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INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!

Comportamento Assertivo
Um Guia de Auto-Expressão

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Comportamento Assertivo
Um Guia de Auto-Expressão

Robert E. Alberti, Ph. D.


e
Michael L. Emmons, Ph. D.

TRADUÇÃO: Jane Maria Corrêa

irterUvros
Belo Horizonte - M G - 1983

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YOUR PERFECT RIGHT — A Guide to Assertive Behavior

COORDENAÇÃO EDITORIAL: Rachel K opit


CAPA: Cláudio M artins

Copyright by Im pact Publishers, Inc.

FICHA CATALOGRÃFI CA
CIP - B rasil. Catalogação-na-fonte
______ Sindicato Nacional dos E ditores de Livros, RJ
Alberti, R obert E .
A289c C om portam ento assertivo: um guia de auto-
expressão / R obert E . Alberti e Michael L. Em m ons;
tradução | de | Jane M aria Corrêa. —
Belo H orizonte: Interlivros, 1978.
Tradução de: Y our perfect right: a guide to
assertive behavior
Bibliografia
1. Psicologia social 2. Relações interpessoais
I. Em m ons, Michael L. II. Título
CDD — 301.1
158.2
78 0324 CDU — 301.151

INTERLIVBOS DE MINAS GERAIS LTDA


Caixa Postal, 1843 — T el.: 222-2568
30000 — Belo H orizonte — MG
Atendemos pelo Reembolso Postal

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índice
Agradecim entos ................................................................................................................. 9
Prefácio ................ .............................................................................................................. 11

PRIM EIRA PARTE


I . Introdução ......................................................................................................... 17
Por que este livro foi escrito. Quem lerá este livro.
II. C om portam ento Assertivo, Não-assertivo e Agressivo ................... 25
Exem plos de casos. Não-asserção geral e situacional. Agres­
são geral e situacional. Reconhecim ento do com portam ento
não-assertivo e agressivo.
III. Fundam entos para um C om portam ento Assertivo .......................... 41
Por que devo m udar? Os seus direitos. Uma advertência antes
que você com ece. Os com ponentes do com portam ento assertivo.
IV. O Desenvolvimento do Com portam ento Assertivo ....................... 49
M udando com portam ento e atitudes. O processo passo a passo.
Um “em purrãozinho” .
V. Asserções m uito Pessoais — Carinho, ódio e Reações Posteriores 55
Carinho começa em casa. Estabelecendo contato. “É tard e de­
m ais agora!” A raiva é saudável.
V I. Além da Asserção ......................................................................................... 63
Reações potenciais adversas. Optando pela não-asserção. Quan­
do você está errado. Algumas considerações casuais sobre com­
portam ento assertivo.

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V II. Situações de C om portam ento Assertivo 69


Situações de relações interpessoais. Situações de consum o. Si­
tuações no em prego. Situações na escola. Situações sociais.

SEGUNDA PARTE
V III. Introdução à Segunda Parte ..................................................................... 79
IX . Preparo do T erapeuta ............................................................................... 81
X. Diagnóstico do Com portam ento Não-assertivo, Agressivo e As­
sertivo ................................................................................................... 85
Considerações prelim inares. M étodos de diagnóstico. Testes
padronizados. M edidas com portam entais ao vivo.
X I. Facilitação T erapêutica ................................................................................... 83
Preparação do cliente. Facilitação individual. Facilitação em
grupo. A m ontagem do grupo de treinam ento assertivo. O
processo do treinam ento assertivo em g ru p o . Mais algum as
palavras sobre grupos assertivos.
X II. Aplicações do Treinam ento Assertivo ...................................................... 101
Aplicações na escola secundária e n a universidade. Aplicações
profissionais. Aplicações fora da saúde m ental.
Aplicações individuais e com unitárias. O utras aplicações.
X III. Bibliografia Com entada ................................................................................ 109
E studos experim entais. E studos de caso. M odelagem e repre­
sentação. O processo do treinam ento assertivo em grupo. As­
serção em crianças. O utras referências relevantes.
X IV . Referências ....................................................................................................... 123

APÊNDICES
Apêndice A: Declaração Universal dos D ireitos do H om em ................... 135
Apêndice B: Inventário Assertivo ........................................................................... 141
Apêndice C: Um Modelo C om portam ental p ára o Crescim ento Pessoal .. 145

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Agradecimentos
A resposta a Com portam ento Assertivo — Um Guia de Auto-Expressão
tem sido contínua e crescente. Com três tiragens da prim eira edição agora
em circulação, sentim os que é hora de am pliarm os e aprofundarm os este
trabalho. À m edida em que em barcam os nesta nova ventura, reiteram os
com sincera gratidão que nenhum livro é o produto dos autores apenas.
V árias pessoas fizeram contribuições vitais a este volum e, e agradecemos-
lhes seus esforços dediçados:

Agradecemos a John Vasconcellos por conceder generosam ente seu tem ­


po p ara colocar nosso trabalho no contexto de suas preocupações educa­
cionais e hum anísticas e p o r sua atenciosa apresentação. U m agradeci­
m ento especial é devido a Joseph W olpe, que estim ulou e encorajou nos­
sa abordagem ao treinam ento assertivo.

Lachlan P . M acDonald editou o m anuscrito e serviu como consultor


geral e agente de produção e distrib uição . Além disso, sua perceptividade
e criatividade contribuíram significativam ente p ara nossa conceptualização
teórica. E le é tam bém um valoroso am igo pessoal.

C harles e C arita M erker, proprietários de G randview P rinters, Glen­


dale, Arizona, dedicaram generosam ente seu tem po e talento p ara to m a r
possível a publicação da prim eira edição deste livro.

D eborah Alberti e K ay E m m ons têm sido m odelos de assertividade,


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¥ $ encorajaram , am aram e esperaram . Sem elas não havejia este livro A


elas dedicam os este esforço.

R . E . A.
M. L. E.

San Luis Obispo, California


Dezem bro de 1973

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Prefácio
Nós estam os passando por m udanças significativas em todos os
aspectos de nossa sociedade: religião, fam ília, trabalho, m odo de vida,
educação e governo. M uitas de nossas instituições sociais, através das
quais as pessoas encontravam segurança no passado, não são m ais segu­
ras ou presentes com o costum avam ser. A educação, com o a sociedade
e todas suas outras instituições, está experim entando confusão e crises
profundas e dolorosas.
Como presidente do “Joint Com m ittee on C alifornia’s M aster Plan for
H igher E ducation”, e do “Joint Com m ittee on E ducational Goals Evalua­
tio n ”, tenho um papel privilegiado em form ar os caracteres da educa­
ção que está surgindo, e consequentem ente de nossa fu tu ra sociedade.
Tenho consciência de que m uitas pessoas continuam a acreditar em
um im pulso em direção a aperfeiçoam entos — que pode ser cham ado de
próprio da evolução intelectual, científica ou hum anística. É vital que
seres hum anos, especialm ente aqueles que são responsáveis p o r e p ara
outros, tentem com preender o que está acontecendo — p ara sua realiza­
ção pessoal, e p ara a dos outros.
E stam os passando agora pela m ais profunda e dram ática das m u­
danças: com o o ser hum ano vê o ser hum ano, com o o hom em se vê como
pessoa, o que significa a consciência, o que significa ter um corpo, ex­
pressar em oções e relacionar-se autenticam ente.
Na cultura ocidental tradicional, o hom em foi condicionado a ver-se
e experim entar-se de mode® negativos — com m uito m edo e vergonha e
culpa. Q ualquer que seja o relacionam ento (pai e filho, professor e aluno,
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sacerdote e fiéis, políticos e povo)., o hom em foi pressionado p ara olhar


p ara fora e p ara cima, p ara a figura de autoridade, a fim de receber ins­
truções sobre com o devia ser.
H oje esta relação está m udando radicalm ente. M uitas pessoas estão
olhando p ara dentro e vendo a condição hum ana de m odo positivo. E
quando eu mudo radicalm ente m eu aútoconceito (ou m elhor, auto-esti-
m a), então todas as estru tu ras sociais e relacionam entos baseados n a au-
tonegação, repressão e autoridade tornam -se agudam ente questionáveis.
E u desafio a hipótese de que o u tra pessoa saiba m elhor que eu o que é
bom p ara m im . E u questiono aquelas instituições que m e dizem que eu
preciso que outrem dite para m im como eu devo ser.
E m m inha experiência própria (criado com o católico rom ano), a
figura de autoridade olhava p ara a parede e falava um a língua estran­
geira. M inha professora prim ária tinha todo o m istério, as notas e
o poder. Nós, alunos, devíamos sentar quietos, calar, aceitar, conform ar,
negar nossa experiência e aprender a não confiar em nossos próprios cor­
pos ou sentim entos existenciais.
E stes padrões não são m ais adequados p ara m im . Portanto, esta­
m os tentando d ar fôlego a estes m ovim entos que exaltam o hum ano ao
invés de rebaixá-lo e que encorajam as pessoas a questionar de m odo
positivo o que são os seres hum anos e o que eles podem vir a ser.
Passa-se o m esm o com a educação hoje em dia. E la deve ser rele­
vante p ara nossa sociedade, que se m odifica tão rápida e radicalm ente.
Ela deve se to rn ar receptiva às necessidades e desejos de seres hum anos
que se vêem e sentem-se de modo diverso.
Experiências educacionais tradicionais deram aos jovens a idéia do­
lorosa de que eles tinham de negar seus sentim entos, calar suas pergun­
tas e ficar quietos por receio de parecer ridículos. Lembro-m e de m im
m esm o passando pela escola: o menino inteligente que ganhava todos os
prêm ios, m as que tem ia fazer perguntas por m edo de ser repreendido ou
ridicularizado pela autoridade.
Isto já não serve m ais. Talvez a m elhor evidência su rja do que está
acontecendo em toda a Califórnia. Todos os grupos ligados à educação
(conservadores e liberais, educadores, estudantes e pais, de todas as raças,
am bos os sexos) estão nos inform ando convictam ente de que a. leitura, a
escrita e a aritm ética foram ligadas por um quarto objetivo principal da
educação: auto-estim a (eu acredito que a auto-estim a seja um objetivo
vital, básico, de toda relação e instituição hum ana).
O objetivo da auto-estim a e as exigências de m uitos seres hum anos
deixam claro que m uitas questões sobre hum anidade e natureza e poten­
cial hum ano são as m ais im portantes p ara a educação escolar atualm en-
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te. E u quero especialm ente ver nossas escolas tornarem -se lugares onde
alunos, professores, adm inistradores, pais e responsáveis juntos explorem
o significado de ser hum ano. E é possível, assim como necessário, envol­
ver a com unidade inteira, m esm o seus m em bros m ais tradicionais, em
um diálogo sobre auto-estim a e sobre liberdade e sinceridade (autentici­
dade) e am or (cuidado). E m bora tristem ente desaparecidos em nossos
trato s rotineiros um com o outro, estes perm anecem os nossos valores
tradicionais básicos.
A m enos que façam os isto, nós sim plesm ente não vam os resolver
nossos m aiores problem as sociais: violência, drogas, racism o, sexism o e
guerra. C onstruir a auto-estim a, aum entando a com preensão de nós p ró ­
prios e facilitando o com portam ento hum ano natural está se tom ando
cada vez m ais um dos objetivos m ais vitais e inerentes das responsabili­
dades de nosso sistem a educacional.
E ste livro é im portante porque fala diretam ente do tem a. Ele atinge
diretam ente as raízes da baixa auto-estim a, no caso do padrão de com­
portam ento ser não-assertivo ou agressivo — elaborando os valores técni­
cos do com portam ento alternativo-assertivo. Ele discute como aprender
por nós m esm os e como podem os facilitar seu aprendizado por outros
(m inha única reserva é m eu ceticism o sobre a m odificação do com porta­
m ento e m eu com prom isso com a psicologia hum anística).
Juntam ente com Bob Alberti e Mike Em m ons, m inha convicção é
que o ser hum ano tem um a trem enda capacidade de crescim ento em ser,
tornar-se autêntico, responsável e atencioso, assim como p ara relacionar-
se e crescer e aprender. E m bora este livro não esteja apenas ligado à
educação, nós com partilham os a opinião de que as escolas devem ser lu­
gares onde os seres hum anos sejam encorajados à abertura e à expressão
de si próprios — em vez de lugares onde sejam condicionados a sentir-se
m al consigo mesm os, aceitar ordens e adaptar-se, a seguir estudos sem
questioná-los, e a perpetuar o velho sistem a e seus estereótipos.
Nós esperam os abrir a educação na Califórnia à exploração de m ui­
tas alternativas e hipóteses. As escolas devem criar o diálogo necessário
p ara criar estruturas alternativas, m étodos e currículos que tornarão os
jovens capazes de respeitar a si m esm os e de descobrir suas capacidades
de viver plenam ente.
A educação deve ser um processo que afirm e o direito da criança
de não se envergonhar de si mesm a, de não ter m edo de expressar suas
necessidades e direitos. A educação realm ente deve to m ar a criança ca­
paz de reconhecer seu corpo, m ente e emoções como legítim os e valio­
sos, e como componentes de ser e tom ar-se com pletam ente hum ano. A
educação deve afirm ar 0 respeitar a criança totalm ente.
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Comportamento Assertivo — Um Guia de Auto-Expressão ultrapassa


as fronteiras da educação baseada nos direitos hum anos. Sua m ensagem
clara dirige-se à sala de aula, à clínica e, espera-se, a um a audiência m ais
am pla. Aprender a ser assertivo é educação para a vida, p ara ser hum a­
no, p ara nos to m ar m ais hum anos e fazer a sociedade m ais hum ana
tam bém .
M as finalm ente, é um a questão de sua p rópria escolha pessoal, de
sua p rópria consciência de si, e sua própria boa vontade de correr as
espécies de riscos que fazem sua própria vida particular criativa, signifi­
cativa e realizada.

John Vasconcellos
M embro do Legislativo da Califórnia
Sacram ento, 6 de dezem bro de 1973.

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Primeira Parte

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Introdução
E n tre as pessoas, como en tre as nações, o res­
peito ao direito de cada u m assegura a paz!
Benito Juarez

E sta segunda edição do Com portam ento A ssertivo — Um Guia de Auto-


Expressão é dirigida a um público m aior do que supúnham os na ocasião
d a p rim eira edição, em 1970. A p rim eira edição é agora largam ente usada
em escolas, universidades, centros de saúde m ental, clube de meninos, p ri­
sões, indústrias e o u tras organizações p ara facilitar o desenvolvim ento do
com portam ento assertivo. Ainda assim , descobrim os que m uitos leitores
são leigos, prim eiram ente interessados em seu próprio desenvolvim ento
pessoal, que m u itas vezes ficaram conhecendo o livro através de um tera­
peuta. Ficam os im pressionados pela quantidade de leigos p ara os quais
este livro evidentem ente supriu um a necessidade im portante.
Assim, enquanto a p rim eira edição tentou conciliar os objetivos de
um livro escrito p ara todas as pessoas e um livro escrito p ara profissio­
nais de saúde m ental, esta segunda edição é destinada ao leigo, com um a
seção extra que inclui m aterial técnico p ara o profissional.
E screvem os conscientes do sentim ento de im potência pessoal que
têm m uitos indivíduos em nossa sociedade hoje, vivendo em lugares lota­
dos. barulhentos, poluídos e hostis, onde os indivíduos contam pouco ou
nada, onde indústrias gigantes ou serviços públicos, sindicatos ou sistem as
políticos possuem todo o controle
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Apesar de um eventual Ralph N ader ou John Gardner,* o cidadão


médio continua a sentir-se dom inado, explorado e usado por quem quer que
o julgue um a fonte de lucro e poder. O cidadão m édio chega a sentir que
é considerado como um recurso dispensável.
Nós não concordam os com isto. E stam os certos de quD o indivíduo
m erece m uito m ais.
E este é o valor desse livro, aju dar a u ltrap assar a im potência pes­
soal, ajudar as pessoas que se sentem de algum m odo insignificantes ou
frustradas no esquem a global das coisas. Nós sim plesm ente não jogam os
a culpa da condição hum ana sobre o m undo m oderno da tecnologia, m as
reconhecem os a necessidade de reafirm ar o valor individual de cada ho­
m em como da absoluta prioridade.
O leitor deve com preender que esta não é um a proposta de revolu­
ção política, econôm ica ou social. E stam os preocupados com o poder em
nível m uito m ais pessoal — em casa, no trabalho, na escola, em lojas e
restaurantes, em reuniões sociais, onde quer que o sentim ento de insignifi­
cância ou frustração pessoal seja encontrado.
Alguém já passou em sua frente na fila? Você tem dificuldade em
dizer não a vendedores insistentes? Você consegue expressar sentim entos
calorosos e positivos a alguém? Você consegue tranquilam ente iniciar um a
conversa com estranhos em um a festa? Você já lam entou ter “passado por
cim a” de outrem quando tentava atingir seus próprios objetivos?
M uitas pessoas acham essas e outras situações sim ilares incôm odas
ou irritan tes e m uitas vezes parecem estar desorientadas sem saber encon­
tra r a resposta “certa”. O com portam ento que to rn a a pessoa capaz de
agir em seus próprios interesses, a se afirm ar sem ansiedade indevida, a
expressar sentim entos sinceros sem constrangim ento, ou a exercitar seus
próprios direitos sem negar os alheios, é denom inado de com portam ento
assertivo. A pessoa não-assertiva tende a pensar na resposta apropriada
depois que a oportunidade passou. A pessoa agressiva pode responder m uito
vigorosam ente, causando um a forte im pressão negativa e m ais tarde a r­
repender-se disso. É nosso propósito neste livro orientar a pessoa p ara
que ela obtenha um repertório de com portam ento assertivo m ais ade­
quado p ara que escolha respostas apropriadas e satisfatórias em várias
situações.
Pesquisas dem onstraram que o aprendizado de respostas assertivas
inibirá ou enfraquecerá a ansiedade previam ente experim entada em rela­
ções interpessoais específicas. Quando a pessoa se torna m ais capaz de afir-

* Lideras dos direitos dos consumidoras nos EE.UU. (H.T-)


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m ar-se e fazer coisas por iniciativa própria, ela reduz apreciavelm ente sua
ansiedade ou tensão anteriores em situações críticas e aum enta seu senso
de valor com o pessoa. E ste m esm o senso de valor está geralm ente au­
sente na pessoa agressiva, cuja agressividade pode m ascarar sentim entos
de culpa e de insegurança.
Nós endossam os sem reservas o conceito de igualdade entre os seres
hum anos. Cada indivíduo tem os m esm os direitos fundam entais que tem
seu sem elhante em relações interpessoais. O nosso objetivo é ajudar o
m aior núm ero de pessoas a aprender a exercitar seus direitos fundam en­
tais, sem infringir o alheio. Nós reforçam os o leitor a tom ar-se com pleta­
m ente fam iliar com a D eclaração Universal dos D ireitos do H om em (Apên­
dice A ).
E stam os m uito preocupados com a forte tendência em nossa socie­
dade p ara avaliar seres hum anos em escalas que fazem a pessoa “m elhor”
que as outras. Considere as seguintes inform ações:
adultos são m elhores que crianças
patrões são m elhores que em pregados
hom ens são m elhores que m ulheres
brancos são m elhores que pretos
m édicos são m elhores que bom beiros
professores são m elhores que alunos
políticos são m elhores que eleitores
generais são m elhores que civis
vencedores são m elhores que perdedores
e assim por diante, ad infinitum . N ossas estru tu ras sociais perpetuam
estes m itos e outros sem elhantes, e perm item aos seres hum anos nestes
papéis serem tratad os com o se valessem m enos com o seres hum anos, con­
siderando-se apenas os papéis hierárquicos.
Se você passa pela vida cheio de inibições, cedendo à vontade alheia,
guardando seus desejos dentro de si, ou, ao contrário, destruindo os ou­
tro s a fim de atingir seus próprios objetivos, seu sentim ento de autovalor
estará baixo. M esmo sintom as físicos como dor de cabeça, fadiga, distúr­
bios estom acais, erupções da pele e asm a são freqüentem ente o resultado
do fracasso em desenvolver o com portam ento assertivo. O indivíduo as­
sertivo tem controle total de si m esm o nas relações interpessoais, sente-se
confiante e capaz sem afetação ou hostilidade, é basicam ente espontâneo
na expressão de sentim entos e emoções, e é geralm ente respeitado e ad­
m irado pelos outros.
G eralm ente, as pessoas confundem agressão com asserção, m as o in­
divíduo assertivo não prejudica os outros ou nega os direitos deles, p as­
sando sem contem plações sobre as p essoas/ A pessoa assertiva é aber­
ta e flexível, genuinam ente preocupada com os direitos alheios e é ain-
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da, concom itantem ente, capaz de estabelecer m uito bem seus próprios di­
reitos.
Nosso desejo sincero é evitar qualquer coisa que seja estru tu rad a
como um m anual sobre “como m anipular os o u tro s” ou qualquer coisa
que pareça um a série de “m acetes”. E stam os preocupados em aju dar a
trazer à tona padrões de com portam ento duráveis e positivos baseados
nos princípios científicos da aprendizagem . Os conceitos de com porta­
m ento assertivo, agressivo e não-assertivo são definidos e ilustrados a
fim de dem onstrar como provocar m udanças em seu próprio com porta­
m ento. Instruções específicas p ara ajudá-lo a alcançar m aior asserção são
fornecidas em term os claros, não-técnicos. Um a seção conclusiva discute
tópicos de interesse sobre o uso da asserção. E stá tam bém incluída um a
série variada de ilustrações de situações assertivas que são úteis p ara
qualquer pessoa que esteja interessada e alerta a seu pró p rio processo
de auto-aperfeiçoam ento. A segunda p arte abrange os aspectos técnicos e
teóricos do com portam ento assertivo, e é designada a ser um guia p ara
profissionais que se com prom etem a facilitar o crescim ento pessoal de
seus clientes.

POR QUE ESTE LIVRO FOI ESCRITO


Nossa análise das estru tu ras básicas dos m undos da fam ília, da
educação e dos negócios leva a concluir que o com portam ento assertivo
é freqüentem ente suprim ido nestes três níveis. Além disso, os ensina­
m entos básicos das organizações religiosas têm freqüentem ente inibido a
expressão com pleta em situações interpessoais.
Às m ulheres, crianças e m em bros de m inorias étnicas nos E stados
Unidos tem sido ensinado, caracteristicam ente, que o com portam ento as­
sertivo é propriedade do adulto branco do sexo m asculino. Sem dúvida,
tais atitudes estão profundam ente arraizadas em nossa cultura.
Tem sido extrem am ente difícil p ara os que têm , reconhecer os di­
reitos dos que não têm . As vitórias que resultaram dos m ovim entos
p ara os direitos civis nas décadas de 1950 e 1960 foram vagarosas, do­
lorosas e tragicam ente custosas. Fazendo um retrospecto, pode-se im a­
ginar se as m udanças foram m ais que ligeiras. O Presidente Lyndon
Baines Johnson observou que os “Civil Rights A cts” de 1964, 1965 e 1968
foram “as m elhores leis que poderiam Ser aprovadas”, por um Con­
gresso poderosam ente influenciado por indivíduos que haviam dedicado
suas vidas à preservação do status quo ante.
Mais recentem ente, as m ulheres têm encontrado resistência sim ilar
aos seus recentes esforços de auto-asserção Seus m aridos, em pregados,
legisladores, Presidente, têm todos dem onstrado resistência que vão da
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condescendência à hostilidade aberta por suas batalhas políticas. Ainda


assim , as m ulheres estão obtendo vitórias tard ias no reconhecim ento de
seus direitos individuais. N otam os um aum ento de treinam entos asser­
tivos p ara m ulheres. Ironicam ente, um grupo de m ulheres conscientes
nos inform ou recentem ente que nos “Agradecim entos” pela prim eira edi­
ção desse livro nós praticam ente reconhecem os que nossas esposas dei­
xam a desejar quanto ao com portam ento assertivo (por exemplo, “espe­
ra r”). A m ensagem é clara. Nossa orientação cultural em relação ao de­
senvolvimento do com portam ento assertivo é inadequada. Devemos co­
m eçar a valorizar e a recom pensar as asserções de cada indivíduo, re­
conhecendo seu direito à auto-expressão sem m edos e culpas, valorizando
seu direito à opinião e reconhecendo sua contribuição, que é única.
Na fam ília, o indivíduo é geralm ente logo censurado, se se decide
a defender seus direitos. Repreensões fam iliares são: “N ão ouse falar
com sua m ãe (pai) desse m odo!”, “Crianças devem ser vistas e não ou­
vidas”, “N unca m ais diga essa palavra na m inha frente ou tra vez” . Obvia­
m ente estas ordens dos pais não levam a criança a ser auto-assertiva.
Os professores são especialm ente culpados pelo com portam ento não-
assertivo, basicam ente do mesm o modo que os pais. Crianças quietas,
bem com portadas, que não questionam o sistem a, são recom pensadas,
enquanto aquelas que o fazem são de algum m odo tratad as com des­
prezo. É que a espontaneidade natural da criança em aprender é cer­
ceada até a q u arta ou quinta série.
Os rem anescentes dos m étodos da educação escolar e fam iliar afe­
tam nossa atuação em nossas ocupações e vida diária. Todo em pregado
tem consciência de que, sintom aticam ente, não se deve dizer nada que
am eace a ordem estabelecida na organização. O patrão está “lá em ci­
m a” e os outros “em baixo” e sentem-se obrigados a concordar com o
que é esperado deles, mesmo se consideram essa expectativa com pleta­
m ente inadequada. As experiências de trabalho anteriores dos em prega­
dos lhes ensinam que, se você falar abertam ente, é provável que não
Obtenha aum ento ou reconhecim ento, e pode até perder o em prego. Você
rapidam ente aprende a ser um “hom em de confiança” da firm a, a m an­
ter as coisas correndo sem problem as, a ter poucas idéias próprias, a ser
prudente ao agir e ao falar p ara que “o patrão não fique sabendo”. A
lição sobre ser não-assertivo em seu trabalho é m uita clara.
Os ensinam entos das igrejas contem porâneas parecem indicar que
ser assertivo não é o com portam ento “religioso” a ser levado a efeito.
Qualidades como hum ildade, autonegação e auto-sacrifício são geralm en­
te incentivadas até à exclusão da afirm ação da própria personalidade.
H á um a noção incorreta de que os ideais religiosos de fraternidade de­
vem, de algum modo esotérico, ser incom patíveis com os sentim entos
bons que se experim entem com o próprio eu e com o sentim ento de
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tranquilidade e confiança nas relações com os o u tro s. Acreditam os, e


dem onstram os, que ser assertivo na vida não diverge de modo algum dos
ensinam entos dos principais grupos religiosos. Sua fuga do com porta­
m ento de repressão à liberdade perm ite a você ser m ais útil aos seus se­
m elhantes assim como a si m esm o. O que pode haver de impio nisso?
Instituições políticas, em bora não tanto quanto as fam iliares, esco­
lares e religiosas, que influenciam o desenvolvimento precoce do com ­
portam ento não-assertivo, fazem pouco p ara o desenvolvimento do com ­
portam ento assertivo dos indivíduos ad u lto s. As decisões tom adas no
plano político atual não estão m uito longe dos dias de absolutism o e as­
sim perm anecem largam ente inacessíveis ao cidadão m édio. No entanto,
é ainda verdade que “a roda que range deve ser lubrificada” e quando
os indivíduos se tom am bastante expressivos, o governo geralm ente res­
ponde. Nossa esperança é que expressão assertiva m ais adequada p ro s­
creverá a necessidade da agressividade entre os ativistas politicam ente
alienados.
:É com um p ara a pessoa que tem sido agressiva em um a determ i­
nada situação sentir culpa como resultado de seu com portam ento. É m e­
nos aceito o fato de que a pessoa assertiva geralm ente sente culpa por
causa dos condicionam entos da infância. As instituições da sociedade
têm ensinado com tanto em penho a inibir a expressão dos direitos ra ­
zoáveis de um a pessoa que esta pode se sentir culpada por haver se
afirm ado.
Afirm am os que não é saudável p ara ninguém nutrir-se de senti­
m entos de culpa por ser ele m esm o. E m bora as fam ílias, escolas, orga­
nizações econôm icas, igrejas e governos tendam a negar a auto-asserçãc,
nós contestam os com o fato de que cada pessoa tem o direito de ser e
de expressar a si m esm a, e sentir-se bem (sem culpas) por fazer isso,
desde que não fira seus sem elhantes no processo.
A influência anti-assertiva destes sistem as sociais básicos resultou
em um a b arreira de lim itações a ações que levam à auto-realização de
m uitas pessoas. M uitos indivíduos cujas vidas foram lim itadas pela in­
capacidade de ser adequadam ente assertivos atingiram a auto-realização
seguindo o program a de treinam ento assertivo deste livro.
QUEM LERA ESTE LIVRO
E ste livro é p ara todos aqueles que desejam desenvolver um a exis­
tência pessoal própria m ais rica e p ara aqueles que serão os instrum en­
tos da facilitação no crescim ento pessoal de outros. Um livro de largo
alcance corre o risco de ser superficial. Contudo, nós firm em ente pen­
sam os que o conceito de asserção legítim a é necessário p ara m uitas pes­
soas, p ara as quais um volum e especializado não seria apropriado.
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Em bora este livrò seja dirigido ao público em geral, nós supom os


que m uitas pessoas das que o lerem estarão ligadas à prática terapêutica
profissional, ou a papéis de m odificadores do com portam ento. Professores,
técnicos em esportes, conselheiros e funcionários das escolas acharão ú til
esse livro, como tam bém aqueles cujas atividades são relacionadas com
educação, porém m ais especializadas, como os logoterapeutas. Profissio­
nais em prática terapêutica particular ou pública — psiquiatras, psicólo­
gos, médicos, orientadores conjugais ou fam iliares, pastores, assistentes
sociais, orientadores de em prego e reabilitação, acharão o treinam ento
assertivo valioso no exercício de sua profissão. Eles tam bém o indica­
rão como leitura auxiliar p ara seus clientes. Para alguns profissionais este
livro oferece um a breve revisão e um a abordagem organizada dos m éto­
dos que eles já aplicam em diversos níveis, e que podem servir p ara au­
m entar a eficácia desses. O rientadores e técnicos em pessoal das gran­
des indústrias ou instituições do governo acharão úteis os conceitos e
técnicas descritos aqui. Além disso, este m aterial é dirigido a um a série
de indivíduos engajados em organizações de jovens e com unitárias. Uma
exposição m ais detalhada das aplicações potenciais do treinam ento as­
sertivo nestes contextos será encontrada na segunda parte.
E ste livro foi escrito tendo em m ente sua aplicação prática e foi
organizado de modo a facilitar sua utilidade na prática. Incitamos o lei­
tor a fam iliarizar-se com o conceito de asserção, reconhecer sua validade
em sua própria experiência e então aplicar seus princípios em sua vida
pessoal.
Na segunda edição nós intencionalmente evitamos conc sitos e ter­
m inologia que possam deter o leitor comum. Um livro clinicamente orien­
tado sobre treinam ento assertivo, estaria, sem dúvida, repleto de do­
cum entação de extensas pesquisas. Tal livro conteria longos e frequen­
tes discursos sobre a dinâmica da personalidade relacionada a situações
que produzem ansiedade e a comportamento agressivo, assertivo e não-
assertivo. A segunda parte deste livro é destinada a preencher a neces­
sidade de tal m aterial. A bibliografia é dirigida ao profissional. O leitor
pragm ático é convidado a aproveitar ao máximo a maior parte do que
oferecem os aqui para ajudar a si mesmo e aos outros. Nós solicitamos
feedback e relatórios desses dois tipos de leitores, leigos e profissionais,
que em preguem estas técnicas, na esperança de que possamos continua­
m ente aperfeiçoar e atualizar este material e expandir sua utilidade.

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Todos os hom ens nascem livres e iguais e


têm certos direitos naturais, essenciais e ina­
lienáveis .
Constituição de M assachusetts, 1778.

Nosso sistem a de vida ocidental cultiva m aneiras conflitivas de com ­


portam ento em m uitas áreas de relacionam ento interpessoal. Um exemplo
típico é encontrado nas atitudes e ensinam entos populares sobre sexua­
lidade hum ana. R epressão sexual é a norm a da fam ília de classe m édia
Comportamento Assertivo,
am ericana, da escola e da Igreja. Os meios de com unicação de m assa
Não-Assertivo e Agressivo
populares, contudo, literalm ente bom bardeiam as audiências com um a visão
diferente da sexualidade. Por um lado espera-se que as m oças sejam m eigas
e inocentem ente não-assertivas, enquanto por outro elas são reforçadas por
ser sensuais, vam pes e sedutoras. A agressividade sexual, especialm ente
no hom em , é altam ente valorizada: o am ante é glorificado pela im prensa
e pelo cinem a e adm irado por seus com panheiros. Paradoxalm ente, ele é
instruído a se relacionar com moças “respeitáveis” e advertido de que o
relacionam ento sexual só é perm itido depois do casam ento.
O utros exem plos de conflitos en tre com portam entos “recom endados”
e “reforçados” são evidentes. M esmo quando está claram ente expresso que
se deve respeitar os direitos dos outros, freqüentem ente observam os que
pais, professores e religiões contradizem esses valores com seus próprios
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atos. Tato, diplom acia, polidez, m aneiras refinadas, m odéstia e abnega­


ção geralm ente são elogiados, em bora seja aceitável que, p ara subir na
vida, “pise-se” nos outros.
O m enino é cuidadosam ente educado p ara ser forte, bravo e dom i­
n ador. S ua agressividade é perdoada e aceita, como é o caso do orgulho
sentido pelo pai cujo m enino está em apuros por te r acertado o nariz do
valentão. Ironicam ente (e um a fonte de m uita confusão p ara o m eni­
no) o m esm o p ai encorajará da m esm a m aneira o seu filho a “ter respeito
pelos m ais velhos”, “ser gentil”, e “d ar lugar p ara os o u tro s’5.
O atleta que p articip a de um a com petição esportiva sabe quando foi
agressivo ou “quebrou” um pouco as regras, m as isto é aceito porque
“não im porta como você joga, o im portante é que você vença”, em bora
isto não seja adm itido abertam ente. (Convidamos o p u rista esportista a
discordar desta afirm ação e com parar os reforços recebidos pelo técnico
vencedor em relação aos recebidos pelo técnico honesto, porém vencido.)
Woody Hayes, o m ais fam oso treinador de futebol da U niversidade de
Ohio, fez a seguinte citação: “M ostre-me um bom perdedor que eu te m os­
trarei um fracassado” .
Acreditam os que cada pessoa deveria ser capaz “de fazer sua pró­
p ria opção” sobre a m aneira de agir num a determ inada circunstância. Se
sua resposta de “polidez restringente” é bem desenvolvida, ela pode ser
incapaz de escolher agir da m aneira que gostaria. Se desenvolveu
m ais sua resposta agressiva, pode ser incapaz de atingir seus objeti­
vos sem ferir os outros. E sta liberdade de escolha e exercício de autocon­
trole se tom am possíveis com o desenvolvim ento de respostas assertivas
a situações que produziram anteriorm ente com portam ento assertivo ou
agressivo baseado na ansiedade.
Exem plos com parando o com portam ento assertivo com o não-asser­
tivo e ações agressivas poderão ajudar a esclarecer esses conceitos. O pa­
drão que aparece no quadro a seguir é tam bém dem onstrado em cada
u m dos exemplos que virão logo após. O quadro m ostra diversos senti­
m entos e consequências m ais com uns p ara o indivíduo (em issor) cujo
com port m ento é não-assertivo, ou agressivo. M ostra tam bém as conse
qüências que cada um desses tipos de com portam ento trazem p ara o in
divíduo ao qual o com portam ento é dirigido (receptor).
Pode-se ver no quadro que no caso de um a resposta não-assertiva
num a dada situação, o em issor está claram ente se negando e inibindo a
expressão de seus sentim entos. Como resultado de seu com portam ento
inadequado, elè se sente, freqüentem ente, ferido e ansioso. Deixando que
os outros escolham por ele, raram ente ele atinge seus próprios objetivos
desejados
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A pessoa que leva seu desejo de auto-asserção ao extrem o do com ­


portam ento “agressivo” norm alm ente consegue seus objetivos às custas dos
outros. E m bora freqüentem ente perceba seu com portam ento com o
autoenriquecedor e expressivo de seus sentim entos n a situação, norm al­
m ente no processo m agoa os outros ao fazer escolhas p o r eles e os
desvaloriza como pessoas.

COMPORTAMENTO COMPORTAMENTO COMPORTAMENTO


NÃO-ASSERTIVO AGRESSIVO ASSERTIVO
O E m issor O Em issor O Em issor
Nega a si próprio Valoriza-se às custas Valoriza-se
dos outros
Fica inibido Expressasse Expressa-se
Fica magoado e D eprecia os outros S en tese bem
ansioso consigo m esm o
Perm ite que outros Escolhe para E scolhe por si
escolham p ara ele os outros
Não atinge os objetivos Atinge os objetivos Pode atingir os
desejados desejados ferindo objetivos desejados
os outros
O Receptor O R eceptor O R eceptor
Sente culpa ou Repudia-se Valoriza-se
raiva
Deprecia o em issor Sente-se ferido, Expressa-se
hum ilhado e na
defensiva
Atinge os objetivos Não atinge os objetivos Pode atingir os
às custas do desejados objetivos desejados
em issor

O com portam ento agressivo resulta com um ente num "rebaixar” o re­
ceptor. Seus direitos foram negados e ele se sente ferido, hum ilhado e
na defensiva. Seus objetivos na situação não são atingidos, é claro. E m ­
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bora a pessoa agressiva possa atingir seus objetivos, ela pode tam bém ge
ra r ódio e frustração que poderá receber m ais tard e com o vingança.
P or outro lado, um com portam ento assertivo apropriado na m esm a
situação aum entaria a auto-apreciação do em issor e um a expressão honesta
de seus sentim entos. G eralm ente ele atingirá seus objetivos, tendo esco­
lhido por si m esm o com o agir. Um sentim ento positivo a respeito de si
m esm o acom panha um a resposta assertiva.
Do m esm o modo, quando as consequências destes três com porta
m entos contrastantes são vistas da perspectiva de um a pessoa “sobre a
qual” eles são em itidos (ou seja, o indivíduo ao qual o com portam ento
é dirigido) surge um padrão paralelo. O com portam ento não-assertivo pro­
duz frequentem ente sentim entos que vão de sim patia a um franco desprezo
pelo em issor. Tam bém a pessoa que recebe a ação (receptor) pode sentir
culpa ou raiva ao atingir seus próprios objetivos às custas do em issor. Pelo
contrário, um a transação envolvendo asserção aum enta os sentim entos de
autovalorização e perm ite expressão total de si m esm o. Além disso, en­
quanto o em issor atinge seus objetivos, os objetivos do indivíduo ao qual
o com portam ento é dirigido tam bém podem ser atingidos.
E m sum a, é claro então que no com portam ento não-assertivo o em is­
so r se prejudica pela sua p ró p ria autodesvalorização; no com portam ento
agressivo o receptor é prejudicado. No caso da asserção, nenhum a pes­
soa é prejudicada e, a m enos que os objetivos desejados sejam totalm ente
conflitantes, am bos podem sair-se bem .
EXEMPLOS DE CASOS:
“Jantando Fora”
O S r. e a Sra. A estão num restaurante de preços m oderados. O Sr.
A pediu um bife especial, m as quando foi servido percebeu que estava
m uito bem passado, ao contrário do que ele havia pedido Seu com por­
tam ento é:
Não-Assertivo:
O S r. A resm unga p ara a m ulher a respeito do bife “queim ado” e
diz que não volta m ais neste restaurante. Ele não diz nada ao garçom
e responde “tudo legal” à sua pergunta “está tudo bem ?”. A sua noite e
seu jan ta r são altam ente insatisfatórios e ele se sente culpado p o r não
ter tom ado um a atitude. A auto-estim a do Sr. A e a adm iração da Sra. A
p o r ele são dim inuídas pela experiência.
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Agressivo:
O Sr. A cham a o garçom à m esa e é injusto e grosseiro com ele
por não ter atendido bem . A sua atitude ridiculariza o garçom e cons­
trange a S ra. A. Ele pede e recebe outro bife m ais de acordo com o que
queria. Ele se sente controlando a situação, m as o em baraço da Sra. A
cria atrito entre eles e estraga a noite. O garçom fica hum ilhado, zangado
e sem jeito o resto da noite.
Assertivo :
O S r. A cham a o garçom à sua mesa, lembra-lhe que pediu um biie
especial, m ostra-lhe o bife bem passado, pede-lhe polida m as firm em ente
que o troque por um m al passado como ele havia pedido. O garçom pede
desculpas pelo erro e rapidam ente o atende. O casal aprecia o jan ta r e
o S r. A se sente satisfeito consigo m esm o. O garçom se sente feliz com
o freguês satisfeito e o serviço adequado.
“Emprestando Alguma Coisa”
H elen é um a universitária atraente, brilhante e excelente estudante,
am ada pelos professores e colegas. E la m ora num a república com seis
moças, dividindo seu quarto com duas. Todas as moças nam oram regu­
larm ente. Uma noite, enquanto as colegas de quarto de Helen se prepa­
ravam p ara encontrar os nam orados (Helen planeja um a noite tranqüila
elaborando um trabalho escolar), M aria diz que vai sair com um cara
m uito legal e espera dar um a boa im pressão. E la pergunta a H elen se pode
usar um colar novo e caro que Helen acabou de ganhar de seu irm ão que
presta serviço m ilitar na M arinha. Helen e seu irm ão são m uito am igos e
o colar significa m uito para ela. Sua resposta é:
Não-Assertiva:
E la “engole em seco” seu m edo de o colar ser perdido ou danifica­
do, e seu sentim ento de que seu significado especial o tornava m uito im ­
p o rtante p ara ser em prestado e diz: “Claro” .
Ela se desvaloriza, reforça M aria por fazer um pedido excessivo e
se preocupa toda a noite (o que traz pouca contribuição p ara o trabalho
escolar).
Agressiva:
Helen m ostra indignação pelo pedido da amiga, dizrlhe “absolutam ente
não” e com eça a censurá-la severam ente por atrever-se a fazer um a
pergunta “tão cretina” . E la hum ilha M aria e faz papel ridículo. Mais
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tard e se sente incom odada e com sentim ento de culpa, o que interfere no
seu estudo. M aria se sente ferida e estes sentim entos manifestam -se m ais
tarde, estragando o seu encontro, pois não consegue se divertir, o que
intriga e desencoraja o rapaz. Daí em diante o relacionam ento de Helen
com M aria passa a ser bastante tenso.
Assertiva:
E la fala do significado do colar e, gentil, m as firm em ente, diz que
aquele pedido não pode ser atendido, pois a jóia é m uito pessoal. Mais
tarde ela se sente bem por ter sido sincera consigo m esm a e M aria, re­
conhecendo a validade da resposta de Helen, faz grande sucesso com o
rapaz, sendo ela tam bém m ais honesta e franca com ele.
“Fumando M aconha”
Pam é um a aluna do 3.° colegial, m uito sim pática, que tem se en­
contrado com um rapaz m uito atraente do qual tem gostado m uito. N um a
noite ele a convida a participar de um bate-papo com outros dois casais,
am bos casados.
Quando todos se reuniram na festa, Pam sentiu-se m uito bem e gos­
tou m uito. Depois de um a hora m ais ou menos, um dos hom ens casados
pegou alguns cigarros de m aconha e sugeriu que todos fum assem . Todos
prontam ente aceitaram , exceto Pam , que não queria experim entar m aco­
nha. E la fica em conflito, porque o rapaz que ela adm ira está fum ando
m aconha e, quando ele lhe oferece o cigarro, ela decide ser:
Não-Assertiva:
Aceita o cigarro, dem onstrando já ter fum ado m aconha antes. Ela
observa aitentam ente os outros p ara ver como eles fum am . No fundo ela
tem e que eles lhe peçam p ara fum ar m ais. Os outros estão falando em
"ficar m uito doidos” e Pam está preocupada com o que o rapaz está pen­
sando dela. E la negou a si própria, não foi sincera com seu nam orado,
e sente rem orso por ter entrado num a que não queria.
Agressiva:
Pam fica indignada quando lhe oferecem a m aconha e explode com
o rapaz por tê-la levado a um a festa de tipo tão “baixo” . Diz que prefere
voltar logo p ara casa do que ficar com este tipo de gente. Quando as
outras pessoas da festa lhe dizem que ela não precisa fum ar, se não
quiser, ela não se satisfaz e continua indignada. Seu amigo fica hum i­
lhado, sem jeito com seus amigos e desapontado com ela. E m bora ele
continue cordial com Pam quando a leva p ara casa, ele não m ais a con­
vidará p ara sair.
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Assertiva:
Pam não aceita o cigarro, dizendo sim plesm ente: “Não, obrigada.
Não estou com vontade”. E la continua, explicando que nunca fum ou antes
e que não tem vontade de fazê-lo. Diz que preferiria que os outros não
fum assem , m as reconhece o direito que eles têm de fazer suas próprias
escolhas.
“A Gorducha”
O S r. e S ra. B estão casados h á nove anos e recentem ente vêm
tendo problem as conjugais, porque ele insiste em que ela está m uito
gorda e precisa em agrecer. Ele volta ao assunto constantem m te, dizendo-
lhe que ela não é m ais a m esm a m ulher com quem se casou (que tinha
5U Kg), que este excesso de peso lhe faz m al para a saúde, que ela é um
m au exemplo p ara as crianças, etc.
Além disso, ele a goza, dizendo que ela está um a bola, olha apaixo­
nadam ente p ara as m oças m agras, com entando sobre o quanto são atraen­
tes, e faz referências à sua m á aparência na frente dos amigos. Nos últi­
m os três m eses o S r. B tem se com portado desta m aneira e a Sra. B
já está terrivelm ente contrariada. Ela tem tentado perder peso nestes três
meses, m as sem m uito sucesso. Seguindo a onda recente de críticas do
Sr. B, a S ra. B é:
Não-Assertiva :
Ela pede desculpas por seu excesso de peso, às vezes se desculpa
sem convicção, outras sim plesm ente aceita calada as críticas do m arido.
Interiorm ente ela sente raiva do m arido pela sua “encheção” e culpa-se
pelo excesso de peso. Sua ansiedade tom a m ais difícil para ela perder
peso, e a briga continua.
Agressiva:
A Sra. B faz freqüentes com entários, dizendo que seu m arido tam ­
bém não vale grande coisa. E la m enciona o fato de que à noite ele cai
no sono no sofá, é um péssim o parceiro sexual e não lhe dá atenção su­
ficiente .
E stas coisas não têm nada a ver com o problem a, m as a S ra. B.
continua. E la queixa-se de que ele a hum ilha na frente das crianças e
amigos m ais chegados e age como um “velho sem-vergonha” pelo m odo
que olha as m oças atraentes. Na sua raiva ela só consegue ferir o S r. B
e construir um a barreira entre eles, defendendo-se com o contra-ataque.
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A ssertiva:
A Sra. B. procura o m arido num a hora em que ele está sozinho e
n ão será interrom pido; então lhe diz que sente que ele está certo com
relação à sua necessidade de perder peso, m as que não gosta da sua mar
neira de colocar o problem a. Diz que está fazendo o m elhor que pode e
que está sendo duro perder peso e m anter o regim e. Ele com preende a
ineficácia de ficar repisando o assunto e decidem trabalhar juntos num
plano no qual ele vai reforçá-la sistem aticam ente por seus esforços em
perder peso.
“O Menino do Vizinho”
O S r. e S ra. E têm um filho de dois anos e um a filha de dois m e­
ses. Recentem ente, p o r diversas noites, o filho do vizinho, de 17 anos,
tem ficado em seu carro, ao lado da casa, ouvindo som altíssim o. Ele
com eça exatam ente n a hora em que as duas crianças do casal E se recolhem
p ara dorm ir, exatam ente ao lado da casa onde o rapaz ouve as m úsicas.
A m úsica alta acorda as crianças toda noite e é impossível p ara os pais
fazê-las dorm ir, enquanto a m úsica continua. O casal E está incom odado e
decide ser:
N ão-A ssertivo:
O S r. e S ra. E levam as crianças p ara seu quarto, do outro lado
da casa, esperam até que a m úsica cesse, por volta de 1 hora da m adru­
gada, então transferem as crianças para o quarto delas. E vão dorm ir
m uito depois do horário de costum e. Eles continuam a m aldizer o rapaz
em silêncio, e breve se desligam dos vizinhos.
Agressivo :
O casal E cham a a polícia e reclam a que “um desses jovens selva­
gens” da casa ao lado está incom odando. Exigem que a polícia “faça seu
papel” e pare com o barulho de um a vez.
A polícia fala com o rapaz e com seus pais, que ficam m into chatea­
dos e com raiva pelo em baraço da visita da polícia. Eles reprovam o fato
de o casal E ter cham ado a polícia antes de conversar com eles e resol­
vem evitar qualquer relacionam ento com eles.
A ssertivo:
O casal vai à casa do rapaz e diz a ele que sua m úsica está m antendo
as crianças acordadas à noite. Procura, ju n to com o rapaz, encontrar um a
solução para o caso, que não perturbe o sono das crianças. O rapaz relu-
tan t em ente concorda em abaixar o volum e à noite, m as aprecia a atitude
cooperativa do casal E . Todos se sentem bem com os resultados.
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Já Passou dos Lim ites’


M arcos, de 28 anos, chega em casa e encontra um bilhete da m ulher,
dizendo que iniciou um processo de divórcio. E le fica m uito perturbado,
principalm ente porque ela não lhe disse cara a cara. E nquanto procura
se controlar e com preender p o r que ela agiu daquela m aneira, ele relê
seu bilhete:
“M arcos, estam os casados h á 3 anos e nunca, em nenhum mom ento,
você m e perm itiu ser eu m esm a e agir como um ser hum ano. Você sem ­
pre m e disse o que fazer, sem pre tom ou todas as decisões. Você nunca
aprenderá a m o strar carinho e afeição por ninguém . Tenho m edo de ter
filhos com receio de que eles possam ser tratados com o eu sou. Aprendi
a perder todo o respeito e adm iração p o r você. O ntem à noite, quando
você m e bateu, foi o fim . Vou m e divorciar de você.”
M arcos decide reagir a este bilhete sendo:
N ão-A ssertivo:
Sente-se com pletam ente só, com rem orso e com pena de si m esm o.
Começa a beber e finalm ente tom a coragem suficiente para cham ar sua
m ulher na casa dos pais dela. No telefone, im plora perdão, pede a ela que
volte e prom ete m udar.
Agressivo:
M arcos fica furioso com o com portam ento de sua m ulher e sai p ara
procurá-la. Ele a agarra violentam ente pelo braço e exige que ela volte
p ara o lar ao qual ela p ertence. Diz-lhe que ela é sua m ulher e tem que
fazer o que ele diz. Ela briga e resiste; seus pais intervêm e cham am a
polícia.
Assertivo:
M arcos liga para sua m ulher e dizlhe que percebe que foi tudo ba­
sicam ente por culpa dele, m as que gostaria de m udar. Fala da sua boa
vontade em m arcar um a consulta com um psicólogo e espera que ela p ar­
ticipe com ele.
“O Derrotado”
Russel é um rapaz de 22 anos que trabalha num a fábrica de plástico.
M ora sozinho num quarto alugado. Nos -últimos quatorze meses ele não
tem se encontrado com nenhum a garota. Deixou a escola depois de
um a série de coisas que o desagradaram — não estava indo bem nas pro-
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vas, brigas com os colegas nos alojam entos de estudantes. Esteve preso
duas vezes p o r causa de bebidas. O ntem recebeu um a carta de sua m ãe
perguntando com o estavam as coisas e principalm ente falando dos su­
cessos de seu irm ão. H oje seu chefe o repreendeu asperam ente e, de cer­
ta form a, injustam ente, por um erro que, de fato, era da responsablidade do
próprio chefe. Além disso um a secretária do seu serviço não aceitou
um convite que ele lhe havia feito p ara jan tar. Q uando ele chegou ao seu
apartam ento naquela tarde, sentindo-se particularm ente deprim ido e des­
gastado, seu locador o encontrou na p o rta e começou com um a conversa
sobre “estes beberrões” e com um aviso (um a sem ana antes do prazo) de
que devia pagar o aluguel no vencim ento. A resposta de Russel é:

Não-Assertiva:

Ele tom a sobre si toda a carga do locador, som ada a um a culpa que
sente e um a depressão, agora aum entada. Sente-se com pletam ente de­
sam parado. Pica adm irado de como seu irm ão pode ser tão bem sucedi­
do e ele tão desastrado. A rejeição da secretária e a crítica do chefe re­
forçam sua convicção de que não presta p ra nada. Concluindo que o m un­
do ficaria m elhor sem ele, pega o pequeno revólver que tem no quarto e
começa a carregá-lo, com o propósito de se suicidar.

Agressiva:

O locador acrescentou a gota d ’água no copo de Russel. Ele fica fu­


rioso e em purra o locador para fora de seu quarto. Lá, sozinho, resolve
“pegar” as pessoas que têm feito sua vida tão m iserável ultim am ente: o
cheve, a secretária, o locador, e possivelm ente outros tam bém . Pega seu
revólver e começa a carregá-lo com o firm e propósito de sair à noite e
m atar as pessoas que o feriram .

Assertiva:

Russel responde firm em ente ao locador, dizendo que sem pre pagou o
aluguel em dia e que ainda falta um a sem ana p ara o vencim ento. Lem bra
ao locador que há um a b arra da escada quebrada e que o conserto já de­
veria ter sido feito há m ais tem po. Na m anhã seguinte, após pensar um pou­
co sobre sua vida, procura um a clínica psicológica p ara ajudá-lo. No tra ­
balho procura o supervisor e calm am ente lhe explica as circunstâncias do
erro. E m bora procurando se defender, o supervisor reconhece o seu erro-
e pede desculpas por seu com portam ento agressivo.
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NAO-ASSERÇÃO GERAL E SITUACIONAL


Um apaziguador é alguém que alim enta um
crocodilo esperando que este vá comê-lo m ais
ta rd e .
W inston Churchill
Dois conceitos de não-asserção são úteis no desenvolvimento de res­
postas m ais adaptativas às situações da vida que exigem asserção. O p ri­
m eiro diz respeito àqueles indivíduos cujos com portam entos são geralm en­
te adequados e proporcionam autocrescim ento; m as que em algum as situa­
ções se sentem altam ente ansiosos, o que os impede de d ar respostas ade­
quadas a estas situações. Identificam os esta categoria com o não-asserção
situacioraal.
A segunda categoria, não-asserção generalizada, inclui aquelas pessoas
cujos com portam entos são tipicam ente não-assertivos. E ste indivíduo fre-
qüentem ente visto com o acanhado, tím ido ou reservado, acha-se incapaz de
afirm ar seus direitos ou agir de acordo com seus sentim entos na m aior
p arte ou em quase todas as situações. Ele não faz nada que perturbe os
outros. C onstantem ente ele está voltado para os outros ou sente culpa se
nega algo a alguém . Sem pre fez o que seus pais quiseram que fizesse.
Sente que não tem idéias próprias e está sem pre com medo dos outros.
E nquanto a m aioria das pessoas no m ínim o protesta brandam ente quando
se abusa dos seus direitos, o não-assertivo com um não diz nada. P or exem­
plo, se alguém está fazendo barulho a ponto de p ertu rb ar nosso prazer no
teatro, a m aioria de nós, sendo assim provocada, exigirá que respeitem
nosso desejo de sossego, enquanto o não-assertivo com um sofrerá calado.
Ele prefere até acusar-se de não ser compreensivo e amigável a pensar que
a outra pessoa está errada. É m uito com um ele deixar de fazer suas coi­
sas p ara deixar outros levarem vantagem sobre ele. Alguns não-assertivos
com uns pedem perm issão p ara fazer coisas que todos acham m ais que nor­
m ais. Uma m ulher achava necessário pedir perm issão ao m arido para
beijá-lo ou sentar-se em seu colo! Um homem em prestou seu carro por
um dia. Quando, três dias depois, o sujeito o devolveu com pouca gaso­
lina e sem nenhum a explicação sobre o que tinha acontecido, ele não
disse nada, em bora sua cabeça estivesse “pegando fogo” e seu estôm a­
go estivesse queim ando.
O com um ente não-assertivo, conseqüentem ente, é um a pessoa que tem
um a auto-estim a m uito baixa e a quem quase todas as situações sociais
deixam ansioso a ponto de incom odar. Seu sentim ento de ser inadequa­
do, o pouco reconhecim ento de seu próprio valor e o desconforto físico
causado pela ansiedade generalizada pode dem andar um tratam ento pro-
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fundo. A inibição extrem a e falta de habilidade em responder em ocio­


nalm ente da pessoa não-assertiva pode exigir um desenvolvimento tão
profundo de atitudes e com portam entos som ente possível no relaciona­
m ento com um terapeuta treinado. E m bora incluam os no program a de
desenvolvimento de asserção deste livro um conjunto compreensível de
situações de treinam ento assertivo, nenhum a tentativa é feita aqui de lidar
com condições terapêuticas efetivam ente necessárias p ara ajudar as pes­
soas com um ente não-assertivas. Sugerim os que as pessoas identificadas
como geralm ente não-assertivas sejam encam inhadas a um terapeuta qua­
lificado.

O não-assertivo situacional pode reconhecer seu problem a p ro n ta­


mente, e sem m uito preparo ou dem ora, iniciar com sucesso a asserção.
Existe tam bém nesse indivíduo um a tendência a descobrir espontanea­
m ente, na sua vida diária, m aneiras de ser assertivo consigo mesmo e
com os outros, sem ser especificam ente instruído p ara isso. Um exemplo
é Carolina, um a universitária de 27 anos que falou de como as pessoas
aproveitaram -se dela um a boa p arte do tem po. Seu problem a atual era
com um a colega de sala que lhe tinha pedido em prestadas suas anotações
e que estava com elas há m ais de um m ês. Carolina precisava delas p ara
p rep arar um a aula e já as tinha pedido um a vez, m as elas não lhe fo­
ram devolvidas. Os conceitos de asserção foram explicados a Carolina, es­
clareceram -se as dificuldades que ela vinha tendo em ser assertiva de m a­
neira adequada. E la então treinou sua nova atitude cobrando da colega
de novo, desta vez de m aneira firm e e insistente. Nos dias seguintes ela
procurou de novo a colega, falando firm em ente sobre sua necessidade das
anotações e rapidam ente conseguiu que ela as devolvesse. Além disso re­
clam ou de um erro no tíquete do estacionam ento e acabou ganhando. No
passado esta m ulher deixaria estas coisas passarem , m as ela aprendeu sua
lição rapidam ente. Continuou sendo assertiva, o que resultou num a auto-
imagem bem m elhorada.

No caso de não-asserção situacional, supom os que estam os lidando


com um a pessoa relativam ente saudável, que deseja desenvolver novas for­
m as de lidar com situações que são atualm ente desagradáveis, negativas e
não adaptativas para ela. Se não fizer nada a respeito destas situações,
poderá ainda ser capaz de agir de m aneira relativam ente saudável, m as,
sendo assertiva consigo m esm a em certas situações chave, ela fará sua
vida transcorrer m ais tranqüila e se sentirá m ais com pleta como pessoa
O professor, conselheiro ou amigo, poderá observar a inabilidade desta pes­
soa em agir na direção de seus próprios objetivos. Ou o indivíduo mesmo
poderá p rocurar ajuda para superar um a ansiedade num a determ inada
situação.

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AGRESSÃO GERAL E SITUACIONAL


E u sou inferipr a qualquer hom em cujos direi­
tos eu piso.
H orace Greeley

Na seção anterior descrevem os o com portam ento da pessoa cu ja an­


siedade inibe respostas assertivas adequadas. Uma o u tra pessoa pode res­
ponder a esta ansiedade sendo agressiva, “colocando os outros p o r baixo”
p ara “sentir-se por cim a” .
É com um confundir-se com portam ento assertivo com com portam ento
agressivo. Tem os, contudo, observado que asserção não envolve ferir ou tra
pessoa. M uitas vezes o indivíduo agressivo deseja se levantar sem ferir
o u tras pessoas m as não aprendeu respostas que sejam apropriadam ente
assertivas. É fácil interpretar-se m al um com portam ento agressivo e m an­
te r um a baixa estim a por pessoas agressivas. Alguns livros populares re ­
centes (B ach e Wyden, 19S8) aju daram a aum entar a com preensão sobre
a agressividade, contudo, m uito ainda precisa ser feito sobre o assunto.
Infelizm ente, outras explanações popularizadas, super sim plificadas e in­
corretas, com o a que caracteriza a agressividade hum ana como “instintiva”,
são enganosas e de pouco valor p ara a com preensão deste tipo de com­
portam ento. Tem os esperança de que um conhecim ento da agressão como
u m a resposta inadequada p ara a ansiedade e um reconhecim ento da faci­
lidade com que um a pessoa pode aprender respostas assertivas m ais ade­
quadas reduzirá o conceito fo ra de propósito que m uita gente tem a respeito
da agressão dos indivíduos.
Os conceitos de “geral” e “situacional” podem ser aplicados ao com ­
portam ento agressivo de m aneira sem elhante à nossa discussão sobre não-
asserção. O indivíduo geralm ente agressivo caracteriza-se por um com por­
tam ento que é tipicam ente agressivo com os outros em todas as situações.
E le pode parecer, de fachada, ter m uita autoconfiança, estar no controle
de toda situação, ser forte e capaz de lidar com a vida de sua própria
m aneira. Ele pode viver de acordo com sua concepção do ideal cultural
am ericano: a im agem da figura agressiva, viril, que dom ina seu am biente
e dem onstra seu “m achism o”. Se ele tem um a orientação m ais intelectual,
poderá dom inar conversações, desfazer das opiniões dos outros e não dei­
xar dúvida de que se considera a últim a palavra em quase todo assunto.
Alguém que seja geralm ente agressivo parece te r atrito com a m aioria das
pessoas com quem en tra em contato. É extrem am ente sensível à crítica e
se sente rejeitado boa p arte do tem po. A agressividade generalizada
caracteriza-se pela facilidade com que a pessoa desencadeia explosões agres­
sivas. E m casos extrem os ela é tão sensível que um a leve am eaça a sua
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segurança provoca um a reação contrária. O hom em é geralm ente, m ui­


to autocrático no seu relacionam ento com a fam ília, com m ulher e filhos
subm issos, nenhum deles arriscando-se a contrariá-lo de nenhum a form a.
Pode recorrer à punição física com as crianças e pode ser abusivo fisica­
m ente com a esposa. Freqüentem ente é um tipo considerado carrancudo
e taciturno; pode te r m uita dificuldade em se m anter no em prego.
E sta pessoa geralm ente agressiva, devido a seu com portam ento ser
tão ofensivo- p ara os outros, vê-se com poucos am igos e pouca estim a dos
seus conhecidos. Sua necessidade de afeição e aceitação é tão grande quan­
to a de todo m undo, m as ela não sabe como ser assertiva consigo m esm a
(e então receber aceitação) ou com o dem andar afeição. Suas tentativas
de estabelecer contato hum ano geralm ente term inam em frustração, devi­
do a seu com portam ento abusivo.
De novo, com o no caso da pessoa geralm ente não-assertiva, o indi­
víduo geralm ente agressivo é, acreditam os, ansioso em quase todas as si­
tuações sociais. Sua relutância ou inabilidade p ara responder a um evento
em ocional de m aneira honesta, enganando aos o u tro s e freqüentem ente a
si m esm o, exige um relacionam ento terapêutico profissional.
A pessoa situacionalm ente agressiva responde com agressão apenas
sob certas condições. E la poderá, geralm ente, reconhecer esta condição e
voluntariam ente buscar assistência p ara o problem a específico ou respon­
d er rapidam ente à sugestão de alguém de que deve m udar. Prontam ente
pode aceitar a sugestão de poder facilm ente apren d er respostas m ais adap-
tativas do que a agressão. Dois exem plos de agressividade situacional tal­
vez esclareçam m ais esta idéia.
Dois estudantes universitários foram enviados (p ara tratam en to ) pelo
m esm o in stru to r em ocasiões diferentes. Jim , um estudante do 3.° ano,
foi descrito com o irritadiço; Adélia, um a m oça do últim o ano, foi enviada
p o r ser extrem am ente dom inadora com um in stru to r e com seus colegas
de classe. O rapaz tinha tuna influência perniciosa na classe; fazia per­
guntas de m aneira agressiva, o que intim idava o professor, e nas discus­
sões em sala externava rudemenfce suas opiniões, não m ostrando respeito
algum pela opinião dos outros. A atitude voluntariosa de Jim era ofensiva
e piorava com seu desprezo pelos que não aceitavam suas conclusões
“óbvias” . De fato, ele perturbava todo o clim a da classe rejeitando a va­
lidade de qualquer ponto-de-vista qu enão fosse o seu p róprio. P ara ter­
m inar, Jim ignorava todo m undo dentro da sala, em bora m uitas das suas
observações fossem lógicas e bem pensadas.
Adélia só se tom ou agressiva depois de um extenso período de não-
assertividade. À m edida que foi vendo os outros levarem sem pre vanta­
gens sobre ela, não pôde m ais suportar isso e com eçou a ter explosões
de agressividade. Depois de um a dessas m anifestações de raiva, Adélia
parecia estar bem , até que o processo ocorresse de novo, produzindo ou-
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tr a explosão. Cada u m destes indivíduos estava certo, m as eles arruina­


ram a efetividade de suas idéias p o r ações inapropriadas. Ambos m e­
lhoraram suas vidas acadêm icas por meio de um a aprendizagem de como
lidar assertivam ente com as situações.
O utro exemplo de agressividade- situacional é o de Pat, 37 anos,
que estava tendo sessões de aconselham ento conjugal, juntam ente com
seu m arido, depois de te r feito terap ia individual por algum tem po. P at
estava extrem am ente descontente com seu m arido pelo seu envolvimen­
to em atividades fo ra de casa, m as evitava um a confrontação direta. E m
vez disso suas respostas a ele eram “super-am áveis”, incluindo afirm a­
ções diretas de que eia não se im portava com suas atividades fora. Con­
tudo, P at expressava seu am argo ressentim ento através de ações como
pegar o carro quando sabia que ele precisava do m esm o, dando-lhe “co r­
tad as” na frente dos outros, deixando as crianças com ele quando ele es­
tav a m ais ocupado em casa. E stes com portam entos agressivos sutis eram
substitutos da confrontação honesta que P at não conseguia ter.

RECONHECIMENTO DO COMPORTAMENTO
NÃO-ASSERTIVO E AGRESSIVO
Os exem plas dados neste capítulo ajudarão a identificar a natureza
da assertividade. Além disso, o Apêndice B fornece um a série de ques­
tões úteis no processo de se definirem respostas do dia-a-dia que não são
adaptativas p ara o indivíduo.
O m étodo m ais eficaz de determ inar a adequação da sua assertivi­
dade é sim plesm ente ouvir a si m esm o descrevendo suas relações com
as pessoas que são im portantes p ara você. Faça um exam e cuidadoso das
suas interações com (dependendo da idade e estilo de vida) pais, com­
panheiros, colegas de trabalho, colegas de sala, cônjuge, filhos, patrões,
em pregados, professores, vendedores, vizinhos, parentes. Q uem dom ina
nestas relações específicas? Você facilm ente tira vantagem ao lidar com
os outros? E xpressa seus sentim entos e idéias na m aior p arte das circuns­
tâncias? T ira vantagem e/o u fere og outros freqüentem ente?
Suas respostas honestas a estas questões fornecem p istas que po­
dem levá-lo a explorar m ais profundam ente seu com portam ento asserti­
vo, não-assertivo ou agressivo. Pensam os que você achará com pensadora
esta auto-exploração e um passo im portante na sua cam inhada em dire­
ção a um aum ento da efetividade pessoal.

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III
Fundamentos para um
Comportamento Assertivo

Se um a pessoa continua a ver som ente gi­


gantes, significa que ela ainda olha o m un­
do com os olhos de um a criança.
Anais Nin

“T á bom ”, você diz, “pode ser que eu não seja tão assertivo quanto
gostaria de ser. Você não pode ensinar um cavalo velho a m archar. E sta
é m inha m aneira de ser. Não posso m udá-la.”
Não concordam os. M ilhares de pessoas têm descoberto que se to r­
n ar m ais assertivo é um processo de aprendizagem e que é possível p ara
elas m udarem . M uitas vezes um “cavalo velho” precisa de m ais tem po
p ara aprender. M as a recom pensa é grande e o processo não é, de fato,
tão difícil. E m prim eiro lugar, como posso saber que realm ente quero
m udar? Existe algum perigo em potencial na asserção? E as pessoas signi­
ficativas d a m inha vida; elas não farão objeção se eu, de repente, me
tornar m ais expressivo? E ste capítulo pretende fornecer um a fundam en­
tação p ara o desenvolvimento autodirigido do com portam ento assertivo.

POR QUE DEVO MUDAR?


“Sim , sou não-assertivo; e daí?” Bem, pense, por exemplo, até que
ponto você conhece as consequências deste com portam ento? Já observou
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com o você se dá com os outros? Freqüentem ente as pessoas tiram van­


tagem de você? Você evita certas situações sociais porque se sente m uito
ansioso? Já perdeu um em prego ou encontro por não ter conseguido con­
versar com alguém? Nunca isto lhe custou dinheiro, porque você “não
podia” devolver à loja um a com pra estragada? Já com prou algum a coisa
que não queria, porque “não podia dizer não”? Já foi criticado por seu
cônjuge ou outras pessoas por sua indecisão?
Algumas destas conseqüências da não-assertividade forçosam ente p ro ­
duzirão angústia, desapontam ento e talvez auto-recrim inação. Se você ex­
perim entou este tipo de sofrim ento já tem motivação para m udar. Você
está pronto p ara ir em frente e estam os certos de que os procedim entos
apresentados aqui lhe serão de grande valor. A prender a “lutar por seus
direitos” não é um a panaceia, m as um grande passo para se libertar do
peso de um com portam ento de autonegação.
M uitas vezes é m ais difícil p ara a pessoa agressiva perceber que
necessita de ajuda, pois está acostum ada a controlar o am biente para sa­
tisfazer suas necessidades. Se seu estilo é agressivo, é m uito provável que
suas relações atuais se tom em piores, a não ser que procure ajuda. Um
relacionam ento que não é saudável tende a se deteriorar e pode fazê-lo
se sentir pior do que agora. Temos percebido que, em geral, a pessoa
que se com porta agressivam ente pode procurar m udar por sugestão de
outros. M uitas vezes ela é movida pela sua própria frustração com a ina­
dequação de seu com portam ento.
Você sem pre assum e a liderança em relações sociais? É vocè, sem ­
pre, que tem que telefonar prim eiro para seus amigos? R aras vezes as
pessoas o introduzem espontaneam ente num a discussão? Você é, invaria­
velmente, o “vencedor” nas discussões? Freqüentem ente você ralha com
em pregados por um serviço inadequado? Você dita as regras p ara seus
subordinados no trabalho? Para seus fam iliares em casa? Você per­
cebe as pessoas tentando evitá-lo? A alienação das pessoas que lhe são
próxim as é o preço que você paga para que as coisas cam inhem do jeito
que você quer. A assertividade pode atingir os m esm os resultados com
m uito menos feridos no relacionam ento.
Um exemplo que dem onstra de m aneira interessante tanto respos­
tas não-assertivas quanto agressivas à ansiedade é o caso da jovem K aren,
que estava tendo ataques de raiva dirigidos contra o hom em com quem
ela planejava se casar. Sua ansiedade era causada pela falta de conside­
ração dele; chegava muito tard e aos encontros, só lhe avisava dos com ­
pre m issos a que ele queria ir com ela na últim a hora, e outras faltas de
cortesia. K aren não era assertiva com seus direitos de exigir a cortesia
devida, até que sua raiva cresceu a um nível irracional e então ela ex­
plodiu com ele. Assim que ela tom ou consciência de que a situação pio­
raria depois do casam ento, e do que significaria estar casada vivendo

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este tipo de relacionam ento, e da possibilidade de o seu casam ento term i­


nar em divórcio, K aren concordou com um treinam ento assertivo. Infe-
lizm ente m uitas m ulheres atravessam todo o seu casam ento “sob o do­
m ínio" do m arido, porque sentem que é o “seu lugar” no casam ento.

OS SEUS DIREITOS
Ao sugerirm os asserção p ara as pessoas, enfatizam os o fato de que
ninguém tem o direito de aproveitar de outro sim plesm ente por um a
questão de se tra ta r de seres hum anos. Por exemplo, um em pregador não
pode desrespeitar os direitos de cortesia e respeito que o em pregado
m erece como ser hum ano. Um médico não tem o direito de ser descor­
tês ou injusto ao lidar com um paciente ou enferm eira. Um advogado
não deve sentir que tem o direito de “falar de cim a” com um operário.
Cada pessoa tem um direito inalienável de expressar-se, mesm o que “só
tenha o prim ário” ou “esteja no cam inho errado” ou seja “apenas um a
auxiliar de escritório” . Todas as pessoas são, de fato, criadas iguais num
plano hum ano e cada um a m erece o privilégio de expressar seus direitos
inatos. H á m uito a ganhar da vida sendo-se livre e capaz de lu tar por
si m esm o e garantir os mosm os diroitos p ara os outros. Sendo assertiva,
a pessoa está aprendendo a dar e receber em igualdade com os outros
e estar m ais a serviço' de si e dos outros.
O utra faceta que m otiva m uitos a se tornarem assertivos é a m a­
neira como certos problem as som áticos se reduzem à m edida que a as­
serção progride. Queixas como dores de cabeça, asm a, problem as gás­
tricos, fadiga geral freqüentem ente desaparecem . A redução na ansiedade
e culpa que é experim entada por pessoas não-âssertivas e agressivas,
quando aprendem a ser assertivas, resulta freqüentem ente na eliminação
destes sintom as físicos.
E sta é a hora p ara com preender que você não está sozinho, que
outros já enfrentaram desafios e situações sem elhantes e m udaram para
m elhor.
A esperança e coragem necessárias para iniciar o treinam ento pode
ser conseguida estudando as descrições dos casos para aprender como
outros ultrap assaram dificuldades sim ilares com êxito. N este ponto su­
gerim os o livro de Andrew Salter, Conditioned Reflex Therapy (1940), p ar­
ticularm ente o capítulo 6, que fala sobre “personalidade inibitória” e vá­
rios estudos de caso. À pessoa agressiva, por outro lado, recom endam os
The Intimate Enem y de Bach e Wyden (particularm ente os capítulos 6,
9 e 13). Você poderá se identificar num a dessas descrições de outros e,
como resultado, desejar superar este problem a. Poderá se identificar com
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casos que citam os anteriorm ente e que continuarem os a descrever nes­


te livro.
Uma im plicação da asserção está sem pre presente em indivíduos não-
assertivos: com portam ento auto-negativo sutilm ente reforça outro com por­
tam ento m au ou indesejável. Dois exemplos deixam isso claro:
Diana, um a m ulher casada de 35 anos, tinha um m arido que dese­
java ter relações sexuais toda noite. As vezes ela estava francam ente can­
sada das atividades do dia como dona de casa e m ãe de três filhos e não
queria ter relações. Contudo, quando Diana recusava, seu m arido recla­
m ava e ficava magoado, insistindo até que ela “sentia pena dele” e cedia.
Esses fatos se repetiam com tan ta freqüência em seu relacionam ento que
se tornaram habituais, e quanto m ais Diana negava, m ais ele insistia até
que ela cedesse. N aturalm ente, fazendo isso, ela reforçava o com porta­
m ento dele, sem contar o valor do reforço da gratificação sexual dele!
O utro exemplo é de um a estudante universitária, W endy, de 20 anos,
que em bora fosse independente financeiram ente, era do tipo “hippie” e
vivia fora do cam pus em um a m oradia b arata com um rapaz e um a m oça.
Vivendo juntos eles dividiam as despesas e econom izavam m uito dinheiro.
Wendy e seus am igos tinham a reputação de ser “rebeldes” . R um ores so­
bre o com portam ento deles e suas condições de vida chegaram a seus
pais, que a subm eteram a um a longa preleção sobre a nova geração, res­
peito à autoridade, a saúde de sua mãe, ser vulgar, e assim por diante.
Isso aconteceu várias vezes e a cada vez W endy perturbava-se eventual­
m ente e perguntava o que podia fazer p ara conciliar as coisas e então
cedia a algum as exigências deles. Assim, novam ente, vem os como W endy
reforçava o com portam ento indesejável de seus pais, perturbando-se ou ce­
dendo, quer dizer, ela lhes ensinava como fazer preleções a ela.
E m bora possa ser m ais difícil p ara o indivíduo geralm ente agressivo
adm itir as conseqüências negativas de seus atos, ele geralm ente reconhe­
ce a reação dos outros quando os direitos deles são desrespeitados. Ele
reage internam ento com reconhecim ento e pesar quando confrontado com
a alienação que seu com portam ento provoca. Se você procura ajuda, você
consegue adm itir para si mesm o sua preocupação e sentim ento de culpa
pelo m al que causou aos outros e reconhecer que você sim plesm ente não
sabe como atingir seus objetivos de m aneira não-agressiva. Neste ponto
você é um excelente candidato p ara o> treinam ento assertivo.
Um indivíduo desse tipo foi colocado num grupo de terapia. Depois
de um tem po considerável ouvindo Jerry, que monopolizava totalm ente o
grupo, vários m em bros o questionaram duram ente. Em bora fosse um ho ­
m em forte e turbulento, Jerry logo reagiu a essa resposta atenciosa porém
questionadora que lhe foi transm itida pelo grupo com um a crise de choro.
Ele contou que seu jeito de valentão era apenas um disfarce que o p ro ­
tegia da intim idade das pessoas. E sta intim idade lhe era am eaçadora. Ele
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se sentia com o um desajustado e usava a m áscara tio “m achão” para m an­


ter os outros à distância. O grupo respondeu à necessidade que Jerry tinha
de ser estim ado e o ajudou a elaborar respostas adequadam ente assertivas
que substituíssem seu com portam ento provocativo e belicoso.

UMA ADVERTÊNCIA ANTES QUE VOCÊ COMECE


Desde que você está bem m otivado e pronto a com eçar a ser asser­
tivo, você deve prim eiram ente assegurar-se de que com preende perfeita­
m ente os princípios básicos da asserção. E ntender a diferença entre com­
portam ento assertivo e agressivo é im portante para seu sucesso. Em se­
gundo lugar, você deve decidir se está pronto p ara com eçar a treinar o
com portam ento auto-assertivo sozinho. G eralm ente as pessoas situacional-
m ente não-assertivas ou situacionalm ente agressivas são capazes de come­
çar a asserção com êxito.
Para os indivíduos geralm ente não-assertivos e geralm ente agressivos,
contudo, m aior prudência é necessária e recom endam os um a prática e tra ­
balho lento e cuidadoso com outra pessoa, de preferência um terapeuta
treinado, com o facilitador.
Em terceiro lugar, suas tentativas iniciais do ser assertivo devem
ser escolhidas por ser potencialm ente prom issoras, p ara lhe dar o devido
reforço. E ste ponto, naturalm ente, é im portante p ara todos os assertivos
iniciantes, m as especialm ente p ara os geralm ente não-assertivos e os ge­
ralm ente agressivos. Q uanto m aior êxito você obtiver no início, m aior a
probabilidade de que esse êxito continue durante todo o treinam ento.
Inicialm ente, comece com pequenas asserções que tenham possibili­
dade de ser com pensadoras, e então prossiga com algum as m ais difíceis.
Você pode desejar explorar cada passo com um amigo ou facilitador trei­
nado até que você seja capaz de controlar totalm ente a m aioria das situa­
ções. Você deve proceder com cuidado quando tom ar sozinho a iniciativa
de ten tar um a asserção difícil sem preparação especial. E tom e m uito
cuidado p ara nã» ten tar um a asserção que possa lhe acarretar um fra­
casso total. Isso poderá inibir suas tentativas futuras.
Se você so frer um revés, o que pode m uito bem ocorrer, pare a fim de
analisar cuidadosam ente a situação e to rn ar a ganhar autoconfiança, obtendo
ajuda de um facilitador, se necessário. Especialm ente nos prim eiros está­
gios da asserção, é com um com eter erros p o r não usar adequadam ente a
técnica ou por excesso de entusiasm o, chegando ao ponto da agressão.
Qualquer desvio desses pode causar respostas negativas, particularm ente
se a outra pessoa, “o receptor”, tom ar-se hostil e m uito agressivo. Não
deixe esta ocorrência desanim á-lo. Considere novam ente seu objetivo e
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lembre-se que, em bora a asserção bem sucedida exija treino, suas com ­
pensações são grandes.
Em quarto lugar, pondere seu relacionam ento com as pessoas p ró ­
xim as a você. De modo típico, padrões de com portam ento não-assertivo
ou agressivo têm sido exercidos por um indivíduo' por um longo tem po.
O indivíduo não-assertivo terá estabelecido padrões de interação com aque­
les que estão significativam ente próxim os a ele, como fam ília, cônjuge
am igos. Assim tam bém acontece com o indivíduo agressivo. Uma mu
dança nessas relações já estabelecidas pode causar b astante tran sto rn o
aos outros envolvidos. De um m odo geral, os pais são freqüentem ente alvo
de com portam ento assertivo especialm ente no fim da adolescência ou aos
vinte e poucos anos, quando os filhos lutam pela independência.
N aturalm ente, algum as pessoas cedem aos desejos e ordens dos pais
a vida toda (p o rq u e'é “certo ” respeitar os m ais velhos, especialm ente os
pais, que se sacrificaram tanto por você, e tc .). M uitos pais acreditam
piam ente nisso e ficam m uito desconcertados quando seu filho “se rebela”
assertivam ente. Por outro lado, pais que p au taram sua vida em resposta
a um filho agressivo podem tam bém ficar confusos quando perceberem
que o com portam ento dele está se tornando assçrtivo, em bora há m uito
desejassem esta m udança. Conseqüentem ente, pode ser útil pedir a um
facilitador que intervenha e converse com os pais p ara p rep arálo s p ara
estas m odificações. E sta intervenção pode freqüentem ente evitar que essas
reações se exasperem e provoquem relações profundam ente tensas entre
pais e filhos.
Relacionam entos conjugais que têm se m antido há anos baseados nas
ações não-assertivas ou agressivas de um cônjuge são igualm ente propen­
sos a ficar “de pernas p ara o a r” quando a asserção com eça. Se o cônjuge
não está preparado e disposto a m udar um pouco tam bém , há um a forte
possibilidade de rom pim ento entre o casal. A cooperação do cônjuge con­
seguida através de algum as reuniões com o facilitador pode aju dar im en­
sam ente a m udança de com portam ento. Espera-se que um treinam ento
.assertivo p ara um esposo fortaleça as relações conjugais. Contudo, há um
perigo potencial de prejudicar um a relação íntim a com a m udança signi­
ficativa de com portam ento de um dos parceiros e deve-se estar atento
para agir com plena consciência dessas eventuais conseqüências. U m a con­
versa franca com os pais ou cônjuge é firm em ente recom endada.

OS COMPONENTES DO COMPORTAMENTO ASSERTIVO


De m aneira crescente, observações sistem áticas de com portam ento
assertivo têm levado m uitos cientistas com portam entais a concluir que h á
m uitos elem entos que constituem um a ação assertiva. E m nosso trabalho
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de ajudar os outros a desenvolver m aior asserção, dem os atenção p arti­


cular a estes com ponentes:
O lhar nos olhos — O lhar diretam ente p ara a o u tra pessoa com a qual
você está falando é um m odo eficaz de declarar que você é sincero sobre
o que está dizendo e que suas palavras são dirigidas a ela.
P ostura do corpo — O “peso” de suas m ensagens será aum entado se
você olhar de frente p ara a pessoa, ficar de pé ou assentado apropriada­
m ente p erto deia, curvar-se p ara ela, m anter a cabeça ereta.
Gestos — Um a m ensagem acentuada p o r gestos apropriados adquire
tuna ênfase especial (gestos m uito exuberantes podem parecer fora de
p ro p ó sito ).
Expressão facial — Já viu alguém tentando expressar raiva enquanto
so rri ou dá risada? Sim plesm ente não convence. Asserções eficazes reque­
rem um a expressão que com bine com a m ensagem .
Tom de voz, inflexão e volum e — Um sussurro m onótono dificilm en­
te convencerá o u tra pessoa de sua seriedade, enquanto um ím peto grita­
do bloqueará seu cam po de com unicação por suscitar resistência na outra
pessoa. Um relato num nível correto, num tom coloquial bem modulado,
será convincente sem intim idar.
Escolher a ho ra apropriada — A expressão espontânea será normal-
m ente seu objetivo, pois a hesitação pode dim inuir o efeito de um a asserção.
M as tem que haver um critério contudo, p ara selecionar a ocasião certa.
Por exemplo, se você quer falar ao seu chefe, isso deverá ser feito na p ri­
vacidade do escritório dele e não na frente do pessoal do escritório, onde
ele pode responder defensivam ente.
Conteúdo:
Deixamos esta dim ensão óbvia da asserção p ara o final, a fim de
enfatizar que, em bora o que você diz seja logicam ente im portante, é fre­
quentem ente m enos im portante do que m uitos de nós pensam os ser. Nós
encorajam os um a honestidade fundam ental em intercom unicação pessoal e
espontaneidade de expressão. No nosso ponto de vista, isto significa dizer
claram ente: “E stou danado da vida com o que você acabou de fazer”. Mais
do que: “Você é um filho da p . . . ”. As pessoas que têm “engasgado” anos
a fio “p o r não saber o que dizer” acharam que a prática de dizer algo,
para expressar seus sentim entos do mom ento, é um passo útil p ara atingir
m aior asserção espontaneam ente.
Mais um com entário sobre conteúdo: nós lhe encorajam os a expres­
sar seus sentim entos e a aceitar reponsabilidade por eles. Note a dife
rença entre o exemplo acim a “E stou furioso” e “Você é um filho da p . . . ” .
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Não é necessário humilhar outra pessoa (agressivo) para expressar seu


sentimento (assertivo).
Sua im aginação pode levá-lo a um a vasta variedade de situações que
dem onstram a im portância da m aneira pela qual você expressa sua asser­
ção. B asta dizer que o tem po que você passa pensando sobre “as palavras
certas” será m elhor usado se você passá-lo fazendo asserções! O objetivo
final é expressar a si m esm o sincera e espontaneam ente da m aneira “certa”
para você.
Pronto, agora? Se chegou até aqui, você está provavelm ente pronto
p ara com eçar a' d ar os prim eiros passos p a ra aum entar sua p ró p ria as­
serção. Nós sabem os que você conseguirá êxito. A recom pensa u ltrapassa
m uito os esforços exigidos. Boa viagem!

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IV
O Desenvolvimento
do Comportamento Assertivo
Um hom em que se corta em função dos ou­
tro s breve estará totalm ente m utilado.
Charles M. Schwab

Talvez você já tenha ouvido dizer que “quando dois engenheiros (ad­
vogados, donas-de-casa, bombeiros, enferm eiras) estão conversando e um
psicólogo junta-se a eles, terem os então dois engenheiros e um psicológo,
.nas quando dois psicólogos estão conversando e um engenheiro (ou qual­
quer outro profissional) chega e começa a participar da conversa terem os
então três psicólogos!” Todo m undo acha que é um pouco psicólogo. Sem
dúvida, todos nós tem os um conhecimento prático e original do com porta­
m ento hum ano, começando por nós m esm os.

MUDANDO COMPORTAMENTO E ATITUDES


Infelizm ente há um erro no consenso popular sobre o com portam en­
to das pessoas. Um a opinião generalizada que os psicólogos julgam errô­
nea é a idéia de que alguém deve m udar sua atitude antes de poder m u­
d ar o m odo com o se com porta. E m nossa experiência com centenas de
clientes em treinam ento clínico assertivo, e no feedback de alguns dos
m ilhares de leitores deste livro, assim como de inúm eros relatórios de
nossos colegas em prática psicológica ficou claro que o com portam ento
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pode mudar prim eiro e é m ais fácil e m ais eficaz agir assim , na m aioria
dos casos.
Quando você com eçar o processo de se to m ar m ais assertivo, nós
não pedirem os que você acorde um a m anhã e diga: “H oje eu sou um a
pessoa nova e assertiva!” Ao invés disso, você achará aqui um guia p ara
um a m udança de com portam ento gradual e sistem ática. A chave p ara o
desenvolvimento da asserção é a prática de novos padrões de com porta-
m ento. E ste capítulo destina-se a guiá-lo através dos passos necessários
em tal prática e dem onstrar-lhe como você pode usar o novo com porta­
m ento assertivo no relacionam ento com os outros.
Nós observam os um círculo de com portam ento não-assertivo ou agres­
sivo que tende a perpetrar-se, até que um a intervenção decisiva ocorra.
A pessoa que tem agido não-assertivam ente ou agressivam ente em suas re­
lações por um longo período geralm ente tem um baixo conceito de si
m esm a. Seu com portam ento com os outros — abusivo ou de autonegação
— é respondido com desprezo, desdém ou abandono. Ela observa as res­
postas e diz p ara si m esm a: “Veja, eu sabia que não valia nad a”. Vendo
o baixo conceito que faz de si m esm a confirm ado, ela persiste em seu pa­
drão inadequado de com portam ento. Assim o círculo se fecha: com porta­
m ento inadequado, feedback negativo, atitude de autodepreciação, com por­
tam ento inadequado.
O com ponente m ais prontam ente observável deste padrão é o pró­
prio comportamento. Nós podem os facilm ente perceber o com portam ento
claro em oposição a atitudes e sentim entos que podem estar ocultos atrás
da fachada que nos é m ostrada. A lém .disso o com portam ento é o com po­
nente m ais passível de m udança. Nossos esforços de facilitar m elhoraram
as relações interpessoais^ Além disso um a m aior valorização de si mesm o
como pessoa surgirá com a m udança de seus padrões de com portam ento.
Nós acham os que o círculo pode ser reverso, iniciando-se um a se-
qüência positiva: o com portam ento m ais adequadam ente assertivo (auto-
valorização) ganha m ais respostas positivas dos outros; este feedback po­
sitivo leva a um a avaliação positiva de si m esm o (“Puxa, as pessoas estão
m e tratando como alguém de valor!”), e os sentim entos m elhorados sobre
si mesm o resultam em asserções futuras.
H arold estava convencido há anos de sua total falta de valor. Ele
era totalm ente dependente de sua esposa no que se refere a apoio emocio­
nal, e, em bora tivesse m uito boa aparência e habilidade de expressar-se bem,
não tinha am igos. Im aginem seu com pleto desespero quando sua esposa
o aba: lonou! Felizm ente, H arold já estava na terapia nessa época e dese­
java i íacionar-se com o u tras pessoas. Quando suas prim eiras tentativas
de asserção com jovens atraentes tiveram m ais êxito do que ele jam ais
ousou esperar, o valor reforçador de tais respostas às suas asserções foi
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altam ente positivo! O autoconceito de H arold m udou rapidam ente, e ele


tom ou se m uito m ais assertivo em várias situações.
Nem todos, certam ente, experim entarão tão rápidos progressos em
sua asserção, e nem todas as asserções têm pleno êxito. O sucesso quase
sem pre requer m uita paciência e depende de um processo gradual de lidar
com situações cada vez m ais difíceis. No entanto este exemplo enfatiza
um a regra geral que encontram os ao facilitar com portam ento assertivo:
a asserção tende a Ser com pensadora por si m esm a. É m uito agradável
sentir que os outros começam a responder m ais atenciosam ente, atingir
seu ideal de relacionam ento, fazer com que as situações se resolvam do
jeito que você quer. E você pode fazer festas coisas acontecerem !
Comece com asserções sim ples, nas quais você esteja certo de ser
bem sucedido. Assim ganhará m ais confiança e treino para lidar com
outras m ais com plexas. É geralm ente m uito ú til e reconfortante contar
com ajuda e orientação de outra pessoa, talvez um amigo, professor ou
terapeuta profissional.
Tenha sem pre em m ente que a m udança de com portam ento leva a
um a série de m udanças de atitude em você mesm o e de outras pessoas
e situações em relação a você. A p arte final desse capítulo apresenta os
passos necessários para levar a esta m udança de com portam ento. Leia
todo o m aterial aqui exposto cuidadosam ente antes de com eçar. E ntão
volte a esse ponto e comece a seguir os passos em sua própria vida. Você
gostará de sua nova m aneira de ser!

O PROCESSO PASSO A PASSO


1. ° Passo: Observe seu próprio com portam ento. Você tem sido ade­
quadam ente assertivo? Você está satisfeito com sua atuação positiva em
relações interpessoais? Exam ine novam ente o conteúdo do capítulo II e
avalie como você se sente com relação a si mesm o e seu com portam ento.
2. ° Passo: Observe atenciosam ente sua asserção. Faça anotações ou
m esm o um diário durante um a sem ana. Registre diariam ente situações nas
quais você se encontrou respondendo assertivam ente, outras nas quais
você “explodiu” e aquelas que você evitou com pletam ente p ara não ter
que enfrentar a necessidade de agir assertivam ente. Seja honesto consigo
mesmo, e tam bém persistente!
3. ° Passo: Concentre-se num a situação determ inada. Feche os olhos
por alguns m om entos e imagine como lidar com um incidente específico
(ter recebido o troco errado no superm ercado, ou te r de ficar um tem ­
pão ouvindo um amigo falar ao telefone num a hora em que você tinha
tanta coisa para fazer, ou deixar que seu patrão o hum ilhe por causa de
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um pequeno erro ). Im agine claram ente os detalhes acontecidos, incluindo^


o que sentiu n a h o ra e posteriorm ente.
4. ° Passo: Reveja suas respostas. Escreva seu com portam ento no
3.° passo em term os dos com ponentes da asserção relacionados no capítulo
III (m odo de olhar, posição do corpo, gestos, expressão facial, voz, con­
teúdo da m ensagem ). O bserve cuidadosam ente os com ponentes de seu
com portam ento no incidente im aginado. Observe suas forças. Tome cons­
ciência daqueles com ponentes que representam com portam ento não-asser­
tivo ou agressivo.
5. ° Passo: O bserve o m odelo eficaz. Neste ponto seria m uito útil
observar alguém que sabe lidar satisfatoriam ente com a m esm a situação.
Observe os com ponentes discutidos no capítulo III, especialm ente o estilo
— as palavras são menos im portantes. Se o modelo é um amigo, discuta
com ele a m aneira de ele agir e suas consequências.
6. ° Passo: Considere respostas alternativas. De quais outros m odos
o incidente pode ser tratado? Você poderia lidar com ele de um a m aneira
m ais vantajosa? M enos agressivam ente? Volte ao quadro do capítulo II e
diferencie respostas agressiva, não-assertiva e assertiva.
7 ° Passo: Imagine-se lidando com a situação. Feche os olhos e vi­
sualize-se lidando eficazm ente com a situação. Você pode agir igual ao
“m odelo” do 5.° passo ou de um m odo m uito diferente. Seja assertivo,
m as tão espontâneo quanto possível. R epita o passo tantas vezes quantas
forem necessárias até que possa im aginar um estilo cômodo p ara si m es­
mo e que resolva de m odo favorável a situação.
8. ° Passo: Ponha em prática. Tendo examinado seu próprio com por­
tam ento, considerado alternativas e observado um m odelo de ação m ais
adequado, você está preparado p ara com eçar a pôr em p rática novos m o­
dos de tra ta r situações problem áticas. Uma repetição dos passos 5, 6 e 7
pode ser feita até que você se sinta pronto a com eçar. É im portante es­
colher um a alternativa que seja um m odo m ais eficaz de agir diante de
úm a situação difícil. Você pode desejar seguir seu modelo e agir como
ele (5 o passo). Tal escolha é correta, m as deve refletir a consciência de
que você é um indivíduo único, e a m aneira de ele agir pode não servir
no seu caso. Depois de escolher um m odo alternativo de com portam ento
m ais eficaz, você deve então representar a situação com um amigo, pro­
fessor ou terapeuta, tentando agir de acordo com a nova resposta que
escolheu. Como nos passos 2, 3 e 4, faça um a observação cuidadosa de
seu com portam ento, usando recursos p ara registro m ecânico quando isso
fo r possível.
9. ° Passo O btenha feedback. E ste passo essencialm ente repete o
4.°, dando ênfase aos aspectos positivos de seu com portam ento. Observe
particularm ente a força de sua atuação e trabalhe positivam ente para
desenvolver áreas m ais deficientes.

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10. ° Passo: Form ando o com portam ento. Os passos 7, 8 e 9 devem


ser repetidos tão freqüentem ente quanto necessário p ara “fo rm ar” seu
com portam ento — p o r este processo de aproxim ações sucessivas de seu
objetivo — até o ponto em que você se sinta à vontade p ara lidar d e
m aneira positiva com situações previam ente am eaçadoras.
11. ° Passo: O verdadeiro teste Você está agora pronto a testar seu
novo padrão de respostas na situação real. Até este ponto sua preparação
passou-se em um am biente relativam ente seguro. Contudo, treino cuida­
doso e prática constante o p rep araram p ara reagir quase “autom aticam en­
te ” à situação. Você deve po rtanto ser encorajado a fazer um a tentativa
“ao vivo”. Se você não está disposto a isso, m ais ensaios serão necessá­
rios. (Pessoas que são cronicam ente ansiosas e inseguras ou que duvidam
seriam ente de seu p ró p rio valor podem precisar de terapia profissional.
Recom endam os enfaticam ente que você procure logo assistência profissio­
nal, se for o caso .) Lembre-se que p ô r em prática sincera e espontanea­
m ente o que aprendeu aqui é o passo m ais im portante de todos.
13.° Passo: Práticas m ais avançadas, insistim os que você repita os
procedim entos que forem necessários p ara atingir o padrão de com por­
tam ento desejado. Você pode desejar seguir um program a desse tipo que
se relacione a outras situações específicas nas quais vooê quer desenvol­
ver um repertório de respostas m ais adequadas. O capítulo V II descreve
alguns exem plos que podem ser úteis ao planejar seu próprio progra­
m a de m udança.
13.° Passo: Reforço social. Como passo final p ara estabelecer um
padrão de com portam ento independente, é m uito im portante que h aja um
perfeito entendim ento da necessidade de um auto-reforço constante. A fim
de m anter seu com portam ento assertivo recentem ente desenvolvido, você
deve alcançar um sistem a de reforço em seu próprio meio social. Por
exemplo, agora você conhece o sentim ento agradável que acom panha um a
asserção bem sucedida e você pode ficar confiante na continuação dessa
bc-a resposta. A adm iração que você receberá dos outros será o u tra res­
posta positiva constante que você vai obter. Você pode desejar fazer um a
lista de tais reforços específicos que são característicos do seu próprio
am biente.
Concluindo, em bora enfatizem os a im portância deste processo sis­
tem ático de aprendizagem , deve ficar claro que o que recom endam os não
é um cam inho obrigatório e rígido que não leva em consideração as ne­
cessidades e objetivos de cada indivíduo. Insistim os que você crie u m
am biente de aprendizagem que o aju dará a desenvolver sua asserção.
N enhum sistem a é “certo” p ara todos. Nós o incentivam os a ser sistem á­
tico, m as a seguir um program a que satisfaça suas próprias necessidades
individuais. Não há, naturalm ente, nenhum substituto p ara a p rática ativa
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do comportamento assertivo em sua própria vida, quando você optar por


isto como m eio de desenvolver uma asserção maior e gozar suas grandes
recompensas.

UM “EMPUKRAOZINHO”
Agora que você está envolvido no processo de desenvolver um com­
portamento assertivo, não se permita ficar passivo. Se você ficou inte­
ressado suficientemente para chegar até este ponto do livro, ou você está
pensando seriamente em melhorar sua asserção ou imaginando como pode
ajudar outros a serem mais assertivos. Em qualquer caso, faça alguma
coisa! Você não pode mudar som ente lendo esse livro. Se você não come­
çar a mudar de atitude no seu cotidiano, nós servim os apenas como um
passa-tempo. Se, por outro lado, você partir agora e lidar com uma situa­
ção interpessoal defendendo seus próprios interesses, estamos satisfeitos
de ter participado de seu crescimento.
T en te!

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L
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Asserções muito Pessoais


— Carinho, Ôdio e Reações Posteriores

Se as pessoas ousassem falar entre si sem


reservas, haveria m uito m enos tristezas no
m undo dentro de cem anos.
Sam uel Butler

“Ande com suas pró p rias p ern as” é o slogan freqüentem ente citado
como sinônim o de desenvolvim ento de com portam ento assertivo. Sem dú­
vida, a prim eira edição de C om portam ento Assertivo foi dedicada quase
que exclusivam ente a incentivar este tipo de com portam ento. N ós achar
mos, contudo, que sentim entos carinhosos positivos ou raiva construtiva
são freqüentem ente m ais difíceis p ara a pessoa não-assertiva ou agressiva
expressar do que um a atitu d e firm e e decidida. Além disso, expressar os
sentim entos íntim os depois da situação passada sem pre exige um a dose extra
de asserção.

CARINHO COMEÇA EM CASA


Especialm ente p ara adultos, expressões positivas são sem pre inibi­
das. Constrangim ento, m edo de rejeição ou do ridículo, a “superioridade
da razão sobre a em oção” são desculpas usadas p ara explicar a inibição
de expressões espontâneas de afeto, carinho e am or.
A liberdade de expressão positiva não é encorajada em nossa cul-
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tura. Como foi discutido no capítulo I, “polidez restringente” é a atitu­


de aceita com o natural. No entanto, o novo estilo de vida e a subcultura
da juventude que têm grandemente influenciado as mudanças ocorridas
em nossa sociedade, defendem uma maior informalidade. Nós endossa­
m os firmemente a opinião de que as pessoas devem comunicar um as às
outras seus sentim entos positivos autênticos.
Vamos começar do princípio, contudo, com seus sentim entos po­
sitivos em relação a si m esm o. Você consegue expressar o sentimento
de orgulho .que acompanha a realização de um ideal particular altamen­
te significativo? Você se permite o prazer de se sentir satisfeito com um
trabalho bem feito? De fazer outra pessoa feliz? Ou de congratular a si
mesmo?
Veja o apêndice C, “Um Modelo de Comportamento para Cresci­
m ento Pessoal”. Como você está se tratando? Você pode responder sin
ceramente a estas perguntas e dizer que age de modo atencioso e amo­
roso consigo mesmo? Embora as evidências sejam ainda limitadas e mais
intuitivas que objetivas, cada vez nos convencemos mais de que o ele­
mento chave do comportamento assertivo é ser assertivo consigo mesmo!
Atenção suficiente para si m esm o é necessário para acreditar que você
conseguirá, e, assim, pôr m ãos à obra. Na situação terapêutica iiós ul­
trapassamos a falta de auto-estima autorizando o comportamento asser­
tivo. Como discutimos no capítulo IV, o resultado da ação “autorizada”
é um conceito reforçado de autovalorização, a qual é o princípio de uma
virada positiva no círculo de atitude-comportamento-feedback-atitude.
O reforço de um terapeuta profissional habilita a pessoa a começar a agir
mais assertivamente. Você pode atingir os m esm os resultados sozinho ou
com um mínimo de ajuda, seguindo o processo indicado.

ESTABELECENDO CONTATO
Expressar seus sentimentos positivos para outra pessoa é um ato
grandemente assertivo. E, com o nas outras asserções que citamos, o ato
por si mesmo — isto é, a ação — é m uitíssim o mais importante que as
palavras que você usa ou seu próprio estilo de comunicação. Isto é ain­
da mais verdadeiro quando se trata de demonstrar afeto. Nada representa
uma expressão mais pessoal e individual do que dizer “Você significa,
muitíssimo para mim neste m om ento”.
Considere alguns modos de comunicar esta mensagem:
Um modo caloroso, firme e prolongado de apertar as mãos (já
notou a duração e o sentimento de “fraternidade” que acompanha o aper­
to de mãos dos membros de um grupo fechado, como por exemplo, os do
Black Power?)
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Abraçar, segurar o braço, a mão no ombro, bater nas costas, aper­


tar a mão afetuosamente.
“Obrigado".
“Você é fantástico!”
“Sei perfeitamente o que você quer dizer.”
Um sorriso caloroso.
Olhar profundamente nos olhos.
“Estou aqui.”
Um presente de am or (feito pelo doador ou bastante especial p ara
quem o recebe).
“E u acredito em você.”
“E u confio em você.” (M elhor ainda seria um gesto de confiança.)
“E u o am o .”
“E u creio em você.”
“Estou feliz em ver você.”
“Tenho pensado em você.”
“Você está sem pre em m eu pensam ento.”
Provavelm ente nenhum a dessas mensagens constitui um a idéia no­
va p ara você. M esmo assim, você pode encontrar dificuldade em perm itir-
se pronunciá-las ou pô-las em prática. É m uito cômodo deixar-se dom inar
pelo constrangim ento ou supor “Ela conhece meus sentim entos” ou “Ele não
se im porta em ouvir isso”. Mas quem não quer ouvir isso? Todos nós p re­
cisamos saber que somos am ados, desejados e adm irados. Se as pes­
soas que nos cercam são sutis dem ais em expressar seu afeto, nós facil­
m ente com eçam os a duvidar e talvez p rocurar em outro lugar aquilo que
a Análise Transacional cham a de nossa “m ola propulsora” — feedback
positivo dos outros.
Em relações m uito íntim as, entre am antes, por exemplo, é geralm en­
te suposto que cada parceiro “conheça” o sentim ento do outro. Tais su­
posições geralm ente levam ao consultório do conselheiro conjugal, que
ouve reclam ações do tipo: “E u nunca sei como ele se sente”, “Ela nunca diz
que me am a”, “Nós sim plesm ente não nos com unicam os m ais”. Frequente­
m ente é necessário som ente restabelecer o padrão de comunicação no
qual cada parceiro expresse abertam ente seus sentim entos — especialmen­
te os am orosos. A expressão do am or nunca é um a panaceia p ara todos
os males de um casam ento problem ático, m as pode “fortalecer a estru tu ­
ra ” por ajudar cada parceiro a lem brar-se das coisas boas que existem
em seu relacionam ento em prim eiro lugar!
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Os psicólogos H erbert A. O tto e George R. Bach desenvolveram sis


tem as extensos p ara m elhorar a expressão espontânea do afeto em rela­
ções íntim as. Aos leitores que se interessarem especialm ente por esse as­
pecto recom endam os o trabalho que está relacionado n a bibliografia.
Elogios são um a fonte freqüente de desconforto p ara pessoas não
assertivas ou agressivas. O ferecer a alguém palavras gentis sobre ele co­
mo pessoa, ou sobre algo que ele tenha feito, pode ser um a coisa difícil
p ara você. Novamente, incentivam os a prática daquilo que lhe cause al­
gum a ansiedade. Esforce-se p ara elogiar as pessoas com sinceridade e ho­
nestidade, quando um a oportunidade genuína se apresentar. Não se preo­
cupe em esperar pelas "palavras certas” . Sua consideração — a expres­
são sincera de seus sentim entos — com unicará quaisquer idéias que você
quiser, se você agir! Tente sim plesm ente dizer “E u gostei da sua atitu d e”
ou “ótim o!” com um grande sorriso.
Aceitar elogios — ouvir alguém fazer diretam ente um com entário
positivo sobre você, ou sobre você a um a terceira pessoa, é talvez um a
tarefa ainda m ais desafiadora, particularm ente difícil, se você não está
bem consigo m esm o. No entanto, é um a ação assertiva — um a resposta
m utuam ente com pensadora aceitar elogios de outra pessoa.
Considere em prim eiro lugar o fato de que você realm ente não
tem direito de negar a im pressão que a outra pessoa tem de você. Se
você disser: “Oh, você m e pegou num a boa h o ra” ou “Não foi nada es­
pecial” ou “Foi por um acaso que deu certo”, você, na verdade, disse à
pessoa que fez o com entáro que ela tem pouco discernim ento, em sum a
que ela está errada. Ora, ela tam bém tem direito a ter sua própria opi­
nião, e se ela é positiva a seu respeito faça a ela — e a si m esm o —
o favor de aceitar.
Nós não estam os sugerindo que você saia por aí se auto-elogiando,
ou aceitando louvores por coisas que não fez. Nós sentim os, no entanto,
que quando outra pessoa deseja sinceram ente fazer um com entário po­
sitivo sobre você, ela m erece ser ouvida em rejeições cu qualificações.
Tente dizer pelo menos: “É difícil p ara eu aceitar isto, m as obrigado”, ou
m esm o sim plesm ente “Que bom !” ou “Achei ótim o ouvir isto ” .

“É TARDE DEMAIS AGORA!”


Nós freqüentem ente ouvimos de nossos clientes em terapia asserti­
va, ou em questões levantadas em nossos grupos de treinam ento asser­
tivo, relatos de situações ocorridas no passado. E stas pessoas, que acham
que não podem fazer nada “pois agora é tard e dem ais” ficam frustradas
pelas conseqüências de sua falta anterior de asserção, m as acham que
é inútil ten tar m udar agora.
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Um exemplo de tal caso envolvia o relacionam ento de um execu­


tivo e sua secretária. O executivo, ocupado, ficava regularm ente com­
pletando cartas e relatórios no fim do dia, e pedindo à secretária que os
datilografasse e tirasse cópias p ara as reuniões da m anhã seguinte. A se­
cretária tinha, da prim eira vez, atendido o pedido — que exigia que ela
ficasse depois do expediente para term inar o trabalho. E la de boa von­
tade concordou em aju dar. M ais tarde ela viu que “o pedido ex tra” ti­
nha se tom ado um a rotina, e ocorria duas ou três vezes por sem ana.
E m bora ela gostasse do trabalho, este estava interferindo em sua vida
particular e ela começou a pensar em abandonar o em prego. Felizm ente
ela procurou ajuda num grupo' de treinam ento assertivo onde relutante-
m ente colocou o assunto em discussão. Ela encontrou grande apoio no
terapeuta e outros m em bros do grupo. E la escolheu um hom em relati­
vam ente assertivo no grupo e “ensaiou” com ele um a cena na qual ela
fazia o p atrão ver sua situação.
Ela saiu-se m al, no principio, desculpando-se e deixando o “p atrão ”
convencê-la de que tal “lealdade à com panhia” era necessária ao trab a­
lho. Com feedback e apoio do grupo, contudo, ela m elhorou sua habili­
dade de expressar eficazm ente seus sintim entos e não se deixou intim i­
dar pelo patrão . No dia seguinte, ela enfrentou o escritório do executivo,
explicou seu ponto de vista, e arranjou com ele um horário m ais razoá­
vel p ara os tais trabalhos extras. E nos dois m eses seguintes ele fez tais
"pedidos extras” som ente duas vezes e som ente quando as circunstâncias
eram realm ente incom uns. Ambos ficaram m uito satisfeitos com os re­
sultados.
A finalidade desta exposição é deixar claro que raríssim as vezes “é
tarde dem ais” p ara um a asserção apropriada, mesm o se a situação só
fez piorar com o tem po. Aproximar-se da pessoa envolvida — sim, mes­
mo de um m em bro da fam ília, cônjuge, am ante, patrão, em pregado —
com um honesto “E u tenho me preocupado com ----------------------- há algum
tem po" ou “Estou querendo falar com você sobre ----------------------------- ”,
pode levar a esforços produtivos na resolução de um assunto incômodo
E, como vantagem adicional, pode ab rir o cam inho da comunicação de
sentim entos no futuro.
Lembre-se sem pre, como já ressaltam os anteriorm ente, da im por­
tância de expressar seus sentim entos de tal modo que você assum a a res­
ponsabilidade por eles: “E u estou p reo cu p ad o ...” e não “Você m e deixou
p ertu rb ad o .. . ”; “E u estou zangado.. . ” e não “Você m e deixou zangado.. . ”

A RAIVA É SAUDÁVEL
As pessoas não-assertivas geralm ente dizem “E u nunca fico zanga­
do” . Não acreditam os nisto! Todo m undo fica zangado. Algumas pessoas
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desenvolveram autocontrole a ponto de não dem onstrar raiva abertam en­


te. Tipicam ente, tal indivíduo controlado sofre de enxaquecas, asm a, úl­
cera ou problem as de pele.
Nós estam os convencidos, assim como o psicólogo George Bach, e
m uitos outros, de que a expressão da raiva é saudável e pode ser feita
de m odo construtivo. O livro do dr. Bach, The Intim ate Enemy, trata
detalhadam ente da expressão construtiva da raiva dentro de um relacio­
nam ento íntim o. As pessoas que desenvolveram asserção espontânea po­
dem expressar raiva eficazm ente, de m aneira não-destrutiva e, portanto,
proscrever a necessidade de ações agressivas.
Gomo m encionam os na parte anterior, um passo im portante na ex­
pressão não-destrutiva da raiva é assum ir responsabilidade por seus p ró ­
prios sentim entos. j£ você que sente a raiva e isto não torna a outra
pessoa “cretina” ou “filha da p ... ” ou a causa de seu sentim ento.
Uma expressão física de um sentim ento m uito forte é um bom meio
de liberar hostilidade. B ater na m esa, pisar duro, chorar, dar socos no
ar, bater em um travesseiro são todos bons truques p ara liberar senti­
m entos m uito tensos sem agredir a o u tra pessoa.
E vitar que a hostilidade se acum ule com o tem po exercendo a ex­
pressão espontânea deste sentim ento quando ele surgir é o meio m ais sau­
dável que conhecemos de lidar com a raiva. Algumas expressões verbais
que acham os úteis:
“E u estou m uito zangado.”
“E u estou ficando fu rio so .”
“E u discordo com pletam ente de você.”
“E u fico furioso quando você faz/diz isso .”
“E u fico m uito perturbado/am olado com tudo isso .”
“Isso m e am ola m u ito .”
“E stou m uito aborrecido. ”
“Pare de m e am o lar.”
“E u acho isso in ju sto .”
“Não faça isso com igo.”
“Pare im ediatam ente. ”
“Você não tem direito de dizer/fazer isso .”
“E u realm ente não gosto d isso .”
M uito frequentem ente observam os pessoas que expressam raiva,
frustração ou desapontam ento com outras pessoas p o r m étodos indiretos,
covardes e desnecessariam ente dolorosos. Além disso, se o objetivo de­
sejado é m udar o com portam ento do alvo visado, estes procedim entos
são raram ente bem sucedidos. Um exemplo “clássico” é o caso dos re­
cém-casados, M ar th a e John. Nas prim eiras sem anas de casam ento, M artha
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tin h a descoberto pelo m enos um a dúzia de hábitos de John que eram , a


seu ver, questionáveis. Infelizm ente p ara am bos, ela era incapaz de — ou
não se dispunha a — encontrar coragem p ara discutir ábertam ente com
John sobre seus problem as. Ao invés disso, ela escolheu um jeito “segu­
ro ” de dem onstrar seu desagrado com o com portam ento de John; ela o
confiou à sua m ãe. Pior ainda, não satisfeita com suas conversas ao te­
lefone quase diárias com a m ãe sobre os defeitos de John, ela tam bém
usava as reuniões fam iliares com o ocasião p ara censurá-lo diante do re s­
to da fam ília.
E ste estilo “veja-como-ele-é-péssimo”, relacionado a um a terceira pessoa
(ou pessoas), o desam or de alguém p o r outrem , pode ter efeitos desastrosos
em um relacionam ento. John sentiu-se ferido, em baraçado e hostil com
os ataques de M artha. Ele gostaria que ela tivesse escolhido a privacidade
de seu próprio relacionam ento p ara contar-lhe seus descontentam entos.
E m lugar de sentir-se m otivado a m u d ar de hábitos, ele respondeu ao
tratam ento agressivo dela com am argura e desejo de revidar intensifi­
cando os m esm os com portam entos que ela gostaria que ele m udasse.
Se M artha tivesse escolhido corajosam ente ser assertiva contando
diretam ente a John seus sentim entos, ela teria criado um a boa base p ara
um esforço cooperativo de m udar o com portam ento de John.
O utro exem plo aju dará a esclarecer nossas atitudes a respeito da
expressão da raiva:
Um hom em levou seu carro a um a grande oficina m ecânica p ara
um conserto que ia tom ar m uito tem po. O atendim ento era feito p o r or­
dem de chegada. E le chegou às 8 da m anhã, m as falou com o gerente
que ele pegaria o carro lá pelas 4:30. Q uando ele chegou, teve lugar o
seguinte diálogo:
Freguês: “Oi, m eu nom e é X e estou aqui p ara pegar o c a rro .”
G erente: (olhando os papéis) “S into m uito, senhor, nós não o apron­
tam os ain d a .”
Freguês: “Diabo! Isto m e deixa furioso! E ste atendim ento é feito
por ordem de chegada, e eu estava aqui às 8! O que aconteceu?”
Gerente: “Foi um erro nosso, nós o pusem os lá atrás, ficam os m uito
ocupados e esquecem os.”
Freguês: “Bem, pro inferno com isso. E um a inconveniência p ara
m im deixar m eu carro aqui o dia in teiro .”
G erente: “E u sei e peço desculpas. E u prom eto consertá-lo em p ri­
m eiro lugar am anhã bem cedo, se quiser trazê-lo de v o lta.”
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Nesse ponto o freguês pode decidir quais são as opções e decidir


de acordo. Ele podia tentar fazer com que o gerente arranjasse alguém
que consertasse seu carro depois do expediente, podia levar seu carro a
outro lugar, podia voltar no dia seguinte para o conserto.
N ote a raiva que o freguês expressou sem ser agressivo com o ge­
rente. Ele tinha todo o direito de estar zangado e demonstrou isso sem
denegrir o gerente com o pessoa. Ele podia ter respondido agressiva
mente:
“Você pode pegar o serviço e enfiar ele”, e sair furiosamente, ou di­
zer: “Seu maldito filho da p . . . , nunca vocês fazem nada que preste aqui.
Eu exijo que meu carro seja consertado imediatamente”.
Muito provavelmente qualquer uma dessas afirmações inflamaria
o gerente e não levaria a lugar nenhum. O importante é que você ex­
presse seus sentimentos de raiva sem ferir ninguém no processo.
Expressão assertiva honesta, espontânea, “visceral” ajudará a evi­
tar raiva inadequada e destrutiva. Primeiro, porque logo de saída você
atingirá seus objetivos. Mesmo quando a asserção não ganha o que você
almeja, ela ainda evita o ódio que você pode canalizar para si inesm o
se não o manifestar abertamente.
Vá em frente, fique zangado! Mias desenvolva um estilo assertivo
positivo de expressar sua raiva. Você, e as pessoas que lhe são próximas,
irão apreciar isto.

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VI
Além da Asserção
Aquele que respeita a si m esm o está prote­
gido dos outros; ele usa uma armadura in­
vulnerável.
Henry Wadsworth Longfellow

O tema desenvolvido nesse livro versa sobre o valor do comporta­


mento assertivo para o indivíduo que procura dar um sentido próprio à
sua vida, e particularmente às suas relações interpessoais. O leitor sensí­
vel terá reconhecido algumas das falhas e desvios inerentes à sua própria
asserção pessoal. A sensibilidade é necessária a uma análise dessas limi­
tações e consequências potencialmente negativas da autoasserção.
Embora o comportamento assertivo por si m esm o seja a recompensa
para a maioria, as conseqüências da situação podem diminuir seu valor.
Considere, por exemplo, o menino pequeno que assertivamente recusa o
pedido de outro grandão para andar em sua nova bicicleta, e com o resul­
tado ganha um olho roxo. Sua asserção foi perfeitamente legítima, m as a
outra pessoa não quis aceitar a negação da vontade dela. Portanto, sem
sugerir que a asserção seja evitada quando parecer arriscada, nós real-
mente incentivamos os indivíduos a considerar as conseqüências prováveis
de seus atos assertivos. Sob outras circunstâncias, o valor pessoal da as­
serção será contrabalançado pelo valor de evitar a resposta provável àque­
la asserção.
Pode ser útil rever um número de situações possíveis nas quais o
valor potencial da asserção é pesado em relação às conseqüências prová-
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veis. É nossa convicção que cada pessoa deve ser capaz de escolher por
si m esm a como agir. Se um indivíduo pode agir assertivam ente sob de­
term inadas condições, m as escolhe não agir, nosso objetivo é alcançado.
Se ele é incapaz de agir assertivam ente (quer dizer, não consegue escolher
por si próprio com o se com portar, m as é intim idado em sua não-asserti-
vidade ou compelido a ser agressivo), sua vida será governada p o r outros
e sua saúde m ental sofrerá.

REAÇÕES POTENCIAIS ADVERSAS


E m nossa experiência como facilitadores da asserção, descobrim os
que resultados negativos ocorrem em um núm ero m ínim o de casos. Cer­
tos indivíduos, porém , reagem de m odo desagradável quando enfrentam a
asserção de ou trem . Portanto, m esm o quando lida adequadam ente com a
asserção não deixando que ela seja agressiva ou não-assertiva em nenhum
grau, alguém pode às vezes ainda ver-se às voltas com situações incôm o­
das, tais como:
1. Revides — Dopois de você expressar-se assertivam ente, a ou tra pessoa
envolvida pode ficar zangada m as não declarará isto abertam ente. Por
exemplo, se outros “furam fila” e você exige seu lugar assertivam ente, a
o u tra pessoa pode resm ungar quando tiver de passar p ara o fim da linha.
Você pode ouvir coisas como: “Quem ele pensa que é?”, “Que vantagem !”,
“É o bom !” e assim por diante. E m nosso modo de pensar, a m elhor so­
lução é sim plesm ente ignorar esse com portam ento infantil. Se você repli­
car de algum modo, é provável que a situação se com plique, pois sua res­
posta reforçará o fato de que as palavras dela o atingiram .
2. Agressões — Neste caso a o u tra pessoa tom a-se abertam ente hostil a
você. Isso pode significar gritos, brados ou reações físicas como tapas,
m urros, em purrões. Novamente, o m elhor meio de lidar com isso é evitar
deixar essa condição dominá-lo. Você pode op tar por dizer o quanto la­
m enta tê-la deixado nervosa com seus atos, m as deve continuar firm e em
sua asserção. E ssa firm eza será especialm ente essencial se seu contato
com ela continuar no futuro. Se você voltar atrás em sua asserção, sim ­
plesm ente reforçará a reação negativa da p arte dela. Como resultado, da
próxim a vez que você agir assertivam ente com ela, a possibilidade de re­
ceber reações agressivas será alta.
3. Crises de T em peram ento — E m certas situações você pode ser asser­
tivo com alguém que esteja acostum ado a dom inar. Ele pode então rea­
gir à sua asserção ficando magoado, queixando-se da saúde, dizendo que
você não gosta dele, chorando e lamentando-se, m anipulando-o para que
você se sinta culpado.
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4. R eações Psicossom áticas — D oenças físicas verdadeiras podem ocorrer


em «ignns indivíduos, se você cortar um hábito arraigado. D ores abdo­
m inais, dores de cabeça, desm aios, são alguns dos sintom as possíveis.
Para continuar assertiva, a pessoa deve, porém , optar por ser firm e na
asserção, reconhecendo que o outro se ajustará às novas condições em
pouco tem po. V ocê deve tam bém ser coerente em sua asserção quando
quiser que a m esm a situação ocorra com este indivíduo. S e você é incoe­
rente na asserção de seu s direitos, a ouíra pessoa ficará confusa. E le ou
ela pode vir a sim plesm ente ignorar sua asserção.
5. D esculpas E xcessivas —* Em raras ocasiões, depois de você ter afir­
m ado seus direitos, o outro úndtvádno envolvido se tom ará m uito hum ilde
com você ou se desculpará dem ais. V ocê deve m ostrar-lhe que esse com
portam ento é dispensável. Se, em encontros posteriores, ele parecer te­
mê-lo ou estar excessivam ente respeitoso com você, iã o aproveite dele.
N ós sentim os que você pode ajudá-lo a ser assertivo, utilizando cs m éto­
dos que descrevem os.
6. Vinganças — S e você tiver uma relação prolongada com a pessoa com
a qual fo i assertivo, há chance de ela procurar se vingar. Prim eiram ente,
pode ser d ifícil entender suas intenções, m as com o correr do tem po seus
propósitos se tom arão evidentes. Quando você tiver certeza de que ela
planeja com plicar terrivelm ente sua vida, o m étodo indicado é enfrentá-la
diretam ente, pondo as cartas na m esa. Geralm ente isto é suficiente para
fazêiã parar suas táticas vingativas.

.OPTANDO PELA NÃO-ASSERÇÃO


Opção é a palavra chave no processo assertivo. Desde que você es­
teja realm ente convicto (com a certeza adquirida em encontros asserti­
vos anteriores bem sucedidos) d e que consegue ser assertivo, você pode
em dado m om ento decidir não querer ser assim . A seguir citarem os al­
gumas circunstâncias em que se pode optar pela não-asserção.
1. Indivíduos Extiexnam m te Sensíveis — Em certas ocasiões, a partir de
suas próprias observações você pode concluir que certa pessoa é incapaz
de aceitar m esm o as asserções m ais sim ples. Quando isso é óbvio, é m uito
m elhor se resignar e não arriscar nenhum a asserção. Em bora haja tipos
supersensíveis que usam sua aparente fraqueza para m anipular os outros,
todos tem os consciência de que há alguns indivíduos que se sentem tão
facilm ente am eaçados que a m enor discordância os faz explodir, ou inte­
riorm ente (e assim ferindo-se), ou exteríorm ente (e assim ferindo outros).
Você deveria evitar contatos com este tip o de pessoas o máximo possível,
m as se isto for inevitável, há respostas alternativas. Uma é aceitar essa
pessoa com o ela é e não causar atritos, se isso for possível. Se não, e ela
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não inferniza sua vida, você pode desejar a técnica de Lifem anship, téc­
nica de Wolpe (1969), que lhe permite livrar-se de outrem, usando a manipu­
lação da. vulnerabilidade dele.
2. Redundância — Uma vez ou outra a pessoa que desrespeitou seus di­
reitos notará que se excedeu antes que você tenha demonstrado sua asser­
ção. Ela então remediará a situação de modo apropriado. Obviamente,
você não deve esperar eternamemte até que ela faça isso. Além disso, você
não deve hesitar em ser assertivo, se ela falhar em se corrigir. Se, por
outro lado, você vê que a pessoa reconheceu a falta dela, você não deve
insistir na sua asserção.
3. Sendo Compreensivo — Uma vez ou outra você pode escolher não ser
assertivo porque nota que a pessoa está tendo dificuldades; as circunstân­
cias podem estar sendo adversas para ela. Em um restaurante, à noite,
depois de ter pedido certo prato, notamos que a cozinheira nova estava
tendo grandes dificuldades. Portanto, quando nossa refeição chegou, não
exatamente como havíamos pedido, escolhemos não ser assertivos em vez
de “complicar” ainda m ais. Outro exemplo é quando um conhecido seu
está em um dia ruim ou com um mau humor incomum. Nestes casos você
pode escolher “passar por cim a” de certas coisas que o incomodam, ou
adiar um confronto até um momento m ais produtivo. (Cuidado: E fácil
usar “não desejar magoar os sentimentos de outrem ” como racionaliza­
ção para a não-asserção, quando a asserção seria mais apropriada. Se você
se encontrar fazendo isso freqüentemente, sugerimos que examine cuida­
dosamente seus m otivos verdadeiros.)

QUANDO VOCÊ ESTA ERRADO


Principalmente em suas primeiras asserções, pode acontecer que você
seja assertivo em uma situação interpretada erroneamente. Além disso,
pode ser que você use uma técnica ainda imperfeita e ofenda a outra pes­
soa. Se quaisquer destas situações ocorrerem, você deve ter muito boa
vontade em admitir que errou. Não há necessidade de se justificar em
demasia, tentando remediar a situação naturalmente, mas você deve ser
aberto suficientemente para demonstrar que sabe quando cometeu um erro.
Mais ainda, você não deve ficar apreensivo com as asserções futuras em
relação àquela pessoa, se você sentir novamente que a situação exige isso.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES CASUAIS SOBRE


COMPORTAMENTO ASSERTIVO
Nós assumimos a responsabilidade desse livro com a consciência
constante das implicações morais e éticas do comportamento assertivo.
Os comentários seguintes são oferecidos somente em consideração a esses
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tem as, p ara estim ular o pensam ento próprio do leitor. Os tem as são
complexos e não tem os pretensão de ter chegado a conclusões definitivas
nem p ara nós m esm os.
À Tolstoi foi atribuída a observação de que os atos m orais são
distintos de todos os outros pelo fato de funcionarem independentem en­
te de qualquer vantagem p ara nós ou p ara os outros. E sta m áxim a pode
ser aplicada às nossas idéias sobre atos assertivos. A questão crucial é
“H averá ocasiões n a vida de todo hom em em que ele tenha que sacrificar
seus próprios valores p ara sobreviver?” . Analise, por exemplo, a situação
seguinte: Você está fazendo um curso que exige um período de três anos
de trabalho difícil. Além do tem po e do esforço, você está gastando todas
as suas econom ias e endividando-se no processo. Vamos supor que você
seja casado e tenha dois filhos pequenos. Seus estudos estão preparan­
do-o p ara ingressar em um a profissão com alta posição, excelentes salá­
rios, e m uitos benefícios extras. No fim de seu últim o ano o exame final
chega, e nele você tem que dem onstrar seu saber. A prim eira parte do
exame constará de três dias de provas escritas; a segunda, de três ho­
ras de exam e oral adm inistrado por um a ju n ta de três professores seus.
Assim que passa a fazer os testes, você é aprovado com n o ta alta
na prim eira p a rte do exam e. D urante a segunda parte, o exame oral, você
parece estar se saindo bem até determ inado m om ento, já perto do final.
Uma questão é form ulada pelo m em bro m ais poderoso e influente da
ju n ta sobre sua área de estudos preferida. E ssa área, no m om ento, é
bastante controvertida, desde que apenas recentem ente novos conhecim en­
tos foram adquiridos. E ste indivíduo está im buído da sua crença de que
novos *fconhecimentos não têm nenhum sentido, ofendendo-se com a p es­
soa que desafia suas opiniões e incom patibilizando-se com ela. Nos últi­
m os anos vários candidatos foram reprovados por ter opiniões diferen­
tes. Você estudou profundam ente estas novas descobertas e acredita fir­
m em ente que elas são relevantes, vitais e breve ultrapassarão os antigos
conceitos. Pergunta: Você deveria com prom eter seus valores e responder
do m odo que ele quer ouvir, ou deveria com prom eter seriam ente seu fu­
turo por não negar suas convicções e arriscar-se a ser reprovado?
Se alguém considera legítim o e necessário com prom eter seus valores
em ocasiões transitórias, esse indivíduo deveria comprom etê-los tam bém por
um período m aior de tem po? São de se esperar lapsos ocasionais, em nos­
sa opinião, m as sacrificar as convicções de um a pessoa durante m uito
tem po a convicções alheias não é o interesse últim o de ninguém , nem é
m oral.
Deve-se levar em consideração tam bém as o u tras pessoas. E a fa­
m ília do indivíduo, a esposa e filhos do caso acim a? Se este ato repre­
senta um a am eaça séria ao bem estar daqueles por quem sou responsá­
vel, eu ainda tenho direito de afirm ar m inhas convicções?
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Existem atos im orais positivos «gãm com o existem negativos? Eu


possuo certas inform ações sobre um assunto que está sendo discutido na
aula de Inglês as quais são desconhecidas e om itidas por todos. Será que
eu sou “m oralm ente não-assertivo” se eu decidir não bancar “o sabichão”
e portanto não dizer sobre m eu conhecim ento especial? A situação
m uda se a aula for de H istória? Psicologia? Auto-escola? Prim eiros so­
corros? Farm acologia? Cirurgia cardíaca?
Talvez o ponto chave seja saber se a asserção, que alguém se sente
na obrigação m oral de fazer, realm ente terá im portância. Pode ser me­
lhor para todos aceitar o foto d e que algum as coisas ficam m elhor do
jeito que estão. Rem bold N iebuhr talvez tenha expressado isto da m e­
lhor maneira: “D eus, dê-nos serenidade para aceitar aquilo que não pode
ser mudado, coragem p aia m udar o que deve ser mudado e sabedoria
para distinguir um do outro.*

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VII
Situações de Comportamento Assertivo
Quem assiste aquele que representa no pai*
co? Não sou eu mesmo?
Então qual é m eu verdadeiro eu, o ator ou
o espectador? Se você olhar com atenção, po­
de descobrir outra personagem que m erece
ser reconhecida com o tendo identidade pró­
pria: o diretor da peça, aquele que decide o
que fazer e com o fa zer...
J. Sam uel B ois, The Art of Awareness

Os exem plos seguintes descrevem situaçõès típicas nas quais o com ­


portam ento assertivo é eadgjdo, m as que frequentem ente causam dificul­
dade para os indivíduos não-assertivos ou agressivos. Cada situação é pri-
xneiramente apresentada, m as sem uma resposta da parte do “ator" prin­
cipal. R espostas alternativas são então descritas, entre as quais' o ator
pode escolher seu com portam ento na situação. Cada resposta pode ser
caracterizada no paradigm a “não assertiva-agressiva-assertiva".
Cada um a das situações apresentadas é destinada ao u so descrito
no capítulo IV: “O Desenvolvim ento do Comportamento A ssertivo”.321
1. Selecione um a situação apropriada às suas necessidades.
2 . Leia a descrição da situação, completando-a com detalhes, se
você; assim, o desejar.
3. Siga os passos de 3 a 6, utilizando as respostas alternativas su-
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geridas para a situação ou outras que possam lhe ocorrer.


4. Faça os exercícios de feedback e representação descritos nos
passos de 7 a 10.
5. Continue com os passos restantes do “Desenvolvimento do Com­
portam ento Assertivo” .
Os exemplos estão agrupados de acordo com vários tipos caracte­
rísticos de situações: pessoal-íntim a, de consum o, de em prego1, escolar e
social. E m cada caso som ente poucas situações são sugeridas, em bora o
núm ero de categorias e exemplos seja infinito como a vida. Além dessa
série de ilustrações representativas, alguém pode por iniciativa própria
aplicar o com portam ento assertivo a exemplos de sua própria vida.

SITUAÇÕES DE RELAÇÕES INTERPESSOAIS


Festinha Inform al
Sua filha de doze anos está dando um a festinha p ara cinco ami-
guinhas. Já passou das 2 da m anhã e as m eninas já deviam ter se re­
colhido p ara dorm ir, m as ainda continuam bem barulhentas.
R espostas Alternativas:
(a) Você se vira na cama, desejando que seu m arido se levante e diga
qualquer coisa às m eninas. Você faz m enção de se levantar, m as acaba
ficando deitada, tentando abstrair-se do barulho.
(b) Você pula da cama, ralha e briga com as garotas, especial m ente com
sua filha, por sua conduta im própria.
(c) Você conversa com as m eninas em um tom que elas sabem que é
p ara ser levado a sério, e lhes diz que já se divertiram suficientem ente
aquele dia. Você ressalta o fato de que precisa levantar cedo no dia se­
guinte e que todos precisam ir dorm ir.
A trasado p ara Jan tar
Seu m arido era esperado para jan tar assim que saísse do trabalho.
Ao invés disso ele chegou horas m ais tarde, explicando que saíra com al­
guns am igos p ara tom ar uns drinques. Ele está um pouco bêbado.
Respostas A lternativas:
(a) Você não diz o quanto ele foi descortês com você, m as sim plesm en­
te começa a prep arar algo p ara ele com er.
(b) Você grita ou chora, deixando claro que acha que ele é um bêbado
idiota, que não se im porta com seus sentim entos, é um péssim o exemplo
p ara as crianças, e pergunta o que os vizinhos vão pensar. Você lhe diz
que ele pode fazer seu próprio jan tar.
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(c) Você calm a e firm em ente lhe inform a que ele devia ter avisado
com antecedência que ia sair para tom ar uns drinques e que provavel­
m ente se atrasaria. Você lhe diz que seu jan tar frio está na cozinha.
Visitas de Parentes
Tia M argarete, com quem você não gosta de passar m uito tempo,
está ao telefone. Ela acahou de lhe contar seus planos de passar três
sem anas visitando-a, a com eçar da próxim a sem ana.
Respostas Alternativas:
(a) Você pensa “Oh, não!” m as diz “Nós adoraríamos que você viesse e
ficasse o tempo que quisesse!”
(b) Você diz que as crianças pegaram um resfriado terrível, a cam a de
hóspedes está com um a mola quebrada e no próxim o fim de sem ana você
vai visitar o prim o Bill — e nada disso é verdade.
(c) Você diz “Nós gostaríam os que você viesse no fim de semana, m as
sim plesm ente não podemos convidá-la para m ais tem po. Uma visita curta
é m elhor p ara todos, e nós vamos desejar nos ver novam ente m ais de­
pressa se m antiverm os essa visita breve” .
Depois da Meia-Noite
Seu filho adolescente, Eric, acabou de voltar de um a festa na es­
cola. São 3 horas da m anhã e você tem estado m uito ansiosa, preocupada, em
prim eiro lugar pelo bem estar dele, pois o esperava em casa à meia-noite.
Respostas Alternativas:
(a) Você vira p ara o canto e dorm e.
(b) Você grita: “Onde diabos você se m eteu? Você sabe quantas horas
são? Seu vagabundo egoísta, sem consideração, eu devia te fazer dorm ir
na rua!”
(c) Você diz: “E u tenho estado bastante preocupada com você, filho. Vo­
cê disse que estaria em casa à m eiamoite e há horas que estou na m aior
ansiedade. Você está bem? Você ♦ devia te r m e telefonado!”
SITUAÇÕES DE CONSUMO
Corte de Cabelo
Na barbearia, o barbeiro acabou de cortar seu cabelo e vira a ca­
deira p ara o espelho para que você possa inspecionar. Você acha que
os lados não estão suficientem ente aparados.
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R espostas A lternativas:
(a) Você balança a cabeçá assentindo e diz “E stá bom ” ou não diz nada.
fb ) Abruptamente você afirm a que ele devia ter feito um trabalho m elhor
e diz sarcasticam ente: “Você não tirou m uito dos lados, não é?”
(c) Você ressalta que gostaria dos lados m ais bem aparados e pede a
ele para fazer isso .
Troco a m enos
Quando você sai da loja, depois de ter com prado algo, você desco­
bre que lhe deram 2 cruzeiros a m enos de troco.
R espostas A lternativas:
(a) Parando por um m om ento você tenta decidir se 2 cruzeiros vsilem o
esforço. D epois de alguns m om entos você resolve que não e vai em bora.
(b ) V ocê tom a a entrar na loja, e chama a atenção do balconista, dizen­
do que acredita que ele lhe deu 2 cruzeiros a m enos de troco. No pro­
cesso de explicar você m ostra o troco que recebeu.
(c) Você corre de volta à loja e exige em voz alta que lhe sejam devol­
vidos os 2 cruzeiros, fazendo um com entário desairoso sobre “caixas que
não sabem som ar”.
Esperando na F ila
Você está de pé perto do caixa esperando para pagar sua com pra e
pegar o seu em brulho. Outros que chegaram depois de você estão sendo
atendidos prim eiro. Você já está cansado de esperar.
Respostas A lternativas:
(a) Ou você pega o artigo e o coloca de volta na prateleira ou aproxi­
ma-se m ais do caixa para ver se atrai sua atenção.
(b) Gritando que o serviço naquela loja é péssim o você atjrã sua com
pra no balcão e vai em bora.
(c) Em uma voz suficientem ente alta para ser ouvida, você ■ diz ao bal­
conista que você estava na frente de certas pessoas que já foram aten­
didas. Depois você lhe diz que gostaria de ser atendida im ediatam ente.

SITUAÇÕES NO EMPREGO
Trabalhar depois do Expediente
Você e seu cônjuge têm um com prom isso à noite, que foi planejado
há várias sem anas. H oje é o dia e vocês planejam sair im ediatam ente
após o trabalho. Durante o dia, contudo, seu supervisor lhe inform a que
gostaria que você ficasse até m ais tarde fazendo um trabalho extra.
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Respostas Alternativas:
(a) Você não diz nada sobre seus planos im portantes e sim plesm ente con­
corda em ficar até term inar o trabalho.
(b) Com um a voz alterada e nervosa você diz: “Não, eu não ficarei após
o expediente hoje!” E ntão você critica o p atrão por não te r planejado
m elhor o horário de trabalho. Você volta então a fazer o trabalho que
estava fazendo antes.
(c) Conversando com o supervisor em voz firm e, porém agradável, você
lhe conta seus planos im portantes e diz que não poderá ficar à noite
p ara fazer o trabalho extra.
Erro no Trabalho
Você com eteu um erro em algum aspecto de seu trabalho. Seu su­
pervisor o descobre e lhe diz m uito asperam ente que você não devia ter
sido tão desatencioso.
Respostas Alternativas:
(a) Você se desculpa em excesso, dizendo que sente m uito, que foi igno­
rante, que agiu como um tolo, e que nunca deixará que isso aconteça
outra vez.
(b) Você se irrita e diz que ele não tem nada que criticar seu trabalho.
(c) Você concorda que com eteu um erro, diz que sente m uito e que terá
m ais cuidado da próxim a vez. Você acrescenta que acha que ele está sen­
do um tan to severo e que você não vê necessidade disso.
Atrasado
Um de seus subordinados tem chegado atrasado constantem ente nos
últim os três ou quatro dias.
Respostas Alternativas:
(a) Você resm unga consigo mesm o e com os outros sobre a situação,
m as não diz nada p ara a pessoa, esperando que ela comece a chegar cedo.
(b) Você censura duram ente o funcionário, dizendo que ele não tem
direito de se aproveitar de você e que é m elhor que ele chegue pontual­
m ente ao trabalho senão você providenciará p ara que seja despedido.
Cc ) Aproximando-se do funcionário, você afirm a que observou que ele
tem chegado atrasado nos últim os dias e imagina se há um a explicação
para isso. Se ele não tiver um a desculpa plausível, você d irá com firm eza
que ele deve com eçar a chegar na hora. Se a desculpa for aceitável, você
ainda dirá que ele devia ter chegado a você e explicado a situação, em
lugar de ficar calado, deixando você “no a r ”.

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SITUAÇÕES NA ESCOLA
Professor Silencioso
Você está num a conferência de Física com trezentos alunos. O pro­
fessor fala baixinho e você sabe que m uitos outros estão tendo a m esm a
dificuldade que você está experim entando p ara ouvi-lo.
Respostas Alternativas:
(a) Você continua a lutar p ara ouvir; eventualm ente passa p ara outro
lugar, m ais à frente da sala, m as não diz nada sobre a voz fraca dele.
(b) Você grita: “Fale alto!”
(c) Você levanta a mão, atrai a atenção do professor e pergunta-lhe se
ele se im portaria de falar m ais alto.
Esclarecimentos
Na aula de Inglês, a professora está discorrendo sobre as contri­
buições das línguas clássicas ao Inglês m oderno. Você está confuso com
várias referências e acredita que ela tenha enunciado errado um con­
ceito im portante.
Respostas Alternativas:
(a) Você não diz nada, m as continua confuso com o conceito e procura
outra fonte na livraria, naquele m esm o dia.
(b) Você a interrom pe, dizendo-lhe que ela cometeu um erro e corrigin­
do-a com seu conhecim ento do assunto. Seu tom e palavras escolhidas o
fazem parecer um pouco sem graça.
(c) Você pede à professora que explique m ais o conceito, expressando
sua confusão e indicando a fonte de sua inform ação conflitante.
Valores M orais
Você é um dos onze alunos discutindo sexualidade hum ana em um
grupo de discussão de Psicologia. Os conceitos apoiados por três ou qua­
tro alunos m ais comunicativos são contrários ao seu código m oral pessoal.
Respostas Alternativas :
(a) Você ouve em silêncio, não discordando abertam ente dos outros m em ­
bros ou em itindo suas próprias opiniões.
(b) Você denuncia em voz alta as opiniões que foram expressas. A de­
fesa de seus próprios valores é intensa e você insiste que outros aceitem
seu ponto de vista como sendo o único correto.
(c) Você fala em defesa de suas opiniões, identificando-se com um a po­
sição aparentem ente im popular, m as não despreza os valores dos outros
do grupo.
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SITUAÇÕES SOCIAIS

Quebrando o Gelo
Num a festa onde você não conhece ninguém , com exceção do anfi­
trião, você quer circular e ficar conhecendo outras pessoas. Você se
aproxim a de três pessoas que conversam .

Respostas Alternativas:
(a) Você fica de pé perto delas m as não diz nada, esperando que elas
o notem .
(b) Você ouve o assunto que conversam , então interrom pe e afirm a que
discorda do ponto de vista de um deles.
(c) Você interrom pe a conversa e se apresenta.
(d) Você espera um a pausa na conversa e então se apresenta e pergun­
ta se pode juntar-se a eles.
M arcando um E ncontro
Você está interessado num encontro com um a pessoa do sexo opos­
to que você conheceu, e com quem conversou três ou quatro vezes re­
centem ente .

Respostas Alternativas:
(a) Você senta-se perto do telefone, im aginando o que dizer e o que
ele(a) responderá. V árias vezes você pega o telefone e, quando está quase
term inando de discar, desliga.
(b) Você telefona e, logo que seu(sua) aimigo(a) responde, você retruca
dizendo: “Oi, querido (a), vam os sair juntos este fim de sem ana". P are­
cendo estar surpreso(a), seu(sua) am igo(a) pergunta quem está falando.
(c) Você liga, e, quando seu(sua) am igo(a) responde, você lhe pergunta
pela escola, trabalho, etc. A resposta é “Vai bem, m as ando preocupa-
do(a) com um teste que vou fazer breve” . Seguindo a deixa, você con­
versa alguns m inutos sobre o teste. E ntão você diz que vai haver um es­
petáculo n a cidade sexta-feira, e você gostaria que fossem juntos.
Fum aça em seus Pulmões
Você está num a reunião pública num a grande sala. Um hom em en­
tra e senta perto de você, soltando fum aça entusiasticam ente de um gran­
de charuto. A fum aça incomoda-o m uito.
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Respostas Alternativas:
(a) Você agüenta a fumaça irritante em silêncio, resolvendo que a pes­
soa tem o direito de fumar se assim o desejar.
(b) Você fica muito zangado, exige que ele mude de lugar ou apague o
charuto e em voz alta apregoa os males e riscos para a saúde decorren­
tes do hábito de fumar.
(c) Você, firme, mas polidamente, pede-lhe que se prive de fumar por­
que isso o incomoda muitíssimo, ou sentarse era outra cadeira, se ele pre­
ferir continuar fumando.

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Segunda Parte

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VIII
Introdução à Segunda Parte
A nterior à publicação da prim eira edição de Comportamento Asser­
tivo, em 1970, som ente uns poucos textos sobre com portam ento assertivo
tinham aparecido n a literatu ra profissional. Os m ais relevantes desses e
de o u tro s trabalhos im portantes que surgiram desde essa data são cita­
dos no capítulo X III, n a "B ibliografia C om entada” .
É especialm ente correto reconhecer as contribuições à técnica do
treinam ento assertivo feitas p o r Andrew Salter e Joseph W olpe. Já em
1949, em Conditioned Reflex Therapy, Salter encorajava seus clientes e ou­
tras pessoas a ter um “com portam ento ativo” m ais eficaz. M ais tarde
Wolpe sistem atizou o treinam ento assertivo, tendo por base que a asser­
ção “inibia reciprocam ente” a ansiedade. Seu livro Psychotherapy by Re­
ciprocal Inhibition, publicado em 1953, apresenta um a linha geral concei­
tuai e dados experim entais que representam elem entos significativos dos
fundam entos da terapia assertiva.
Desde 1970 tem havido um aum ento constante de artigos em livros
e revistas relacionados com o com portam ento assertivo. E nquanto a m aior
parte do tem po de pesquisa era dedicado à dessensibilização e outras
técnicas p ara descondieionar a ansiedade, nos últim os anos os m étodos
de treinam ento assertivo tom aram seu devido lugar entre as técnicas te­
rapêuticas, e m uito justam ente.
Tem os observado que, em certos aspectos de suas vidas interpes­
soais, a m aioria dos clientes, é não-assertiva ou agressiva.

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IX

Preparo do Terapeuta
Terapias eficientes que reforçam as potencia­
lidades do controle dos clientes sobre seus
processos em ocionais são em m uitos aspectos
os m eios m ais hum anitários de m udança de
personalidade que já foram inventados. Eles
são geralm ente centrados no homem , dirigidos
p ara a criatividade e relevam ao máxim o a
realização do potencial hum ano.
Albert Ellis

D urante um a de nossas apresentações profissionais, um m em bro da


audiência perguntou: “Como os terapeutas aprendem a ser treinadores as­
sertivos?” Nós prom etem os incluir na edição seguinte de Com portam ento
Assertivo um a seção tratando do assunto.
Como fundam ento, deve ficar evidente que acreditam os que o te­
rapeuta deve ser ou tom ar-se pessoalm ente assertivo em sua própria
vida. Além disso, se o adágio “Um terapeuta deve fazer terapia” se apli­
ca ao facilitador do com portam ento assertivo, não deveriam os treinado­
res potenciais assertivos fazer eles próprios um treinam ento assertivo an­
tes de ter licença p ara praticar? (Nós podem os então m ontar oficinas ex­
clusivas e caras, dando certificados aos treinadores assertivos “qualifi­
cados” . . . )
Seriam ente, acham os que quatro passos chave são im portantes pa­
ra se to m ar um facilitador do treinam ento assertivo: 1) conhecim ento dos
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princípios básicos de aprendizagem ; 2) fam iliaridade com a literatu ra so­


b re treinam ento asseirtivo e áreas relacionadas; 3) p rática nos vários com­
ponentes do processo de facilitação assertiva tais como m étodos de m o­
delagem, treinam ento e representação de papéis; 4) envolvimento ativo em
asserção nas relações interpessoais do próprio facilitador.
Conhecimento dos Princípios Básicos da Aprendizagem: E m bora
este passo geralm ente seja realizado no treinam ento form al do terapeuta,
seria útil estudar um texto como o de B andura (1969), Principies of Be-
havior M bdification.
Fam iliaridade com a L iteratura: A bibliografia citada (capítulo X III)
e a literatura técnica restante na seção de referências devem ser usadas
como guia de estudo. i.x,vò-se tam bém ficar a p ar de m atérias relevantes
em jornais correntes e livros neste cam po. V ários cursos de treinam ento,
sem inários, institutos e program as de graduação sobre treinam ento asser­
tivo são oferecidos presentem ente e devem ser exam inados. Especialm ente
úteis em anunciar treinam entos m ais avançados disponíveis p ara profissio­
nais são: Journal of Behavior Therapy and Experim ental Psychiatry, n a se­
ção intitulada “T herapists in T raining”; Behavior Therapy, que contém a
coluna “News and N otes”; o M onitor, da Associação Americana de Psico­
logia, em sua coluna “N otes and News”, e o Guidepost, da Associação
Americana de O rientação e Pessoal.
Prática com Com ponentes: Realm ente, experim entar o alcance total
do processo assertivo em um a variedade de situações pessoais capacita o
facilitador a entender m ais com pletam ente o que o cliente experim enta.
Se um cliente está tendo dificuldades em expressar raiva m una situação,
você será um auxiliar m ais eficaz se você m esm o já experim entou a si­
tuação, através do com portam ento encoberto, modelando-a, representando-a,
dando-lhe form a e treinando-a. U m a form a de lidar com a situação é
trabalhar com um colega m em bro do grupo de trabalho ou com um clien­
te voluntário. Reúnam -se e revezem-se sendo o cliente e o terapeuta.
Ebcperimentem um a série de situações e técnicas. Equipam ento de video­
teipe pode ser valioso em seu processo de aprendizagem . Se disponíveis, al­
gum tipo de m ensuração fisiológica e recursos de feedback podem tam bém
fornecer d ad o s, interessantes. «.
Asserção Pessoal: Q ualquer um que se disponha a aum entar a asser­
ção dos outros deve ser ele próprio ativam ente assertivo. O conhecim en
to passivo do com portam ento assertivo, obtido com a leitura da prim ei­
ra p arte de Com portam ento Assertivo é som ente o princípio. E m nossas
vidas pessoais conhecem os m uito bem as situações nas quais estes p rin ­
cípios podem ser aplicados. Para nós este conhecim ento tem quatro van­
tagens: 1) m anter o “a r p u ro ” em nossa p ró p ria dinâm ica interpessoal;
2) aproveitar oportunidades verdadeiras de p raticar na “vida real”; 3)
acrescentar nossa própria experiência presente aos relatórios de nossos
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t
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clientes individuais e de grupo; 4) m inim izar nossa própria dissonância


cognitiva que pode resultar de “escrever o livro" sobre treinam ento asser­
tivo e m esm o assim não agir assertivam ente!
E xperim entando nós m esm os o grande potencial de controlar nossas
próprias vidas e com preendendo como isso é satisfatório, tornamo-nos m o­
delos e treinadores assertivos m ais convincentes. É estim ulante para nós
experim entar m udanças em nosso nível de asserção com a continuação
de nossa p rática e aprendizado.
Agora você deve estar se perguntando: “São esses sujeitos sem pre
os assertivos? Eles nunca experim entam o reverso da m edalha?" Não, nós
não somos sem pre os que se levantam pelos direitos, como será dem ons­
trado nos exemplos seguintes. REA, assistindo um a m aravilhosa produção
teatral e sendo bastante assertivo e entusiasm ado, começou a transm i­
tir seu entusiasm o em voz m uito alta à sua esposa. Conseqüentemente,
alguém atrás dele fez sua asserção pedindo-lhe que se calasse. 1VCLE estava
visitando a cantina do cam pus e inadvertidam ente entrou em um a fila
“furando-a” . Foi gratificante ver como as pessoas que foram desrespei­
tadas defenderam seu direito! Não é necessário dizer que nós, tam bém ,
aprendem os com estas experiências e com outras sim ilares.

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Diagnóstico do Comportamento Não-Assertivo,


Agressivo e Assertivo
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
O terapeuta que deseja facilitar a asserção deve prim eiram ente de­
tectar o m ais claram ente possível a natureza exata da dificuldade do in­
divíduo, a fim de decidir se o treinam ento assertivo é apropriado ou se
é mesmo necessário. Talvez o cliente precise de apoio até que um a crise
seja superada, e nesse caso seria precipitado com eçar o treinam ento asser­
tivo. Além disso, o indivíduo que é geralm ente não-assertivo pode ser tão
inibido e tímido que a sim ples menção de treinam ento assertivo pode
causar reações som áticas tais como dores estom acais ou fazê-lo corar.
O terapeuta deve ter um cuidado especial em não p ertu rb ar este tipo
de cliente. Em tais casos, podemos aplicar o W illoughby Schedule (Wolpc,
1958; H estand, 1971) e/o u o Fear Survey Schedule (Wolpe, 1969) e fre­
quentem ente acham os necessário para estes clientes experim entar dessen­
sibilização sistem ática ou outras m edidas terapêuticas para reduzir m edos
de crítica e/ou rejeição. Mesmo quando o treinam ento assertivo é inicia­
do, é m elhor com eçar com tratam ento individual do que em grupo.

Um indivíduo geralm ente agressivo pode tam bém ser um m au can­


didato p ara o treinam ento assertivo, até que ele tenha feito outros tipos
de terapia. Em bora suas ações tornem evidente que ele é capaz e cora­
joso. vemos que sob a superfície ele fica magoado facilm ente e que
aprendeu a não dem onstrar isso, pavoneando-se ou m anipulando. Por esta
razão este tipo especialm ente deve ser m antido afastado dos grupos nos
quais tende a dom inar os m em bros não-assertivos, até que a terapia o
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tenha ajudado a lidar menos defensiva e agressivam ente com sua própria
ansiedade.

MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO
O m étodo prim ário que em pregam os p ara diagnosticar a não-asserção
ou a agressão é sim plesm ente ouvir o indivíduo descrever suas relações
com os outros que são im portantes p ara ele em seu modo de vida. Pode-
se cuidadosam ente explorar com o indivíduo suas interações com (depen­
dendo de sua idade e modo de vida) pais, companheiros, colegas de tra ­
balho, cônjuge, filhos, patrões, em pregados, vendedores, vizinhos, p aren­
tes. P ara fazer a avaliação, pode-se perguntar quem dom ina nessas rela­
ções específicas: O indivíduo deixa que se aproveitem dele ao lidar com
os outros? Ele expressa seus sentim entos e idéias abertam ente na m aio­
ria das circunstâncias? Ele se aproveita dos outros e/o u os m agoa fre-
qüentem ente?
Além disso, Wolpe (1969) e Lazarus (1971) sugeriram questões que
são bastante úteis no processo de descobrir respostas que são sintom as
de inadequação do indivíduo (por exemplo: Você é capaz de contradizer
um a pessoa dom inadora?). Respostas a essas interrogações são um a pista
que pode ser facilm ente seguida p ara se explorar com pletam ente o com­
portam ento assertivo, agressivo ou não-assertivo. Lembre-se sem pre em
suas investigações de cobrir a área de asserções m uito pessoais (capítu­
lo V), além das tradicionais.

TESTES PADRONIZADOS
Nossa ênfase está em localizar exemplos com uns detalhados do p a­
drão de com portam ento do cliente. Por esta razão, se usarm os testes par
dronizados no processo de diagnóstico, prim eiram ente olham os os pontos
obtidos em escalas individuais os quais são então discutidos item por item
com o cliente, p ara descobrir exatam ente o que a resposta significou. O
processo oferece insights valiosos p ara o trabalho com o cliente e expe­
riência prática no processo de treinam ento.
Existe um farto m aterial disponível sobre testes padronizados. A
m aioria dos testes de personalidade têm escalas que podem ser úteis.
E n tre outras, podem-se citar com o exemplos: Omnibus Personality Inven­
to ry, the Edwards Personal Preference Schedule, Eysenck Personality In ­
vento ry e o Marlow-Crowne Social Desirability Scale.
T rês testes de auto-relatório são especialm ente indicados p ara uso no
treinam ento assertivo. McFall e Lillesand (1971) aconselharam o Conflict

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Resolution Inventory para m edir o com portam ento de rejeição. Bates e


Zim m erm an (1971) desenvolveram um a constriction scale para identificar
como as respostas dissim uladas de alguém podem im pedir sua asserção
bem sucedida. Itens de teste são auto-relatórios na form a de perguntas
contendo: a pessoa que fornece o estím ulo, a situação e as respostas do
tipo “sim ” ou “não” ou negativas do sujeito. O objetivo é detectar se o
indivíduo realm ente reagiu do modo descrito nas situações. R athus (1972)
tem um a escala de 30! itens nos quais os indivíduos respondem às afirm a­
ções como sendo características ou não de seu com portam ento real, usan­
do um a escala de seis pontos.

MEDIDAS COMPORTAMENTAIS AO VIVO


Especialm ente nos estudos experim entais, é desejável incorporar tes­
tes com portam entais ao vivo para determ inar o grau de dificuldade de um
indivíduo em relação à asserção. A avaliação pode ser baseada no auto-
relatório que se segue à situação, julgam entos abalizados da atuação, e
m edidas fisiológicas de ansiedade. Recursos audiovisuais e vídeo-teipe são
úteis p ara dar um a am ostragem do com portam ento do cliente em tais si­
tuações. Exem plos de aplicações de tais abordagens são dados em McFall
e M arston (1970), Friedm an (1971) e Eisler, M iller e H erson (no prelo).

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XI
Facilitação Terapêutica
PREPARAÇÃO DO CLIENTE
Na prim eira p arte tratam os dos elem entos básicos da motivação
assertiva. Supom os que o leitor profissional esteja com pletam ente fam ilia­
rizado com este m aterial, desde que o processo de preparação p ara a vida
assertiva é essencialm ente o mesm o p ara o facilitador e p ara o cliente.
Um fato r básico no processo de motivação é o conhecim ento perfeito da
diferença entre com portam ento assertivo, agressivo e não-assertivo. O fa­
cilitador deve certificar-se de que estas diferenças são bem com preendi­
das pelo indivíduo.
Quando o facilitador sente que o cliente está pronto, deve ajudá-lo
a iniciar o com portam ento assertivo. Alguns concordarão prontam ente em
ten tar a asserção sozinhos; estes são norm alm ente os situacionalm ente não-
assertivos ou situacionalm ente agressivos. Com os geralm ente não-asser­
tivos e os geralm ente agressivos, contudo, aconselha-se prudência; acha­
mos que é essencial contar com a assistência do terapeuta.
M esmo quando o cliente deseja iniciar a asserção sozinho sem
prática anterior, nós aprendem os a convencê-lo a fazer um teste prim eiro.
Geralm ente, as pessoas às quais perguntam os se precisam de um en­
saio, dizem que não é necessário. Ir além dessa confiança superficial e
induzir o cliente a ensaiar m esm o assim vai revelar as dificuldades
que ele ou ela pode encontrar. Do m esm o m edo, um a pessoa que está
em treinam ento e diz que tem sido m uito agressiva pode revelar na si­
tuação fictícia que tem estado apenas zangada e não agressiva. Nós to ­
dos tem os o direito de nos zangar, m as não de degradar o caráter de
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alguém no processo; a representação de papéis torna clara esta dife­


rença. A questão aqui é que m esm o que alguns indivíduos possam não
precisar de modelagem, representação, etc., é sensato que o facilitador
cheque prim eiro, fazendo o cliente dem onstrar.

FACILITAÇÃO INDIVIDUAL
A com preensão do processo passo a passo do treinam ento assertivo
será reforçada com o estudo dos seguintes exemplos práticos:
1. ° Passo Identificar a situação que carece de atenção
Exemplo:
CLIENTE: E ste rapaz telefonou-me duas vezes p ara convidar-me pa­
ra sair com ele e sim plesm ente não entendeu m inhas indiretas. E u não
quero magoá-lo contando-lhe a verdade; o que devo fazer quando ele
ligar o u tra vez?
2. ° Passo. Construir a cena. Trabalhe com o cliente p ara estrutu
ra r aproxim adam ente a situação potencial, a fim de apresentar a cena
encoberta acuradam ente e para estim ular os sentim entos que a pessoa
tem na situação real.
Exemplo:
FACILITADOR: Você resolveu que não gosta dele?
CLIENTE: Sim , ele é um a pessoa sim pática, m as nós sim plesm en­
te não tem os os m esm os interesses. Além disso, não sinto atração física
por ele. Porém não posso contar-lhe, ele ficaria arrasado.
3. ° Passo. Apressemtar a situação para a pessoa para ensaio encoberto.
Exemplo:
FACILITADOR: Tem certeza? Eti gostaria que você revisse a situação
em sua imaginação agora. Feche os olhos e imagine-se recebendo o próxi­
mo telefonem a. Perm ita-se reagir da m aneira que sentir, seja ela qual for.
CLIENTE: (E m silêncio, im agina a cena.)
4. ° Passo. Modelar uma resposta assertiva para a situação específica
Apresente modelos audiovisuais, se acessíveis. Você pode tam bém desejar
gravar em vídeo-teipe o m étodo usado nesta situação.
Exemplo:
FACILITADOR: Agora eu lhe m ostrarei um m odo de lidar com ele.
Faça de conta que eu sou você e você é ele. Telefone-me.
FACILITADOR: Alô, aqui é Y.
CLIENTE: Alô, é o X ... (conversa b a n a l)... Escuta, tem um
film e ótim o passando na cidade sexta-feira, e eu adoraria ir com você.
Ficare. m uito desapontado se você não puder ir.
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FACILITADOR: E stou m uito ocupada sexta, m as ando querendo fa­


lar com você sobre nós dois, X. E u acho que tenho lhe dado um a falsa
im pressão, e quero esclarecer as coisas. E u realm ente tenho m edo de
ofendê-lo m as não vejo nenhum fu turo p ara nosso relacionam ento.
CLIENTE: Por que? O que fiz de errado?
FACILITADOR: Absolutamente, você não fez nada errado. E u acho
que nossos interesses não são os mesm os, e eu realm ente não sinto m uita
atração por você.
CLIENTE: (P au sa.)
FACILITADOR: E spero que você não fique m uito decepcionado, m as eu
tinha que ser sincera com você, deste modo não vou magoá-lo m ais tarde.
CLIENTE: Bem, m esm o assim , eu apreciei seu gesto. Então, acho
que não devo lhe telefonar m ais.
FACILITADOR: Seria m elhor assim .
CLIENTE: Até logo.
FACILITADOR: Até logo.
CLIENTE: E se ele desligar no meio da conversa?
FACILITADOR: Se você for verdadeiram ente assertiva, é m uito pro­
vável que isso não ocorra; m as se ocorrer, é porque isso tinha mesmo
que acontecer.
5 ° Passo. Responder às perguntas que o cliente tiver sobre o
modo pelo qual você lidou com a situação. Aponte as diferenças entre
a resposta assertiva em oposição à não-assertiva e à agressiva. Enfatize
os fatores não-verbais se forem relevantes. D iscuta as implicações filo­
sóficas .
Exemplo:
CLIENTE: Não seria m elhor contar m entiras inofensivas como “te­
nho que lavar a cabeça”, de m odo que ele percebesse?
FACILITADOR: Você já tentou essas deixas e elas não funciona­
ram . M esmo se elas chegaram a funcionar, você está realm ente magoando
a ele e a si m esm a a longo prazo p o r não ser sincera com seus senti­
m entos .
6. ° Passo. Repita o 3.° Passo. Ensaio encoberto baseado no uso
que o cliente fará de u m modelo eficaz p ara lidar com a situação. In ­
centive o cliente a im aginar um resultado positivo.
7. ° Passo. Ensaie a cena novamente. D esta vez o cliente repre­
sentará a si m esm o. Grave ou film e em videoteipe, se possível.
8. ° Passo. Revise o desempenho. Ofereça feedback e orientação
quando necessário. Não esqueça o reforço positivo.
Exemplo:
FACILITADOR: Você fez um trabalho excelente. E u gostei da m a­
neira como você m anteve sua posição quando ele tentou persuadi-la a
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deixá-lo ligar p ara você novam ente. Sua voz estava um pouco m acia e algo
trêm ula. Vamos repetir e ten tar u sar um a voz m ais forte.
9. ° Passo. Repita do passo 4 até o 8 quantas Vezes forem neces­
sárias. Alterne as técnicas de m odelagem e representação oferecendo orien­
tação a fim de m oldar o com portam ento de um modo adequado.
10. ° Passo. A pessoa está agora pronta p ara testar os novos pa­
drões de resposta na situação real. Até este ponto a preparação teve lu­
gar em um am biente relativam ente seguro. No entanto, treino cuidadoso
e p rática constante desenvolveram um a reação quase “autom ática” à si­
tuação. O cliente deve ser, portanto, reassegurado, se necessário, e en­
corajado a agir ao vivo. Se ele ela não se dispõem a fazer isso, será
necessário ensaiar m ais vezes.
Exemplo:
FACILITADOR: Qual é a sua opinião a respeito de usar sua nova
atitude quando ele lhe telefonar novam ente?
CLIENTE: E u acho que estou pronta, e sei que ele vai ligar.
FACILITADOR: Bem, estou satisfeito com o seu m odo de tra ta r a
situação aqui, e portanto, eu tam bém acho que você está p ro n ta.
11-° Passo. O cliente deve ser encorajado a reto rn ar tão rápido
quanto possível à p rática ao vivo a fim de m anter o com portam ento.
O terapeuta deve recom pensar qualquer grau de sucesso que o cli­
ente experim entar e oferecer assistência contínua.
Exemplo:
FACILITADOR: Q uero que você faça um registro de como vão as
coisas; o que ele diz, o que você diz, seus sentim entos e assim por dian­
te. E ntão volte o m ais rápido possível depois de ter term inado; assim
nós poderem os rever como você agiu, ok?
CLIENTE: Ok.
O utras elaborações do passo 10 podem ser feitas a p artir daí.
Os esforços iniciais do cliente em ser assertivo devem ser escolhi­
dos pela sua alta probabilidade de sucesso a fim de fornecer reforço. E ste
ponto, é claro, é im portante p ara os iniciantes em treinam ento assertivo,
especialm ente p ara os que são geralm ente não-assertivos e geralm ente
agressivos. Q uanto m ais bem sucedida é um a pessoa em sua asserção,
m aior probabilidade ela tem de ser assertiva. Além disso, quando um
indivíduo relata ao facilitador um caso de asserção bem sucedido, ele
obtém um reforço extra. O facilitador deve na verdade ser m uito hábil
p ara fornecer reforço verbal p ara cada com portam ento assertivo bem su­
cedido.
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Inicialm ente o indivíduo deve com eçar com pequenas asserções que
têm alta probabilidade de ser bem sucedidas e recom pensadas e daí p artir
p ara asserções m ais difíceis. Realm ente cada passo deve ser explorado
com o facilitador até que o cliente seja capaz de ter o com pleto controle
da m aior parte das situações. Ele deve ser prevenido contra tentativas de
enfrentar um a asserção difícil sem um a preparação inicial. O facilitador
tam bém deve particularm ente tcrnar cuidado com a sugestão de um a
asserção onde o aprendiz provavelm ente pode fracassar, inibindo assim
as tentativas de futuras asserções.
Se o cliente falha, o que pode m uito bem acontecer, o facilitador
deve estar pronto p ara ajudá-lo a analisar a situação e ajudá-lo a readqui­
rir a autoconfiança. Especialm ente nos estágios iniciais de asserção, os
clientes estão propensos a erros ou de inadequação técnica ou de em pe­
nho excessivo, chegando à agressão. O utras falhas podem causar regres­
são no treinam ento, particularm ente se o outro indivíduo, o receptor, tor­
na-se hostil e altam ente agressivo. Desta form a o facilitador deve estar
preparado para servir de “pára-choque” p ara restabelecer a m otivação.
A m aioria dos clientes têm m ais que um problem a específico de as­
serção. No caso acima, por exemplo, a m enina deve ter dificuldade em
devolver artigos estragados para a loja, em exigir seus direitos com as
colegas de quarto, etc. O mesmo processo básico com variações deve ser
usado em cada situação. A individualidade do cliente deve sem pre ser
preservada. Facilitadores são encorajados a proporcionar um am biente
favorável à aprendizagem onde o cliente possa crescer em assertividade
e cuidadosam ente evitar im por norm as de com portam ento.
Perto do fim de um processo de treinam ento assertivo que pode
d u rar de algum as sem anas a alguns meses, costum a-se levantar um a im ­
portante série de fatores p ara o futuro. Prim eiro é a necessidade de um a
prática contínua de situações da vida real. Alertamos para a conveniên­
cia de o cliente fazer esforços conscientes em praticar por um período
de seis m eses depois de term inar o treinam ento e de encorajá-lo a reler
este l.Vro. sem pre que sentir necessidade, p ara proporcionar m otivação
contínua e reforço p ara em preendim entos assertivos.
Finalm ente um fato r im portante p ara se estabelecer um padrão de
com portam ento independente e duradouro do modelo com portam ental é
ajudar o cliente a entender a necessidade de um a continuidade do auto-
reforço. É necessário p ara o cliente receber reforços do meio am biente
social im ediato, a fim de m anter o com portam ento assertivo recém-adqui-
rido. Sem o reforço regular do facilitador, o ex-cliente precisa receber
reforços pela assertividade de outras fontes de situações norm ais de sua
v id a.

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FACILITAÇÃO EM GRUPO
Quando a prim eira edição de Com portam ento Assertivo foi publica­
da, poucos trabalhos tinham sido feitos sobre treinam ento assertivo em
grupo. Desde aí tem os visto o treinam ento assertivo em grupo como o
“tratam ento escolhido” por m uitas pessoas não assertivas e agressivas. O
processo de desenvolvimento do com portam ento assertivo pode ser efi­
cientem ente aplicado em um a situação de grupo. Com m uitos treinandos.
este m étodo é m ais eficaz que a terapia individual, devido ao seu am plo
potencial de interação com outras pessoas durante o processo de treina­
m ento.
Inúm eras vantagens específicas provêm de um pequeno grupo. A
pessoa não-assertiva ou agressiva, como tem os dem onstrado, encontra
grande ansiedade em certas situações de vida, quando se confronta com
outras pessoas, a fim de ser assertiva. A aprendizagem da assertividade
em grupo proporciona um “laboratório” de outras pessoas com quem se
trab alh a. Descobrindo que elas com partilham problem as sim ilares, cada
um a se sente à vontade, menos sozinha. Um grupo é tipicam ente com­
preensivo e oferece apoio — um am biente social no qual cada indivíduo
pode ser aceito como ele é, e ainda estar bastante à vontade p ara expe­
rim entar novos com portam entos.
Com m uitos indivíduos se subm etendo ao treino assertivo juntos,
há um a base am pla p ara um a m odelagem social. Cada um, treinando, vê
outro agindo assertivam ente, e cada um é capaz de aprender das forças e
fraquezas dos outros.
Um grupo proporciona perspectivas m ais diversificadas de feedback
do que pode conseguir um facilitador individual. As reações ouvidas de
diversas pessoas podem acelerar o processo de m odelagem do com porta­
m ento p ara cada treinam ento. Situações sociais que envolvem diversas
pessoas são fonte frequente de ansiedade, tanto p ara pessoas agressivas
quanto não-assertivas. Q trabalho em grupo dá um a oportunidade realís­
tica para enfrentar diversas pessoas e vencer as dificuldades num am ­
biente de treinam ento relativam ente seguro.
O grupo é, de fato, fonte poderosa de reforço social para cada um
de seus m em bros. Sabendo que m uitas outras pessoas estão “esperando”
seu crescim ento e esforço ativo p ara conseguir assertividade, cada m em ­
bro é estim ulado a um m aior desenvolvimento do que se estivesse exclu­
sivam ente sozinho. E, desta form a, o grupo recom pensa novas asserções
com todas as forças da sua aprovação social.
No uso de pequenos grupos de treinam ento assertivo, é im portante re­
conhecer que alguns treinandos são tão ansiosos sobre seus contatos inter­
pessoais que podem ser incapazes de enfrentar um grupo congênere com
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problem as sim ilares. Em tais casos, o trabalho individual é essencial,


pelo m enos até o treinando se sentir capaz de introduzir-se no grupo.
Obviam ente o trabalho em grupo não é indicado em todos os casos, e o
facilitador que trabalha com ambos, grupos e clientes individuais, consi­
derará as necessidades e capacidades de cada pessoa, ao sugerir um a ou
am bas as técnicas.
A preparação de um grupo p ara trabalhar eficazm ente junto depen­
derá sobretudo da situação institucional, da habilidade e atitudes do fa-
ciltador e da presteza dos m em bros do grupo em responderem aberta e
honestam ente um ao outro. A discussão do processo de interação pessoal
em grupos vai além dos objetivos deste livro; por isso, para o leitor in­
teressado, citam os o excelente trabalho de Yalom (1S70) e H outs e Serber
(1972). Eim nossa experiência com grupos de treinam ento assertivo, nota­
m os que a atm osfera de confiança e interesse de m em bros do grupo um
com o outro se desenvolve além do processo de treinam ento e que o cres­
cim ento de objetivos com uns proporcionará a coesão necessária p ara o
desenvolvim ento de um trabalho efetivo de grupo. O facilitador, agindo
como modelo e guia, determ ina o clim a e, pelo seu exemplo, incentiva
confiança, apoio e consideração positiva p ara cada m em bro do grupo.

A MONTAGEM DO GRUPO DE TREINAMENTO ASSERTIVO


Nosso grupo de treinam ento típico tem de cinco a doze m em bros
Um núm ero m enor que cinco restringe o potencial da modelagem social,
lim ita as fontes de íeedback e falha em prover os vários tipos de com­
portam ento que cada treinando necessita p ara observar à m edida que
tenta novos com portam entos assertivos. Preferim os, quando possível, equi­
librar o núm ero de hom ens e m ulheres em nossos grupos, desde que as
relações com o sexo oposto são um a freqüente fonte de ansiedade para
nossos clientes não-assertivos e agressivos. Um grupo com núm ero igual
de cada sexo tem aum entada a oportunidade de ajudar seus m em bros a
lidar efetivam ente com as situações sociais que envolvem o sexo oposto.
Como trabalham os no centro de aconselham ento de um a universida­
de, nossos grupos são norm alm ente planejados para coincidirem com o
período acadêm ico. Nós nos reunim os um a hora duas vezes por sem ana,
durante oito ou nove sem anas, num total de dezesseis a dezoito horas.
Recentem ente experim entam os duas alternativas deste método: conduzimos
um grupo por cinco ou seis sem anas (dez ou doze sessões de um a hora).
E ntão suspendem os os encontros por aproxim adam ente três sem anas, re ­
encontrando-nos até o fim do período letivo para acom panham ento. E ste
m étodo parece ter tanto sucesso quanto nossos grupos m ais dem orados.
Os conceitos básicos de asserção podem ser facilm ente apreendidos e p ra­
ticados neste pequeno período de tem po. A motivação tende a perm ane-
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cer alta, tanto p ara facilitador quanto para m em bros. A freqüência é p ra­
ticam ente 100%. A interrupção dá aos m em bros tem po p ara identificar
algum obstáculo m aior que possa exigir m ais atenção. Se necessário, m ais
trabalho individual com asserção pode ser organizado. E m casos espe­
ciais, as m edidas terapêuticas adicionais podem ser necessárias. Temos
trabalhado tam bém com esquem a de duas horas por sem ana. E ste esque­
m a tem a vantagem de um a sessão m ais longa e freqüentem ente m ais in­
tensiva, m as o longo intervalo entre as sessões parece resultar num a sig-
nifícante perda no processo de m odelagem do com portam ento. Seria ideal
talvez um a hora ou um a hora e meia, duas vezes por semana, para atin­
gir m elhor os objetivos do grupo de com portam ento assertivo (contudo,
não tem os dados experim entais controlados que suportem essa conclusão).
Grupos liderados por cofacilitadores são, de acordo com nossa expe­
riência, am bientes m ais eficazes p ara o crescim ento do cliente do que
grupos liderados por facilitadores individuais. Tanto pelas auto-referências
quanto pela observação do facilitador, o atrito é m ais baixo, o entusiasm o
é m ais alto e o crescim ento é m aior. Cofacilitadores são m ais efetivos
quando são abertos e honestos entre si e com m em bros do grupo; pos­
suem habilidades com plem entares e dom inam técnicas de facilitação e são
francam ente entusiasm ados com o treino assertivo. Além disso, em bora
tenham os sido sem pre m ais eficazes em grupos assertivos quando trab a­
lhando juntos, recom endam os um a equipe de cofacilitadores dos dois se­
xos. Modelos efetivos de asserção p ara cada sexo são recursos valiosos
p ara grupos de com portam ento assertivo.

/ O PROCESSO DO TREINAMENTO ASSERTIVO EM GRUPO


A prim eira sessão de nossos grupos de treinam ento é dedicada à
apresentação didática do com portam ento assertivo, seguida pela apresen­
tação rotineira dos m em bros do grupo.
Abrindo a sessão com o tem a de fundo, versando sobre o que será
o grupo, usam os o paradigm a descrito no capítulo II. Cham am os a aten­
ção para o círculo com portam ento-atitude (capítulo IV) e m ostram os a
im portância da prática com apoio e reforço do grupo. Os m em bros são
avisados de que o treinam ento assertivo não é um a panacéia, e que eles
não vão descobrir m udanças m iraculosas de um a hora para outra. In fo r­
mamos-lhes tam bém que o fracasso ocasional deve ser esperado, m as que
não vai im pedir o progresso a longo prazo.
Damos vários exemplos típicos p ara ilustrar nossa convicção de que
a assertividade é um caminho m elhor do que as outras duas alternativas.
Depois, indicam os como o grupo será estruturado, esquem atizando os exer­
cícios de que cada um irá participar. Nós pedim os que os m em bros fa-
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çam um a descrição de seus progressos, enfatizando exemplos detalhados


e específicos. Para resum ir, dam os um a palavra básica de estím ulo sobre
como se to m ar com pletam ente envolvido na m udança, a necessidade de
correr risco, e o progresso que outros têm feito. Do começo ao fim , enco­
rajam os os participantes a fazer perguntas, em bora sabendo que é fre­
quentem ente m uito difícil conseguir que um grupo de pessoas prim aria­
m ente não-assertivas faça perguntas. Neste m om ento, pedim os a cada
m em bro que anote com portam entos específicos, dentro do nosso esque­
m a não-assertivo-agressivo-assertivo, que eles desejam m udar.
Depois dessas prelim inares, um de nós (o m ais assertivo) diz que
é hora de circularm os entre o grupo e nos apresentarm os. Mesmo esse
exercício inicial é tratad o como um a dem onstração do processo de facili-
tação a ser usado no grupo. O facilitador pede aos m em bros para fecha­
rem os olhos e visualizar a si m esm os, realizando a tarefa acim a. Quan­
do todos tiverem term inado, ele então modela sua p rópria apresentação,
enfatizando seu background pessoal e suas razões p ara estar envolvido
num grupo assertivo. O passo encoberto é então repetido, depois do qual
com eçam os a tra ta r da auto-apresentação, incluindo o terapeuta assis
tente. Finalm ente, discutim os o que aconteceu, dando nossas im pressões
sobre como o exercício se desenrolou e m ostrando que este será o mé­
todo de operação p ara este grupo (com portam ento encoberto, m odela­
gem, ensaio de com portam ento).
O procedim ento estabelecido na prim eira reunião d o grupo com os
exercícios de apresentação é seguido através de toda a vida do grupo de
treinam ento assertivo: a situação é colocada; pede-se a.os m em bros p ara
fantasiar suas respostas individuais a ela; um modelo (frequentem ente,
m as nem sem pre o facilitador) representa a cena; o grupo discute p o r
pouco tem po o com portam ento do modelo; um a nova resposta encoberta
é requisitada; m em bros individuais representam e reeebem feedback. As­
sim , os três m aiores com ponentes facilitadores do treinam ento assertivo
(com portam ento encoberto, m odelagem e ensaio do com portam ento), são
inseridos no processo de facilitação do grupo p o r situação encoberta se­
p arada .
Seguindo este padrão, as prim eiras sem anas iniciais de reuniões do
grupo são estru tu rad as de m odo que cada m em bro participe de vários
exercícios fundam entais:
1) Chegar de repente em um pequeno grupo de estranhos que já estão
entrosados e conversando em um a festa.
2) Começar a conversar com um estranho na sala de aula, no ônibus,
em um a reunião; m anter a conversa.
3) Devolver artigos defeituosos ou errados a um a loja.
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4) Fazer asserções com indivíduos significativos: pais, colegas de quarto,


cônjuges, nam orados.
5) Pedir a alguém que abaixe o volum e do estéreo que está alto dem ais,
ou que não converse m uito alto na biblioteca, teatro, etc.
6) Convidar alguém p ara sair por interesse am oroso, recusar um encon­
tro (ao telefone ou pessoalm ente).
7) Sentim entos positivos; auto-asserções.
8) Falar em público.
9) A prender como argum entar ou afirm ar-se com um a pessoa dom ina­
dora ou de opiniões dogm áticas.
Nós operam os com flexibilidade considerável e podem os largar cer­
ta situação ou acrescentar outras, de acordo com as necessidades apa­
rentes de determ inado grupo.
Depois que cada m em bro do grupo com pletou os exercícios bási­
cos, nós os incentivam os a trazer ao grupo situações da vida real que os
estão perturbando. E m bora a ninguém seja negada a oportunidade de
apresentar um a situação pessoal anteriorm ente no processo do grupo,
nós descobrim os que a m aioria dos participantes, como acontece nas for­
m as m ais tradicionais de terapia de grupo, fica relutante em expor tanto
de si m esm os tão cedo na vida do grupo. Portanto, geralm ente vale m ais
a pena estru tu rar as prim eiras reuniões e passar p ara atividades que de­
pendam da iniciativa dos m em bros depois que o processo de facilitação
esteja com pletam ente estabelecido e os participantes já estejam confian­
do m ais uns nos outros. Neste ponto as situações individuais apresenta­
das no grupo freqüentem ente se relacionam com relações íntim as: O que
posso fazer p ara que m eu pai p are de brigar comigo o tem po todo? Co­
mo dizer a m eu nam orado que eu realm ente não o amo? Meu colega de
quarto tem um norrível cheiro de suor! Meu patrão fica constantem ente
dizendo gracinhas a m eu respeito. E u grito com m inha m ulher e filhos
todo dia quando chego do m eu trabalho. Ninguém m e d á atenção.
Tais situações referem -se m uito de p erto ao lar. nafeuralmente, e são
m ais suscetíveis e difíceis de lidar do que as do tipo “balconista da loja“,
desde que envolvem relações contínuas com um grande investim ento em o­
cional. Sensibilidade, paciência e atenção cuidadosa aos princípios da as­
serção — e consideração sobre as conseqiiências — são obrigatórias aqui,
e o facilitador é avisado dos perigos das soluções p ro n tas p ara resolver
problem as individuais únicos. Sob estas condições outros m em bros de
um grupo sensível e atencioso são geralm ente o recurso m ais valioso do
terapeuta. Em qualquer caso, ensaios de abordagem em relação a pessoas
significativas são geralm ente altam ente com pensadoras, nem que seja só
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p ara o indivíduo obter um a com preensão m ais profunda de seus próprios


sentim entos em relação à p essoa/situ ação . É raro o grupo que não ofe­
rece apoio e atenção em situações delicadas.
Prática em expressar carinho por outrem é, naturalm ente, um obje­
tivo im portante de um grupo de treinam ento assertivo (capítulo V ).
Quando nosso grupo de com portam ento assertivo se aproxim a do
fim do treinam ento, dam os assistência a cada m em bro com o intuito de
sensibilizá-lo p ara as fontes de reforço constante em seu am biente indi­
vidual. O grupo foi um im portante centro de apoio p ara o desenvolvi­
m ento da asserção de cada m em bro. Agora, contudo, cada um deve res­
ponsabilizar-se em identificar e expandir as fontes de apoio dentro do
seu próprio “eco-sistem a” .
O encontro final de nosso grupo de treinam ento de com portam ento
assertivo é geralm ente dedicado a um a experiência de fortalecim ento emo­
cional m uito positiva, desenvolvida pelo psicólogo H erbert Otto: “Strength
B om bardm ent”. A cada m em bro do grupo é dado um m inuto p ara falar de
si mesm o som ente em term os positivos — sem adjetivos, sem críticas, sem
“poréns” . Logo após, o resto do grupo dá a esse indivíduo dois m inutos
adicionais de feedback positivo. O tem po pode v ariar de acordo com as
necessidades do grupo, m as prudência é fundam ental: não dê m argem pa­
ra silêncio constrangedor — e doloroso. A pessoa que m arca o tem po po­
de ser flexível, m as a questão essencial é que esta seja um a experiência
positiva p ara cada m em bro do grupo. O facilitador precisa estar atento
e preparado p ara preencher qualquer falha na porção de feedback para
o m enos “am ado” m em bro do grupo, e p ara incentivar o principiante he­
sitante. m odesto dem ais. Sugerim os enfaticam ente que o facilitador seja
o prim eiro a falar neste exercício, como m odelo de auto asserção e para
dem onstrar afirm ações positivas apropriadas que podem ser feitas pelo
indivíduo em relação a si m esm o.

MAIS ALGUMAS PALAVRAS SOBRE GRUPOS ASSERTIVOS


Descrevem os aqui, com detalhes consideráveis, um a visão da facili-
tação assertiva em grupo que tem funcionado bem conosco há alguns
anos. Nosso estilo tem se modificado, naturalm ente, pois tem os desco­
berto meios novos e m elhores de alcançar os objetivos dos participantes
de nosso grupo. Contudo, não tem os ilusões de que haja som ente um
meio tíe conduzir eficazm ente grupos de treinam ento assertivo. Sabemos
que m uitos dos nossos colegas acham outros m étodos m ais apropriados
em seu próprio grupo de trabalho, alguns com m ais estrutura, outros com
menos, alguns m ais rigorosos na aplicação dos princípios de aprendiza­
gem, outros com um toque hum anístico existencial m aior.
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E m bora não discutam os estas e outras abordagens sobre o desen­


volvim ento do com portam ento assertivo, nós continuam os convictos de
que a aplicação dos princípios dem onstrados neste livro fará com que os
clientes alcancem seus objetivos com iportam entais. E isso, p ara nós, é o
derradeiro critério .

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XII

Aplicações do Treinamento Assertivo

Sugerixnos anteriorm ente que o processo descrito aqui tem aplica­


ção em um a série de atividades hum anas. E m bora a m aioria dos indiví­
duos sejam por si próprios m ais capazes de identificar a utilidade destas
técnicas em suas próprias situações, este capítulo fornece um a aborda­
gem organizada ao estabelecer várias etapas do processo de desenvolvi­
m ento do com portam ento assertivo.
A m aioria dos exemplos que citam os aqui foram tirados da experiência
dos autores, amigos, colegas e alunos, ou da literatura especializada. Ou­
tro s sem dúvida ocorrerão ao profissional em seu próprio am biente. Por­
tanto, em bora um a tentativa tenha sido feita para arran jar estes exem­
plos de acordo com um a variedade de am bientes 'escolares, profissionais
e com unitários, recomenda-se que cada leitor reveja a lista inteira.

APLICAÇÕES NA ESCOLA SECUNDÁRIA E NA UNIVERSIDADE


Professores: O professor freqüentem ente se deparará com alunos
que são não-assertivos ou agressivos, especialm ente no que diz respeito ao
com portam ento deles na sala de aula. O treinam ento assertivo tem se
m ostrado altam ente com pensador para alunos que desejam ser m ais ca­
pazes de form ular perguntas na sala, fazer apresentações e relatórios, res­
ponder às perguntas dos professores e participar de discussões em gru­
po. Do m esm o modo, o treinam ento assertivo é indicado p ara ajudar alu­
nos que parecem petulantes dem ais ao fazer perguntas, expressar opi­
niões, etc., e assim por diante.
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Técnicos: Todo técnico em atletism o, música, teatro ou grupos de


debates, trabalha com alunos de potencial considerável, que não se dis­
põem a ten tar novos com portam entos ou apresentar-se individualm ente
(por exemplo, carregar a bola, solo), ou, ao contrário, ser “parte do ti­
m e” . P ara o aluno relutante que “desejaria ser capaz” de atingir seu po­
tencial nessas áreas, sugerim os treinam ento assertivo na área que deseja
desenvolver. (Aliás, os princípios de form ação do com portam ento têm si­
do aplicados com êxito neste cam po há anos.) O indivíduo agressivo po­
de aprender com o técnico a conter-se quando estiver saindo da linha
geralm ente aceita. H á grande potencialidade em qualquer indivíduo que
possui todas as necessárias qualidades, m as cuja alta agressividade atrapalha
suas realizações. Se o técnico conseguir canalizar estas habilidades atra­
vés do incentivo à asserção, os indivíduos e o tim e serão beneficiados
O rientadores Educacionais: O profissional em saúde m ental pron­
tam ente reconhecerá as potencialidades do treinam ento assertivo para os
clientes que dem onstram relacionam ento social falho, autoconfiança in­
suficiente, desinteresse escolar, incapacidade de suportar pressões de pais,
professores e colegas. O indivíduo indeciso que deseja m elhorar sua ca­
pacidade de tom ar decisões, o solitário que não possui nem o m anejo
social rudim entar, o estudante que tem e abordar o professor p ara fazer
perguntas legítim as sobre o assunto que está sendo estudado, o aluno
que se expressa vivam ente m as não dá oportunidade a outros, a pessoa
que tom ou um a decisão bem pensada m as não tem coragem de enfren­
ta r os pais ■— todos esses indivíduos e m uitos outros precisam aprender
como expressar-se sem incômodos do modo que desejarem e o treina­
m ento assertivo pode ajudar.
Junta de Assistência ao U niversitário: Os indivíduos que trabalham
em centros residenciais universitários, program as de atividades de diretó­
rios acadêmicos, centros de saúde universitários, escritórios de colocação e
seleção, program as educativos especiais, planos de crédito educativo, servi­
ços religiosos no cam pus e escritórios de diretor, têm amplo contato com
universitários em seu próprio local de atuação. O orientador residente sen­
sível conhece o estudante em seu alojam ento que não pode abordar seu
colega de quarto pedindo que este o alivie do volum e irracional do seu
estéreo. Um líder estudantil em potencial que não tem confiança em sua
habilidade de conduzir sua cam panha de candidato ao Diretório Acadê­
mico será reconhecido pelos m em bros do pessoal que trabalha com orga­
nizações estudantis. Os médicos reconhecem a erupção em um estudante
tím ido como sendo um sintom a de sua ansiedade em apresentar um tra ­
balho na sala de aula no dia seguinte. O pessoal que trabalha com coloca­
ção consegue identificar com segurança o estudante que sofrerá na en­
trevista próxim a p ara um emprego, por não saber agir nessa situação
nova e am eaçadora. Do m esm o modo, todo este pessoal cujo trabalho
visa o desenvolvimento integral do estudante universitário conhece m uito
bem o indivíduo que parece ofender os outros por ser muito ríspido, não

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m edir as palavras, ou se exceder física ou verbalm ente. Por ser a for­


mação do com portam ento assertivo sistem ática e direta, estes profissio­
nais podem dar ajuda direta no pc-nto exato em que o estudante apresen­
ta problem as. H á vantagens óbvias na ajuda que é oferecida por um a
pessoa conhecida, sem dem ora ou com um a dem ora m ínim a, e sem ne­
cessidade de p rocurar outras fontes e estabelecer um relacionam ento com
um a pessoa nova e desconhecida.

APLICAÇÕES PROFISSIONAIS
T erapeutas: Ansiedade interpessoal é um sintom a com um em pessoas
com dificuldades em ocionais. O treinam ento assertivo pode ser um fato r
vital para reduzir essa ansiedade. Os princípios básicos que propusem os
na prim eira p arte aplicam se, independentem ente da am bientação, tanto
no trabalho correcional, prática terapêutica individual, clínica de recupe­
ração de alcoólatras ou dependentes de drogas, etc. Portanto, as pessoas
que não possuem sentim entos de auto-estim a podem ser ajudadas através
da facilitação do seu próprio desenvolvimento do com portam ento típico
de pessoa que tem valor (fazer suas próprias escolhas, defender seus di­
reitos com êxito, m as sem agressividade). Achamos que a m udança de
atitude e sentim entos é frequentem ente um resultado — m ais do que um a
causa — do com portam ento modificado.
Logopedistas: Adultos gagos responderam bem ao treinam ento assertivo
dos logopedistas ligados à várias técnicas de terapia da fala. Os gagos geral­
m ente têm um a longa história de não-fluência que começa na escola p ri­
m ária. Sintom aticam ente, eles têm sentido a pressão das preocupações dos
pais e professores, tendo sido colocados em turm as de educação especial
para terapia, e alvo das brincadeiras de seus com panheiros. E nquanto o
tem po passa eles aprendem m uito bem a não se expor a situações rias
quais a atenção esteja voltada p ara sua fala, Fundam entalm ente, estes in­
divíduos aprendem a não exigir m uito dos outros até a exclusão de seus
próprios direitos. Frcqüentem ente eles acreditam que não são tão bons
quanto òs outros e portanto não têm direito de ser assertivos. Por causa
de seu tem or a situações interpessoais, eles podem se beneficiar do trei­
nam ento assertivo p ara ultrapassar ou dim inuir a ansiedade. Atos asser­
tivos tais como usar o telefone, conversar com vendedores, fazer pergun­
tas, aprender a discordar, a dizer não, e assim por diante, podem ser p ra­
ticados com êxito. Portanto, o padrão longam ente estabelecido de auto-
negação e falta de espontaneidade pode ser alterado significativam ente.
Assistentes Sociais: O alvo do program a de bem estar social é geral­
m ente um m em bro de um grupo m inoritário, que vive num a habitação
abaixo dos padrões norm ais, na merios "desejável” área da com unidade.
103

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Além do modo tipicam ente sub-hum ano pelo qual são tratados frequente­
m ente, os m em bros de m inorias em nossa sociedade, o beneficiado tem
sido obrigado a sofrer as indignidades do sistem a de bem -estar social. O
treinam ento assertivo oferece grandes possibilidades p ara este indivíduo
desfavorecido. Ajudá-lo a aum entar seu auto-respeito, ensinando-llie m o­
dos m ais adequados de com portam ento relacionados com a obtenção de
seus direitos, ajudando a desenvolver um a liderança eficaz na com unida­
de, dando orientação sobre m étodos de tra ta r com com erciantes, asse­
gurando um tratam ento justo, sem negação de si mesm o e sem atos agres­
sivos — são todas as aplicações possíveis do treinam ento assertivo pelo
assistente social. Adicionalmente, o uso freqüente do trabalho de grupo
oferece ou traz oportunidades p ara o desenvolvimento do com portam ento
assertivo neste cam po.
Técnicos em Seleção e Reabilitação: Os esforços para colocar pes­
soas em em pregos produtivos e com pensadores são grandem ente facilita­
dos pela capacidade do cliente p ara dem onstrar autoconfiança e p ara co-
m unicar-se eficazm ente com entrevistadores e em pregadores. M uitas vezes
um sim ples treino de com portam ento em entrevistas oferece a um cliente
m aterial e confiança necessários p ara obter um a colocação adequada. Uma
outra pessoa pode exigir ajuda m ais extensiva p ara construir um bom
sentim ento sobre si mesma, talvez através do desenvolvimento de com­
portam entos assertivos e do reconhecim ento de que os outros respeitam a
sua pessoa. E la é reforçada por agir como um a pessoa que tem confiança
em si e começa a reconhecer as próprias forças. Um outro indivíduo po­
de precisar de com preender que está se portando m uito agressivam ente e
precisa aprender como m odificar sua abordagem .
Conselheiros Conjugais: Quando um casal procura orientação, a con­
clusão que se pode tirar de antem ão é que ele não está se comunicando
com êxito. Três situações são possíveis: 1) o m arido tem sido o que sem ­
pre tom a as decisões em toda a vida conjugal e a m ulher é a que aceita
tudo e tem todos os deveres; 2) a situação reversa, na qual o m arido é
quieto e indeciso, e a m ulher dom inadora; 3) nenhum dos parceiros é to­
talm ente dom inador, m as nenhum, deles chegou a conhecer os pensam en­
to s e sentim entos do outro em todos os anos passados juntos. Todas as
três situações respondem ao m étodo do treinam ento assertivo. Como vi­
m os anteriorm ente, aprender asserção m udará o relacionam ento com as
pessoas próxim as ao indivíduo. Por este motivo, é preferível que os dois
parceiros trabalhem o relacionam ento, em bora eles possam ser assistidos
individualm ente, assim como juntos, durante a terapia.
Problem as conjugais tais como sexo, finanças e criação de filhos,
podem ser decorrentes da falta de asserção parcial ou total de um dos
parceiros. Falta de comunicação às vezes ocorrerá em qualquer relação
conjugal, m as se cada um dos cônjuges for verdadeiram ente assertivo, a
dificuldade não se transform ará num a crise séria.

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E stam os certos de que quanto m ais sincero e aberto cada parceiro


for em todos os aspectos da relação conjugal, m ais bem sucedida será essa
relação. Do m esm o modo, as fam ílias que incentivam liberdade de expres­
são da p arte dos filhos oferecem u m am biente m ais propício ao cresci­
m ento dos jovens e seus pais.
O rientadores Religiosos: Um de nossos clientes que tinha criado m e­
dos e dúvidas acerca de seu com portam ento assertivo conseguia ainda
lem brar-se de um cartaz que vira na infância em sua escola dominicaJ:
“A fórm ula d a FELICIDADE é: Jesus prim eiro, os O utros depois, Você
p o r últim o” * Infelizm ente p ara m uitos jovens (e pessoas m ais velhas),
tais m ensagens significam exatam ente “não passe na frente dos outros”,
“deixe que tirem vantagem de você”, “ofereça a outra face”, “guarde seus
sentim entos p ara si m esm o” M uitas pessoas parecem possuir um senti­
m ento baseado n a religião que não lhes perm ite sentirem -se bem consigo
m esm as. P o r não poder m agoar ninguém , elas deixam que os outros se
aproveitem delas. É questionável a afirm ação segundo a qual a educação
religiosa n a igreja ou no lar gera no indivíduo sentim entos negativos acer­
ca do direito que ele tem de estar bem consigo m esm o e de afirm ar-se
com o pessoa. O objetivo é ajudar o indivíduo a tornar-se autoconfiante.
Nós acham os que os clientes com b arreiras religiosas frente à asserção,
precisam se reeducar sobre o que significa verdadeiram ente ser assertivo.
Não precisa haver incom patibilidade entre a asserção dos direitos justos
(isto é, dados por Deus, naturais, inerentes) e convicções religiosas pro­
fundas.

APLICAÇÕES FORA DA SAÜDE MENTAL


Técnicos em Treinam ento de Pessoal: Os indivíduos que lidam com
desenvolvim ento de pessoal em em presas públicas e particulares podem
descobrir que um esforço sistem ático em treinar pessoal de gerência e
vendas em asserção custará altos dividendos. Os m étodos de treinam ento
em grupo serão úteis p ara grandes organizações, e o treinam ento asser­
tivo pode ser eficazm ente incorporado a outros program as de desenvol­
vim ento gerencial ou de treinam ento de pessoal. Os supervisores que com­
preendem e conseguem aplicar o modelo assertivo (não agressivo) às suas
interações com os subordinados são m uito poucos, e pessoal de super­
visão m ais com petente pode ser form ado utilizando-se o treinam ento as­
sertivo com o chave de reconhecim ento dos direitos e parâm etros de or­
ganização de cada em pregado. Por exemplo um supervisor que consegue
repreender firm em ente o erro de um subordinado sem desrespeitar essa
pessoa é u m valioso recurso em qualquer em presa. Além disso, natural-

* "The formula for J O Y is Jesus first, Other second, Yourself last.” (N.E.)

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m ente, o em pregado subalterno que consegue criticar sincera e constru­


tivam ente seus superiores o u a operação — nu m estilo assertivo —, sem
tem ores de um lado e ataques agressivos de outro, pode dar um a con­
tribuição significativa à produtividade d a em presa e ser tam bém um a
pessoa m ais feliz.
—V / ' Form ação de Professores: E n tre as principais queixas que ouvim os
de professores está a dificuldade em “controlar os alunos” (disciplina),
falta de com unicação com superiores, e m edo de reuniões com pais. Se
um professor é não-assertivo, os alunos, sintom aticam ente, vão se apro
veitar dessa fraqueza. P o r outro lado, o professor tirano, super agressivo,
será tem ido m as não respeitado, u m a situação contraprodutiva. A comu­
nicação assertiva cem o d ireto r é essencial p a ra os professores. E stes
professores devem aprender que os pais são pessoas, iguais a eles como
seres hum anos, e devem ser abordados adequadam ente.
N a reunião de 1973 d a A m erican Personnel and G uidance Association
conduzim os um sem inário sobre faeílitação do com portam ento asser­
tivo. Um professor que tom ou p arte no p rogram a descreveu a experiên­
cia de um program a de treinam ento assertivo em sua área escolar. Um
grupo de professores p artiu p ara aprender técnicas assertivas a fim de
aju dar os alunos. Depois de pouco tem po, eles reconheceram m uitas de
suas próprias respostas não-assertivas ou agressivas aos alunos, adm inis­
tradores e pais, e com eçaram a se concentrar em sua p ró p ria necessida­
de de treinam ento assertivo. O resultado fo i u m relatório altam ente en­
tusiástico sobre o crescim ento deles em asserção pessoal e profissional.
Nossa opinião é que os que se prep aram p a ra o m agistério devem
participar de treinam ento assertivo como. p arte integrante de sua form a­
ção acadêm ica.
APLICAÇÕES INDIVIDUAIS E COMUNITÁRIAS
Treinam ento de Liderança p ara Organizações Com unitárias: Lideran
ça eficaz em todos os níveis é talvez a m aior área de dificuldade enfren­
tad a pelos grupos com unitários voluntários. Associações de p ais e m estres,
clubes de serviço, auxiliares, clubes fem ininos, grupos de interesse, igre­
jas, atividades de jovens, clubes sociais, m esm o agências de ação com u­
n itária e partidos políticas sofrem com a falta de pessoas q ue se dispo­
nham e sejam capazes de assum ir responsabilidades vitais. E m bora seja
óbvio que a falta de tem po p ara tais com prom issos é u m a razão im por­
tan te p ara a escassez de indivíduos dispostos, é tam bém verdade que m ui­
tas pessoas sim plesm ente se consideram inadequadam ente preparadas para
aceitar a responsabilidade de u m a comissão, um clube, ou um a atividade
com unitária. O desenvolvim ento de liderança em tais grupos — desde
assegurar voluntários p ara um a com issão de p rep aro até convencer can­
didatos a aceitar a proposta da comissão nom sadora p ara a presidência
ou diretoria — pode ser facilitado através de um program a d e desenvolvi-
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m ento do com portam ento assertivo p ara os m em bros da “m assa”, assim


como p ara aqueles da vanguarda.
Pessoas que T rabalham oom Jovens: Líderes adultos em organizações
como YM e YWCA, YM e YWHA, E scoteiros e B andeirantes, 4H , Future
Farm ers,* program as de lazer eom urdtário, grupos de jovens filiados a igre­
jas ou escolas de catecism o e acam pam entos de verão têm notável opor­
tunidade de observar o com portam ento dos jovens, principalm ente em am ­
bientes sociais onde estes trabalham ou se divertem com seus com pa­
nheiros. O jovem apático, desinteressado ou an tiso cial que é observado
em um grupo desses pode m uito bem ser não-assertivo. Ele pode tem er
o fracasso e a rejeição subsequente e, assim , recusa-se a ten tar qualquer
coisa, ou ten ta dom inar seus com panheiros sendo irritadiço e agressivo.
O adulto sensível que n o ta tal com portam ento pode ser capaz de ajudar
esse jovem , oferecendo u m am biente seguro e não-am eaçador (talvez in­
dividualm ente, a princípio) n o qual o jovem pode sentir-se seguro p ara
ten tar algum a atividade nova. O processo de form ação de u m com porta­
m ento m ais confiante pode se r vagaroso, m as pode oferecer ao jovem
oportunidades de escolher e n tre m odos alternativos de portar-se. O passo
p ara a independência é u m fa to r im p o rtan te de tais program as dirigidos
à juventude.

OUTRAS APLICAÇÕES
U sos Jornalíticos: U m professor d e jornalism o de um a uni­
versidade notou o uso potencial d o t reinam ento assertivo com estudantes
de fotografia e convidou-nos a fazer apresentações e dem onstrações em
suas aulas. D escobrím os que os conceitos assertivos podem ser im portan­
tes no aperfeiçoam ento de técnicas fotográficas. Se o fotógrafo é tím ido
e cuidadoso dem ais ou m u ito im petuoso ou dom inador, suas realizações
serão afetadas. Sendo assertivo em vez de agressivo, o fotógrafo pode
evitar m aus trato s físicos o u m esm o processos legais que am eaçam suas
experiências profissionais.
O utra aplicação refere-se a tu rm as d e aperfeiçoam ento de técnicas
de entrevistas. P o r exem plo, com o você aborda assertivam ente o sujeito
e obtém a história que deseja? Com o você lida com um a pessoa dom inado­
ra que qu er m onopolizar a entrevista? O que você deve dizer, se discor­
da radicalm ente das opiniões d o indivíduo? H á u m m odo de deixar à von­
tade alguém que está m uito ansioso ou fazendo m u ito esforço? Ou enfren­
ta r o indivíduo que fornece inform ação q ue você já sabe ser falsa? To­
das essas situações são oportunidades n atu rais p ara os processos asser­
tivos .

* Clubes e associações de" jovens comuns nos Estados Unidos. (N .T .)

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Libertação H um ana: M uitas m ulheres aprenderam a não se


sentir bem com elas próprias e suas capacidades p o r várias razões. As
m ulheres, como os homens, têm o direito de sentir se bem consigo m es­
m as e de ser capazes de afirm ar-se assertivam ente com o pessoas na vida.
M uitos de nós estam os acostum ados com a m ulher agressiva que tem
um a “causa” que prom ove fanaticam ente. Paralelam ente, ficam os tam bém
desconcertados com sua contraparte, a m ulher frágil, de pouca coragem
e independência. A pessoa assertiva, hom em ou m ulher, é u m a bela pessoa.
A utilização dos princípios assertivos p ara d ar consciência à m ulher
teve seus reflexos na convenção de 1973 da American Personnel and Gui-
dance Association, em San Diego. A asserção foi o com ponente vital de um
program a intitulado “Aumento da A uto-Estim a das M ulheres de Todas
as Idades” . M s. Jákubow ski-Spector, M aster of Science da U niversidade de
W ashington, St. Louis, informou-nos recentem ente sobre u m program a de
orientação fem inino . E la escreveu um artigo p ara um a edição especial do
The Counseling Psychologist (ver capítulo VI) que inclui a descrição de
um film e que fez. Tam bém um a comunicação de M r. Carlson, do D epar­
tam ento de Psicologia da U niversidade E stadual H um boldt (C alifórnia),
conta-nos sobre u;m projeto que usa o treinam ento assertivo em um p ro ­
gram a de autotratam ento p ara m ulheres. M s. Alison Paul, da ju n ta de
orientação da Faculdade H artnell (Califórnia) apresentou sem inários de
treinam ento assertivo p ara m ulheres profissionais, e estes obtiveram óti­
m a receptividade.*
Nem todos os program as de desenvolvim ento fem inino estão no m eio
acadêm ico naturalm ente. The Radical T herapist (um livro, jornal e um a
coletânea) prom ove m uitos program as de tratam ento em m assa de pes­
soas que tipicam ente não têm acesso aos serviços terapêuticos: os po­
bres, as m inorias, os trabalhadores. Os esforços de tom ada de consciên­
cia das m ulheres estão aum entando em pequenas e grandes com unidades
em todo o m undo.
A aplicação dos princípios de com portam ento assertivo é ú til p ara
qualquer grupo oprim ido; m inorias étnicas, estudantes, crianças, trab a­
lhadores, pobres, velhos, e todos em geral, têm m uito a lucrar coem a as­
serção de seus direitos de acordo com os processos fundam entais descri­
tos neste livro.
Os exemplos dados neste capítulo não abrangem tudo absolutam ente.
O leitor é estim ulado a consultar livros, colegas e amigos, e refletir sua
própria experiência, para outras aplicações relevantes do treinam ento as­
sertivo .

* Cf. também PHELPS, S. & AUSTIN, N. A A fir m aç ão da M ulh er. Belo Horizonte,
Interlivros, 1977.

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XIII
Bibliografia Comentada
ESTUDOS EXPERIMENTAIS
FRIEDMAN, P. H . The effects of modeling and role-playing on assertive
behavior. In: RUBIN, R. D .; FENSTERHEIM , PI.; LAZARUS, A. A.;
FRANKS, J. C. M ., eds. Advances in behavior therapy. Nova Iorque,
Academic Press, 1971 a.
O experim entador testou um a série de hipóteses relativas ao valor
da representação de papéis e im itação no treinam ento assertivo. Os su­
jeitos (de turm as introdutórias de psicologia) que obtiveram notas bai­
xas em auto-avaliações e testes com portam entais de asserção foram sub­
m etidos a um dos seis tratam entos de 8 a 10 m inutos de duração; 1) imi­
tação e representação; 2)modelagem; 3) representação dirigida; 4) repre­
sentação im provisada e 5) textos não-assertivos. Os desempenhos são gra­
vados e avaliados. Ao fim de duas sem anas de acom panham ento fez-se
um a estim ativa e ao fim de quatro sem anas aplicou-se um questionário.
Os indivíduos que tinham feito modelagem e representação m ostraram
um aum ento significativam ente m aior nos pontos do teste de Som a de
Asserção do que todos os grupos, exceto daquele que fez representação
im provisada. Além disso, o grupo de Im itação + Representação m ostrou
um aum ento percentual m aior nos critérios de com portam entos do que
outros grupos, com exceção do grupo de modelagem . O resultado geral
foi extrem am ente favorável, considerando se que som ente 8 a 10' m inutos
de tratam ento foram dispendidos.
HEDQUIST, F. J. & WEINHOLD, B. W. Behavioral group counseling
with socially anxious and unassertive college students. Journal of
Counseling Psychology, 17: 237-241, 1970.
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Dois alunos adiantados do curso de doutorado foram treinados p ara


adm inistrar terapia de grupo (com supervisão) p ara estudantes não-asser­
tivos, socialm ente ansiosos e que não se classificavam como casos clí­
nicos. Os indivíduos foram escolhidos com "base em dois testes de perso­
nalidade: 1) um a form a m odificada do S-R Inventory of Anxiousness; 2)
o AS scale of Guilford-Zim m erm an. Um controle não-terapêutico foi com
parado com u m grupo de Behavior-Réhearsal (por exemplo, Lazarus) e
um grupo de Social-Leam ing (por exemplo, M ainord). Cada um dos grupos
de tratam ento tinha N = 10 e durou seis sem anas. O resultado do tra ta ­
m ento foi m edido pelo núm ero total de respostas verbais assertivas de
cada um dos grupos durante o tratam ento e até duas sem anas depois. E ste
acom panham ento começou seis sem anas após o térm ino do tratam en to .
Os grupos de tratam ento não diferiram entre si em frequência m édia de
respostas assertivas verbais, m as os resultados de am bos foram significa­
tivam ente m ais altos do que os do de controle. O acom panham ento não
descobriu diferenças significativas entre os grupos baseados no critério
seguido. Os autores concluíram que a eficácia do tratam ento não se m an­
teve na vida real após o tratam ento.
JOHNSON, T .; TYLER, V .; THOMPSON, R .; THOMPSON, J. System atie de-
sensitization and assertive training in the treatm en t of speech anxiety
in middle-school students. Psychology in the Schools, 8 (8): 263-267.
1971.
Dessensibilização sistem ática com parada com um tipo de treinam ento
assertivo (prática de oratória) p ara oradores ansiosos da &.a série. Os
grupos reuniram -se duas vezes por sem ana num total de nove sessões. A
prática de oratória usada exigia que os m em bros fizessem pequenos dis­
cursos à frente do grupo. E stes discursos eram gravados e a fita im edia­
tam ente tocada. Depois da audição, o indivíduo repetia o discurso. Um
pouco de estím ulo para fazê-los falar e tam bém inform ações sobre discur­
so e ansiedade. Foram utilizados. É interessante observar que não foi no­
tada nenhum a diferença en tre os grupos num a m edida posterior de nivel
da ansiedade do discurso, o que dem onstrou que am bos os grupos me­
lh o raram .
LAZARUS, A. A., Behavior rehearsal vs. non-directive therapy vs. advice
in effecting behavior ehange. Behavior Research and Therapy, 4: 209-
212, 1966.
Dá exemplos de como se pode utilizar o ensaio de com portam ento,
apresenta um histórico de caso, e então relata um experim ento algo in­
form al com parando aconselham ento, reflexão-interpretação e ensaio de
com portam ento. Ele trabalhou como terapeuta em todos os casos. Os re­
sultados dem onstraram que o ensaio de com portam ento é m uito m ais efi­
caz.
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LOMONT, J. F .; GILNER, F. H .; SPEGTOR, N . J .; SKINNER, K . K .


G roup assertive training and group insight therapies. Psychological
Reports, 25: 463-470, 1069.

Pacientes internos no “V eterans A dm inistration H ospital" foram


divididos em dois grupos, 1) assertivo (N = 7) e 2) insight (N = 5), e reu­
niram -se por 1 hora e m eia por dia, de segunda a sexta, durante seis sem a­
nas. Os terapeutas foram diferentes p ara cada grupo; am bos eram tera­
peutas profissionais. O treinam ento da asserção consistia basicam ente na
representação de várias situações. Os pacientes recebiam textos e reve­
zavam-se, m odelando o com portam ento. O terapeuta servia de diretor-téc­
nico. Os resultados m ostraram que o grupo de asserção teve uma, redução
total significativam ente m aior nas escalas clínicas do MMPI e dim inuições
significativas nas escalas de D e P t. O grupo de insight não teve variações
significativas no teste.
McFALL, R. M. & MARSTON, A. R. An experim ental investigation of
behavior rehearsal in assertive training. Journal of Abnormal Psycho­
logy, 76: 295-303, 1970.

Um processo de ensaio de com portam ento semi-automatizado e padro­


nizado em audioteipe foi experim entado com estudantes universitários
não-assertivos de um a turm a adiantada do curso de Psicologia. Testes
pré e pós-tratam ento foram aplicados, o prim eiro sendo um teste com-
portam ental de representação. Deram-se aos indivíduos situações gravadas
em fita às quais deviam responder. Eles avaliaram cada situação em duas
escalas de 5 pontos: 1) grau de ansiedade 2) como eles avaliaram o próprio
desem penho. Os potenciais das respostas foram verificados em cada de­
sem penho. Os testes aplicados foram o de W olpe-Lazarus Assertive Scale
(1966), Taylor M anifest Anxiety, e Wolpe-Sang Fear Survey Schedule. As
pulsações foram tom adas antes e depois de cada ensaio.

Quatro grupos foram form ados: 1) ensaio de com portam ento com
feedback (N = 8 ), 2) ensaio de com portam ento sem feedback (N = 9 ), 2)
terapia “placebo insight" e 4) controle “waiting-list” (N = 10). O trata­
m ento constou de quatro reuniões de 1 hora por um período de duas ou
três sem anas. Os indivíduos sujeitos ao tratam ento foram assistidos por
dois estudantes do sexo masculino do curso de graduação, em bora com
os grupos de ensaio todo o tratam ento fosse conduzido p o r fita gravada,
com ou sem feedback (re-audição do desempenho pelos participantes) de­
pois de um a introdução sobre o aprendizado de superação do medo pela
p rática. O grupo 3 foi um grupo de insight assertivo, sem ensaio e sem
representação.
m

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O acom panham ento que se realizou nas duas sem anas subseqüen-
tes, nas quais os indivíduos eram expostos ao assédio de vendedores per­
suasivos ao telefone, confirm ou que os dois grupos de ensaio de com por­
tam ento se saíram m elhor do que os dois grupos de controle, no que se
refere ao aum ento do com portam ento assertivo. Não houve diferença sig­
nificativa entre feedback versus não-feedback.

McFALL, E3. M. & LILLESAND D. B. Behavior rehearsal w ith model­


ing and coaching in assertion training. Journal of Abnorm al Psycho­
logy, 77: 313-323, 1971.

Os indivíduos (introdução à Psicologia) foram colocados em: 1) en­


saio aberto com m odelagem e estím ulos (N = 11), 2) ensaio encoberto com
m odelagem e treino (.N = 11), e 3) controle placebo (N = 11). Cada m em ­
bro de cada grupo foi assistido individualm ente por duas sessões, com
intervalo de um a sem ana entre elas. Foram dados aos indivíduos 20 m i­
nutos de treinam ento de recusa nas instruções prelim inares. Os modelos
em pregados foram um m asculino e um fem inino. O tratam ento foi padro­
nizado e prógravado, exceto em dois aspectos: a) o grupo aberto deve­
ria ensaiar em voz alta; o de com portam ento encoberto deveria apenas
im aginar; b) o grupo aberto ouvia a gravação de seu desempenho; o en­
coberto refletia em sua resposta. Os resultados m ostraram que os indi­
víduos experim entais m elhoraram m uitíssim o m ais do que os de contro­
le e que os de ensaio encoberto apresentaram no m ínim o tantas m elhoras
ou até m esm o m ais do que os de ensaio aberto . O artigo tam bém m ostra
como o Conflict Resolution Inventory, tun inventário auto-relatado do com­
portam ento de recusa, foi desenvolvido.

McFALL, R. M. & TWEÏÏSTTYMAN, C. T. Four experim ents on the rela­


tive contribution of rehearsal, modeling and coaching to assertion
training: Journal of Abnormal Psychology, 1973.

Experim ento 1 — exam inou os efeitos de seis condições de tra ta ­


m entos: 1) ensaio, modelagem, estím ulos; 2) ensaio e modelagem; 3) en­
saio e treino; 4) apenas ensaio; 5) m odelagem e treino; 6) controle. Os
indivíduos foram assistidos por duas sessões de 45 m inutos com intervalo
de um a sem ana. A estruturação de laboratório foi sim ilar aos processos
usados por McFall, como foi citado acim a. A modelagem bassou-se em
fita gravada e o estím ulo foi adm inistrado ao vivo, p o r um não-terapeuta.
Os resultados dem onstraram que o tratam ento do com portam ento asser­
tivo usando ensaio e treino, foram am bos eficazes e que estes efeitos
eram independentes e com plem entares. Além disso, a audiom odelagam
acrescentou m uito pouco, se é que acrescentou algo, ao êxito do tratam ento.
112

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Experim ento 2 — três tratam entos foram investigados: a) ensaio


encoberto, modelagem e treino; b) ensaio encoberto e treino*, c) apenas
ensaio encoberto. A estruturação foi a m esm a usada acim a. Novamente
a modelagem acrescentou m uito pouco, ou nada, ao aum ento do com por­
tam ento assertivo ganho pelo ensaio e pelo treino.

Experim ento 3 — com parou os efeitos dos velhos m odelos auditivos


com um novo conjunto que possuía m ais tato, m ais hesitação e respostas
m enos extrem adas. Tam bém com parou ensaio aberto com encoberto sob
várias condições. Os resultados ainda corroboraram que os modelos au­
ditivos, tanto os velhos quanto os novos, não contribuíram p ara os efei­
tos benéficos do tratam ento. Os resultados tam bém deixaram m ais claros
os efeitos do ensaio aberto e encoberto, não encontrando diferenças entre
am bos, quando foi elim inado o com ponente da re-audição. Isto indica que
a re-audição da resposta pode ser a variável que causa as diferenças m ais
precoces.

Experim ento 4 — com pararam -se modelagem auditiva e audiovisual.


Um vídeo-teipe profissional de TV englobava estudantes, atores, encenação,
dram atizações em três câm aras, etc. A trilha sonora foi utilizada para
os indivíduos em audiom odelagem . Dois tratam en to s de 40 m inutos de
duração foram m inistrados sobre com portam ento de recusa. Os resulta­
dos m ostraram que o video-teipe dos modelos não contribuiu p ara o re­
sultado do tratam ento. Inclui excelente e extenso debate sobre os resul­
tados dos quatro experim entos e lim itações da abordagem terapêutica.

RATHUS, S. An experim ental investigation of assertive training in a


group setting. Journal of Behavior Therapy and Experimental Psy­
chiatry, 3: 81-86, 1972.

O treino assertivo foi adm inistrado a grupos não-clínicos de estu­


dantes universitárias que foram tratad as em grupos de seis, um a vez por
semana., durante sete sem anas. O grupo participou de debates sobre as­
serção e foi encorajado a p raticar tarefas assertivas específicas. Os m em ­
bros ensaiaram asserção no grupo, em bora não houvesse m odelagem es­
pecializada. Os resultados foram com parados com um debate sobre o medo
e um grupo de controle. Os resultados foram bastante variados e incon­
clusivos no que diz respeito ao valor do treinam ento assertivo com parado
ao grupo de Discussão sobre o Medo.

THORESEN, C. E . et alii. I can’t say no: Social modeling for unasser­


tive clients. Stanford University, 1972. M anuscrito não publicado.
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Oito indivíduos de classes de Introdução à Psicologia (quatro ho­


m ens e quatro m ulheres) com pletaram o Conflict Resolution Inventory
(McFall & Lillesand, 1971). A incapacidade deles de dizer “não” em várias si­
tuações sociais foi classificada em extrem am ente alta. Eles foram distri­
buídos casualm ente em um dos três grupos de tratam ento e cada um
ouviu nove fitas gravadas apresentando situações sociais. Os seis indiví­
duos experim entais participaram de sessões de tratam ento de 15 a 20 m i­
nutos de d u ração .
Com pararam -se os três tratam entos: 1) m odelagem com portam ental
e verbal com ensaio; 2) m odelagem verbal com ensaio; 3) m odelagem
com portam ental com ensaio. O aspecto com portam ental foi a observação
de um m odelo em vídeo-teipe.
Os sujeitos foram avaliados em m edidas verbais e não-verbais. Os
resultados “sugeriram fortem ente” que a m odelagem com portam ental é o
m étodo m ais eficaz p ara m udar a asserção.
RATHUS, Spencer A. Investigation of assertive behavior through video-
tape m ediated assertive models and directed practice. Behaviour Re­
search and Therapy, 11: 57-65, 1973.
Um grupo de 78 estudantes universitárias foi dividido em grupos:
1) treinam ento assertivo — assistindo a m odelos assertivos em vídeo-teipe,
praticando com portam entos de tipo assertivo e agressivo; 2) tratam ento
placebo — assistindo vídeo-teipes sobre dessensibilização de m edos; 3) con­
trole de não-tratam ento. Os resultados dem onstraram que os participan­
tes do treinam ento assertivo (N =24) acusaram com portam ento significan-
tem ente m ais assertivo na R athus Assertiveness Schetlule do que os ou­
tro s g ru p os.
EISLER, R. M. et alii. E ffects of modeling on com ponents of assertive
behavior. Journal of Behavior Therapy and Experimental Fsychíatry
4: 1-6, 1973.
M ediram-se os efeitos de m odelagem em vídeo-teipe em oito aspec­
tos verbais e não-verbais do com portam ento assertivo. Os indivíduos eram
30 pacientes psiquiátricos do sexo m asculino, com a idade m édia de 44
anos. Dois grupos adicionais foram utilizados: 1) controle da prática e 2)
teste e re-teste. Os grupos de modelagem e prática participaram de um
teste de asserção com portam ental (elaborado pelos autores) seis vezes
durante um período de três dias. Os desem penhos em vídeo-teipe foram
avaliados com base na duração do clhar, altura da voz, etc. Os resulta­
dos deínonstraram que o grupo de modelagem apresentou m udanças bem
m aiores que os outros dois grupos. Especificam ente os participantes da
modelagem mostraram m ais m udanças em cinco das oito variáveis estu­
dadas: 1) maior duração das respostas; 2) m aior núm ero de solicitações
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do novo com portam ento; 3) m aior influência; 4) voz m ais alta; e 5) m aior
asserção total.
H ER SEN. M. et alii. E ffects of practice, instruction, and m odeling on
com ponents of assertive behavior. Behaviour R esearch and Therapy, no
prelo.
Cinqüenta pacientes psiquiátricos hospitalizados, do sexo m asculino,
foram divididos em cinco grupos de tratam ento. Os sujeitos foram agru­
pados por idade, nível de instrução, baixa asserção auto-avaliada, e diag­
nóstico (alcoólatras, neuróticos e psicóticos). O aspecto de m odelagem
do tratam ento consistia em assistir a um m odelo m asculino em video­
teipe. R espostas anteriores e posteriores a um Behavioral A ssertiveoess
Test foram gravadas em vídeo-teipe e classificadas de acordo com sete
aspectos do com portam ento: 1) duração do olhar; 2) duração da res­
posta; 3) altura da voz; 4) índice de concordância; 5) solicitações do novo
com portam ento; 6) influência; e 7) asserção total. Os resultados m ostra­
ram que um grupo de m odelagem m ais instrução foi m ais eficaz ou tão
eficaz quanto os grupos de apenas-instrução ou apenas-m odelagem nos
itens 1, 2, 5, 6, e 7. Não foram observadas diferenças en tre m edidas an­
teriores e posteriores de asserção auto-avaliada.

ESTUDOS DE CASO
EDWARDS, N. Case conference: A ssertive training in a case of hom o­
sexual pedophilia. Journal of Behavior Therapy and E xperim ental
Psychiatry, 3: 55-63, 1972.
A cura bem sucedida de um a pedofilia hom ossexual que perdurava
há 10 anos. O tratam ento prim ário foi o treinam ento assertivo especial­
m ente concentrado na relação do cliente com sua esposa. A técnica de
refrear o pensam ento foi tam bém usada p ara suas fantasias pedofílicas.
Os resultados foram obtidos em 13 sessões em um periodo de quatro se­
m anas.. Um acom panham ento de três m eses m ostrou que os resultados
foram m antidos.
MACPHERSON, E . Selectice operant conditioning and deconditioning of
assertive modes of behavior. Journal of Behavior Therapy and Expe­
rim ental Psychiatry, 3: 99-102, 1972.
Interessante estudo de caso de condicionam ento operante bem su­
cedido de respostas assertivas em relação à m ãe da paciente e descondicio-
nam ento de suas respostas agressivas em relação ao m arido. O utros sin­
tom as tam bém m udaram e o progresso foi m antido durante dois anos de
acom panham ento.
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STEVENSON, I. & Wolpe, J. Recovery from sexual deviations through


overcoming of nonsexual neurotic responses. American Journal of
Psychiatry, 116: 737-742, I960.
H istória de caso detalhado sobre o tratamento* de dois hom ossexuais -
e um pedófilo, usando o treinam ento assertivo. Cada um dos desvios se­
xuais dos pacientes foi substituído pelo com portam ento- heterossexual de­
pois de quantidades diversas de terapia. Todos tinham tido experiências
heterossexuais anteriores.
WOLPE, J. The instigation of assertive behavior: transcripts from two
cases. Journal of Behavior Therapy and Experim ental Psychiatry, 1
(2): 145-151, 1970.
Um artigo prático que m ostra como o terapeuta usou o ensaio com-
portam ental em um caso de treinam ento assertivo. O segundo caso é a
segunda entrevista com um cliente depois dos princípios assertivos terem
sido apresentados durante a prim eira sessão.

MODELAGEM E REPRESENTAÇÃO
BANDURA, A. Psychotherapy based upon modeling principles. In: BER-
GIN. A. E . & GARFIELD, S. L ., eds. Handboock of Psychoterapy
and behavior change: an em pirical analysis Nova Iorque, Wiley &
Sons, 1971.
Leitura essencial p ara todos que usam os -m étodos de modelagem..
Um capítulo compreensivo cobre um a série de tópicos tais como: extinção
de dependência, m odelagem gradual, modelagem m últipla, modelagem ao
vivo versus sim bólica, etc. Ele conclui que a m odelagem com participa­
ção orientada é o m elhor m étodo descoberto até agora para reduzir medo
de vários tipos. É feita uma análise dos com ponentes desse m étodo.
FRIEDMAN, P. H . The effects of modeling, role-playing and participa­
tion on behavior change. In: MAHER, B ., ed. Progress in •experimen­
t s ierscnality research. Nova Iorque, McGraw-Hill, 1971 b. v. 6.
Discute modelagem e representação sob quatro pontos de vista: a)
inform ação; b) ensaio; o variáveis m otivacionais; d) variáveis cogni­
tiva-... Inclui tam bém seções sobre com binações dc modelagem m ais re­
presentação e m odelagem m ais participação. São fornecidos dados sobre
persistência da m udança, generalização e duração dos resultados.
STURM, I. Im plications of role-playing methodology for clinical proce­
dure. Behavior Therapy, 2: 88-96, 1971.
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E ste curioso artigo focaliza principalm ente um a descrição do “m é­


4*

todo” de Stanislavski p ara form ação de atores. Os princípios básicos do


m étodo são dados e aplicados p ara m elhorar o “psychodiagnostic testing”
e o “psychodiagnostic aspects of r%l e-playing ”. Inclui discussão sobre o.
aum ento da eficácia das técnicas de representação na terapia comporta-
m ental.
.1 'V***'*

ULLMAN, Leonard P. Making use' of modeling in the therapeutic inter­


view. In: RUBIN, R .” D. & FRANKS, C. M. Advances in behavior
therapy. Nova Iorque, Academic Press, 1968.
E ste trabalho reúne m aterial p ara técnicas de modelagem, operacio­
nais, correspondentes, e racionais-emotivas, e discute o uso de “prom pt­
ing” e “fading” em processos de modelagem . Uma pessoa usa o “prom pt­
ing” p ara que o indivíduo faça o que o terapeuta fez e então usa ■
“fading” até que o sujeito repita a tarefa com êxito sem “prom pts” adi­
cionais.
Deixa bem claro que o terapeuta não deve começar expondo o de­
sem penho final perfeito. Ele deve ir moldando o resultado desejado e en­
tão gradualm ente retirar seus “prom ptings”. Se o modelo ultrapassa m uito
o estágio do cliente,- o passo para o reforço torna-se grande dem ais.
Além disso, ele enfatiza que o que m antém realm ente o sucesso de alguém
é a conseqüência do com portam ento; o terapeuta deve estar alerta para
questionar o cliente sobre experiências da vida real utilizando o novo
aprendizado e para reagir positivam ente quando a -pessoa se sair bem,
inclicgndo-lhe o q u e e la fez de diferente para m udar 1seus antigos m odos.

O PROCESSO DO TREINAMENTO ASSERTIVO í V; GRUPO

1 'sbS CERIIEIM, H. Behavior therapy: assertive training in groups. In:


SAYER, C. J. Sz K.AVLAN, H . S., eds. Progress in groap and family
therapy. Nova Iorque, B runner Mazel, 1972.
O autor descreve com o conduz um grupo assertivo “típico” que se
reúne um a vez por sem ana por 2 horas e 15 m inutos. Prim eiro, os clien­
tes repassam seus deveres de casa, depois dc- quais podem lidar com
as experiências assertivas da sem ana precedem*.-.. Técnicas de modelagem
e ensaio são usadas quando necessário e utilizam-se exercícios especiais
como. por exemplo, dificuldade em expressar raiva. Mini-grupos de trei­
nam-.. ,o assertivo são usados para alcançar objetivos lim itados tais como
ultrapassar isolam ento social. No caso citado como exemplo, um grupo
homogênio de três reuniu-se por apenas quatro sessões.
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LAZARUS, A. A. Behavior therapy in groups. In: GAZDA, G. M ., ed


Basic approaches to group psychotherapy and group counseling. Spring-
field, 111., Charles C. Thom as, 1968. p . 149-175.
E m um a sessão de “Assertive Training G roup”, o autor conta co­
m o inicia o treinam ento em grupo por um a preleção seguida de auto-
apresentações que são gravadas em fita e tocadas novam ente como feed­
back. Posteriorm ente ele em prega ensaio com portam ental, moldagem, feed-
oack negativo e positivo, treino de relaxam ento e discussões sobre an­
siedade. Ele tam bém usa a dessensibilização p ara medos de rejeição e
crítica. Ele acha que o aprendizado e as m udanças de com portam ento
m ais significativos ocorrem nas prim eiras 15 a 20 sessões de um grupo
assertivo.

ASSERÇÃO EM CRIANÇAS
CHITTENDEN, G. E . An experim ental study in m easuring and m odi­
fying assertive behavior in young children. Monographs of the So­
ciety for Research in Child Development, VII (1, n. 31), 1942.
E m um excelente artigo de fundo sobre com portam ento assertivo que
foi escrito em 1942, o autor distingue entre três tipos de com portam ento
em crianças: dominação, cooperação, não-asserção. Ele estru tu ra um pro­
gram a de treinam ento p ara crianças em idade pré-escolar, destinado a
aum entar a asserção e dim inuir a dom inação. Uma técnica lúdica utili­
zou duas bonecas fazendo os papéis de crianças em idade pré-escolar que
apresentavam problem as. A criança e o adulto trabalhavam soluções nas
sessões de ludoterapia. Os resultados dem onstraram que as crianças trei­
nadas eram m enos dom inadoras depois do tratam ento do que as de con­
trole. Os dados não indicaram , contudo, um aum ento estatisticam ente
significativo em com portam ento cooperativo. As técnicas m ostraram -se
eficazes em alterar com portam entos extrem ados das crianças.
GITTELMAN, M. Behavior rehearsal as a technique in child treatm ent.
Journal of Child Psychology and Psychiatry, 6: 251-255, 1865.
O processo desse tratam en to consiste prim eiro em encontrar no pas­
sado as situações que fizeram a criança tornar-se agressiva. A criança
trabalha situações com outros m em bros do grupo. E sta abordagem é ava­
liada p o r outros m em bros, por um sistem a que valoriza m ais o com por­
tam ento assertivo do que o agressivo. G ittelm an descreve um grupo de
sete m eninos de idade de 12 a 14 anos que se reunia por 2 horas um a
vez por sem ana. Um com portam ento agressivo específico foi m odificado
com êxito em 12 sessões de grupo.
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O’CONNOR, R. D. M odification of social w ithdraw al through symbolic


modeling. Journal of Aplied Behavior Analysis, 2: 15-22, 1969.
O’Connor observa que o afastam ento drástico de situações sociais e
interpessoais é tipicam ente evidenciado p o r duas coisas: 1) falta de tra ­
quejo social e 2) evitação de situações interpessoais. O tratam ento re­
comendado perm itiria ao indivíduo aprender novas com petências sociais
e apagar m edos sociais.
Ele utilizou um filme de treinam ento com crianças afastadas (isolar
das) da sociedade, residentes em um a creche. O film e sonoro m ostrava
os com panheiros participando de um a interação social progressivam ente
m ais ativa. O film e tam bém m ostrava reforços p ara a interação social tais
como aprovação dos com panheiros (sorrisos, acenos, etc.), aceitação dos
com panheiros (convites para atividades conjuntas, oferecim ento de m ate­
riais p ara brincadeiras, e tc .).
O grupo experim ental assistiu ao film e sonoro colorido que teve
23 m inutos de duração com U cenas graduadas de acordo com o grau
de am eaça. Dois fatores foram considerados: 1) o vigor da atividade so­
cial, e 2) o tam anho do grupo. Seis crianças assistiram ao film e experi­
m ental, e sete delas assistiram ao film e de controle. A observação que se
seguiu im ediatam ente ao film e m ostrou que o grupo experim ental teve
um aum ento significativo em sua interação social, em oposição ao de
controle, que não obteve nenhum .
Não foram efetuadas observações de acom panham ento, m as um se­
gundo quadro de avaliações dos professores foi obtido no fim do ano
escolar. Os professores ignoravam com pletam ente quais crianças partici­
param do grupo experim ental e quais do de controle. Solicitou-se a eles
que novam ente escolhessem as crianças m ais isoladas. Som ente um a do
grupo experim ental foi escolhida outra vez, enquanto quatro do grupo de
controle foram escolhidas de novo.
RC3S, D .; RGSS, S .; RGSS, Evans. The m odification of extrem e social
w ithdraw al by modeling w ith guided participation. Journal of Beha­
vior Therapy and Experimental Psychiatry, 2 ( 4): 273-279, 1971.
O sujeito foi um a criança de 6 anos que foi m antida fora da escola
pública p o r causa de seu extrem o afastam ento social. Um tratam ento de
sete sem anas (21 sessões de 90 m inutos) foi conduzido por um a psicóloga
e um form ando em Psicologia que serviu de modelo. As prim eiras quatro
sessões consistiram em estabelecer no m enino com portam ento generalizado
im itativo do modelo. As sessões subsequentes utilizaram sete abordagens
diferentes, tais como apresentações sim bólicas de modelagem, prestação
de inform ações, representação, etc. Teste posterior e dados de dois meses
de acom panham ento dem onstraram o êxito do tratam ento em aum entar a in­
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teração social e dim inuir os com portam entos de retraim ento da criança.
Uma excelente seção de discussão está incluída no artigo.

OUTRAS REFERÊNCIAS RELEVANTES


JAKUBOWSKI-SPECTOR, P. Facilitating the grow th of wom en through
assertive training. The Counseling Psychologist. (Counseling Wo­
m en), 4 (1): 75-86, 1973.
Um artigo excelente que fornece inform ação relevante para hom ens
e m ulheres que facilitam ou aprendem com portam ento assertivo. Faz dis­
tinção entre o com portam ento assertivo e agressivo das m ulheres. E stão
incluídas boas sessões sobre consciência e m otivação, desenvolvimento de
sistem a de crenças, e ansiedade sobre asserção. V ários exemplos de com­
portam ento de cliente e terapeuta são dados.
PALMER, R . D. Desensitization of the fear of expressing one’s own
inhibited aggresion: Bioenergetic assertive techniques for behavior
therapists, publication pending. Advances in behavior therapy. Nova
Iorque, Academic Press.
Descreve como usa as técnicas bioenergéticas de Alexander Lowen
com o treinam ento assertivo. Exemplos: 1) o cliente tentando tom ar um a
toalha do terapeuta; 2) usando obscenidade deliberadam ente; 3) exercí­
cios de crises nervosas (rolar no chão, chutar, g ritar “não”). O terapeuta
usa m odelagem e técnicas dè treino e não perm ite que os clientes se ex­
cedam e fiquem incontroláveis. Ele reforça a prudência e o uso da as­
serção ao invés da agressividade nos confrontos. Um bom trabalho so­
bre expressão não-verbal.
PRAZAK, J. A. Learning job-seeking interview . In: KRUMBOLTZ,
J. D. & THORESEN, C . E ., eds. Behavioral Counseling, Cases and
Techniques. Nova Iorque, Holt, R inehart and W inston, 1969, p. 414-428.
Artigo excelente sobre todas as particularidades de entrevistas p ara
omprego. E nfatiza cinco pontos: 1) habilidade de explicar técnicas; 2)
habilidade de responder perguntas problem áticas (currículo ruim , pouca
instrução, idade, doença física ou m ental, etc.); 3) aparência e modos
adequados; 4) entusiasm o (por exemplo, algo especial que possa apren­
der? pode fazer horas extras?); 5) cinco pontos da entrevista (por oxem-
plo, uso de encerram ento do tipo “com unicarei m ais tard e”: “Q uarta-feira
está bom p ara eu te ligar dando a resposta sobre o trabalho?”). Usa
modelagem, filme, representação e vídeo-teipe.
SERBER, M. & NELSON, P. The ineffectiveness of system atic desensi­
tization and assertive training in hospitalized schizophrenics. Journal
120

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of Behavior Therapy and Experim ental Psychiatry, Z : 107-109, 1971.


O treinam ento assertivo foi aplicado a 14 esquizofrênicos que m a­
nifestavam deficiências fóbicas em asserção interpessoal. Até 18 tra ta ­
m entos foram dados em um período de seis sem anas. Dois dos sujeitos
m ostraram algum a m elhora em um acom panham ento de seis m eses.
Os dois principais problem as do treinam ento assertivo foram : 1) os
sujeitos eram freqüentem ente incapazes de projetar-se como assertivos
quando tinham sido anteriorm ente passivos; 2) os sujeitos eram incapa­
zes, naquela época, de repetir a m odelagem e a representação a que as­
sistiram .
CAUTELA, J. R. & WISOCKI, P. A. The use of the reinforcem ent sur-
vey schedule in behavior m odification. In: RUBIN, R. D .; FENS-
TERHEIM , H .: LAZARUS, A. A.; FRANKS, C. M ., eds. Advances in
behavior therapy Nova Iorque, Academic Press, 1971.
, Um artigo prático que trata do uso dos resultados do “Reinforce­
m ent Survey Schedule" (que identifica estím ulos de reforço possíveis).
Os autores m ostram como um terapeuta pode orientar o cliente sobre o
uso do reforço encoberto enquanto o cliente- se im agina desempenhando
algum com portam ento que norm alm ente apresenta baixa probabilidade de
resposta p ara ele. T rês exem plos são citados: 1) m arcar encontro com
um a garota; 2) m ostrar-se assertivo; 8) evitar um a sobrem esa favorita.
PIAGET, G. W. & LAZARUS, A. A. The use for rehearsal-desensitization.
Psychotherapy: Theory, Research and Practice, 6 (4): 264-266, 1969.
Com bina ensaio de com portam ento com dessensibilização autom ática
em um a abordagem avançada do treinam ento assertivo. Individualiza o
processo de treinam ento assertivo p ara indivíduos que possam experi­
m entar grande quantidade de m edo em relação à representação.

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ï
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XIV

Referências

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BACH, G. & DEUTSCH, R. Pairing. Nova Iorque, Avon Books, 1970.
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A case report. Journal of Behavior Therapy and Experim ental Psy­
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GIN, A. E . & GARFIELD, S. L ., eds. H andbook of psychotherapy
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CAUTELA, J. R. & WISOCKI, P. A. The use of tlie reinforcem ent survey
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CHITTENDEN, G. E. An experim ental study in m easuring and modifying
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Apêndice A
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM
Preâm bulo
Considerando que o reconhecim ento da dignidade inerente a todos os
m em bros da fam ília hum ana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o
fundam ento da liberdade, da justiça e da paz do mundo,
Considerando que os desrespeitos pelos direitos do hom em resultaram
em atos bárbaros que u ltrajaram a conscência da H um anidade e que o ad­
vento de um m undo em que os hom ens gozem de liberdade de palavra, de
crença e da liberdade de viverem a salvo do tem or e da necessidade foi
proclam ado como a mais alta aspiração do hom em comum,
Considerando ser essencial que os direitos do hom em sejam protegi­
dos pelo im pério da lei, p ara que o hom em não seja compelido, como
últim o recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão,
Considerando ser essencial prom over o desenvolvimento de relações
am istosas entre as nações,
Considerando que os povos das Nações reafirm aram , na Carta, sua
fé nos direitos fundam entais do homem , na dignidade e no valor da pes­
soa hum ana e na igualdade de direitos do hom em e da m ulher, e que deci­
diram prom over o progresso social e m elhores condições de vida em um a
liberdade m ais am pla,
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Considerando que os E stados M embros se com prom eteram a prom o­


ver, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos
a liberdades fundam entais do hom em e a observância desses direitos e
liberdades,
Considerando que um a com preensão com um desses direitos e liber­
dades é da m ais alta im portância para o pleno cum prim ento desse coai-
prom isso,
Agora, portanto,
A ASSEMBLÉIA GERAL PROCLAMA :
A PRESENTE DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HO-
HOMEM como o ideal com um a ser atingido por todos os povos e todas
as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da socie­
dade, tendo sem pre em m ente esta Declaração, se esforce, através do en­
sino e da educação, por prom over o respeito a esses direitos e liberdades,
e, pela adoção de m edidas progressivas de caráter nacional e internacional,
por assegurar o seu reconhecim ento e a sua observância universais e efeti­
vos, tanto entre os povos dos próprios E stados M embros, com o entre os
povos dos territórios sob sua jurisdição.
ARTIGO 1 — Todos os hom ens nascem livres e iguais em dignidade e di­
reitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns
aos outros com espírito de fraternidade.
ARTIGO 2 — (I) Todo hom em tem capacidade para gozar dos direitos e
das liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer
espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de
outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascim ento, ou qual­
quer outra condição. (2) — Não será tam bém feita nenhum a distinção,
fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou terri­
tório a que pertença um a pessoa, quer se trate de um território indepen­
dente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra lim i­
tação de soberania.
ARTIGO 3 — Todo hom em tem direito à vida, à liberdade e à segurança
pessoal,
ARTIGO 4 — Ninguém será m antido em escravidão ou servidão; a escra­
vidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas form as.
ARTIGO 5 — Ninguém será subm etido a tortura, nem tratam ento ou cas­
tigo cruel, desum ano ou degradante.
ARTIGO 6 — Todo hom em tem direito de ser, em todos os lugares, reco­
nhecido como pessoa perante a lei.
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ARTIGO 7 — Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer
distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção
contra qualquer discrim inação que viole a presente D eclaração e contra
qualquer incitam ento a tal discrim inação.
ARTIGO 8 — Todo hom em tem direito a receber dos tribunais nacionais
com petentes recurso efetivo p ara os atos que violem os direitos fundam en­
tais que lhe sejam reconhecidos pela Constituição ou pela lei.
ARTIGO 9 — Ninguém será arbitrariam ente preso, detido ou exilado.
ARTIGO 10 — Todo hom em tem direito, em plena igualdade, a um a ju sta
e pública audiência por p arte de um tribunal independente e im parcial,
p ara decidir de seus direitos e deveres ou do fundam ento de qualquer
acusação crim inal contra ele.
ARTIGO 11 — (1) Todo hom em acusado de u m ato delituoso tem o direito
de ser presum ido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada
de acordo com a lei, em julgam ento público no qual lhe tenham sido as­
seguradas todas as garantias necessárias à sua defesa. (2) — N inguém
poderá ser culpado p o r qualquer ação ou om issão que, no m om ento, não
constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. T am bém
não será im posta pena m ais forte do que aquela que, no m om ento da
prática, era aplicável ao ato delituoso.
ARTIGO 12 — Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada,
na sua fam ília, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à
sua honra e reputação. Todo hom em tem direito à proteção da lei contra
tais interferências ou ataques.
ARTIGO 13 — (1) Todo hom em tem direito à liberdade de locom oção e
residência dentro das fronteiras de cada E stado. (2) — Todo hom em tem
o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar
ARTIGO 14 — (1) Todo homem , vítim a de perseguição, tem o direito de
p rocurar e de gozar asilo em outros países. (2) — E ste direito não pode
ser invocado em caso de perseguição legitim am ente m otivada por crim es
de direito com um ou poi atos contrários aos objetivos e princípios das
Nações Unidas.
ARTIGO 15 — (1) Todo hom em tem direito a um a nacionalidade. (2) —
Ninguém será arbitrariam ente privado de sua nacionalidade, nem do direito
de m udar de nacionalidade.
ARTIGO 16 — (1) Os hom ens e m ulheres de m aior idade, sem qualquer
restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair m a­
trim ônio e fundar um a fam ília. Gozam de iguais direitos em relação ao
casam ento, sua duração e su a dissolução. (2) — O casam ento não será
válido senão com o livre e pleno consentim ento dos nubentes. (3) — A
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fam ília é o núcleo natural e fundam ental da sociedade e tem direito à pro­
teção da sociedade e do E stado.
ARTIGO 17 — (1) Todo hom em tem direito à propriedade, só ou em so­
ciedade com outros. (2) — Ninguém será arbitrariam ente privado de sua
propriedade.
ARTIGO 18 — Todo hom em tem direito à liberdade de pensam ento, cons­
ciência e religião; este direito inclui a liberdade de m udar de religião ou
crença e a liberdade de m anifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela
prática, pelo culto e pela observância isolada ou coletivam ente, em público
ou em particular.
ARTIGO 19 — Todo hom em tem direito à liberdade de opinião e expres­
são, direito esse que inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões
e de procurar, receber e tran sm itir inform ações e idéias por quaisquer
m eios e ihdependentem ente de fronteiras.
ARTIGO 20 — (1) Todo hom em tem direito à liberdade de reunião e as­
sociação pacíficas. (2) — Ninguém pode ser obrigado a fazer p arte de um a
associação.
ARTIGO 21 — (1) Todo hom em tem o direito de tom ar p arte no governo
de seu país, diretam ente ou por interm édio de representantes livrem ente
escolhidos. (2) — Todo hom em tem direito de acesso ao serviço público
de seu país. (3) — A vontade do povo será a base da autoridade do go­
verno; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por
sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure
a liberdade de voto.
ARTIGO 22 — Todo homem , como m em bro da sociedade, tem direito à
previdência social e à realização pelo esforço nacional, pela cooperação
internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado,
dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade
e ao livre desenvolvim ento de sua personalidade.
ARTIGO 23 — (1) Todo hom em tem direito ao trabalho, à livre escolha
de em prego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção con­
tra o desem prego. (2) — Todo homem, sem distinção qualquer, tem di­
reito a igual rem uneração por igual trabalho. (3) — Todo hom em que tra ­
balha tem direito a um a rem uneração ju sta e satisfatória, que lhe asse­
gure, assim como à sua fam ilia, um a existência com patível com a digni­
dade hum ana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de
proteção social. (4 ) — Todo hom em tem direito a organizar sindicatos e
a nestes ingressar p ara proteção de seus interesses.
ARTIGO 24 — Todo hom em tem direito a repouso e lazer, inclusive a li­
m itação razoável das horas de trabalho e a férias rem uneradas periódicas.
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ARTIGO 25 — (1) Todo hom em tem direito a um padrão de vida capaz


de assegurar-lhe e à sua fam ília saúde e bem -estar, inclusive alim entação,
vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis,
e o direito à previdência em caso de desem prego, doença, invalidez, viuvez,
velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circuns­
tâncias fora de seu controle. (2) — A m aternidade e a infância têm direito a
cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou
fora do m atrim ônio, gozarão da m esm a proteção social.
ARTIGO 26 — (1) Todo hom em tem direito à instrução. A instrução será
gratuita, pelo m enos nos graus elem entares e fundam entais. A instrução
elem entar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível
a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no m érito. (2) —
A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvim ento da per­
sonalidade hum ana e do fortalecim ento do respeito pelos direitos do ho­
m em e pelas liberdades fundam entais. A instrução prom overá a com preen­
são, a tolerância e am izade entre todas as nações e grupos raciais ou re­
ligiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da m a­
nutenção d a paz. (3) — Os pais têm prioridade de direito na escolha do
gênero de instrução que será m inistrada a seus filhos.
ARTIGO 27 —■ (1) Todo hom em tem direito de participar livrem ente da
vida cultural da com unidade, de fru ir as artes e de participar do progresso
científico e de seus benefícios. (2) — Todo hom em tem direito à proteção
dos interesses m orais e m ateriais decorrentes de qualquer produção cientí­
fica, literária ou artística da qual seja autor.
ARTIGO 28 — Todo hom em tem direito a um a ordem social e internacio­
nal em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente D eclaração
possam ser plenam ente realizados.
ARTIGO 29 — (1) Todo hom em tem deveres p ara com a com unidade, na
qual o livre e pleno desenvolvim ento de sua personalidade é possível. (2)
— N o-exercício de seus direitos e liberdades, todo hom em estará sujeito
apenas às lim itações determ inadas pela lei, exclusivam ente com o fim de
assegurar o devido reconhecim ento e respeito dos direitos e liberdades de
outrem e de satisfazer às justas exigências da m oral, da ordem pública e
do bem -estar de um a sociedade dem ocrática. (3) — Esses direitos e liber­
dades não podem , em hipótese algum a, ser exercidos contrariam ente aos
objetivos e princípios das Nações U nidas.
ARTIGO 30 — N enhum a disposição da presente declaração pode ser inter­
pretada como o reconhecim ento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do
direito de exercer qualquer atividade ou p raticar qualquer ato destinado
à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.

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Apêndice B
Inventário Assertivo
As questões seguintes serão úteis p ara estabelecer sua asserção. Seja
sincero em suas respostas. Tudo que você tem a fazer é desenhar um cír­
culo em volta do núm ero que m elhor o descreve. Para algum as questões
o m áxim o em asserção da escala está no 0, p ara outras no 4. Chave: 0 sig­
nifica não ou nunca; i significa um pouco ou às vezes; 2 significa média;
3 significa usualm ente e 4 significa quasle sem pre ou inteiram ente.
1 — Quando um a pessoa se m ostra bastante injusta, você lhe
diz isso? 0 12 3 4
2 — Você acha difícil tom ar decisões? 0 12 3 4
3 — Você critica abertam ente as opiniões, com portam ento, e
idéias dos outros? 0 12 3 4
4 — Você protesta em voz alta quando tom am seu lugar na
fila? 0 12 3 4
5 — Você geralm ente evita as pessoas ou situações por medo
to faça su a p arte no serviço da casa? 01 2 3 4
6 — Você geralm ente confia no seu próprio julgam ento? 0 12 3 4
7 — Você insiste que seu (sua) esposo (a) ou colega de quar­
to faça sua p arte no serviço da casa? 0 12 3 4
8 — Você é propenso a perder o controle? 012 3 4

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9 — Quando o vendedor insiste, você acha difícil dizer “não”,


m esm o se a m ercadoria não lhe interessa? 0 12 3 4
10 — Q uando um a pessoa chega depois de você e é atendida
prim eiro, você denuncia a situação? 0 12 3 4
11 — Você relu ta em falar num a discussão ou debate? 0 12 3 4
12 — Se um a pessoa tom ou dinheiro em prestado (ou livro, rou­
pa, coisa de valor) e dem ora a devolver, você lhe lem bra isso? 0 12 3 4
13 — Você insiste em um argum ento depois que a outra pes­
soa já se cansou da discussão? 0 12 3 4
14 — Você geralm ente expressa seus sentim entos? 0 12 3 4
15 — Você se p ertu rb a se alguém fica olhando você trabalhar? 0 1 2 3 4
16 — Se alguém fica chutando ou em purrando sua cadeira no
cinem a ou em um a conferência, você pede à pessoa p ara parar? 0 1 2 3 4
17 — Você acha difícil olhar nos olhos da pessoa com quem
está falando? 0 12 3 4
18 — E m um bom restaurante, quando a com ida não está bem
feita ou bem servida, você pede ao garçom p ara corrigir a si­
tuação? 0 12 3 4
19 — Quando você descobre que a m ercadoria está defeituosa,
você a devolve ou pede que seja substituída? 0 12 3 4
20 —- Você dem onstra sua raiva dizendo obscenidade ou xin­
gando? 0 12 3 4
21 — Você tenta passar despercebido, como um a parte da
decoração ou da mobília, em situações sociais? 0 12 3 4
22 — Você insiste que seu senhorio (mecânico, etc.) faça con­
sertos, ajustes ou substituições que são da responsabilidade
dele? 0 12 3 4
23 — Você geralm ente tom a a frente e decide pelos outros? 0 12 3 4
24 — Você é capaz de expressar abertam ente am or e afeição? 0 1 2 3 4
25 — Você consegue pedir aos am igos ajuda ou pequenos fa­
vores? 0 12 3 4
26 — Você acha que sem pre tem a resposta certa? 0 12 3 4
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27 — Quando você diverge de alguém que você respeita, tem


coragem de defender seu ponto de vista? 0 12 3 4
28 — Você é capaz de recusar pedidos não razoáveis feitos por
amigos? 0 12 3 4
29 — Você tem dificuldade de elogiar alguém? 0 12 3 4
30 — Se você fica incom odado quando fum am perto de você,
você tem coragem de dizer isso? 0 12 3 4
31 — Você grita ou usa técnicas absurdas p ara obrigar os ou­
tro s a fazer o que você quer? 0 12 3 4
32 — Você term ina as frases dos outros por eles? 0 12 3 4
33 —i Você se envolve em lutas físicas com outros, especial­
m ente com estranhos? 0 12 3 4
34 — Nas refeições fam iliares, você controla a conversa? 0 12 3 4
35 — Quando você é apresentado à alguém, você é o prim eiro
a entabular conversa? 0 1 2 34

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Apêndice C
UM MODELO OOMPORTAMENTAL
PARA O CRESCIMENTO PESSOAL
Dr. Cari Rogers, no seu livro de 1961, Tom ar-se Pessoa, identificou
três características do crescimento pessoal. Estas se prestam como modelos
no processo de desenvolver o crescimento pessoal. Esta lista de verifica­
ção foi desenvolvida pelo Dr. Alberti, baseada nas frases rogerianas:
“Uma Crescente Abertura à Experiência”
Qual foi a última vez que você
. participou de um novo jogo ou esporte?
mudou de idéia sobre um tema importante (político, pessoal ou pro­
fissional)?
. experimentou um novo hobby ou artesanato?
. fez um curso sobre uma nova área de interesse?
. estudou uma nova língua ou cultura?
passou 15 minutos ou mais prestando atenção às sensações do seu cor­
po (relaxamento, tensão, sensualidade)?
ouviu por 15 minutos ou mais, um ponto de vista religioso, político,
profissional ou pessoal do qual você discorda?
provou uma comida diferente, sentiu um cheiro novo ou ouviu um
novo som?

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. perm itiu a si m esm ofa) chorar, ou dizer “você é m uito im portante pa-'
ra m im ”, ou rir até às lágrim as? ou gritar com a potência m áxim a de seus
pulm ões? ou adm itiu que teve medo?
. assistiu ao nascer ou ao pôr do sol? ao vôo de um pássaro ao sabor
do vento? ou ao desabrochar de um a flor?
. viajou para um lugar desconhecido?
. íez um a nova amizade? ou cultivou um a velha amizade?
. passou um a hora ou m ais realm ente comunicando-se (ouvindo ativa­
m ente e respondendo com sinceridade) a um a pessoa de background cul­
tural ou racial diferente do seu?
. fez um a “viagem fan tástica” — perm itindo à sua imaginação um a hora
ou m ais?
“Crescente Vivência Existencial”
Qual foi a ú ltim a vez que você
. fez algo que teve vontade no mom ento, sem pensar nas consequências?
parou p ara "ouvir” o que se passava dentro de você?
. expressou espontaneam ente um sentim ento — raiva, alegria, medo, tris­
teza, carinho — sem “pensar nisso”?
. fez o que queria, no lugar do que achava que “devia” fazer?
. se perm itiu gastar tem po e dinheiro “na h o ra”, em vez de poupar para
am anhã?
. com prou algo que queria impulsivamente?
. fez algo que ninguém (inclusive você) esperava que você fizesse?
“Uma Crescente Confiança no Próprio Organismo”
Qual foi a últim a vez que você
. fez o que parecia certo a você, contra o conselho dos outros?
. se perm itiu experim entar criativam ente novas «bordagens a velhos p ro ­
blem as?
. expréssou um a opinião im popular assertivam ente, na frente da oposição
m ajoritária?
usou seu próprio raciocínio intelectual p ara descobrir a solução de um
problem a difícil?
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. tom ou um a decisão e trabalhou nela im ediatam ente?


. reconheceu por suas próprias ações que pode dirigir a p rópria vida?
. deu im portância a si m esm o (a) a ponto de fazer um exame médico geral
(no últim o ano)?
. contou aos outros sua filosofia de vida ou crença religiosa?
. assum iu um a posição de liderança em sua profissão ou em um a organi­
zação, ou em sua comunidade?
. afirm ou seus sentim entos quando foi tratad a injustam ente?
. arriscou a com partilhar seus sentim entos pessoais com outra pessoa?
. desenhou ou construiu algo você mesmo?
. adm itiu que estava errado?

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