página) e pp. Págs. (páginas)

pg. (pago)

vv. (versos, versículos)

Mesmo sabendo que estas siglas são permitidas e reconhecidas pela


gramática, ao escrevermos textos oficiais, artigos, trabalhos, redações, não
devemos utilizá-las abusivamente, pois acabará atrapalhando a clareza da
comunicação. Em textos informais, no entanto, não há nenhuma restrição, a
abreviatura pode ser utilizada quando quisermos.
SIGLA
Existe uma outra maneira de abreviarmos, a sigla. Esta é também reconhecida
por muitos gramáticos como um processo de formação de palavras, pois a sigla
acaba tomando um significado próprio. As siglas são a junção das letras iniciais
de um termo composto por mais de uma palavra:

EUA (Estados Unidos da América)

USA (United States of America)

P.S. (pós escrito = escrito depois)

S.A. (Sociedade Anônima)

S.O.S. (Save Our Souls = salvai nossas almas)

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

Convencionou-se dizer que se a sigla tiver até três letras, ou se todas as letras
forem pronunciadas individualmente, todas ficam MAIÚSCULAS.

ONU, MEC, USP, PM, PMDB, INSS, CNBB.

Se, porém, a sigla tiver a partir de quatro letras, e nem todas forem
pronunciadas separadamente, apenas a primeira letra será maiúsculas, e as
seguintes minúsculas:

Aids, Embrapa, Detran, Unesco.

FORMAS DE TRATAMENTO EM CORRESPONDENCIAS OFICIAIS

A redação oficial é todo ato normativo e toda comunicação do poder público que se
caracteriza por meio de impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, formalidade,
uniformidade, concisão e clareza.

As comunicações oficiais respeitam a formalidade, pois os assuntos tratados apresentam


caráter formal, assim é necessário o uso correto de determinados pronomes de
tratamento, que apresentam certas peculiaridades. Embora se refiram à segunda pessoa
gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a
concordância para a terceira pessoa, uma vez que o verbo concorda com o substantivo
que integra a locução, e não com o pronome. Veja: “Vossa Senhoria nomeará o
substituto”; “Vossa Excelência conhece o assunto”.
Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são
sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa
Senhoria nomeará vosso substituto”).
A silepse de gênero, omissão de expressões no texto, determina que os adjetivos devam
coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a
locução de tratamento. “Vossa Excelência está preocupada com sua assessoria”; “Vossa
Senhoria deve estar atribulado”.
Conforme o Manual da Presidência da República de 2002, o emprego dos pronomes de
tratamento obedece à secular tradição. Vossa Excelência deve ser empregado para as
seguintes autoridades do Poder Executivo: Presidente da República; Vice-Presidente da
República; Ministros de Estado; Governadores e Vice-Governadores de Estado e do
Distrito Federal; Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-
Executivos de Ministérios; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Chefe da Casa
Civil da Presidência da República; Chefe do Gabinete de Segurança Institucional; Chefe
da Secretaria-Geral da Presidência da República; Advogado-Geral da União e o Chefe da
Corregedoria-Geral da União; Prefeitos Municipais. Do Poder Legislativo: Deputados
Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e
Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras
Legislativas Municipais. Do Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores;
Membros de Tribunais; Juízes; Auditores da Justiça Militar.
Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD). A dignidade
é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua
repetida evocação.
Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo
adequado é: Senhor Fulano de Tal seguido de vírgula.
Fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem
o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de
tratamento Senhor.
Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo
indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas
a pessoas que tenham tal grau por terem defendido tese de doutorado.
É costume designar por Doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em direito e em
medicina.
• Para quem não tem o título de doutor, o tratamento Senhor confere a desejada
formalidade às comunicações.
• Vossa Magnificência, empregada por força da tradição, em comunicações dirigidas
a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo: Magnífico Reitor.

Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesiástica, são:


• Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa – o vocativo correspondente
é Santíssimo Padre (seguido de vírgula); Vossa Eminência ou Vossa Eminência
Reverendíssima, em comunicações aos Cardeais; Vossa Excelência
Reverendíssima, em comunicações dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa
Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos
e superiores religiosos; Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e
demais religiosos.

TIPOS DE CORRESPONDÊNCIA

Particular:
É a carta trocada entre familiares, colegas, amigos ou namorados.

Os objetivos pedem varias:

 Pedir;
 Expor noticias;
 Solicitar favores;
 Agradecer ou declarar sentimentos.

 Utilizando a linguagem é informal e espontânea.


Comercial:

É a carta trocada entre profissionais liberais, entre empresas, entre empresas e seus
clientes para tratar de negócios.
Os objetivos gerais:
 Transações comerciais;
 Industriais e financeiras;
 Assuntos sobre investimentos bancários;
 Empréstimos;
 Cobranças;
 Divulgação de produtos, etc.

Linguagem é objetiva e mais formal.

Oficial:

É a carta trocada entre instituições públicas, civis e militares, ou de um órgão oficial para
uma pessoa ou empresa.

Os objetivos oficiais:
 Atos dos poderes Legislativo, Executivo ou Judiciário;
 Requerimentos de cidadãos;
 Avisos à População
Linguagem é forma e impessoal.

Observação: Existe um Decreto Federal que dita as normas das correspondências


oficiais, o manual de Redação da Presidência da República.

O TRATAMENTO

Correspondência Particular:

Remetente
Eu - Meu
Destinatário
Tu ou você
Teu ou seu
Senhor/Seu

Correspondência Comercial:

Remetente
Nós – nosso
Esta empresa/Seu

Destinatário
V.S. ou V.S.as/seu
Essa empresa/seu

Correspondência Oficial:

Remetente
Nós – nosso
Este órgão/Seu

Destinatário
V.S.a ou V.S.as/seu(s)
V.Ex. a ou V.Ex. as /seu(s)

ATENDIMENTO AO PUBLICO

Atendimento corresponde ao ato de atender, ou seja, ao ato de prestar atenção às


pessoas com as quais mantemos contato. Quem pratica o atendimento deve ser
responsável, adotando um estado de espírito baseado na gentileza.
O “bom atendimento” é aquele que procura verdadeiramente atender às expectativas do
público. Por isso, é bom ter em mente que ele é, antes de tudo, a razão do seu trabalho.
Ao atender o público, é necessário informar e esclarecer as dúvidas, além de agilizar o
atendimento e eventualmente acalmar os ânimos quando necessário. Comunicação e os
tipos de linguagem
A qualidade do atendimento prestado depende da capacidade de se comunicar com o
público e da mensagem transmitida. A norma culta é a forma linguística ensinada nas
escolas e difundida nas gramáticas. Exemplo: “Estou preocupado”. Sendo mais
espontânea e criativa, a língua popular se afigura mais expressiva e dinâmica.
É recomendável que as gírias sejam evitadas no ambiente de trabalho. Claro que é
compreensível falar uma ou outra gíria, mas carregar o vocabulário com elas torna a fala
inconveniente.
É importante que fique claro que o público é a razão de ser da universidade, por isso
satisfazê-lo é essencial para a manutenção do bom clima institucional.
Exemplo:
“Tô preocupado”.

A gíria é uma linguagem de caráter popular, que é usada por determinados grupos sociais
e visa substituir termos falados tradicionalmente.
Exemplos de gírias muito usadas pela população:
“gato” ou “gata”, “brother”, “mano”, “tá ligado”, entre outras possibilidades.

Quem é o público?

• Público (ou cliente) interno — São todos os servidores e companheiros de


trabalho, tais como professores, técnicos, estagiários, bolsistas e terceirizados.
Entende-se por público interno o indivíduo que trabalha para a instituição,
participando ativamente dela. De acordo com esse conceito, os funcionários
prestam serviços internos a outros funcionários, ou seja, todos os trabalhadores
(servidores e terceirizados) são “clientes” uns dos outros.
• Público (ou cliente) externo — São todos aqueles atendidos pela universidade:
alunos, imprensa e a comunidade em geral.

Como prestar um atendimento de qualidade?


Com boa vontade, profissionalismo e, acima de tudo, respeito ao público, buscando
sempre ouvir o que as pessoas têm a dizer. Além disso, é importante conhecer a estrutura
organizacional e as atividades realizadas pelos funcionários. Tais informações são
fundamentais para tornar um atendimento eficiente.

Recepção

• Cumprimente. Frases como “Bom dia” ou “Como vai?” demonstram acolhimento e


educação.
• S e for o caso, indique um local para a pessoa sentar enquanto aguarda.
• Inicie a conversa com uma atitude amigável e prestativa.
• Seja proativo. Pergunte à pessoa: “Em que posso ajudar?”.
• Tenha paciência ao ouvir a pessoa, não a interrompa bruscamente.
• D urante o atendimento, não atenda telefonemas ou seu celular.
• T rate a todos com igualdade e cordialidade.
• Procure sorrir. Além de calorosa, essa atitude demonstra abertura e disposição.
• Ao prestar atendimento, esqueça seus problemas pessoais.
• Evite bocejar, tossir ou emitir sons que possam ser interpretados como sinal de
desleixo pela pessoa atendida.
• Procure ser discreto: discuta apenas assuntos profissionais.
• Se necessário, conduza o visitante ao destino desejado (se ele precisar, por
exemplo, se dirigir a outro setor).
• Não diga “Ele não se encontra” ou “Ele não chegou ainda”. Diga apenas “Ele não
está”.
• Evite usar diminutivos como “ele deu uma saidinha” ou “quer deixar um recadinho”,
que passam a impressão de falta de seriedade com o trabalho.
• Mantenha a calma mesmo com pessoas menos educadas. Jamais as interrompa,
discuta ou seja agressivo com elas.
• Não fale baixo nem gritando, use um tom moderado. E procure transmitir as
informações de maneira rápida e correta.
• Se você não tiver resposta para a questão, procure a solução e dê um retorno à
pessoa atendida. Nunca a deixe sem reposta.
ATENDIMENTO TELEFONICO
O atendimento telefônico requer mais concentração do que uma
conversa ao vivo, por isso:
• Seja cordial. Pergunte o nome da pessoa: “Quem quer falar, por favor?”.
• Nunca diga: “Quem fala?”, “Quem é?”, “Quem gostaria?”.
• Procure ter à mão tudo o que você precisa, como caneta, papel e relação de
ramais.
• Anote todos os recados e encaminhe-os à pessoa que precisa recebê-los.
• Ao falar pelo telefone, esqueça seus problemas pessoais. Sua voz deve soar calma
e agradável.
• Peça para a pessoa repetir ou falar um pouco mais alto caso
necessário.
• O telefone da instituição deve ser usado apenas para assuntos de cunho
profissional e não pessoal.
• Evite deixar a pessoa esperando na linha.
• Não atenda ao telefone olhando o computador, pois essa atitude prejudica o bom
atendimento.
• Se necessário, explique novamente, de outra maneira, até que a pessoa entenda a
mensagem.
• Se outro ramal tocar na mesma sala e o responsável não estiver presente, atenda.
Informe que a pessoa procurada não está em sua mesa no momento e pergunte
quem está ligando e se deseja deixar um contato/recado. Anote e repasse ao
colega.
• Ao receber recado de que alguém lhe procurou durante uma ausência, não deixe
de retornar a ligação.

PROTOCOLO

Protocolo é o setor responsável pelo recebimento, registro, distribuição, controle da


tramitação e expedição de documentos, com vistas ao favorecimento de informações aos
usuários internos e externos.
O protocolo compreende um conjunto de operações que possibilita o controle do fluxo
documental (local por onde passa os documentos no órgão/instituição) viabilizado a sua
recuperação e o acesso a informação.
Pode ser: Centralizado e Descentralizado

Centralização
Por sistema centralizado entende-se não apenas a reunião de documentação em um
único local, como também todas as atividades de controle – recebimento, registro,
distribuição, movimentação e expedição – de documentos de uso corrente em um único
órgão de estrutura organizacional.
Dentre as várias vantagens que um sistema centralizado oferece, citam-se:
• treinamento mais eficiente de pessoal de arquivo;
• maiores possibilidades de padronização de normas e procedimentos;
• nítida delimitação de responsabilidades;
• constituição de conjuntos arquivísticos mais completos;
• redução dos custos operacionais;

Descentralização
Recomenda-se prudência ao aplicar esse sistema. Se a centralização rígida pode ser
desastrosa, a descentralização excessiva surtirá efeitos iguais ou ainda piores.
O bom senso indica que a descentralização deve ser estabelecida levando-se em
consideração as grandes áreas de atividades de uma instituição.
Suponha-se uma empresa estruturada em departamentos como Produção,
Comercialização e Transportes, além dos órgãos de atividades-meio ou administrativos, e
que cada um desses departamentos se desdobre em divisões e/ou seções.
Uma vez constatada a necessidade de descentralização para facilitar o fluxo de
informações, esta deverá ser aplicada em nível de departamento, isto é, deverá ser
mantido um arquivo junto a cada departamento, onde estarão reunidos todos os
documentos de sua área de atuação, incluindo os produzidos e recebidos pelas divisões e
seções que o compõem. Para completar o sistema, deverá ser mantido também um
arquivo para a documentação dos órgãos administrativos.
Recebimento:
Inclui a atividade de receber os documentos e efetuar a separação em duas categorias:
oficial, que trata de matéria de interesse institucional e particular, que trata de conteúdo de
interesse pessoal.
Os documentos oficiais são divididos em ostensivos e sigilosos. Aqueles de natureza
ostensiva deverão ser abertos e analisados. No momento da análise, deverá ser
verificada a existência de outros registros relacionados ao documento recebido, para se
fazer a devida referência. Os documentos de natureza sigilosa e aqueles de natureza
particular deverão ser encaminhados diretamente aos respectivos destinatários.

Registro :
Os documentos recebidos pelo protocolo são registrados em formulários ou em sistemas
eletrônicos, nos quais serão descritos os dados referentes ao seu número, nome do
remetente, data e assunto, espécie, entre outros elementos. Os elementos utilizados para
o registro de documentos nos serviços de protocolo são metadados desses documentos.

Autuação:
Após o registro, os documentos são numerados (autuados) conforme sua ordem de
chegada ao arquivo. A palavra autuação também significa a criação de processo.
Classificação:
Análise e identificação do conteúdo de documentos, seleção da categoria de assunto sob
a qual sejam recuperados, podendo atribuir a eles códigos. Esta tarefa é executada com
o auxílio do plano de classificação, caso a instituição possua esse instrumento.

Distribuição:
Ou movimentação: consiste na entrega dos documentos aos respectivos destinatários. A
distribuição é a remessa dos documentos aos setores de trabalho, enquanto que a
expedição consiste na remessa externa desses documentos.

Tramitação
A tramitação de um documento dentro de uma instituição depende diretamente se as
etapas anteriores foram feitas da forma correta. Se feitas, fica mais fácil, com o auxílio do
protocolo, saber sua exata localização, seus dados principais, como data de entrada,
setores por que já passou, enfim, acompanhar o desenrolar de suas funções dentro da
instituição. Isso agiliza as ações dentro da instituição, acelerando assim, processos que
anteriormente encontravam dificuldades, como a não localização de documentos, não se
podendo assim, usá-los no sentido de valor probatório, por exemplo.

Expedição de documentos:
Após cumprirem suas respectivas funções, os documentos devem ter seu destino
decidido, seja este a sua eliminação ou recolhimento. É nesta etapa que a expedição de
documentos torna-se importante, pois por meio dela, fica mais fácil fazer uma avaliação
do documento, podendo-se assim decidir de uma forma mais confiável, o destino do
documento. Dentre as recomendações com relação a expedição de documentos,
destacam-se:
Receber a correspondência, verificando a falta de anexos e completando dados;
Separar as cópias, expedindo o original;
Encaminhar as cópias ao Arquivo.
É válido ressaltar que as rotinas acima descritas não valem como regras, visto que cada
instituição possui suas tipologias documentais, seus métodos de classificação, enfim,
surgem situações diversas. Servem apenas como exemplos para a elaboração de rotinas
em cada instituição.
ARQUIVOS E TECNICAS DE ARQUIVAMENTO

Conceito e definição dos Arquivos


“O conjunto de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de
caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades
específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a
natureza dos documentos” (Art. 2ª da lei nº 8.159/1991).
Assim sendo, podemos afirmar que os documentos de arquivo resultam das atividades
realizadas pela entidade produtora, e devem ser compreendidos dentro do contexto
orgânico de produção, a fim de que sejam mantidas suas características e seus valores
de prova. Segundo Luciana Duranti,

Os documentos de arquivo possuem as seguintes características:

Imparcialidade: está relacionada ao fato de que a produção documental ocorre em


determinado contexto e para determinado fim. Embora sejam redigidos por meio de uma
ação humana eles são imparciais, pois são criados para atender um objetivo específico,
como por exemplo, a compra de um material;

Autenticidade: os documentos de arquivo são criados, mantidos e custodiados de acordo


com procedimentos que podem ser comprovados.

Naturalidade: os documentos são acumulados de acordo com as atividades da


instituição, ou seja, sua acumulação ocorre dentro das transações por ela executadas.

Inter-relacionamento: os documentos estabelecem relação entre si e com as atividades


que o geraram. O documento de arquivo deve ser entendido como peça de todo orgânico
e não como elemento isolado de um contexto.

Unicidade: cada documento de arquivo tem lugar único na estrutura documental a qual
pertence. Este aspecto não está diretamente relacionado ao número de cópias
produzidas, mas sim à função “única” que os documentos executam dentro do contexto
organizacional.

Finalidade dos Arquivos


Os arquivos possuem duas finalidades: a primeira é servir à administração da entidade
que o produziu; a segunda é servir de base para o conhecimento da história desta
entidade.
Eles são utilizados, num primeiro instante, para o cumprimento das atividades
administrativas da instituição que o produziu, e constituem, com o decorrer do tempo, em
meios de se conhecer o seu passado e a sua evolução.

Função dos Arquivos


A função principal dos arquivos é possibilitar o acesso às informações que estão sob sua
responsabilidade de guarda, de maneira rápida e precisa.

CLASSIFICAÇÃO DOS ARQUIVOS

Natureza dos documentos:


Quanto à natureza dos documentos, classificam-se em especial e especializado O arquivo
especial é constituído por documentos de diversos formatos, como DVD’s. CD’s, fitas e
microfilmes que, devido as características do suporte, merecem tratamento especial
quanto ao seu armazenamento e tratamento técnico. O arquivo especializado é
constituído por documentos resultantes de uma determinada área do conhecimento
humano, independentemente do suporte onde a informação encontra-se registrada. São
exemplos de acervos especializados os arquivos médicos, os arquivos de engenharia,
entre outros.

Extensão:
Quanto à extensão os arquivos podem ser setoriais, estabelecidos junto aos setores da
instituição, ou arquivos centrais ou gerais que reúnem sob sua guarda documentos
provenientes de diversos setores de uma instituição.

Estágios de evolução:
Quanto e estes estágios os arquivos são identificados como correntes, intermediários e
permanentes, o que corresponde ao ciclo vital das informações, também chamado de
teoria das três idades. A lei nº 8.159/1991, define em seu artigo 8º, estes três estágios da
seguinte maneira:
• Arquivos correntes: são aqueles em curso, ou que, mesmo sem movimentação,
constituam objeto de consultas freqüentes.
• Arquivos intermediários: são aqueles que, não sendo de uso corrente nos órgãos
produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou
recolhimento para guarda permanente.
• Arquivos permanentes: conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e
informativo que devem ser definitivamente preservados.

Entidades mantenedoras:
Conforme as características da entidade acumuladora de
documentos, estes podem ser divididos em:
• Arquivos públicos: são aqueles produzidos por instituições públicas nas esferas
federal, estadual e municipal. Também são considerados públicos os arquivos
acumulados por empresas privadas encarregadas da gestão de serviços públicos.

• Arquivos privados: são aqueles produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou


jurídicas, em decorrência de suas atividades. (lei nº 8.159/1991, art. 11). Ex.: arquivos
comerciais, institucionais, pessoais.

Ressalta-se que os arquivos pessoais/familiares, os comerciais e os institucionais também


podem ser chamados de arquivos privados.

Observação: Tomar cuidado com a diferença de classificação dos documentos de


arquivo visto no assunto classificação, codificação e catalogação de papeis e
documentos que apesar da semelhança a classificação dos documentos de
arquivo também podem ser: Quanto ao gênero (textuais, filmográficos etc),
natureza do documento (ostensivo e sigiloso), especie do documento (ata,
memorando, oficio), tipologia do documento ( ata de reunião, certidão de
casamento, declaração de tal coisa).

TEORIA DAS TRÊS IDADES DOS DOCUMENTOS

Segundo esta teoria os arquivos (conjunto de documentos) passam por três estágios

distintos de arquivamento, de acordo com o uso que se faz dos documentos : corrente,

intermediário e permanente.

• arquivo corrente ou de 1a idade: constituído de documentos em curso ou

frequentemente consultados e de uso exclusivo da fonte geradora. Seu uso se

caracteriza pelo valor primário dos documentos, isto é, atender as finalidades de sua

criação.

• arquivo intermediário ou de 2a idade: constituído de documentos que deixaram


de ser frequentemente consultados, mas que ainda podem ser solicitados para
embasar assuntos idênticos. A permanência dos documentos em arquivos
intermediários é temporária.

• arquivo permanente ou de 3a idade: constituído de documentos que já


cumpriram as finalidade de sua criação, mas são preservados em razão de seu
valor probatório, informativo, cultural, de pesquisa por parte da entidade que o
produziu ou por terceiros (valor secundário).
A cada um destes estágios correspondem procedimentos técnicos diferentes e o
tratamento dispensado na fase corrente, refletirá nas fases seguintes.

Valores Documentais

O ciclo vital dos documentos agrega dois valores distintos para promover a avaliação
documental: o valor primário ou administrativo, presente na primeira e na segunda idade,
que
deve ser temporariamente preservado por razões administrativas, legais ou fiscais; e o
valor
secundário ou histórico, presente na terceira idade, que diz respeito ao uso dos
documentos
para outros fins que não aqueles para os quais foram criados. O valor secundário deve
ser preservado de maneira definitiva pela instituição ele se divide em probatório (quando
comprova a existência, o funcionamento e as ações da instituição) ou informativo (quando
contém informações essenciais sobre matérias com que a organização lida, para fins de
estudo
ou pesquisa)

Arquivos Correntes

Os documentos da fase corrente possuem grande potencial de uso para a instituição


produtora, e são utilizados para o cumprimento de suas atividades administrativas, como
a tomada de decisões, avaliação de processos, controle das tarefas e etc. As principais
atividades desempenhadas nesta fase são: protocolo, expedição, arquivamento,
empréstimo, consulta e destinação.

Protocolo

Os documentos da fase corrente apresentam grande potencial de tramitação dentro das


áreas e setores da instituição; para que esta documentação não se perca, é necessário
exercer o controle de sua movimentação por meio de instrumentos próprios que garantam
sua localização e segurança.
Bem, como já vimos para alcançar estas finalidades, o protocolo executa as seguintes
atividades:

1 •• Recebimento:
inclui a atividade de receber os documentos e efetuar a separação em duas categorias:
oficial, que trata de matéria de interesse institucional e particular, que trata de conteúdo de
interesse pessoal. Os documentos oficiais são divididos em ostensivos e sigilosos.
Aqueles de natureza ostensiva deverão ser abertos e analisados. No momento da análise,
deverá ser verificada a existência de outros registros relacionados ao documento
recebido, para se fazer a devida referência. Os documentos de natureza sigilosa e
aqueles de natureza particular deverão ser encaminhados diretamente aos respectivos
destinatários.
2 •• Registro:
os documentos recebidos pelo protocolo são registrados em formulários ou em sistemas
eletrônicos, nos quais serão descritos os dados referentes ao seu número, nome do
remetente, data e assunto, espécie, entre outros elementos.

3 •• Autuação:
após o registro, os documentos são numerados (autuados) conforme sua ordem
de chegada ao arquivo. A palavra autuação também significa a criação de processo.

4 •• Classificação:
análise e identificação do conteúdo de documentos, seleção da categoria de assunto sob
a qual sejam recuperados, podendo atribuir a eles códigos. Esta tarefa é executada com o
auxílio do plano de classificação, caso a instituição possua esse instrumento.

5 •• Movimentação (expedição/distribuição):
consiste na entrega dos documentos aos respectivos destinatários. A distribuição é a
remessa dos documentos aos setores de trabalho, enquanto que a expedição consiste na
remessa externa desses documentos.

6 •• Controle da tramitação:
são as operações destinadas a registrar a localização do documento dentro da instituição.
Tal controle pode ser executado por meio de cadernos de protocolo ou por meio de
sistemas eletrônicos, estes garantem maior segurança e agilidade ao processo de
controle de tramitação.

Arquivamento de Documentos

O arquivamento consiste na guarda dos documentos em lugares próprios, como caixas e


pastas, de acordo com um método de ordenação previamente estabelecido, e na guarda
destas embalagens (caixas e pastas) em mobiliários específicos, como estantes e
arquivos de aço. Para que os arquivos se tornem acessíveis é necessário que eles sejam
corretamente arquivado de maneira a agilizar sua recuperação. Antes do arquivamento,
os documentos devem ser devidamente classificados de acordo com a função ou
atividade a que se referem; esta tarefa é executada com o auxílio do plano de
classificação.

Plano de classificação

Instrumento que reflete as funções/atividades da empresa que deram origem aos


documentos, ele serve para orientar a operação de arquivamento e recuperação da
informação. O plano tem a finalidade de classificar todo e qualquer documento produzido
ou recebido pela instituição no exercício de suas atividades. A classificação por assuntos
é utilizada com o objetivo de agrupar os documentos sob um mesmo tema, como forma
de agilizar sua recuperação e facilitar as tarefas arquivísticas relacionadas ao
processamento técnico da informação. Para ilustrar este instrumento segue abaixo um
exemplo de Plano de Classificação utilizado pelo Poder Executivo Federal.

Modelo de Plano de Classificação


000 – ADMINISTRAÇÃO GERAL
001 – MODERNIZAÇÃO E REFORMA ADMINISTRATIVA.
010 – ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
012 – COMUNICAÇÃO SOCIAL
034 – MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAL
Operações de Arquivamento
Tendo em vista a importância de se guardar corretamente os documentos de arquivo,
visando a sua localização, faz-se necessária a adoção das seguintes operações de
arquivamento:

▪ Inspeção: exame do documento para verificar a existência de despacho que


indique se o ele seguirá para o arquivamento
▪ Estudo: leitura do documento para verificar a entrada que será atribuída, a
existência de outros documentos que tratam de matéria semelhante.
▪ Classificação: análise e identificação do conteúdo de documentos, seleção
da categoria de assunto sob a qual sejam recuperados.
▪ Codificação: inserção de códigos nos documentos de acordo com o método
de arquivamento adotado: letras, números, cores.
▪ Ordenação: é a disposição dos documentos de acordo com a classificação e
a codificação dadas. Para facilitar a ordenação os documentos podem ser
dispostos em pilhas ou escaninhos.
▪ guarda de documentos: é a colocação do documento na respectiva pasta,
caixa, arquivo ou estante.

Métodos de Arquivamento
Para que os documentos de arquivo estejam acessíveis é necessário que eles sejam bem
ordenados e arquivados. O arquivamento é feito por meio de métodos específicos que
chamamos de métodos de arquivamento. A escolha mais adequada do método de
arquivamento depende da natureza dos documentos a serem arquivados e da estrutura
da organização acumuladora. A instituição adotar quantos forem necessários para bem
organizar seus documentos.

Metodo de arquivamento padronizado variadex: utiliza a combinação de cores e letras


para o arquivamento dos documentos. Cada sequência de letras recebe uma cor
específica.
1. métodos básicos: dividem-se em alfabético, geográfico, numérico e ideográfico.
2. Alfabético: utiliza o nome como elemento principal de busca. A ordenação dos
nomes é feita de acordo com as regras de alfabetação.
3. geográfico: utiliza o local ou a procedência do documento como elemento principal
de busca. O método geográfico organiza os documentos conforme dois seguintes
critérios: por estado, país ou cidade.
4. alfabético: utiliza o nome como elemento principal de busca. A ordenação dos
nomes é feita de acordo com as regras de alfabetação.
5. Numérico: utiliza números para a recuperação da informação. Divide-se em
simples, cronológico e dígito-terminal
6. Simples:os documentos recebem um número de acordo com a sua ordem de
entrada ou registro no arquivo, sem qualquer preocupação com a ordem alfabética.
7. Cronológico: utiliza número e data como forma de localização da informação.
8. Dígito-terminal: os documentos são arquivados conforme uma seqüência
numérica composta de seis dígitos que são divididos em três pares. A leitura da
sequência se dá da direita para a esquerda.

Ex.: o número 170482 será divido em três pares que serão lidos da direita
para esquerda, sendo 82 o primeiro par, 04 o segundo e 17 o terceiro.

9. Ideográfico: distribui os documentos conforme os assuntos a que eles se referem.


Divide se em:
•• alfabético: os assuntos são divididos conforme a ordenação dicionária e a
ordenação enciclopédica.
•• numérico: os assuntos recebem números específicos. Divide-se em decimal,
duplex e unitermo.

MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO
Com base na análise cuidadosa das atividades da instituição, aliada à observação de
como os documentos são solicitados ao arquivo, é possível definir-se o método principal a
ser adotado e quais os seus métodos auxiliares.

Em cada caso pode-se organizar os Arquivos em:

a) Ordem Alfabética
b) Ordem Geográfica
c) Ordem Numérica
d) Ordem Ideográfica (de assunto)

Essas duas classes pertencem a dois grandes sistemas: direto e indireto.


• Sistema direto: é aquele em que a busca é realizada diretamente no local onde
estão guardados os documentos.
• Sistema indireto: é aquele em que, para se"ter acesso aos documentos
guardados, primeiro têm se de consultar um índice ou código.

PODERES LEGISLATIVO E EXECUTIVO MUNICIPAL

É de suma importância a nós cidadãos compreendermos a função dos poderes Executivo,


Legislativo e Judiciário no âmbito municipal para que assim compreendamos de fato o
nosso sistema político. Pode-se dizer que eles são os três pilares nos quais estão
apoiados toda a sociedade, pois determinam toda a dinâmica social e política do País.
A criação dos três poderes teve origem com o filósofo grego Aristóteles (384 a.C.) e foi
implantada por Montesquieu (1784). Foi este o responsável pela Teoria da divisão dos
poderes contida em seu livro “O Espírito das Leis”. Montesquieu acreditava ser preciso
dividir o poder do Estado que era concentrado apenas nas mãos de uma só pessoa, ou
seja, somente do rei. Tal sistema já não mais contemplava os anseios dos cidadãos dos
países onde tal modelo existia. Com a divisão em três poderes, Montesquieu esperava
que assim fosse possível combater a tirania e o autoritarismo do rei. Dessa forma, criou
os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Cada poder passou a ter uma função
específica e independente. Nenhum dos poderes funciona isoladamente do outro, todos
são interdependentes e possuem igual importância. Suas funções são:

Poder Executivo: Como o próprio nome já diz, cabe a este poder a função de executar
as leis, ou seja, colocar em prática as leis elaboradas pelo Poder Legislativo. É também
de sua responsabilidade a tarefa de administrar os interesses da população, já que os
membros do Executivo são os maiores representantes do povo, eleitos de forma
democrática com o dever de governar segundo os interesses e necessidades da
população organizada em coletivos, ou seja, sociedade civil organizada. O Poder
Executivo no âmbito municipal possui sua representação máxima na figura do prefeito,
mas não se restringe a ele, pode ser representado também pelos secretários, assessores
e membros dos conselhos. Sendo o prefeito, a figura máxima do Executivo no âmbito
municipal, deve, para que realize uma gestão que atenda os anseios da população, se
reunir constantemente com a sociedade a fim de reunir as reivindicações dos coletivos e
com eles encontrar as possibilidades para a satisfação das necessidades do município.
No âmbito estadual e federal o Poder Executivo é representado pelos governadores e
Presidente da República.

Poder Legislativo: É responsável pela elaboração e aprovação das leis. Além disso, tem
como dever primordial a fiscalização do orçamento público e administração do Poder
Executivo. No âmbito municipal é exercido pelos vereadores e estes devem trabalhar em
função da melhoria da qualidade de vida da população, sendo mediador entre o povo e o
prefeito. Faz-se necessário que os vereadores possuem vínculos estreitos com os
coletivos ao qual representa para que não haja um distanciamento dos cidadãos com o
poder público. O vereador é um dos principais responsáveis a estimular o povo a
participar das decisões políticas, pois é eleito para representar a vontade daqueles que o
elegeram por meio do voto. E para contemplar a vontade daqueles que lhe confiaram o
voto é preciso que o vereador esteja constantemente reunido com a população, pois
assim absorverá várias ideias de projetos que contemplem seu eleitorado. É de
fundamental importância esta relação representante/ representado, pois ambos os lados
colaborarão para o pleno exercício democrático, sendo que tal relação é necessária tanto
para o cidadão compreender o funcionamento da política local quanto para o vereador
exercer seu mandato com tranquilidade, já que a população acompanhou seus esforços.

Poder Judiciário: Possui a função de zelar pelas leis. Deve fiscalizar para que as leis
sejam cumpridas e zela também pelos direitos dos indivíduos. Este poder é exercido
pelos Juízes e Promotores de Justiça.
Existe também aquele que é considerado o nosso “quarto poder”, ou seja, o Ministério
Público. Este órgão está a serviço, primeiramente, aos cidadãos, já que é responsável por
garantir a democracia no País. É independente do Executivo, Legislativo e Judiciário e
tem como dever primordial a fiscalização destes. Foi criado com o intuito de fortalecer e
concretizar as promessas contidas na Constituição Federal. Toda vez que um (a)
cidadã(o) se sentir violado em seus direitos, deve recorrer ao Ministério Público para
poder garantir seus direitos previstos em todas as legislações (Constituição Federal,
Direitos Humanos, Estatuto do Idoso, Lei Maria da Penha, etc.).

Cabe também ao Ministério Público toda e qualquer infração que ameace a democracia,
visto que esta foi uma conquista árdua do povo brasileiro. Sendo assim, o MP é
responsável por fazer prevalecer a democracia, ou seja, a vontade do povo acima de
qualquer autoritarismo político. Qualquer cidadão pode acionar o Ministério Público que
manterá sigilo sobre toda e qualquer denúncia.

Apesar da organização automática do Estado por meio dos três poderes e do Ministério
Público, é de fundamental importância a participação direta dos cidadãos em todas estas
esferas. Por exemplo; para que o MP possa apurar alguma negligência dos três poderes,
precisa contar com a colaboração do cidadão para obter provas que possam ajudar na
investigação das irregularidades. Da mesma forma é o Poder Executivo, é preciso a
participação direta da sociedade civil para que o processo político aconteça nos moldes
da Constituição Federal, ao contrário, não haverá fiscalização. Quando não há
fiscalização a corrupção sempre vem à tona. É preciso entender que os três poderes
existem para servir aos cidadãos, mas para que estes funcionem com efetividade é
extremamente indispensável a participação de toda a sociedade na vida política do
município. Somente assim poderemos sonhar com novos tempos na nossa política, não
mais delegando toda a confiança nos representantes e sim, junto com eles, participar
ativamente da dinâmica política e social de nossos municípios.
LEIS ORDINARIAS E LEIS COMPLEMENTARES

LEI COMPLEMENTAR
Lei complementar é a espécie normativa sujeita a um processo legislativo especial e com
matéria própria. Serve para regular os assuntos que o legislador constituinte entende de
importância fundamental.

Ao mesmo tempo, o conteúdo da lei complementar não pode ser alterado por lei ordinária
devido aos critérios de aprovação. Do mesmo modo, matéria reservada à lei
complementar não poderá ser disciplinada por lei ordinária, sob pena de
inconstitucionalidade da lei por violar preceito constitucional que determina a reserva de
competência de algumas matérias ao âmbito da lei complementar.

A diferença entre lei ordinária e lei complementar reside em dois aspectos: o material e o
formal. No aspecto material, temos assuntos que obrigatoriamente devem ser
regulamentados por lei complementar. A lei ordinária, por sua vez, é residual, pois trata
das matérias que a constituição não exija regulamentação por lei complementar, decreto
legislativo ou resolução.

A segunda distinção é formal e refere-se ao quorum de aprovação da lei complementar,


que é de maioria absoluta, enquanto o quorum de aprovação da lei ordinária é de maioria
simples. Na votação por maioria simples, o projeto de lei é aprovado se obtiver a maioria
dos votos favoráveis dos parlamentares presentes na sessão. Já a votação por maioria
absoluta considera os votos favoráveis da metade mais um do total dos parlamentares,
independente do número de congressistas presentes naquela sessão.

B) LEI ORDINÁRIA
Este instituto aborda assuntos diversos nas áreas penal, civil, tributária, administrativa,
regulando quase todas as matérias de competência da união, com sanção do presidente
da república. O projeto de lei ordinária é aprovado por maioria simples e pode ser
proposto pelo presidente da república, deputados, senadores, Supremo Tribunal Federal
(STF), tribunais superiores e procurador-geral da república. Os cidadãos também podem
propor tal projeto, desde que subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado do país,
distribuído pelo menos por cinco estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada
um deles.

A lei ordinária é o ato legislativo típico por excelência, o ato normativo primário que edita
normas gerais e abstratas. Caracteriza-se pela generalidade de seu conteúdo, podendo
tratar de quase toda matéria. A exceção é a matéria destinada à lei complementar e os
assuntos do congresso, câmara e do senado (reservados aos decretos legislativos e das
resoluções). Há ainda os incisos do §1° do artigo 68 da constituição que são disciplinados
por lei ordinária e insuscetíveis de delegação.

2) DIFERENÇAS:
Já enraizada e concretizada na doutrina, a diferença entres essas duas espécies
normativas se dá sob dois aspectos: um, quanto à matéria e ao quorum de votação.
A primeira diz respeito ao assunto abrangido por ambas, a saber: enquanto a Lei
Complementar deve versar, obrigatoriamente, sobre assuntos especificados na
Constituição Federal (verificado por expressões normativas, como “… segundo lei
complementar”, “… observados os dispositivos em lei”), a Lei Ordinária tem competência
residual, ou seja, pode tratar de todos os assuntos que não sejam de competência da Lei
Complementar.

Por exemplo, o art. 93 da Constituição Federal, que “Lei complementar, de iniciativa do


Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os
seguintes princípios:…”.
Percebemos que o constituinte deixa especificadas as matérias que deverão ser tratadas
pelas Leis complementares. Por outro lado, nos outros casos é possível a edição de Leis
ordinárias, desde que não necessite de outro ato normativo.
A outra diferença diz respeito ao quorum de votação: enquanto a Lei Complementar
necessita de maioria absoluta (art. 69, Constituição Federal), a Lei Ordinária necessita de
maioria simples (art. 47, Constituição Federal). A primeira tem como característica a
necessidade de aprovação da maioria de todos os integrantes da casa, por exemplo, para
a aprovação de uma Lei Complementar advinda do Senado Federal, que possui 81
integrantes, deverá ser aprovada por 41 votos, por outro lado, para a aprovação de Lei
Ordinária advinda do Senado Federal, deverá ser aprovada pela maioria de votos
presentes no dia da votação, ou seja, caso estejam presentes 50 senadores, a Lei
ordinária deverá ser aprovada por 26 votos.

CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS

Art. 6º

São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o


transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

Art. 7º

São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender as suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos
termos da lei;

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento
à do normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento
e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos
termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na
forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco)
anos de idade em creches e pré-escolas;

XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;


XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a
indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para o trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois
anos após a extinção do contrato de trabalho;

XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de


admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os
profissionais respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir
de quatorze anos;

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e


o trabalhador avulso.
Parágrafo único São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos
previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV,
XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a
simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias,
decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III,
IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.

Art. 8º

É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:


I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado
o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção
na organização sindical;
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau,
representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que
seria definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser
inferior à área de um Município;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da
categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional,
será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação
sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura
a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano
após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.

Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos


rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.

Art. 9º

É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a


oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.

§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das


necessidades inadiáveis da comunidade.

§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

Art. 10.

É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos


órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de
discussão e deliberação.

Art. 11.

Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um


representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto
com os empregadores.

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