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Encefalomielite aviária
Lorena Carvalho
2017
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Encefalomielite aviária
Cassioli.
2017
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 4
ETIOLOGIA ........................................................................................................................... 5
PATOGÊNESE ...................................................................................................................... 9
PROGNÓSTICO .................................................................................................................. 12
TRATAMENTO................................................................................................................ 12.3
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Introdução
Etiologia
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Epidemiologia
A encefalomielite aviária (EA) , é uma doença infecciosa , causada por um
picornavírus (VEA) , que afeta e infecta as galinhas , perus , faisões e codornas.
Que tem como característica tremores e paralisia do pescoço e cabeça. Porém, as
aves jovens até 6 semanas de idade são as que desenvolvem a doença
O significado econômico da EA está associado ao fato da doença que acaba
tendo uma queda brusca na produção de ovos . Existe a vacina, principalmente para
indivíduos destinados à reprodução.(Carter et al., 1995).
Temos dois tipos de vacinas que são produzidas contra os vírus as
atenuadas e as inativas. A vacina atenuada é aquela em que o vírus encontra-se
vivo mais não tem a capacidade de produzir a doença. Algumas vezes pode ocorrer
que esse vírus reverta a sua forma para selvagem e assim causando algum tipo de
doença. Já na vacina inativada contém o vírus inativo por agentes químicos ou
físicos . Neste caso não ocorre reversão para forma selvagem.
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Ciclo Viral
A replicação do vírus , ocorre no interior da célula do hospedeiro , acaba se
evoluindo seguindo as devidas etapas que são de adsorção , penetração ,
desnudamento , transcrição e tradução (síntese), maturação e liberação. (FLORES, E.
F , 2007)
º Adsorção
º Penetração
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º Desnudamento
º Síntese Viral
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º Montagem e Maturação
º Liberação
A liberação do vírus pode ocorrer por lise celular ou brotamento .Na lise
celular ,por conter uma quantidade de vírus alta, acaba rompendo a célula e
liberando novas partículas virais que vão entrar em outras novas células
normalmente este ciclo é realizado pela saída dos não envelopados. Já os
envelopados saem da células por brotamento , neste caso os nucleocapsídeos
migram para a face interna da membrana celular e saem por brotamento , levando
parte da membrana.
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Patogênese
Uma doença viral ocorre devido a uma consequência da infecção viral em um
determinado hospedeiro, podendo ou não apresentar sinais ou sintoma clínicos.
Entanto quando observamos alterações clínicas no paciente , chamamos de
infecção sintomática ou aparente.
Observamos que em determinados hospedeiros vão ter sinais e sintomas
diferente por uma determinada característica específica do agente , as quais são
influenciadas por fatores genéticos .
No processo da patogênese viral podemos observar doenças mais severas
ou mais brandas (Guanabara Koogan, 2001 ). Isto só ocorre devido a existência de cepas
virais mais ou menos virulentas, tendo uma diferente resposta imunológica do
hospedeiro.
A doença encefalomielite aviária (EA) vai ocorrer através da transmissão
horizontal ou vertical .
Uma das transmissões mais simples é através da ingestão desse vírus por
alimento ou água . Fazendo com que o vírus venha a se multiplicar, e causando
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uma resposta imunológica nos tecidos do intestino onde pode ocorrer uma
multiplicação desse vírus e ocorrendo uma contaminação nas cascas dos ovos.
Durante os primeiros dias de vida os pintinho produz anticorpo , assim
ocasionando a presença de uma doença clínica.
Cheville , em 1970 relatou que pintos infectados nos primeiros dias de vida
geralmente morrem, enquanto os infectados com 8 dias de idade. Podiam se
desenvolver e podem se recuperar, já a infecção após 28 dias não provoca o
aparecimento de sintomas.
Já nas aves adultas é raro acontecer sinais clínicos patognomônicos.
Por conta do vírus infectado na galinha , acaba espalhando seu patógeno
no aparelho reprodutor fazendo com que em torno de onze dias aconteça uma
queda na produção de ovos.
Nas aves adulta a resistência está relacionada à idade, tendo como uma
habilidade maior de produzir anticorpos neutralizantes contra o vírus.
Quando as aves são imunes, a reposta sorológica pode ser relativamente
rápida .
Com os ovos postos em um período de 11 dias após a infecção da
reprodutora , acaba apresentam anticorpos passivos no nascimento do pintinho.
Fazendo com que ganhe uma resistência à infecção nas primeiras semanas de vida
.
Esse anticorpos são transferidos pela fêmea , por via de saco vitelino .
Fazendo com que ocorra uma proteção de 3 a 10 semana de idade (Martins, 2000).
Esse vírus pode acometer diversas parte do corpo do hospedeiro como
pâncreas , fígado , baço , pró-ventrículo , intestino delgado ,ceco , musculatura
esquelética , sistema nervoso central , intestinos e cloaca.
Fazendo com que ocorra uma alteração histopatológica em tecidos e
ocorrendo uma encefalomalácia e distrofia muscular . Ocasionando um stresse na
postura.( MONTASSIER, H.J et at.; 2000).
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Fonte/site ; http://riachodajoaninha.blogspot.com.br/2013_07_01_archive.html
Manifestações Clínicas
A presença dos sintomas clínicos vai depender da idade das aves , no estado
imunitário do plantel e da via de transmissão do vírus.
Os sintomas são apatia, ataxia progressiva, incoordenação, paralisia ,
pintinhos sentando sobre as articulações tíbio-társica, dificuldade de marcha (cai
em decúbito lateral),cegueira ,sintomas nervosos e morte (FLORES, E. F. ,2007)
Os pintinhos com até 3 semanas de vida , vão apresentar falta de
coordenação motora (ataxia) , paralisia , tremores (especificamente no pescoço e
na cabeça), distrofia muscular e mortalidade. Já os pintinhos nascidos durante o
período de baixa eclosão podem apresentar sintomas nervosos e mortalidade nas
primeiras semanas de vida.
Já nas aves adultas não imunizadas e infectadas vão apresentar leve queda
temporária de postura de 5 a 10 % .
Em casos mais agudos de mortalidade , pode atingir até 20% das aves.
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Prognóstico
O prognóstico da encefalomielite aviária é uma doença que particularmente
afeta mais o SNC , ocorrendo mais casos em pintinhos.
Diagnóstico Laboratorial
Temos diferente métodos de diagnóstico dos vírus , que permitem
identificação da morfologia e das proteínas ,além do ácido nucleico.
Muitas vezes é necessário usar mais de um método , a fim de ter um melhor
diagnóstico. Pois existem diferentes vírus que apresentam morfologia semelhantes.
Com a utilização de animais de laboratório e das culturas de células , é
possível isolar e identificar estes agentes. (CAMPBELL, T.W et at.; 2006).Os
ensaios sorológicos são uma das alternativas que permite a avaliação indireta dos
vírus , pela detecção de anticorpos específicos , tanto na fase aguda como na
convalescença.
Temos outros tipos de métodos como vírus neutralizados (VN),teste de
susceptibilidade do embrião , imunofluorescência indireta , imunodifusão , ELISA e
hemaglutinação indireta (FERREIRA, A. W. & ÁVILA, S. L. M. , 2001).
O diagnóstico pode ser confirmado por qualquer histopatologia ou isolamento
do vírus.
Tratamento
Não existe um tratamento satisfatório , a recuperação é natural. Sendo assim
recomendado que se faça a vacinação das aves reprodutoras entre 9 e 15 semanas.
Fazendo com que a imunidade normalmente será longa. (Comitê Brasileiro de
Registros Ornitológicos , 2011)
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Controle e Prevenção
Para que possa obter um animal saudável , longe de infecções é
recomendados a vacinação.
Temos a vacina sistemática dos plantéis de matrizes , que garante uma boa
resposta humoral transmitida à progênie , assim prevenindo a queda de postura e
também a transmissão vertical da doença .
Com uma boa titulação das matrizes, não há necessidade de vacinar o frango
de corte , assim evitando o risco de manifestações da doença.
Uma pesquisa foi feita , e mostrou que foram isolados 1143 cérebro de
pintinhos , naturalmente infectados , levou o nome de Calnek . (CALNEK et al.;
1961). E até hoje está amostra é utilizada para a produção de vacinas , sendo assim
congeladas.
Já em galinha de produção as vacinas devem ser começadas a partir de 8
semanas de vida , pois antes disto elas podem induzir sinais clínicos . A vacinação
deve ocorrer 4 semanas antes da produção, atentando-se ao risco de ocorrer uma
transmissão vertical se caso passar do prazo (MARTINS & SILVA, 2009)
A vacinação pode ser administrada em via membrana da asa ou água de
bebida. Após quatro a seis semanas a primeira vacinação , é recomendado uma
prova sorológica do plantel ( ELISA ) , para ver se vai necessitar de reforço vacinal
, respeitando a um intervalo de 4 semanas.
Para evitar uma transmissão vertical, pode ser utilizada uma vacina inativa no
reforço , pois ela não permite a transmissão do vírus vacinal através do ovo. O que
pode acontecer é apenas uma queda temporária na produção dos ovos. (MARTINS
& SILVA, 2009).
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Considerações Finais
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Referências Bibliográficas
Luiz Rachid Trabulsi ; Microbiologia - 3. ed. - São Paulo: Editora Atheneu, 1999.
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