Sunteți pe pagina 1din 46

O Segundo Livro dos

Reis
Esboço Jeroboão II, de Israel, Quinta Dinastia, 14.23-29
Uzias (Azarias) de Judá, 15.1-7
Acazías, de Israel (continuação), 2 Reis 1.1 -18
Dias Caóticos em Israel, Sexta, Sétima e Oitava Dinastias,
|eorão, de Israel, último Rei da Quarta Dinastia, 3.1 -27; 15.8-31
8.16-24 Jotão e Acaz, de Judá, 15.32— 16.20
Histórias de Eliseu, 4.1 — 8.15 Oséias de Israel, Nona Dinastia. Colapso Final de Israel,
Jeorão e Acazias, de juda, 8.16-29 17.1-41
Período do Antagonismo Renovado entre Judá e Israel, O REINO ÚNICO — JUDÁ, APQ5 A QUEDA DE ISRAEL,
9.1 -1 7 .4 1 18.1— 25.30
jeú de Israel, Fundador da Quinta Dinastia, 9.1 — 10.36 Ezequias, de (udá, 18.1 — 20.21
Atalia, Rainha de Juda, 11.1 -21 Manassés e Amom, de |udá, 21.1 -26
|oás, de |udã, 12.1 -21 Josias, de Judá, 22.1 — 23.30
(eoacaz e Jeoás, de Israel, Reis da Quinta Dinastia, Os Últimos Dias de Juda, 23.31 — 25.21
13.1-25 Gedalias, 25.22-26
Amazias, de judá, 14.1 -22. Observação Final, 25.27-30

Acazias e o profeta Elias 1.1 <>2Sm8.2;


biu ao encontro e nos disse: Ide, voltai para o

1
Depois da morte de Acabe, revoltou-se
2Rs 3.5
rei que vos mandou e dizei-lhe: Assim diz o
Moabe contra Israel.0 SENHOR: Porventura, não há Deus em Israel,
2 E caiu Acazias pelas grades de um para que mandes consultar Baal-Zebube,
quarto alto, em Samaria, e adoeceu; enviou deus de Ecrom? Portanto, da cama a que su­
mensageiros e disse-lhes: Ide e consultai a biste, não descerás, mas, sem falta, morrerás.
Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararei desta 7 Ele lhes perguntou: Qual era a aparência
doença.b do homem que vos veio ao encontro e vos
3 Mas o \njo do Senhor disse a Elias, o falou tais palavras?
tesbita: Dispõe-te, e sobe para te encontrares 8 Eles lhe responderam: Era homem ves­
com os mensageiros do rei de Samaria, e 1.2 M S m 5.10 tido17 de pêlos, com os lombos cingidos de
dize-lhes: Porventura, não há Deus em Israel, um cinto de couro. Então, disse ele: É Elias,
para irdes consultar Baal-Zebube, deus de o tesbita.
Ecrom?
4 Por isso, assim diz o Senhor: Da cama Elias e os três capitães
a que subiste, não descerás, mas, sem falta, 9 Então, lhe enviou o rei um capitão de
morrerás. Então, Elias partiu. cinqüenta, com seus cinqüenta soldados, que
5 E os mensageiros voltaram para o rei, e subiram ao profeta, pois este estava assentado
este lhes perguntou: Que há, por que vol- no cimo do monte; disse-lhe o capitão: Ho­
tastes? 1.8 mem de Deus, o rei diz: Desce.
6 Eles responderam: Um homem nos su- 1.6 10 Elias, porém, respondeu ao capitão de
cM t 3.4;
Mc

1.1 Moabe. Os moabitas descendiam de Ló (Cn 19.37). O 1.2 Grades. Deviam pertencer ao terraço dos aposentos parti­
seu território estendia ao sudoeste do mar Morto. Formavam culares que ficavam no teto da casa, segundo o costume
um reino forte, sendo bem desenvolvido na agricultura, em oriental. Baal-Zebube. É o nome que os israelitas davam a
poderes bélicos e nas artes, destacando-se a sua cerâmica. Baal-Zebul (que quer dizer "Baal, o Príncipe"). A alcunha is­
Apesar disso, Moabe foi subjugado pelo rei Davi (2 Sm 8.2) e raelita significa "Senhor das Moscas". Na época de Jesus, os
sob essa condição de servilismo, prolongou-se até bem de­ judeus aplicavam esse nome ao maioral dos demônios, isto é,
pois da divisão das doze tribos, nos dois reinos, de Israel e de Satanás (Mc 3.22; Mt 10.25).
Judá. A revolta é mencionada como um acontecimento no 1.3 Ecrom. Uma das cinco cidades principais dos filisteus
reinado de Acazias. Como, porém, Acazias reinou pouco (Js 15.45-46; 1 Sm 17.52), é a cidade filistéia mais próxima
tempo (os dois anos mencionados em 1 Rs 22.52 compreen­ do território de Israel.
dem o período que abrange partes de 853 e 852 a.C.;, seu 1.8 Esta descrição é semelhante à que se dá de João Batista
;rmão Jorão ouviu as devidas represálias (3.4-27). (cf Ml 4.5; Mt 11.14; 17.10- 13; Mc 9.11-13; Lc 1.17).
2 REIS 1.11 526
cinqüenta: Se eu sou homem de Deus, desça 1.10 <<Lc 9.54 18 Quanto aos mais atos de Acazias e ao
fogo do céud e te consuma a ti e aos teus que fez, porventura, não estão escritos no Li­
cinqüenta. Então, fogo desceu do céu e o con­ vro da História dos Reis de Israel?
sumiu a ele e aos seus cinqüenta.
11 Tomou o rei a enviar-lhe outro capitão Eliseu é sucessor de Elias

2
de cinqüenta, com os seus cinqüenta; este lhe Quando estava o S e n h o r para tomar
falou e disse: Homem de Deus, assim diz o Elias ao céu por um redemoinho, Elias
rei: Desce depressa. 1.12 eLc 9.54 partiu de Gilgal em companhia de Eliseu.9
12 Respondeu Elias e disse-lhe: Se eu sou 2 Disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, por­
homem de Deus, desça fogo do céue e te que o S e n h o r me enviou a Betei. Respondeu
consuma a ti e aos teus cinqüenta. Então, fogo Eliseu: Tão certo como vive o S e n h o r e vive
de Deus desceu do céu e o consumiu a ele e a tua alma, não te deixarei. E, assim, desce­
aos seus cinqüenta. ram a Betei.h
13 Tomou o rei a enviar terceira vez um 3 Então, os discípulos dos profetas que es-
capitão de cinqüenta, com os seus cinqüenta; 1.13 tavam em Betei saíram ao encontro de Eliseu
então, subiu o capitão de cinqüenta. Indo ele, n Sm 26.21
e lhe disseram: Sabes que o S e n h o r , hoje,
pôs-se de joelhos diante de Elias, e suplicou- tomará o teu senhor, elevando-o por sobre a
lhe, e disse-lhe: Homem de Deus, seja, peço- tua cabeça? Respondeu ele: Também eu o sei;
te, preciosa aos teus olhos a minha vida e a calai-vos.'
vida destes cinqüenta, teus servos ;f 4 Disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, por­
14 pois fogo desceu do céu e consumiu que o S e n h o r me enviou a Jericó. Porém ele
aqueles dois primeiros capitães de cinqüenta, disse: Tão certo como vive o S e n h o r e vive
com os seus cinqüenta; porém, agora, seja 2.1 gCn 5.24; a tua alma, não te deixarei. E, assim, foram a
preciosa aos teus olhos a minha vida. 1Rs 19.21
Jericó.
15 Então, o Anjo do S e n h o r disse a 5 Então, os discípulos dos profetas que es-
Elias: Desce com este, não temas. Levantou- tavam em Jericó se chegaram a Eliseu e lhe
se e desceu com ele ao rei. disseram: Sabes que o S e n h o r , hoje, tomará
16 E disse a este: Assim diz o S e n h o r : o teu senhor, elevando-o por sobre a tua ca­
Por que enviaste mensageiros a consultar beça? Respondeu ele: Também eu o sei;
Baal-Zebube, deus de Ecrom? Será, acaso, calai-vos.
por não haver Deus em Israel, cuja palavra se 2.2 f>Rt 1.15-16;
6 Disse-lhe, pois, Elias: Fica-te aqui, por­
consultasse? Portanto, desta cama a que su- 1Sm 1.26;
2Rs 1.4,6 que o S e n h o r me enviou ao Jordão. Mas ele
biste, não descerás, mas, sem falta, morrerás. disse: Tão certo como vive o S e n h o r e vive
a tua alma, não te deixarei. E, assim, ambos
A morte de Acazias foram juntos.
17 Assim, pois, morreu, segundo a palavra 7 Foram cinqüenta homens dos discípulos
do S e n h o r , que Elias falara; e Jorão, seu dos profetas e pararam a certa distância deles;
irmão, começou a reinar no seu lugar, no ano eles ambos pararam junto ao Jordão.
segundo de leorão, filho de Josafá, rei de 2.3 H Rs 20.35; 8 Então, Elias tomou o seu manto, enro­
ludá, porquanto Acazias não tinha filhos. 2Rs 4.1,38 lou-o e feriu as águas, as quais se dividiram
1.12 Desço fogo. Algumas vezes Deus mandara fogo mila­ autoridade de Elias; a Escola em Gilgal tinha uma vida comu­
groso como revelação do Seu poder (1 Rs 18.38; 2 Rs 2.11) nitária, completa e independente (4.38-44). Aqui Elias está
e como símbolo e instrumento do Seu juízo (Gn 19.24; fazendo sua visita de despedida a três escolas: Gilgal, Betei e
Lv 10.2; Hb 12.29). Jericó.
1.13 Suplicou-lhe. Em atenção à humildade daquele capitão, 2.6 Não te deixarei. O teste final da fidelidade de Eliseu estava
Elias recebera a autorização divina de acompanhá-lo (15), sendo feito antes de sua nomeação definitiva como sucessor
mas a mensagem divina em nada podia ser alterada (16). de Elias (1 Rs 19.16), o ponto culminante do teste seria o de
presenciar o milagre do arrebatamento do seu líder, e, assim,
1.17 Acazias não tinha filhos. Uma parte da profecia sobre o naquele dramático momento, tomar consciência da sua voca­
extermínio da descendência de Acabe (1 Rs 21.21 -22). ção profética (9.13).
2.3 Os discípulos dos profetas. Nos dias de Elias e de Eliseu, • N. Hom. 2.8 Deus permitira ao povo hebreu passar a
existiam várias "Escolas de Profetas". Não se faz claro, exata­ seco pelo rio |ordâo, na ocasião de tomar posse da Terra
mente, o que nelas se estudava, mas compreende-se que Prometida (|s 3.7-17); o espírito do Povo Escolhido estava
eram centros de treinamento espiritual, provavelmente sob a agora concentrado num indivíduo que recebia o mesmo pri-
527 2 REIS 2.22
para os dois lados; e passaram ambos em 2.8/'Êx 14.21; ram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu.
seco.i 2Rs 3.14
Vieram-lhe ao encontro e se prostraram
diante dele em terra.0
Elias é elevado ao céu 16 E lhe disseram: Eis que entre os teus
9 Havendo eles passado, Elias disse a Eli- servos há cinqüenta homens valentes; ora,
seu: Pede-me o que queres que eu te faça, 2 .9 ‘ Dt 21.17
deixa-os ir em procura do teu senhor; pode
antes que seja tomado de ti. Disse Eliseu: ser que o Espírito do S e n h o r o tenha levado
Peço-te que me toque por herança porção do­ e lançado nalgum dos montes ou nalgum dos
brada*1do teu espírito. vales. Porém ele respondeu: Não os e iiv ie is.P
10 Tomou-lhe Elias: Dura coisa pediste. 2.11 '2Rs 6.17
17 Mas eles apertaram com ele, até que,
Todavia, se me vires quando for tomado de ti, constrangido, lhes disse: Enviai. E enviaram
assim se te fará; porém, se não me vires, não cinqüenta homens, que o procuraram três
se fará. dias, porém não o acharam.
11 Indo eles andando e falando, eis que 2.12
18 Então, voltaram para ele, pois perma­
um carro de fogo, com cavalos de fogo, os m2Rs 13.14
necera em Jericó; e ele lhes disse: Não vos
separou um do outro; e Elias subiu ao céu
num redemoinho.( disse que não fósseis?
12 O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai,
meu paim, carros de Israel e seus cavaleiros! 2.14 n2Rs 2.8
EUseu toma saudáveis as águas de Jericó
E nunca mais o viu; e, tomando as suas ves­ 19 Os homens da cidade disseram a Eli­
tes, rasgou-as em duas partes. seu: Eis que é bem situada esta cidade, como
13 Então, levantou o manto que Elias lhe vê o meu senhor, porém as águas são más, e
deixara cair e, voltando-se, pôs-se à borda do 2.15 °2Rs 2.7
a terra é estéril.
Jordão. 20 Ele disse: Trazei-me um prato novo e
14 Tomou o manto que Elias lhe deixara ponde nele sal. E lho trouxeram.
cair, feriu as águas e disse: Onde está o
S e n h o r , Deus de Elias? Quando feriu ele as
2.16 21 Então, saiu ele ao manancial das águas
águas, elas se dividiram para um e outro lado, PlRs 18.12; e deitou sal nele; e disse: Assim diz o
S e n h o r : Tomei saudáveis estas águas; já não
At 8.39
e Eliseu passou."
procederá daí morte nem esterilidade.
Os discípulos dos profetas procuram Elias 22 Ficaram, pois, saudáveis aquelas
15 Vendo-o, pois, os discípulos dos profe­ águas, até ao dia de hoje, segundo a palavra
que Eliseu tinha dito.
2.21 4Êx 15.25;
tas que estavam defronte, em Jericó, disse­ 2Rs 4.41

vílégio que o povo outrora recebera, quando ainda fiel e 2.15 O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. A prova visível
obediente (|s 1.17-18). Assim como Elias ficara quase sozi­ disso foi a autoridade milagrosa concentrada nesse servo de
nho naquela nação apóstata (1 Rs 19.14), Jesus Cristo haveria Deus (8). O espírito e a autoridade eram iguais para ambos
de encarnar e concentrar em si mesmo a missão divina de aqueles grandes profetas, mas suas personalidades eram dife­
reconciliar os homens perdidos com Deus. rentes. Elias subira às alturas do seu apogeu quando das suas
2.9 Porção dobrada. Não quer dizer que Eliseu pretendia ter lutas contra o pecado nacional, mas caíra também nas pro­
duas vezes o poder de Elias, mas sim, estava querendo ser fundezas do desespero. Eliseu não vivia muito acima do nível
herdeiro da missão profética de Elias, e por isso, a porção do povo, mas identificava-se com òs homens, dando-lhés
dupla era a herança do primogênito, comparada com a dos conselhos, curando-os, aliviando-os.
demais filhos. 2.18 Estes discípulos acreditavam em milagres, mas nunca
2.11 Um carro de fogo. O carro era a mais poderosa máquina em uma viagem diretamente aos céus.
de guerra daquela época, e o fogo a força mais destruidora • N. Hom. 2.22 Os dois primeiros milagres que Deus con­
que a ciência conhecia; conclui-se que esta era a manifesta­ cedeu ao Seu servo Eliseu, para comprovar-lhe a veracidade
ção do poder de Deus numa forma visível, que impressionaria da sua vocação, foram eles: a prova da sua autoridade so­
profundamente a Eliseu. Era uma despedida digna de um ho­ bre os poderes da natureza no deserto ajudando o Seu servo
mem que invocara o fogo dos céus em duas épocas cruciais a atravessar o leito do Rio |ordão a seco, sem que houvesse
(1 Rs 18.36-40). Num redemoinho. O mesmo tipo de vento impedimento (14), e o milagre que aliviara o povo de suas
forte que Elias presenciara no Monte Horebe (1 Rs 19.11) so­ dificuldades (22). Foi assim também o início do Ministério de
prara ali para levá-lo a Deus (S1104,4). |esus Cristo: sobrevivência milagrosa no deserto (Mc 1.12-13);
2.12 Carros de Israel. A idéia é que a força verídica de Israel e assistência numa festa de casamento, na qual Sua mãe ha­
estava na mensagem profética, e não nos seus exércitos veria de ser envergonhada por não ter condições de ofere­
(SI 33.16-17). cer a fartura exigida pelos costumes locais (jo 2.1-12).
r zombam de Eliseu 3.1 <-2Rs 1.17 tu comigo à guerra contra Moabe? Respondeu
23 Então, subiu dali a Betei; e, indo ele ele: Subirei; serei como tu és, o meu povo,
pelo caminho, uns rapazinhos saíram da ci­ como o teu povo, os meus cavalos, como os
dade, e zombavam dele, e diziam-lhe: Sobe, 3.2 teus cavalos.w
calvo! Sobe, calvo! 51Rs 16.31-32 8 Então, perguntou Jorão: Por que cami­
24 Virando-se ele para trás, viu-os e os nho subiremos? Respondeu ele: Pelo caminho
amaldiçoou em nome do Senhor; então, do deserto de Edom.
duas ursas saíram do bosque e despedaçaram 3.3(1 Rs 12.28 9 Partiram o rei de Israel, o rei de Judá e
quarenta e dois deles. o rei de Edom; após sete dias de marcha, não
25 Dali, foi ele para o monte Carmelo, de havia água para o exército e para o gado que
onde voltou para Samaria. os seguiam.
3.4 uls 16.1
10 Então, disse o rei de Israel: Ai!
O reinado de Jorão sobre Israel O Senhor chamou a estes três reis para os
entregar nas mãos de Moabe.
3 Jorão, filho de Acabe, começou a reinar
sobre Israel, em Samaria, no décimo oi­
3.5 ^2Rs 1.1 11 Perguntou, porém, Josafá: Não há,
aqui, algum profeta do Senhor, para que
tavo ano de Josafá, rei de Judá; e reinou doze consultemos o Senhor por ele? Respondeu
anos.r um dos servos do rei de Israel: Aqui está
2 Fez o que era mau perante o Senhor; 3.7 **1Rs 22.4
Eliseu, filho de Safate, que deitava água sobre
porém não como seu pai, nem como sua mãe; as mãos de Elias.*
porque tirou a coluna de Baal, que seu pai 12 Disse Josafá: Está com ele a palavra do
fizera.5 3.11 *1Rs 22.7
Senhor. Então, o rei de Israel, Josafá e o rei
3 Contudo, aderiu aos pecados de Jero- de Edom desceram a ter com ele.)'
boão, filho de Nebate, que fizera pecar a Is­ 13 Mas Eliseu disse ao rei de Israel: Que
rael; não se apartou deles. ‘ 3.12 k2Rs 2.25 tenho eu contigo? Vai aos profetas de teu pai
Eliseu prediz a vitória sobre Moabe e aos profetas de tua mãe. Porém o rei de
Israel lhe disse: Não, porque o Senhor é
4 Então, Mesa, rei dos moabitas, era cria­ 3.13 ^|z 10.14; quem chamou estes três reis para os entregar
dor de gado e pagava o seu tributo ao rei de 1Rs 18.19; nas mãos de Moabe.z
Israel com cem mil cordeiros e a lã de cem Ez 14.3
14 Disse Eliseu: Tão certo como vive o
mil carneiros.u Senhor dos Exércitos, em cuja presença es­
5 Tendo, porém, morrido Acabe, revol­ tou, se eu não respeitasse a presença de Jo­
tou-se o rei de Moabe contra o rei de Israel.1' 3.14°lRsl7.1; safá, rei de Judá, não te daria atenção, nem te
6 Por isso, Jorão, ao mesmo tempo, saiu 2Rs 5.16
contemplaria.0
de Samaria e fez revista de todo o Israel. 15 Ora, pois, trazei-me um tangedor.
7 Mandou dizer a Josafá, rei de Judá: Quando o tangedor tocava, veio o poder de
O rei de Moabe se revoltou contra mim; irás 3.15 (>1Sm 10.5 Deus sobre Eliseu.b
2.23 Rapazinhos. Uns jovens de 12 a 16 anos de idade, tal­ estava sendo quase forçada a obedecer aos desígnios do rei
vez, desafiaram o profeta a tentar "subir"; isto é, chegar ao de Israel.
alto no conceito religioso em Betei, o centro da idolatria em 3.8 Edom. Este país ainda estava sob o poderio do rei de
Israel (1 Rs 13.1 ss). Alguns pensam que "calvo" refere-se à Judá, e do seu próprio rei (nomeado pelo rei de judá como
calvície usada por pessoas enlutadas; é possível que, em Betei, governador, 1 Rs 22.47-48) tinha de acompanhar a expedi­
estava sendo preparada para Eliseu, não uma recepção digna ção, que se enveredara por aquele roteiro difícil, pois Mesa já
de um profeta, mas sim, um linchamento ao homem acusado havia fortalecido suas fronteiras.
de ter assassinado seu predecessor. Deus escolhera a Eliseu,
3.10 O instigador da invasão foi o primeiro a se amedrontar;
dotando-o de poderes espirituais, mas alguns homens rejeita­
isto acontece com os valentões.
ram-no, atribuindo-lhe poderes malignos, a milagres sobre­
naturais, cometendo, com isso, imperdoável blasfêmia contra 3.11 Deitava água. Na condição de servo, companheiro, dis­
o Espírito (Mt 12.22-32, especialmente v 31). cípulo, amigo e herdeiro - a mesma relação entre os discípu­
los de Jesus e Seu Mestre!
3.5 Revoltou-se. A recusa a pagar-se tributo aconteceu no
3.15 Tangedor. Eliseu, como servo de Deus, não precisava
ano anterior, no tempo do rei Acazias, cujo reinado foi redu­
curvar-se diante de qualquer posição humana. Reconhe­
zido em razão do acidente sofrido como punição à sua idola­
cendo a piedade religiosa de |osafá, chama alguém para tocar
tria (1.2).
música, o que preparou o profeta para a comunhão com
3.7 Subirei. Naquela época, segundo os arqueólogos, )udá Deus.
529 2 REIS 4.4
16 Este disse: Assim diz o Senhor: Fazei, 3.16 r2Rs 4.3 traram os israelitas na terra e também aí feri­
neste vale, covas e covas.c ram aos moabitas.
17 Porque assim diz o Senhor: Não sen- 25 Arrasaram as cidades, e cada um lan­
tireis vento, nem vereis chuva; todavia, este çou a sua pedra em todos os bons campos, e
vale se encherá de tanta água, que bebereis os entulharam, e taparam todas as fontes de
vós, e o vosso gado, e os vossos animais. águas, e cortaram todas as boas árvores, até
18 Isto é ainda pouco aos olhos do que só Quir-Haresete ficou com seus muros;
Senhor; de maneira que também entregará mas os que atiravam com fundas a cercaram
3.20
dix 29.39-40
Moabe nas vossas mãos. e a feriram.2
19 Ferireis todas as cidades fortificadas e 26 Vendo o rei de Moabe que a peleja
todas as cidades principais, e todas as boas prevalecia contra ele, tomou consigo setecen-
árvores cortareis, e tapareis todas as fontes de tos homens que arrancavam espada, para
água, e danificareis com pedras todos os bons romperem contra o rei de Edom, porém não
campos. puderam.
20 Pela manhã, ao apresentar-se a oferta 3.25 <Ms 16.7
27 Então, tomou a seu filho primogênito,
de manjares, eis que vinham as águas pelo que havia de reinar em seu lugar, e o ofereceu
caminho de Edom; e a terra se encheu de em holocausto sobre o muro; pelo que houve
água.d grande ira contra Israel; por isso, se retiraram
dali e voltaram para a sua própria terra.f
A derrota de Moabe
21 Ouvindo, pois, todos os moabitas que Eliseu aumenta o azeite da viúva

4
3.27 f2Rs 8.20
os reis tinham subido para pelejar contra eles, Certa mulher, das mulheres dos discípu­
todos os que cingiam cinto, desde o mais los dos profetas, clamou a Eliseu, di­
novo até ao mais velho, foram convocados e zendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu
postos nas fronteiras. sabes que ele temia ao Senhor. É chegado o
22 Levantando-se de madrugada, em credor para levar os meus dois filhos para lhe
saindo o sol sobre as águas, viram os moabi­ serem escravos. 9
tas defronte deles as águas vermelhas como 4.1 sLv 25.39; 2 Eliseu lhe perguntou: Que te hei de fa­
sangue. 1Rs 20.35
zer? Dize-me que é o que tens em casa. Ela
23 E disseram: Isto é sangue; certamente, respondeu: Tua serva não tem nada em casa,
os reis se destruíram e se mataram um ao senão uma botija de azeite.
outro! Agora, pois, à presa, ó Moabe! 3 Então, disse ele: Vai, pede emprestadas
24 Porém, chegando eles ao arraial de Is­ vasilhas a todos os teus vizinhos; vasilhas va­
rael, os israelitas se levantaram e feriram aos zias, não poucas.h
moabitas, os quais fugiram diante deles; en­ 4.3 h2Rs 3.16 4 Então, entra, e fecha a porta sobre ti e
S.18 A promessa da libertação do perigo, é acompanhada de mente naquela época da história de Israel que a idolatria se
um senso de responsabilidade em cumprir os propósitos divi­ acentuara entre os israelitas).
nos; também os que conhecem Jesus como Salvador, devem 4.1 Escravos. Os filhos eram considerados como bens transfe-
observar os Seus ensinamentos. Se a ordem dada parece ser ríveis; serviam, portanto, para resgatar dívidas.
cruel, lembre-se que Moabe sempre foi uma ameaça para o
povo de Deus, interrompendo-lhe a marcha para Canaã 4.2 Uma botija de azeite. • N. Hom. Eliseu principiara do
(Jz 11.17); levando-o à idolatria (Nm 25.1-3); subjugando-o ponto em que a mulher se encontrava, no que se refere às
por 18 anos (Jz 3.14). suas possessões (cf 1 Rs 17.12-16). Também dessa forma, Je­
sus conversou com a mulher samaritana, primeiro sobre a
3.25 Quir-Haresete. Esta cidade fortificada, tinha uma posi­
água (o que ela viera buscar), depois sobre seu passado peca­
ção estratégica sobre uma montanha rochosa; era forte o bas­
minoso (o motivo pelo qual ela vinha em busca d'água numa
tante para resistir à invasão da capital de Moabe; também
hora em que tinha a certeza que não se encontraria com
chamada Quir-Moabe (Is 15.1).
ninguém da cidade), e só depois falou-lhe sobre as coisas
3.26 Contra o rei. A tradução pode ser "de encontro com o eternas (Jo 4 .1-42). Assim também se efetuou a restauração,
rei", o qual seria um súdito muito constrangido, naquela inva­ cada um construindo o muro defronte à sua própria casa
são; poucos anos mais tarde, fizeram uma aliança com Edom. (Ne 3.10). De igual modo Jesus nos aceita, tal como somos,
3.27 Houve grande ira. Ou este ato de desespero despertou, tendo oferecido Sua vida em favor dos ímpios, aos quais, só
em Judá e Edom, ódio contra o espírito vingativo de Israel, ou depois de aceitarem Sua redenção na cruz, é que lhes será
talvez devamos entender que os aliados ficaram abalados concedido poder divino para se tornarem santos
pelo terror supersticioso da ira da divindade local. (Foi justa­ (Rm 5.6-11).
1 KEIS 4.5 530
sobre teus filhos, e deita o teu azeite em todas 4.8 ijs 19.18 Eis que tu nos tens tratado com muita abnega­
aquelas vasilhas; põe à parte a que estiver ção; que se há de fazer por ti? Haverá alguma
cheia. coisa de que se fale a teu favor ao rei ou ao
5 Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre comandante do exército? Ela respondeu: Ha­
si e sobre seus filhos; estes lhe chegavam as bito no meio do meu povo.
vasilhas, e ela as enchia. 14 Então, disse o profeta: Que se há de
6 Cheias as vasilhas, disse ela a um dos fazer por ela? Geazi respondeu: Ora, ela não
filhos: Chega-me, aqui, mais uma vasilha. tem filho, e seu marido é velho.
Mas ele respondeu: Não há mais vasilha ne­ 15 Disse Eliseu: Chama-a. Chamando-a
nhuma. E o azeite parou. ele, ela se pôs à porta.
7 Então, foi ela e fez saber ao homem de 16 Disse-lhe o profeta: Por este tempo,
Deus; ele disse: Vai, vende o azeite e paga a daqui a um ano, abraçarás um filho. Ela disse:
tua dívida; e, tu e teus filhos, vivei do resto. Não, meu senhor, homem de Deus, não min­
tas à tua serva./
EUseu e a sunamita 17 Concebeu a mulher e deu à luz um
8 Certo dia, passou Eliseu por Suném, filho, no tempo determinado, quando fez um
onde se achava uma mulher rica, a qual o ano, segundo Eliseu lhe dissera.
constrangeu a comer pão. Daí, todas as vezes 18 Tendo crescido o menino, saiu, certo
que passava por lá, entrava para comer.' dia, a ter com seu pai, que estava com os
9 Ela disse a seu marido: Vejo que este segadores.
que passa sempre por nós é santo homem de 19 Disse a seu pai: Ai! A minha cabeça!
Deus. Então, o pai disse ao seu moço: Leva-o a
10 Façamos-lhe, pois, em cima, um pe­ sua mãe.
queno quarto, obra de pedreiro, e ponhamos- 20 Ele o tomou e o levou a sua mãe, sobre
lhe nele uma cama, uma mesa, uma cadeira e cujos joelhos ficou sentado até ao meio-dia, e
um candeeiro; quando ele vier à nossa casa, morreu.
retirar-se-á para ali. 21 Subiu ela e o deitou sobre a cama do
11 Um dia, vindo ele para ali, retirou-se homem de Deus; fechou a porta e saiu.
para o quarto e se deitou. 22 Chamou a seu marido e lhe disse:
12 Então, disse ao seu moço Geazi: Manda-me um dos moços e uma das jumen­
Chama esta sunamita. Chamando-a ele, ela se tas, para que eu corra ao homem de Deus e
pôs diante do profeta. 4.16íCn 18.10; volte.
13 Este dissera ao seu moço: Dize-lhe: 2Rs 18.28 23 Perguntou ele: Por que vais a ele hoje?
4.7 Vende o azeite. Este milagre tem certa semelhança com o 4.16 A angústia de um casal velho e sem filhos, seguida pela
milagre de Elias mencionado em 1 Rs 17.8-16. • N. Hom. inesperada alegria de recebê-lo quando já se lhe fugira toda
Quem deseja ter uma vida cheia da unção do Espírito de a esperança, é um sentimento cuja expressão transcende à
Deus, sendo comparado ao azeite, precisa possuir as três qua­ compreensão humana. Isto, várias vezes se revelara na histó­
lidades que são as condições de receber essa unção, ou seja, ria do povo de Deus; Cn 21.1-5 (o nascimento de Isaque);
três receptáculos ou vasilhames simbólicos: 1) A vasilha do 1 Sm 1.5,20 (o nascimento de Samuel); Cn 30.22-24;
desejo de receber, Tg 1.6; 2) A vasilha da fé, Mt 21.22; 3) A Cn 37.1-36 (o nascimento de )osé e o resultado histórico, o
vasilha da obediência, Jo 14.15-16. A mulher recebera exata­ ciúme de seus irmãos em razão da preferência que ele gozava
mente tanto azeite quantas vasilhas possuía, e também tantas da parte de seu genitor).
vasilhas quanto seu desejo, sua, fé e sua obediência a impul­
sionara a tomar emprestadas. 4.20 Morreu. Uma forte dor de cabeça, provocada por um
forte Sol, quando da época da sega, ocasionou sua morte;
4.8 Suném. Uma cidade no território da tribo de Issacar,
deve ter sido uma insolação.
perto de Jezreel, 1 Rs 1.3,15.
4.10 Obra de pedreiro. Era um aposento permanente, e não o • N. Hom. 4.23 Por que vais. Nota-se a atitude semi-reli-
tipo de sala de emergência, que comumente era composta de giosa, comum naquela época: a religião do pagão era o apare­
uma tenda estendida sobre o teto ou telhado plano. A mesa cer em cerimônias religiosas, alternado por um comporta­
com lâmpada nos dá a impressão de que os profetas da mento anti-religioso até a próxima festa. Para eles, o sacer­
época esquadrinhavam sobre ela os Livros de Moisés, como dote, o profeta e o ministro eram apenas os celebrantes da
fonte inspiradora para suas mensagens. liturgia. Esse homem não podia compreender que a reli­
4.13 Meu povo. Era uma mulher de bens, cercada por familia­ gião verdadeira traz soluções às situações angustiantes da vida
res, que não precisava da intercessão de terceiros em seu diária; deve-se buscar a Deus em quaisquer circunstân­
favor. cias (Ec 12.1; Is 53.6; Os 10.12; 2 Co 6.2).
531 2 REIS 4.42
Não é dia de Festa da Lua Nova nem sábado. 4.25 *2Rs 2.25 nino e, pondo a sua boca sobre a boca dele, os
Ela disse: Não faz mal. seus olhos sobre os olhos dele e as suas mãos
24 Então, fez ela albardar a jumenta e sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a
disse ao moço: Guia e anda, não te detenhas 4.28 '2Rs4.16
carne do menino aqueceu. 9
no caminhar, senão quando eu to disser. 35 Então, se levantou, e andou no quarto
25 Partiu ela, pois, e foi ter com o homem uma vez de lá para cá, e tomou a subir, e se
de Deus, ao monte Carmelo. Vendo-a de 4.29 mEx 7.19;
1Rs 18.46; estendeu sobre o menino; este espirrou sete
longe o homem de Deus, disse a Geazi, seu 2Rs 2.8,14; vezes e abriu os olhos/
moço: Eis aí a sunamita;* At 19.12
36 Então, chamou a Geazi e disse: Chama
26 corre ao seu encontro e dize-lhe: Vai a sunamita. Ele a chamou, e, apresentando-se
tudo bem contigo, com teu marido, com o ela ao profeta, este lhe disse: Toma o teu
menino? Ela respondeu: Tudo bem. 4.30 "2Rs 2.2
filho.
27 Chegando ela, pois, ao homem de 37 Ela entrou, lançou-se aos pés dele e
Deus, ao monte, abraçou-lhe os pés. Então, se prostrou-se em terra; tomou o seu filho e
chegou Geazi para arrancá-la; mas o homem 4.31 o|o 11.11
saiu.5
de Deus lhe disse: Deixa-a, porque a sua alma
está em amargura, e o Senhor mo encobriu A morte que havia na panela ê tirada
e não mo manifestou.
4.33

28 Disse ela: Pedi eu a meu senhor algum


Pl Rs 17.20;
38 Voltou Eliseu para Gilgal. Havia fome
naquela terra, e, estando os discípulos dos
2Rs4.4
filho? Não disse eu: Não me enganes?1 profetas assentados diante dele, disse ao seu
29 Disse o profeta a Geazi: Cinge os lom­ moço: Põe a panela grande ao lume e faze um
bos, toma o meu bordão contigo e vai. Se 4.34 <!l Rs 17.21
cozinhado para os discípulos dos profetas.'
encontrares alguém, não o saúdes, e, se al­ 39 Então, saiu um ao campo a apanhar
guém te saudar, não lhe respondas; põe o meu ervas e achou uma trepadeira silvestre; e, co­
bordão sobre o rosto do menino."1 4.35
lhendo dela, encheu a sua capa de colocínti-
30 Porém disse a mãe do menino: Tão
n Rs 17.21 ;

certo como vive o Senhor e vive a tua alma,


2Rs 8.1,5
das; voltou e cortou-as em pedaços, pondo-os
não te deixarei. Então, ele se levantou e a na panela, visto que não as conheciam.
seguiu." 4.37*1 Rs 17.23 40 Depois, deram de comer aos homens.
31 Geazi passou adiante deles e pôs o bor­ Enquanto comiam do cozinhado, exclama­
dão sobre o rosto do menino; porém não ram: Morte na panela, ó homem de Deus! E
houve nele voz nem sinal de vida; então, vol­ 4.38 i2Rs 2.1; não puderam comer. “
tou a encontrar-se com Eliseu, e lhe deu Lc 10.39 41 Porém ele disse: Trazei farinha. Ele a
aviso, e disse: O menino não despertou.0 deitou na panela e disse: Tira de comer para
32 Tendo o profeta chegado à casa, eis o povo. E já não havia mal nenhum na
que o menino estava morto sobre a cama. 4.40 «Êx 10.17
panela.v
33 Então, entrou, fechou a porta sobre eles
ambos e orou ao Senhor,p 4.41 vÊx 15.25;
Vinte pães satisfazem a cem homens
34 Subiu à cama, deitou-se sobre o me­ 2Rs 2.21 42 Veio um homem de Baal-Salisa e
4.26 Tudo bem. A mulher respondeu com a simples saudação sou chegar ao ponto de descrever a morte do menino - e
tradicional "Shalom", que quer dizer paz, saúde, prosperi­ agora seu servo está investido de uma missão de misericórdia,
dade; ela não tinha nada a conversar com quem quer que que não permite as longas saudações orientais. Assim tam­
fosse, até expor suas angústias diante do homem de Deus, bém foram enviados os servos de |esus (Lc 10.4).
que lhe haveria dejnpstrar a solução daquele problema. 4.33 Orou. Milagres semelhantes se encontram em
4.27 Deixa-a. Aqui o profeta está mostrando algo daquela 1 Rs 17.17-23; At 9.40.
terna compaixão e compreensão, que sempre fora a marca 4.38 Voltou. Foi um percurso cíclico do profeta, assim como
inconfundível do caráter do Senhor jesus Cristo, quando Se Samuel fazia o seu circuito de juiz (1 Sm 7.16). As escolas,
revelou entre os homens, na terra (Mt 19.3-15). naquela época difícil, mantinham-se na mais absoluta simpli­
4.29 Bordão. O símbolo da autoridade, tanto de um rei, cidade e pobreza: seus alunos alimentavam-se de sopa de
como de um pastor; da autoridade espiritual de quem está ervilhas silvestres (39). Tão aguda foi então a fome, que não
vivendo como embaixador do Rei dos reis; da ternura pastoral houve sequer cuidado em escolher as ervas (a colocíntida é
de quem se dedica a restaurar os homens desgarrados à ple­ venenosa).
nitude da comunhão com Deus. Não o saúdes. O profeta 4.42 Primícias. Este incidente deve ter acontecido algum
compreendeu a urgência da situação - a mulher não preci­ tempo depois daquele descrito em 38-41, que é uma situa-
2 REIS 4.43 532
trouxe ao homem de Deus pães das primícias, 4.42 w1Sm 9.4; que dizia: Logo, em chegando a ti esta carta,
vinte pães de cevada, e espigas verdes no seu 1Co9.11;
Cl 6.6 saberás que eu te enviei Naamã, meu servo,
alforje. Disse Eliseu: Dá ao povo para que para que o cures da sua lepra.
coma." 7 Tendo lido o rei de Israel a carta, rasgou
43 Porém seu servo lhe disse: Como hei as suas vestes e disse: Acaso, sou Deus com
de eu pôr isto diante de cem homens? Ele poder de tirar a vida ou dá-la, para que este
tomou a dizer: Dá-o ao povo, para que coma; 4.43 *Lc 9.13;. envie a mim um homem para eu curá-lo de
porque assim diz o S e n h o r : Comerão, e so­ Jo 6.9,11 sua lepra? Notai, pois, e vede que procura um
bejará. * pretexto para romper comigo.*
44 Então, lhos pôs diante; comeram, e 8 Ouvindo, porém, Eliseu, homem de
ainda sobrou, conforme a palavra do Deus, que o rei de Israel rasgara as suas ves­
S e n h o r .) ' tes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as
4.44 /Mt 14.20
tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que
Naamã é curado de lepra há profeta em Israel.

5 9 Veio, pois, Naamã com os seus cavalos


Naamãz, comandante do exército do rei
da Síria, era grande homem diante do seu e os seus carros e parou à porta da casa de
senhor e de muito conceito, porque por ele5.1ozLc4.27 Eliseu.
Senhor dera vitória à Síria; era ele herói da 10 Então, Eliseu lhe mandou um mensa­
guerra, porém leproso. geiro, dizendo: Vai, lava-te sete vezes no Jor­
2 Saíram tropas da Síria, e da terra de Is­ dão, e a tua carne será restaurada, e ficarás
rael levaram cativa uma menina, que ficou ào limpo.c
serviço da mulher de Naamã. 5.5 o1Sm 9.8; 11 Naamã, porém, muito se indignou e se
3 Disse ela à sua senhora: Tomara o meu 2Rs 8.8-9 foi, dizendo: Pensava eu que ele sairia a ter
senhor estivesse diante do profeta que está em comigo, pôr-se-ia de pé, invocaria o nome do
Samaria; ele o restauraria da sua lepra. S e n h o r , seu Deus, moveria a mão sobre o
4 Então, foi Naamã e disse ao seu senhor: lugar da lepra e restauraria o leproso.
Assim e assim falou a jovem que é da terra de 5.7 í>Cn 30.2; 12 Não são, porventura, Abana e Farfar,
Israel. ISm2.6 rios de Damasco, melhores do que todas as
5 Respondeu o rei da Síria: Vai, anda, e águas de Israel? Não poderia eu lavar-me ne­
enviarei uma carta ao rei de Israel. Ele partiu les e ficar limpo? E voltou-se e se foi com
e levou consigo dez talentos de prata, seis mil indignação.
siclos de ouro e dez vestes festivais.0 13 Então, se chegaram a ele os seus ofi­
6 Levou também ao rei de Israel a carta, 5.10 c2Rs 4.41 ciais e lhe disseram: Meu pai, se te houvesse
ção da época da fome. Temos aqui uma estação de ceifa, razão por que o profeta tomou logo conhecimento do caso.
cujas primícias, em parte, eram destinadas aos sacerdotes Pena é que, quando o rei gritou "Acaso sou Deus?", nem
(Lv 23.10,17; Dt 18.3-5). A entrega dessas primícias a Eliseu sequer pensou em chamar o profeta dAquele que é o Deus
mostra-nos que era ele considerado como um verdadeiro ho­ Todo-Poderoso. Saberá. Cf 1 Rs 18.36.
mem de Deus. Eliseu, por seu turno, usava as contribuições 5.10 Um mensageiro. Eliseu não dera atenção àquele grande
recebidas para o sustento da causa de Deus, alimentando os herói de guerra; nem se deu ao trabalho para sair de casa e
membros da escola dos Profetas, desempenhando sua res­ cumprimentá-lo!
ponsabilidade no reino de sacerdotes (Èx 19.6).
5.11 Se indignou. • N. Hom. Agora compreende-se porque
5.1 Leproso. Em Israel, não seria possível um leproso ocupar
Eliseu tratou o general tão abruptamente: o orgulhoso
uma posição de destaque (Lv 13.45-46).
Naamã pensava que, para um grande homem como ele, for­
5.5 Ao rei de Israel. Segundo o costume dos pagãos, o sacer­ çosamente haveria especiais atenções e uma cura milagrosa, e
dote e o profeta nada mais eram do que empregados da mesmo dramática; atitude esta que não se enquadra nos ensi­
corte do rei; por isso mandou um pagamento adiantado pela namentos bíblicos. A mensagem da Bíblia é de igualdade en­
cura. A soma total eqüivaleria 340kg de prata e 68kg de ouro, tre os homens na presença de Deus, e, perante Ele, todos
uma soma digna de um rei para efetuar o pagamento a um haverão de se apresentar com humildade aceitando a obra de
colega seu pelos serviços de um profeta. |esus Cristo, pela qual nos concede a salvação e as bênçãos
5.7 Rasgou as suas vestes. Sinal de luto, horror ou desespero eternas (Rm 3.23; At 17.25-26; Tt 3.5).
entre os israelitas. Pretexto. Entre a Síria e Israel houve, na­ 5.13 Não a farias7 Naamã tinha assessores inteligentes, que,
quele século, períodos de guerra e de paz alternados, com com cortesia, humildade e lógica cristalina, souberam tirar
períodos de colaboração. seu comandante do seu estado de indignação e conduzi-lo a
5.8 A moradia de Eliseu não ficava muito longe de Samaria, um clima de compreensão que lhe possibilitaria a cura.
533 2 REIS 5.27
dito o profeta alguma coisa difícil, acaso, não 5.14 <Í|Ó33.25 desse alguma coisa do que trazia: porém, tão
a farias? Quanto mais, já que apenas te disse: certo como vive o Senhor, hei de correr atrás
Lava-te e ficarás limpo. dele e receberei dele alguma coisa.
14 Então, desceu e mergulhou no Jordão 21 Então, foi Geazi em alcance de Naamã;
sete vezes, consoante a palavra do homem de Naamã, vendo que corria atrás dele. saltou
Deus; e a sua carne se tomou como a carne de do carro a encontrá-lo e perguntou: Vai
uma criança, e ficou limpo.d tudo bem?
15 Voltou ao homem de Deus, ele e toda 22 Ele respondeu: Tudo vai bem; meu se­
a sua comitiva; veio, pôs-se diante dele e 5.15 «Cn 33.11 nhor me mandou dizer: Eis que, agora
disse: Eis que, agora, reconheço que em toda mesmo, vieram a mim dois jovens, dentre os
a terra não há Deus, senão em Israel; agora, discípulos dos profetas da região montanhosa
pois, te peço aceites um presente do teu de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata
servo.e e duas vestes festivais.
16 Porém ele disse: Tão certo como vive o 23 Disse Naamã: Sé servido tomar dois
Senhor, em cuja presença estou, não o acei­ talentos. Instou com ele e amarrou dois talen­
tarei. Instou com ele para que o aceitasse, mas tos de prata em dois sacos e duas vestes festi­
ele recusou.f
17 Disse Naamã: Se não queres, peço-te 5.16 fCn 14.23; vais; pô-los sobre dois dos seus moços, os
que ao teu servo seja dado levar uma carga de 2Rs 3.14; quais os levaram adiante dele.
terra de dois mulos; porque nunca mais ofere­
At 8.18,20
24 Tendo ele chegado ao outeiro, to­
cerá este teu servo holocausto nem sacrifício mou-os das suas mãos e os depositou na casa;
a outros deuses, senão ao Senhor. e despediu aqueles homens, que se fo­
18 Nisto perdoe o Senhor a teu servo; ram.
quando o meu senhor entra na casa de Rimom 25 Ele, porém, entrou e se pôs diante de
para ali adorar, e ele se encosta na minha seu senhor. Perguntou-lhe Eliseu: Donde
mão, e eu também me tenha de encurvar na vens, Geazi? Respondeu ele: Teu servo não
casa de Rimom, quando assim me prostrar na foi a parte alguma.
cása de Rimom, nisto perdoe o Senhor a teu 5.18 s2Rs 7.2
26 Porém ele lhe disse: Porventura, não
servo.9 fui contigo em espírito quando aquele homem
19 Eliseu lhe disse: Vai em paz. voltou do seu carro, a encontrar-te? Era isto
ocasião para tomares prata e para tomares
Geazi é atacado de lepra vestes, olivais e vinhas, ovelhas e bois, servos
Quando Naamã se tinha afastado certa dis­ e servas?
tância, . 27 Portanto, a lepra de Naamã se pegará a
20 Geazi, o moço de Eliseu, homem de ti e à tua descendência para sempre. Então,
Deus, disse consigo: Eis que meu senhor im­ 5.27 f>Ex 4.6;
saiu de diante dele leproso, branco como a
pediu a este siro Naamã que da sua mão se lhe neve.'’
2Rs 15.5;
ITm 6.10

5.17 Naamã. Queria levar dali terra para erguer em sua pá­ impor sua própria maneira de entender, de pensar e de agir
tria um altar a Deus - tinha recebido a cura da alma junta­ ao reçém-convertido. Deve confiar em Deus para que o Espí­
mente com a cura do corpo. rito Santo possa completar e aperfeiçoar toda boa obra
5.18 Nisto perdoe. Naamã quer explicar que, quando suas (F p l.6 ).
funções cívicas o forçassem a entrar em um templo pagão, ele
5.20 Geazi. Este discípulo de Eliseu pode ser comparado com
não precisaria ser considerado como participante do culto
Judas Iscariotes, discípulo de Jesus Cristo; ambos tiveram con­
idólatra; ainda não era possuidor daquela fé heróica que
tato prolongado e íntimo com mensageiros de Deus, prefe­
vence a qualquer obstáculo (Mc 9.24).
rindo, porém, o endurecimento da atitude de cinismo,
5.19 Vai em paz. • N. Hom. O profeta quis que o general própria dos desalmados mercenários em práticas religiosas
fosse embora em paz com Deus, sem explicar-lhe todas as (Jo 12.4-6; At 8.18-20, Simão o mágico).
conseqüências da sua escolha religiosa; o próprio Deus o
guiaria em seu caminho, segundo Sua própria vontade, ensi­ 5.26 Fui contigo em espírito. Eliseu deve ter possuído algo se­
nando-o segundo sua capacidade de entender. Assim, o mi­ melhante ao dom do Espírito Santo chamado a Palavra do
nistro cristão deve reconhecer como seu principal dever, Conhecimento, mencionado em 1 Co 12.8. Já sabia até
encaminhar as pessoas num contato real com o Senhor jesus mesmo o que Geazi estava pensando em comprar com dois
Cristo e a Palavra de Deus, não se preocupando demais em talentos de prata.
2B R 56.1 534
i foz flutuar um machado 6.1 '2Rs 4.38
o tinha avisado, e, assim, se salvou, não uma

6 Disseram os discípulos dos profetas a nem duas vezes.


Eliseu: Eis que o lugar em que habita­ 11 Então, tendo-se turbado com este inci­
mos contigo é estreito demais para nós.1' dente o coração do rei da Síria, chamou ele os
2 Vamos, pois, até ao Jordão, tomemos de seus servos e lhes disse: Não me fareis saber
lá, cada um de nós uma viga, e construamos quem dos nossos é pelo rei de Israel?
um lugar em que habitemos. Respondeu 12 Respondeu um dos seus servos: Nin­
ele: Ide. 6.6 /2Rs 2.21 guém, ó rei, meu senhor; mas o profeta Eli­
3 Disse um: Serve-te de ires com os teus seu, que está em Israel, faz saber ao rei de
servos. Ele tomou: Eu irei. Israel as palavras que falas na tua câmara de
4 E foi com eles. Chegados ao Jordão, dormir.
cortaram madeira. 13 Ele disse: Ide e vede onde ele está, para
5 Sucedeu que, enquanto um deles derri- que eu mande prendê-lo. Foi-lhe dito: Eis
bava um tronco, o machado caiu na água; ele que está em Dotã.* (
gritou e disse: Ai! Meu senhor! Porque era 6.13‘ Gn 37.17 14 Então, enviou para lá cavalos, carros e
emprestado. fortes tropas; chegaram de noite e cercaram a
6 Perguntou o homem de Deus: Onde cidade.
caiu? Mostrou-lhe ele o lugar. Então, Eliseu 15 Tendo-se levantado muito cedo o
cortou um pau, e lançou-o ali, e fez flutuar o moço do homem de Deus e saído, eis que
ferro,/ tropas, cavalos e carros haviam cercado a ci­
7 e disse: Levanta-o. Estendeu ele a mão dade; então, o seu moço lhe disse: Ai! Meu
e o tomou. senhor! Que faremos?
6.16120 32.7; 16 Ele respondeu: Não temas, porque
A ação de Eliseu na guerra contra os siros Rm 8.31 mais são os que estão conosco do que os que
8 O rei da Síria fez guerra a Israel e, em estão com eles.'
conselho com os seus oficiais, disse: Em tal e 17 Orou Eliseu e disse: Senhor, peço-te
tal lugar, estará o meu acampamento. que lhe abras os olhos para que veja.
9 Mas o homem de Deus mandou dizer ao O Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu
rei de Israel: Guarda-te de passares por tal que o monte estava cheio de cavalos e carros
lugar, porque os siros estão descendo para ali. de fogo, em redor de Eliseu.m
10 O rei de Israel enviou tropas ao lugar 6.17 m2Rs 2.11; 18 E, como desceram contra ele, orou Eli­
de que o homem de Deus lhé falara e de que Zc 1.8 seu ao Senhor e disse: Fere, peço-te, esta
6.1 A Escola de Profetas, o Instituto Bíblico de Eliseu, estava 6.15 O moço. Este moço, cujo nome não se sabe, ficara no
em pleno desenvolvimento. Nota-se que este profeta aparece lugar de Geazi, 5.26.
como guia e orientador em ocasiões em que a situação é de 6.16 Não temas. • N._Hom. Esta exortação aparece muitas
difícil solução. vezes na Bíblia; nota-se que sempre vem acompanhada de
6.5 O machado. Naquela época, este instrumento seria uma alguma declaração consoladora, como aqui, em Is 41.10, e
invenção nova e de grande valor. (Esta história é de c. em Lc2.10; 12.32. Seria inútil admoestar alguém para que
843 a.C.). não fique com medo, se previamente, a causa desse medo
não é anulada. Para uma mente esclarecida que reconhece
6.6 Fez flutuar o ferro. Cada vez que Eliseu se depara com
que os poucos dias vividos na terra são nada, comparados
seus semelhantes em situações difíceis, lança mão de objetos
com a eternidade, o medo visaria às conseqüências eternas,
singelos para realizar o milagre que solucionaria o problema:
para as quais jesus tem a solução, pois é por Ele que Deus nos
o sal, 2.21; o azeite, 4 .2 -7 ; o hálito, 4.34; a farinha, 4.41; o
outorga a vida eterna (Lc 12.32; Jo-3.16). Esta confiança é
pão, 4.42-44; e de um pau neste versículo. Tais objetos, ne­
exposta em SI 23.4.
nhum efeito podiam ter tido: o que operava era o poder de
Deus através de uma vida de oração e de fé. 6.17 Abriu os olhos. O moço não era cego fisicamente, ape­
nas não possuía percepção espiritual. As forças da proteção
6.11 Não me fareis saber. A não ser por muita cortesia, um rei
divina revelavam-se, agora, de forma que seus olhos huma­
daqueles tempos, suspeitando de traição, poderia ter decapi­
nos podiam enxergar, e sua mente humana podia entender
tado todos os oficiais.
(S1119.18; SI 34.7; Ef Hb 13.1).
6.13 Dotã. Uma cidade situada numa colina, ISkm ao norte
6.18 Cegueira. A palavra sanverim (heb) aparece somente
de Samaria. Foi ali que José foi vendido aos ismaelitas como aqui e em Gn 19.11 (onde se trata de uma punição divina
escravo (Cn 37.17).
para os homens de Sodoma que intentavam lançar mão de
6.14 Um destacamento bélico muito forte para um simples Ló). Deve significar incapacidade de distinguir alguns objetos,
profeta! porque caso se tratasse de cegueira total, aqueles soldados
535 2 REIS 7.2
gente de cegueira. Feriu-a de cegueira, con­ 6.18"Gn 19.11 filho, para que, hoje, o comamos e, amanhã,
forme a palavra de Eliseu." comeremos o meu.
19 Então, Eliseu lhes disse: Não é este o 29 Cozemos, pois, o meu filho e o come­
caminho, nem esta a cidade; segui-me, e mos; mas, dizendo-lhe eu ao outro dia: Dá
guiar-vos-ei ao homem que buscais. E os 6.22 oRm12.20 o teu filho, para que o comamos, ela o es-
guiou a Samaria. condeu.í
20 Tendo eles chegado a Samaria, disse 30 Tendo o rei ouvido as palavras da mu­
Eliseu: Ó S e n h o r , abre os olhos destes ho­ lher, rasgou as suas vestes, quando passava
mens para que vejam. Abriu-lhes o S e n h o r 6.23 p2Rs 5.2 pelo muro; o povo olhou e viu que trazia pano
os olhos, e viram; e eis que estavam no meio de saco por dentro, sobre a pele/
de Samaria.
21 Quando o rei de Israel os viu, pergun­
tou a Eliseu: Feri-los-ei, feri-los-ei, 6.29 iLv 26.29 Eliseu prediz a abundância de víveres
meu pai? 31 Disse o rei: Assim me faça Deus o que
22 Respondeu ele: Não os ferirás; fere bem lhe aprouver se a cabeça de Eliseu, filho
aqueles que fizeres prisioneiros com a tua es­ de Safate, lhe ficar, hoje, sobre os ombros.5
pada e o teu arco. Porém a estes, manda pôr- 6.30 r1Rs 21.27 32 Estava, porém, Eliseu sentado em sua
lhes diante pão e água, para que comam, e casa, juntamente com os anciãos. Enviou o rei
bebam, e tomem a seu senhor.0 um homem de diante de si; mas, antes que o
23 Ofereceu-lhes o rei grande banquete, e mensageiro chegasse a Eliseu, disse este aos
comeram e beberam; despediu-os, e foram 6.31 sRtl.17; anciãos: Vedes como o filho do homicida
para seu senhor; e da parte da Síria não houve 1Rs 19.2 mandou tirar-me a cabeça? Olhai, quando
mais investidas na terra de Israel.P vier o mensageiro, fechai-lhe a porta e em­
Reina fome em Samaria purrai-o com ela; porventura, não vem após
24 Depois disto, ajuntou Ben-Hadade, rei ele o ruído dos pés de seu senhor?f
da Síria, todo o seu exército, subiu e sitiou a 6.32 11Rs 18.4; 33 Falava ele ainda com eles, quando lhe
Samaria.
Lc 13.32
chegou ò mensageiro; disse o rei: Eis que este
25 Houve grande fome em Samaria; eis mal vem do SEN H O R ; que mais, pois, espera­
que a sitiaram, a ponto de se vender a cabeça ria eu do S e n h o r ? "
de um jumento por oitenta siclos de prata e 6.33 u]ó 2.9
um pouco de esterco de pombas por cinco
siclos de prata.
7 Então, disse Eliseu: Ouvi a palavra do
S e n h o r ; assim diz o S e n h o r : Amanhã,
a estas horas mais ou menos, dar-se-á um
alqueire de flor de farinha por um siclo, e dois
26 Passando o rei de Israel pelo muro, gri­
tou-lhe uma mulher: Acode-me, ó rei, meu 7.1 de cevada, por um siclo, à porta de Samaria.1'
senhor! v2Rs 7.18-19 2 Porém o capitão a cujo braço o rei se
27 Ele lhe disse: Se o S e n h o r te não apoiava respondeu ao homem de Deus: Ainda
acode, donde te acudirei eu? Da eira ou do que o S e n h o r fizesse janelas no céu, poderia
lagar? suceder isso? Disse o profeta: Eis que tu o
28 Perguntou-lhe o rei: Que tens? Res­ 7.2 »2Rs7.17; verás com os teus olhos, porém disso não
pondeu ela: Esta mulher me disse: Dá teu Mi 3.10 comerás.*v
não poderiam continuar avançando na direção do profeta, 6.25 Esta carne inferior, custava o equivalente a 971 kg de
não podendo também os sodomitas prosseguir em seus pro­ prata por cabeça; o esterco seria o combustível para refogá-
pósitos, caso estivessem numa situação de cegueira total. la.
6.21 Meu pai. O nome do rei de Israel não aparece nestas 6.32 Homicida. Refere-se a Jorão, filho de Acabe, que matou
narrativas; deve ser )orão, cujo reinado é descrito mais o inocente Nabote.
adiante. As datas dos reis têm menos importância neste Livro
7.2 Poderia suceder isso? A descrença, a ausência de fé, não
do que o relato da vida dos homens de Deus.
somente é um grande pecado contra Deus, mas também
6.23 Não houve mais investidas. O perdão concedido pelo rei, priva indivíduos e nações das bênçãos que Deus lhes deseja
aos soldados, tem, no final, uma vitória mais importante do outorgar. O pecado individual, no caso, tem conseqüências
que a que eles esperavam ganhar (Pv 25.21 -22). nacionais: Nm 13.25-14.38 mostra-nos o povo de Israel for­
6.24 Aqui não há contradição: trata-se agora de guerra e çado a errar quarenta anos no deserto por causa de idêntico
não de incursões e ataques repentinos. pecado (Hb 3.16-19; Mt 13.58).
2 REIS 7.3 536
Quatro leprosos revelam a fuga dos siros 7.3 «Lv 13.46 manhã, seremos tidos por culpados; agora,
3 Quatro homens leprosos estavam à en­ pois, vamos e o anunciemos à casa do rei.
trada da porta, os quais disseram uns aos ou­ 10 Vieram, pois, e bradaram aos porteiros
tros: Para que estaremos nós aqui sentados até da cidade, e lhes anunciaram, dizendo: Fomos
morrermos?* ao arraial dos siros, e eis que lá não havia
4 Se dissermos: entremos na cidade, há ninguém, voz de ninguém, mas somente cava­
fome na cidade, e morreremos lá; se ficarmos los e jumentos atados, e as tendas como
sentados aqui, também morreremos. Vamos, estavam.
pois, agora, e demos conosco no arraial dos 11 Então, os porteiros gritaram e fizeram
siros; se nos deixarem viver, viveremos; se anunciar a nova no interior da casa do rei.
nos matarem, tão-somente morreremos. 12 Levantou-se o rei de noite e disse a
5 Levantaram-se ao anoitecer para se diri­ seus servos: Agora, eu vos direi o que é que
girem ao arraial dos siros; e, tendo chegado à os siros nos fizeram. Bem sabem eles que
entrada do arraial, eis que não havia lá estamos esfaimados; por isso, saíram do ar­
ninguém. raial, a esconder-se pelo campo, dizendo:
6 Porque o Senhor fizera ouvir no arraial Quando saírem da cidade, então, os tomare­
dos siros ruído de carros e de cavalos e o 7.6 y2Sm 5.24; mos vivos e entraremos nela.
ruído de um grande exército; de maneira que 1Rs 10.29; 13 Então, um dos seus servos respondeu e
disseram uns aos outros: Eis que o rei de 2RS19.7
disse: Tomem-se, pois, cinco dos cavalos que
Israel alugou contra nós os reis dos heteus e ainda restam na cidade, pois toda a multidão
os reis dos egípcios, para virem contra nós.)' de Israel que ficou aqui de resto terá a mesma
7 Pelo que se levantaram, e, fugindo ao sorte da multidão dos israelitas que já perece­
anoitecer, deixaram as suas tendas, os seus ram; enviemos homens e vejamos.
cavalos, e os seus jumentos, e o arraial como 14 Tomaram, pois, dois carros com cava­
estava; e fugiram para salvar a sua vida.z los; e o rei enviou os homens após O exército
8 Chegando, pois, aqueles leprosos à en­ dos siros, dizendo: Ide e vede.
trada do arraial, entraram numa tenda, e co­ 15 Foram após eles até ao Jordão; é eis
meram, e beberam, e tomaram dali prata, e que todo o caminho estava cheio de vestes e
ouro, e vestes, e se foram, e os esconderam; de armas que os siros, na sua pressa, tinham
voltaram, e entraram em outra tenda, e dali lançado fora. Voltaram os mensageiros e o
também tomaram alguma coisa, e a escon­ anunciaram ao rei.
deram.
9 Então, disseram uns para os outros: Não Cumpriu-se a profecia de Eliseu
fazemos bem; este dia é dia de boas-novas, e 16 Então, saiu o povo e saqueou o arraial
nós nos calamos; se esperarmos até à luz da 7.7 *SI 48.4-6 dos siros; e, assim, se vendia um alqueire de
7.4 A lepra não destruíra o raciocínio daqueles homens: esta­ versículo 16. Era, portanto, um dia de boas novas e
vam pensando de maneira bem lógica. Legalmente, não ha­ esconder aquelas boas novas seria uma grande maldade.
veria para eles possibilidade de licença para penetrar na De igual modo quem recebe a salvação eterna, a qual vem
cidade (Lv 13.46; Nm 5.2). Estavam nas mesmas condições da graça de Deus e não do merecimento pelas obras humanas
dos sitiados: a morte pela peste ou pela fome dentro da ci­ (Ef 2.8-10), tem grande responsabilidade de espalhar essa boa
dade, e pela espada, ao redor da cidade. nova (Mc 16.15: "Pregai o evangelho a toda criatura". A
melhor pregação é ter vidas frutíferas segundo a vontade
7.6 Ruído de um grande exército. Outras batalhas também fo­
divina. Ef 2.10: "Criados em Cristo )esus para as boas obras".
ram vencidas com o auxílio de estrondos e rumores sobrena­
turais (2 Sm 5.24; 2 Rs 19.7). Heteus. Tribos fortes que 7.13 A multidão. O versículo é difícil de traduzir, mas o sen­
ameaçaram as civilizações da Síria, da Assíria, da Babilônia e tido seria que os cavalos pereceriam como o povo, se não
de Israel. fossem empregados naquele trabalho. Deviam ser os últimos
cinco, e o servo estaria pensando como os leprosos, no v 4.
7.7 Fugiram. "Fogem os perversos, sem que ninguém os per­ Não havia mais nada a perder: a cavalaria já estava inutilizada.
siga" (Pv 28.1). Esta é a punição da desobediência
7.16 O mesmo Deus que outrora mandara o maná para o
(Lv 26.36-37).
Seu povo, no deserto, agora estava provendo, com abundân­
• N. Hom. 7.9 Estes leprosos tinham recebido riquezas cia de alimento, as necessidades de seu povo afligido pelo
acima de todas as suas mais ambiciosas expectativas, sem inimigo, a um preço reduzido (o alqueire mencionado é a
nenhum merecimento ou esforço. Aquelas riquezas eram palavra hebraica seah 7,3 litros, e o siclo é de 11,4 gramas de
suficientes para abastecer o povo inteiro, como se vê no prata por quilo de farinha!).
537 2 REIS 8.12
flor de farinha por um siclo, e dois de cevada, 7.16 o2Rs 7.1 5 Contava ele ao rei como Eliseu restau­
por um siclo, segundo a palavra do rara à vida a um morto, quando a mulher cujo
Senhor.0 filho ele havia restaurado à vida clamou ao rei
17 Dera o rei a guarda da porta ao capitão pela sua casa e pelas suas terras; então, disse
em cujo braço se apoiara, mas o povo o atro­ 7.17 !>2Rs 6.2 Geazi: O rei, meu senhor, esta é a mulher, e
pelou na porta, e ele morreu, cómo falara o este, o seu filho, a quem Eliseu restaurou à
homem de Deus, o que falou quando o rei vida.f
descera a ele.* 6 Interrogou o rei a mulher, e ela lhe con­
18 Assim se cumpriu o que falara o ho­ tou tudo. Então, o rei lhe deu um oficial, di­
mem de Deus ao rei: Amanhã, a estas horas 7.18 c2Rs 7.1 zendo: Faze restituir-se-lhe tudo quanto era
mais ou menos, vender-se-ão dois alqueires seu e todas as rendas do campo desde o dia
de cevada por um siclo, e um de flor de fari­ em que deixou a terra até agora.
nha, por um siclo, à porta de Samaria.c
19 Aquele capitão respondera ao homem 8.1 ài<Hs 4.8-37 Eliseu e Hazael de Damasco
de Deus: Ainda que o S e n h o r fizesse janelas 7 Veio Eliseu a Damasco. Estava doente
no céu, poderia suceder isso, segundo essa Ben-Hadade, rei da Síria; e lhe anunciaram,
palavra? Dissera o profeta: Eis que tu o verás dizendo: O homem de Deus é chegado aqui.
com os teus olhos, porém disso não comerás. 8.4 «2Rs 5.27 8 Então, o rei disse a Hazael: Toma pre­
20 Assim lhe sucedeu, porque o povo o sentes contigo, e vai encontrar-te com o ho­
atropelou na porta, e ele morreu. mem de Deus, e, por seu intermédio, pergunta
ao S e n h o r , dizendo: Sararei eu desta
Restaurados os bens da sunamita doença?9
8 Falou Eliseu àquela mulher cujo filhod8.5 f2Rs4.35
ele restaurara à vida, dizendo: Levanta-
te, vai com os de tua casa e mora onde pude-
res; porque o S e n h o r chamou a fome, a qual
9 Foi, pois, Hazael encontrar-se com ele,
levando consigo um presente, a saber, qua­
renta camelos carregados de tudo que era bom
de Damasco; chegou, apresentou-se diante
virá sobre a terra por sete anos. 8.8 s l Sm 9.7; dele e disse: Teu filho Ben-Hadade, rei da
2 Levantou-se a mulher e fez segundo a 2Rs 1Rs 14.3;
Síria, me enviou a perguntar-te: Sararei eu
palavra do homem de Deus: saiu com os de desta doença?
1.2

sua casa e habitou por sete anos na terra dos 10 Eliseu lhe respondeu: Vai e dize-lhe:
filisteus. Certamente, sararás. Porém o S e n h o r me
3 Ao cabo dos sete anos, a mulher voltou mostrou que ele morrerá.h
da terra dos filisteus e saiu a clamar ao rei 8.10 »>2Rs 8.15 11 Olhou Eliseu para Hazael e tanto lhe
pela sua casa e pelas suas terras. fitou os olhos, que este ficou embaraçado; e
4 Ora, o rei falava a Geazi, moço do ho­ chorou o homem de Deus.'
mem de Deus, dizendo: Conta-me, peço-te, 12 Então, disse Hazael: Por que chora o
todas as grandes obras que Eliseu tem feito.e 8.11 'Lc 19.41 meu senhor? Ele respondeu: Porque sei o mal
7.17 Se apoiara. Este oficial era um dos favoritos particulares 8.7 Ben-Hadade. Já houvera um Ben-Hadade em Damasco,
do rei, e foi colocado para supervisionar a verida de alimen­ no ano 900 a.C. Ben-Hadade II começou a reinar c. 873 a.C.
tos. A violência da fome do povo culminou com uma situação e reinou até o ano 843, ano em que Hazael começara a rei­
de desespero tão grande, que a massa popular debandou nar (15).
causando a morte do oficial e cumprindo assim a profecia de
Eliseu (2).
8.9 Quarenta camelos. Essa caravana teria a capacidade de
8.1 Falou. Os verbos hebraicos não têm muita variedade nos
carregar até dez toneladas de mercadorias. Mas, talvez, uma
tempos; por isso, deve ser traduzido "tinha falado", refe­
boa parte da mesma fora mandada para formar uma comitiva
rindo-se, naturalmente, à época descrita no capítulo 4. Pelo
impressionante, Gn 32.13-18.
fato desta narrativa mencionar Geazi, deve ser anterior ao
episódio mencionado em 5.27. A história bíblica está mais na
ordem dos ensinamentos morais do que na ordem crono­ 8.10 Dize-lhe. "Lhe" em hebraico é "Lo", e "Não" também é
lógica. "Lo", com uma pequena consoante muda depois do "o".
8.2 Essa mulher possuía bens (4.8-10), tinha família (4.13), Originalmente se lia: "Dize - não sararás certamente", e os
e, provavelmente, estava em condições de viajar para fugir rabinos de milhares de anos atrás alteraram o pormenor, para
aos anos de fome em sua terra e procurar um país estranho, mostrar que o profeta sabia que o rei haveria de sarar, mas
a Filístia (cf Gn 12.10). também que ele haveria de ser assassinado.
2 REIS 8.13 538
que hás de fazer aos filhos de Israel; deitarás 8.12 /2Rs 10.32; edomitasP contra o poder de Judá e constituí­
fogo às suas fortalezas, matarás à espada os Am 1.3,13
ram o seu próprio rei.
seus jovens, esmagarás os seus pequeninos e 21 Pelo que Jeorão passou a Zair, e todos
rasgarás o ventre de suas mulheres grávidas.* os carros, com ele; ele se levantou de noite e
13 Tomou Hazael: Pois que é teu servo,
8.13 *1 Rs 19.15
feriu os edomitas que o cercavam e os capi­
este cão, para fazer tão grandes coisas? Res­ tães dos carros; o povo de Jeorão, porém,
pondeu Eliseu: O Senhor me mostrou* que fugiu para as suas tendas.
tu hás de ser rei dá Síria.
8.16
/2Q21.3-4 22 Assim se rebelou Edom para livrar-se
14 Então, deixou a Eliseu e veio a seu do poder de Judá até ao dia de hoje; ao
senhor, o qual lhe perguntou: Que te disse mesmo tempo, se rebelou também Libna. i
Eliseu? Respondeu ele: Disse-me que certa­ 8.17 m2Cr21.5 23 Quanto aos mais atos de Jeorão e a
mente sararás. tudo quanto fez, porventura, não estão escri­
15 No dia seguinte, Hazael tomou um co­ tos no Livro da História dos Reis de Judá?
bertor, molhou-o em água e o estendeu sobre 8.18 "2Rs 8.26 24 Descansou Jeorão com seus pais e com
o rosto do rei até que morreu; e Hazael reinou eles foi sepultado na Cidade de Davi; e Aca­
em seu lugar. zias, seu filho, reinou em seu lugar.r
8.19 °1 Rs 11.36

O reinado de Jeúrão O reinado de Acazias


2 C r 22.1 -6
2 C r 21.1-20
8.20 pCn 27.40 25 No décimo segundo ano de Jorão, filho
16 No ano quinto do reinado de Jorão, fi­ de Acabe, rei de Israel, começou a reinar Aca­
lho de Acabe, rei de Israel, reinando ainda zias, filho dé Jeorão, rei de Judá.
Josafá em Judá, começou a reinar Jeorão, fi­ 8.22 26 Era Acazias de vinte e dois anos de
lho de Josafá, rei de Judá.' 920 21.10
idade quando começou a reinar e reinou um
17 Era ele da idade de trinta e dois anos ano em Jerusalém. Sua mãe, filha de Qnri, rei
quando começou a reinar e reinou oito anos de Israel, chamava-se Atalia.5
em Jerusalém.m 8.24 f2Ct 22.1
27 Ele andou no caminho da casa de
18 Andou nos caminhos dos reis de Israel, Acabe e fez o que era mau perante o Senhor,
como também fizeram os da casa de Acabe, como a casa de Acabe, porque era genro da
porque a filha deste era sua mulher, e fez o 8.26 s2Cr 22.2
casa de Acabe.1
que era mau perante o Senhor." 28 Foi com Jorão, filho de Acabe, a Ra-
19 Porém o Senhor não quis destruir a mote-Gileade, à peleja contra Hazael, rei da
Judá por amor de Davi, seu servo, segundo a 8.27
(2Cr 22.3-4 Síria; e os siros feriram Jorão.u
promessa0 que lhe havia feito de lhe dar sem­ 29 Então, voltou o rei Jorão para Jezreel,
pre uma lâmpada e a seus filhos. para curar-se das feridas que os siros lhe fize­
20 Nos dias de Jeorão, se revoltaram os 8.28 "2Cr 22.5 ram em Ramá, quando pelejou contra Hazael,
8.13 Rei da Síria. Eliseu está cumprindo parte da tarefa dada 8.19 Uma lâmpada. Veja nota sobre 1 Rs 11.36.
a Elias no monte Horebe (1 Rs 19.15). Elias, ao ungir Eliseu 8.23 História dos Reis. Os arquivos reais, uma das fontes de
(1 Rs 19.16,19-21), deixou-o com a incumbência de ungira informação para este relatório, e para 2 Cr 21.1 -20, que dá
Hazael, rei sobre a Síria e a Jeú, rei sobre Israel (2 Rs 9.1-13). mais alguns pormenores sobre o rei Jeorão.
8.15 A ordenança divina que fez a Hazael, rei da Síria, não 8.25 Acazias. Reinou no ano 842 a.C., o ano da morte do
significava que ele era livre para usar métodos criminosos seu pai Jeorão; antes de completar esse ano no trono caiu
para apressar sua própria coroação. Veja a nota de 1 Rs 16.7. vítima de Jeú (9.27). Não se deve confundir com o rei Acazias
de Israel, que reinou durante parte dos anos 853-852 a.C., e
8.16 jorão. A atividade vital de Eliseu, de promover uma que morreu em conseqüência de uma queda e agravada pela
grande reforma religiosa, só se descreverá depois de fixá-la sua atitude de infidelidade a Deus (1.2,16).
dentro da história de judá e de Israel. Por isso surgem agora 8.26 Atalia. Era uma neta de Onrl. Na maneira hebraica, de
os dados oficiais acerca dos dois reis que perderiam suas vidas pensar e falar, nem sempre se distingue entre "filho" e "neto"
nessa revolução (9.14-29). jorão não deve ser confundido (cf 9.14 com 1 Rs 19.16). Filha de um casal maldito (Acabe e
com Jeorão, rei de Judá e Filho de Josafá. Ambos os nomes Jezabel), herdou a malignidade de seus pais (11.1).
significam "Deus é exaltado", Jeorão de Judá reinou de
8.29 jezreel. Acabe tinha feito uma espécie de segunda capi­
849-842 a.C., Jorão de Israel reinou de 853 a 842 a.C.
tal nesta cidade (1 Rs 18.45n). Ficava nas montanhas e fun­
8.18 Este rei de Judá seguiu o exemplo de tirania e assassí­ cionava como uma estância climática para a família reaL
nios da família real de Israel, 2 Cr 21.2-4. Acazias estava presente como sobrinho do rei Jorão.
539 2 REIS 9.17
rei da Síria; e desceu Acazias, filho de Jeorão, 8.29 casa de Jeroboão, filho de Nebate, e como à
rei de Judá, para ver a Jorão, filho de Acabe, ^Rs 9.15-16;
2Cr 22.6-7 casa de Baasa, filho de Aías.c
em Jezreel, porquanto estava doente.1' 10 Os cães devorarãod Jezabel no campo
de Jezreel; não haverá quem a enterre. Dito
Jeú é ungido rei de Israel 9.1 »1 Rs 20.35; isto, abriu a porta e fugiu.
11 Saindo Jeú aos servos de seu senhor,
9
2RS4.29
Então, o profeta Eliseu chamou um dos disseram-lhe: Vai tudo bem? Por que veio a ti
discípulos dos profetas e lhe disse; Cinge este louco? Ele lhes respondeu: Bem conhe-
os lombos, leva contigo este vaso de azeite 9.2
e *2Rs 9.5 ceis esse homem e o seu falar.e
vai-te a Ramote-Gileade; ^ 12 Mas eles disseram: É mentira; agora,
2 em lá chegando, vê onde está Jeú, filho 9.3 H Rs 19.16 faze-nos sabê-lo, te pedimos. Então, disse
de Josafá, filho de Ninsi; entra, e faze-o le­ Jeú: Assim e assim me falou, a saber: Assim
vantar-se do meio de seus irmãos, e leva-o à diz o Senhor: Ungi-te rei sobre Israel.
câmara interior.* 9.6 *1 Rs 19.16;
13 Então, se apressaram, e, tomando cada
3 Toma o vaso de azeite, derrama-lho so­ 2022.7 um o seu manto, os puseram debaixo dele,
bre a cabeça e dize: Assim diz o Senhor: sobre os degraus, e tocaram a trombeta, e
Ungi-te reiK sobre Israel. Então, abre a porta, 9.7 °1Rs 18.4 disseram: Jeú é rei!'
foge e não te detenhas.
4 Foi, pois, o moço, o jovem profeta, a Jeú mata a Jorão e a Acazias
Ramote-Gileade. 9.8 fDt 32.36;
14 Assim, Jeú, filho de Josafá, filho de
5 Entrando ele, eis que os capitães do 11RsSm14.10 25.22;
Ninsi, conspirou contra Jorão. Tinha, porém,
exército estavam assentados; ele disse: Capi­ Jorão cercado a Ramote-Gileade, ele e todo o
tão, tenho mensagem que te dizer. Perguntou- Israel, por causa de Hazael, rei da Síria.
lhe Jeú: A qual de todos nós? Respondeu-lhe 9.9dRs 14.10 15 Porém o rei Jorão voltou para se curar
ele: A ti, capitão! em Jezreel das feridas que os siros lhe fize­
6 Então, se levantou Jeú e entrou na casa; 9.10<*1Rs21.23 ram, quando pelejou contra Hazael, rei da Sí­
o jovem derramou-lhe o azeite sobre a cabeça ria. Disse Jeú: Se é da vossa vontade,
e lhe disse: Assim diz o Senhor, Deus de ninguém saia furtivamente da cidade, para ir
Israel: Ungi-te rei sobre o povo do Senhor, At9.1126.24;
f|r 29.26; anunciar isto em Jezreel.9
sobre Israel.2 1CO4.10 16 Então, Jeú subiu a um carro e foi-se
7 Ferirás a casa de Acabe, teu senhor, para a Jezreel, porque Jorão estava de cama ali.
que eu vingue da mão de Jezabel o sangue de Também Acazias, rei de Judá, descera para
meus servos, os profetas, e o sangue de todos 9.13'Mt 21.7 vera Jorão.h
os servos do Senhor.0 17 Ora, o atalaia estava na torre de Jez­
8 Toda a casa de Acabe perecerá; extermi­ reel, e viu a tropa de Jeú, que vinha, e disse:
narei de Acabe todos do sexo masculino, quer 9.15 92Rs 8.29
Vejo uma tropa. Então, disse Jorão: Toma um
escravo, quer livre, em Israel.b cavaleiro e envia-o ao seu encontro, para que
9 Porque farei à casa de Acabe como à 9.16 fi2Rs 8.29 lhe pergunte: Há paz?
9.1 Um dos discípulos. Eliseu deve ter escolhido um dos estu­ 9.11 Bem conheceis. Foi a maneira de descobrir as reações
dantes mais insignificantes da Escola de Profetas (2.3-5), para dos seus companheiros, antes de espalhar a notícia. Esta eva­
não despertar desconfiança antes da hora aprazível, uma siva quer dizer: "não interessam as conversas dos loucos faná­
grande revolução de fundo religioso. O ato dramático e fun­ ticos".
damental da revolução seria a exterminação da dinastia de
9.13 De boa vontade os soldados cumpriram a parte cívica
Onri, incluindo seu filho Acabe, segundo a profecia de Elias
da mensagem profética. Pela sua atitude no v 12, conhece­
registrada em 1 Rs 21.21 -24.
mos que os profetas gozavam já de alto prestígio, graças à
9.5 Capitão. O chefe da nação era também comandante su­ atuação de Eliseu em suas relações humanas, e às escolas de
premo das forças militares nacionais. Durante a doença do profetas, que recomendavam aos profetas a necessidade de
rei, os dirigentes do exército, os capitães, teriam de obedecer um viver mais condizente com a Palavra de Deus, do que
a um capitão supremo, conhecido como "Príncipe dos Exérci­ deixar-se cair em transes (1 Sm 10.9-12). A vocação final de
tos", que fora o título de Joabe, interpretado "comandante" Elias fora cumprida pelas mãos de Eliseu (1 Rs 19.15-17).
ou "general". É possível que este fosse Jeú, em virtude de
uma aclamação entusiasta, quando de sua nomeação como 9.14 josafá, filho de N/nsi. O nome é dado por extenso para
se evitar confusão com o nome de Josafá, rei de Judá.
rei (13), mas a frase "qual de todos nós?" mostra que não
havia certeza naquela afirmativa. 9.15 Este versículo dá um resumo das circunstâncias.
2BBS9.18 540
18 Foi-lhe o cavaleiro ao encontro e disse: 9.21 '2 0 22.7 Nabote, o jezreelita; pois, lembra-te de que,
Assim diz o rei: Há paz? Respondeu Jeú: Que indo eu e tu, juntos, montados, após Acabe,
tens tu com a paz? Passa para trás de mim. seu pai, o S e n h o r pronunciou contra ele esta
O atalaia deu aviso, dizendo: Chegou a eles o sentença:/
mensageiro, porém não volta. 26 Tão certo como vik ontem à tarde o
19 Então, enviou Jorão outro cavaleiro; 9.25/1 Rs 21.29
sangue de Nabote e o sangue de seus filhos,
chegando este a eles, disse: Assim diz o rei: diz o S e n h o r , assim to retribuirei neste
Há paz? Respondeu Jeú: Que tens tu com a campo, diz o S e n h o r . Agora, pois, toma-o e
paz? Passa para trás de mim. lança-o neste campo, segundo a palavra do
20 O atalaia deu aviso, dizendo: Também 9.26*1 Rs 21.19 S e n h o r.
este chegou a eles, porém não volta; e o guiar 27 À vista disto, Acazias, rei de Judá, fu­
do carro parece como o de Jeú, filho de Ninsi, giu pelo caminho de Bete-Hagã; porém Jeú o
porque guia furiosamente. perseguiu e disse: Feri também a este; e o
21 Disse Jorão: Aparelha o carro. E lhe feriram no carro, à subida de Gur, que está
aparelharam o carro. Saiu Jorão, rei de Israel, 9.2712Cr 22.9
junto a Ibleão. E fugiu para Megido, onde
e Acazias, rei de Judá, cada um em seu carro, morreu.1
e foram ao encontro de Jeú, e o acharam no 28 Levaram-no os seus servos, num carro,
campo de Nabote, o jezreelita.' a Jerusalém e o enterraram na sua sepultura
22 Sucedeu que, vendo Jorão a Jeú, per­ 9.28 m{1 -28) junto a seus pais, na Cidade de Davi.m
guntou: Há paz, Jeú? Ele respondeu: Que paz, 2Cr 22.7-9 29 No ano undécimo de Jorão, filho de
enquanto perduram as prostituições de tua Acabe, começara Acazias a reinar sobre Judá.
mãe Jezabel e as suas muitas feitiçarias?
23 Então, Jorão voltou as rédeas, fugiu e A morte de Jezabel
disse a Acazias: Há traição, Acazias! 30 Tendo Jeú chegado a Jezreel, Jezabel o
24 Mas Jeú entesou o seu arco com toda a 9.30 "Ez 23.40
soube; então, se pintou em volta dos olhos,
força e feriu a Jorão entre as espáduas; a fle­ enfeitou a cabeça e olhou pela janela."
cha saiu-lhe pelo coração, e ele caiu no seu 31 Ao entrar Jeú pelo portão do palácio,
carro. disse ela: Teve paz Zinri, que matou a seu
25 Então, Jeú disse a Bidcar, seu capitão: 9.31 senhor?0
Toma-o, lança-o no campo da herdade de °1 Rs 16.9-20 32 Levantou ele o rosto para a janela e
9.20 Cuia furiosamente. Jeú sempre fora um homem de que caiu sobre Jorão e o assassínio de Nabote.
muita energia; nesta ocasião, ele estava preocupando-se para 9.27 Feri também a este. O zelo de Jeú já estava se exce­
que não fosse revelado ao rei Jorão algo sobre a nomeação do dendo, no cumprimento da ordem profética de eliminar a
novo rei (15). dinastia de Acabe.
9.21 Foram ao encontro. Os dois reis idólatras não imagina­
9.30 Se pintou. Jezabel tinha vivido uma vida com os requin­
vam que estariam marcando seu encontro com a justiça
tes do mais alto luxo e assim pretendia viver até ao fim de sua
Divina.
vida, porém Jeú lhe vedou abruptamente tal privilégio. O lei­
9.22 Prostituições. • N. Hom. A religião de Canaã tinha tor poderá estranhar que jezabel ainda viva, embora a morte
como prática característica a prostituição ritual nos templos e de seu marido, o rei Acabe, já tivesse sido registrada no livro
"lugares altos" como "exemplo" da fertilidade para todo o anterior, em 1 Rs 22.34-39. Mas estes nove capítulos bíbli­
povo seguir, produzindo assim mais rebanhos e maiores cei- cos, aqui intercalados, são seleções do ministério de Eliseu,
fas. Os profetas bíblicos usavam esta palavra para qualquer que durou desde a época do rei Acazias de Israel, de
tipo de infidelidade religiosa, e até o apóstolo Paulo usou a 853 a.C., até ao princípio do reinado de Jeoás, 798 a.C.
expressão "adulterar a Palavra de Deus", querendo dizer "re­ Acabe morreu em 853 a.C., e Jeú exterminou sua dinastia em
cusar-se a ser dirigido tão somente pelas normas bíblicas no 841 a.C., apenas doze anos mais tarde. O neto de Jezabel
desempenho do ministério" (2 Co 2.17). Assim como a pros­ que subiu ao trono de Judá, Acazias, tinha apenas 22 anos
tituição física é rebaixar a nobreza conjugal ao nível da mais quando Jeú o matou.
abjeta degradação, assim também a infidelidade religiosa de­
9.31 Zinri. Jezabel lembrava-se muito bem da rebelião de
grada a alma, criada para a adoração de Deus, condenando-o
Zinri, 44 anos antes, e de como este havia se suicidado dentro
ao inferno.
de apenas uma semana, 1 Rs 16.9-20. Sua memória, porém,
9.24 Atingir um alvo em plena fuga não era fácil para fle- não funcionou ao ponto de se recordar que outrora, quem
cheiro. tomara o trono de Zinri para fundar outra dinastia, fora Onri,
9.26 Ficamos sabendo, assim, que o encontro histórico des­ seu próprio sogro! Assim, a memória humana sempre grava
crito em 1 Rs 21.18-27, tinha terceiros como testemunhas. melhor os pecados de outrem. Foi uma tentativa de ame­
Jeú quis mostrar a estreita ligação entre o julgamento de Deus drontar a Jeú.
541 2 REIS 10.11
disse: Quem é comigo? Quem? E dois ou três 9.34 plRs 16.31 ram: Dois reis não puderam resistir a ele;
eunucos olharam para ele. como, pois, poderemos nós fazê-lo?
33 Então, disse ele: Lançai-a daí abaixo. 5 Então, o responsável pelo palácio, e o
Lançaram-na abaixo; e foram salpicados com responsável pela cidade, e os anciãos, e os
0 seu sangue a parede e os cavalos, e Jeú a tutores mandaram dizer a Jeú: Teus servos
atropelou. somos e tudo quanto nos ordenares faremos;
34 Entrando ele e havendo comido e be­
9.36 u1 Rs 21.23
a ninguém constituiremos rei; faze o que bem
bido, disse: Olhai por aquela maldita e sepul­ te parecer.
tai-a, porque é filha de rei.P 6 Então, lhes escreveu outra carta, di­
35 Foram para a sepultar; porém não zendo: Se estiverdes do meu lado e quiserdes
acharam dela senão a caveira, os pés e as obedecer-me, tomai as cabeças dos homens,
palmas das mãos. 9.37'SI 83.10 filhos de vosso senhor, e amanhã a estas horas
36 Então, voltaram e lho fizeram saber. vinde a mim a Jezreel. Ora, os filhos do rei,
Elé disse: Esta é a palavra do Senhor, que que eram setenta, estavam com os grandes da
falou por intermédio de Elias, o tesbita, seu cidade, que os criavam.
servo, dizendo: No campo1) de Jezreel, os 7 Chegada a eles a carta, tomaram os fi­
cães comerão a carne de Jezabel. lhos do rei, e os mataram, setenta pessoas, e
37 O cadáver de Jezabel será como es­
10.7 slRs 21.21
puseram as suas cabeças nuns cestos, e lhas
terco sobre o campo da herdade de Jezreel, de mandaram a Jezreel.5
maneira que já não dirão: Esta é Jezabel/ 8 Veio um mensageiro e lhe disse: Trou­
xeram as cabeças dos filhos do rei. Ele disse:
Jeú extermina a casa de Acabe Ponde-as em dois montões à entrada da porta,
até pela manhã.
1O Achando-se em Samaria setenta fi- 10.9 t2Rs9.14
9 Saindo ele pela manhã, parou e disse a
x \ J lhos de Acabe, Jeú escreveu cartas e todo o povo: Vós estais sem culpa; eis que eu
as enviou a Samaria, aos chefes da cidade, aos conspirei contra o meu senhor e o matei; mas
anciãos e aos tutores dos filhos de Acabe, quem feriu todos estes?'
dizendo: 10 Sabei, pois, agora, que, da palavra do
2 Logo, em chegando a vós outros esta 10.10 Senhor, pronunciada contra a casa de Acabe,
carta (pois estão convosco os filhos de vosso MSm 3.19;
nada cairá em terra, porque o Senhor fez o
senhor, como também os carros, os cavalos, a IRs 21.19,21,29
que falou por intermédio do seu servo Elias.u
cidade fortalecida e as armas), 11 Jeú feriu também todos os restantes da
3 escolhei o melhor e mais capaz dos fi­ casa de Acabe em Jezreelv, como também
lhos de vosso senhor, ponde-o sobre o trono todos os seus grandes, os seus conhecidos e
de seu pai e pelejai pela casa de vosso senhor. os seus sacerdotes, até que nem um sequer lhe
4 Porém eles temeram muitíssimo e disse­ 10.11 vOsl.4 deixou ficar de resto.
9.34 Filho de rei. A antiga tradição, de respeito aos membros seu íntimo, após sua mesquinha subserviência à rainha
das famílias reais, não poderia cancelar uma profecia da parte maldosa.
de Deus, que fora cumprida em sua íntegra (36). 10.9 Vós estais sem culpa. Duas lições são aqui ensinadas;
1) Desta Vez os anciãos agiram com ponderação e justiça,
10.1 Filhos de Acabe. Segundo o uso da palavra "filho", na
cumprindo a maldição profética pronunciada contra a dinas­
antiguidade israelita, eram incluídos os netos, dos quais já
tia de Acabe; 2) Agora os anciões se integram, resolutos na
havia adultos como Acazias, que também teriam filhos
revolução, e se a causa de jeú era justa, a ação deles também
(cf 8.26n).
o seria.
10.4 Temeram. Este grupo de anciãos induía certamente al­ 10.11 Os seus conhecidos. • N. Hom. O ato de matar até aos
guns daqueles covardes e traiçoeiros que ajudaram a rainha amigos da família real foi além da comissão que Jeú recebera
jezabel a assassinar o inocente Nabote, cuja vinha Acabe cobi­ quando ungido rei de Israel, 9.7-10. Passou a agir como to­
çara (1 Rs 21.8-11). Seu temor se multiplicava pela sua falta dos os pretendentes dos tronos; o intuito era garantir a vitória
de tranqüilidade de consciência, como acontecera aos irmãos do seu partido pelo método tradicional e cruel de eliminar
de José, Cn 42.21. os partidários dos seus concorrentes. Se jeú tivesse tido sufi­
ciente fé para cumprir somente o que Deus ordenara pelos
10.7 Os anciãos obedeceram prontamente, ou pelo de­ seus servos, poderia ter formado uma dinastia abençoada,
sejo de se verem livres das culpas que o regime de Jeza- idêntica à de Davi, e mudado por completo os destinos do
bel lhes impusera, ou pela covardia que se apossara de reino do Norte.
2 REIS 10.12 542
12 Então, se dispôs, partiu e foi a Samaria. 10.13 Baal; todo aquele que faltar não viverá. Po­
E, estando no caminho, em Bete-Equede dos w2Rs 8.29;
2Cr 22.8 rém Jeú fazia isto com astúcia, para destruir
Pastores, os servidores de Baal.b
13 encontrou Jeú parentes de Acazias, rei 20 Disse mais Jeú: Consagrai uma assem­
de Judá, e perguntou: Quem sois vós? Eles bléia solene a Baal; e a proclamaram.
responderam: Parentes de Acazias; voltamos 10.15
*1 Cr 2.55; 21 Também Jeú enviou mensageiros por
de saudar os filhos do rei e os da rainha- Jr 35.6 todo o Israel; vieram todos os adoradores de
mãe. w Baal, e nenhum homem deles ficou que não
14 Então, disse Jeú: Apanhai-os vivos. viesse. Entraram na casa de Baal, que se en­
Eles os apanharam vivos e os mataram junto 10.16 cheu de uma extremidade à outra.c
ao poço de Bete-Equede, quarenta e dois ho­ y 1Rs 19.10 22 Então, disse Jeú ao vestiário: Tira as
mens; e a nenhum deles deixou de resto. vestimentas para todos os adoradores de Baal.
E o fez.
Jeú encontra a Jonadabe 10.17 23 Entrou Jeú com Jonadabe, filho de Re­
15 Tendo partido dali, encontrou a Jona­ ;lR s 21.21; cabe, na casa de Baal e disse aos adoradores
dabe, filho de Recabe, que lhe vinha ao en­
2Rs 9.8; de Baal: Examinai e vede bem não esteja aqui
contro; Jeú saudou-o e lhe perguntou: Tens tu
2Cr22.8
entre vós algum dos servos do S e n h o r , mas
sincero o coração para comigo, como o meu somente os adoradores de Baal.
o é para contigo? Respondeu Jonadabe: Te­ 24 E, entrando eles a oferecerem sacrifí­
nho. Então, se tens, dá-me a mão. Jonadabe
10.18 cios e holocaustos, Jeú preparou da parte de
deu-lhe a mão; e Jeú fê-lo subir consigo ao
°1Rs 16.31-32
fora oitenta homens e disse-lhes: Se escapar
carro* algum dos homens que eu entregar em vossas
16 e lhe disse: Vem comigo e verás o meu mãos, a vida daquele que o deixar escapar
zelo para com o S e n h o r . E , assim, Jeú o
10.19 MRs 22.6 responderá pela vida dele.d
25 Sucedeu que, acabado o oferecimento
levou no seu carro.)' do holocausto, ordenou Jeú aos da sua guarda
17 Tendo Jeú chegado a Samaria, feriu to­ e aos capitães: Entrai, feri-os, que nenhum
dos os que ali ficaram de Acabe, até destruí-
10.21
ORs 16.32 escape. Feriram-nos a fio de espada; e os da
los, segundo a palavra que o S e n h o r dissera guarda e os capitães os lançaram fora, e pene­
a Elias.2 traram no mais interior da casa de Baal,
10.24 26 e tiraram as colunas que estavam na
Jeú mata os adoradores de Baal dl Rs 20.39 casa de Baal, e as queimaram.c
18 Ajuntou Jeú a todo o povo e lhe disse: 27 Também quebraram a própria coluna
Acabe serviu pouco a Baal; Jeú, porém, muito de Baal, e derribaram a casa de Baal, e a
o servirá.a 10.26 transformaram em latrinas até ao dia de
19 Pelo que chamai-me, agora, todos os e1Rs 14.23 hoje/
profetas de Baal, todos os seus servidores e 28 Assim, Jeú exterminou de Israel a
todos os seus sacerdotes; não falte nenhum, Baal.
porque tenho grande sacrifício a oferecer a 10.27 'Ed 6.11 29 Porém não se apartou Jeú de seguir
10.14 Mais uma vez o mensageiro escolhido por determina­ res de Baal caberem num só prédio e que sua congregação
ção divina, prefere usar métodos violentos à simples obediên­ poderia ser exterminada à uma pelos oitenta soldados. O
cia dentro dos limites ordenados por Deus. Jeú entendia estar povo vacilava com a religião do rei, visto que desde jeroboão
agindo bem, ao exceder-se em seu zelo vocacional (16). E I não houvera muita convicção e respeito.
lamentável que, na prática, é muito mais fácil gerar o zelo 10.28 jeú completou a obra que Elias começara (1 Rs 18.40).
pelas partes visíveis das ordenanças divinas (certos ritos e ob-
10.29 Os pecados. • N. Hom. Aqui é mencionado o pecado
servâncias) do que um zelo real pela parte vital da vida reli­
da idolatria; Jeroboão tinha colocado um ídolo bem ao norte
giosa, ou seja, a comunhão íntima com Deus adorando-0 em
de Israel, em Dãs, e um bem ao sul, em Betei, para promover
espírito e em verdade (jo 4.23).
a idolatria e afastar Israel do verdadeiro culto a Deus. Mas o
10.15 jonadabe. Um século e meio mais tarde, os descenden­ pecado que o profeta Oséias menciona acima de todos é a
tes de jonadabe permanecem fiéis à sua religião (jr 35.6-19). violência exagerada de Jeú em eliminar todo e qualquer parti­
10.17 De Acabe. Devem ser partidários e parentes não muito dário de Acabe (Os 1.4, comparado com 2 Rs 10.6,11,14
aconchegados. e 17). Jeú, como o rei assírio, embora nada mais fosse senão
10.24 O culto a Baal já se reduzira muito desde os dias pa­ um instrumento nas mãos de Deus para punir certas nações,
gãos (1 Rs 19.14). Isto se deduz do fato de todos os adorado­ imaginava que tudo era feito pelo seu próprio poder, ao
543 2 REIS 11.8
os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, 10.29 Atalia usurpa o trono de Judá
que fez pecar a Israel, a saber, dos bezer­ 31 Rs 12.28-30
2Cr 22.10-12

n
ros de ouros que estavam em Betei e em Vendo Atalia, mãe de Acazias, que
Dã. seu filho era morto, levantou-se e
30 Pelo que disse o Senhor a Jeú: Por­ destruiu toda a descendência real.'
quanto bem executaste o que é reto perante 10.30 2 Mas Jeoseba, filha do rei Jorão e irmã de
mim e fizeste à casa de Acabe segundo tudo h2Rs 10.35
Acazias, tomou a Joás, filho de Acazias, e o
quanto era do meu propósito, teus filhos até à furtou dentre os filhos do rei, aos quais mata­
quarta geração se assentarão no trono de vam, e pôs a ele e a sua ama numa câmara
Israel.h interior; e, assim, o esconderam de Atalia, e
31 Mas Jeú não teve cuidado de andar de 10.31 não foi morto.
todo o seu coração na lei do Senhor, Deus de <1Rs 14.16 3 Jeoseba o teve escondido na Casa do
Israel, nem se apartou dos pecados que Jero­ Senhor seis anos; neste tempo, Atalia rei­
boão fez pecar a Israel.1' nava sobre a terra.
A morte de Jeú 10.32 ;2Rs 8.12
Joás ungido rei de Judá
2Cr 23.1-11
32 Naqueles dias, começou o Senhor 4 No sétimo ano, mandou Joiada chamar
a diminuir os limites de Israel, que foi os capitães dos cários e da guarda e os fez
ferido por Hazael em todas as suas frontei­ entrar à sua presença na Casa do Senhor; fez
ras,/ 10.33 ‘ Am 1.3 com eles aliança, e ajuramentou-os na Casa
33 desde o Jordão para o nascente do sol, do Senhor, e lhes mostrou o filho do rei.m
toda a terra de Gileade, os gaditas, os rubeni- 5 Então, lhes deu ordem, dizendo: Esta é a
tas e os manassitas, desde Aroer, que está obra que haveis de fazer: uma terça parte de
junto ao vale de Amom, a saber, Gileade e vós, que entrais no sábado, fará a guarda da
Basã.* 11.112RS8.26;
2Cr 22.10 casa do rei;n
34 Ora, os mais atos de Jeú, e tudo quanto 6 e outra terça parte estará ao portão Sur;
fez, e todo o seu poder, porventura, não estão e a outra terça parte, ao portão detrás da
escritos no Livro da História dos Reis de guarda; assim, fareis a guarda e defesa desta
Israel? casa.
35 Descansou Jeú com seus pais, e o se­ 11.4 ">2Cr 23.1
7 Os dois grupos que saem no sábado, es­
pultaram em Samaria; e Jeoacaz, seu filho, tes todos farão a guarda da Casa do Senhor,
reinou em seu lugar. junto ao rei.
36 Os dias que Jeú reinou sobre Israel em 8 Rodeareis o rei, cada um de armas na
Samaria foram vinte e oito anos. 11.5 " 1Cr 9.25 mão, e qualquer que pretenda penetrar nas

ponto de pensar em destruir à religião do próprio Deus que o com o sacerdote Joiada (O texto português acompanha o
vocacionara (Is 10.5-15). hebraico; porém o nome encontra-se tanto na forma mais
10.30 Apesar de toda violência praticada, Jeú tinha obede­ longa como na mais curta, 2 Cr 27.11). Atalia reinou seis
cido à Lei de Moisés, aplicável a qualquer elemento do povo anos.
de Deus que incitasse outros à idolatria (Dt 13.6-18).
11.4 joiada. Esse sacerdote, no seu plano de depor a Atalia e
10.31 De todo o seu coração, jeú era como muitos servos de colocar o descendente legítimo do rei Davi no trono que lhe
Deus: ao ouro da consagração e da dedicação, foi acrescen­ pertencia, tinha zelo com entendimento (Rm 10.2). Tinha en­
tado o barro da vontade humana, a lama do eu próprio. tendimento do significado da aliança que Deus fizera com
10.32 Diminuir os termos. Uma conseqüência natural, depois Davi (2 Sm 7.12,16; 2 Cr 23.3). Tinha zelo para pôr em prá­
da morte de tantos líderes. Mas uma atitude de verdadeira tica um plano corajoso, depois de ter esperado seis anos, até
dedicação e purificação do culto teria preservado Israel da que o nenê Joás chegasse à idade de sete anos. Cários. O
decadência. nome dado para a guarda particular da pessoa do rei; no
11.1 Atalia. Essa filha de Acabe casara-se com jeorão, rei de tempo de Davi, eram mercenários de Creta, daí o nome Creti
Judá (8.18,26), e o rei Acazias era o herdeiro assassinado êm heb.
por Jeú. 11.7 No sábado. Estes guardas estavam de folga no sábado,
11.2 jeoseba. Uma filha de jeorão, advinda do casamento e por isso podiam ser colocados sem que Atalia notasse sua
com outra esposa; era, em parte, irmã de Acazias, e se casara ausência.
*13 544
i morto; estareis com o rei
11.9quando
020 23.8 se alguém a seguir, matai-o à espada. Porque
o v e quando entrar. o sacerdote tinha dito: Não a matem na Casa
9 Fizeram, pois, os capitães de cem se­ do S e n h o r .
gando tudo quanto lhes ordenara o sacerdote 16 Lançaram mão dela; e ela, pelo cami­
Joiada; tomaram cada um os seus homens, 11.12 nho da entrada dos cavalos, foi à casa do rei,
tanto os que entravam como os que saíam no pi Sm 10.24 onde a mataram.
sábado, e vieram ao sacerdote Joiada.0
10 O sacerdote entregou aos capitães de A aliança de Joiada
cem as lanças e os escudos que haviam sido 2 C r 23.16-21
do rei Davi e estavam na Casa do S e n h o r . 11.13 17 Joiada fez aliança entre o S e n h o r , e
11 Os da guarda se puseram, cada um de <(20 23.12 o rei, e o povo, para serem eles o povo do
armas na mão, desde o lado direito da casa S e n h o r ; como também entre o rei e o povo.5
real até ao lado esquerdo, e até ao altar, e até 18 Então, todo o povo da terra entrou na
ao templo, para rodear o rei. casa de Baal, e a derribaram; despedaçaram
12 Então, Joiada fez sair o filho do rei, 11.14 os seus altares e as suas imagens e a Matã,
pôs-lhe a coroa e lhe deu o Livro do Testemu­ r2Rs23.3; sacerdote de Baal, mataram perante os alta­
nho; eles o constituíram rei, e o ungiram, e 2 0 34.31 res; então, o sacerdote pôs guardas sobre a
bateram palmas, e gritaram: Viva o reilP Casa do S e n h o r .'
19 Tomou os capitães dos cários, os da
A morte de Atalia guarda e todo o povo da terra, e todos estes
2 C r 23,12-15 11.17 conduziram da Casa do S e n h o r o rei e, pelo
13 Ouvindo Atalia o clamor dos da guarda s2Sm 5.3;
caminho da porta dos da guarda, vieram à
casa real; e Joás sentou-se no trono dos reis.
2 0 23.16
e do povo, veio para onde este se achava na
Casa do Senhor. í 20 Alegrou-se todo o povo da terra, e a
14 Olhou, e eis que o rei estava junto à cidade ficou tranqüila, depois que mataram
coluna, segundo o costume, e os capitães e os Atalia à espada, junto à casa do rei.
tocadores de trombetas, junto ao rei, e todo o 11.18 tDt 12.3;
21 Era Joás da idade de sete anos quando
o fizeram rei.u
2Rs 10.26;
povo da terra se alegrava, e se tocavam trom­ 2012.17
betas. Então, Atalia rasgou os seus vestidos e
clamou: Traição! Traição!r 0 reinado de Joás
15 Porém o sacerdote Joiada deu ordem 2 C r 24.1 -14
aos capitães que comandavam as tropas e 1 ^ No ano sétimo de Jeú, começou Joás
disse-lhes: Fazei-a sair por entre as fileiras; JL Á* a reinar e quarenta anos reinou em
11.21
"2024.1

11.9 Joiada obtivera o apoio de três grupos; 1) Os capitães forma. Matã. Deve ser um sacerdote fenício, convidado pela
do exército, 2 Cr 23.1; 2) Os levitas, 2 Cr 23.2; 3) A guarda rainha Atalia.
do palácio, os cários, 11.4. 11.20/1 cidade ficou tranqüila. Em Israel, a dinastia mudara
11.12 0 livro do testemunho. Uma cópia da Lei de Moisés, várias vezes e ninguém podia se manter seguro no trono, em
que também contém a história da origem da raça humana, e tranqüilidade; mas, em Judá, ficar o cetro fora das mãos do
a história do povo hebreu até à entrada na terra de Canaã; legítimo descendente de Davi, por um período de seis anos
em nossas Bíblias esta Lei se divide em cinco livros: Gênesis, apenas, era demais para que o povo tolerasse. Se Joiada não
Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. tivesse agido, a consciência popular teria achado um meio de
restaurar a aliança davídica, tal era a fé que o povo ainda
11.14 A coluno. Provavelmente uma das grandes colunas, Ja-
depositava nas promessas da Aliança.
quim e Boaz, descritas em 1 Rs 7.15-22.
11.21 Sete anos. É provável que Joás deixara-se guiar pelo
11.16 A mataram. Completou-se a sentença divina pronun­ sacerdote Joiada, durante os primeiros anos do seu reinado,
ciada contra a dinastia de Acabe. Essa filha devia ter sido a pois que as reformas do Templo tinham suas raízes na orien­
última a morrer, por ser a mais inacessível aos reformadores. tação do sacerdote (12.4-5). Mas logo que atingiu a maturi­
11.18 Durante a administração de Atalia, o culto pagão for­ dade, revelou maior responsabilidade religiosa do que o
mal a Baal se desenvolvera consideravelmente em Judá. A próprio sacerdote (7). • N. Hom. O novo reinado baseava-
destruição do templo de Baal deve-se a uma demonstração se no direito da herança, (2) e no apoio das autoridades civis
dos sentimentos religiosos do povo, visto que o Baalismo não e religiosas (4); na unção sacerdotal no Templo (12); na elimi­
captara os sentimentos religiosos, ainda que seja impossível nação da iniqüidade (15); na obediência aos preceitos de
deixar-se de admirar a facilidade com que a massa mudava Deus (17); e na aclamação popular (20). Compare estes pon­
de religião. Em Israel o paganismo havia se desenvolvido tos com o reinado do maior filho de Davi, O Senhor Jesus
tanto que Jeú precisou usar de astúcia para implantar a re­ Cristo (Fp 2.5-11; Ap 5.5-14, etc.).
545 2 REIS 12.19
Jerusalém. Era o nome de sua mãe Zíbia, de 12.1 v2Cr 24.1 o dinheiro que se achava na Casa do Senhor.
Berseba.v 11 O dinheiro, depois de pesado, davam
2 Fez Joás o que era reto perante o nas mãos dos que dirigiam a obra e tinham a
Senhor, todos os dias em que o sacerdote 12.3 seu cargo a Casa do Senhor; estes pagavam
Joiada o dirigia. >*iRs 15.14; aos carpinteiros e aos edificadores que repara­
3 Tão-somente os altos não se tiraram; e o 2Rs 14.4
vam a Casa do Senhor,
povo ainda sacrificava e queimava incenso 12 como também aos pedreiros e aos ca-
nos altos.”' bouqueiros, e compravam madeira e pedras
4 Disse Joás aos sacerdotes; Todo o di­ 12.4 lavradas para repararem os estragos da Casa
nheiro* das coisas santas que se trouxer à *Êx 30.11-16
do Senhor, e custeavam todo o necessário
Casa do Senhor, a saber, a taxa pessoal, o para a conservação da Casa do Senhor.
resgate de pessoas segundo a sua avaliação e 13 Mas, do dinheiro que se trazia à Casa
todo o dinheiro que cada um trouxer volunta­ 12.6 y2Cr 24.5 do Senhor, não se faziam nem taças de prata,
riamente para a Casa do Senhor, nem espevitadeiras, nem bacias, nem trombe-
5 recebam-no os sacerdotes, cada um dos tas, nem vaso algum de ouro ou de prata para
seus conhecidos; e eles reparem os estragos 12.7 ^2Cr 24.6 a Casa do Senhor. b
da casa onde quer que se encontrem. 14 Porque o davam aos que dirigiam a
6 Sucedeu, porém, que, no ano vigésimo obra e reparavam com ele a Casa do Senhor.
terceiro do rei Joás, os sacerdotes ainda não 15 Também não pediam contas aos ho­
tinham reparado os estragos da casa.)' 12.9 o2Cr 24.8
mens em cujas mãos entregavam aquele di­
7 Então, o rei Joás chamou o sacerdote nheiro, para o dar aos que faziam a obra,
Joiada e os mais sacerdotes e lhes disse: Por porque procediam com fidelidade.c
que não reparais os estragos da casa? Agora, 12.13 16 Mas o dinheiro de oferta pela culpad e
pois, não recebais mais dinheiro de vossos 62Cr 24.14
o dinheiro de oferta pelos pecados não se tra­
conhecidos, mas entregai-o para a reparação ziam à Casa do Senhór; eram para os sacer­
dos estragos da casa.z dotes.
8 Consentiram os sacerdotes, assim, em 12.15 c2Rs 22.7 17 Então, subiu Hazael, rei da Síria, e pe­
não receberem mais dinheiro do povo, como lejou contra Gate, e a tomou; depois, Hazael
em não repararem os estragos da casa. resolveu marchar contra Jerusalém.e
9 Porém o sacerdote Joiada tomou uma 12.16 dLv 7.7 18 Porém Joás, rei de Judá, tomou todas
caixa, e lhe fez na tampa um buraco, e a pôs as coisas santas que Josafá, Jeorão e Acazias,
ao pé do altar, à mão direita dos que entravam seus pais, reis de Judá, haviam dedicado,
na Casa do Senhor; os sacerdotes que guar­ como também todo o ouro que se achava nos
davam a entrada da porta depositavam ali 12.17
«2Rs 8.12; tesouros da Casa do Senhor e na casa do rei
todo o dinheiro que se trazia à Casa do 2Cr 24.23 e os mandou a Hazael, rei da Síria; e este se
Senhor.0 retirou de Jerusalém/
10 Quando viam que já havia muito di­ 19 Quanto aos mais atos de Joás e a tudo
nheiro na caixa, o escrivão do rei subia com o que fez, porventura, não estão escritos no
um sumo sacerdote, e contavam e ensacavam
12.18 f(17-18)
2Cr 24.23-24 Livro da História dos Reis de Judá?
12.4 Uma parte das ofertas, era fruto da avaliação legal tada na comunhão com Deus acaba por perder seus privilé­
(Lv 27.1-8); e a outra parte, resultado das ofertas feitas se­ gios, para não ter de enfrentar as responsabilidades. Esses
gundo a vontade de cada coração (Êx 2S.1 -9 ). sacerdotes ficavam à espera que o dinheiro "sobrasse" após
12.6 0 rei esperava cortesmente que os sacerdotes se desin- serem feitas suas próprias despesas. Até hoje, porém, as
cumbissem das responsabilidades; mas, em última análise, o sobras não fazem a obra de Deus.
rei também era "lâmpada de Israel", o guia religioso do seu 12.13 Este versículo refere-se a uma etapa anterior à obra,
povo. pois ao se completar tudo, com o dinheiro que antes fora
reservado tão-somente para a obra de reconstrução, ainda
• N. Hom. 12.8 O privilégio de receber as ofertas do povo
seria possível dar-se ao luxo de se fazer vasos novos
vinculava-se com a responsabilidade de vigiar o estado do
(2 Cr 24.14). A mão de obra descrita em 11 e 12, indica que
Templo. Tais sacerdotes não conheciam o segredo da mordo­
se tratava de uma reconstrução extensiva.
mia, em usar os bens concedidos por Deus de uma maneira
que o próprio Deus aprovaria. Parece que as despesas pes­ 12.16 Para os sacerdotes. Cf Lv 5.15-19; 7.7; Nm 18.18-20.
soais apresentavam-se sempre em primeiro lugar, e as da 12.18 Não mencionam os conselheiros do rei; a influência
construção haveriam de ser feitas num "amanhã" que que joiada exercera sobre o rei, na sua infância, prevalecera
nunca chegava. Assim também a pessoa não experimen­ até à morte do sacerdote (2). Ele seria o conselheiro único.
2 H 1 S 1220 546
A ctmtf&raç&o contra o rei Joás 12.20 porém andaram neles; e também o poste-
2024.25-27 92Rs 14.5;
2 0 24.25 ídolo permaneceu em Samaria.1
20 Levantaram-se os seus servos, conspi­ 7 E foi o caso que não se deixaram a Jeoa­
raram e feriram Joás na casa de Milo, que está caz, do exército, senão cinqüenta cavaleiros,
na descida para Sila.9 dez carros e dez mil homens de pé; porquanto
21 Porque Jozacar, filho de Simeate, e Jo- o rei da Síria os havia destruído e feito como
zabade, filho de Somer, seus servos, o feri­
12.21
« C r 24.26-27 o pó, trilhando-os.m
ram, e morreu; e o sepultaram com seus pais 8 Ora, os mais atos de Jeoacaz, e tudo o
na Cidade de Davi. E Amazias, seu filho, que fez, e o seu poder, porventura, não estão
reinou em seu lugar.h escritos no Livro da História dos Reis de
Israel?
9 Jeoacaz descansou com seus pais, e o
13.3 >|z 2.14;
0 reinado de Jeoacaz 2Rs 8.12
sepultaram em Samaria; e Jeoás, seu filho,
A O No vigésimo terceiro ano de Joás, fi- reinou em seu lugar.
1 J lho de Acazias, rei de Judá, começou
a reinar Jeoacaz, filho de Jeú, sobre Israel, em O reinado de Jeoás
Samaria, e reinou dezessete anos. 13.4/Ex 3.7;
2Rs 14.26 10 No trigésimo sétimo ano de Joás, rei de
2 E fez o que era mau perante o Senhor; Judá, começou Jeoás, filho de Jeoacaz, a rei­
porque andou nos pecados de Jeroboão, filho nar sobre Israel, em Samaria; e reinou dezes­
de Nebate, que fez pecar a Israel; não se apar­ seis anos.
tou deles. 13.5 *2Rs 13.25 11 Fez o que era mau perante o SENHOR;
3 Pelo que se acendeu contra Israel a ira não se apartou de nenhum dos pecados de
do S e n h o r , o qual os entregou nas mãos de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a
Hazael, rei da Síria, e nas mãos de Ben-Ha­ Israel; porém andou neles.
dade, filho de Hazael, todos aqueles dias.' 13.6/1 Rs 16.33 12 Quanto aos mais atos de Jeoás, e a tudo
4 Porém Jeoacaz fez súplicas diante do o que fez, e ao seu poder, com que pelejou
Senhor, e o Senhor o ouviu; pois viu a contra Amazias, rei de Judá, porventura, não
opressão com que o rei da Síria atormentava estão escritos no Livro da História dos Reis
a Israel./ de Israel?"
5 O Senhor deu um salvador a Israel, de 13.7 mAm 1.3
13 Descansou Jeoás com seus pais, e no
modo que os filhos de Israel saíram de sob o seu trono se assentou Jeroboão. Jeoás foi se­
poder dos siros e habitaram, de novo, em seus pultado em Samaria, junto aos reis de Israel.
lares, como dantes.*
6 Contudo, não se apartaram dos pecados 13.12
"2Rs 14.9;
A profecia final e morte de Eliseu
da casa de Jeroboão, que fez pecar a Israel, 2 0 25.17 14 Estando Eliseu padecendo da enfermi-
12.20 Feriram joás. Não havia motivo, mesmo em se conside­ 13.7 Cinqüenta cavaleiros, jeoacaz foi reduzido à condição de
rando a apostasia do rei, permitindo a idolatria tão logo um rei súdito, còm licença para ter uma guarda de cavaleiros,
joiada morresse (cujo filho fora apedrejado por levantar sua usados em ocasiões cívicas, e dez mil homens com a finali­
voz em protesto, 2 Cr 24.17-22; comp 2 Rs 12.2). dade do policiamento nacional. O Ben-Hadade da época rei­
13.1 Agora o fio da história abandona as narrativas sobre os nou de 796-770 a.C. No fim de seu reinado, jeroboão II, de
profetas reformadores e sacerdotes, para descrever a história Israel, reconquistou a Damasco (dominada por Davi e Salo­
de Israel até sua destruição (17.6). mão) (14.28). Daí se vê com freqüência a supremacia entre as
duas nações vizinhas, Israel e Síria, mudava de reinado em
13.4 jeoacaz fez súplicas. Nenhum dos 19 reis foi genuina­
reinado, desde a época de Acabe (1 Rs 20.1 -4).
mente justo ou piedoso. Alguns buscaram ao Senhor, mas
somente nas horas de calamidade nacional ou social, como se
13.14 Carros de Israel, jeoás usou a mesma expressão que
vê nos casos de jeoacaz e Acabe (1 Rs 21.27-29). O caráter
brotara dos lábios de Eliseu quando viu Elias subir num rede­
místico do rei jeú, descreve-se em 2 Rs 10.29-31. O que
moinho (2.11 -12). Embora a história registra que jeoás fora
Deus deseja é um verdadeiro arrependimento, seguido pela
mau, ele não podia deixar de lamentar a perda do poder
consagração total do coração (Rm 12.1-2; 2 Co 5.15).
espiritual e moral que a nação sofreria com a morte do
13.5 Salvador. Aqui a palavra apenas quer dizer um liberta­ grande profeta. O sentido da exclamação eqüivalia dizer que
dor político, e podia referir-se aos próprios assírios, que na­ as vitórias políticas e militares que Israel obtinha eram devidas
quela época começaram a subjugar a Síria (Is 10.5-11). às orações de Eliseu e aos seus conselhos (6.8-23). Compare
13.6 Casa de jeroboão. A natureza destes pecados é descrita Pv 14.34: "A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opró-
em 1 Rs 14.7-20,23, com as notas. brio dos povos".
547 2 REIS 14.6
dade de que havia de morrer, Jeoás, rei de 13.14 °2Rs 2.12 e Jacó; e não o quis destruir e não o lançou
Israel, desceu a visitá-lo, chorou sobre ele e ainda da sua presença.s
disse: Meu pai, meu pai0! Carros de Israel e 24 Morreu Hazael, rei da Síria; e Ben-Ha-
seus cavaleiros! 13.17 dade, seu filho, reinou em seu lugar.
15 Então, lhe disse Eliseu: Toma um arco Pi Rs 20.26
25 Jeoás, filho de Jeoacaz, retomou as ci­
e flechas; ele tomou um arco e flechas. dades das mãos de Ben-Hadade, que este ha­
16 Disse ao rei de Israel: Retesa o arco; e via tomado das mãos de Jeoacaz, seu pai, na
ele o fez. Então, Eliseu pôs as mãos sobre as 13.19 guerra; três vezes Jeoás o feriu e recuperou as
mãos do rei. <)2Rs 13.25
cidades de Israel.f
17 E disse: Abre a janela para o oriente;
ele a abriu. Disse mais Eliseu: Atira; e ele
atirou. Prosseguiu: Flecha da vitória do 0 reinado de Amazias, de Judá
Senhor! Flecha da vitória contra os siros!
13.22 r2Rs 8.12
2 C r 25 .1 -4 ■,
Porque ferirás os siros em Afeca, até os con­ 1 A No segundo ano de Jeoás, filho de
sumir. p X i Jeoacaz, rei de Israel, começou a rei­
18 Disse ainda: Toma as flechas. Ele as 13.23
nar Amazias, filho de Joás, rei de Judá."
tomou. Então, disse ao rei de Israel: Atira SÊX 2.24-25;
2Rs 14.27 2 Tinha vinte e cinco anos quando come­
contra a terra; ele a feriu três vezes e cessou. çou a reinar e vinte e nove reinou em Jerusa­
19 Então, o homem de Deus se indignou lém. Era o nome de sua mãe Jeoadã, de
muito contra ele e disse: Cinco ou seis vezes Jerusalém.
a deverias ter ferido; então, feririas os siros 13.25
3 Fez ele o que era reto perante o Senhor,
até os consumir; poírém, agora, só três vezes
'2Rs 13.18-19

ferirás os siros. 9 ainda que não como Davi, seu pai; fez, po­
20 Morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, rém, segundo tudo o que fizera Joás, seu pai.
bandos dos moabitas costumavam invadir a 14.1 4 Tão-somente os altos não se tiraram; o
terra, à entrada do ano. "2Rs 13.10; povo ainda sacrificava e queimava incenso
21 Sucedeu que, enquanto alguns enterra­
2Cr25.1
nos altos.1'
vam um homem, eis que viram um bando; 5 Uma vez confirmado o reino em sua
então, lançaram o homem na sepultura de Eli­ mão, matou os seus servos que tinham assas­
seu; e, logo que o cadáver tocou os ossos de 14.4 v-2Rs 12.3 sinado o rei, seu pai."'
Eliseu, reviveu o homem e se levantou sobre 6 Porém os filhos dos assassinos não ma­
os pés. : tou, segundo está escrito no Livro da Lei de
22 Hazael, rei da Síria, oprimiu a Israel 14.5 Moisés, no qual o Senhor deu ordem, di­
todos os dias de Jeoacaz/ tv2Rs 12.20 zendo: Os pais não serão mortos por causa
23 Porém o Senhor teve misericórdia de dos filhos*, nem os filhos por causa dos pais;
Israel, e se compadeceu dele, e se tomou para cada qual será morto pelo seu próprio
ele, por amor da aliança com Abraão, Isaque 14.6*Dt24.16 pecado.
13.15 Então lhe disse Eliseu. A resposta de Eliseu à lamentação 13.23 Aliança. Judá e Israel eram igualmente herdeiros da
do rei foi profetizar-lhe vitórias nos anos seguintes, em pro­ grande aliança (Cn 12.1-3; Êx 32.13); ambas as nações eram
porção à fé demonstrada naquela entrevista (17-19). compostas de descendentes de Abraão. Este versículo revela
13.17 Flecha da vitória. Uma declaração de guerra, muitas tanto a bondade como a severidade de Deus (Rm 11.22), já
vezes, era feita, atirando-se uma flecha dentro do território que termina com a frase "Não o lançou ainda", que sugere
inimigo. Esta, porém, foi atirada para o oriente em direção à uma futura rejeição.
Síria, a cidade de Afeque, ao oriente do Mar da Galiléia, a 13.24 Ben-Hadade. Talvez o terceiro com este nome: veja a
fortaleza principal dos exércitos da Síria para a invasão de nota de 1 Rs 15.18. Reinou de 796-770 a.C.
Israel. 14.1 jeoás. Rei de Israel de 798 a.C. até 781 a.C. jeoacaz.
13.19 Se indignou. Assim como a viúva do discípulo (4.6), Reinou desde 814 a.C. até 798 a.C. Amazias. Reinou em Judá
jeoás receberia as bênçãos de vitórias de acordo com a fé e a de 796 a.C. até 767 a.C. joás. 835-796 a.C.
obediência que demonstrara nas palavras do profeta (25). 14.6 O tratamento dos filhos dos assassinos (mencionados
13.22 Oprimiu. Quer dizer: "tinha oprimido". Uma recapitu­ em 12.21) sofre uma agradável mudança na política civil,
lação da situação do reinado anterior. Hazael reinou de contrastando com a dos reinados de Acabe, Jeú, Atalia e Joás:
843-796 a.C., entre o Ben-Hadade que assassinara (8.15), e a da eliminação dos partidários dos vencidos. Era um esforço
o Ben-Hadade mencionado nos w 3 e 24 deste capítulo, fi­ honesto para se submeter à sabedoria dos preceitos da Pala­
lho de Hazael. vra de Deus (Dt 24.16).
2 REIS 14.7 548
Amazias vence os edomitas 14.7 yjs 15.38; 14 Tomou todo o ouro, e a prata, e todos
20 2 5 .5 -/3
2Sm 8.13;
2Cr 25.11 os utensílios que se acharam na Casa do
7 Ele feriu dez mil edomitas no vale do S e n h o r e nos tesouros da casa do rei, como
Sal e tomou a Sela na guerra; e chamou o seu também reféns; e voltou para Samaria.6
nome Jocteel, até ao dia de hoje.)'
14.8
z2 0 25.17-18
A morte de Jeoás, rei de Israel
Amazias derrotado por Jeoás 14.9 °]z 9.8 15 Ora, os mais atos de Jeoás, o que fez,
2 C r 25.17-24 1Rs 4.33
o seu poder e como pelejou contra Amazias,
8 Então, Amazias enviou mensageiros a rei de Judá, porventura, não estão escritos no
Jeoás, filho de Jeoacaz, filho de Jeú, rei de 14.10 f>Dt 8.14; Livro da História dos Reis de Israel?f
Israel, dizendo: Vem, meçamos armas.z 2 0 32.25;
16 Descansou Jeoás com seus pais e foi
sepultado em Samaria, junto aos reis de Is­
Hc 2.4
9 Porém Jeoás, rei de Israel, respondeu a
Amazias, rei de Judá: O cardo que está no rael; e Jeroboão, seu filho, reinou em seu
Líbano mandou dizer ao cedro que lá está: Dá 14.11 cjs 19.38
lugar.
tua filha por mulher a meu filho; mas os ani­
mais do campo, que estavam no Líbano, pas­ 14.13
A morte de Amazias, rei de Judá
saram e pisaram o cardo.0 dNe8.U;
Zc 14.10
10 Na verdade, feriste os edomitas, e o teu
2 0 25.25-28

coração se ensoberbeceu; gloria-te disso e 17 Amazias, filho de Joás, rei de Judá,


fica em casa; por que provocarias o mal para 14.14 e1Rs7.51 viveu quinze anos depois da morte de Jeoás,
caíres tu, e Judá, contigo? b filho de Jeoacaz, rei de Israel.9
11 Mas Amazias não quis atendê-lo. Su­ 14.15 18 Ora, os mais atos de Amazias, porven­
biu, então, Jeoás, rei de Israel, e Amazias, rei f2Rs 13.12 tura, não estão escritos no Livro da História
de Judá, e mediram armas em Bete-Semes, dos Reis de Judá?
que está em Judá.c 14.17 19 Conspiraram contra ele em Jerusalém,
12 Judá foi derrotado diante de Israel, e 920 25.25 e ele fugiu para Laquis; porém enviaram após
fugiu cada um para sua casa. ele homens até Laquis; e o mataram ali.h
13 Jeoás, rei de Israel, prendeu Amazias, 14.19 20 Trouxeram-no sobre cavalos e o sepul­
rei de Judá, filho de Joás, filho de 0)5 10.31; taram em Jerusalém, junto a seus pais, na
Acazias, em Bete-Semes; e veio a Jerusalém,
2 0 25.27
Cidade de Davi.
cujo muro ele rompeu desde a Porta de 21 Todo o povo de Judá tomou a Uzias,
Efraim até à Porta da Esquina, quatrocentos 14.21
que era de dezesseis anôs, e o constituiu rei
côvados.d
'2Rs 15 título
2 0 26.1 em lugar de Amazias, seu pai.'
14.7 No tratamento dos inimigos externos de Judá, o novo 782 a.C. até 753 a.C., trinta anos de prosperidade. É a época
rei se mostrara implacável; 2 Cr 25.12 menciona um segundo do profeta Amós, quando realmente se fez necessário ensinar
grupo de dez mil edomitas, eliminado por Amazias. Sela sig­ o povo a não confiar demais nas riquezas de sua nação. Vinte
nifica "pedra". anos antes, Israel tinha sido reduzido a quase nada (13.7).
14.8 Meçamos armas. Apesar da nobreza de caráter que Doze anos depois, Jeroboão estava reinando sobre os siros,
Amazias revelara, sobre o aspecto mencionado no v 6, o rei 14.28. Aquela paz, vitória e prosperidade, entretanto, era o
mostrara-se instável, e quase excêntrico; depois de vencer os derradeiro descanso que precedia ao fim de Israel: é que o rei
edomitas, deixou-se vencer pela soberba e pela idolatria deles Tiglate-Piteser III, da Assíria (745-727 a.C.), haveria de cap­
(2 Cr 25.14-16). turar a Damasco, apenas vinte anos após a morte de Jero­
boão, e então, seu sucessor, Salmaneser III, já estaria
14.9 jeoás lança mão de uma parábola, ou fábula, para mos­
aniquilando as pequenas potências ao noroeste de Israel, mi­
trar a Amazias sua irresponsabilidade em fazer declarações de
nando àquela falsa e efêmera paz de Israel.
guerra como que por esporte, lembrando a ele que, em se
tratando de grandeza nacional, mormente de guerra e co­ 14.21 Uzias. Também se chama Azarias (1 Cr 3.12). Reinou
mércio, não havia comparação entre a nação cosmopolita do desde 767 a.C. até 739 a.C. Antes disto, já era regente esco­
norte, e a nação do sul fechada em si mesma no meio das lhido pelo povo, (tomou deve se traduzir por "havia
rochas e montanhas. tomado").
14.13 Uma brecha de duzentos metros se abriu nas defesas 14.22 Aqui é mencionada a única herança valiosa que Ama­
da cidade de Jerusalém, para garantir que aquela fortaleza zias deixara. Elate era um porto marítimo (1 Rs 9.26) e a vitó­
não mais seria centro de desafios a futuras guerras. ria sobre os edomitas, tomaram-no acessível aos súditos de
14.16 jeroboão. É Jeroboão II, cujo reinado durou de Amazias.
549 2 REIS 15.10
22 Ele edificou a Elate e a restituiu a 14.22/2Rs 16.6; 0 reinado de Azarias, de Judá
Judá, depois que o rei descansou com seus 2Cr 26.2
2 C r 26.1-15
pais./ 1 ^ No vigésimo sétimo ano de Jeroboão,
X J rei de Israel, começou a reinar Aza­
O reinado de Jeroboão II, de Israel 14.25 tjnl.1
rias, filho de Amazias, rei de Judá.P
23 No décimo quinto ano de Amazias, fi­ 2 Tinha dezesseis anos quando começou a
lho de Joás, rei de Judá, começou a reinar em reinar e cinqüenta e dois anos reinou em Jeru­
Samaria Jeroboão, filho de Jeoás, rei de Is­ 14.26 salém. Era o nome de sua mãe Jecolias, de
rael; e reinou quarenta e um anos.
íDt 32.36;
Jerusalém.
3 Ele fez o que era reto perante o Senhor,
2Rs 13.4
24 Fez o que era mau perante o S e n h o r ; segundo tudo o que fizera Amazias, seu pai.
jamais se apartou de nenhum dos pecados de 4 Tão-somente os altos não se tiraram; o
Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a 14.27
povo ainda sacrificava e queimava incenso
Israel. m2Rs13.5
nos altos, i
25 Restabeleceu ele os limites de Israel,
desde a entrada de Hamate até ao mar da Azarias é atacado de lepra
Planície, segundo a palavra do S e n h o r , Deus 14.28
2 C r 26.16-23
de Israel, a qual falara por intermédio de seu "2Sm 8.6;
5 O Senhor feriu ao rei, e este ficou le­
servo Jonas*, filho de Amitai, o profeta, o
IRs 11.24;

qual era de Gate-Héfer.


2Cr 8.3
proso até ao dia da sua morte e habitava numa
casa separada. Jotão, filho do rei, tinha o
26 Porque viu o S e n h o r que a aflição de cargo da casa e governava o povo da terra/
Israel era mui amarga, porque não havia nem 14.29 °2Rs 15.Í 6 Ora, os mais atos de Azarias e tudò o
escravo, nem livre, nem quem socorresse a que fez, porventura, não estão escritos no Li­
Israel.' vro da História dos Reis de Judá?
27 Ainda não falara o S e n h o r em apagar 7 Descansou5 Azarias com seus pais, e o
o nome dé Israel de debaixo do céu; porém os
15.1
p2Rs 14.21; sepultaram junto a seus pais, na Cidade de
livrou por intermédio de Jeroboão, filho de 2Cr 26.1,3-4
Davi; e Jotão, seu filho, reinou em seu lugar.
Jeoás.m
28 Quanto aos mais atos de Jeroboão, tudo O reinado de Zacarias, de Israel
quanto fez, o seu poder, como pelejou è como 15.4 í2Rs 12.3 8 No trigésimo oitavo ano de Azarias, rei
reconquistou Damasco e Hamate, pertencen­ de Judá, reinou Zacarias, filho de Jeroboão,
tes a Judá, para Israel, porventura, não estão sobre Israel, em Samaria, seis meses.
escritos no Livro da História dos Reis de 15.5 M-V 13.46; 9 Fez o que era mau perante o Senhor,
Israel?" 2Cr26.19-21 como tinham feito seus pais; não se apartou
29 Descansou Jeroboão com seus pais, dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que
com os reis de Israel; e Zacarias, seu filho, fez pecar a Israel.
reinou em seu lugar.0 15.7 sis 6.1 10 Salum, filho de Jabes, conspirou contra
14.23 Jeroboão tinha sido co-regente desde 793 a.C: quais compartilhou do poder com o seu pai, e também in­
14.25 lonas. É o profeta cujo livro ocupa uma pequena parte cluem o período de 750 a.C. até ao fim da sua vida, durante
da Bíblia. a qual fora leproso (5). É bom notar que o número de anos
do reinado dos reis de Judá e de Israel abrangem todo o
14.27 Deus está dando a Israel a última oportunidade de se
tempo, inclusive os anos em que só reinaram uma parte. As
arrepender. Muitas vezes aplicara o teste da adversidade ao
datas dadas no comentário, fixam-se com a ajuda dos calen­
seu povos, para o fazer retornar a Ele, Jz 2.16-22. Agora veio
dários dos reis da Síria, da Assíria, e do Egito.
o teste da prosperidade nacional: o Livro de Amós nos mostra
que falhara nesse teste, usando o poder econômico para opri­ 15.5 Leproso. 0 motivo da lepra, a qual era uma punição da
mir os pobres, vivendo no luxo e transformando os cultos parte de Deus, foi por ter o rei invadido os recintos sagrados
religiosos em festanças {Amós 6.1-7; 8.4-10). Muitas outras do Templo, e oferecido incenso no lugar do sumo sacerdote
passagens daquele profeta mostram a carência de consciência (2 Cr 26.16-20). Foi este pecado que privou o rei da honra
social. de ter uma história ainda mais longa e melhor sobre seu in­
tenso reinado. No ano 750 a.C., quando recebeu o golpe de
15.1 Azarias. O Uzias de 14.21n. A época em que foi colo­
saber que era leproso, passou a regência para seu filho Jotão.
cado como regente, com 16 anos de idade, conforme é men­
cionado em 14.21 (que se refere a uma época bem anterior à 15.7 Descansou Azarias. Este foi o ano da vocação de Isaías
morte de Amazias) é 791 ou 790 a.C. Os 52 anos de reinado (739 a.C.; cf Is 6.1).
aqui mencionados, compreendem aqueles 23 ou 24 anos nos 15.10 Amós já havia profetizado sobre a destruição da família
: REIS 15.11 550
ele. feriu-o diante do povo, matou-o e reinou 15 .1 0 !Am 7.9
terra; Menaém deu a Pul mil talentos de prata,
em seu lugar.f para que este o ajudasse a consolidar o seu
11 Quanto aos mais atos de Zacarias, eis reino.)'
que estão escritos no Livro da História dos 20 Menaém arrecadou este dinheiro de Is­
Reis de Israel. rael para pagar ao rei da Assíria, de todos os
12 Esta foi a palavra que o S e n h o r falou poderosos e ricos, cinqüenta siclos de prata
a Jeú: Teus filhos, até à quarta geração, se 15.12
por cabeça; assim, voltou o rei da Assíria e
assentarãou no trono de Israel. E assim «2Rs 10.30
não se demorou ali na terra.
sucedeu. 21 Quanto aos mais atos de Menaém e a
O reinado de Salum, de Israel tudo quanto fez, porventura, não estão escri­
tos no Livro da História dos Reis de Israel1:
13 Salum, filho de Jabes, começou a rei­ 22 Descansou Menaém com seus pais; e
nar no trigésimo nono ano de Uzias, rei de Pecaías, seu filho, reinou em seu lugar.
Judá; e reinou durante um mês em Samaria.1, 15.13 v-Mt 1.1

14 Subindo de Tirza, Menaém, filho de O reinado de Pecaías, de Israel


Gadi, veio a Samaria, feriu ali a Salum, filho
de Jabes, matou-o e reinou em seu lugar.w 23 No qüinquagésimo ano de Azarias, rei
15 Quanto aos mais atos de Salum e a de Judá, começou a reinar Pecaías, filho de
conspiração que fez, eis que estão escritos no Menaém; e reinou sobre Israel, em Samaria.
Livro da História dos Reis de Israel. dois anos.
24 Fez o que era mau perante o S e n h o r ;
15.14
16 Então, Menaém feriu a Tifsa e todos os Rs 14.17

que nela havia, como também seus limites não se apartou dos pecados de Jeroboão, filhe
desde Tirza. Porque não lha abriram, a devas­ de Nebate, que fez pecar a Israel.
tou e todas as mulheres grávidas fez rasgar 25 Peca, seu capitão, filho de Remalias
pelo ventre.* conspirou contra ele e o feriu em Samaria, na
fortaleza da casa do rei, juntamente com Ar-
O reinado de Menaém, de Israel 15.16 gobe e com Arié; com Peca estavam cin­
17 Desde o trigésimo nono ano de Aza- *1 Rs 4.24; qüenta homens dos gileaditas; Peca o matou e
rias, rei de Judá, Menaém, filho de Gadi, co­ 2Rs 8.12
reinou em seu lugar.
meçou a reinar sobre Israel e reinou dez anos 26 Quanto aos mais atos de Pecaías e i
em Samaria. tudo quanto fez, eis que estão escritos no Li­
18 Fez o que era mau perante o S e n h o r : vro da História dos Reis de Israel.
todos os seus dias, não se apartou dos pecados
de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a O reinado de Peca, de Israel
Israel. 15.19
27 No qüinquagésimo-segundo ano de
19 Então, veio Pul, rei da Assíria, contra a Azarias, rei de Judá, começou a reinar Peca.
>'2Rs 14.5;
1Cr 5 .26 ; Os 8.9

de Jeroboão (Am 7.9). Jeú, porém, recebera a promessa de deu cinqüenta sidos; deve ter havido, em Israel, umas 60.00!
que sua dinastia perduraria até à quarta geração (2 Rs 10.30). pessoas da classe superior, sendo isto uma prova da prosper•
Jeroboão era bisneto de Jeú, e Zacarias era a quarta geração; dade nacional. Por causa dos pecados de Israel, essa prosper-
Deus permitiu-lhe subir ao trono pelos fins do ano 735 a.C., dade foi consumida nos gastos para consolidar o reino c=
mas só reinou seis meses. Tigiate-Piieser III, segundo o v 19. Calcula-se tal valor mone­
tário na base do preço de um escravo, que era trinta siclos de
15.13 Salum. Reinou um mês em 752 a.C. Somente Zinri ti­
prata (Êx 21.32). Durante o reinado de Cambises (da Pérsia
vera um reinado menor, de apenas sete dias (1 Rs 16.15).
um jumento valia 50 siclos.
15.16 Menaém. A vitória deste homem maligno, que reinou
15.22 Pecaías. 741-739 a.C. É notável que, naquela époc;
de 752 até 741 a.C., fora um mau sinal para Israel, que não
turbulenta da história de Israel, Menaém ainda pudesse d eixr
teria mais força moral para resistir às invasões dos assírios. um herdeiro no seu trono sem ter havido alguma violência
Tifsa. Era o centro dos partidários de Salum, e a selvageria que
15.25 Peca. Subiu ao trono em 739 a.C. Parece, contudc
o novo rei ali revelou era uma peculiaridade só achada nos
que, como general do exército, já estava dirigindo a naçâ:
mais vis pagãos (8.12; Os 13.16; Am 1.13).
desde o ano 752 a.C., ano das revoluções de Salum e Me-
15.19 Pul. Outro nome de Tiglate Pileser III (745-727), o naém, 15.10-16. Reinou até 732 a.C.
grande restaurador do Império da Assíria (à custa do sacrifício
15.27 Vinte ar)os. Esta soma inclui o período total
das nações vizinhas).
752-732 a.C., segundo o costume de se calcular o máxirr:
551 2 REIS 16.5
filho de Remalias, e reinou sobre Israel, em 15.27 ;is 7.1 nos altos. Ele edificou a Porta de Cima da
Samaria, vinte anos.z Casa do Senhora
28 Fez o que era mau perante o Senhor; 36 Quanto aos mais atos de Jotão e a tudo
não se apartou dos pecados de Jeroboão, filho 15.29
°lRs 15.20; quanto fez, porventura, não estão escritos no
de Nebate, que fez pecar a Israel. 1Cr 5.26 Livro da História dos Reis de Judá?
29 Nos dias de Peca, rei de Israel, veio 37 Naqueles dias, começou o Senhor a
Tiglate-Pileser, rei da Assíria, e tomou a enviar contra Judá a Rezim, rei da Síria, e a
Ijom, a Abel-Bete-Maaca, a Janoa, a Quedes, 15.30 &2Rs 17.1
Peca, filho de Remalias/
a Hazor, a Gileade e à Galiléia, a toda a terra 38 Descansou Jotão com seus pais e foi
de Naftali, e levou os seus habitantes para a sepultado junto a seus pais, na Cidade de
Assíria.0 15.32 c2Cr 27.1
Davi, seu pai. Em seu lugar reinou Acaz, seu
30 Oséias, filho de Elá, conspirou contra filho.
Peca, filho de Remalias, e o feriu, e o matou, 15.34 «R s 15.3
e reinou em seu lugar, no vigésimo ano de 0 reinado de Acaz, de Judá
Jotão, filho de Uzias.b 2Cr 28.1-4
31 Quanto aos mais atos de Peca e a tudo 15.35 1 / f N° décimo sétimo ano de Peca, filho
quanto fez, eis que estão escritos no Livro da e2Rsl5.4;
1U de Remalias, começou a reinar Acaz,
História dos Reis de Israel.
2Cr 27.3
filho de Jotão, rei de Judá.9
2 Tinha Acaz vinte anos de idade quando
O reinado de Jotão, de Judá 15.37 f2Rs7.27 começou a reinar e reinou dezesseis anos em
2 C r 27 .1 -9 Jerusalém. Não fez o que era reto perante o
32 No ano segundo de Peca, filho de Re­ Senhor, seu Deus, como Davi, seu pai.
malias, rei de Israel, começou a reinar Jotão, 16.1 g2Cr 28.1
3 Porque andou no caminho dos reis de
filho de Uzias, rei de Judá.c Israel e até queimou a seu filho como sacrifí-
33 Tinha vinte e cinco anos de idade cioh, segundo as abominações dos gentios,
quando começou a reinar e reinou dezesseis que o Senhor lançara de diante dos filhos de
16.3 ^Dl 12.31

anos em Jerusalém. Era o nome de sua mãe Israel.


Jerusa, filha de Zadoque. 16.4 'Dt 12.2; 4 Também sacrificou e queimou incenso
34 Fez o que era reto perante o Senhor; 1Rs 14.23 nos altos e nos outeiros, como também de­
e em tudo procedeu segundo fizera Uzias, baixo de toda árvore frondosa.'
seu pai.d
35 Tão-somente os altos não se tiraram; o 16.5 Acaz pede socorro aos assírios
povo ainda sacrificava e queimava incenso
i2Cr 28.5-6,
16-21; Is 7.1 5 Então, subiu Rezim/, rei da Síria, com
15.29 Esta deportação aconteceu no ano 734 a.C. O reino pai. Que Jotão era um rei competente na guerra e na constru­
da Assíria deportara as guarnições das cidades do norte e do ção civil, isto é evidente pelo relato de 2 Cr 27.
noroeste, que representavam a nata do poder bélico de Israel; 16.2 Acaz. Apesar da piedade do seu avô Uzias (até seu exa­
Samaria era uma fortaleza poderosa, mas já não possuía ne­ gero mencionado em 2 Cr 26.5) e do seu pai Jotão, 15.34,
nhuma força física ou moral - a Corrupção já a levara à deca­ Acaz fora um rei ímpio, como os versículos seguintes atestam.
dência, e o seu rei poderia ser comparado a um "pássaro
16.4 Sacrificou. O mais inocente desses sacrifícios já era pe­
engaiolado". O resto de Israel era dominado facilmente como
cado, mormente depois de ter Deus aprovado o Templo de
vassalo.
Salomão, e isso em resposta às fervorosas orações daquele rei
15.30 Oséias. Não há dúvida que sua entronização foi feita (1 Rs 9.1 -9 ). No final do reinado de Joás, sessenta anos antes,
com a ajuda do rei da Assíria, este último rei de Israel acabou o Templo tinha sido totalmente reformado (12.7-14). Acaz,
se tornando um simples títere nas mãos dos Assírios, desde a num gesto público, recusou-se a frequentá-lo. Aqueles sacri­
sua conspiração o levou à loucura de tentar descartar-se de fícios eram expressamente proibidos em Dt 12.2, porque os
sua aliança com a Assíria, fazendo mexericos com o rei do altos outeiros e as árvores frondosas tinham sido os pontos
Egito (17.4), o que redundou na destruição total de Israel. escolhidos para o culto pagão, dos cananitas. Escolher os
15.32 No ano segundo de Peca. Este cálculo é baseado na mesmos lugares levou-os a imitar os ritos pagãos, especial­
data de regência pré-reinado de jotão, 750 a.C., quando pas­ mente no que se refere ao sacrifício humano, praticado por
sou à co-regència com seu pai Azarias (15.5). Ele exerceu essa Acaz (v 3). A prática de tal barbaridade pagã era uma caracte­
co-regência durante os dez anos da doença de Azarias (ou rística do culto a Moloque (Lv 18.21; Lv 20.1-5), terminante-
Uzias). mente proibido aos israelitas. 0 outro único rei que assim
15.33 Dezesseis anos. Por esta narrativa calcula-se o período procedera, foi Manassés, de Judá (21.6). O rei de Moabe sa­
durante o qual as rédeas do governo estivera em suas mãos, crificou seu filho a Camos (3.27).
ocupando o trono durante e depois dos últimos anos de seu 16.5 Então. Estamos no ano 735 a.C., ano em que Acaz teria
2 REIS 16.6 552
Peca, filho de Remalias, rei de Israel, a Jeru­ 16.6 *2Rs 14.22 perante o S e n h o r , tirou ele de diante da casa.
salém para pelejarem contra ela; cercaram de entre o seu altar e a Casa do S e n h o r e o
Acaz, porém não puderam prevalecer con­ pôs ao lado do seu altar, do lado norte.
tra ele. 15 Ordenou também o rei Acaz ao sacer­
6 Naquele tempo, Rezim, rei da Síria, res- 16.7 '2Rs 15.29 dote Urias, dizendo: Queima, no grande altar,
tituiu Elate à Síria e lançou fora dela os ju­ o holocausto da manhã, como também a
deus; os siros vieram a Elate e ficaram oferta de manjares da tarde, e o holocausto do
habitando ali até ao dia de hoje.* rei, e a sua oferta de manjares, e o holocausto
7 Acaz enviou mensageiros a Tiglate-Pi- 16.8 de todo o povo da terra, e a sua oferta de
leser, rei da Assíria, dizendo: Eu sou teu servo ™2Rs 12.18;
manjares, e as suas libações; todo sangue dos
e teu filho; sobe e livra-me do poder do rei da
2Cr 28.21
holocaustos e todo sangue dos sacrifícios as-
Síria e do poder do rei de Israel, que se levan­ pergirás nele; porém o altar de bronze ficará
tam contra mim.' para a minha deliberação posterior.?
8 Tomou Acaz a prata e ó ouro que se 16.9 "Am 1.5 16 Fez Urias, o sacerdote, segundo tudo
acharam na Casa do Senhor e nos tesouros quanto o rei Acaz lhe ordenara.
da casa do rei e mandou de presente ao rei da 17 O rei Acaz cortou os painéis dos su­
Assíria.™ portes r, e de cima deles tomou a pia, e o mar.
9 O rei da Assíria lhe deu ouvidos, subiu tirou-o de sobre os bois de bronze, que esta­
contra Damasco, tomou-a, levou o povo para 16.12
°2Cr 26.16 vam debaixo dele, e o pôs sobre um pavi­
Quir e matou a Rezim." mento de pedra.
A idolatria de Acaz 18 Também o passadiço coberto para uso
2Cr 28.22-25 no sábado, que edificaram na casa, e a entrada
16.14 real pelo lado de fora retirou da Casa do
10 Então, o rei Acaz foi a Damasco, a pÊx 27.1-2;
S e n h o r , por causa do rei da Assíria.
encontrar-se com Tiglate-Pileser, rei da Assí­ 2Cr 4.1

ria; e, vendo ali um altar, enviou dele ao sa­ A morte de Acaz


cerdote Urias a planta e o modelo, segundo 2Cr 28.26-27
toda a sua obra.
11 Urias, o sacerdote, edificou um altar 16.15 19 Quanto aos mais atos de Acaz e ao que
segundo tudo o que o rei Acaz tinha ordenado <tíx 29.39-41 fez, porventura, não estão escritos no Livro da
de Damasco; assim o fez o sacerdote Urias, História dos Reis de Judá?
antes que o rei Acaz viesse de Damasco. 20 Descansou Acaz5 com seus pais e foi
12 Vindo, pois, de Damasco o rei, viu o sepultado junto a seus pais, na Cidade de
altar, chegou-se a ele e nele sacrificou.0 16.17 Davi; e Ezequias, seu filho, reinou em seu
13 Queimou o seu holocausto e a sua
n Rs 7.23-39;
2Cr 4.2-6 lugar.
oferta de manjares, derramou a sua libação e
aspergiu o sangue das suas ofertas pacíficas O reinado de Oséias, de Israel

n
naquele altar. No ano duodécimo de Acaz, rei de
14 Porém o altar de bronzeP, que estava 16.20 Jls 14.28 Judá, começou a reinar Oséias, filho
de assumir o poder por causa daquela invasão, jotão, seu pai, desintegração espiritual, intensificada pelo rei Acaz (10.18). É
viveu até o ano de 732 a.C. Uma das conseqüências da pres­ provável que Rezim e Peca estariam tentando forçar Judá a
são trazida por Rezim e Peca, foi a perda definitiva de Elate entrar em uma aliança contra a Assíria, mas Isaías já predissera
(6). Segundo o que sabemos, o poder sírio nunca atingiu ao a vitória desta última, Is 8.7.
Mar Vermelho, e a própria Síria deixou de existir, dois ou três
16.8 Tiglate-Pileser, rei da Assíria, deve ter ficado muito ale­
anos depois; devemos traduzir: "Nesse tempo o rei de Edom
gre ao receber um valioso presente (8) por aquilo que já pla­
recuperou Elate para Edom .. . e os idumeus ali se instalaram,
nejara fazer. No ano seguinte, destruiria as cidades do norte
onde habitam até o dia de hoje" (cf NCB, p 382).
de Israel; para Damasco, careceu ainda de dois anos de pre­
16.7 A situação política de judá de então encontra-se des­ parativos, chegando a cair no ano 732 a.C.
crita junto ao ministério do grande profeta Isaías, onde é nar­
16.13-15 O Altar era uma cópia daquele que Acaz vira em
rada aquela invasão, Is 7.1-9. Uma leitura dos primeiros
Damasco; por um pouco de tempo o rei ainda seguirá os ritos
capítulos do livro desse profeta daria uma compreensão mais
da Lei de Moisés.
clara da natureza do povo de judá naquela época histórica:
apesar da piedade de Uzias e de jotão, judá estava quase tão 16.18 Por causa do rei da Assíria. Todos os símbolos de inde­
corrupta quanto Israel, e sem suficientes forças para resistir à pendência política e religiosa tinham de ser suprimidos.

i
553 2 REIS 17.16
de Elá; e reinou sobre Israel, em Samaria, 17.1 i2Rs 15.30 Senhor, seu Deus, o que não era reto; edifi-
nove anos.' caram para si altos em todas as suas cidades,
2 Fez o que era mau perante o Senhor; 17.3 u2Rs 18.9 desde as atalaias dos vigias até à cidade forti­
contudo, não como os reis de Israel que foram ficada.)'
antes dele. 10 Levantaram para si colunas* e postes-
ídolos, em todos os altos outeiros e debaixo
17.5 v-2Rs 18.9

A queda de Samaria e o cativeiro de Israel de todas as árvores frondosas.


3 Contra ele subiu Salmaneser, rei da As­ 17.6
" lv 26.32-33; 11 Queimaram ali incenso em todos os al­
síria; Oséias ficou sendo servo dele e lhe pa­ 2Rs 18.10-11; tos, como as nações que o Senhor expulsara
gava tributo." 1 0 5.26; de diante deles; cometeram ações perversas
4 Porém o rei da Assíria achou Oséias em Os 13.16
para provocarem o S enhor à ira
conspiração, porque enviara mensageiros a 12 e serviram os ídolos, dos quais o
Sô, rei do Egito, e não pagava tributo ao rei da 17.8 *Lv 18.3; Senhor lhes tinha dito; Não fareis estas
Assíria, como dantes fazia de ano em ano; por 2Rs 16.3
coisas.0
isso, o rei da Assíria o encerrou em grilhões, 13 O Senhor advertiu a Israel e a Judá
num cárcere. 17.9 )'2Rs 18.8 por intermédio de todos os profetas e de todos
5 Porque o rei da Assíria passou por toda os videntes, dizendo; Voltai-vos dos vossos
a terra, subiu a Samaria e a sitiou por três 17.10 maus caminhos e guardai os meus manda­
anos.1' ^1Rs 14.23 mentos e os meus estatutos, segundo toda a
6 No ano nono de Oséias, o rei da Assíria Lei que prescrevi a vossos pais e que vos
tomou a Samaria e transportou a Israel para a 17.12 enviei por intermédio dos meus servos, os
Assíria; e os fez habitar em Haia, junto a °Èx 20.3-4; profetas.b
Habor e ao rio Gozã, e nas cidades dos Dt4.19
14 Porém não deram ouvidos; antes, se
medos.w tomaram obstinados, de dura cerviz como
17.13 !>1Sm 9.9 seus pais, que não creram no Senhor, seu
A causa do cativeiro - Deus.c
7 Tal sucedeu porque os filhos de Israel 17.14 15 Rejeitaram os estatutos e a aliança que
pecaram contra o Senhor, seu Deus, que os cDt 31.27 fizera com seus pais, como também as suas
fizera subir da terra do Egito, de debaixo da advertências com que protestara contra eles;
mão de Faraó, rei do Egito; e temeram a ou­ 17.15 seguiram os ídolos, e se tomaram vãos, e se­
tros deuses. dDt 12.30-31; guiram as nações que estavam em derredor
8 Andaram nos estatutos das nações que o 1Rs 16.13;
Rm 1.21; deles, das quais o Senhor lhes havia orde­
Senhor lançara de diante dos filhos de Israel 1Co 8.4 nado que não as imitassem.d
e nos costumes estabelecidos pelos reis de 16 Desprezaram todos os mandamentos
Israel." 17.16 do Senhor, seu Deus, e fizeram para si ima­
9 Os filhos de Israel fizeram contra o ei Rs 12.28 gens® de fundição, dois bezerros; fizeram um
17.4 Só. É Osorcon IV, 727-716 a.C. As grandes épocas im­ pou o trono da Assíria. Foi a este ultimo que se atribuiu o feito
periais do Egito já tinham passado havia séculos; dois mil anos de ser o último conquistador de Samaria. Pelo menos foi ele
antes de Cristo, a décima primeira grande dinastia dos faraós quem realizou as grandes deportações que tinham a finali­
estava no trono, e o grande império Renovado do Egito du­ dade de destruir toda e qualquer consciência nacional de Is­
rou de 1570-1193 a.C. Agora, o Egito só desejava paz com rael.
as nações vizinhas, e sua arma mais poderosa para obter a • N. Hom. 17.7-18 Aqui começa o "Epitáfio do reino de
segurança interna era a intriga secreta internacional. Israel", e os versículos chaves de 1 e 2 Reis. Descreve a
17.6 O rei da Assíria. Naquele ano de grandes acontecimen­ causa moral da queda e da destruição total do Reino. A
tos internacionais, é bom que se defina a vida deste rei. Em chave está no versículo 7: Deus, salvando Seu povo da escra­
734 a.C., Tiglate-Pileser III invadiu as fortalezas do norte de vidão no Egito, quis, ainda naquela contingência, continuar
Israel (15.29). Seu reinado foi de 745-727 a.C. Em 724 a.C. sendo o Salvador do Seu povo, mas os israelitas entenderam
Salmaneser V, que reinou na Assíria em 727-722 a.C., inves­ que a chave da prosperidade e da sabedoria seguiriam o
tiu contra Israel, e Oséias lhe ofereceu tributo (3); depois de culto pagão dos cananitas, cuja "cultura" (carnalmente
examinar bem a situação, Salmaneser notou que Oséias se falando), era mais "alta" do que a dos fugitivos do cativeiro.
rebelava, fortalecendo-se através da intriga internacional, ra­ Os pormenores do paganismo são descritos nos w 8-18;
zão por que o encarcerou (v 4) e avançou contra a capital, tais atos se praticavam apesar dos mensageiros que Deus
Samaria. O estado de sítio durou de 724 até 722, três anos, sempre enviou ao Seu Povo (13). A ira de Deus (11) infla­
pelo cálculo oriental (v 5) e, enquanto Salmaneser se preocu­ mou-se sobremaneira ao serem recusados os Seus mensa­
pava com a situação bélica, Sargom II (722-705 a.C.) usur­ geiros (14-18). Daí a razão dessa severidade.
2 « m s 17.17 554
poste-ídolo, e adoraram todo o exército do 17.17 lônia, de Cuta, de Ava, de Hamate e de Sefar-
céu, e serviram a Baal. fLv 18.21;
1Rs 21.20; vaim e a fez habitar nas cidades de Samaria.
17 Também queimaram a seus filhos e a 2Rs 16.3; em lugar dos filhos de Israel; tomaram posse
suas filhas como sacrifício, deram-se à prá­ Ez 23.37 de Samaria e habitaram nas suas cidades.'
tica de adivinhações e criam em agouros; e 25 A princípio, quando passaram a habita
venderam-se para fazer o que era mau perante ali, não temeram o Senhor; então, mandou o
o Senhor, para o provocarem à ira/ Senhor para o meio deles leões, os quais
18 Pelo que o Senhor muito se indignou 17.18
ffIRs 11.13 mataram a alguns do povo.
contra Israel e o afastou da sua presença; e 26 Pelo que se disse ao rei. da Assíria: As
nada mais ficou, senão a tribo de Judá.9 gentes que transportaste e fizeste habitar nas
19 Também Judá não guardou os manda­ cidades de Samaria não sabem a maneira de
mentos do Senhor, seu Deus; antes, andaram 17.19 ^Jr 3.8 servir o deus da terra; por isso, enviou ele
nos costumes que Israel introduziu.h leões para o meio delas, os quais as matam,
20 Pelo que o Senhor rejeitou a toda a porque não sabem como servir o deus da
descendência de Israel, e os afligiu, e os en­ terra.
tregou nas mãos dos despojadores, até que os 17.20 >2Rs 13.3
27 Então, o rei da Assíria mandou dizer.
expulsou da sua presença.' Levai para lá um dos sacerdotes que de lá
21 Pois, quando ele rasgou a Israel da casa trouxestes; que ele vá, e lá habite, e lhes en­
de Davi, e eles fizeram rei a Jeroboão, filho 17.21 sine a maneira de servir o deus da terra.
de Nebate, Jeroboão apartou a Israel de seguir ilRs11.11 28 Foi, pois, um dos sacerdotes que ha­
o Senhor e o fez cometer grande pecado./ viam levado de Samaria, e habitou em Betei,
22 Assim, andaram os filhos de Israel em e lhes ensinava como deviam temer o
todos os pecados que Jeroboão tinha come­ Senhor.
tido; nunca se apartaram deles, 17.23

23 até que o Senhor afastou a Israel da


*1Rs 14.16;
2Rs 14.6 O culto misto dos samaritanos
sua presença, como falara pelo ministério de 29 Porém cada nação fez ainda os seus
todos os seus servos, os profetas; assim, foi próprios deuses nas cidades em que habitava,
Israel transportado da sua terra para a Assíria, e os puseram nos santuários dos altos que os
onde permanece até ao dia de hoje.* 17.24 '2Rs 4.30
samaritanos tinham feito.
30 Os de Babilônia fizeram Sucote-Be-
O rei da Assíria renova note; os de Cuta fizeram Nergal; os de Ha­
a população de Samaria 17.30 mate fizeram Asima;m
24 O rei da Assíria trouxe gente de Babi­ m2Rs 17.24 31 os aveus fizeram Nibaz e Tartaque; e

17.17 Venderam-se. Compare 1 Rs 21.20, com a nota. Os povos vieram da região da Babilônia, a qual tinha sido um
17.23 Como falara. Moisés já havia advertido o povo contra a império poderoso de 1890 até 1595 a.C., mas que agora es­
desobediência à Lei de Deus, antes da entrada na terra de tava muito desorganizada e assim, foi facilmente conquistada
Canaã (Dt 28.15-68). A Assíria já aplicara parte da punição pelos assírios. Um século depois da queda de Samaria, os
prevista nos versículos 49-52 deste discurso. As dez tribos babilônios conseguiram estabelecer um novo império
deportadas nunca mais voltaram para sua terra, embora (626-539 a.C.). As deportações continuaram por muitos
eventualmente alguns indivíduos conseguissem voltar. Só anos, e o rei Assurbanipal (669-627 a.C.) ainda fazia de Israel
agora, com início no ano de 1948 a.D., está se processando uma concentração de prisioneiros dos países conquistados.
a restauração de Israel, porém somente pelos descendentes 17.30 Sucote-Benote. A palavra quer dizer "Tabernáculo das
de judeus. Filhas'' e é possível que fossem lugares de prostituição reli­
17.26 Um bom exemplo da maneira de pensar dos pagãos giosa, ou talvez capelas de imagens. Nergal era o deus das
politeístas. Acreditavam eles que cada localidade tinha seus regiões subterrâneas, adorado em Cuta, na Babilônia. Asima
próprios deuses; por isso seria necessário aprender o culto tinha a forma de um cabrito, segundo certas tradições.
local no território de Samaria (nome dado ao reino do norte, 17.31 As teorias mais comuns apontam fontes babilônicas
Israel, depois da deportação dos israelitas, para evitar a des­ para os nomes daquelas divindades e cidades (a palavra Babi­
graça). lônia tanto significa o nome de uma cidade como o da região
17.27 Um dos sacerdotes. Infelizmente, os próprios sacerdo­ dominada por ela). As divindades tinham a forma de vários
tes do norte não eram muito fiéis às tradições puramente animais. Note-se aqui que alguns israelitas vindos da cidade
israelitas. Isto se vê desde o início da separação das tribos de Samaria, continuavam a adorar no templo de jerusalém
(1 Rs 12.25-33). Aqui temos a origem histórica dos samarita­ (Jr 41.4-5): esses formavam uma seita exclusiva, que aceitava
nos mencionados nos evangelhos (Jo 4.7-30, Lc10.33ss). somente os cinco Livros de Moisés.
555 2 REIS 18.12
os sefarvitas queimavam seus filhos a Adra- 17.31 0 reinado de Ezequias, de Judá
meleque e a Anameleque, deuses de Se- "Lv 18.21;
Ed 4.9 20 29J - 2
farvaim/ 1 Q N° terceiro ano de Oséias. filho de
32 Mas temiam também ao Senhor; den­ 17.32 X O Elá, rei de Israel, começou a reinar
tre os do povo constituíram sacerdotes dos °1Rs 12.31
Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá."'
lugares altos, os quais oficiavam a favor deles 17.33 pSf 1.5 2 Tinha vinte e cinco anos de idade
nos santuários dos altos.0 quando começou a reinar e reinou vinte e
33 De maneira que temiam o S e n h o r e, 17.34 nove anos em Jerusalém; sua mãe se chamava
ao mesmo tempo, serviam aos seus próprios qCn 32.28;
Abi e era filha de Zacarias.-*
deuses, segundo o costume das nações dentre 35.10
3 Fez ele o que era reto perante o Senhor,
as quais tinham sido transportados.P 17135 'Êx 20.5; segundo tudo o que fizera Davi, seu pai.
34 Até ao dia de hoje fazem segundo os D15.9
4 Removeu os altos, quebrou as colunas e
antigos costumes; não temem o S e n h o r , não deitou abaixo o poste-ídolo; e fez em pedaços
fazem segundo os seus estatutos e juízos, nem 17.36 J Êx 6.6
a serpente de bronze Y que Moisés fizera, por­
segundo a lei e o mandamento que o S e n h o r 17.37 tDt 5.32 que até àquele dia os filhos de Israel lhe quei­
prescreveu aos filhos de Jacó, a quem deu o mavam incenso e lhe chamavam Neustã.
nome de Israel 9. 17.38 “ Dt 4.23
5 Confiou no S e n h o r , Deus de Israel, de
35 Ora, o Senhor tinha feito aliança com maneira que depois dele não houve seu seme­
eles e lhes ordenara, dizendo: Não temereis 17.41
^Rs 17.32-33 lhante entre todos os reis de Judá, nem entre
outros deusesr, nem vos prostrareis diante os que foram antes dele.2
deles, nem os servireis, nem lhes oferecereis 18.1
6 Porque se apegou ao Senhor, não dei­
sacrifícios; «■20 28.27
xou de segui-lo e guardou os mandamentos
36 mas ao Senhor, que vos fez subir da 18.2 *2Cr 29.1 que o Senhor ordenara a Moisés.0
terra do Egito com grande poder e com braço 7 Assim, foi o Senhor com ele; para onde
estendido, a ele temereis, e a ele vos prostra­ 18.4 yNm 21.9 quer que saía, lograva bom êxito; rebelou-se
reis, e a ele oferecereis sacrifícios.5 contra o rei da Assíria e não o serviu.6
37 Os estatutos e os juízos, a lei e o man­ 18.5
z2Rs 19.10; 8 Feriu ele os filisteus até Gaza e seus
damento que ele vos escreveu, tereis cuidado 5113.5 limites, desde as atalaias dos vigias até à ci­
de os observar todos os dias; não temereis dade fortificada/
outros deuses/ 18.6 °Dt 10.20
9 No quarto ano do rei Ezequias, que era
38 Da aliança que fiz convosco não vos 18.7 0 sétimo de Oséias, filho de Elá, rei de Israel,
esquecereis; nem temereis outros deuses.u MSm 18.5; subiu Salmaneser, rei da Assíria, contra Sa­
39 Mas ao S e n h o r , vosso Deus, temereis, 2Rs 16.7;
maria e a cercou.d
e ele vos livrará das mãos de todos os vossos 2Cr 15.2;
SI 60.12 10 Ao cabo de três anos, foi tomada; sim,
inimigos. no ano sexto de Ezequias, que era o nono de
40 Porém eles não deram ouvidos a isso; 18.8 c2Rs 17.9; Oséias, rei de Israel, Samaria foi tomada.e
antes, procederam segundo o seu antigo 1Cr 4.41
11 O rei da Assíriá transportou a Israel
costume. 18.9 d2Rs 17.3 para a Assíria e o fez habitar em Haia, junto
41 Assim, estas nações temiam o Senhor a Habor e ao rio Gozã, e nas cidades dos
e serviam as suas próprias imagens de escul­ 18.10 e2fo 17.6 medos;f
tura; como fizeram seus pais, assim fazem 12 porquanto não obedeceram à voz do
também seus filhos e os filhos de seus filhos, 18.11
Senhor, seu Deus; antes, violaram a sua
até ao dia de hoje.1'
f2Rs 17.6;
ICr 5.26 aliança e tudo quanto Moisés, servo do

17.33 Compare )s 24.14-15; M t6.24, "Ninguém pode ser­ 18.2 Vinte e nove anos. Além de treze anos de co-regência.
vir a dois senhores". 18.4 Neustã. Quer dizer "pedaço de bronze".
17.34 Até ao dia de hoje. A época em que os Livros de 1 e 2 18.6 Se apegou ao Senhor. A história política e religiosa deste
Reis vieram a lume, talvez tenha sido no reinado de Josias, um rei ocupa três capítulos inteiros do Livro das Crônicas,
século mais tarde, se admitirmos que os últimos capítulos 2 Cr 29.1-31.21.
foram acrescentados durante o exíljo na Babilônia.
18.11 Sargom II, mencionado em Is 20.1, espalhou os cati­
18.1 Ezequias. Reinou de 716 a.C. até 687 a.C. Seu reinado vos para além do rio Eufrates, de maneira que 0 centro do
se destaca pelas reformas religiosas, pelo ministério de Isaías e império ficava entre eles e o seu território nativo. Veja as notas
pela libertação da invasão dos assírios. sobre a história da época, dadas em 17.6 e 17.27.
2 REIS 18.13 556
S e n h o r , tinh a ordenado; não o o u vira m , nem 18.12s2Rs17.7 mordomo, Sebna, o escrivão, e Joá, filho de
o fiz e ra m .? Asafe, o cronista.
Senaqueribe invade Judá Rabsaqué afronta a Ezequias
2 C r 3 2 .1 -8 ; Is 36.1 -3 18.13
e ao S e n h o r
13 No ano décimo quarto do rei Ezequias, íi 2Cr 32.1 2 C r 3 2 .9 -20; Is 36.4-22
19 Rabsaqué lhes disse: Dizei a Ezequias:
subiu Senaqueribe, rei da Assíria, contra to­ Assim diz o sumo rei, o rei da Assíria: Que
das as cidades fortificadas de Judá e as confiança é essa em que te estribas?*
tomou.h 20 Bem posso dizer-te que teu conselho e
14 Então, Ezequias, rei de Judá, enviou 18.15 <2Rs 16.8
poder para guerra não passam de vãs pala­
mensageiros ao rei da Assíria, a Laquis, di­ vras; em quem, pois, agora, confias, para que
zendo: Errei; retira-te de mim; tudo o que me te rebeles contra mim?
impuseres suportarei. Então, o rei da Assíria 21 Confias no Egito, esse bordão de cana
impôs a Ezequias, rei de Judá, trezentos talen­ esmagada, o qual, se alguém nele apoiar-se.
tos de prata e trinta talentos de ouro. 18.17/ls7.3
lhe entrará pela mão e a traspassará; assim é
15 Deu-lhe Ezequias toda a prata que se Faraó, rei do Egito, para com todos os que
achou na Casa do S e n h o r e nos tesouros da nele confiam.'
casa do rei.1 22 Mas, se me dizeis: Confiamos no
16 Foi quando Ezequias arrancou das por­ 18.19 S e n h o r , nosso Deus, não é esse aquele cujos
tas do templo do S e n h o r e das ombreiras o *2 0 32.10
altos e altares Ezequias removeu, dizendo a
ouro de que ele, rei de Judá, as cobrira, e o Judá e a Jerusalém: Perante este altar adora-
deu ao rei da Assíria. reis em Jerusalém?m
17 Contudo, o rei da Assíria enviou, de 23 Ora, pois, empenha-te com meu se­
Laquis, a Tartã, a Rabe-Saris e a Rabsaqué, 18.21 nhor, rei da Assíria, e dar-te-ei dois mil cava­
com um grande exército, ao rei Ezequias, a 'Ez 29.6-7 los, se de tua parte achares cavaleiros para os
Jerusalém; subiram e vieram a Jerusalém. montar.
Tendo eles subido e chegado, pararam na ex­ 24 Como, pois, se não podes afugentar um
tremidade do aqueduto do açude superior, só capitão dos menores dos servos do meu
junto ao caminho do campo do Lavandeiro./ senhor, confias no Egito, por causa dos carros
18 Tendo eles chamado o rei, saíram-lhes 18.22
e cavaleiros?
25 Acaso, subi eu, agora, sem o S e n h o r
m2Rs 18.4;
ao encontro Eliaquim, filho de Hilquias, o 2 0 31.1

18.1} Subiu Senaqueribe. Durante a época em que os reis da 18.20 Vãs palavras. Aqui não há mais cortesia oriental; os
Assíria, Tiglate-Pileser III, Salmaneser V, e Sargom II, estavam assírios confiavam totalmente nas forças militares, e reconhe­
reduzindo o reino de Israel a nada, )udá gozava de uma paz ciam que o poder do Egito se resumia em intriga e conversas
relativa, em razão de sua posição geográfica mais isolada. vãs (v 21).
Agora, parecia que as conquistas da Assíria iriam se estender 18.22 Confiamos no Senhor. Depois de provar que Ezequias já
até o pequeno reino de judá, para celebrar a ascensão do não tinha nenhuma esperança de natureza humana, o Rabsa­
novo rei assírio no ano 705 a.C. Senaqueribe reinou até qué quis mostrar que não haveria nenhum auxílio sobrenatu­
681 a.C. ral. Os agentes dos Assírios deviam ter tido conhecimento das
18.14 Errei. Ou seja, "Não tenho forças para isto" (Lc 14.31). reformas de Ezequias (v A), mas sendo pagãos, pensavam que
É difícil calcular os valores monetários daquela época, mas a destruição de altares, ídolos e imagens seria um ato anti-re­
talvez possa se afirmar que Ezequias tenha pago o imposto de ligioso, desconhecendo a realidade daquela atitude, que era
sete milhões de cruzeiros na moeda corrente atual. um ato da mais pura religiosidade (5 e 6).
18.23 Empenha-te. Uma ironia cortante. Em relação à defesa,
18.15 O filho sentiu-se forçado a seguir o mau exemplo do
Ezequias tinha feito todo o possível (2 Cr 32.2-8), mas se o
pai (16.8).
Rabsaqué quisesse provocar a ira do rei ao ponto de levá-lo a
18.17 Contudo. A Assíria não confiava em devedores de tri­ uma batalha em campo aberto, Ezequias não teria esperança
buto, 17.4. Tartã, Rabe-Saris, Rabsaqué. Não eram nomes, alguma de sobreviver.
mas sim títulos de oficiais, a saber, o general do exército (se­ 18.25 Agora vem um apelo mentiroso ao espírito supersti­
gundo textos assírios, o oficial mais alto depois do rei), o cioso do povo de judá, que estava escutando sobre a mura­
mordomo do palácio real e o fidalgo da posição mais alta lha - foi isto que fez com que os oficiais do réi pedissem que
depois do comandante do exército. se falasse na língua diplomática da época, o aramaico (26). O
18.19 O resto desse capítulo é repetido em Isaías e 2 Crô­ hebraico, aqui chamado "judaico" (26), é a mutação local
nicas. daquela língua, que passou ao uso comum até os tempos de
557 2 REIS 19.4
contra este lugar, para o destruir? Pois o 18.29 33 Acaso, os deuses das nações puderam
Senhor mesmo me disse: Sobe contra a terra "2Cr 32.15
livrar, cada um a sua terra, das mãos do rei da
e destrói-a. Assíria?P
26 Então, disseram Eliaquim, filho de Hil- 34 Onde estão os deuses de Hamate e de
quias, Sebna e Joá a Rabsaqiié: Rogamos-te Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim,
que fales em aramaico aos teus servos, porque 18.32 «Dt 8.7-8 Hena e Iva? Acaso, livraram eles a Samaria
o entendemos, e não nos fales em judaico, aos das minhas mãos??
ouvidos do povo que está sobre as muralhas. 35 Quais são, dentre todos os deuses des­
27 Mas Rabsaqué lhes respondeu: Man­ tes países, os que livraram a sua terra das
dou-me, acaso, o meu senhor para dizer-te minhas mãos, para que o S e n h o r possa livrar
estas palavras a ti somente e a teu senhor? E 18.33 a Jerusalém das minhas mãos?r
não, antes, aos homens que estão sentados p 2Rs 19.12; 36 Calou-se, porém, o povo e não lhe res­
sobre as muralhas, para que comam convosco 2Cr 32.14
pondeu palavra; porque assim lhe havia orde­
o seu próprio excremento e bebam a sua pró­ nado o rei: Não lhe respondereis.
pria urina? 37 Então, Eliaquim, filho de Hilquias, o
28 Então, Rabsaqué se pôs em pé, e cla­ mordomo, e Sebna, o escrivão, e Joá, filho de
mou em alta voz em judaico, e disse: Ouvi as Asafe, o cronista, vieram ter com Ezequias,
palavras do sumo rei, do rei da Assíria.
18.34
<?2Rs 17.24 com suas vestes rasgadas, e lhe referiram as
29 Assim diz o rei: Não vos engane Eze­ palavras de Rabsaqué.5
quias; porque não vos poderá livrar da
sua mão;" Ezequias consulta a Isaías
30 nem tampouco vos faça Ezequias con­ Is 37.1-7
fiar no S e n h o r , dizendo: O S e n h o r , certa­ 18.35 'Dn 3.15 1 Q Tendo o rei Ezequias ouvido isto,
mente, nos livrará, e esta cidade não será X y rasgou as suas vestes, cobriu-se de
entregue nas mãos do rei da Assíria. pano de saco e entrou na Casa do S e n h o r .1
31 Não deis ouvidos a Ezequias; porque 2 Então, enviou a Eliaquim, o mordomo, a
assim diz o rei da Assíria: Fazei as pazes Sebna, o escrivão, e os anciãos dos sacerdotes
comigo e vinde para mim; e comei, cada um 18.37 J Is 33.7
cobertos de pano de saco, ao profeta Isaías,
da sua própria vide e da sua própria figueira, filho de Amoz;u
e bebei, cada um da água da sua própria cis­ 3 os quais lhe disseram: Assim diz Eze­
terna. quias: Este dia é dia de angústia, de disciplina
32 Até que eu venha e vos leve para uma 19.1 Ms 37.1 e de opróbrio; porque filhos são chegados à
terra como a vossa, terra de cereal e de vinho, hora de nascer, e não há força para dá-los
terra de pão e de vinhas, terra de oliveiras e de à luz.
mel, para que vivais e não morrais. Não deis 4 Porventura, o S e n h o r , teu Deus, terá
ouvidos a Ezequias, porque vos engana, di­ ouvido todas as palavras de Rabsaqué, a
zendo: O Senhor nos livrará.0 19.2 uLc 3.4 quem o rei da Assíria, seu senhor, enviou para
Jesus, que lia o hebraico como idioma sacro, bíblico. clemência sem outra igual para o povo, se ele se rendesse
18.27 Não foi em vão que aquele fidalgo, ou mordomo-mor sem mais demora (31 -32). Em caso contrário, o próprio Deus
tinha-se dado ao trabalho de aprender as línguas locais. Mais "não teria mais poder" para preservar Jerusalém do que os
importante do que a batalha, seria deprimir a moral daquele ídolos locais tiveram para proteger as cidades deles
povo, de tal maneira, que se renderia sem que os assírios (v 33-34).
consumissem energia atguma. Note-se que Jerusalém era cir­ 18.34 As cidades aqui mencionadas com suas divindades lo­
cundada por acidentes topográficos. Em alguns pontos havia cais eram cidades da Síria e de Israel, que já se haviam ren­
verdadeiros precipícios, em razão do que, Ezequias poderia dido aos assírios.
enfrentar qualquer ataque vindo em campo aberto.
Os próprios romanos, 775 anos mais tarde, gastaram quatro 19.1 Este capítulo é quase idêntico a Isaías 37.1 -38.
anos na façanha. 19.4 Para afrontar. A arrogância e a blasfêmia dos assírios
18.30 Tendo em vista as dificuldades para a conquista da­ (18.22,33-35) foi o que levantou contra eles o castigo de
quela fortaleza tão poderosa, Rabsaqué tentou um apelo di­ Deus, 19.19,35-37. As inscrições históricas da época mos­
reto ao povo, em virtude de os oficiais reais se recusarem a tram que a Assíria já havia se apossado de dezenas de cidades
fazer uma entrega oficial da cidade aos representantes de Se- da Palestina, do território da Síria, de Israel, de Judá e da
naqueribe. Seu intuito era persuadir o povo de que não havia Filístia. Pouco faltava para que acrescentassem a gloriosa capi­
mais esperança de resistir à invasão (30), mas que haveria tal Jerusalém à lista das suas conquistas.
2 REIS 19.5 558
afrontar o Deus vivo, e repreenderá as pala­ 19.4 13 Onde está o rei de Hamate, e o rei de
vras que ouviu; ergue, pois, orações pelos que >'2Sm 16.12;
2Rs 18.35 Arpade, e o rei da cidade de Sefarvaim, de
ainda subsistem.1' Hena e de Iva?c
5 Foram, pois, os servos do rei Ezequias a
ter com Isaías; 19.6
w2Rs 18.17
A oração de Ezequias
6 Isaías lhes disse: Dizei isto a vosso se­ Is 37.14-20
nhor: Assim diz o Senhor: Não temas por 14 Tendo Ezequias recebido a carta das
causa das palavras que ouviste, com as quais 19.7
*2Rs 19.35-37 mãos dos mensageiros, leu-a; então, subiu à
os servos do rei da Assíria blasfemaram Casa do S e n h o r , estendeu-a perante o
de mim.*’' S e n h o rd
7 Eis que meterei nele um espírito, e ele, 19.8 y2Rs 18.14
15 e orou perante o S e n h o r , dizendo:
ao ouvir certo rumor, voltará para a sua terra; O S e n h o r , Deus de Israel, que estás entroni-
e nela eu o farei cair morto à espada.* 19.9 zado acima dos querubins5, tu somente és o
/I Sm 23.27
Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste os
A carta do rei da Assíria céus e a terra.
Is 37.8-13 19.10 °2Rs 18.5 16 Inclina, ó S e n h o r , o ouvido e ouve:
8 Voltou, pois, Rabsaqué e encontrou o rei abre, S e n h o r , os olhos e vê; ouve todas as
da Assíria pelejando contra Libna; porque ou­ 19.12 palavras de Senaqueribe, as quais ele enviou
vira que o rei já se havia retirado de Laquis.)' í>2Rs 18.33 para afrontar o Deus vivo/
9 O rei ouviu que a respeito de Tiraca, rei 17 Verdade é, S e n h o r , que os reis da As­
da Etiópia, se dizia: Eis saiu para guerrear 19.13 síria assolaram todas as nações e suas terras
contra ti. Assim, tomou a enviar mensageiros c2Rs 18.34 18 e lançaram no fogo os deuses deles,
a Ezequias, dizendo:z porque deuses não eram, senão obra de mãos
10 Assim falareis a Ezequias, rei de Judá: 19.14 rfis 37.14 de homens, madeira e pedra; por isso, os des-
Não te engane o teu Deus, em quem confias, truíram.9
dizendo: Jerusalém não será entregue nas 19 Agora, pois, ó S e n h o r , nosso Deus.
mãos do rei da Assíria.0 19.15 cÊx 25.22
livra-nos das suas mãos, para que todos os
11 Já tens ouvido o que fizeram os reis da reinos da terra saibam que só tu és o S e n h o r
Assíria a todas as terras, como as destruíram 19.16 f2Rs 6.4; Deus.h
totalmente; e crês tu que te livrarias? 2Cr 6.40

12 Porventura, os deuses das nações livra­ O profeta conforta a Ezequias


ram os povos que meus pais destruíram, 19.18351115.4 Is 37.21-35
Gozã, Harã e Rezefe e os filhos de Éden, que 20 Então, Isaías, filho de Amoz, mandou
estavam em Telassar?b 19.19 »SI 83.18 dizer a Ezequias: Assim diz o S e n h o r , o
19.8 Libna. Esta cidade ficava 35km a sudoeste de Jerusalém, do paganismo. Rezefe. Um centro comercial da Síria. Éden.
nas montanhas menores do Sul. Tinha sido um pequeno reino independente às margens do
19.9 Tiraca. Um rei da dinastia etíope do Egito, a vigésima rio Eufrates.
quinta que durou de 727 até 657 a.C. Tiraca foi Faraó de 19.13 Estas cidades já foram mencionadas em 18.34
690-664 a.C. Aqui ele está intervindo como general do exér­ e 17.24.
cito do Egito, e vice-rei da Etiópia, que fazia parte integrante 19.14 Estendeu-a perante o Senhor. • N. Hom. É o que de­
do Egito. Foi derrotado no mesmo ano, 701 a.C. vemos fazer com qualquer problema, expondo-o perante
19.10 Não te engane. Os assírios não quiseram permitir aos Deus através da oração. Quando o homem ora com sinceri­
habitantes de Jerusalém recobrar ânimo ante um pequeno dade, ou Deus mostra-lhe como resolver a dificuldade e con­
recuo dos exércitos do rei Senaqueribe, e muito menos por cede-lhe forças para isso, ou Deus soluciona tudo pelo Seu
causa da sua religião, que os assírios insistiam em comparar soberano poder (35-36).
ao paganismo das nações vizinhas. 19.15 Orou. Este versículo é desdobrado em dois, em
19.12 Gozã. Era uma das cidades para onde os israelitas ti­ Is 37.15-16, que é a única diferença nas duas passagens bí­
nham sido deportados (17.6). Povoando-a com estrangeiros, blicas. É uma oração digna de servir de modelo, e isto em
os assírios estavam-na preparando para que não viesse a se virtude de Ezequias não pedir apenas a libertação da situação
libertar dos conquistadores. Harã. Séculos antes, tinha sido difícil em que se encontrava mas também implorar a glória do
uma grande civilização, o "berço" dos Patriarcas nome de Deus (19).
(Gn 11.31-32; 27.43; 29.4). Sendo um centro comercial na 19.20 Eu te ouvi. Ouvir tem o sentido de atender, na língua
estrada principal entre Nínive, capital dos assírios, e Alepo, hebraica; essa luta não era apenas um assunto particular do
extremo norte da Síria, serviu por muitos anos como capital rei Ezequias, mas era Senaqueribe lutando contra o próprio
559 2 REIS 19.36
Deus de Israel: Quanto ao que me pediste 19.20 'SI 65.2 ouvidos, eis que porei o meu anzol no teu
acerca de Senaqueribe, rei da Assíria, eu te nariz e o meu freio na tua boca e te farei
ouvi,' 19.21/Jó 16.4;
voltar pelo caminho por onde vieste.P
21 e esta é a palavra que o S enhor falou
Lm 2.13,15
29 Isto te será por sinal: este ano, se co­
a respeito dele: A virgem, filha de Sião, te 19.22 merá o que espontaneamente nascer e, no se­
despreza e zomba de ti; a filha de Jerusalém ‘ SI 71.22; gundo ano, o que daí proceder; no terceiro
meneia a cabeça por detrás de ti./ Jr 51.5
ano, porém, semeai, e colhei, e plantai vinhas,
22 A quem afrontaste e de quem blasfe- e comei os seus frutos. 9
maste? E contra quem alçaste a voz e arrogan­ 19.23
'2Rs 18.17 30 O que escapou da casa de Judá e ficou
temente ergueste os olhos? Contra o Santo de de resto tomará a lançar raízes para baixo e
Israel.* 19.25 "Is 10.5 dará fruto por cima;r
23 Por meio dos teus mensageiros, afron­ 31 porque de Jerusalém sairá o restante,
taste o S e n h o r e disseste: Com a multidão 19.26 "S1129.6 e do monte Sião, o que escapou. O zelo do
dos meus carros subi ao cimo dos montes, ao S enhor fará isto.5
mais interior do Líbano; deitarei abaixo os 19.27 oS1139.1 32 Pelo que assim diz o Senhor acerca
seus altos cedros e seus ciprestes escolhidos, 19.28 do rei da Assíria: Não entrará nesta cidade,
chegarei a suas pousadas extremas, ao seu p2Rs nem lançará nela flecha alguma, não virá pe­
denso e fértil pomar.' 4.33;
jó 41.2; Am 4.2 rante ela com escudo, nem há de levantar
24 Eu mesmo cavei, e bebi as águas de tranqueiras contra ela.
estrangeiros, e com as plantas de meus pés 19.29 33 Pelo caminho por onde vier, por esse
sequei todos os rios do Egito. <7lSm 2.34;
voltará; mas, nesta cidade, não entrará, diz o
25 Acaso, não ouviste que já há muito dis- 2Rs 20.8-9;
Lc 2.12 Senhor.
pus eu estas coisas, já desde os dias remotos 34 Porque eu defenderei esta cidade, para
o tinha planejado? Agora, porém, as faço exe­ 19.30 a livrar, por amor de mim e por amor de meu
cutar e eu quis que tu reduzisses a montões de r2Cr 32.22-23 servo Davi.'
ruínas as cidades fortificadas.m
26 Por isso, os seus moradores, debilita­ 19.31 sis 9.7 A destruição do exército dos assírios
dos, andaram cheios de temor e envergonha­ 19.34 2Cr 32.21; Is 37.36-38
dos; tomaram-se como a erva do campo, e a MRs 11.12-13; 35 Então, naquela mesma noite, saiu o
erva verde, e o capim dos telhados, e o cereal 2Rs 20.6 Anjo do Senhor e feriu, no arraial dos assí­
queimado antes de amadurecer." rios, cento e oitenta e cinco mil; e, quando se
27 Mas eu conheço o teu assentar, e o teu 19.35 levantaram os restantes pela manhã, eis que
sair, e o teu entrar, e o teu furor contra mim.0 " 2 0 32.21 todos estes eram cadáveres.u
28 Por causa do teu furor contra mim e 19.36 36 Retirou-se, pois, Senaqueribe, rei da
porque a tua arrogância subiu até aos meus ' Cn 10.11 Assíria, e se foi; voltou e ficou em Nínive.1,
Deus (v 22), assim como Faraó o fizera outrora (Êx 9.14-17). (v 8-9 ). Laquis já havia sido destruída pelo rei, para isolar a
19.21-28 Estes versículos contêm uma profecia em forma Jerusalém de qualquer auxílio que viesse do Egito, como tam­
poética; note-se a linguagem simbólica nos w 23,24 e 26. bém o exército de Tiraca fora derrotado em Elteque. Daí não
haveria mais oposição local para impedir a grande invasão ao
19.28 Meu freio. Até hoje coloca-se anel no nariz de certos
Egito. É justamente nessa altura que, segundo tradições egíp­
animais fortes e um freio na boca; naquela época fazia-se o
cias transmitidas por Heródoto (ii. 141), uma chusma de ratos
mesmo com os escravos e cativos.
teria comido, durante a noite, as cordas de couro tão necessá­
19.29 Depois da profecia sobre Senaqueribe, Isaías pensa rias para o funcionamento dos arcos e dos escudos dos assí­
também na aflição do povo de Judá e envia-lhes uma mensa­ rios. É nesse ponto vital que as inscrições assírias (rf prisma de
gem de esperança. Normalmente uma invasão traz a destrui­ Senaqueribe) se referem às grandes vitórias daquela campa­
ção da agricultura local, mas o profeta afirma que aquela nha e o inexplicável silêncio que truncou os informes, apenas
invasão não atingiria mais do que duas colheres apenas - declarando que Ezequias ficou recluso como um pássaro en­
uma seria destruída, a outra não chegaria a existir, por não ter gaiolado, na sua capital, Jerusalém. Talvez aqueles ratos te­
havido liberdade para semear a terra. A terceira brotaria nor­ nham sido uma arma nas mãos de Deus para trazer uma
malmente, e seria ceifada em paz, um sinal da derrota total pestilência terrível, visto que a frase Anjo do Senhor, recorda o
do opressor e da veracidade das mensagens de consolação castigo que doutra feita Deus aplicara a Israel na forma de
enviadas por Deus pela boca dos Seus profetas. peste (2 Sm 24.15-17), sendo que os ratos e tumores men­
19.35 A idéia popular é de que o exército tenha sido des­ cionados em 1 Sm S.6-6.6, são a causa e o efeito da peste
truído às portas de Jerusalém. Mas o primeiro passo na liber­ bubônica imposta aos filisteus como castigo pela sua im­
tação foi o desvio da atenção de Senaqueribe para Libna piedade.
2 REIS 19.37 560
37 Sucedeu que, estando ele a adorar na"2RS
19.37 9 Respondeu Isaías: Ser-te-á isto da parte
casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e 2Cr 32.7;
32.21 do Senhor como sinal de que ele cumprirá
Sarezer, seus filhos, o feriram à espada; e a palavra que disse: Adiantar-se-á a sombra
fugiram para a terra de Ararate; e Esar-Ha- dez graus ou os retrocederá?d
dom, seu filho, reinou em seu lugar.w 20.1 *2Cr 32.24 10 Então, disse Ezequias: É fácil que a
sombra adiante dez graus; tal, porém, não
A doença de Ezequias aconteça; antes, retroceda dez graus.
e a sua cura maravilhosa 20.3 /Cn17.1; 11 Então, o profeta Isaías clamou ao
2Cr 32.24; Is 38.1-8 1Rs 3.6 Senhor; e fez retroceder dez graus a sombra
O O àqueles dias, Ezequias adoeceu de lançada pelo sol declinante no relógio de
Á A j uma enfermidade mortal; veio ter Acaz.e
com ele o profeta Isaías, filho de Amoz, e lhe 20.5

disse: Assim diz o Senhor: Põe em ordem a


z lSm 9.16;
2Rs 19.20 A embaixada da Babilônia
tua casa, porque morrerás e não vi verás.* Is 39.1-8
2 Então, virou Ezequias o rosto para a pa­ 12 Nesse tempo, Merodaque-Baladã, fi­
rede e orou ao Senhor, dizendo: 20.6 o2Rs 19.34 lho de Baladã, rei da Babilônia, enviou cartas
3 Lembra-te, Senhor, peço-te, de que e um presente a Ezequias, porque soube que
andei diante de ti com fidelidade, com intei­ estivera doente/
reza de coração, e fiz o que era reto aos teus 20.7 Hs 38.21 13 Ezequias se agradou dos mensageiros e
olhos; e chorou muitíssimo.)' lhes mostrou toda a casa do seu tesouro, a
4 Antes que Isaías tivesse saído da parte prata, o ouro, as especiarias, os óleos finos, o
central da cidade, veio a ele a palavra do 20.8 cJz 6.17;
seu arsenal e tudo quanto se achava nos seus
Senhor, dizendo: tesouros; nenhuma coisa houve, nem em sua
Is 7.11,14

5 Volta e dize a Ezequias, príncipe do meu casa, nem em todo o seu domínio que Eze­
povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, 20.9 dIs 38.7-í quias não lhes mostrasse.9
teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágri­ 14 Então, Isaías, o profeta, veio ao rei
mas; eis que eu te curarei; ao terceiro dia, Ezequias e lhe disse: Que foi que aqueles
subirás à Casa do Senhor. 2 20.11 ejs 10.12; homens disseram e donde vieram a ti? Res­
6 Acrescentarei aos teus dias quinze anos Is 38.8 pondeu Ezequias: De uma terra longínqua
e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e vieram, da Babilônia.
a esta cidade; e defenderei esta cidade por 15 Perguntou ele: Que viram em tua casa?
amor de mim e por amor de Davi, meu 20.12 f\s 39.1 Respondeu Ezequias: Viram tudo quanto há
servo.0 em minha casa; coisa nenhuma há nos meus
7 Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de tesouros que eu não lhes mostrasse.h
figos; tomaram-na e a puseram sobre a úl­ 20.13
16 Então, disse Isaías a Ezequias: Ouve a
cera; e ele recuperou a saúde.b 92Cr 32.27
palavra do Senhor: •
8 Ezequias disse a Isaías: Qual será o sinal 17 Eis que virão dias em que tudo quanto
de que o Senhor me curará e de que, ao 20.15 houver em tua casa, com o que entesouraram
terceiro dia, subirei à Casa do Senhor?c h2Rs 20.13 teus pais até ao dia de hoje, será levado para

19.37 O fim de Senaqueribe, que aqui é descrito encerrando 20.6 Te livrarei. Estas palavras sugerem que a época da
o relato daquela invasão, ocorreu exatamente vinte anos mais doença de Ezequias era anterior à libertação descrita em
tarde, em 681 a.C. A adorar. A oração feita a Deus pelo rei 19.35-36.
Ezequias redundou em libertação total do perigo (15 e 35). A 20.11 Alguns comparam aquele milagre ao do dia prolon­
oração feita a Nisroque (talvez o deus Marduk dos babilô­ gado, descrito em Js 10.12-13, dizendo que tal retrocesso
nios), resultou no seu próprio assassinato, pelos seus próprios contrabalançaria com a extensão de tempo ali mencionada.
filhos perversos. Outros dizem que a sombra apenas retrocedeu devido à ação
20.1 Naqueles dias. Depois de descrever a grande crise do milagrosa do relógio.
reinado de Ezequias, a narrativa é voltada para dois incidentes 20.12 Merodaque-Baladã. Reinou de 731 a.C. até' 694 a.C.
anteriores à invasão: a doença do rei (1-11) e a visita dos Este príncipe fez várias tentativas para obter a independência
embaixadores da Babilônia (12-19). dos assírios. Aquela visita, feita em 705 a.C. foi um dos tais
20.2 Tanto Acabe como Ezequias viraram o rosto para a pa­ esforços. Foram tais atividades que esgotaram as energias dos
rede na hora do desengano (1 Rs 21.4), mas Ezequias fê-lo assírios, afastando a oportunidade de outra invasão de Jeru­
para orar. salém.
561 2 REIS 21.11
a Babilônia; não ficará coisa alguma, disse o 20.17 diante de todo o exército dos céus, e o
Senhor.' ' 2Rs 24.13
serviu, p
18 Dos teus próprios filhos/, que tu gera- 4 Edificou altares na Casa do Senhor, da
res, tomarão, para que sejam eunucos no palá­ 20.18
(2Rs 24.15; qual o Senhor tinha dito: Em Jerusalém po­
cio do rei da Babilônia. Dn 1.1-7 rei o meu nome1?.
19 Então, disse Ezequias a Isaías: Boa é a 5 Também edificou altares a todo o exér­
palavra do Senhor que disseste. Pois pen­ 20.19 cito dos céus nos dois átrios da Casa do
sava: Haverá paz e segurança em meus dias.* *lSm 3.18;
Senhor.
6 E queimou a seu filho como sacrifício,
SI 39.9

A morte de Ezequias adivinhava pelas nuvens, era agoureiro e tra­


tava com médiuns e feiticeiros; prosseguiu
20.20
2 0 32.32-33 '2Cr 32.30;
20 Quanto aos mais atos de Ezequias, e Ne 3.16 em fazer o que era mau perante o Senhor,
todo o seu poder, e como fez o açude e o para o provocar à ira/
aqueduto, e trouxe água para dentro da ci­ 20.21
7 Também pôs a imagem de escultura do
dade, porventura, não estão escritos no Livro ">20 32.33
poste-ídolo que tinha feito na casa de que o
da História dos Reis de Judá?' Senhor dissera a Davi e a Salomão, seu fi­
21 Descansou Ezequias com seus pais; e 21.1 "2Q33.1
lho: Nesta casa5 e em Jerusalém, que escolhi
Manassés, seu filho, reinou em seu lugar.m de todas as tribos de Israel, porei o meu nome
para sempre;
21.2 ojr 15.4

O reinado de Manassés, de Judá 8 e não farei que os pés dé Israel andem


errantes da terra que dei a seus pais, contanto
21.3 pDt 4.19;
2C r 33 .1 -9 1Rs 16.32-33;
^ 1 Tinha Manassés doze anos de idade 2Rs 17.16 que tenham cuidado de fazer segundo tudo o
X quando começou a reinar e reinou que lhes tenho mandado e conforme toda a lei
cinqüenta e cinco anos em Jerusalém. Sua 21.4 <í2Sm 7.13 que Moisés, meu servo, lhes ordenou.'
mãe chamava-se Hefzibá." 9 Eles, porém, não ouviram; e Manassés
2 Fez ele o que era mau0 perante o 21.6 'Lv 18.21; de tal modo os fez errar, que fizeram pior do
Senhor, segundo as abominações dos gen­ 2Rs 16.3
que as nações que o Senhor tinha destruído
tios que o Senhor expulsara de suas posses­ 21.7 sl Rs 9.3-5;
de diante dos filhos de Israel.u
sões, de diante dos filhos de Israel.
Ojuízo a respeito de Judá
2Cr 7.12-18
3 Pois tomou a edificar os altos que Eze­
quias, seu pai, havia destruído, e levantou al­ 21.8 (2Sm 7.10 10 Então, o Senhor falou por intermédio
tares a Baal, e fez um poste-ídolo como o que dos profetas, seus servos, dizendo:
fizera Acabe, rei de Israel, e se prostrou 21.9 uPv 29.12 11 Visto que Manassés, rei de Judá, come-
20.19 Boa é a palavra. O rei aceitou a repreensão, aliviado ao Talvez as mães tivessem exercido maior influência do que os
saber que ele, ao menos, não sofreria o peso do castigo. próprios reis, na criação dos herdeiros do trono. É interes­
20.20 Aqueduto. Esta obra majestosa, que penetrou 500 me­ sante notar, nestes capítulos, os nomes das mães (21.1;
tros através da rocha sólida, fazia parte dos planos para a 21.19; 22.1). Uma explicação adicional é que haveria sempre
defesa de Jerusalém, 2 Cr 32.1-8. Existe/hoje, com a devida dois partidos em Judá, os seguidores da religião revelada por
inscrição que demonstra como a obra foi feita, indicando que Deus, e os seguidores da religião pagã.
uma companhia começara no tanque de Siloé, e outra na 21.5 Exército dos céus. Quanto à astrologia dos povos de
fonte da Virgem (Ciom). além do rio Eufrates, sem justificar-se os atos de Manassés,
21.1 Manassés. /á tinha sido co-regente com seu pai desde pode-se mencionar que ele tinha de obedecer aos reis da
696 a.C. Seu reinado se estendeu até a morte em 641 a.C. Assíria, e que o paganismo daquelas bandas tinha livre en­
Assumiu a responsabilidade exclusiva do trono em 687 a.C. É trada em Judá. 0 rei da Assíria, Esarhadão (681-669 a.C.),
interessante notar que, durante dois séculos, desde o reinado invadiu ao Egito e incluiu Manassés na sua lista de súditos.
de josafá de Judá, o qual exerceu três anos de co-regência Assurbanipal (669-627 a.C.) intensificou o controle assírio
com seu pai Asa (872-870 a.C.), todos os reis de Judá reina­ naquelas regiões.
vam juntamente com seu genitor, durante alguns anos, e 21.6 Queimou a seu filho. Como Acaz (16.3), Manassés deu-
compartilhavam os últimos anos dos seus reinados com seus se ao paganismo com todas as suas forças. Abraçou a magia
respectivos filhos. negra do oriente, expressamente proibida pela Lei de Moisés
21.2 Este reinado foi o mais negro e ímpio de todos os reina­ (Dt 18.10-14).
dos de Judá. E difícil compreender como um rei tão piedoso 21.11 Assim como |eroboão levou Israel a pecar
(15.34), tenha sido pai de um filho injusto e perverso como (1 Rs 15.34-16.2), Manassés foi a causa do pecado nacional
Acaz (16.2-3). De igual modo Josias, o restaurador do culto de Judá; não obstante seus erros, arrependeu-se no cativeiro
no Templo (22.2-7), era filho do idólatra Amom (21.19-22). (2 Cr 33.12-13).
2 REIS 21.12 562
teu estas abominações, fazendo pior que tudo 21.11
idade quando começou a reinar e reinou dois
que fizeram os amorreus antes dele, e também V1 Rs 21.26;
anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Me-
a Judá fez pecar com os ídolos dele/
2Rs21.9
sulemete e era filha de Haruz, de Jotbá.b
12 assim diz o S e n h o r , Deus de Israel: 20 Fez o que era mau perante o S e n h o r .
Eis que hei de trazer tais males sobre Jerusa­ 21.12 como fizera Manassés, seu pai.c
lém e Judá, que todo o que os ouvir, lhe tini­ «-ISm 3.11
21 Andou em todo o caminho em que an­
rão ambos os ouvidos.w dara seu pai, serviu os ídolos a que ele servira
13 Estenderei sobre Jerusalém o cordel de e os adorou.
Samaria e o prumo da casa de Acabe; elimi­
21.13 *ls 34.11;
Am 7.7-8 22 Assim, abandonou ele o S e n h o r , Deus
narei Jerusalém, como quem elimina a sujeira de seus pais, e não andou no caminho do
de um prato, elimina-a e o emborca.* S e n h o r. d
14 Abandonarei o resto da minha herança, 21.16 y2Rs 24.4
23 Os servos do rei Amom conspiraram
entregá-lo-ei nas mãos de seus inimigos; ser­ contra ele e o mataram em sua própria casa.'
virá de presa e despojo para todos os seus 24 Porém o povo da terra feriu todos os
inimigos. que conspiraram contra o rei Amom e consti­
21.17
* 2 0 33.11-19
15 Porquanto fizeram o que era mau pe­ tuiu a Josias, seu filho, rei em seu lugar.
rante mim e me provocaram à ira, desde o dia 25 Quanto aos mais atos de Amom e a
em que seus pais saíram do Egito até ao dia de 21.18
tudo que fez, porventura, não estão escritos
hoje. « 2 0 33.20
no Livro da História dos Reis de Judá?
16 Além disso, Manassés derramou mui­ 26 Foi ele enterrado na sua sepultura, no
tíssimo sangue inocente, até encher Jerusalém 21.19 jardim de Uzá; e Josias, seu filho, reinou em
de um ao outro extremo, afora o seu pecado, * 2 0 33.21-23 seu lugar.f
com que fez pecar a Judá, praticando o que
era mau perante o S e n h o r .) ' O reinado de Josias
21.20 c2Rs 21.2
2Cr 34.1-2
A morte de Manassés O ^ Tinha Josiass oito anos de idade
2Cr 33.18-20 21.22 quando começou a reinar e reinou
17 Quanto aos mais atos de Manassés, e a dIRs 11.33 trinta e um anos em Jerusalém. Sua mãe se
tudo quanto fez, e ao seu pecado, que come­ chamava Jedida e era filha de Adaías, de
teu, porventura, não estão escritos no Livro da Bozcate.
História dos Reis de Judá?z
21.23
* 2 0 33.24-25 2 Fez ele o que era reto perante o S e n h o r .
18 Manassés descansou com seus pais e andou em todo o caminho de Davi, seu pai, e
foi sepultado no jardim da sua própria casa, não se desviou nem para a direita nem para a
no jardim de Uzá; e Amom, seu filho, reinou 21.26 íM t 1.10 esquerda.h
em seu lugar.0
O rei repara o templo
O reinado de Amom, de Judá 22.1 3)r 3.6
2Cr 34.8-13
2Cr 33.21-25 3 No décimo oitavo ano do seu reinado, o
19 Tinha Amom vinte e dois anos de 22.2 ftDt 5.32 rei Josias mandou o escrivão Safã, filho de
21.13 Cordel.. . prumo. A mesma medida de justiça divina 22.1 josias. O nome desse rei que reinou trinta anos,
que trouxe a destruição da dinastia de Acabe e da nação de 639-609 a.C. quer dizer "Jeová apóia", e realmente resolveu
Israel, seria aplicada a Judá (Lm 2.8; Am 7.7-9). viver com o apoio divino desde o princípio. A narrativa de 2
21.14 Uma referência ao Cativeiro na Babilônia, para onde Crônicas descreve como a corte real abandonou a idolatria,
muitos judeus foram deportados em 605 a.C. (24.13) e em logo no início do seu reinado. Mais de três séculos antes, o
587 a.C. (25.11). nascimento deste rei foi anunciado por um homem de Deus
(1 Rs 13.2).
21.19 Amom. Reinou de 641 até 639 a.C. Deu sinais eviden­
tes de querer continuar o reinado opressivo de seu pai (16 22.2 0 caminho de Davi, seu p a i.. . 0 povo tinha razão em
e 20). ansiar por uma volta à pureza da época davídica (21.24).
21.23 Os servos. Devem ter sido os oficiais do palácio que 22.3 Estamos, aqui, no ano 621 a.C., e Josias tem 26 anos de
assim fizeram visto que o povo em geral se opôs àquele idade. Seis anos antes, morrera o último grande imperador,
ato (24). Assurbanipal da Assíria. Depois disso, os povos dominados
21.24 Tão grande era a confiança popular na linhagem de foram se libertando até a Assíria se tomar uma potência se­
Deus, que nada poderia abalá-la. cundária, com pouca autoridade fora da grande cidade de
563 2 REIS 22.19
Azalias, filho de Mesulão, à Casa do 22.3 i 2Cr 34.8 a Aicão, filho de Safã, a Acbor, filho de Mi-
S e n h o r ,' caías, a Safã, o escrivão, e a Asaías, servo do
4 dizendo: Sobe a Hilquias, o sumo sacer­ rei, dizendo:0
13 Ide e consultai o S e n h o r por mim,
22.4/2Rs 12.4;
dote, para que conte o dinheiro que se trouxe SI 84.10
à Casa do S e n h o r , o qual os guardas da porta pelo povo e por todo o Judá, acerca das pala­
ajuntaram do povo;/ vras deste livro que se achou; porque grande
5 que o dêem nas mãos dos que dirigem a 22.5
é o furor do S e n h o r que se acendeu contra
nós, porquanto nossos pais não deram ouvi­
*2Rs 12.11-12
obra e têm a seu cargo a Casa do S e n h o r ,
para que paguem àqueles que fazem a obra dos às palavras deste livro, para fazerem se­
que há na Casa do S e n h o r , para repararem 22.7 í2Rs 12.15 gundo tudo quanto de nós está escrito.0
os estragos da casa:k 14 Então, o sacerdote Hilquias, Aicão,
6 aos carpinteiros, aos edificadores e aos Acbor, Safã e Asaías foram ter com a profe­
pedreiros; e comprem madeira e pedras lavra­ tisa Hulda, mulher de Salum, o guarda-roupa,
22.8
mDt 31.24;
das, para repararem os estragos da casa. 2Cr 34.14 filho de Ticva, filho de Harás, e lhe falaram.
7 Porém não se pediu conta do dinheiro Ela habitava na cidade baixa de Jerusalém.P
que se lhes entregara nas mãos, porquanto 22.12 15 Ela lhes dissè; Assim diz o S e n h o r , o
procediam com fidelidade.( " 2 0 34.20 Deus de Israel: Dizei ao homem que vos en­
viou a mim:
Hilquias acha o livro da Lei 16 Assim diz o S e n h o r : Eis que trarei
2 0 34.14-18 22.13
males sobre este lugar e sobre os seus mora­
dores, a saber, todas as palavras do livro que
°Dt 29.27
8 Então, disse o sumo sacerdote Hilquias
ao escrivão Safa: Achei o Livro da Lei na leu o rei de Judá.1)
Casa do S e n h o r . Hilquias entregou o livro a 22.14 17 Visto que me deixaram é queimaram
Safã, e este o leu.m p2Cr 34.22
incenso a outros deuses, para me provocarem
9 Então, o escrivão Safã veio ter com o rei à ira com todas as obras das suas mãos, o meu
e lhe deu relatório, dizendo: Teus servos con­ 22.16 furor se acendeu contra este lugar e não se
taram o dinheiro que se achou na casa e o <?Dt 29.27 r
entregaram nas mãos dos que dirigem a obra 18 Porém ao rei de Judá, que vos enviou a
e têm a seu cargo a Casa do S e n h o r . consultar o S e n h o r , assim lhe direis: Assim
10 Relatou mais o escrivão Safã ao rei, diz o S e n h o r , o Deus de Israel, acerca das
22.17
rDt 29.25-27
dizendo: O sacerdote Hilquias me entregou palavras que ouviste:s
um livro. E Safã o leu diante do rei. 19 Porquanto o teu coração se enterneceu,
22.18
e te humilhaste perante o S e n h o r , quando
Josias manda consultar a profetisa Hulda s2Cr 34.26
ouviste o que falei contra este lugar e contra
2Cr 34.19-28 os seus moradores, que seriam para assolação
11 Tendo o rei ouvido as palavras do Li­ 22.19 e para maldição, e rasgaste as tuas vestes, e
vro da Lei, rasgou as suas vestes. (Lv 26.31-32;
1Rs 21.29; choraste perante mim, também eu te ouvi, diz
12 Ordenou o rei a Hilquias, o sacerdote, Is 57.15 o S e n h o r. f
Nínive. Daí a liberdade que o rei Josias gozava para estender do Pentateuco, preferindo-se a teoria de que se tratasse
suas reformas. de Deuteronômio. O que causou tanta emoção ao rei
22.5 A última reforma do Templo tinha sido feita no ano foi a decisiva condenação à idolatria, o pecado nacional
81 3 a.C., no reinado de Joás (12.6-12). O último rei justo, (Dt 6.13-15; 28.15-25). Nesta reação se evidencia o efeito
Ezequias, tinha morrido 65 anos antes da reforma de Josias. da Lei de Deus no coração arrependido. "Pela lei vem o pleno
isto explica, em parte, o estado de negligência do Templo e conhecimento do pecado" (Rm 3.20). As ações do rei demons­
o esquecimento do Livro da Lei (8). traram um verdadeiro arrependimento, o qual rasga o coração
22.8 Achei o Livro do Lei. É provável que o sumo sacerdote e não as vestes (Jl 2.13). É o arrependimento que não nasce
sempre soubesse da existência do Livro, mas admite-se que, do formalismo de ir à frente em uma reunião pública ou de
oor muitos anos, qualquer leitura de um Livro que conde­ repetir uma oração lida em um livro.
nasse os pecados nacionais seria punida com pena de morte,
22.14 A profetisa Hulda. Duas outras profetisas descritas no
como quase acontecera com o grande profeta Jeremias, cujo
Antigo Testamento são Miriã (Êx 15.20) e Débora (Jz 4.4).
ranistério surgiu no fim do reinado de Josias (Jr 36.20-26).
22.10 Safã o leu. Era este um dos deveres do escrivão do rei. 22.17 Que a adoração de deuses pagãos veio a ser popular
Vão quer isto dizer que o rei não soubesse ler. em Jerusalém, é notado na descrição que o profeta Ezequiel
• N. Hom. 22.11
É provável que este livro fosse uma parte faz da situação, dez anos após a morte de Josias, 8.5-18.
2 REIS 22.20 564
20 Pelo que, eis que eu te reunirei a teus 22.20 «SI 37.37 Jerusalém, nos campos de Cedrom, e levou ai
pais, e tu serás recolhido em paz à tua sepul- cinzas deles para Betei.)'
. tura, e os teus olhos não verão todo o mal que 5 Também destituiu os sacerdotes que o§
hei de trazer sobre este lugar. Então, levaram 23.1 reis de Judá estabeleceram para incensare*
eles ao rei esta resposta." v2Cr 34.29-30
sobre os altos nas cidades de Judá e ao redor
de Jerusalém, como também os que incensa­
Josias renova a aliança ante o Senhor vam a Baal, ao sol, e à lua, e aos mais plane­
2Cr 34.29-33
23.2 w2Rs 22.8
tas, e a todo o exército dos céus.z
O Então, deu ordem o rei, e todos os 6 Também tirou da Casa do Senhor o
anciãos de Judá e de Jerusalém se poste-ídolo, que levou para fora de Jerusalén
^juntaram a ele.1'
23.3 *2Rs 11.14
até ao vale de Cedrom, no qual o queimou e
2 O rei subiu à Casa do Senhor, e com o reduziu a pó, que lançou sobre as sepulturas
ele todos os homens de Judá, todos os mora­ do povo.0
dores de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas
23.4 y2Rs 21.3
7 Também derribou as casas da prostitui­
e todo o povo, desde o menor até ao maior; e ção-cultuai que estavam na Casa do Senhor.
leu diante deles todas as palavras do Livro onde as mulheres teciam tendas para o poste-
da Aliança que fora encontrado na Casa do
23.5 *2Rs 21.3 ídolo.0
Senhor.”' ' 8 A todos os sacerdotes trouxe das cidades
3 O rei se pôs em pé junto à coluna e fez 23.6 o(4-6) de Judá e profanou os altos em que os sacer­
aliança ante o Senhor, para o seguirem, 2Rs 21.3; dotes incensavam, desde Geba até Berseba; e
guardarem os seus mandamentos, os seus tes­ 2Cr 33.3 derribou os altares das portas, que estavam à
temunhos e os seus estatutos, de todo o cora­ entrada da porta de Josué, governador da ci­
ção e de toda a alma, cumprindo as palavras dade, à mão esquerda daquele que entrava
desta aliança, que estavam escritas naquele 23.7 *1 Rs 14.24 por ela.c
livro; e todo o povo anuiu a esta aliança. * 9 (Mas os sacerdotes dos altos não sacrifi­
cavam sobre o altar do Senhor, em Jerusa­
A purificação do templo e do culto lém; porém comiam pães asmos no meio de
23.8 cl Rs 15.22
seus irmãos.)d
2Cr 34.3-7 10 Também profanou a Tofetee, que está
4 Então, o rei ordenou ao sumo sacerdote no vale dos filhos de Hinom, para que nin­
Hilquias, e aos sacerdotes da segunda ordem, 23.9 d1Sm 2.36 guém queimasse a seu filhof ou a sua filha
e aos guardas da porta que tirassem do templo como sacrifício a Moloque.
do Senhor todos os utensílios que se tinham 11 Também tirou os cavalos que os reis de
feito para Baal, e para o poste-ídolo, e para 23.10 eLv 18.21
'\r 7.30-31; Judá tinham dedicado ao sol, à entrada da
todo o exército dos céus, e os queimou fora de 19.1-6; 32.34-35 Casa do Senhor, perto da câmara de Natã-
23.3 Junto à coluna. Refere-se às colunas jaquim e Boaz, que do verdadeiro culto do povo de Deus, não tinham obedecido
significavam a presença real de Deus na terra, é Sua futura à ordem de suprimir os "altos" que eram semelhantes aos
vinda gloriosa (1 Rs 7.21 n). São uma lembrança visível da ex­ lugares usados pelos cananitas pagãos, possuindo o direito de
pressão: "Tu me guias com o teu conselho, e depois me rece­ receber a porção reservada à tribo de Levi, sem entretanto
bes na glória" (SI 73.24). Mandamentos, testemunhos, ser-lhes permitido oficiar no Templo como sacerdotes verda­
estatutos. Essas palavras significam a totalidade do conteúdo deiros. Geba. O ponto mais setentrional do reino de Judá,
do Livro de Deuteronômio (comp Dt 6.1 -9 ). equiparando a Dã, o ponto mais setentrional de Israel. Ber­
23.4 A primeira reforma feita por Josias, no décimo segundo seba. É divisa com o deserto, do Sul.
ano do seu reinado (2 Cr 34.3-7), coincidiu com a morte do 23.10 Tofete. O lugar predileto dos adoradores do ídolo dos
rei da Assíria. Agora, seis anos mais tarde, a descoberta do amonitas, Moloque, que era feito de bronze, oco, contendo
Livro precipitou um impulso missionário que não podia ser brasas incandescentes no seu interior que consumiam as
paralisado pela influência da Assíria, que já diminuíra bas­ crianças ali lançadas. Depois deste ato de Josias, o vale de
tante. Dentro em breve, |osias chega até o território de Israel Hinom veio a ser depósito de lixo da cidade, onde os destro­
(15). Nínive foi destruída em 612 a.C., perto do fim do rei­ ços perpetuamente se queimavam. Gê hinom, então, passou a
nado de Josias. simbolizar o lugar onde as almas humanas em rebelião contra
23.6 Vale de Cidrom. Desde os tempos antigos até hoje, este Deus, sofreriam tormentos perpétuos, como sendo a escória
vale tem sido o cemitério público da Cidade de Jerusalém. do Universo (Mt 10.28; Mc 9.43).
23.8 Os sacerdotes. Não eram pagãos, mas sim, alguns mem­ 23.11 Cavalos. Shamash, o deus do sol, era representado en­
bros inferiores da ordem levítica que, embora fiéis às tradições tre os babilônios, montado num carro puxado por cavalos.
565 2 REIS 23.24
Meleque, o camareiro, a qual ficava no átrio; 23.12 que veio de Judá e apregoou estas coisas que
e os carros do sol queimou. ü2Rs 21.5;
2 0 33.5 fizeste contra o altar de Betei.
12 Também o rei derribou os altaress que 18 Josias disse: Deixai-o estar; ninguém
estavam sobre a sala de Acaz, sobre o terraço, mexa nos seus ossos. Assim, deixaram estar
altares que foram feitos pelos reis de Judá, 23.13 MRs 11.7 os seus ossos com os ossos do profeta que
como também os altares que fizera Manassés viera de Samaria.m
nos dois átrios da Casa do S e n h o r ; e, esmi- 23.14 'Ex 23.24 19 Também tirou Josias todos os santuá­
galhados, os tirou dali e lançou o pó deles no rios dos altos que havia nas cidades de Sama­
ribeiro de Cedrom. ria e que os reis de Israel tinham feito para
13 O rei profanou também os altos que 23.15
provocarem o S e n h o r à ira; e lhes fez se­
estavam defronte de Jerusalémh, à mão n Rs 12.33
gundo todos os atos que tinha praticado em
direita do monte da Destruição, os quais Betei.n
edificara Salomão, rei de Israel, para As- 23.16 *1 Rs 13.2 20 E matou todos os sacerdotes dos altos
tarote, abominação.dos sidônios, e para Que- que havia ali, sobre os altares, e queimou os­
mos, abominação dos moabitas, e para Milcom, sos humanos sobre eles; depois, voltou para
abominação dos filhos de Amom. Jerusalém.0
23.17
11Rs 13.30-32
14 Semelhantemente, fez em pedaços as
colunas e certou os postes-ídolos; e o lugar A celebração da Páscoa
onde estavam encheu ele de ossos humanos.' 23.18
ml Rs 13.31
2Cr 35.1-19
21 Deu ordem o rei a todo o povo, di­
Profanado e derribado o altar de Betei zendo: Celebrai a Páscoa ao S e n h o r , vosso
15 Também o altar que estava em Betei/ 23.19 Deus, como está escrito neste Livro da
e o alto que fez Jeroboão, filho de Nebate, que " 2 0 34.6-7
Aliança, p
tinha feito pecar a Israel, esse altar junto com 22 Porque nunca se celebrou tal Páscoa
o alto o rei derribou; destruiu o alto, reduziu 23.20 como esta desde os dias dos juizes que julga­
a pó o seu altar e queimou o poste-ídolo. °Êx 22.20;
ram Israel, nem durante os dias dos reis de
16 Olhando Josias ao seu redor, viu as se­ Israel, nem nos dias dos reis de Judá. “7
1Rs 13.2;
2Rs 11.18;
pulturas que estavam ali no monte; mandou 2 0 34.5 23 Corria o ano décimo oitavo do rei Jo­
tirar delas os ossos, e os queimou* sobre o sias, quando esta Páscoa se celebrou ao
altar, e assim o profanou, segundo a palavra S e n h o r , em Jerusalém.
do S e n h o r , que apregoara o homem de Deus
23.21 PÊx 12.3;
Nm 9.2;
que havia anunciado estas coisas. 2 0 35.1 A piedade de Josias
17 Então, perguntou: Que monumento é 24 Aboliu também Josias os médiuns, os
este que vejo? Responderam-lhe os homens 23.22 feiticeiros, os ídolos do lar, os ídolos e todas
da cidade: É a sepultura do homem de Deus' 920 35.18-19 as abominações que se viam na terra de Judá
23.12 Sobre o terraço. Os Caldeus sacrificavam nos tetos das homem de Deus que a pronunciara, ocuparia todo o capítulo
casas e dos templos, honrando assim as estrelas (Sf 1.5). 13 de 1 Reis.
23.13 Abominação. Nome que os hebreus davam aos ídolos 23.17 Monumento. A única referência bíblica a uma lápide.
pagãos. Uma boa parte da cultura semítica, pagã, se eviden­
23.20 Sacerdotes dos altos. Aqui se trata de sacerdotes pa­
ciava nestas divindades locais que Salomão importou junta­
gãos que, por natureza, pertenciam aos altos; alguns eram do
mente com suas esposas.
tipo que Jeroboão escolhera (1 Rs 12.31), e outros deviam ter
23.14 Ossos humanos. A profanação mencionada no versí­ sido sacerdotes de Baal.
culo anterior era feita com despojos humanos, tendo em vista
o fato de que, para qualquer raça semítica, o contato com os 23.21 josias foi muitò além de simplesmente extirpar o
mortos era considerado poluição religiosa. O paganismo não mal - também tomou a liderança na prática do bem, come­
mais poderia ser praticado naqueles lugares, depois disso, çando sua campanha de obediência à Lei de Deus revelada no
Veja também v 20. Livro redescoberto, com uma Páscoa celebrada de acordo
com os preceitos dados em Dt 16.1 -8 e Lv 23.4-8.
23.15 Betei. Agora josias está penetrando no antigo reino de
Israel, chamado Samaria, isto é, após a deportação dos israeli­ 23.22 Desde os dias dos juizes. Esta pequena notícia é a chave
tas. Betei era um dos dois santuários, dotados de um bezerro de séculos de desgraças nacionais; a plenitude da Lei não
de ouro, que jeroboão havia colocado em cada um, para tinha sido cumprida desde a separação do Povo dé Deus em
desviar seu povo de um possível interesse pela cidade de Jeru­ duas nações; ficara apenas uma lembrança na mente dos pro­
salém, com o Templo de Salomão. fetas.
23.16 Apregoara. Os pormenores desta profecia, e o fim do 23.24 Algumas das leis contra a magia negra e a feitiçaria
K 2& 2S 566
i Jera&riém, para cumprir as palavras da 23.24 O reinado e deposição de Jeoacaz
: estavam escritas no livro que o sacer­ rLv 19.31;
2Rs 21.6 2 0 36.1-4
dote Hilquias achara na Casa do SENHOR/ 31 Tinha Jeoacaz vinte e três anos de
25 Antes dele, não houve rei que lhe fosse 23.25 *2Rs 18.S idade quando começou a reinar e reinou três
semelhante, que se convertesse ao Senhor de meses em Jerusalém. Sua mãe chamava-se
todo o seu coração, e de toda a sua alma, e de Hamutal e era filha de Jeremias, de Libna.*
todas as suas forças, segundo toda a Lei 23.26 »2Rs21.11-12 32 Fez ele o que era mau perante o
de Moisés; e, depois dele, nunca se levantou Senhor, segundo tudo que fizeram seus pais.
outro igual.s 33 Porém Faraó-Neco o mandou prender
26 Nada obstante, o Senhor não desistiu
23.27
"1 Rs 8.29; em Ribla, na terra de Hamate, para que não
do furor da sua grande ira, ira com que ardia 2Rs 17.18,20
reinasse em Jerusalém; e impôs à terra a pena
contra Judá, por todas as provocações com de cem talentos de prata e um de ouro.*'
que Manassés o tinha irritado.f 23.29 34 Faraó-Neco também constituiu rei a
27 Disse o Senhor: Também a Judá re­ v2Rs 14.8;
Eliaquim, filho de Josias, em lugar de Josias,
moverei de diante de mim, como removi Is­ 2Cr 35.20
seu pai, e lhe mudou o nome para Jeoaquim;
rael, e rejeitarei esta cidade de Jerusalém, que porém levou consigo para o Egito a Jeoacaz2,
escolhi, e a casa da qual eu dissera: Estará ali 23.30
que ali morreu.
o meu nome.u
» 2Cr 35.24
35 Jeoaquim deu aquela prata e aquele
ouro a Faraó; porém estabeleceu imposto so­
A morte de Josias 23.31
*2Rs 24.18 bre a terra, para dar esse dinheiro segundo o
2Cr 35.20-27 mandado de Faraó; do povo da terra exigiu
28 Quanto aos mais atos de Josias e a tudo 23.33 /2Rs 25.6 prata e ouro, de cada um segundo a sua ava­
quanto fez, porventura, não estão escritos no liação, para o dar a Faraó-Neco.0
Livro da História dos Reis de Judá?
29 Nos dias de Josias, subiu Faraó-Neco,
23.34
*Jr 22.11-12 O reinado de Jeoaquim
rei do Egito, contra o rei da Assíria, ao rio 2Cr 36.5-8
Eufrates; e, tendo saído contra ele o rei Josias, 23.35 36 Tinha Jeoaquim6 a idade de vinte e
Neco o matou, em Megido, no primeiro en­ “ 2Rs 23.33 cinco anos quando começou a reinar e reinou
contro.1' onze anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava
30 De Megido, os seus servos o levaram 23.36 Zebida e era filha de Pedaías, de Ruma.
morto e, num carro, o transportaram para Je­ OJr 22.18-19;
37 Fez ele o que era mau perante o
rusalém, onde o sepultaram no seu jazigo. 26.1-6; 35.1-19
Senhor, segundo tudo quanto fizeram seus
O povo da terra tomou a Jeoacaz, filho de pais.
Josias, e o ungiu, e o fez rei em lugar de 24.1
^ A Nos dias de Jeoaquim, subiu Nabuco-
seu pai."'
c|r 25.1-38;
Dn 1.1-2 donosor, rei da Babilôniac, contra
encontram-se em Lv 19.31; 20.6,27; Dt 18.9-14 . neira que a sua morte foi a causa da destruição final dos
• N. Hom. 23.25 Todo o seu coração. Além de cumprir os assírios. A pressa de Josias em ver cumpridas as profecias con­
preceitos cerimoniais da Lei, esse rei observou-os também tra a Assíria, foi instrumental no sentido de apressar também
em seu sentido espiritual dado em D t6.5, que Jesus citou o dia em que a Babilônia levaria os cidadãos de Jerusalém ao
quando lhe pediram um esclarecimento sobre o que se devia cativeiro (20.17-18).
fazer para herdar a vida eterna, ao que Ele respondeu; "Ama- 23.30 jeoacaz. Subiu ao trono em 609 a.C. e nele se man­
rás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua teve apenas enquanto os egípcios se preocupavam com a
alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; nova situação política, na qual Nabopolassar da Babilônia,
e amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Lc 10.27). tinha se apossado dos antigos reinos da Mesopotâmia. Ane­
23.29 Faraó-Neco. É Neco II, filho de Psamético. Reinou xaram ao seu reino à totalidade da Palestina, até a grande
desde o ano 610 a.C. até 595 a.C. No ano 609 a.C., três cidade de Carquemis, ao extremo norte da Síria, colocando
anos depois da destruição de Nínive pelos babilônios e os outro filho de Josias no trono de Judá (34).
medos, descrita pelo profeta Naum (Na 2.1-3.19), a Assíria
23.36 jeoaquim. 609-597 a.C. O novo nome (cf Eliaquim,
foi reduzida da mesma forma que a grande fortaleza de Harã.
34), era simplesmente uma prova de submissão àquele que
A extinção daquele núcleo poderoso deixaria o poder do
o mudou (Dn 1.7; Gn41.45). Sem outra descrição sobre a
oriente nas mãos dos babilônios; os egípcios, sempre peritos
guerra, Neco é considerado pelo escritor deste Livro como
na manipulação política, quiseram dar assistência ao rei da
sendo o conquistador de Judá.
Assíria para formar uma aliança contra a Babilônia. A batalha
que Josias travou em Megido deteve os egípcios de tal ma­ 24.1 Nabucodonosor. Os egípcios firmaram-se em Carquemis
567 2 REIS 24.17
ele, e ele, por três anos, ficou seu servo; en­ 24.2 Nabucodonosor leva cativa
tão, se rebelou contra ele. d2Rs20.17;
Ez 19.8 a nobreza de Jerusalém
2 Enviou o Senhor contra Jeoaquim ban­ 10 Naquele tempo, subiram os servos de
dos de caldeus, e bandos de siros, e de moabi­ 24.3 <-2Rs 21.2 Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusa­
tas, e dos filhos de Amom; enviou-os contra lém, e a cidade foi cercada./
Judá para o destruir, segundo a palavra que o 24.4 /2Rs 21.16 11 Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio
Senhor falara pelos profetas, seus servos.d à cidade, quando os seus servos a sitiavam.
3 Com efeito, isto sucedeu a Judá por 12 Então, subiu Joaquim*, rei de Judá, a
mandado do Senhor, que o removeu da sua
24.6 92Cr 36.6;

presença, por causa de todos os pecados co­


Jr 22.18-19
encontrar-se com o rei da Babilônia, ele, sua
metidos por Manassés,e mãe, seus servos, seus príncipes e seus ofi­
4 como também por causa do sangue ino­
24.7 í>)r 37.5
ciais; e o rei da Babilônia, no oitavo ano do
cente que ele derramou, com o qual encheu a 24.8 <2Cr 36.9
seu reinado, o levou cativo.
cidade de Jerusalém; por isso, o Senhor não 13 Levou dali todos os tesouros da Casa
o quis perdoar/ 24.10 ÍDn 1.1 do S e n h o r e os tesouros da casa do rei; e,
5 Quanto aos mais atos de Jeoaquim e a segundo tinha dito o S e n h o r , cortou em pe­
tudo quanto fez, porventura, não estão escri­ 24.12 daços todos os utensílios de ouro que fizera
tos no Livro da História dos Reis de Judá? »|r 22.24-30; Salomão, rei de Israel, para o templo do
6 Descansou Jeoaquim com seus pais; e 24.1-10; 29.1-2
S e n h o r .'
Joaquim, seu filho, reinou em seu lugar. 9 14 Transportou a toda a Jerusalém, todos
7 O rei do Egito nunca mais saiu da sua 24.13
os príncipes, todos os homens valentes, todos
terra; porque o rei da Babilônia tomou tudo '2Rs 20.17;
Jr 20.5 os artífices e ferreiros, ao todo dez mil; nin­
quanto era dele, desde o ribeiro do Egito até guém ficou, senão o povo pobre da terra.m
ao rio Eufrates.h 24.14 15 Transferiu também a Joaquim para a
O reinado de Joaquim
">1Sm 13.19;
2Rs 25.12; Babilônia"; a mãe do rei, as mulheres deste,
2C r 36.9
Jr 24.1 seus oficiais e os homens principais da terra,
8 Tinha Joaquim dezoito anos de idade ele os levou cativos de Jerusalém à Babilônia.
quando começou a reinar e reinou três meses 24.15 16 Todos os homens valentes, até sete mil,
em Jerusalém. Sua mãe se chamava Neústa e
"Ez 17.12
e os artífices, e ferreiros, até mil, todos eles
era filha de Elnatã, de Jerusalém.1 destros na guerra, levou-os o rei da Babilônia
9 Fez ele o que era mau perante o
24.16 °|r 52.28
cativos para a Babilônia.0
Senhor , conforme tudo quanto fizera 17 O rei da Babilônia estabeleceu reiP,
em lugar de Joaquim, ao tio paterno deste,
24.17 Pjr 37.1;
seu pai. Ez 17.13

por apenas quatro anos; no ano 605 a.C., Nabucodonosor tros motivos: não para enriquecimento do seu país, mas sim,
subiu ao trono da Babilônia e seu primeiro ato oficial foi des­ para privar a Judá de todas as pessoas responsáveis que pode­
truir os exércitos egípcios estabelecidos ali (Jr 46.2). Na fuga riam organizar um exército rebelde. Mas o rei desconhecia a
dos egípcios, os vencedores chegaram até Judá, que também coragem do povo: dez anos mais tarde, no ano 587 a.C. viu-
fora anexado sem dificuldades. se forçado a deportar todo o povo, destruindo a cidade de
24.5 Jeoaquim foi um dos piores reis de Judá, segundo Jerusalém e deixando apenas alguns camponeses pobres para
Jr 22.13-19; 2 Cr 36.8. Jeremias predisse que aquele rei seria lavrar a terra; esse foi o terceiro cativeiro.
sepultado como um jumento, sem ninguém para lamentá-lo,
24.14 Dez mil Este número compreende sete mil guerreiros,
e de fato, o v 6 nada diz sobre seu sepultamento.
"valentes". Mil "artífices" e dois mil "príncipes" (que inclui a
24.8 joaquim. Também se chamava Jeconias, 1 Cr 3.16;
corte real, os anciãos da cidade e líderes religiosos). O profeta
Jr 22.24.
Ezequiel era um destes últimos e já considerava aquele ano
24.10 Este cerco efetuou-se no ano 597 a.C., e contra o como o fim de judá. As datas indicadas por Ezequiel nas suas
mesmo não houve muita resistência. A queda da nação já profecias são contadas desde 597 a.C., com exceção da data
havia sido predita pelos profetas (21.14; 22.16-17). A capitu­ internacional do império babilônico que inicia o Livro
lação imediata da cidade poupou muitas vidas.
(E z l.1 ).
24.12 O levou cativo. Quando Nabucodonosor aceitou a sub­
missão do rei Jeoaquim (24.1), levou, além dos despojos, al­ 24.17 Zedequias. 597-587 a.C. Este é o rei com o qual o
guns dentre os jovens intelectuais judeus (Dn 1.3-7). Esse profeta Jeremias manteve mais contato, embora seu ministé­
primeiro cativeiro deu-se no primeiro ano de Nabucodono­ rio houvesse iniciado em 627 a.C., trinta anos antes. Este rei
sor, 605 a.C. Aqui, já no oitavo ano do seu reinado, 597 a.C., é mencionado muitas vezes, desde o capítulo 21 de Jeremias
o rei da Babilônia impõe um cativeiro mais rigoroso, por ou­ em diante.
; de quem mudou o nome para Zede- 24.18 Jericó; e todo o exército deste se dispersou e
<?Jr 27.1-22;
28.1-17 o abandonou.
6 Então, o tomaram preso e o fizeram su­
O rrimmtin de Zedequias 24.19 bir ao rei da Babilônia, a Ribla, o qual lhe
2Cr 36.10-12; Jr 52.1-3 a o 36.12 pronunciou a sentença.w
18 Tinha Zedequias a idade de vinte e um 7 Aos filhos de Zedequias mataram à sua
anos quando começou a reinará e reinou onze 24.20 sEz 17.15 própria vista e a ele vazaram os olhos"; ata­
anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Ha- 25.1 ram-no com duas cadeias de bronze e o leva­
mutal e era filha de Jeremias, de Libna. t)r 21.1-10; ram para a Babilônia.
19 Fez ele o que era mau perante o Ez 24.2 O cativeiro de Judá
Senhor, conforme tudo quanto fizera 2Cr 36.17-21; Jr 39.8-10; 52.12-30
Joaquim/ 25.3 u|r 39.2
8 No sétimo dia do quinto mês, do ano
A queda de Jerusalém 25.4 vEz 33.21 décimo nono de Nabucodonosor, rei da Babi­
Jr 39.1-7; 52.3-11 lônia, Nebuzaradã, chefe da guarda e servidor
do rei da Babilônia, veio a Jerusalém, y
20 Assim sucedeu por causa da ira do 25.6 w2Rs 23.33 9 E queimou a Casa do Senhor2 e a casa
Senhor contra Jerusalém e contra Judá, a do rei, como também todas as casas de Jeru­
ponto de os rejeitar de sua presença. Zede­ 25.7 *Ez 12.13 salém; também entregou às chamas todos os
quias rebelou-ses contra o rei da Babilônia. edifícios importantes.
^ ^ Sucedeu que, no nono ano do reinado 25.8 10 Todo o exército dos caldeus que estava
de Zedequias, aos dez dias do décimo Jr 39.9
/2Rs 24.12;
com o chefe da guarda derribou os muros em
mês, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio redor de Jerusalém.0
contra Jerusalém, ele e todo o seu exército, e 25.9*1 Rs 9.8 1 1 0 mais do povo que havia ficado na
se acamparam contra ela!, e levantaram con­ cidade, e os desertores que se entregaram ao
tra ela tranqueiras em redor. 25.10 oNe 1.3 rei da Babilônia, e o mais da multidão, Nebu­
2 A cidade ficou sitiada até ao undécimo zaradã, o chefe da guarda, levou cativos.6
ano do rei Zedequias. 25.11 *Jr 39.9 12 Porém dos mais pobres da terra deixou
3 Aos nove dias do quarto mês, quando a o chefe da guarda ficar alguns para vinheiros
cidade se via apertada da fome, e não havia 25.12 e para lavradores.c
pão para o povo da terra," c2Rs 24.14 13 Cortaram em pedaços os caldeus as co­
4 então, a cidade foi arrombada1', e todos lunas de bronzed que estavam na Casa do
os homens de guerra fugiram de noite pelo 25.13 Senhor, como também os suportes e o mar
caminho da porta que está entre os dois muros 2 0 3.15-17 de bronzee que estavam na Casa do Senhor;
"1 Rs 7.15-22;

perto do jardim do rei, a despeito de os cal- 2Cr


e1Rs 7.23-26; e levaram o bronze para a Babilônia.
deus se acharem contra a cidade em redor; o 4.2-5 14 Levaram também as panelas, as pásf,
rei fugiu pelo caminho da Campina, as espevitadeiras, os recipientes de incenso e
5 porém o exército dos caldeus perseguiu 25.14
'1 Rs 7.45; todos os utensílios de bronze, com que se
o rei Zedequias e o alcançou nas campinas de 204.16 ministrava.
24.20 Rebelou-se. Zedequias caiu no tradicional erro de en­ 25.5 Campinas de jericó.Quando o povo de Deus em submis­
trar nas tramas políticas do Egito (2 Cr 36.13; Ez 17.11 -21). são obedecia ao Senhor, esse lugar trazia-lhe à lembrança
Em 601 a.C., Neco II resistiu à invasão do Egito pelos babilô­ cenas de suas grandes vitórias (Js 6.20).
nios, mas não se aventurou a sair do Egito (24.7). A rebelião
declarada em 589 a.C., contava com o apoio do Faraó Hofra; 25.7 Uma punição dupla para aquele rei traiçoeiro. A memó­
mas logo que os caldeus (babilônios) interromperam o sítio ria das últimas coisas que viram ficaria para sempre com eles.
de Jerusalém para perseguir aos egípcios, o povo de Jerusalém Seus últimos dias estão relatados em Jr 37.1 — 39.7.
evadiu-se deixando a cidade abandonada e sem defesa al­
guma (Jr 37.5-10); ’
25.12 Pobres da terra.Nabucodonosor havia deixado áli, ou-
trora, apenas as pessoas consideradas da classe baixa (24.14).
25.2 Este sítio, provocado pela rebelião de Zedequias, durou Ele ignorava, porém, que entre o povo de Deus, até as pes­
uns 18 meses, causando ao povo muito sofrimento soas mais simples possuíam consciência própria, justiça indivi­
(Lm 4.10). dual, e que possuíam suas próprias videiras, etc. Por essa
25.4 A queda da cidade ocorreu em 587 a.C. Tal era o deses­ razão, tinha agora de proceder a uma redassificação e deixar
pero dos sitiados, sem orientação e vitimados pela fome, que apenas a escória dessa nação para somente preservá-la para o
não temiam, em suas fugas, serem alcançados pelos caldeus. mato não tomar conta da terra antes cultivada.
569 2 REIS 25.30
15 Tomou também o chefe da guarda os 25.16 91 Rs 7.47 ter com este em Mispa, a saber, Ismael, filho
braseiros, as bacias e tudo quanto fosse de de Netanias, Joanã, filho de Careá, Seraías,
ouro ou de prata. filho de Tanumete, o netofatita, e Jazanias,
16 Quanto às duas colunas, ao mar e aos 25.17 MRs 7.15
filho do maacatita, eles e os seus homens.™
suportes que Salomão fizera para a Casa do 24 Gedalias jurou a eles e aos seus ho­
S e n h o r , o peso do bronze de todos estes 25.18 mens e lhes disse: Nada temais da parte dos
utensílios era incalculável.9 '1Cr6.14; caldeus; ficai na terra, servi ao rei da Babilô­
17 A altura de uma coluna era de dezoito |r 21.1
nia, e bem vos irá."
côvados, e sobre ela havia um capitel de 25 Sucedeu, porém, que, no sétimo mês°,
bronze de três côvados de altura; a obra de veio Ismael, filho de Netanias, filho de Eli-
rede e as romãs sobre o capitel ao redor, tudo 25.19/|r 52.25
sama, de família real, e dez homens, com ele,
era de bronze; semelhante a esta era a outra e feriram Gedalias, e ele morreu, como tam­
coluna com a rede.h 25.21 bém aos judeus e aos caldeus que estavam
18 Levou também o chefe da guarda a Se- *Lv 26.33;
com ele em Mispa.
raías, sumo sacerdote, e a Sofonias, segundo 2Rs 23.27
26 Então, se levantou todo o povo, tanto
sacerdote, e os três guardas da porta.' os pequenos como os grandes, como também
19 Da cidade tomou a um oficial, que era os capitães das tropas, e foram para o EgitoP,
comandante das tropas de guerra, e cinco ho­ 25.22 'Jr 40.5
porque temiam aos caldeus.
mens dos que eram conselheiros do rei e se
achavam na cidade, como também ao escri­ 25.23
vão-mor do exército, que alistava o povo da m|r 40.7-9 Libertado e honrado o rei Joaquim
terra, e sessenta homens do povo do lugar, Jr 52.31-34
que se achavam na cidade./ 27 No trigésimo sétimo ano do cativeiro
20 Tomando-os, Nebuzaradã, o chefe da 25.24 "(22-24)
de Joaquim, rei de Judá, no dia vinte e sete do
guarda, levou-os ao rei da Babilônia, a Ribla. (r 40.7-9
duodécimo mês, Evil-Merodaque, rei da Ba­
21 O rei da Babilônia os feriu e os matou bilônia, no ano em que começou a reinar,
em Ribla, na terra de Hamate. Assim, Judá foi 25.25 ° Jr 41.1-3 libertou do cárcere a Joaquim, rei de Judá. 4
levado cativo para fora da sua terra.* ,
22 Quanto ao povo que ficara na terra de 28 Falou com ele benignamente e lhe deu
Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, que o lugar de mais honra do que a dos reis que
estavam com ele na Babilônia.
25.26 pjr 43.5-7
deixara ficar, nomeou governador sobre ele a
Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã.' 29 Mudou-lhe as vestes do cárcere, e Joa­
25.27 quim passou a comer pão na sua presença
Ismael mata a Gedalias <;Gn 40.13;
todos os dias da sua vida/
30 E da parte do rei lhe foi dada subsistên­
Jr 52.13
23 Ouvindo, pois, os capitães dos exérci­
tos, eles e os seus homens, que o rei da Babi­ cia vitalícia, uma pensão diária, durante os
lônia nomeara governador a Gedalias, vieram 25.29 f2Sm 9.7 dias da sua vida.
25.16 Deus usou Nabucodonosor como Seu instrumento ao redor de Jerusalém. A traição de Ismael está descrita em
para esmagar Judá, política, econômica e religiosamente, cujo Jr 41.11-43.7.
motivo é explicado em 2 Cr 36.14-17. 25.26 O caos provocado pela morte de Gedalias é mencio­
25.17 Essas colunas tinham 8 metros de altura nado em Jr 41.11 —43.7.
(1 Rs 7.15,21 n). A obra que custara ao rei Salomão sete anos
25.27 Joaquim. O último herdeiro legítimo do trono de Judá
(1 Rs 6.38), foi tragicamente destruída em poucos dias
ainda estava com vida no cárcere. Evil-Merodaque, rei da
(cf1 Co 3.16,17).
Babilônia, cujo nome no idioma caldeu, era Amel-Marduk,
25.18-21 Como se fosse necessário mais crueldade para es­ reinou de 562-560 a.C.
magar Judá, o rei Nabucodonosor assassinou, sem motivo jus­
25.30 O livro termina com o último representante do rei
tificável, vários dos mais responsáveis cidadãos de Jerusalém.
Davi, vivendo em honra e saúde. A linhagem real continuou,
25.22 Gedalias. Parece ter sido um governador responsável, segundo a descrição dada em Mt 1.11-16, até chegar ao
que poderia ter trazido certa estabilidade ao pequeno reino, Verdadeiro Rei do Povo de Deus, o Leão de Judá, o Rei dos
que agora se tornara uma província babilônica. O profeta Reis, o Resplendor da Glória de Deus, que sustenta todo o
Jeremias e o governador respeitavam-se mutuamente universo pela palavra do Seu poder; a Imagem do Deus Invisí­
(Jr 39.14 e 40.6). vel, o Primogênito de toda Criação, no qual reside a plenitude
25.25 Ismael. Ismael era um fanático que nutria a insana es­ de tudo o que há no universo, visível ou invisível, nosso Se­
perança de restaurar o reino de Judá. O golpe que tentara nhor e Salvador Jesus Cristo, Deus bendito para todo o
deu motivo à fuga para o Egito, aos que ainda habitavam sempre.

S-ar putea să vă placă și