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Avaliação do comportamento
estrutural de conectores
Perfobond e T-Perfobond para
vigas mistas
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
Tese de Doutorado
Rio de Janeiro
Agosto de 2009
Juliana da Cruz Vianna
Ficha catalográfica
300 f. : il. ; 30 cm
CDD: 624
Agradecimentos
A Deus pela vida. Aos meus queridos pais, Ivan e Mariinha, pelo suporte, carinho
e incentivo durante toda a minha vida. A toda minha família pelo apoio e
incentivo, e em especial aos meus irmãos, Rodrigo e Janaina, pelo carinho e
amizade.
A Teresa Cordeiro, que juntamente com Luis F.C.N., me acolheram como uma
filha em Portugal. Agradeço a amizade, o carinho, o apoio, a companhia e a
dedicação. Obrigada por tudo. Agradeço também aos seus pais pelo
acolhimento em Portugal.
Aos meus grandes e queridos amigos, Ângela Ávila, Gustavo Christani, ao meu
primo Fabrício, que sempre me apoiaram e incentivaram.
A empresa portuguesa Pascoal & Pascoal Ltda. pelo apoio e suporte financeiro
para a realização deste projeto de pesquisa em Coimbra.
As vigas mistas são um exemplo das cada vez mais difundidas estruturas
mistas, e resultam da associação de uma viga de aço com uma laje de concreto
ou mista, ligadas por meio dos conectores de cisalhamento. Dentre os diversos
tipos existentes pode-se citar os pernos com cabeça (stud bolts), perfis C e o
Perfobond. Um conector alternativo foi proposto para estruturas mistas, o T-
Perfobond, que deriva do conector Perfobond acrescentando a componente da
mesa, que trabalha como um bloco. Combina portanto a alta resistência do
conector tipo bloco com a ductilidade e resistência ao levantamento dos furos do
Perfobond. Para determinação da sua capacidade resistente foi realizado um
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Palavras-chave
Viga mista; Conector de cisalhamento; Perfobond; Sistemas construtivos
mistos; Construção mista; Análise experimental de estruturas.
Abstract
Vianna, Juliana da Cruz; Andrade, Sebastião Arthur Lopes de; Vellasco, Pedro
Colmar G. da Silva, Neves, Luís Filipe da Costa (advisors). Assessment of
Perfobond connector behaviour for composite beams. Rio de Janeiro, 2005.
307p. DSc. Thesis – Department of Civil Engineering, Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro.
Steel and composite beams have been extensively used in buildings and
bridges. The component that assures the shear transfer between the steel profile
and the concrete deck, enabling the composite action to develop, is the shear
connector. Among the different types of connectors the headed studs, C sections
and the Perfobond may be referred. An alternative connector has been proposed
for composite structures, the T-Perfobond. The main difference between the
studied Perfobond and T-Perfobond connectors is the presence of a flange,
providing a further anchorage to the system. This connector combines the high
strength of the block connector with ductility and resistance to uplift of the
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Keywords
Composite beams; shear connector; Perfobond; composite construction;
experimental structural analysis.
Sumário
1 Introdução 28
1.1. Vigas mistas 29
1.1.1. Características das vigas mistas 29
1.1.2. Comportamento da viga mista em relação ao cisalhamento na interface 30
1.2. Motivação 35
1.3. Objetivos 36
1.4. Estrutura do documento 37
2 Revisão Bibliográfica 39
2.1. Conectores de Cisalhamento 39
2.1.1. Histórico 39
2.1.2. Classificação dos conectores 50
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Figura 1.1 – Vigas mistas (a) Seção de aço em I. (b) Seção de aço em caixão.
(c) Sistema treliçado. 30
Figura 1.2 – (a) Pontes mistas. (b) e (c) Laje steel deck em sistema de piso 30
Figura 1.3 – Comparação de vigas fletidas sem ação mista e com ação mista,
Queiroz et.al (2001) 31
Figura 1.4 – Transferência de forças de cisalhamento longitudinal por meio de
conectores studs, David (2007). 32
Figura 1.5 – Tipos de fissuração na laje, Kotinda (2006) 33
Figura 1.6 – Superfície típica de falha ao cisalhamento, Cosenza & Zandonini
(1999) 35
Figura 1.7 – Conector proposto: T-Perfobond. 36
Sistemas de abas. (b) Conectores espirais. (c) Perfil U. (d) Studs. Cosenza &
Zandonini (1999) 40
Figura 2.2 – Visão geral da discretização para os modelos com conector perfil
“U” formado a frio, Tristão (2005) 41
Figura 2.3 – Conector T, Cruz (2006) 41
Figura 2.4 - Exemplos de conectores disponíveis, Vianna et al. (2008a) 44
Figura 2.5 - Cisalhamento dos pinos virtuais de concreto, em dois planos de
corte, nos furos do Perfobond, Veríssimo (2007) 44
Figura 2.6 – Conectores Perfobond para reforço de estrutura, Neves & Lima
(2005) 47
Figura 2.7 - Conectores PSC, Chromiak & Studnicka (2008) 48
Figura 2.8 – Geometria do corpo de prova do ensaio do conector disposto em
paralelo, Martins (2008) 49
Figura 2.9 – Curva carga versus deslizamento, Cosenza & Zandonini (1999). 50
Figura 2.10 – Classificação dos conectores e suas curvas características, David
(2007). 51
Figura 2.11 – Ensaio de push-out, Eurocode (2005) 52
Figura 2.12 – Esquema do ensaio push-out, Topkaya et al. (2004) 54
Figura 2.13 – Single push-out test, Valente (2007) 55
Figura 2.14 – Conectores tipo bloco, EUROCODE 4 (2001). 58
Figura 2.15 – (a) Definição das áreas Af1 e Af2. (b) Definição dos ângulos α e β.
59
Figura 2.16 – Variação da excentricidade da força frontal, Veríssimo et al. (2007)
64
Figura 2.17 – Largura efetiva b, Queiroz et al.(2001) 69
Figura 2.18 – Incompatível deslocamento complementar em uma
descontinuidade do cortante, Oelhlers & Bradford, 1999. 69
Figura 2.19 – Distribuição de tensões na laje, David 2007. 70
(2008b). 95
Figura 3.32 – Comparação do Perfobond com T-Perfobond com dois furos e laje
de 120mm. 96
Figura 3.33 – Comparação do Perfobond com T-Perfobond com dois furos e laje
de 200mm. 97
Figura 3.34 – Comparação do Perfobond com T-Perfobond com quatro furos e
laje de 200mm. 97
Figura 3.35– Demolição dos protótipos. 98
Figura 3.36– Modos de ruína dos Perfobond, Vianna et al.(2007) 99
Figura 3.37– Modos de ruína dos T-Perfobond. 99
Figura 3.38– Plastificação dos conectores, primeira série. 100
Figura 3.39 – Conectores Perfobond para laje com 120mm, segunda série 102
Figura 3.40 – Conectores Perfobond para laje com 200mm, segunda série 102
Figura 3.41 – Detalhe das armaduras nos furos 103
Figura 3.42 – Conectores Perfobond para laje com 120mm e 200mm, segunda
série 103
Figura 3.43 – Separação horizontal do conector Perfobond sem furos, P-SF-120-
A. 104
Figura 3.44 – Conectores Perfobond para laje com 200mm e presença das
armaduras. 105
Figura 3.45 – Deformações no ensaio do conector P-2F-AR-120-A. 107
Figura 3.46 – Extensômetros no conector e na barra no protótipo P-2F-AR-120-
A. 107
Figura 3.47 – Extensômetros no conector e na barra no protótipo P-2F-AR-200-
A. 108
Figura 3.48 – Deformações no ensaio do conector P-2F-AR-200-A. 108
Figura 3.49 – Extensômetros no conector e na barra no protótipo P-4F-AR-200-
A. 109
Figura 3.50 – Deformações no ensaio do conector P-4F-AR-200-A. 110
Figura 3.51 – Deformações no conector P-4F-AR-200-A. 111
Figura 3.52 – Deformações no conector P-4F-AR-200-A, para carga de 350kN.
111
Figura 3.53– Protótipo P-SF-120-A após ensaio, segunda série. 112
Figura 3.54– Protótipo P-2F-120-A após ensaio, segunda série. 112
Figura 3.55– Modos de ruína dos conectores Perfobond, P-2F-AR-120-A,
segunda série. 113
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Lista de Quadros
bf largura da mesa
bf largura da mesa do perfil de aço
d diâmetro do furo do conector
dst diâmetro das armaduras que passam pelos furos
f´c resistência média do concreto à compressão
f´y resistência nominal à tração do aço
fck resistência característica do concreto à compressão
fck resistência característica do concreto à compressão em corpos de prova
cilíndricos
fckmedio valor médio da resistência característica do concreto à compressão em
corpos de prova cilíndricos
fcmcubos resistência do concreto à compressão em corpos de prova cúbicos
fmax flecha devido ao peso próprio
fmaxcc flecha devido a carga aplicada
fu resistência à ruptura especificada para o material do conector
fu limite de resistência
fut resistência à ruptura do conector obtida no ensaio experimental
fy limite de escoamento do aço
fyd resistência ao escoamento da barra
h altura da laje abaixo do conector
hsc altura do conector
n número de furos do conector
n grau de interação
q peso próprio
qu resistência do conector ao cisalhamento
qu barra resistência da barra ao cisalhamento
qu bloco resistência do bloco ao cisalhamento
qu,test resistência do conector ao cisalhamento do ensaio
qutotal resistência total do conector
s espaçamento entre conectores
tc espessura da laje
tf espessura da mesa
tfcs espessura da mesa do conector
tPL espessura da pré-laje
tsc espessura do conector
tw espessura da alma do conector
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Letras Gregas
σa tensão no aço
σap tensão no aço com interação parcial
σc tensão no concreto
σmax tensão máxima
Lista de Abreviaturas
1.1.
Vigas mistas
1.1.1.
Características das vigas mistas
Figura 1.1 – Vigas mistas (a) Seção de aço em I. (b) Seção de aço em caixão. (c)
Sistema treliçado.
Figura 1.2 – (a) Pontes mistas. (b) e (c) Laje steel deck em sistema de piso
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1.1.2.
Comportamento da viga mista em relação ao cisalhamento na
interface
por exemplo, o segundo sistema da Figura 1.3 formado por uma viga de aço
biapoiada suportando uma laje de concreto em sua face superior.
Não existindo qualquer ligação na interface, os dois elementos se
deformam independentemente e cada superfície da interface estará submetida a
diferentes deformações, o que provocará um deslizamento relativo entre elas.
Considerando que o elemento de aço esteja interligado ao elemento de concreto
por meio de conectores de cisalhamento, com resistência suficiente para resistir
ao fluxo de cisalhamento gerado na interface, os dois elementos tenderão a se
deformar como um único elemento.
A ligação entre o aço e o concreto é dimensionada em função do diagrama
de esforços cortantes longitudinais por unidade de comprimento, conhecido
como fluxo de cisalhamento longitudinal. A resultante do diagrama do fluxo de
cisalhamento longitudinal é dada em função da máxima força cortante que se
pode transmitir através da ligação.
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Figura 1.3 – Comparação de vigas fletidas sem ação mista e com ação mista, Queiroz
et.al (2001)
O índice que permite avaliar o grau de interação entre laje e perfil, ηi, é
determinado pela relação entre o somatório das resistências individuais dos
conectores situados entre uma seção de momento fletor máximo e a seção
adjacente de momento nulo, já a resultante do fluxo de cisalhamento, tem valor
igual a menor resistência oferecida pela laje ou pelo perfil. Quando η i ≥ 1 a
interação é completa e quando η i < 1 a interação é parcial.
v
v1 = 0,2.η . A .f + sd (1.4)
cv c 3
Onde:
qu é a resistência do conector de cisalhamento;
s é o espaçamento entre os conectores
Acv é a área de cisalhamento do concreto no plano considerado, por
unidade de comprimento (mm2/mm);
Aefv é a área da armadura transversal disponível na seção da laje
considerada (corte A-A da Figura 1.6) por unidade de comprimento (mm2/mm);
η é o fator que considera a densidade do concreto, para concreto normal
η=1;
35
Figura 1.6 – Superfície típica de falha ao cisalhamento, Cosenza & Zandonini (1999)
1.2.
Motivação
1.3.
Objetivos
mesma que ocorre nos ensaios de push-out, que é de forma direta. Em uma viga
mista, o fluxo de cisalhamento na interface aço-concreto varia ao longo da viga e
depende da distribuição da carga. Além disso, em uma viga mista, as
deformações dos conectores alteram o fluxo da força de cisalhamento, havendo
uma dimuinção da força máxima de cisalhamento e redistribuição da mesma.
Portanto, foi importante verificar se os resultados obtidos dos ensaios de push-
out são adequados para serem utilizados em análises de viga mista. Pela
primeira vez no país, um ensaio em escala real foi realizado para verificar o
comportamento do conector T-Perfobond numa simulação de uma estrutura real,
verificando sua capacidade de deformação, sua ductilidade e sua capacidade de
carga. O ensaio, cuja dimensões foram 9,0m de vão, com laje de 2,30m de
largura e 0,12m de espessura, foi realizado no Laboratório de Estruturas da
PUC-Rio, com carregamento distribuído. Com este ensaio de flexão da viga
mista foi possível verificar os resultados dos push-out, e analisar a transferência
dos esforços entre os elementos estruturais.
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1.4.
Estrutura do documento
2.1.
Conectores de Cisalhamento
2.1.1.
Histórico
Tristão (2005) realizou uma simulação numérica dos conectores tipo studs
e tipo U por meio de uma modelagem do ensaio experimental tipo push-out,
cujos resultados foram confrontados com valores experimentais obtidos em
ensaios realizados em laboratório, Figura 2.2. Ele utilizou o Método dos
Elementos Finitos (MEF), cujas ferramentas disponibilizadas permitiram análises
dos modelos em regime de não-linearidade física e geométrica. Os modelos
numéricos apresentaram como variáveis de interesse o número de conectores
na laje de concreto, a quantidade de armadura inserida no concreto, o diâmetro
do conector tipo pino com cabeça (stud), a resistência do concreto, a espessura
e posição de soldagem do conector tipo perfil “U” formado a frio. A variação
destes parâmetros tiveram a finalidade de determinar a resistência última e a
41
Figura 2.2 – Visão geral da discretização para os modelos com conector perfil “U”
formado a frio, Tristão (2005)
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variação de espessura dos perfis. As dimensões desses ensaios foram: vão total
de 3,65m; largura da laje de 0,9m; espessura de 0,12m.
No seu trabalho, David (2007) desenvolveu também uma estratégia de
modelagem numérica para simulação do comportamento estrutural da vigas
mistas aço-concreto simplesmente apoiadas, utilizando métodos de elementos
finitos através da ferramenta Ansys versão 8.0. As simulações numéricas
consideraram a não linearidade física e geométrica. Ela utilizou três estratégias
de modelagem: nós da interface acoplados em todas as direções; conectores
modelados com elementos de casca juntamente com par de contato; e
conectores simulados como molas, apresentando esta terceira estratégia, os
melhores resultados.
Maleki & Bagheri (2008) realizaram dezesseis ensaios tipo push-out com
conectores em perfil U variando os tipos das lajes: concreto puro (C), concreto
armado (RC), concreto reforçado com fibra (FRC), e com compósitos
cimentíceos (ECC). Dos ensaios, nove foram realizados com carregamento
monotónico (estático) e sete com carregamento com pequenos ciclos, que
devem ser aplicáveis a estruturas mistas sujeitas a eventos sísmicos. Os modos
de ruínas de todos os ensaios foram classificados em dois tipos: falha do
conector e esmagamento do concreto. O modo de ruína do conector apresentou
um comportamento dúctil com capacidade de deslizamento significativa em
todos os ensaios. Os resultados mostraram que a utilização de fibras de
43
O conector Hilti HVB, Figura 2.4c, foi desenvolvido pela Hilti Corporation e
é utilizado mais na Europa, Queiroz (2001). Estes conectores são presos ao
perfil metálico por meio de fixadores à pólvora. Essa forma de ligação possui a
vantagem de não necessitar de energia na obra para a sua colocação, ao
contrário dos conectores Studs. Dentre suas características e vantagens,
destacam-se por serem conectores dúcteis, de fácil e simples instalação.
Figura 2.5 - Cisalhamento dos pinos virtuais de concreto, em dois planos de corte, nos
furos do Perfobond, Veríssimo (2007)
Figura 2.6 – Conectores Perfobond para reforço de estrutura, Neves & Lima (2005)
2.1.2.
Classificação dos conectores
Figura 2.9 – Curva carga versus deslizamento, Cosenza & Zandonini (1999).
51
Figura 2.10 – Classificação dos conectores e suas curvas características, David (2007).
2.1.3.
Ensaios de push-out segundo EUROCODE 4 (2005)
O ensaio push-out, Figura 2.11, consiste num perfil de aço “I” em posição
vertical de comprimento pequeno entre duas lajes de concreto, solidarizadas ao
perfil através dos conectores a ensaiar. O conjunto é submetido a uma carga
vertical que produz a força de cisalhamento na interface entre o concreto e a
mesa do perfil.
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Onde:
fu é a resistência à ruptura especificada para o material do conector;
fut é a resistência à ruptura do conector obtida no ensaio experimental;
γv é o coeficiente de ponderação da resistência, igual a 1,25
PRk é a menor resistência encontrada dos três ensaios de modelos
idênticos reduzida em 10%.
valor medido no nível de carga característica (PRk), como mostra a Figura 2.11. A
carga caracterísitca é tomada como a menor carga de colapso, dividida pelo
número de conectores, reduzida de 10%. O deslizamento característico δuk
considerado foi igual a 0,9δu.
A preparação dos protótipos devem seguir algumas recomendações: - a
superfície de contato entre a mesa do perfil e a laje de concreto deve ser
engraxada a fim de eliminar a aderência química; - o concreto deve sofrer cura
ao ar. Deve-se também determinar a resistência ao escoamento do aço do
conector. Os ensaios do tipo push-out permitem obter as relações entre forças
aplicadas e deformações correspondentes de forma mais simples e direta do que
nos ensaios de flexão.
2.1.4.
Ensaios de conectores em modelos experimentais não usuais
Parafuso
Chave
Cisalh.
Armad.
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carga
pórtico em aço
deslocamento
pórtico
em aço força
horizontal
Mesa de Laje de
carga aço concreto
2.1.5.
Equações para cálculo da resistência de conectores
0,5
qn = Acs f ck E c
γ cs
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(2.2)
R g .R p . Acs . f u (2.3)
qn =
γ cs
Onde:
fck é a resistência característica do concreto à compressão;
Acs é a área da seção transversal do conector;
fu é o limite de resistência à ruptura do aço do conector;
Ec é o módulo de elasticidade do concreto;
Rg é o coeficiente para consideração do efeito de atuação de grupos de
conectores;
Rp é o coeficiente para consideração da posição do conector;
γcs é o coeficiente de ponderação da resistência do conector, igual a 1,25
para combinações últimas de ações normais, especiais ou de construção e igual
a 1,10 para combinações excepcionais.
E ci = 5600 f ck (2.4)
E cs = 0,85.E ci (2.5)
Onde:
Eci é o módulo de elasticidade, considerado como módulo de deformação
tangente inicial, onde Eci e fck são em MPa (para a situação usual em que a
verificação da estrutura se faz em data igual ou superior a 28 dias);
Ecs é o módulo de elasticidade secante, a ser utilizado nas análises
elásticas de projeto, especialmente para determinação de esforços solicitantes e
verificação de estados limites de serviço.
b) Conectores tipo U
Onde:
Onde:
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Figura 2.15 – (a) Definição das áreas Af1 e Af2. (b) Definição dos ângulos α e β.
d) Conector Perfobond
Perfobond foi proposta por Oguejiofor & Hosain (1994), que considera a
contribuição de três parâmetros essenciais: a laje de concreto sujeita ao
cisalhamento, a armadura transversal e os cilindros de concreto que passam
através dos furos do Perfobond.
(2.11)
qu = 0,590. Ac . f c' + 1,233. Atr . f y + 2,871. n.d 2 . f c'
Onde:
qu é a resistência nominal ao cisalhamento do conector “perfobond rib” (N);
Ac é a área efetiva de concreto da seção longitudinal da laje (mm2);
Atr é a área das barras de armadura transversal presente nos furos do
conector (mm2);
d é o diâmetro do furo do conector (mm);
n é o número de furos do conector;
f c' é a resistência média do concreto à compressão (MPa);
f y é a resistência nominal à tração do aço (MPa).
2
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⎛d ⎞
qu = 9.b.h. f c + 60.b f .Lc + 0,9. Atr . f y + 20. n.π .⎜⎜ ⎟⎟ . f c'
' (2.13)
2 ⎝ ⎠
Onde:
qu é a resistência nominal ao cisalhamento do conector “perfobond rib”
(lbs);
b é a espessura da laje, (in);
h é a altura da laje abaixo do conector (in);
f c' é a resistência média do concreto à compressão (psi);
bf é a largura da mesa do perfil de aço (in);
Lc é o comprimento de contato entre o concreto e a mesa do perfil (in);
n é o número de furos do conector;
d é o diâmetro do furo do conector (in);
Atr é a área total de armadura transversal presente na laje (in2);
f y' é a resistência nominal à tração do aço (psi).
2
⎛d ⎞
qu = 0,747.b.h. f c + 0,413.b .Lc + 0,9. Atr . f y + 1,66. n.π .⎜ ⎟ . f c'
' (2.14)
f ⎝2⎠
t
qu = 3.38.d 2 sc f´ - 39 (2.15)
d c
t
22 < d 2 sc f´ < 194 (2.16)
d c
furos.
⎛A ⎞
f c' + 34,3 × 10 6.⎜ tr ⎟
hsc
qu = 3,68. h t f c' + 2,6.n.d 2 f c' + 0,13. A (2.20)
t c sc sc cc ⎜A ⎟
⎝ cc ⎠
Onde:
tc é a espessura da laje (mm);
Acc é a área de cisalhamento do concreto por conector ( a área longitudinal
da laje menos a área do conector) (mm2);
Atr é a área total da armadura transversal no entorno do conector (incluindo
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d) Conector Crestbond
hsc − t PL
qu = 1,94. (h − t ).t f c' + 2,72.n.d 2 f c' + 0,07. A f c'
t c − t PL sc PL sc cc
(2.21)
⎛A ⎞
+ 1,79 × 10 7.⎜ tr ⎟
⎜A ⎟
⎝ cc ⎠
Onde:
tPL é a espessura da pré-laje
Nos modelos da série D, bem como nos de Oguejiofor & Hosain (1994), a
excentricidade da força frontal é pequena. Nessa situação os esforços se
distribuem de forma mais uniforme em toda a espessura da laje.
2.2.
Vigas Mistas
2.2.1.
Histórico
empresa Radpath Brow and Company. Em 1922, mais ensaios foram feitos,
desta vez no Canadá, supervisionados pela Dominium Bridge Company.
A carência do aço após a II Guerra Mundial levou os engenheiros
europeus a utilizar a laje de concreto como parte componente das estruturas em
aço, iniciando-se pesquisas sistemáticas que esclareceram o comportamento da
viga mista para esforços estáticos e cíclicos, David (2007).
Os primeiros estudos teóricos com referência ao comportamento e
resistência de vigas mistas de aço e concreto foram desenvolvidos a partir das
teorias aplicadas ao concreto armado. A primeira teoria com base na análise
elástica de vigas mistas se consolidou na Inglaterra.
A fim de se avaliar a interação entre o aço e o concreto, vários ensaios em
vigas mistas com conectores de cisalhamento foram realizados. Verificou-se a
ocorrência do deslizamento na interface aço-concreto, fazendo com que a partir
dessa consideração, várias teorias elásticas fossem desenvolvidas. Além de
teorias elásticas, foram também desenvolvidas teorias com referência a
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
2.2.2.
Largura efetiva
Deslocamento curvo
devido cortante
negativo
Deslocamento
curvo devido
cortante positivo
Para que se possa calcular uma viga mista admitindo que as seções
permanecem planas após a flexão, é necessário calcular uma largura fictícia
(efetiva), bef, que multiplicada pela tensão, σmax, forneça a mesma resultante
dada pela distribuição não uniforme da tensões, Figura 2.19.
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
2.2.3.
Dimensionamento de vigas mistas biapoiadas
3.1.
Concepção do conector
+ =
3.2.
Programa experimental dos ensaios tipo Push-out
segunda no Brasil.
Durante a fase de planejamento da primeira etapa do programa
experimental, houve um intercâmbio de informações com pesquisadores da
Universidade de Coimbra, em Portugal, com a qual a PUC-Rio e a UERJ
mantêm um convénio para cooperação interinstitucional, CAPES-GRICES. Um
grupo de pesquisa, liderado pelo Prof. Luís Filipe da Costa Neves, tem estudado
estruturas mistas. Numa visita do próprio Prof. Neves à PUC-Rio, no âmbito do
protocolo de cooperação bilateral CAPES-GRICES, houve então um convite,
para que esta autora participasse de um programa de intercâmbio, sandwich,
para que pudesse realizar a parte experimental da tese em Portugal. Esse
intercâmbio ocorreu no período de Novembro de 2006 à Outubro de 2007,
concluindo então a primeira etapa de ensaios.
A participação no programa sandwich em Portugal foi de extrema
importância, permitindo realizar uma considerável série de 46 ensaios de push-
out, pois os equipamentos existentes no laboratório do DEC bem como suas
instalações facilitaram a execução dos mesmos.
Os ensaios do tipo push-out foram divididos em quatro séries na primeira
etapa. Os ensaios foram realizados no Laboratório de Mecânica Estrutural do
Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Coimbra (DEC), em
Portugal.
Em virtude dos resultados obtidos na primeira etapa, optou-se em realizar
uma segunda etapa, em duas séries de ensaios, que foram realizadas no
73
3.3.
Primeira etapa
3.3.1.
Conectores de cisalhamento
(2006), os fatores que contribuíram para o menor custo final foi o custo da chapa
de aço, apesar de ter sido uma das opções que necessitava do maior número de
conectores e mais solda; a quantidade de aço utilizada por conector foi inferior
que a maioria dos outros tipos, acarretando uma economia no custo final.
Percebeu-se também que um diâmetro menor e um número menor de furos no
conector contribuiu para a economia de chapa, já que permitiam um
comprimento total menor, mesmo que reduzindo a resistência individual do
conector e gerando a necessidade de um maior número destes para resistir à
força longitudinal.
vãos equivalentes de até 4m, enquanto que 200mm é um valor usual para vãos
de até 7m. Estes valores foram encontrados considerando que os vãos dessas
lajes são em uma só direção, nenhuma protensão é aplicada, e levando em
consideração os estados limites de serviço em relação à flecha máxima à longo
prazo. Claro que na prática outros fatores com implicações sobre a espessura da
laje devem ser considerados no projeto, tal como isolamento acústico,
resistência ao fogo, a magnitude das cargas impostas, controle de vibração, etc.
Os valores referidos acima são representativos num projeto prático para lajes
maciças em estruturas de edifício residenciais e comerciais, Vianna et al.
(2008b). Por outro lado, lajes mais espessas são tipicamente necessárias para
atender vãos maiores ou em estruturas de ponte.
TP-2F-200-A / B não _
TP-4F-200-A / B não _
T-2F-120-A / B não _
TP-2F-AR-120-A-IN-10 sim 10
TP-2F-AR-120-B-IN-12 sim 12
4 T-Perfobond T-2F-AR-120-A-10 33 sim 10 4
T-2F-AR-120-B-12 sim 12
TOTAL 46
3.3.1.1.
Primeira série
3.3.1.2.
Segunda série
P-4F-200 P-4F-AR-200
Figura 3.8 – Conectores Perfobond da segunda série
3.3.1.3.
Terceira série
3.3.1.4.
Quarta série
A quarta série foi composta por mais quatro ensaios com conectores tipo
T-perfobond e conector T com concreto classe C30/37 a fim de se avaliar a
presença de armaduras e a variação do seu diâmetro.
81
TP-2F-AR-120-IN T-2F-AR-120
Figura 3.12 – Conectores T-Perfobond da quarta série
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
3.3.2.
Preparação do Ensaio tipo Push-out
3.3.2.1.
Forma e Armadura
3.3.2.2.
Concreto
3.3.2.3.
Montagem do Ensaio
Figura 3.18- – Estrutura de reação e instrumentação para o ensaio tipo push-out, DEC.
3.3.2.4.
Instrumentação e aplicação do carregamento
3.3.3.
Resultados
3.3.3.1.Primeira série
3.3.3.1.1.
Concreto
3 33,38
P-2F-120-B 4 36,2
P-2F-200-A 5 17-04-2007 42 32,27 34,09 1,98
6 33,8
P-2F-200-B 7 35,2
P-4F-200-B 8 27-04-2007 52 35,79 35,30 0,44
TP-2F-120-A 9 34,92
P-4F-200-A 10 35,54
TP-2F-120-B 11 02-05-2007 57 33,67 34,40 1,00
12 33,98
TP-2F-200-A 13 34,11
TP-2F-200-B 14 04-05-2007 59 34,3 34,17 0,11
15 34,1
16 34,64
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
3.3.3.1.2.
Ensaios Push-out
350 500
450
300
Força por conector (kN)
200 300
250
150
200
100 150
P-2F-120-A P-2F-200-A
P-2F-120-B 100 P-2F-200-B
50 Prk_P-2F-120-A
Prk_P-2F-120-B Prk_P-2F-200-A
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
50
Prk_P-2F-200-B
0 0
0 3 6 9 12 15 18 0 3 6 9 12 15 18 21
Deslizamento (mm) Deslizamento (mm)
Figura 3.26 – Conectores Perfobond com dois furos com 120 e 200mm de espessura de
laje.
500 500
450 450
Força por conector (kN)
400 400
350 350
300 300
250 250
200 200
150 P-4F-200-A 150 P-2F-120-B
P-4F-200-B P-2F-200-B
100 100
Prk_P-4F-200-A
P-4F-200-A
50 Prk_P-4F-200-B 50
0 0
0 3 6 9 12 15 18 21 24 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Deslizamento (mm) Deslizamento (mm)
(a) Conectores Perfobond com quatro furos (b) Comparação dos conectores Perfobond
Figura 3.27 – Conectores Perfobond, primeira série
93
500
Carga por conector (kN)
450
400
350
300
250
200
150
100 Tensão na mesa
50
0
0 100 200 300 400 500
von Mises (MPa)
(a) Curva força versus tensão von Mises (b) Localização do extensômetro
Figura 3.28 – Histórico da tensão no conector Perfobond, Vianna et al. (2008b).
600 750
550 700
650
500
Força por conector (kN)
0 3 6 9 12 0 3 6 9 12
Deslizamento (mm) Deslizamento (mm)
Figura 3.29 – Conectores T-Perfobond com dois furos com 120 e 200mm de espessura
de laje.
750 750
700 700
650 650
Força por conector (kN)
600 600
550 550
500 500
450 450
400 400
TP-2F-120-B
350 350
TP-2F-200-B
300 300 TP-4F-200-B
250 250
200 TP-4F-200-A 200
150 TP-4F-200-B 150
Prk_TP-4F-200-A
100 Prk_TP-4F-200-B 100
50 50
0 0
0 3 6 9 12 0 2 4 6 8 10 12
Deslizamento (mm) Deslizamento (mm)
(a) Conectores T-Perfobond com quatro furos (b) Comparação dos conectores T-Perfobond
Figura 3.30 – Conectores T-Perfobond, primeira série
600
Força por conector (kN)
550
500
450
400
350
300
250
200
150
100 T-Perfobond
50
0
0 100 200 300 400 500 600
von Mises (MPa)
(a) Curva força versus tensão von Mises (b) Localização da roseta
Figura 3.31 – Histórico da tensão no conector T-Perfobond, Vianna et al. (2008b).
realizada.
550
500
450
Força por conector (kN)
400
350
300
250
200
150
100 TP-2F-120-B
50 P-2F-120-B
0
0 2 4 6 8 10 12
Deslizamento (mm)
50% para os protótipos com laje de 200mm de espessura. Na Figura 3.34 uma
comparação similar foi realizada com a laje de 200mm para os conectores com
quatro furos. O ganho da resistência foi da mesma magnitude do caso anterior,
ou seja em torno de 56%. Nas comparações desta etapa entre o Perfobond e T-
Perfobond, a carga nos conectores T-Perfobond foi maior mas em termos de
ductilidade não atenderam ao EUROCODE 4 (2005).
700
650
600
Força por conector (kN)
550
500
450
400
350
300
250
200
150 TP-2F-200-B
100
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
50 P-2F-200-B
0
0 2 4 6 8 10 12
Deslizamento (mm)
750
700
650
Força por conector (kN)
600
550
500
450
400
350
300
250
200
150 TP-4F-200-B
100
P-4F-200-A
50
0
0 2 4 6 8 10 12
Deslizamento (mm)
3.3.3.1.3.
Mecanismos de colapso
3.3.3.1.4.
Conclusões
3.3.3.2.
Segunda série
3.3.3.2.1.
Concreto
3.3.3.2.2.
Ensaios Push-out
500 600
P-SF-120
450 550
P-2F-120
P-2F-AR-120 500
400
Força por conector (kN)
Força por conector (kN)
450
350
400 P-SF-200
300 350 P-2F-200
P-2F-AR-200
250 300
200 250
200
150
150
100
100
50 50
0 0
0 3 6 9 12 15 18 0 3 6 9 12 15 18
Deslizamento (mm) Deslizamento (mm)
(a) Curva força versus deslizamento, laje 120mm (b) Curva força versus deslizamento, laje 200mm
Figura 3.42 – Conectores Perfobond para laje com 120mm e 200mm, segunda série
com dois furos, e com armaduras passantes para laje de 120mm. Na Figura
3.42b apresenta-se esta mesma sequência para os conectores com 150mm de
altura empregados na laje de 200mm de espessura.
Ao analisar as curvas anteriores, constatou-se que a presença dos furos
contribuiu para um acréscimo em torno de 8% na resistência característica no
caso dos conectores para laje de 120mm, enquanto que para laje de 200mm,
houve uma perda de 4%. Ao acrescentar as armaduras nos furos, o ganho foi de
28% para laje de 120mm e 9% para laje de 200mm.
Em termos de capacidade de deslizamento, houve um ganho de 17% ao
se utilizar armaduras passantes no conector Perfobond para laje 120mm em
relação ao conector sem armaduras. Apesar dos conectores sem furos
apresentarem uma boa capacidade de deslizamento, seus valores aqui não são
de suma importância, visto que nesses ensaios, a separação horizontal dos
conectores ocorreu de forma bastante significativa, pois não havia furos nem
armaduras que contribuíssem para impedimento desta separação, Figura 3.43.
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
350
300
Força por conector (kN)
250 2
200
150
100
P-SF-120-A_LADO 2
50
P-SF-120-A_LADO 1 1 2
0
-1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Deslizamento horizontal (mm)
600 600
550 550
500 500
450 450
400 P-SF-200 400
350 P-4F-200 350
P-4F-AR-200
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
300 300
250 250
200 200
150 P-2F-AR-120
150
100 P-2F-AR-200
100
50 P-4F-AR-200
50
0 0
0 3 6 9 12 15 18 0 3 6 9 12 15 18
Deslizamento (mm) Deslizamento (mm)
(a) Curva força versus deslizamento, laje 200mm (b) Conectores com armaduras nos furos
Figura 3.44 – Conectores Perfobond para laje com 200mm e presença das armaduras.
500 500
e1
450 roseta 450 e2
central 400 Limite S355
externo 350
350
300 300
250
250
200
200
Central
150
150 Externo
Armadura 100
100
Limite S355
50
50 Limite S500
0
0
-3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000
-2000 -1000 0 1000 2000 3000
Deform ação ( με)
Deform ação ( με)
roseta
central
externo
600 600
e1
550 550
e2
500 500
Limite S355
Força por conector (kN)
450 450
400 400
350 350
300 300
250 250
Roseta_v
200 200
Central
150 Externo 150
100 Armadura 100
Limite S355
50 Limite S500 50
0 0
-2000 -1000 0 1000 2000 3000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000
Deform ação ( με) Deform ação ( με)
roseta
Ext.1 Ext.3
Ext.2
Ext.4 Armad.- 6
Armad.- 5
600 600
550 550
500 500
Força por conector (kN)
600
550
500 (1*)
Força por conector (kN)
450
400
350
300
250
200
Ext. 1
150 Ext. 2
100 Ext. 3
Ext. 4
50 Limite S355
Roseta 1
0
-2000 -1500 -1000 -500 0 500 1000
Deform ação ( με) 1* 1 2 3 4
F = 350kN
-600
-400
-200
Deformação ( με)
200
400
600
800
1* 1 2 3 4
Extensôm etros
3.3.3.2.3.
Mecanismos de colapso
3.3.3.2.4.
Conclusões
3.3.3.3.
Terceira série
3.3.3.3.1.
Concreto
3 57,33
4 55,36
5 03-08-2007 38 56,23 53,91 3,20
6 56,78
7 52,19
8 50,30
9 51,08
3.3.3.3.2.
Ensaios Push-out
700 800
650 TP-SF-120 750 TP-2F-120
600 700 TP-2F-120-IN
TP-2F-120 650
Força por conector (kN)
550 T-2F-120
Força por conector (kN)
600
500 550
450 500
400 450
350 400
300 350
250 300
200 250
200
150
150
100 100
50 50
0 0
0 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Deslizamento (mm) Deslizamento (mm)
750 850
700 TP-2F-120 800
650 TP-2F-AR-120
750
600 700
Força por conector (kN)
(a) Influência das armaduras, laje 120mm (b) Influência dos furos, laje 200mm
Figura 3.64 – Conectores T-Perfobond para laje com 120mm e 200mm, terceira série
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
que cada cilindro de concreto gera, criando regiões de alta tensão e assim não
aumentando a resistência de forma tão significativa. Novamente, a distância
mínima entre furos de 2.25D propostos por Oguejiofor & Hosain (1994) foi
respeitada na direção horizontal. Alternativamente, a distância vertical entre as
duas filas de furos foi inferior a este valor, pois também estava limitada pela
altura máxima do conector como função da espessura da laje e do cobrimento
mínimo de concreto.
A Figura 3.65a apresenta o histórico da tensão obtido pela roseta instalada
na alma do conector T-Perfobond no protótipo TP-2F-AR-120-A. A Figura 3.65b
apresenta a localização dos extensômetros: a roseta e o extensômetro da
armadura no furo inferior.
120
400
TP-2F-120-AR tensão
350
(C35/45)
Força por conector (kN)
300
roseta
250
200
150
ext. armad.
100
50
0
0 100 200 300 400 500
(a) Curva força versus tensão von Mises (b) Localização do extensômetro
Figura 3.65 – Histórico da tensão no conector T-Perfobond, terceira série.
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
400 700
e1 Limite S500
350 e2 600 Armadura
Limite S275
Força por conector (kN)
300
500
250
400
200
300
150
100 200
50 100
0 0
-2000 -1000 0 1000 2000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000
Deform ação ( με) Deform ação ( με)
3.3.3.3.3.
Mecanismos de colapso
3.3.3.3.4.
Conclusões
3.3.3.4.
Quarta série
3.3.3.4.1.
Concreto
3 40,04
T-2F-AR-120-A-10 4 44,64
T-2F-AR-120-B-12 5 47,35
6 42,67
15-10-2007 31 44,95 1,83
7 43,26
8 46,62
9 45,17
Média 41,78
3.3.3.4.2.
Ensaios Push-out
700 650
650 600
600 550
Força por conector (kN)
550
3.3.3.4.3.
Mecanismos de colapso
3.3.3.4.4.
Conclusões
3.3.3.5.
Comparação entre as séries iniciais
3.3.3.5.1.
Influência do concreto
400 550
500
350
450
Força por conector (kN)
250
150 200
100 150
P-2F-120-B_28MPa
100 P-2F-200-B_28MPa
50 P-2F-120-A_52MPa
50 P-2F-200-A_52MPa
0 0
0 3 6 9 12 15 18 0 3 6 9 12 15 18 21
Deslizamento (mm) Deslizamento (mm)
500
450
Força por conector (kN)
400
350
300
250
200
150
100 P-4F-200-A_28MPa
50 P-4F-200-A_52MPa
0
0 3 6 9 12 15 18 21 24
Deslizamento (mm)
700 850
650 800
750
600
700
550 650
Força por conector (kN)
500 600
450 550
400 500
450
350
400
300 350
250 300
200 250
150 200
TP-2F-120_28MPa TP-2F-200_28MPa
150
100
TP-2F-120_44MPa 100 TP-2F-200_44MPa
50 50
0 0
0 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Deslizam ento (m m ) Deslizam ento (m m )
800
750
700
650
600
3.3.3.5.2.
Influência do tipo de conector: Perfobond versus T-Perfobond
f ckmedio
PrkNormaliz = Prk ⋅
f ck (3.1)
onde:
PrkNormaliz é a resistência característica ao cisalhamento normalizada do
conector (kN);
fckmedio é o valor médio da resistência característica do concreto à
compressão em corpos de prova cilíndricos (MPa);
fck é a resistência característica do concreto à compressão em corpos de
prova cilíndricos (MPa);
133
700 700
600 600
Força por conector (kN)
400 400
300 300
200 200
TP-SF-120_Norm TP-2F-120_Norm
100 100
P-SF-120_Norm P-2F-120_Norm
0 0
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deslizamento (mm) Deslizamento (mm)
800
TP-2F-AR-120_Norm
700
P-2F-AR-120_Norm
Força por conector (kN)
600
500
400
300
200
100
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deslizamento (mm)
Figura 3.82 – Perfobond versus T-Perfobond- Conectores com armadura nos dois furos
900 900
TP-2F- TP-4F-
800 200_Norm 800 200_Norm
P-2F- P-4F-
Força por conector (kN)
400 400
300 300
200 200
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
100 100
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deslizamento (mm) Deslizamento (mm)
(a) Conectores com dois furos (b) Conectores com quatro furos
Figura 3.83 – Perfobond versus T-Perfobond – laje de 200mm
3.3.3.5.3.
Influência das armaduras no conector T-Perfobond
750 700
700 650
650 600
600 550
Força por conector (kN)
3.3.4.
Conclusões Gerais - Primeira Etapa
3.3.4.1.
Influência da espessura da chapa do conector
3.3.4.2.
Influência do número de furos e do espaçamento entre eles
3.3.4.3.
Importância da altura do conector
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
3.3.4.4.
Influência das armaduras
3.3.4.5.
Influência da resistência à compressão do concreto
3.3.4.6.
Ductilidade da ligação
3.3.4.7.
Modo de ruptura
(a) (b)
Figura 3.86– (a) Distribuição da tensão de tração abaixo do conector. (b) Bloco de tensão
idealizado, Medberry & Shahrooz (2002)
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
Figura 3.87 – Carregamento num pino de concreto, Kraus & Wurzer (1997)
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
145
3.4.
Segunda etapa
3.4.1.
Conectores de cisalhamento
(reação do
concreto)
P (força aplicada)
3.4.1.1.
Quinta série
A quinta série foi composta por seis ensaios. Nesta série, nos três
primeiros protótipos (TP-2F-AR-IN-10-12-A, TP-2F-AR-IN-10-12-B e TP-2F-AR-
IN-10-16-A) foram utilizados neoprene de 15mm de espessura nas bases dos
push-out.
3.4.1.2.
Sexta série
A sexta série foi composta por mais dois ensaios com conector T-
Perfobond, repetindo os primeiros da quinta série, porém com resistência à
147
3.4.2.
Preparação do Ensaio tipo Push-out
Na quinta e sexta série, o perfil adotado tanto para compor o “I” vertical
como para formar os conectores, foi o HP 200x53 da Açominas, ASTM A 572
Grau 50. A fabricação dos protótipos foi realizada na Metalfenas Ltda, no Rio de
Janeiro.
A Figura 3.90 apresenta o modelo do perfil com o conector T-Perfobond
soldado na posição aqui denominada como invertida. A figura ilustra o perfil
adotado nos ensaios na segunda etapa, e o filete de solda especificado.
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
3.4.2.1.
Forma e Armadura
3.4.2.2.
Concreto
Nas quinta e sexta séries, como o volume de concreto era pequeno, optou-
se em produzir o concreto no próprio laboratório LEM da PUC-Rio.
O traço adotado para a quinta série foi de 1:2,75:2,93 com fator água /
cimento de 0,51. Na quinta série, composta por seis protótipos, foram realizadas
três betonagens separadamente para concretar dois protótipos de modelos
idênticos. Na sexta série foi realizada apenas uma betonagem, que foi suficiente
para os dois protótipos.
A Figura 3.93 apresenta a sequência e o mecanismo utilizado no LEM da
PUC-Rio para a fabricação dos protótipos da quinta e sexta fase.
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
3.4.2.3.
Montagem do Ensaio
450 600
400 550
500
Força por conector (kN)
350
450
300 400
250 350
300
200
250
150 200
150
100 TP-10-16-B_LADO 1
TP-10-16-A_LADO 1
100
50 TP-10-16-A_LADO 2 TP-10-16-B_LADO 2
80% 50 80%
0 0
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2
Deslizamento horizontal (mm) Deslizamento horizontal (mm)
L2 L1
L2 L1
com capacidade de 1000kN cada um. Foi necessário utilizar uma viga de
transição de carga, para que o carregamento do ensaio atuasse centrado em um
só ponto, atendendo assim a especificação dos ensaios de push-out segundo
EUROCODE 4 (2005), Figura 3.96. Para garantir que o carregamento fosse
pontual, utilizou-se uma rótula entre a viga de transição e o perfil “I” do push-out,
Figura 3.97.
CÉLULAS DE CARGA
PÓRTICO
PARA ENSAIO
Figura 3.96- – Estrutura de reação e instrumentação para o ensaio tipo push-out, LEM.
153
3.4.2.4.
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
Figura 3.100 – RDL´s verticais no perfil / laje e RDL´s na viga de transição, LEM.
Figura 3.106 – Extensômetros lineares nas barras passantes nos furos e no estribo.
3.4.3.
Resultados
3.4.3.1.
Concreto
Tabela 3.14 – Resistência à compressão dos cp´s da quinta e sexta série, segunda
etapa.
Fase Protótipo Data fc (Mpa) Média
1 2 3 Média Desvio fc (Mpa)
TP-2F-AR-IN-10-12-A 28-08-2008
TP-2F-AR-IN-10-12-B 29-08-2008 26,68 25,83 24,60 25,70 1,05 25,70
TP-2F-AR-IN-10-16-A 04-09-2008 30,43 27,55 28,99 2,04
5
TP-2F-AR-IN-10-16-B 05-09-2008 25,43* 29,55 27,49 2,91 29,18
TP-2F-AR-IN-12-16-A 10-09-2008 25,55 25,58 25,57 0,02
TP-2F-AR-IN-12-16-B 11-09-2008 26,94 28,32* 27,63 0,98 26,02
TP-2F-AR-IN-10-12-C 18-02-2009 38,18 30,55 25,82* 34,365 5,40
6
TP-2F-AR-IN-10-12-D 19-02-2009 35,77 35,13 36,88 35,93 0,89 35,30
3.4.3.2.
Quinta série
f ckmedio
PrkNormaliz = Prk ⋅
f ck (3.1)
onde:
PrkNormaliz é a resistência característica ao cisalhamento normalizada do
conector (kN);
fckmedio é o valor médio da resistência característica do concreto à
compressão em corpos de prova cilíndricos (MPa);
fck é a resistência característica do concreto à compressão em corpos de
prova cilíndricos (MPa);
160
700
SEM NEOPRENE TP-10-12-A
600 TP-10-12-B
TP-10-16-A
Força por conector (kN)
500 TP-10-16-B
TP-12-16-A
400 COM NEOPRENE
TP-12-16-B
300
200
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
100
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Deslizamento (mm)
3.4.3.3.
Sexta série
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
700
600
Força por conector (kN)
500
400
300
200
TP-10-12-C
100
TP-10-12-D
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Deslizamento (mm)
Rosetas
650
600
550
Força por conector (kN)
500
450
400
e 1- R1
350
e 2 - R1
300 e 1- R2
250 e 2 - R2
200 e 1 - R3
e2 e 2 - R3
150
e 1 - R4
100 e1
e 2 - R4
50 Limite
0
-3500 -2500 -1500 -500 500 1500 2500 3500 4500
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
Deformação (με)
Unidirecional - Laje 1
650
600
550
4
Força por conector (kN)
500
450
5
400
350
6
300
250
200
Deformação 4
150
Deformação 5
100 Deformação 6
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
50 Limite
0
-2500 -2000 -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 2000 2500
Unidirecional - Laje 2
650
600
550
4
Força por conector (kN)
500
450
400 5
350
6
300
250
200
Deformação 4
150
Deformação 5
100 Deformação 6
50 Limite
0
-2500 -2000 -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 2000 2500
Deformação (με)
500 500
450 450
400 400
350 350
300 300
250 e - 13E1 250 e - 17E1
200 e - 15E1 200 e - 19E1
150 e - 14D1 150 e - 18D1
100 e - 16D1 100 e - 20D1
50 Limite 50 Limite
0
0
-3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000
-3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000
Deform ação (με) Deform ação ( με)
Figura 3.114 – Deformação das barras passantes nos furos dos conectores da laje 1
500
Figura 3.116 – Deformação das barras passantes nos furos dos conectores da laje 2.
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
500
450
400
350
300
250
e - 42-1 - LAJE1
200
e - 43-2 - LAJE 2
150
e - 44-2 - LAJE 2
100
Limite
50
0
-3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000
Deformação (με)
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
3.4.3.4.
Comparação entre as séries da segunda etapa
700
600
Força por conector (kN)
500
400
300
200 TP-10-12-C_norm
TP-10-16-B_norm
100
TP-12-16-B_norm
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Deslizamento (mm)
φ12
φ16 φ16
3.4.3.5.
Mecanismo de colapso
3.4.3.6.
Conclusões
3.5.
Comparação entre a primeira e a segunda etapa
700
HP 200X53
600
Força por conector (kN)
500
400
300 TP-2F-AR-120-A-IN-10
TP-2F-AR-120-A-IN-12
200 IPN 340
TP-2F-AR-120-A-IN-10-12-C
TP-2F-AR-120-A-IN-10-16-B
100
TP-2F-AR-120-A-IN-12-16-B
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Deslizamento (mm)
3.6.
Propriedades dos materiais
3.6.1.
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
Concreto
3.7.
Conclusões gerais
interação total onde com outro tipo de conectores fosse conseguida apenas
interação parcial. A sua colocação, porque é muito mais espaçada do que a dos
Studs, pode ser discreta, sendo especialmente adequados em intervenções de
reforço de estruturas existentes, como relatado por Neves e Lima (2005), onde
os conectores foram colocados a posteriori em orifícios pontuais abertos na laje,
o que não seria possível com Studs. Por outro lado, a solda corrente evita
equipamentos especiais de solda com elevada potência elétrica, necessários
para instalar os Studs.
Outra vantagem dos conectores tipo Perfobond ou T-Perfobond tem que
ver com o seu comportamento à fadiga, já que o detalhe é muito mais favorável
do que o correspondente aos Studs, trazendo vantagens não apenas em
estruturas submetidas à ação de tráfego, mas também no caso de ações
sísmicas.
Os resultados das campanhas experimentais realizadas serviram para
avaliar as diferenças do comportamento estrutural entre os conectores
Perfobond, T-Perfobond e T em termos de suas capacidades de carga e
deformação, bem como quanto ao modo de ruina. Os conectores tipo T-
Perfobond possuem maior capacidade de carga e maior rigidez do que os
conectores Perfobond. A vantagem de se utilizar este tipo de conector é este ser
produzido a partir de perfis laminados, não sendo necessário produzir um novo
elemento de ligação específico. Porém, e ao contrário dos restantes tipos de
176
4.1.
Introdução
4.1.1.
Preparação do Ensaio em Escala Real
4.1.1.1.
Apoios
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
4.1.1.2.
Forma e Armadura
4.1.1.3.
Concreto
4.1.1.4.
Instrumentação e aplicação do carregamento
(2)
(1) (3) (5) (6) (4)
RDL 7 e 8 RDL 6
(e) RDL 5 – Deslocamento vertical (1/5 do vão) (e) RDL 7 e 8 – Deslocamento vertical (1/2 do
vão) / RDL 6 Desloc. vertical (1/5 do vão)
Figura 4.14 – Instrumentação da viga mista.
188
BOMBAS
MANUAIS
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
Para controlar a carga aplicada, sob cada atuador, foi utilizada uma célula
de carga com capacidade de 500kN. Essa célula foi instalada entre uma rótula
universal e um apoio móvel (primeiro gênero), Figura 4.16. A rótula universal
permite rotação em todas as direções e assegura que o atuador não esteja fixo a
viga de aço, dando-lhe liberdade para se adaptar a viga mista.
2P 2P
4.2.Resultados
4.2.1.
Propriedades dos materiais
4.2.1.1.
Concreto
1 21,05
2 21,95
11-03-2009 28 21,65 0,56
3 21,34
4 22,27
4.2.2.
Ensaio em escala real
4.2.2.1.
Modo de colapso
No ensaio final da viga mista em escala real ocorreu uma falha por
cisalhamento entre a laje de concreto e a viga de aço. Esta falha do conector
ocorreu e foi associada com a perda da capacidade de carga da estrutura. Um
deslizamento significativo entre a seção de aço e a laje de concreto foi verificado
durante o ensaio, provocando finalmente o colapso da viga. Esta falha ocorreu
essencialmente em um dos lados da viga e a separação vertical entre a seção
de aço e de concreto foi visível próximo ao apoio, Figura 4.18. As fissuras no
concreto ocorreram no meio do vão e se apresentaram de formas verticais,
Figura 4.19.
192
4.2.2.2.
Momento máximo e deslocamentos verticais
720
640
560
Momento total (kNm)
480
400
320 100kN
155kN
240
200kN
160 220kN
80
0 -10 -20 -30 -40 -50 -60 -70 -80 -90 -100 -110 -120
720
640
560
Momento total (kNm)
480
400
320
RDL 5
240
RDL 6
160 Meio do vão
80
0 -10 -20 -30 -40 -50 -60 -70 -80 -90 -100 -110 -120
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
4.2.2.3.
Deformações
comportamento previsto, sendo que no ensaio final esta seção atingiu sua
máxima capacidade de deformação.
A Figura 4.26 apresenta as deformações obtidas pelos extensômetros 34 e
38 instalados na mesa inferior da viga de aço nos ensaios de pré-carga e no
ensaio final na seção BB, no meio do vão.
720 720
640 640
Momento total (kNm)
560
480 480
limite
80 80
0 400 800 1200 1600 2000 2400 0 400 800 1200 1600 2000
Deformação Strain 30 (με) Deformação Strain 32 (με)
(a) Strain 30, mesa inferior (b) Strain 32, mesa inferior
Figura 4.24 – Momento máximo versus deformação da mesa inferior da viga, seção AA.
720 720
640 640
Momento total (kNm)
Momento total (kNm)
560 560
480 480
400 400
100kN 100kN
320 320
155kN 155kN
240 200kN 240 200kN
220kN 220kN
160 160
limite limite
80 80
-1000 -800 -600 -400 -200 0 -1000 -800 -600 -400 -200 0
Deformação Strain 31 (με) Deformação Strain 33 (με)
(a) Strain 31, mesa superior (b) Strain 33, mesa superior
Figura 4.25 – Momento máximo versus deformação da mesa superior da viga, seção AA.
197
720 720
100kN 100kN
640 640
155kN
320 320
240 240
160 160
80 80
0 400 800 1200 1600 2000 2400 0 400 800 1200 1600 2000 2400
Deformação Strain 34 (με) Deformação Strain 38 (με)
(a) Strain 34, mesa inferior (b) Strain 38, mesa inferior
Figura 4.26 – Momento máximo versus deformação da mesa inferior da viga, seção BB.
720 720
640 640
560 560
480 480
400 400
100kN 100kN
320 320
155kN 155kN
240 200kN 240 200kN
220kN 220kN
160 160
limite limite
80 80
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100
Deformação Strain 37 (με) Deformação Strain 39 (με)
(a) Strain 37, mesa superior. (b) Strain 39, mesa superior.
Figura 4.27 – Momento máximo versus deformação da mesa superior da viga, seção BB.
200 200
100 100
0 0
-300 0 300 600 900 1200 1500 1800 -300 0 300 600 900 1200 1500 1800
500 500
0,4Mmax 0,4Mmax
0,9Mmax 0,9Mmax
Altura da seção (mm)
400 400
Mmax Mmax
limite limite
300 300
200 200
100 100
0 0
-400 0 400 800 1200 1600 -400 0 400 800 1200 1600
500 500
0,4Mmax 0,4Mmax
0,9Mmax 0,9Mmax
Altura da seção (mm)
200 200
100 100
0 0
-600 -200 200 600 1000 1400 1800 -600 -200 200 600 1000 1400 1800
200 200
100 100
0 0
-800 -400 0 400 800 1200 1600 2000 2400 -800 -400 0 400 800 1200 1600 2000 2400
500 500
0,4Mmax 0,4Mmax
0,9Mmax 0,9Mmax
Altura da seção (mm)
200 200
100 100
0 0
-100 200 500 800 1100 1400 1700 -100 200 500 800 1100 1400 1700
500 500
0,4Mmax 0,4Mmax
0,9Mmax 0,9Mmax
Altura da seção (mm)
400 400
Mmax Mmax
limite limite
300 300
200 200
100 100
0 0
-100 200 500 800 1100 1400 1700 -100 200 500 800 1100 1400 1700
500 500
0,4Mmax 0,4Mmax
0,9Mmax 0,9Mmax
Altura da seção (mm)
200 200
100 100
0 0
-100 200 500 800 1100 1400 1700 2000 -100 200 500 800 1100 1400 1700 2000
500 500
0,4Mmax 0,4Mmax
0,9Mmax 0,9Mmax
Altura da seção (mm)
200 200
100 100
0 0
-200 200 600 1000 1400 1800 2200 2600 -200 200 600 1000 1400 1800 2200 2600
500 500
100kN 100kN
155kN 155kN
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
400 400
Altura da seção (mm)
200kN 200kN
220kN 220kN
300 limite 300 limite
200 200
100 100
0 0
-800 -400 0 400 800 1200 1600 2000 2400 -800 -400 0 400 800 1200 1600 2000 2400
500 500
100kN 100kN
155kN 155kN
400 400
Altura da seção (mm)
200 200
100 100
0 0
-200 100 400 700 1000 1300 1600 1900 2200 -200 100 400 700 1000 1300 1600 1900 2200
640 640
560 560
480 480
400 400
320 320
240 240
160 160
80
80
-1800 -1400 -1000 -600 -200 200
-1800 -1400 -1000 -600 -200 200
Deform ação (με)
Deform ação ( με)
1_alma_10 1_alma_11 1_mesa_12 1_mesa_13
2_alma_25 2_alma_26 2_mesa_27 2_mesa_28
limite limite
720 720
640 640
Momento total (kNm)
560 560
480 480
400 400
320 320
240 240
160 160
80 80
-2600 -2100 -1600 -1100 -600 -100 400 -2600 -2100 -1600 -1100 -600 -100 400
Deform ação ( με) Deform ação ( με)
1_alma_10 1_alma_11 1_mesa_12 1_mesa_13
2_alma_25 2_alma_26 2_mesa_27 2_mesa_28
limite limite
640 720
Momento total (kNm)
560 640
80 80
-500 -300 -100 100 300 500 700 -500 -300 -100 100 300 500 700
Deform ação ( με) Deform ação ( με)
3_alma_15 3_mesa_16 3_alma_15 3_mesa_16
4_alma_23 4_mesa_24 4_alma_23 4_mesa_24
640 720
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
640
560
Momento total (kNm)
560
480
480
400
400
320
320
240 240
160 160
80 80
-500 -400 -300 -200 -100 0 100 200 -500 -400 -300 -200 -100 0 100 200
Deform ação ( με) Deform ação ( με)
5_alma_17 5_mesa_18 5_alma_17 5_mesa_18
6_alma_20 6_mesa_21 6_alma_20 6_mesa_21
640 640
560 560
Momento total (kNm)
400 400
320 320
240 240
160 160
80 80
-1000 -700 -400 -100 200 500 800 -500 0 500 1000 1500 2000 2500
Deform ação ( με)
Deform ação ( με)
1_42 1_43 1_44 1_45
1_14 1_40 limite
640 640
560 560
Momento total (kNm)
Momento total (kNm)
480 480
400 400
320 320
240 240
160
160
80
80
-500 0 500 1000 1500 2000 2500
-400 -200 0 200 400 600 800
Deform ação ( με) Deform ação ( με)
2_29 2_55 limite
2_52 2_53 2_54 limite
720 720
Momento total (kNm) 640 640
480 480
400 400
320 320
240 240
160 160
80
80
-1500 -900 -300 300 900 1500 2100
-1000 0 1000 2000 3000 4000
Deform ação ( με)
Deform ação ( με)
1_42 1_43 1_44
1_45 limite 1_14 1_40 limite
720 720
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
640 640
Momento total (kNm)
560 560
480 480
400 400
320 320
240 240
160 160
80 80
-200 200 600 1000 1400 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Deform ação ( με) Deform ação ( με)
1º FURO 2º FURO
640 720
560 640
Momento total (kNm)
Momento total (kNm)
560
480
480
400
400
320
320
240 240
160 160
80 80
-200 0 200 400 600 800 1000 -500 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Deform ação ( με)
Deform ação ( με)
3_46 3_47 4_51 4_50 3_46 3_47 4_51 4_50 limite
640 720
560 640
480
480
400
400
320
320
240 240
160 160
80 80
-40 60 160 260 360 0 100 200 300 400 500 600 700
Deform ação ( με) Deform ação ( με)
4.2.2.4.
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
720 720
640 640
Momento total (kNm)
560 560
480 480
400 400
4.2.2.5.
Avaliação teórica da resistência
5.q.L4 (4.1)
f max =
384.E.I
720
640
560
Momento total (kNm)
480
400
100kN
320 155kN
200kN
240
220kN
160 Teorica
80
0 -10 -20 -30 -40 -50 -60 -70 -80 -90 -100 -110 -120 -130 -140
33.L3 P (4.6)
EI = .
1000 δ
240
y = -5,0948x
210
180
Força 2P (kN)
150
120 100kN
155kN
90
200kN
60 220kN
0
0 -10 -20 -30 -40 -50 -60 -70 -80 -90 -100 -110 -120 -130 -140
4.3.
Conclusões
O trabalho realizado neste capítulo fez com que fosse possível analisar o
comportamento da viga mista com os conectores T-Perfobond. Como previsto, já
que a viga foi dimensionada para interação parcial, esta apresentou grande
capacidade de deformação vertical e deslizamento lateral. A falha foi
condicionada pelo deslizamento na interface aço-concreto, no qual se localizou
em um dos lados da viga.
O deslizamento na interface mostrou ter grande influência na rigidez da
viga mista. Foi possível concluir que conforme há um aumento no deslizamento,
há perda de rigidez do sistema.
Neste ensaio, não houve aderência química entre a viga de aço e o
concreto, portanto, a fase inicial do deslizamento relativo, refere-se a perda da
aderência mecânica do sistema.
O deslocamento teórico, considerando a análise elástica, foi
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
5.1.
Conectores T-Perfobond
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
5.1.1.
Elementos finitos utilizados
5.1.1.1.
Elemento Shell 63
5.1.2.
Malha, condições de contorno e aplicação da solicitação
X
Z
(simetria alma)
(solda mesa)
5.1.3.
Relações constitutivas utilizadas
5.1.4.
Análise dos resultados
5.1.5.
Conclusões
5.2.
Ensaio em escala real
700
650
600
550
0
0 3 6 9 12
Deslizamento (mm)
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
5.2.1.
Elementos finitos utilizados
5.2.1.1.
Elemento Solid 65
5.2.1.2.
Elemento Shell 43
5.2.1.3.
Combin 39
5.3.
Modelagem Numérica
Figura 5.10
Laje
Interface Desliz.
Mola não
linear
Nós acoplados
(Uy) Viga de aço
5.4.
Validação da modelagem numérica
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
140
120
100
Carga aplicada (kN)
9 Perf 120-2F
80
5 Perf 120-2F
3 Perf 120-2F
60 Studs
0,20%
40 0,35%
3 T-Perf-120-IN-12
20 5 T-Perf-120-IN-12
3 T-Perf-120-IN-12-16
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
140
120
100
Carga aplicada (kN)
9 Perf 120-2F
80
5 Perf 120-2F
60
3 Perf 120-2F
40 3 T-Perf-120-IN-12
5 T-Perf-120-IN-12
20
3 T-Perf-120-IN-12-16
0
0 5 10 15 20
80
70
60
Carga aplicada (kN)
50
40
30 3 T-Perf-120-IN-12
5 T-Perf-120-IN-12
20
3 T-Perf-120-IN-12-16
10 0,20%
0,35%
0
0 2 4 6 8 10
Figura 5.19 – Deformação da laje de concreto – regiões sob maiores tensões dos
modelos com Perfobond e T-perfobond.
233
5.5.
Conclusões
6.1.
Introdução
6.2.
Discussão dos resultados dos ensaios de push-out com Perfobond
f u Prk (6.1)
Prd = .
f ut γ v
Onde:
fu é a tensão de escoamento última mínima do aço do conector;
fut é a tensão de escoamento última real do aço do conector;
γv é o coefiente de segurança parcial da ligação para ligações a
cisalhamento (γv=1,25).
800
700
500
400
300
200
100
0
P-2F-120 P-2F-200 P-4F-200
1200
1100
1000
Força por conector (kN)
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
P-SF-120 P-2F-120 P-2F-AR- P-SF-200 P-2F-200 P-2F-AR- P-4F-200 P-4F-AR-
120 200 200
Conector Perfobond - Segunda série
Experimental Experimental (Prk) Experimental (Prd) Oguejiofor
Medberry Ushijima Al-Darzi Verissimo
600
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
500
Força por conector (kN)
400
300
200
100
0
P-2F-120 P-2F-200 P-4F-200
1000
900
800
Força por conector (kN)
700
600
500
400
300
200
100
0
P-SF-120 P-2F-120 P-2F-AR- P-SF-200 P-2F-200 P-2F-AR- P-4F-200 P-4F-AR-
120 200 200
Conector Perfobond - Segunda série
Experimental Experimental (Prk) Experimental (Prd) Oguejiofor
Medberry Ushijima Al-Darzi Verissimo
6.2.1.
Análise das equações de Oguejiofor & Hosain
(6.2)
qu = 4,5.hsc .t sc . f c' + 0,91. Atr . f y + 3,31. n.d 2 . f c'
6.2.2.
Análise da equação de Medberry & Shahrooz
2
⎛d ⎞
qu = 0,747.b.h. f c + 0,413.b .Lc + 0,9. Atr . f y + 1,66. n.π .⎜ ⎟ . f c'
' (6.3)
f ⎝2⎠
6.2.3.
Análise da equação de Ushijima et al.
t
qu = 3.38.d 2 sc f´ - 39 (6.4)
d c
6.2.4.
Análise da equação de Al-Darzi
6.2.5.
Análise da equação de Veríssimo
⎛A ⎞
f c + 34,3 × 10 .⎜ tr ⎟
h
qu = 3,68. sc h t f c' + 2,6.n.d 2 f c' + 0,13. A ' 6
(6.7)
t c sc sc cc ⎜A ⎟
⎝ cc ⎠
6.2.6.
Considerações iniciais
600
500
Força por conector (kN)
400
300
200
100
0
P-2F-120 P-2F-200 P-4F-200
800
700
Força por conector (kN)
600
500
400
300
200
100
0
P-SF-120 P-2F-120 P-2F-AR- P-SF-200 P-2F-200 P-2F-AR- P-4F-200 P-4F-AR-
120 200 200
Conector Perfobond - Segunda série
Experimental Experimental (Prk) Experimental (Prd)
Medberry Al-Darzi Verissimo
6.2.7.
Modelo ajustado com análise de regressão múltipla
MPa Perfobond Armad Cilindros Prd Exp Prd prev Prd prev
P-2F-120 27736,8 235619,4 10182,04 233,352 233,352 1,00
1 P-2F-200 28,3 54600 235619,4 10182,04 319,698 319,698 1,00
P-4F-200 54600 235619,4 20364,09 310,932 310,932 1,00
P-SF-120 51412,14 235619,4 0 229,8816 257,3241 0,89
P-2F-120 51412,14 235619,4 13862,44 248,292 249,0115 1,00
P-2F-AR-120 51412,14 314159,3 13862,44 318,9816 290,8195 1,10
2 P-SF-200 51,9 101205 235619,4 0 356,4 354,2561 1,01
P-2F-200 101205 235619,4 13862,44 361,0656 345,9435 1,04
P-2F-AR-200 101205 314159,3 13862,44 395,784 387,7515 1,02
P-4F-200 101205 235619,4 27724,88 330,4296 337,6309 0,98
P-4F-AR-200 101205 392699,1 27724,88 403,1496 421,2469 0,96
400 500
400
300
300
200 200
0
P- P- P- P- P- P- P- P-
0 SF- 2F- 2F- SF- 2F- 2F- 4F- 4F-
P-2F-120 P-2F-200 P-4F-200 120 120 AR- 200 200 AR- 200 AR-
120 200 200
e experimental.
O erro médio da relação entre o valor experimental e o valor previsto pela
equação (6.10), Figura 6.7b, foi de 1,00, e o desvio padrão foi de 6%. O
coeficiente de determinação, que compara os valores previstos e reais da
regressão múltipla, foi de 0,92, significando que houve uma correlação quase
perfeita.
6.3.
Discussão dos resultados dos ensaios de push-out com T-Perfobond
Compressão
do concreto
1600
1400
Força por conector (kN)
1200
1000
800
600
400
200
0
TP-2F-120 TP-2F-200 TP-4F-200 TP-SF-120 TP-2F-120 TP-2F-AR- TP-2F-200 TP-4F-200
120
Conector T-Perfobond
1000
800
Força por conector (kN)
600
400
200
0
TP-2F-120- TP-2F-AR- TP-2F-AR- TP-2F-AR- TP-2F-AR- TP-2F-AR- TP-2F-AR-
IN 120-A-IN-10 120-B-IN-12 IN-10-12 IN-10-16 IN-12-16 IN-10-12-C
6.3.1.
Modelo ajustado com análise de regressão múltipla
A
f2
Onde: A = . A f 1. f ck ; B = (h .t . f ) ; C = ( Atr . f y ) ; D = ( A . f ) ;
A sc sc ck sc ck
f1
A (6.12)
f2
qu = β 1 + β 2 × ( .A . f ) + β 3 × (h .t . f ) + β 4 × ( Atr . f y ) + β 5 × ( A . f )
A f 1 ck sc sc ck sc ck
f1
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
A (6.13)
. A . f ) − 1,3 × 10 − 3 × (h .t . f ) + 0,55 × 10 − 3 × ( Atr . f y )
f2
qu = 174 + 0,25 × (
A f 1 ck sc sc ck
f1
− 0,14 × 10 − 3 × ( A . f )
sc ck
253
600
400
300
Experimental (Prd) Previsto
200
TP-2F-120 TP-2F-200 TP-4F-200 TP-SF-120 TP-2F-120 TP-2F-AR- TP-2F-200 TP-4F-200
120
Conector T-Perfobond
600
Força por conector (kN)
500
400
300
Experimental (Prd) Previsto
200
TP-2F-AR- TP-2F-AR- TP-2F-AR- TP-2F-AR- TP-2F-AR- TP-2F-AR- TP-2F-120-
120-A-IN-10 120-B-IN-12 IN-10-12 IN-10-16 IN-12-16 IN-10-12-C IN
6.4.
Comparação do ensaio em escala real com ensaio push-out
6.4.1.
Força de cisalhamento por conector e deslizamento entre a seção de
aço e concreto
σ ε
σ ε
1 (6.21)
R1 = × (σminf × bf × tf )
2
1 (6.22)
R2 = × (σminf × tw × h)
2
1 (6.23)
R3 = × (σmsup × bf × tf )
2
Onde:
σminf é a tensão média na mesa inferior calculada em função da
deformação média entre os extensômetros 34 e 38;
σmsup é a tensão média na mesa superior calculada em função da
deformação média entre os extensômetros 37 e 39;
bf é a largura da mesa e tf é a espessura da mesa;
h é a altura da viga (d-2tf) e tw é a espessura da alma.
2400
2000 Push-out
Força conector (kN
Elástica-Int. Total
1600
Plástica-Int. Total
1200 Aprox. Elastica - Int.
Parcial
800
400
0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
Deslizamento (mm)
6.4.2.
Conclusões
6.5.
Estudo econômico
em estruturas deste tipo, tendo sido adotada uma ação permanente total de
cerca de 4 kN/m2 e uma sobrecarga de 2 kN/m2.
Considerando apenas o número de conectores necessário, a Tabela 6.13
apresenta a quantidade de conectores de cada tipo e os respectivos
espaçamentos (S) para cada vão considerado.
35 12
30 10
Nº de conectores
Nº de conectores
25
8
20
6
15
4
10
5 2
0 0
6 9 12 6 9 12
Vão (m ) Vão (m )
P-2F P-2F-AR TP-2F
TP-2F-AR TP-2F-IN T-2F P-2F P-2F-AR TP-2F
Studs TP-2F-AR TP-2F-IN T-2F
custo da custo da
viga viga
material material
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
50%
Portugal Portugal
Brasil Brasil
0% 0%
1 2 3 1 2 3
Brasil 96% 4% 0% Brasil 97% 2% 1%
Portugal 94% 2% 3% Portugal 98% 1% 2%
material material
100% conectores mao de obra 100% conectores mao de obra
50% 50%
Portugal Portugal
Brasil Brasil
0% 0%
1 2 3 1 2 3
Brasil 97% 2% 1% Brasil 95% 4% 1%
Portugal 97% 2% 1% Portugal 94% 4% 2%
(apenas sob o ponto de vista econômico). A Figura 6.19 mostra este resultado
expresso em termos da percentagem de economia alcançada na fabricação e
instalação dos conectores, relativamente ao caso padrão dos conectores tipo
Stud, no Brasil e em Portugal respectivamente.
No Brasil, conclui-se que os conectores mais econômicos são os T-
Perfobond, com uma economia de até 34 % para maiores vãos. Para vãos de
6m, tanto os conectores Perfobond quanto os T-Perfobond apresentaram
praticamente a mesma economia, sendo o conector T-Perfobond ligeiramente
mais econômico, em função de se utilizar menos número de conectores. Já em
Portugal, os conectores mais econômicos são os Perfobond, com uma economia
de até 64 % com armaduras passantes nos orifícios, havendo a tendência para
uma economia ligeiramente superior para maiores vãos. Esta economia nos
conectores traduz-se, em virtude do reduzido peso desta componente do preço
global, numa economia de cerca de 5% na estrutura.
Os conectores tipo T são geralmente mais caros do que os Studs (não
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
40% 70%
60%
30%
Economia relativamente a
Economia relativamente a
50%
20%
conectores "stud"
conectores "stud"
40%
10% 30%
0% 20%
P-2F- P-2F- TP-2F- TP-2F- T-2F- 10%
-10% 120 120-AR 120-IN 120-IN- 120
AR 0%
-20% P-2F- P-2F- TP-2F- TP-2F- T-2F-
-10%
120 120-AR 120-IN 120-IN- 120
-30% -20% AR
Tipo de conector Tipo de conector
140 45
Preço dos Conectores (Euros)
40
Preço dos Conectores (R$)
120
35
100 30
80 25
60 20
15
40
10
20 5
0 0
P-2F- P-2F- TP-2F- TP-2F- T-2F- P-2F- P-2F- TP-2F- TP-2F- T-2F-
120 120-AR 120-IN 120-IN- 120 120 120-AR 120-IN 120-IN- 120
AR AR
Tipo de conector Tipo de conector
6.5.1.
Conclusões
6.6.
Conclusões gerais
carga máxima é atingida, o que mostra que a ligação é dúctil, pois desenvolve
deformação mantendo a capacidade de carga. Esta observação confirma
juntamente com o que foi previsto no ensaio de push-out. A terceira é que, como
a ligação tem um comportamento dúctil, a carga máxima é mantida para valores
de deslizamentos significativos, permitindo alta deformação vertical da viga.
Para avaliar a utilização dos diversos tipos de conectores sob o ponto de
vista econômico, realizou-se um estudo no qual foram dimensionadas vigas
mistas com laje de 120 mm para vãos distintos (6, 9 e 12 m). Os conectores
avaliados foram os Perfobond, T-Perfobond, T e o de uso mais comum, os
Studs. Este estudo englobou os custos no Brasil e em Portugal em relação aos
custos dos conectores Studs. Os conectores T-Perfobond e Perfobond, além de
apresentarem vantagens estruturais, mostraram-se econômicos nos casos
analisados.
7
Considerações finais
7.1.
Introdução
vigas mistas com laje de 120 mm para vãos distintos (6, 9 e 12 m). Os
conectores avaliados foram os Perfobond, T-Perfobond, T e o de uso mais
comum, os Studs.
7.2.
Principais conclusões
interação parcial. A sua colocação, porque é muito mais espaçada do que a dos
Studs, pode ser discreta, sendo especialmente adequados em intervenções de
reforço de estruturas existentes, o que não seria possível com Studs. Por outro
lado, a solda corrente evita equipamentos especiais de solda com elevada
potência elétrica, necessários para instalar os Studs. São facilmente produzidos
em qualquer fábrica de estruturas metálicas.
Outra vantagem dos conectores tipo Perfobond ou T-Perfobond refere-se
ao seu comportamento à fadiga, já que o detalhe é muito mais favorável do que
o correspondente aos Studs, trazendo vantagens não apenas em estruturas
submetidas à ação de tráfego, mas também no caso de ações sísmicas.
7.3.
Principais contribuições do presente trabalho
7.4.
Sugestões para trabalhos futuros
KRAUS, D.; WURSER, O. Non linear finite element analysis of concrete dowels,
Computers & Structures, 64, nº 5/6, 1271-1279, 1997.
LEE, PIL-GOO; SHIM, CHANG-SU; CHANG, SUNG-PIL. Static and fatigue
behaviour of large stud shear connectors for steel-concrete composite bridges.
Journal of Constructional Steel Research; 61, 1270-1285, 2005.
LEITE, M.D.R.N., 2006. Avaliação de Conectores de Cisalhamento Tipo
Perfobond em Estruturas de Aço. Projeto final de graduação em engenharia civil,
UERJ, Rio de Janeiro, 81p., 2006.
MACHACEK, J.; STUDNICKA, J. Perforated shear connector. Steel and
Composite Structures, VOL. 2, NO 1, PP. 51-66, 2002.
MACHACEK, J; CUDEJKO, M. Longitudinal shear in composite steel and
concrete trusses. Engineering Structures, 2008, 31, pp-1313-1320, Junho 2009.
MALEKI, S. B.; BAGHERI, S. Behavior of channel shear connectors, Part I:
Experimental study, Journal of Constructional Steel Research, 64, pp. 1333-
1340, 2008.
MALEKI, S. B.; BAGHERI, S. Behavior of channel shear connectors, Part II:
Analytical study, Journal of Constructional Steel Research, 64, pp. 1341-1348,
2008.
MARTINS, J.P.S.C. Avaliação do comportamento estrutural de conectores em
estruturas mistas: o perfobond. Dissertação de Mestrado, Departamento de
Engenharia Civil, Universidade de Coimbra, 64p., 2008.
MEDBERRY, S.B., SHAHROOZ, B.M., J. M., Perfobond shear connector for
composite construction, AISC Engineering Journal, Chicago, 2002-1, 2-12, 2002.
METÁLICA. Tabela da Gerdau Açominas mantida pela Revista Metálica.
Disponível em: < http://www.metalica.com.br/pg_dinamica/bin/pg_dinamica.php?
276
Anexo A
Dimensionamento da armadura transversal
Dados do Projeto
Fator de resistência do concreto: φc = 0,6
Fator de resistência do aço: φ= 0,9
Limite de escoamento do aço: fy = 280 MPa
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
Laje Maciça
Espessura da laje: tc = 120 mm
ν = qu / s ν= 290 kN/m
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
Valor real:
ν∗ = (Aa /
Ac) . ν Aa = 126780 mm2 ν∗ = 136,171 kN/m
Ac = 270000
Força de cisalhamento
resistida
ν1 = 2,5.η.Acv.τud + As.fys /
ys ν1 = 243,087 kN
ν1 = 0,2.η.Acv.0,85.fck / yc ν1 = 340 kN
Anexo B
Dimensionamento da viga mista
Dados:
Fator de resistência do Concreto:................................ φc := 1.5 γc := 1
Fator de resistência do Aço:........................................ φ := 1 γ a := 1
Fator de resistência do conector de cisalhamento:...... φsc := 1
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
10kg N
kPa := MPa := γ m0 := 1
2 2
m mm
Cargas:
a) Sobrecarga:
b) Carga Permanente:
Materiais:
Concreto:
fck := 22 MPa γ c := 2500 kg/m 3 γ c := 25 kN/m 3
282
Cargas Adotadas:
Sobrecarga:
−3 2
Área tributária: A := sp ⋅ Lp ⋅ 10 A = 20.24 m
p
pl := pl = 0.884 kN/m
−3
Lp ⋅ 10
(
Pc1 := w + pp + pl ) Pc1 = 8.591 kN/m Pc := Pc1 ⋅ Lp ⋅ 10
−3
Pc = 75.602 kN
Revestimento
Divisórias
Pp := wp⋅ A Pp = 36.432 kN
2
⎛ Lp ⎞
Pc1 ⋅ ⎜ ⎟
Mpp :=
⎝ 1000 ⎠
Mpp = 83.162 kNm
8
283
ql := q ⋅ b1 ql = 17.02 kN/m
2
⎛ Lp ⎞
ql ⋅ ⎜ ⎟
Mql :=
⎝ 1000 ⎠
Mql = 164.754 kNm
8
Cortante:
Lp
( )
1000
Vf := Pc1 + ql ⋅
2 Vf = 112.689 kN
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
Perfil
d := 407 mm tw := 7.7 mm
h = 381.4 mm
3 2
As = 7.494 × 10 mm Peso próprio do perfil: qp = 0.588 kN/m
8 4 6 3
CG = 203.5 mm Ix = 2.127 × 10 mm Ws = 1.045 × 10 mm
6 3 7 4 5 3
Wi = 1.045 × 10 mm Iy = 1.205 × 10 mm Wy = 1.353 × 10 mm
11 6 5 4 6 3
Cw = 4.381 × 10 mm J = 3.089 × 10 mm Zx = 1.178 × 10 mm
Verificação da Classe do perfil:
Alma
⎡h 235 ⎡⎛ h 235 ⎞ ⎛h 235 ⎞⎤⎤
Classe := if ⎢ ≤ 72 ⋅ , "Classe 1" , if ⎢⎜ ≤ 83 ⋅ ⎟ , "Classe 2" , if ⎜ t ≤ 124 ⋅ Fy , "Classe 3" , "?" ⎟⎥⎥
⎣ tw Fy ⎣⎝ tw Fy ⎠ ⎝ w ⎠⎦⎦
Classe = "Classe 1"
Mesa
−6
10
Mr := Zx⋅ Fy ⋅ Mr = 406.468 kNm
γ m0
−3
⎛ Fy ⎞ ⋅ 10
Vr := h ⋅ tw⋅ ⎜ ⎟ Vr = 584.965 kN
⎝ 3 ⎠ γ m0
3
b1 := 2300 b1 = 2.3 × 10 mm
−3
Fy ⋅ 10 3
Fa := As ⋅ Fa = 2.585 × 10 kN
γa
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
⎛
Fc := tL ⋅ b1 ⋅ ⎜ 0.85 ⋅
fck ⎞ −3
⎟ ⋅10 Fc = 5.161 × 10
3
⎝ γc ⎠ kN
Fa
z := z = 60.109 mm
b1 ⋅ ⎛⎜ 0.85 ⋅
fck ⎞ −3
⎟ ⋅10
⎝ γc ⎠
(
Linha_neutra := if z ≤ tL , "localizada no concreto" , "localizada no aço" )
Linha_neutra = "localizada no concreto"
Mrt := Fa ⋅ ⎜
⎛ d + t − z ⎞ ⋅10− 3
⎟ Mrt = 758.64 kNm
⎝2 L 2⎠
MplRd := Mrt MplRd = 758.64 kNm
Cr' := Fa
Número de conectores:
Cr'
n := n = 5.572 conectores para metade da viga
qr
nt := 2 ⋅ n nt = 11.143 nf := 10
50
ns := 2 ⋅ ⋅n ns = 5.572
100
n := 6
n
p := p = 0.538
nt
qr
3
Qr := n ⋅ Qr = 1.392 × 10 kN
2
Qr
xc := xc = 32.365 mm
b1 ⋅ ⎛⎜ 0.85 ⋅
fck ⎞ −3
⎟ ⋅10
⎝ γc ⎠
286
3
Fac := Fa − Qr Fac = 1.193 × 10 kN
Fac
xa := tL + xa = 129.716 mm
Fy
2 ⋅ bs ⋅
1000
⎡ (
xa + tL − xc ⎤ )
Mrc := ⎢ Fa ⋅ ⎛⎜
xc ⎞
⎥ ⋅ 10− 3
d
+ tL − ⎟ − Fac ⋅ Mrc = 664.823 kNm
⎣ ⎝ 2 2 ⎠ 2 ⎦
MRd := Mrc
E
n := n = 7.805
Ec
Concreto
b1 4 2
Área transformada: Ac := ⋅ tL Ac = 3.536 × 10 mm
n
tL
Distância ao topo da laje: yc := yc = 60 mm
2
6 3
Ayc := Ac ⋅ yc Ayc = 2.122 × 10 mm
2 8 4
Ayc' := Ac ⋅ yc Ayc' = 1.273 × 10 mm
⎛ b1 ⋅ t 3 ⎞
⎜ ⎟
⎝ n L ⎠ 7 4
Iclocal := Iclocal = 4.244 × 10 mm
12
Aço
3 2
Área transformada: As = 7.494 × 10 mm
d
Distância ao topo da laje: ys := d + tL − ys = 323.5 mm
2
6 3
Ays := As ⋅ ys Ays = 2.424 × 10 mm
2 8 4
Ays' := As ⋅ ys Ays' = 7.842 × 10 mm
8 4
Ix = 2.127 × 10 mm
287
Deflexões
a) Antes da pega do concreto
8 4
Ix = 2.127 × 10 mm
4
5 ⋅ Pc1 ⋅ Lp
Δc := Δc = 15.386 mm
384 ⋅ E ⋅ Ix
Lp
Limite_flecha := Limite_flecha = 29.333 mm
300
Considera a sobrecarga.
Sobrecarga:
g := 3.0 kN/m2
Carga Permanente:
Supor que 50% da carga variável é de curta duração: qcv := 0.5 ⋅ ql qcv = 8.51 kN/m
Ie := ⎡⎣ Ix + 0.85 ⋅ p ⋅ ( It − Ix) ⎤⎦
0.25 8 4
Ie = 5.562 × 10 mm
4
5 ⋅ Pc1 ⋅ Lp
Δcv := Δcv = 5.884 mm
384 ⋅ E ⋅ Ie
4
5 ⋅ Pc1 ⋅ Lp
ΔLv := 1.15 ⋅ ΔLv = 6.766 mm
384 ⋅ E ⋅ Ie
FLECHA TOTAL:
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
n = E / Ec n= 7,8
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
2
Ac' = (bc/n).hc Ac' = 35363,4 mm
hc = tc
Verificação do centróide: LN no concreto - descontar parte tracionada
Processo Interativo:
2
Ac' = (bc/n).hc1 Ac' = 31251,5 mm
Inércia do concreto:
Wm = Im / ym Wm = 1607303,791 mm3
291
Anexo C
Verificação dos momentos e tensões
Dados:
Fator de resistência do Concreto:................................ φc := 1
Fator de resistência do Aço:........................................ φ := 1
Fator de resistência do conector de cisalhamento:...... φsc := 0.80
Limite de escoamento do Aço:.................................... Fy := 345
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
MPa
Limite de resistência do Aço:...................................... Fu := 450 MPa
Módulo de elasticidade do Aço:................................... E := 205000 MPa
Módulo de elasticidade transversal do Aço:................ G := 77000 MPa
10kg N
kPa := MPa :=
2 2
m mm
Cargas:
a) Sobrecarga:
b) Carga Permanente:
Materiais:
Concreto:
fck := 22 MPa γ c := 2500 kg/m 3 γ c := 25 kN/m 3
292
Cargas Adotadas:
Sobrecarga:
−3 2
Área tributária: A := sp ⋅ Lp ⋅ 10 A = 20.24 m
p
pl := pl = 0.884 kN/m
−3
Lp ⋅ 10
(
Pc1 := w + pp + pl ) Pc1 = 8.591 kN/m Pc := Pc1 ⋅ Lp ⋅ 10
−3
Pc = 75.602 kN
Revestimento
Divisórias
Pp := wp⋅ A Pp = 36.432 kN
dist := 2640 mm
C1 := 100 kN
C2 := 155 kN
C3 := 200 kN
C4 := 220 kN
293
2
⎛ Lp ⎞
Pc1 ⋅ ⎜ ⎟
Mpp :=
⎝ 1000 ⎠
Mpp = 83.162 kNm
8
dist
Mf3 := C3 ⋅ Mf3 = 528 kNm
1000
dist
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
Momento total:
Perfil
d := 407 mm tw := 7.7 mm
h = 381.4 mm
3 2
As = 7.494 × 10 mm Peso próprio do perfil: qp = 0.588 kN/m
8 4 6 3
CG = 203.5 mm Ix = 2.127 × 10 mm Ws = 1.045 × 10 mm
6 3 7 4 5 3
Wi = 1.045 × 10 mm Iy = 1.205 × 10 mm Wy = 1.353 × 10 mm
11 6 5 4 6 3
Cw = 4.381 × 10 mm J = 3.089 × 10 mm Zx = 1.178 × 10 mm
294
d ⎛ a1 ⎞
e1 := + ⎜ tc − ⎟ e1 = 303.5 mm
2 ⎝ 2 ⎠
Mt2 3
F2 := F2 = 1.622 × 10 kN
e1
1000
Mt3 3
F3 := F3 = 2.014 × 10 kN
e1
1000
Mt4 3
F4 := F4 = 2.188 × 10 kN
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
e1
1000
F2
af2 := af2 = 37.719
(0.85 ⋅φc ⋅b1 ⋅fck)
d ⎛ af2 ⎞
Valor de "e" corrigido: ec2 := + ⎜ tc − ⎟
2 ⎝ 2 ⎠ ec2 = 304.641
F3
af3 := af3 = 46.82
(0.85 ⋅φc ⋅b1 ⋅fck)
d ⎛ af3 ⎞
Valor de "e" corrigido: ec3 := + ⎜ tc − ⎟
2 ⎝ 2 ⎠ ec3 = 300.09
F4
af4 := af4 = 50.865
(0.85 ⋅φc ⋅b1 ⋅fck)
d ⎛ af4 ⎞
Valor de "e" corrigido: ec4 := + ⎜ tc − ⎟
2 ⎝ 2 ⎠ ec4 = 298.068
295
⎛⎜ Mt1 ⎟⎞
⎜ ec1 ⋅10− 3 ⎟
Ff1 :=
⎝ ⎠ Ff1 = 373.049 kN
3
⎛⎜ Mt2 ⎟⎞
⎜ ec2 ⋅10− 3 ⎟
Ff2 :=
⎝ ⎠ Ff2 = 538.735 kN
3
⎛⎜ Mt3 ⎟⎞
⎜ ec3 ⋅10− 3 ⎟
Ff3 :=
⎝ ⎠ Ff3 = 678.865 kN
3
⎛⎜ Mt4 ⎟⎞
⎜ ec4 ⋅10− 3 ⎟
Ff4 :=
⎝ ⎠ Ff4 = 742.518
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
kN
3
4
Ec := 5600 fck Ec = 2.627 × 10 MPa
E
n := n = 7.805 b1 = 2.3 m
Ec
d = 407 mm
( )
f ae := 0
tc = 120 mm
2
1 b1 ⋅ 1000 ⋅ ae
− As ⋅ ⎛⎜ + tc − ae ⎟
S := ⋅
d ⎞ =0
n 2 ⎝2 ⎠
2
1 b1 ⋅ 1000 ⋅ ae ⎛ −156.19004650058274797 ⎞
− As ⋅ ⎛⎜ + tc − ae ⎟ solve , ae → ⎜
d ⎞
⋅ ⎟
n 2 ⎝2 ⎠ ⎝ 105.33360116922321011 ⎠
aea := 105.3 mm
⎛⎜ b1 ⋅1000 ⋅a 3 ⎞⎟ 2
1 ea ⎛ d + tc − a ⎞
It := ⋅ ⎜ ⎟ + Ix + As ⋅ ⎜ ea ⎟ It = 6.842 × 10
8 4
n ⎝ 3 ⎠ ⎝2 ⎠ mm
−6
Interação total: Fy ⋅ It ⋅ 10
Mre := Mre = 559.722
(d + tc − aea)
kNm
Fy 3
Cr' := φ ⋅ As ⋅ Cr' = 2.585 × 10 kN
1000
3
Sqr := n1 ⋅ qr Sqr = 1.392 × 10 kN
8
Ix Ix = 2.127 × 10
6
Wa := Wa = 1.045 × 10 mm3
d
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
2
It
6
Wtri := Wtri = 1.622 × 10 mm3
d + tc − aea
Sqr
Wef := Wa +
Cr'
(
Wtri − Wa ) Wef = 1.469 × 10
6
mm3
−6
My := Wef ⋅ Fy ⋅ 10
My = 506.705 kNm
Concreto:
Aço:
6
1 Mt1 ⋅ 10 ⋅ aea ( )
Mt1 6
σ s1 := ⋅ 10 ⋅ d + tc − aea
σ c1 := ⋅ It
n It
6
1 Mt2 ⋅ 10 ⋅ aea ( )
Mt2 6
σ s2 := ⋅ 10 ⋅ d + tc − aea
σ c2 := ⋅ It
n It
6
1 Mt3 ⋅ 10 ⋅ aea ( )
Mt3 6
σ s3 := ⋅ 10 ⋅ d + tc − aea
σ c3 := ⋅ It
n It
6
1 Mt4 ⋅ 10 ⋅ aea ( )
Mt4 6
σ s4 := ⋅ 10 ⋅ d + tc − aea
σ c4 := ⋅ It
n It
Aço: Mt1 6
σ s1 := ⋅ 10 σ s1 = 236.372 MPa
Wef
Mt2 6
σ s2 := ⋅ 10 σ s2 = 335.234 MPa
Wef
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
Mt3 6
σ s3 := ⋅ 10 σ s3 = 416.122 MPa
Wef
Mt4 6
σ s4 := ⋅ 10 σ s4 = 452.072 MPa
Wef
298
Anexo D
Comparação push-out e ensaio escala real
320,60 89,92 0,22 828 891 860 176,20 200,72 242,17 442,90 241,05 0,13 1,84
333,14 94,67 0,23 867 931 899 184,30 209,95 253,30 463,25 246,18 0,14 1,88
345,81 99,47 0,25 941 1011 976 200,08 227,93 275,00 502,93 251,34 0,15 2,00
344,78 99,08 0,25 941 1010 976 199,98 227,81 274,86 502,67 256,50 0,16 1,96
339,93 97,25 0,25 932 1000 966 198,03 225,60 272,18 497,78 260,43 0,17 1,91
339,88 97,23 0,25 932 1000 966 198,03 225,60 272,18 497,78 260,45 0,17 1,91
345,64 99,41 0,26 903 980 942 193,01 219,87 265,28 485,15 261,51 0,17 1,86
347,32 100,05 0,26 909 986 948 194,24 221,28 266,97 488,25 262,50 0,17 1,86
348,80 100,61 0,26 913 990 952 195,06 222,21 268,10 490,31 265,51 0,18 1,85
362,38 105,75 0,28 966 1048 1007 206,44 235,17 283,73 518,91 267,20 0,18 1,94
371,20 109,09 0,28 1037 1103 1070 219,35 249,88 301,49 551,37 272,04 0,19 2,03
374,59 110,37 0,29 1055 1121 1088 223,04 254,09 306,56 560,64 276,33 0,20 2,03
384,67 114,19 0,31 1103 1166 1135 232,57 264,95 319,66 584,61 280,50 0,21 2,08
388,00 115,45 0,31 1121 1183 1152 236,16 269,03 324,59 593,62 287,03 0,22 2,07
399,17 119,68 0,33 1176 1238 1207 247,44 281,88 340,09 621,96 291,71 0,23 2,13
404,50 121,70 0,34 1209 1277 1243 254,82 290,29 350,23 640,52 296,87 0,25 2,16
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PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510763/CA
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