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GUIAS DE BOAS PRÁTICAS

Gestão Ambiental
FICHA TÉCNICA
Título Guia de Boas Práticas de Gestão Ambiental
Editor AIMMP – Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal
Autores Ana Vilaça
Concepção gráfica Sílvia Pinto
Edição Monstros & Cia – Soluções de Comunicação
Impressão e acabamento Tipografia….
Quantidade 1000
Depósito Legal
ISBN 978-989-8478-03-0
Ano 2010
Direitos autorais AIMMP – Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal
GUIA DE BOAS PRÁTICAS

Gestão Ambiental
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

Actualmente, o bom comportamento


ambiental das organizações,
nomeadamente as industriais,
ultrapassa a mera óptica ambiental e
tornou-se parte da responsabilidade
social das organizações com o seu
meio envolvente.

2
GESTÃO
AMBIENTAL

A responsabilidade ambiental assume particular importância uma vez que as


consequências ambientais condicionam não só a actual geração, mas também
as vindouras. Ou seja, as consequências do nosso comportamento actual
perpectuar-se-ão no futuro.

Por outro lado, a regulamentação nacional e europeia a que estas organizações


estão sujeitas é cada vez mais numerosa e exigente e o seu desconhecimento
não justifica o incumprimento.

Neste âmbito foi desenvolvido este Guia de Boas Práticas de Gestão Ambiental,
cujo objectivo é apoiar os industriais do sector da indústria da madeira e do
mobiliário na identificação das acções que são necessárias desenvolver nas

PREÂMBULO

3
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

suas organizações, de forma a atingir um patamar superior de desempenho


ambiental e de controlo da poluição.

O guia encontra-se organizado em 5 capítulos distintos. Para a prossecução


dos objectivos deste guia, todos os seus capítulos devem ser analisados uma
vez que se complementam:

Capitulo 1 - Legislação e Normas aplicáveis


Este capítulo tem como objectivo listar os principais diplomas de direito nacional
e comunitário aplicáveis às indústrias do sector e inclui um pequeno resumo da
sua aplicabilidade, de forma a indicar as principais acções que são necessárias
implementar.

É também efectuada uma apresentação dos referenciais existentes ao nível de


sistemas de gestão ambiental, que podem, voluntariamente, ser implementados
com o objectivo de apoiarem o controlo ambiental e consequente melhoria no
comportamento das organizações nesta temática.

Capítulo 2 - Caracterização Ambiental do Sector


O objectivo deste capítulo é o de identificar e descrever os aspectos ambientais
associados a cada etapa do processo produtivo. A análise deste capítulo
levará a que cada organização identifique com mais facilidade a sua situação,
nomeadamente em relação às acções necessárias desencadear, conforme
apresentado nos seguintes capítulos.

4
GESTÃO
AMBIENTAL

Capítulo 3 – Auto-Diagnóstico
Este capítulo é fundamental para a definição do ponto de situação da instalação
industrial em relação ao cumprimento dos requisitos legais aplicáveis e
consequente identificação das acções fundamentais a desenvolver no sentido
da conformidade legal.

Capítulo 4 – Boas Práticas


O objectivo deste capítulo é o de apresentar as boas práticas de gestão
ambiental que as organizações podem seguir para terem um bom desempenho
ambiental e para cumprirem as obrigações legais.

Capítulo 5 – Equipamento
Este capítulo tem como objectivo propor soluções e contactos no âmbito
das acções identificadas como necessárias implementar relacionadas com o
cumprimento legal e com as boas práticas sugeridas nos capítulos anteriores

É de realçar ainda o facto de existir no final do guia um capítulo com as siglas e


definições utilizadas ao longo do texto, pelo que a sua consulta será de extrema
importância no esclarecimento de algum conceito ou sigla utilizado.

5
ÍNDICE
GESTÃO
AMBIENTAL

PREÂMBULO 3
ÍNDICE 7
AGRADECIMENTOS 11
1 LEGISLAÇÃO E NORMAS APLICÁVEIS 13
1.1 Objectivos 14
1.2 Legislação aplicável 14
1.2.1 Utilização de água e descarga de efluentes líquidos 15
1.2.1.1 Lei quadro da Água 15
1.2.1.2 Utilização dos Recursos Hídricos 15
1.2.1.3 Instrução dos Processos de Licenciamento da utilização dos Recursos Hídricos 16
1.2.1.4 Avaliação da conformidade das descargas de Águas Residuais 16
1.2.2 Consumo de Energia 17
1.2.3 Gestão de Resíduos 19
1.2.4 Emissões para atmosfera 25
1.2.5 Substâncias Químicas 29
1.2.6 Ruído Ambiental 31
1.3 Normas aplicáveis 33
1.3.1 ISO14001 34
1.3.2 EMAS (Eco-Management and Audit Scheme) 35
1.4 Conclusão 36
2 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DO SECTOR 39
2.1Objectivos 40
2.2 Caracterização ambiental do sector 40
2.2.1 Introdução 40
2.2.2 Identificação dos aspectos ambientais 41
2.2.2.1 Aspectos ambientais do processo produtivo 43
2.2.2.2 Aspectos ambientais das actividades de suporte 44
2.3 Conclusão 45
3 AUTO-DIAGNÓSTICO 47
3.1 Objectivos 48
3.2 Auto-diagnóstico 48
3.2.1 Utilização de água 48
3.2.2 Descarga de efluentes líquidos 49
3.2.3 Consumo de Energia 50
3.2.4 Gestão de Resíduos 51
3.2.5 Emissões para a atmosfera 52
3.2.5.1 Caldeira 52
3.2.5.2 Actividades de acabamento 53
3.2.5.3 Aspectos construtivos das chaminés 53
3.2.6 Substâncias químicas 54
3.2.7 Ruído Ambiental 55
4 BOAS PRÁTICAS 57
4.1 Objectivos 58
4.2 Boas Práticas 58 7
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

4.2.1 Consumo de água 58


4.2.2 Descarga de efluentes líquidos 58
4.2.2.1 Tratamento interno do efluente líquido 59
4.2.2.2 Tratamento externo do efluente líquido 60
4.2.3 Consumo de Energia 60
4.2.4 Gestão de resíduos 60
4.2.4.1 Recolha selectiva no local de produção 60
4.2.4.2 Disponibilidade de contentores 61
4.2.4.3 Rotulagem dos contentores de resíduos 61
4.2.4.4 Armazenamento temporário de resíduos 61
4.2.4.5 Destino dos resíduos produzidos 61
4.2.4.6 Transporte e destino dos Resíduos 63
4.2.4.7 Sensibilização dos colaboradores 63
4.2.4.8 Resíduos característicos do sector industrial 64
4.2.5 Emissões para a atmosfera 66
4.2.6 Substâncias Químicas 67
4.2.6.1 Armazenamento, manuseamento e utilização 67
4.2.6.2 Fichas de Dados de Segurança 68
4.2.6.3 Rotulagem 68
4.2.6.4 Controlo de derrames 68
4.2.7 Ruído 68
4.3 Conclusão 69
5 EQUIPAMENTOS 73
5.1 Equipamentos e Tecnologias 74
5.1.1 Equipamentos diversos para o processo produtivo 74
5.1.2 Caldeiras a biomassa 75
5.1.3 Chaminés industriais e tratamento de efluentes gasosos 76
5.1.4 Controlo de ruído e vibrações para o exterior 76
5.1.5 Contentores para a recolha selectiva de resíduos 77
5.1.6 Material absorvente para a contenção de derrames 77
5.1.7 Torneiras temporizadas 78
5.2 Serviços 79
5.2.1 Entidades oficiais 79
5.2.2 Serviços para as empresas 80
5.2.2.1 Laboratórios de ensaio acreditados 81
5.2.2.1.1 Laboratórios de Ensaio Acreditados - Efluentes líquidos 81
5.2.2.1.2 Laboratórios de Ensaio Acreditados - Efluentes Gasosos 82
5.2.2.1.3 Laboratórios de Ensaio Acreditados - Medições do Ruído Ambiental 83
5.2.2.2 Operadores de Gestão de Resíduos 83
5.2.2.3 Aterros para resíduos não perigosos de origem industrial 85
5.2.24 Aterros para resíduos perigosos 86
5.2.2.5 Sistema integrado de gestão de resíduos de embalagens 86
SIGLAS E DEFINIÇÕES 89
8 BIBLIOGRAFIA 93
GESTÃO
AMBIENTAL

9
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

AGRADECIMENTOS

10
GESTÃO
AMBIENTAL

À Antarte, Lda pelo apoio prestado, nomeadamente na disponibilização das


imagens constantes no guia.

11
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

12
01
GESTÃO
AMBIENTAL

LEGISLAÇÃO
E NORMAS
APLICÁVEIS
13
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

1.1
Objectivos
Neste capítulo são apresentados os principais diplomas de direito nacional
e comunitário aplicáveis às indústrias no âmbito da sua gestão ambiental.
Para facilitar a sua análise, são apresentados de uma forma estruturada
em diferentes temas, conforme o seguinte:
|| Utilização de água e descarga de efluentes líquidos;

|| Consumo de energia;

|| Gestão de resíduos;

|| Emissões para a atmosfera;

|| Substâncias químicas;

|| Ruído ambiental.

Em cada diploma são apresentadas, de uma forma resumida, as principais


obrigações legais associadas. No entanto, para o cumprimento legal de cada
diploma será necessária a sua análise integral.

Todos os diplomas a seguir listados podem ser consultados através da página


da internet do Diário da República Electrónico (1) para o direito nacional e no
caso do direito comunitário, através da página EUR-Lex (2).

Este capítulo também tem como objectivo a apresentação das normas de


gestão ambiental, que constituem referenciais para a implementação e ges-
tão de sistemas ambientais que, ao contrário da legislação, são de aplicação
voluntária nas organizações.

1.2
Legislação aplicável
Os diplomas a seguir apresentados referem-se à legislação nacional em vigor,
e quando aplicável, à legislação comunitária nomeadamente os regulamentos
que são de aplicação directa aos estados membros.

Ao nível da legislação comunitária e no que respeita às directivas publicadas,


os Estados Membros têm como obrigação a sua transposição para direito
nacional. Deste modo, o seu conhecimento é sempre vantajoso já que antecipa
14
as novas obrigações a serem aplicadas a nível de cada Estado Membro.
GESTÃO
AMBIENTAL

Actualmente e até Dezembro deste ano, encontra-se em transposição a Di-


rectiva Quadro dos Resíduos - Directiva n.º 2008/98/CE, de 19 de Novembro
que estabelece as alterações às actuais regulamentações relativas à gestão
de resíduos.

1.2.1 Utilização de água e descarga de efluentes líquidos


1.2.1.1 Lei quadro da Água
DIPLOMA
Lei n.º 58/2005 de 29 de Dezembro
SUMÁRIO
Lei que aprova a Lei da Água, transpondo para a ordem jurídica nacional a Di-
rectiva n.º 2000/60/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outu-
bro, estabelecendo as bases e o quadro institucional para a gestão sustentável
das águas.
Obrigações legais
Obriga ao pedido de licença de utilização do domínio público hídrico, nomeada-
mente na captação de água (com meios de extracção superior a 5 cv) e de descarga
de águas residuais (Artigo 60º).

Quando os meios de extracção não excederem os 5 cv, a captação de águas parti-


culares exige a simples comunicação do utilizador à entidade competente (ARH
territorialmente competente (ver 5.2.1).) (Artigo 62º).

1.2.1.2 Utilização dos recursos hídricos


DIPLOMA
Decreto-Lei n.º 226-A/2007 de 31 de Maio
SUMÁRIO
Estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos
Obrigações legais
A captação de água, através de poço ou furo, para consumo humano e uso in-
dustrial estão sujeitas a licenciamento (Artigo 40º).

A descarga de águas residuais na água ou no solo é sujeita a uma licença, ao cum-


primento de valores limites de descarga e à constituição de uma apólice de segu-
ro ou à prestação de uma caução. A descarga de águas residuais industriais em
sistemas públicos de águas residuais urbanas (colector de saneamento público)
só pode ocorrer mediante autorização da entidade gestora (Artigo 48º ao 54º).

Apresenta um prazo para a regularização das utilizações dos recursos hídricos


não tituladas (até 1 de Junho de 2009) (Artigo 89º). 15
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

1.2.1.3 Instrução dos processos de licenciamento da utilização


dos recursos hídricos
DIPLOMA
Portaria n.º 1450/2007 de 12 de Novembro
SUMÁRIO
Fixa as regras do regime de utilização dos recursos hídricos
Obrigações legais
Refere quais os elementos necessários para a elaboração dos pedidos de emis-
são de título de utilização de recursos hídricos (Licenças de captação e des-
carga de águas residuais).

1.2.1.4 Avaliação da conformidade das descargas de águas


residuais
DIPLOMA
Decreto-Lei n.º 236/1998 de 1 de Agosto
SUMÁRIO
Estabelece normas, critérios e objectivos de qualidade com a finalidade de
proteger o meio aquático e melhorar a qualidade das águas em função dos seus
principais usos.
Obrigações legais
São estabelecidas as normas de descarga de águas residuais, sendo os VLE
(Valores limite de emissão) de aplicação geral definidos no diploma (Anexo 18)
e em particular na licença de utilização do domínio hídrico, obrigatória e con-
cedida pela ARH territorialmente competente. (Artigo 63º à 65º).

Com o objectivo de fazer cumprir a norma de descarga é proibida a diluição


do efluente.

A verificação da conformidade da descarga de águas residuais é da responsabi-


lidade da entidade licenciada. Este auto-controlo tem como objectivo evidenciar
o cumprimento dos VLE estabelecidos na licença de utilização do domínio hídri-
co. A frequência de amostragem, ensaios e o envio dos resultados à entidade
licenciadora está estabelecido na Licença (Artigo 69º).

Os ensaios devem ser efectuados preferencialmente em laboratórios acredi-


tados para os parâmetros sujeitos a monitorização (Artigo 76º).

16
GESTÃO
AMBIENTAL

1.2.1.5 Taxa de utilização domínio hídrico público


DIPLOMA
Decreto-Lei n.º 97/2008 de 11 de Junho
SUMÁRIO
Estabelece o regime económico e financeiro dos recursos hídricos
Obrigações legais
Taxa a pagar pela utilização do domínio hídrico público, nomeadamente a capta-
ção de água (com meios de extracção superior a 5 cv) e descarga de águas resi-
duais.

1.2.2 Consumo de Energia


1.2.2.1 Diploma quadro – Sistema de consumos intensivos de
energia
DIPLOMA
Decreto-Lei nº 71/2008 de 15 de Abril
SUMÁRIO
Estabelece o sistema de gestão do consumo de energia por empresas e ins-
talações consumidoras intensivas e revoga os Decretos-Leis nºs 58/82, de
26 de Novembro, e 428/83, de 9 de Dezembro
Obrigações legais
Aplica-se às instalações consumidoras intensivas de energia (CIE) que no ano
civil imediatamente anterior tenham tido um consumo energético superior
a 500 toneladas equivalentes de petróleo (500 tep/ano (1KWH de energia
eléctrica=215x10E-6 tep)).

Obrigações de um operador que explore instalações CIE:


a) Promover o registo das instalações no prazo de quatro meses (Abril) con-
tados do final do primeiro ano em que a instalação atinja o estatuto de CIE,
através da ADENE que disponibiliza online o formulário da declaração. O
operador deve promover a extinção do registo se a instalação deixar de
preencher os requisitos determinantes;
b) Efectuar auditorias energéticas;
c) Elaborar Planos de Racionalização do Consumo de Energia (PREn), com
base nas auditorias realizadas apresentando -os à ADENE;
d) Executar e cumprir os PREn aprovados, sob a responsabilidade técnica de
um técnico credenciado.

17
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

Obrigações legais (cont.)


Auditorias energéticas
É obrigatória a realização das seguintes auditorias energéticas:
a) Nas instalações com consumo de energia igual ou superior a 1000 tep/ano,
com uma periodicidade de seis anos, sendo que a primeira destas auditorias
deve ser realizada no prazo de quatro meses após o registo;
b) Nas instalações com consumo de energia igual ou superior a 500 tep/ano
mas inferior a 1000 tep/ano, com uma periodicidade de oito anos, sendo que
a primeira destas auditorias deve ser realizada no ano seguinte ao do registo.

Plano de Racionalização do Consumo de Energia (PREn)


a) É elaborado com base nos relatórios das auditorias energéticas devendo
prever a implementação, nos primeiros três anos, de todas as medidas
identificadas;
b) O PREn é apresentado à ADENE nos quatro meses seguintes ao vencimento
do prazo para a realização da auditoria energética.

1.2.2.2 Credenciação dos Técnicos e Entidades


DIPLOMA
Portaria nº 519/2008 de 25 de Junho
SUMÁRIO
Aprova os requisitos de credenciação dos técnicos e entidades responsáveis, pre-
vistos no Decreto-Lei n.º 71/2008, de 15 de Abril, que criou o sistema dos consumos
intensivos de energia (SGCIE).
Obrigações legais
Estabelece os requisitos mínimos de habilitação e experiência profissional
a observar na credenciação de técnicos e entidades para a realização de au-
ditorias energéticas, planos de racionalização e de relatórios de execução e
progresso e que devem ser reconhecidos pela ADENE.

1.2.2.3 Factores de Conversão


DIPLOMA
Despacho nº 17313/2008 de 26 de Junho
SUMÁRIO
Sistemas de gestão dos consumos intensivos de energia. Apresenta em ta-
bela os factores de conversão.
Obrigações legais
Estabelece vários factores de conversão necessários ao cumprimento do De-
creto-Lei nº 71/2008 de 15 de Abril. (1KWH de energia eléctrica=215x10E-6 tep
18 (toneladas equivalentes de petróleo))
GESTÃO
AMBIENTAL

1.2.2.4 Elementos a considerar no cumprimento do Decreto-Lei


nº 71/2008 de 15 de Abril
DIPLOMA
Despacho nº 17449/2008 de 27 de Junho
SUMÁRIO
Elementos a considerar na realização de auditorias energéticas, na elabora-
ção dos planos de racionalização do consumo de energia (PREn) e nos relató-
rios de execução e progresso.
Obrigações legais
Estabelece um conjunto de orientações na realização de auditorias energéti-
cas, na elaboração dos planos de racionalização do consumo de energia (PREn)
e nos relatórios de execução e progresso.

1.2.2.5 Consumo de energia nos transportes


DIPLOMA
Portaria n.º 228/1990 de 27 de Março
SUMÁRIO
Aprova o Regulamento da Gestão do Consumo de Energia para o Sector dos
Transportes.
Obrigações legais
É aplicável à frota que no ano anterior tenha tido um consumo energético supe-
rior a 500t de equivalente petróleo (500tep/ano).

É aplicável uma auditoria energética de 3 em 3 anos.

1.2.3 Gestão de Resíduos


1.2.3.1 Lei quadro - Regime geral da gestão de resíduos
DIPLOMA
Decreto-Lei nº 178/2006 de 05 de Setembro
SUMÁRIO
Aprova o regime geral da gestão de resíduos, transpondo para a ordem jurídi-
ca interna a Directiva n.º 2006/12/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 5 de Abril, e a Directiva n.º 91/689/CEE, do Conselho, de 12 de Dezembro
Obrigações legais
1) Recolha selectiva de resíduos
Deve ser implementado um sistema de recolha selectiva de resíduos:
|| Resíduos Urbanos até 1100 l/dia - responsabilidade da Câmara Municipal;

|| Resíduos Industriais – entrega obrigatória a operadores de resíduos

licenciados pelo Ministério do Ambiente.


19
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

Obrigações legais (cont.)


Necessário criar uma lista de resíduos e respectivos códigos LER (Portaria
nº 209/04 de 03 de Março, ver 1.2.3.2), operadores autorizados e respecti-
vas licenças com os prazos (nota: as licenças dever referir os códigos LER)

1) Armazenamento
Os resíduos produzidos devem ser armazenados em condições controla-
das para evitar a contaminação do solo e por um período não superior a 1
ano (Se ultrapassar este período será necessário efectuar o licenciamento
simplificado da operação (artigo 32º)).

2) Transporte de Resíduos
Conforme Portaria 335/97 de 16 de Maio (ver 1.2.3.4).

3) Declaração da produção de resíduos


Registo no SIRAPA conforme a Portaria nº 1408/2006 de 18 de Dezembro
(ver 1.2.3.3).

1.2.3.2 Codificação dos resíduos


DIPLOMA
Portaria n.º 209/2004 de 03 de Março
SUMÁRIO
Aprova a Lista Europeia de Resíduos
Obrigações legais
Codificar os resíduos de acordo com a LER, internamente e em todas as in-
formações e declarações oficiais.

Nota: Alguns materiais da Indústria de Serração, nomeadamente materiais


costaneiros ou falheiros, serrim, serradura, aparas, fitas de madeira, casca ou
carrasca são classificados como subprodutos, de acordo com as condições
dos ofícios Ref: SRR.206 de 3 de Agosto do ex-Instituto dos Resíduos e Ref:
040/08/DFEMR-DLFR de 13/02/2008 da APA.

20
GESTÃO
AMBIENTAL

1.2.3.3 Comunicação dos resíduos produzidos - SIRAPA


DIPLOMA
Portaria nº 1408/2006 de 18 de Dezembro
(alterada pela Portaria n.º 320/2007 de 23 de Março e pela Portaria n.º 249-B/2008 de 31 de Março)
SUMÁRIO
Aprova o Regulamento de Funcionamento do Sistema Integrado de Registo
Electrónico de Resíduos
Obrigações legais
Inscrição no SIRAPA, através da página da internet: http://sirapa.apambiente.pt,
para produtores de resíduos não urbanos que no acto da sua produção empre-
guem pelo menos 10 trabalhadores e/ou produzam resíduos perigosos.

Através da mesma página, preenchimento do mapa de registo do estabeleci-


mento e preenchimento anual, até 31 de Março, do Mapa Integrado de Regis-
to de Resíduos (MIRR).

Pagamento da taxa de registo no acto de inscrição e, em cada um dos anos


subsequentes, no mês da inscrição.

1.2.3.4 Transporte de resíduos


DIPLOMA
Portaria n.º 335/1997 de 16 de Maio
SUMÁRIO
Fixa as regras para o transporte de resíduos em território nacional
Obrigações legais
O transporte de resíduos deve ser acompanhado pelas Guias de Acompanha-
mento de Resíduos (GER) (Mod.1428 da INCM) e o destinatário tem como obri-
gação a devolução da cópia do triplicado, devidamente preenchida, no prazo de
30 dias.

1.2.3.5 Gestão das Embalagens colocadas no mercado


DIPLOMA
Decreto-Lei n.º 366-A/1997 de 20 de Dezembro
(Alterado pelo Decreto-Lei n.º 162/2000 de 27 de Julho e Decreto-Lei n.º 92/2006 de 25 de Maio)
SUMÁRIO
Estabelece os princípios e as normas aplicáveis ao sistema de gestão de em-
balagens e resíduos de embalagens.

21
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

Obrigações legais (cont.)


Todas as embalagens colocadas no mercado têm de estar sujeitas obrigato-
riamente a um dos sistemas de gestão, nomeadamente de consignação ou
integrado.

Se a organização optar pelo sistema integrado tem que aderir à Sociedade


Ponto Verde.

Se optar pelo sistema de consignação o consumidor da embalagem paga um


determinado valor de depósito no acto da compra, valor esse que lhe é devol-
vido quando da entrega da embalagem usada.

DIPLOMA
Portaria n.º 29-B/1998 de 15 de Janeiro
SUMÁRIO
Estabelece as regras de funcionamento dos sistemas de consignação aplicá-
veis às embalagens reutilizáveis e às não reutilizáveis.
Obrigações legais
Regras de funcionamento dos sistemas de consignação (terá de ser aprova-
do pela APA) e do sistema integrado (Adesão à Sociedade Ponto Verde)

1.2.3.6 Óleos Usados


DIPLOMA
Decreto-Lei nº 153/2003 de 11 de Julho
SUMÁRIO
Estabelece o regime jurídico da gestão de óleos novos e usados, assumindo
como objectivo prioritário a prevenção da produção, em quantidade e noci-
vidade, desses resíduos, seguida da regeneração e de outras formas de reci-
clagem e valorização.
Obrigações legais
Correcta armazenagem de forma a evitar a contaminação do solo e das águas.

Entrega a operadores autorizados para a gestão de óleos usados.

Registo das quantidades produzidas no SIRAPA.

22
GESTÃO
AMBIENTAL

1.2.3.7 Resíduos Eléctricos e Electrónicos


DIPLOMA
Decreto-Lei n.º 230/2004 de 10 de Dezembro
(alterado pelo Decreto-Lei n.º 174/2005 de 25 de Outubro)
SUMÁRIO
Decreto-Lei que estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de
resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE), transpondo para
a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2002/95/CE, do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 27 de Janeiro de 2003, e a Directiva n.º 2002/96/CE, do Par-
lamento Europeu e do Conselho, de 27 de Janeiro de 2003.
Obrigações legais
Recolha selectiva, armazenamento controlado e entrega dos resíduos de equi-
pamentos eléctricos e electrónicos (REEE) a operadores de resíduos autori-
zados. Exemplos REEE: ventoinhas eléctricas; aparelhos de ar condicionado,
computadores (CPU, rato, ecrã e teclado incluídos), impressoras, telefones.

1.2.3.8 Pilhas e acumuladores (baterias)


DIPLOMA
Decreto-Lei nº 6/2009 de 06 de Janeiro
(alterado pelo Decreto-Lei n.º 266/2009 de 29 de Setembro)
SUMÁRIO
Estabelece o regime de colocação no mercado de pilhas e acumuladores e o
regime de recolha, tratamento, reciclagem e eliminação dos resíduos de pi-
lhas e de acumuladores, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva
n.º 2006/66/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de Setembro,
relativa a pilhas e acumuladores e respectivos resíduos e que revoga a Direc-
tiva n.º 91/157/CEE, do Conselho, de 18 de Março, alterada pela Directiva n.º
2008/12/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Março.
Obrigações legais
Recolha selectiva, armazenamento controlado e entrega obrigatória dos re-
síduos de pilhas e acumuladores portáteis em pontos de recolha selectiva
destinados para o efeito.

23
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

1.2.3.9 PCB
DIPLOMA
Decreto-Lei n.º 277/1999 de 23 de Julho
(Alterado pelo Decreto-Lei n.º 72/2007 de 27 de Março)
SUMÁRIO
Regras para a eliminação dos PCB, a descontaminação ou a eliminação de equi-
pamentos que contenham PCB e a eliminação de PCB usados.
Obrigações legais
Definição de PCB: policlorobifenilos, policlorotrifenilos, monometilotetraclo-
rodifenilmetano, monometilodiclorodifenilmetano; monometilodibromodife-
nilmetano, qualquer mistura com um teor acumulado das substâncias acima
referidas superior a 0,005% em peso.
1) Inventariação de equipamentos que possam conter PCB’s (ex. transforma-
dores, condensadores);
2) Confirmação da existência de PCB’s pelas Fichas técnicas, declarações de
fabricante ou análises químicas;
3) Garantir a descontaminação, armazenagem, eliminação e transporte dos
PCB usados, e os equipamentos que os contenham, conforme estipulado
no diploma;
4) Os detentores de equipamentos que contenham mais de 5 dm 3 de PCB
devem comunicar à APA (anexo I) e anualmente, até 31 de Janeiro do ano
subsequente àquele a que se reporta a informação, o inventário de PCB
(anexo I, Decreto-Lei n.º 72/2007 de 27 de Março);
5) Identificação dos equipamentos como:
“PCB contaminados ‹ 0,05%,” caso tenha sido determinado, pelos respec-
tivos detentores, que os fluidos contêm entre 0,05% e 0,005% em peso
de PCB;
6) O armazenamento temporário antes da eliminação não pode ser por um
período de tempo superior a 18 meses;
7) O transporte de PCB, de equipamentos que contenham PCB e dos PCB
usados deve ser conforme o RPE (Regulamento nacional de transporte de
mercadorias perigosas por estrada).

24
GESTÃO
AMBIENTAL

1.2.4 Emissões para atmosfera


1.2.4.1 Lei quadro - Regime da prevenção e controlo das emissões
de poluentes para a atmosfera
DIPLOMA
Decreto-Lei n.º 78/2004 de 03 de Abril
(alterado pelo Decreto-Lei n.º 126/2006 de 3 de Julho)
SUMÁRIO
Estabelece o regime da prevenção e controlo das emissões de poluentes para
a atmosfera, fixando os princípios, objectivos e instrumentos apropriados à
garantia da protecção do recurso natural ar, bem como as medidas, procedi-
mentos e obrigações dos operadores das instalações abrangidas, com vista a
evitar ou reduzir a níveis aceitáveis a poluição atmosférica originada nessas
mesmas instalações.
Obrigações legais
1) Monitorização das emissões
O autocontrolo das emissões sujeitas a VLE (valores limite de emissão) é
obrigatório e da responsabilidade do operador. (Artigo 18º).

É obrigatória a monitorização pontual das emissões gasosas, a realizar duas


vezes em cada ano civil, com um intervalo mínimo de dois meses entre me-
dições, as emissões de poluentes que possam estar presentes no efluente
gasoso, para os quais esteja fixado um VLE (estabelecidas na Portaria n.º
286/1993 de 12 de Março, Portaria n.º 675/2009 de 23 de Junho e Portaria n.º
677/2009 de 23 de Junho) e cujo caudal mássico de emissão se situe entre o
limiar mássico máximo e o limiar mássico mínimo (estabelecido na Portaria
n.º 80/2006 de 23 de Janeiro). Comunicação dos resultados à CCDR (Comis-
são de Coordenação e Desenvolvimento Regional) competente (60 dias após
a realização das medições) e conforme anexo II.

Após um período mínimo de 12 meses de monitorização pontual, se for evi-


dente que o caudal mássico de emissão de um poluente é consistentemente
inferior ao seu limiar mássico mínimo (estabelecido na Portaria n.º 80/2006
de 23 de Janeiro) a monitorização das emissões desse poluente pode ser
efectuada apenas uma vez, de três em três anos, desde que a instalação man-
tenha inalteradas as suas condições de funcionamento.

No caso de fontes pontuais, associadas a instalações onde sejam desenvol-


vidas actividades sazonais, a monitorização pode ser efectuada apenas uma
vez por ano, durante o período em que se encontrem a laborar (Artigo 19º).

25
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

Obrigações legais (cont.)


Encontram-se dispensadas da monitorização as instalações cujo período de
funcionamento seja inferior a 500h/ano ou 25 dias/ano (Artigo 21º).

A exigência de cumprimento de um VLE fixado para um determinado poluen-


te não se aplica a uma fonte de emissão em que se constate que as emissões
desse poluente, com a instalação a funcionar à sua capacidade nominal, regis-
tem um caudal mássico inferior ao limiar mássico mínimo (Artigo 27º).

2) Altura de chaminés
A altura, expressa em metros, é a distância entre o seu topo e o solo, medida
na vertical, e é determinada em função do nível de emissões dos poluentes at-
mosféricos, dos obstáculos próximos, dos parâmetros climatológicos e das
condições de descarga dos efluentes gasosos (calculada segundo a Portaria
n.º 263/2005 de 17 de Março) e não pode ter uma altura inferior a 10 m. Nos
casos em que seja comprovadamente inviável, do ponto de vista técnico e
ou económico, a entidade coordenadora do licenciamento pode, mediante
requerimento do operador e de acordo com o parecer prévio da CCDR com-
petente, aprovar uma altura diferente para a chaminé. (Artigo 30º).

As estufas de secagem de madeira e de folha de madeira existentes na indús-


tria da fileira da madeira não estão sujeitas a VLE, devendo, todavia, a cota
máxima das respectivas chaminés ser sempre superior, em pelo menos 1 m, à
cota máxima do obstáculo próximo mais desfavorável (Artigo 31º).

Devem ser respeitadas as normas relativas à construção das chaminés no-


meadamente a proibição de “chapéus” ou outros dispositivos que condicio-
nem a boa dispersão dos poluentes. Deve ter tomas de amostragem. (Artigo 32º).

É proibida a queima a céu aberto. (Artigo 13º).

1.2.4.2 Cálculo da altura das chaminés


DIPLOMA
Portaria n.º 263/2005 de 17 de Março
(Rectificada pela Declaração de Rectificação n.º 38/2005 de 16 de Maio)
SUMÁRIO
Fixa novas regras para o cálculo da altura de chaminés e define as situações em
que devem para esse efeito ser realizados estudos de poluentes atmosféricos.
Obrigações legais
Metodologia de cálculo da altura das chaminés.
26
GESTÃO
AMBIENTAL

1.2.4.3 Limiares mássicos


DIPLOMA
Portaria nº 80/2006 de 23 de Janeiro
(alterada pela Portaria n.º 676/2009 de 23 de Junho, pela Declaração de Rectificação n.º 63/2009 de 21
de Agosto e pela Declaração de Rectificação n.º 66/2009 de 10 de Setembro)

SUMÁRIO
Fixa os limiares mássicos máximos e mínimos de poluentes atmosféricos
Obrigações legais
As condições de monitorização das emissões de poluentes para a atmosfera es-
tão dependentes destes limiares (artigos 19º e 20º do Decreto-Lei nº78/2004).

1.2.4.4 Valores limite de emissão


DIPLOMA
Portaria n.º 675/2009 de 23 de Junho
(alterada pela Declaração de Rectificação n.º 62/2009 de 21 de Agosto).
SUMÁRIO
Fixa os valores limite de emissão de aplicação geral (VLE gerais) aplicáveis às
instalações abrangidas pelo Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril.
Obrigações legais
Instalações novas: aplicam-se os VLE (valores limite de emissão) da portaria.

Instalações existentes:
|| Prazo de três anos para se adaptarem aos novos VLE. Em relação às partí-

culas (PTS) o prazo é de dois anos (mantêm – se até lá, os VLE da Portaria n.º
286/93, de 12 de Março);
|| Imediato para os VLE relativos aos compostos orgânicos voláteis (COV),

benzeno, cloreto de vinilo, acrilonitrilo, bem como a supressão do VLE relativo


a monóxido de carbono (CO), são imediatamente aplicáveis;
|| Mantêm-se as obrigações para as instalações abrangidas pelo anexo VI da

Portaria n.º 286/93, de 12 de Março, aplicando-se os VLE gerais, fixados nos


anexos IV e V da Portaria.

27
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

DIPLOMA
Portaria n.º 677/2009 de 23 de Junho
SUMÁRIO
Fixa os valores limite de emissão (VLE) aplicáveis às instalações de combus-
tão abrangidas pelo Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril
Obrigações legais
Caldeiras
Estão sujeitas aos VLE fixados no anexo I.
Motores de combustão interna
Os motores existentes estão sujeitos aos VLE constantes do n.º 1 do anexo II.
Os motores novos estão sujeitos aos VLE constantes do n.º 2 do anexo II.
Instalações equipadas com turbinas a gás
As instalações existentes estão sujeitas aos VLE constantes do n.º 1 do anexo III,
As instalações novas estão sujeitas aos VLE constantes do n.º 2 do anexo III.
Utilização simultânea de dois ou mais combustíveis
Os VLE determinam-se aplicando a metodologia de cálculo constante do
anexo IV .

DIPLOMA
Portaria nº 286/93 de 12 de Março
SUMÁRIO
Fixa os valores limite e guia para os poluentes atmosféricos
Obrigações legais
Fixa os valores limites e os valores guias no ambiente para o dióxido de en-
xofre, partículas em suspensão, dióxido de azoto e monóxido de carbono, o
valor limite para o chumbo e os valores guias para o ozono.

Os limites estabelecidos nesta Portaria foram revogados, ou encontram-se


em fase de transição, pela publicação das Portaria n.º 675/2009 de 23 de Ju-
nho e Portaria n.º 677/2009 de 23 de Junho.

1.2.4.5 Emissão de Compostos Orgânicos Voláteis (COV)


DIPLOMA
Decreto-Lei n.º 242/2001 de 31 de Agosto
SUMÁRIO
O presente diploma tem por objectivo a redução dos efeitos directos e indi-
rectos das emissões de compostos orgânicos voláteis (COV) para o ambien-
te, resultantes da aplicação de solventes orgânicos.

28
GESTÃO
AMBIENTAL

Obrigações legais
O diploma é aplicável se o consumo de solvente ultrapassar o valor de 25 to-
neladas/ano na actividade de revestimento de superfícies de madeira e 100
toneladas/ano na impregnação de madeira (excepto se for com creosoto)

A aplicação deste diploma obriga a avaliação dos VLE estabelecidos, a elabo-


ração de um plano de gestão de solventes e envio à autoridade competente.

1.2.5 Substâncias Químicas


1.2.5.1 Rotulagem
DIPLOMA
Decreto-Lei n.º 98/2010 de 11 de Agosto
SUMÁRIO
Estabelece o regime a que obedecem a classificação, embalagem e rotula-
gem das substâncias perigosas para a saúde humana ou para o ambiente,
com vista à sua colocação no mercado, transpõe parcialmente a Directiva n.º
2008/112/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro, e
transpõe a Directiva n.º 2006/121/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 18 de Dezembro.
Obrigações legais
As obrigações legais deste diploma estão directamente relacionadas com os
fornecedores dos produtos químicos, nomeadamente de tintas, solventes,
colas, óleos de manutenção, etc. No entanto, a organização tem a obrigação
de exigir ao fornecedor o cumprimento do diploma, dado que necessita das
informações decorrentes da sua aplicação, nomeadamente durante as fases
de armazenamento, manuseamento, utilização e destino final.

O decreto-lei transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2006/121/


CE, de 18 de Dezembro, a fim de a adaptar ao Regulamento (CE) n.º 1907/2006,
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de Dezembro, relativo ao regis-
to, avaliação, autorização e restrição dos produtos químicos (Regulamento
REACH) e refere qual o conteúdo obrigatório do rótulo que deve constar em
todas as embalagens de substâncias e misturas perigosas.

São consideradas perigosas as substâncias e misturas classificadas numa


das seguintes categorias:
Explosivas; Comburentes; Extremamente inflamáveis; Facilmente inflamáveis;
Muito tóxicas; Tóxicas; Nocivas; Corrosivas; Irritantes; Sensibilizantes; Muta-
génicas; Tóxicas para a reprodução; Perigosas para o ambiente.

29
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

Obrigações legais (cont.)


Segundo este diploma (Artigo 5.º) é proibida a colocação no mercado de
qualquer substância perigosa, estreme ou contida numa mistura que não seja
embalada e rotulada de acordo com os artigos 7.º a 10.º e com os critérios do
anexo IV (excepto as misturas que são objecto de regulamentação específica).

Rotulagem (Artigo 8.º)


Os critérios gerais de rotulagem das substâncias e misturas perigosas estão
estabelecidos no Anexo IV.
A embalagem deve conter obrigatoriamente um conjunto das indicações, re-
digidas em língua portuguesa:
a) Nome da substância, sob uma nomenclatura internacionalmente reconhecida;
b) Nome e morada completa, incluindo número de telefone, do responsável
pela colocação no mercado, independentemente da qualidade de fabricante,
importador ou distribuidor;
c) Símbolos de perigo e indicação dos perigos que apresenta a utilização da
substância, em conformidade com o anexo I, impressos a negro sobre fundo
amarelo-alaranjado;
d) Frases tipo indicando os riscos particulares que derivam dos perigos que
apresenta o uso da substância (frases «R»), de acordo com o anexo II;
e) Frases tipo indicando os conselhos de prudência no uso da substância
(frases «S»), de acordo com o anexo III;
f) Número CE, obtido a partir do EINECS ou do ELINCS, quando atribuído.

Rótulo (Artigo 10.º)


Deve ser solidamente fixado numa ou em várias faces da embalagem.

1.2.5.2 Ficha de Dados de Segurança


DIPLOMA
Regulamento n.º 2010/453/CE de 20 de Maio
SUMÁRIO
Altera o Regulamento (CE) nº 1907/2006 do Parlamento Europeu e do Conse-
lho relativo ao registo, avaliação, autorização e restrição dos produtos quími-
cos (REACH).
Obrigações legais
As obrigações legais deste diploma estão directamente relacionadas com os
fornecedores dos produtos químicos, nomeadamente de tintas, solventes,
colas, óleos de manutenção, etc. No entanto, a organização tem a obrigação
de exigir ao fornecedor o cumprimento do diploma, dado que necessita das
informações decorrentes da sua aplicação, nomeadamente durante as fases
30 de armazenamento, manuseamento, utilização e destino final.
GESTÃO
AMBIENTAL

Obrigações legais (cont.)


A colocação de produtos químicos perigosos no mercado, requer que sejam
acompanhados por uma Ficha de Dados de Segurança que deve conter a in-
formação requerida no seguinte anexo.

ANEXO I - Requisitos para a elaboração das fichas de dados de segurança


(Com efeitos a partir de 1 de Dezembro de 2010).

Este anexo especifica detalhadamente o conteúdo das Fichas de Dados de


Segurança que o fornecedor deverá cumprir na sua elaboração para as subs-
tâncias e misturas. Também é referido que a ficha de dados de segurança não
deve conter rubricas em branco.

SECÇÃO 1: Identificação da substância/mistura e da sociedade/empresa


SECÇÃO 2: Identificação dos perigos
SECÇÃO 3: Composição/informação sobre os componentes
SECÇÃO 4: Primeiros socorros
SECÇÃO 5: Medidas de combate a incêndios
SECÇÃO 6: Medidas a tomar em caso de fugas acidentais
SECÇÃO 7: Manuseamento e armazenagem
SECÇÃO 8: Controlo da exposição/protecção individual
SECÇÃO 9: Propriedades físicas e químicas
SECÇÃO 10: Estabilidade e reactividade
SECÇÃO 11: Informação toxicológica
SECÇÃO 12: Informação ecológica
SECÇÃO 13: Considerações relativas à eliminação
SECÇÃO 14: Informações relativas ao transporte
SECÇÃO 15: Informação sobre regulamentação

1.2.6 Ruído Ambiental


1.2.6.1 Regulamento Geral do Ruído
DIPLOMA
Decreto-Lei n.º 9/2007 de 17 de Janeiro
SUMÁRIO
Aprova o Regulamento Geral do Ruído e revoga o regime legal da poluição so-
nora, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 292/2000, de 14 de Novembro
Obrigações legais
O Regulamento Geral de Ruído aplica-se às actividades ruidosas perma-
nentes e temporárias e a outras fontes de ruído susceptíveis de causar in-
comodidade, designadamente a laboração de estabelecimentos industriais,
comerciais e de serviços. 31
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

Obrigações legais (cont.)


As instalações industriais localizadas em zonas mistas, nas envolventes das
zonas sensíveis ou mistas ou na proximidade dos receptores sensíveis isola-
dos estão sujeitos a:
|| Ao cumprimento dos valores limite (Artigo 11º);

|| Ao cumprimento do critério de incomodidade (Artigo 13º).

Valores Limite
As zonas mistas não devem ficar expostas a ruído ambiente exterior supe-
rior a 65 dB(A), expresso pelo indicador Lden, e superior a 55 dB(A), expresso
pelo indicador Ln.

As zonas sensíveis não devem ficar expostas a ruído ambiente exterior supe-
rior a 55 dB(A), expresso pelo indicador Lden, e superior a 45 dB(A), expresso
pelo indicador Ln.

Critério de incomodidade
O critério de incomodidade é considerado como sendo a diferença entre o va-
lor do indicador LAeq do ruído ambiente determinado durante a ocorrência do
ruído particular da actividade ou actividades em avaliação e o valor do indica-
dor LAeq do ruído residual, diferença que não pode exceder 5 dB(A) no período
diurno, 4 dB(A) no período do entardecer e 3 dB(A) no período nocturno.

A delimitação de zona mista e zona sensível é efectuada no âmbito dos Ma-


pas de Ruído elaborados pelas Câmaras Municipais.

Para o cumprimento destas obrigações as instalações industriais devem


efectuar ensaios e medições acústicas realizadas por entidades acreditadas
(ver 5.2.2.1.3).

1.2.6.2 Emissões sonoras para o ambiente de equipamentos


utilizados no exterior
DIPLOMA
Decreto-Lei n.º 221/2006 de 8 de Novembro
SUMÁRIO
Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2005/88/CE, do Parlamen-
to Europeu e do Conselho, de 14 de Dezembro, que altera a Directiva n.º 2000/14/
CE, relativa à aproximação das legislações dos Estados membros em matéria de
emissões sonoras para o ambiente dos equipamentos para utilização no exterior.

32
GESTÃO
AMBIENTAL

Obrigações legais
Aplica-se a equipamentos utilizados no exterior, por exemplo as serras, e enu-
merados no diploma nos artigos 11º e 12º.

Estes só podem ser comercializados e colocados em serviço se exibirem a


marcação CE, terem a indicação do nível de potência sonora garantido e se-
rem acompanhados de uma declaração CE de conformidade, com conteúdo
de acordo com o estabelecido no diploma.

1.3
Normas aplicáveis
Um sistema de gestão ambiental (SGA) é definido, pela ISO 14001(3), como
sendo a “parte do sistema de gestão de uma organização utilizada para de-
senvolver e implementar a sua política ambiental e gerir os seus aspectos
ambientais”.

S
TE
U EN OS
L O S
EF AS
G

TAL
Energias BIEN
O AM
RUÍD

MATÉRIAS-PRIMAS

RESÍDUOS
(sólidos e líquidos)

ÁGUA

efluentes
líquidos
CO SOL
DO
NT
AM
NAI
ÇÃ
O

Fig. 1
Aspectos
Ambientais
geridos por
um SGA

Existem dois referenciais que as organizações podem adoptar como ferra-


menta de suporte à gestão do seu sistema ambiental:
|| ISO 14001, desenvolvida pela Organização Internacional de Normalização (ISO);

33
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

||
EMAS, Regulamento comunitário relativo à participação voluntária das
organizações num sistema comunitário de ecogestão e auditoria.

A implementação de um sistema de gestão ambiental por uma organização


leva à concretização de três grandes objectivos:
|| Prevenção da poluição;

|| Melhoria contínua do desempenho ambiental;

|| Cumprimento da legislação.

As vantagens associadas à implementação do sistema são várias, podendo-se


enumerar as seguintes:
|| Redução de custos, através de melhorias na eficiência dos processos e na

redução de consumos (matérias primas, água e energia);


|| Redução de riscos, relacionados com emissões, derrames e acidentes.

|| Melhoria da imagem, obtida pela melhor aceitação pela sociedade e minimi-

zação dos riscos dos investidores.

1.3.1 ISO14001

MELHORIA
CONTÍNUA

4.2
Política
Ambiental
4.6
4.3
REVISÃO
PLANEAMENTO
PELA GESTÃO

4.4
4.5
IMPLEMENTAÇÃO
VERIFICAÇÃO
Fig. 2
Requisitos
E OPERAÇÃO
da ISO 14001
(2004)

A ISO 14001 constitui o referencial da Organização Internacional de Normaliza-


ção para um sistema de gestão ambiental. Dada a sua estrutura, a implementa-
ção deste sistema pode ser efectuada de uma forma integrada com a ISO 9001
(2008) – Requisitos do sistema de gestão da qualidade, sendo voluntária a sua
aplicação nas Organizações. Esta norma foi desenvolvida com o objectivo da
protecção ambiental, sendo obrigatório a identificação de todos os requisitos
34
legais aplicáveis e a evidência do seu cumprimento.
GESTÃO
AMBIENTAL

Com a implementação, pode ser obtida a certificação ambiental segundo a


ISO 14001, através de uma auditoria efectuada por uma entidade acreditada
pelo IPAC, para a referida norma.

1.3.2 EMAS (Eco-Management and Audit Scheme)


O Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria (EMAS) é um mecanismo
voluntário destinado às Organizações que querem comprometer-se a avaliar,
gerir e melhorar o seu desempenho ambiental, possibilitando evidenciar, pe-
rante terceiros e de acordo com os respectivos referenciais, a credibilidade
do seu sistema de gestão ambiental e do seu desempenho ambiental. Deste
modo, o EMAS é estabelecido numa organização visando a avaliação e me-
lhoria do desempenho ambiental e o fornecimento de informação relevante
ao público e outras partes interessadas, em termos de prestação ambiental
e de comunicação da mesma(4). Fig. 3
Logótipo
do Emas
www.apambiente.pt

O EMAS I foi instituído em 1993 pelo Regulamento (CEE) nº 1836/93 de 29 de


Junho, e após várias revisões, o documento que agora se encontra em vigor,
desde 11 de Janeiro de 2010, é o Regulamento (CE) nº 1221/2009 do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 25 de Novembro, também denominado por EMAS III.
O cumprimento do Regulamento é obrigatório para os Estados Membros,
tendo estes que criar as infra-estruturas necessárias, e é voluntário para as
organizações. Em Portugal o organismo competente é a Agência Portuguesa
do Ambiente.

Na implementação de um sistema de gestão ambiental segundo o EMAS, as


organizações devem seguir os requisitos da ISO 14001 (2004) (Anexo 1-A do
Regulamento EMAS) e os requisitos adicionais (Anexo I-B do Regulamento
EMAS). Um destes, está relacionado com disponibilização obrigatória ao
público de informação relacionada com o sistema de gestão ambiental e
respectivos aspectos ambientais, denominada por Declaração Ambiental.

No EMAS, as organizações têm que identificar e evidenciar o cumprimento da


legislação nacional e comunitária. Após a implementação do EMAS, as orga-
nizações podem obter o Registo do seu sistema de gestão ambiental, obtido
após a realização de uma verificação ambiental, realizada por Verificadores
ambientais.

35
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

1.4
Conclusão
Como era objectivo deste capítulo, foram elencados os principais diplomas
relacionados com os aspectos ambientais característicos das indústrias do
sector. É bastante importante a sua análise exaustiva identificando quais
os aplicáveis e determinar de que modo estão a ser cumpridos ou não. Esta
tarefa será facilitada seguindo as questões do Capítulo 3 – Auto-Diagnóstico.

Foram também apresentados os referenciais normativos e regulamentares


que as organizações podem aplicar voluntariamente como ferramenta de apoio
na gestão do seu sistema ambiental.

36
GESTÃO
AMBIENTAL

37
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

02 38
GESTÃO
AMBIENTAL

CARACTERIZAÇÃO
AMBIENTAL
DO SECTOR
39
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

2.1
Objectivos
O objectivo deste capítulo é o de identificar e descrever os aspectos ambien-
tais associados a cada etapa do processo produtivo. A análise deste capítulo
levará a que cada organização identifique com mais facilidade a sua situação,
nomeadamente em relação às acções correctivas e preventivas necessárias
desencadear, conforme é apresentado nos seguintes capítulos.

2.2
Caracterização ambiental
do sector
2.2.1 Introdução
A indústria da madeira e do mobiliário, e mais concretamente os processos
de fabrico relativos aos seus subsectores industriais, compreendem uma
série de operações unitárias que podem, genericamente, ser agrupadas do
seguinte modo:

|| Preparação da madeira
Engloba um conjunto de operações de transformação, visando a obtenção
de peças (tábuas de dimensões pré-definidas ou não) capazes de sofrer
outras operações.

|| Tratamento (impregnação)
Fig. 4 Permite aumentar a durabilidade da madeira e/ou melhorar as suas carac-
Operações
Mecânicas terísticas naturais.
(Antarte)

|| Maquinagem
Conjunto de operações mecânicas que permitem obter diferentes peças de
madeira.

|| Acabamento
Consiste na aplicação de produtos de protecção superficial ou de revestimen-
tos, de forma a melhorar a qualidade do produto final e, simultaneamente,
aumentar a sua durabilidade.
Fig. 5
40
Acabamento
(Antarte)
GESTÃO
AMBIENTAL

||
Montagem
Permite a produção de produtos finais a partir da junção das diferentes
peças (5).

|| Embalagem

Existem várias operações unitárias, podendo uma organização ter apenas Fig. 6

algumas ou combinações de várias. Produto


Embalado
(Antarte)

Deste modo, há organizações que fazem elas próprias a extracção da madeira


com máquinas agrícolas, e outras que procuram ter distribuição e lojas de
venda própria para o produto acabado.

Opostamente, há organizações que não pretendem ter a componente de


serração de madeira, recebendo a madeira maciça já em tábuas, tal como
recebem os painéis de derivados de madeira (contraplacados MDF), os quais
podem vir já folheados ou não.

Há mesmo casos de organizações especializadas em partes do processo:


umas que fazem apenas construção do mobiliário e outras que fazem apenas
os acabamentos (pintura e envernizamento).

As organizações que trabalham com madeira em bruto, têm necessidade de ar-


mazenar volumes grandes de toros, e manobrá-los com máquinas industriais/
agrícolas (giratórias ou empilhadores com garras). Alguns tipos de madeira
necessitam de rega frequente para evitar perda de humidade e/ou estalarem.(6)

Perante esta diversificação de realidades, o guia vai retratar os aspectos


ambientais associados a este sector de uma forma generalizada e aplicável a
todas as organizações, que na sua análise e interpretação terão que identificar
quais os aspectos que lhes são aplicáveis.

2.2.2 Identificação dos aspectos ambientais


Por definição, um aspecto ambiental é um elemento das actividades, produtos
ou serviços de uma organização que pode interagir com o ambiente(3). Por
outro lado, um impacte ambiental é qualquer alteração no ambiente, adversa
ou benéfica, resultante, total ou parcialmente, das actividades, produtos ou
serviços de uma organização(3). A relação entre o aspecto e o impacte, é que
um é a causa e o outro é o efeito.

41
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

Para garantir um bom desempenho ambiental de uma organização, os aspectos


ambientais identificados devem ser controlados e monitorizados para evitar
a ocorrência de impactes ambientais negativos a eles associados.

Na caracterização ambiental do sector da indústria da madeira e do mobiliário


efectuada, e a seguir apresentada, foram considerados os seguintes aspectos
ambientais:

Matérias-primas
Incluem-se neste item todas as matérias-primas e subsidiárias que sejam
introduzidas no processo.

Recursos naturais
Neste item são identificados os consumos de recursos naturais como por
exemplo água, toros,…

Consumo de energia
É considerado o consumo de todas as fontes de energia (eléctrica, gás, bio-
massa, gasóleo,..).

Emissões para a atmosfera


Neste item são consideradas as emissões provenientes das fontes fixas.

Efluentes líquidos
São identificados neste item todas as descargas de águas residuais.

Resíduos
Neste item são identificados os resíduos que são gerados na actividade em
causa.

Ruído ambiental
Ruído emitido para o exterior da instalação.

42
GESTÃO
AMBIENTAL

2.2.2.1 Aspectos ambientais do processo produtivo


Na seguinte tabela são identificados os aspectos ambientais associados às
diferentes operações unitárias consideradas do processo produtivo:

ETAPA DO ASPECTOS DESCRIÇÃO


OPERAÇÕES UNITÁRIAS
PROCESSO AMBIENTAIS DO ASPECTO AMBIENTAL
Recursos naturais Consumo de madeira
PREPARAÇÃO DA MADEIRA

Operações Mecânicas Energia Consumo de energia nas máquinas


(Descasque, serragem e
alinhamento) Resíduos Resíduos de serrim, aparas, casca
Ruído Ruído
Secagem ao natural - -
Secagem em estufa Energia Consumo de energia
Matéria-prima Consumo de produtos químicos
Recursos naturais Consumo de água
TRATAMENTO

Impregnação* Energia Consumo de energia


(em tanque ou autoclave) Lamas, resultantes da limpeza do
tanque
Resíduos Resíduos das embalagens dos
produtos químicos
Energia Consumo de energia
MAQUINAGEM

Operações Mecânicas
(Corte/traçagem, desengrosso, Serrim, restos de madeira
Resíduos Material de revestimento, etc
emparellhamento, furação,
fresagem, calibragem, etc…)
Ruído Ruído
Material de revestimento (folhas
de madeira, papel, PVC, folhas
Matéria-prima melamínicas, termolaminado, etc),
cola.
Revestimento Restos de cola e do material de
revestimento
Embalagens de cola
Resíduos Embalagens de cola de base aquosa
Embalagem de cartão e plástico da
matéria prima
Agentes de branqueamento
Matéria-prima (peróxidos, ácidos ou sais)
ACABAMENTO

Branqueamento Resíduos dos agentes de


branqueamento
Resíduos Embalagens dos agentes de
branqueamento
Material de orlar (folhas melamínicas,
Matéria-prima folhas de PVC, termolaminado, réguas
de madeira, etc), cola
Energia Consumo de Energia
Orlagem Restos de cola
Restos do material de revestimento
Resíduos Embalagens de cola
Embalagem de cartão e plástico da
matéria-prima
*Nota: esta etapa é associada à actividade de serração para prevenir o aparecimento de manchas e bolores. Não faz parte do processo de
fabrico típico de painéis de madeira e folhados, nem de carpintaria ou mobiliário.(5) 43
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

ETAPA DO ASPECTOS DESCRIÇÃO


OPERAÇÕES UNITÁRIAS
PROCESSO AMBIENTAIS DO ASPECTO AMBIENTAL
Matéria-prima Tinta e verniz
Energia Consumo de Energia
Consumo de água na cortina de água
Recursos ou lavagem dos filtros da cabine de
naturais
ACABAMENTO ( CONT.)

pintura
Velatura
Tapa poros Emissões para a Emissões para a atmosfera
Pintura atmosfera provenientes do sistema de aspiração
Envernizamento Embalagens com restos de tinta e
Secagem verniz Resíduos de tinta e verniz
Resíduos Resíduos de tintas e vernizes,
contendo solventes orgânicos

Efluentes Efluente líquido resultante da cortina


líquidos de água da cabine de pintura.

Pregos, parafusos, ferragens e outros


Matéria-prima acessórios, rebites, colas, silicone
MONTAGEM

Restos de cola
Operações de junção dos Embalagens de cola de base aquosa
diversos componentes Embalagens de cola
Resíduos Embalagens de cartão e plástico dos
pregos, ferragens, acessórios
Peças rejeitadas

Fitas de metal ou plástico, cartão,


Matéria-prima plástico, paletes
EMBALAGEM

Embalagem Resíduos de fitas de metal


Resíduos plásticos
Resíduos Resíduos cartão
Resíduos paletes

2.2.2.2 Aspectos ambientais das actividades de suporte


ETAPA ASPECTOS DESCRIÇÃO
OPERAÇÕES UNITÁRIAS
DO PROCESSO AMBIENTAIS DO ASPECTO AMBIENTAL

Biomassa - resíduos de serrim, aparas,


Recursos naturais casca
DE ENERGIA
PRODUÇÃO

Funcionamento
Resíduos Cinzas
da caldeira
Emissões para a Emissões resultantes da queima da
atmosfera biomassa na caldeira

Matéria-prima Consumo de óleos de manutenção


MANUTENÇÃO

Manutenção periódica Embalagens contaminadas com restos


dos equipamentos de óleo
industriais Resíduos Desperdícios contaminados com óleo
Pilhas e acumuladores (baterias)
Resíduos de equipamentos eléctricos e
ACTIVIDADES

TRATIVAS
ADMINS-

Actividades electrónicos
Ruído
administrativas Resíduos de embalagens
44 Resíduos urbanos
GESTÃO
AMBIENTAL

2.3
Conclusão
Com o apoio de tabelas que ajudam a organizar a vasta informação, foram
identificados os aspectos ambientais associados aos processos e respec-
tivas operações típicas do sector. Com esta informação é mais fácil actuar
localmente no sentido de identificar os requisitos legais aplicáveis e as boas
práticas a implementar.

45
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

03 46
GESTÃO
AMBIENTAL

Auto-diagnóstico

47
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

3.1
Objectivos
Este capítulo é fundamental para a definição do ponto de situação da ins-
talação industrial e consequente identificação dos passos fundamentais a
desenvolver, no sentido do cumprimento dos requisitos legais aplicáveis.

Tem como objectivo apoiar na realização de um auto-diagnóstico no âmbito do


cumprimento dos requisitos legais, referidos no Capítulo 1, estando organizado
nos mesmos temas.

Para efectuar o auto-diagnóstico devem ser analisadas todas as questões e


sempre que a resposta indicar acções, indicam que a situação da instalação
não está em conformidade legal, devendo por isso ser implementadas as
acções propostas.

3.2
Auto-diagnóstico
3.2.1 Utilização de água

QUESTÃO PLANO DE ACÇÕES


A água utilizada provem de uma
Caso a potência da bomba seja inferior
captação cuja bomba de tiragem tenha
mais de 5cv de potência, localizada na
NÃO deve ser efectuada a comunicação à ARH
territorialmente competente (ver 5.2.1).
instalação industrial (furo ou poço)?

SIM

Efectuar o pedido da Licença de utilização


NÃO do domínio hídrico, com os elementos
A captação da água encontra-se
referidos na Portaria nº1450/2007 de 12 de
licenciada?
Novembro junto da ARH territorialmente
competente (ver 5.2.1).

SIM

Efectuar o pedido de renovação dentro


A Licença encontra-se dentro do limite do prazo de seis meses antes do termo
de validade e as obrigações decorrentes NÃO da Licença junto da ARH territorialmente
estão a ser cumpridas? competente (ver 5.2.1).
Garantir o cumprimento das obrigações.

48
GESTÃO
AMBIENTAL

3.2.2 Descarga de efluentes líquidos

QUESTÃO PLANO DE ACÇÕES

A descarga das águas residuais


industriais está a ser efectuada no
colecto de saneamento público?

SIM

SIM Ok.
Foi concebida pela entidade gestora
uma autorização para descarga das
águas residuais industriais no colector
de saneamento público? NÃO
Contactar a entidade gestora e solicitar a
autorização para a descarga.
NÃO

Efectuar o pedido da Licença de utilização


A descarga das águas residuais NÃO do domínio hídrico, com os elementos
industriais, no solo ou na água, referidos na Portaria nº 1450/2007 de 12 de
encontra-se licenciada? Novembro junto da ARH territorialmente
competente (ver 5.2.1).

SIM

Estão a ser cumpridas todas as


obrigações, nomeadamente o auto-
NÃO Analisar as obrigações constantes na
controlo, o envio dos resultados para a
Licença de utilização do domínio hídrico
entidade competente e o cumprimento
e garantir o seu cumprimento.
dos VLE’s estabelecidos na Licença de
utilização do domínio hídrico?

SIM

A Licença de utilização do domínio NÃO Efectuar o pedido de renovação junto


hídrico encontra-se a 6 meses do termo da ARH territorialmente competente
de validade? (ver 5.2.1)

49
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

3.2.3 Consumo de Energia

QUESTÃO PLANO DE ACÇÕES

No ano civil transacto, a organização


teve um consumo energético superior a NÃO
500 tep (toneladas equivalentes de pe- Ok. Fim
tróleo - ver o Despacho nº 17313/2008
de 26 de Junho)

SIM

Foi efectuado o registo das instalações, NÃO Efectuar o registo através do formulário
através da página da internet da disponibilizado na página da internet da
ADENE, até Abril do ano em curso? ADENE (ver 5.2.1).

SIM

Efectuar uma auditoria energética, por


técnicos e entidades credenciados pela
Foi efectuada uma auditoria
ADENE (conforme a Portaria nº 519/2008
energética? (4 meses após registo, para NÃO de 25 de Junho), com uma periodicidade de
consumo de energia 1000 tep/ano e no
seis anos para consumo de energia 1000
ano seguinte para consumos de energia
tep/ano e uma periocidade de oito anos
1000 tep/ano, mas 500 tep/ano)?
para consumos de energia 500 tep/ano,
mas 1000 tep/ano.

SIM

Com base nas auditorias realizadas Elaborar os Planos de Racionalização do


foram elaborados os Planos de NÃO Consumo de Energia, por técnicos e entida-
Racionalização do Consumo de Energia des credenciados pela ADENE (conforme
(PREn)? Portaria nº 519/2008 de 25 Junho).

SIM

Os Planos de Racionalização
do Consumo de Energia foram
apresentados à ADENE, nos quatro NÃO Apresentação à ADENE dos Planos de
meses seguintes ao vencimento do Racionalização do Consumo de Energia.
prazo para a realização da auditoria
energética?

50
GESTÃO
AMBIENTAL

3.2.4 Gestão de Resíduos

QUESTÃO PLANO DE ACÇÕES


Inventariar os diferentes resíduos e
disponibilizar junto do seu local de
É efectuada a recolha selectiva em produção, contentores de volume
contentores adequados aos diferentes adequado à quantidade de resíduo
resíduos produzidos, como serrim produzido.
e restos de madeira, resíduos de NÃO Identificar o contentor com um rótulo
limpeza da fábrica, resíduos urbanos,
que indique o resíduo a conter.
embalagens contaminadas com restos
de tinta, REEE, pilhas, etc? Sensibilizar os colaboradores para a
correcta separação dos resíduos e sua
colocação nos contentores respectivos.

SIM

Elaborar rótulos que especifiquem


Os contentores estão devidamente
NÃO claramente o que colocar em cada
identificados com um rótulo referindo
contentor de resíduos, incluindo o
quais os resíduos a serem colocados e
código LER, conforme o estabelecido na
referenciando o código LER respectivo?
Portaria nº 209/2004 de 3 de Março.

SIM

Os resíduos classificados como


perigosos (existência de um asterisco Construir/adquirir bacias de
no código LER na Portaria nº 209/2204 contenção com um volume equivalente
de 3 de Março. por exemplo óleos NÃO à quantidade de resíduo líquido
usados e restos de tinta) estão armazenado. Armazenar os resíduos
armazenados de uma forma controlada líquidos perigosos sobre a bacia de
de forma a evitar a contaminação do contenção.
solo e da água?

SIM

Os resíduos produzidos são Efectuar contratos com operadores de


encaminhados para um destinatário resíduos autorizados, para que estes
autorizado, sabendo que o destino dos dêem o destino correcto aos resíduos
resíduos urbanos é da responsabilidade NÃO produzidos. Na página da internet da
das Câmaras Municipais, até ao limite APA encontra-se disponível a lista de
de produção de 1100l/dia e os resíduos operadores de resíduos autorizados
industriais são da responsabilidade do pelo Ministério do Ambiente, através do
produtor? SILOGR (ver 5.2.2.2).

SIM

Adquirir o modelo 1428 da INCM - Guia


O transporte de resíduos é de acompanhamento de resíduos,
acompanhado pela Guia de que poderá ser efectuado via internet
acompanhamento de resíduos e o NÃO através da página www.incm.pt.
destinatário envio a cópia do triplicado, Garantir, em cada entrega de resíduos, o
devidamente preenchido, no prazo de correcto de preenchimento e posterior
30 dias após a entrega? acompanhamento no transporte da Guia
de acompanhamento de resíduos.
Comprovar o envio, no prazo de 30 dias,
pelo destinatário do resíduo, da cópia
do triplicado da Guia devidamente
51
preenchida.
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

QUESTÃO PLANO DE ACÇÕES


Inscrição no SIRAPA, através da página
da internet: http://sirapa.apambiente.
pt, para produtores de resíduos não
urbanos que no acto da sua produção
A organização está inscrita no SIRAPA e
NÃO empreguem pelo menos 10 trabalhadores
são preenchidos anualmente, até 31 de
e/ou produzem resíduos perigosos.
Março, os Mapas integrados de registo
Através da mesma página, preenchimento
de resíduos (MIRR)?
mapa de registo do estabelecimento e
preenchimento anual, até 31 de Março, do
Mapa integrado de registo de resíduos
(MIRR).

SIM

A organização ao embalar os seus Efectuar um contrato com a Sociedade


produtos coloca no mercado material NÃO Ponto Verde, que assume a gestão
de embalagem não reutilizável (papel/ e destino final das embalagens não-
cartão, vidro, plástico, madeira, aço e reutiizáveis após consumo, colocadas
alumínio)? no mercado nacional (ver 5.2.2.2).

3.2.5 Emissões para a atmosfera


3.2.5.1 Caldeira

QUESTÃO PLANO DE ACÇÕES


Inscrição no SIRAPA, através da página
da internet: http://sirapa.apambiente.
pt, para produtores de resíduos não
urbanos que no acto da sua produção
A organização detém uma instalação de
NÃO empreguem pelo menos 10 trabalhadores
combustão com uma potência térmica
e/ou produzem resíduos perigosos.
nominal superior a 100 kWth (kilowatts
Através da mesma página, preenchimento
térmicos)?
mapa de registo do estabelecimento e
preenchimento anual, até 31 de Março, do
Mapa integrado de registo de resíduos
(MIRR).

SIM

A organização efectuou o autocontrolo Contactar um laboratório acreditado


das emissões através da monitorização NÃO para efectuar as medições das
pontual das emissões gasosas, emissões de poluentes que possam
realizadas duas vezes num ano civil, com estar presentes no efluente gasoso (ver
um intervalo mínimo de dois meses? 5.2.2.1.2).

SIM

Os resultados obtidos no autocontrolo


encontram-se dentro dos limites legais
(VLE), conforme o estabelecido na
Portaria nº286/93, de 12 de Março e NÃO Efectuar as correcções necessárias ao
Portaria nº 677/2009 de 23 de Junho processo de queima.
(aplica-se a partir de 2011 para as
partículas e em 2012 para os restantes
parâmetros)?
52
GESTÃO
AMBIENTAL

3.2.5.2 Actividades de acabamento

QUESTÃO PLANO DE ACÇÕES

A organização efectuou o autocontrolo


Contactar um laboratório acreditado para
das emissões através da monitorização NÃO efectuar as medições das emissões de
pontual das emissões gasosas,
poluentes que possam estar presentes no
realizadas duas vezes num ano civil, com
efluente gasoso (ver 5.2.2.1.2).
um intervalo mínimo de dois meses?

SIM

Os resultados obtidos no autocontrolo


encontram-se dentro dos limites
legais (VLE), conforme estabelecido Efectuar uma manutenção ao
na Portaria nº268/93, de 12 de Março NÃO sistema de tratamento das emissões
e na Portaria nº 677/2009 de 23 de gasosas provenientes do processo de
Junho (aplica-se a partir de 2011 para as acabamento.
partículas e em 2012 para os restantes
parâmetros)?

SIM
Efectuar o autocontrolo apenas uma
vez, de três em três anos, desde que
a instalação mantenha, inalteradas as
Como resultado do autocontrolo, suas condições de funcionamento, de
SIM acordo com o estipulado no Artigo 19º
a organização conclui que o caudal
mássico de emissão de um poluente é do Decreto-Lei nº 78/2004 de 3 de Abril.
consistentemente inferior ao seu limiar
mássico mínimo, conforme fixado na
Portaria nº80/2006 de 23 de Janeiro?
NÃO
Continuar a efectuar o autocontrolo
pontual, duas vezes por ano.

3.2.5.3 Aspectos construtivos das chaminés

QUESTÃO PLANO DE ACÇÕES


Contactar um fornecedor de chaminés
As chaminés existentes na instalação
industriais para efectuar as correcções
industrial têm no mínimo 10 metros e
NÃO necessárias (ver 5.1.4) ou em alternativa,
cumprem os aspectos construtivos
se aplicável, apresentar a situação à
determinados no Artigo 32º do Decreto-
CCDR territorialmente competente.
Lei nº78/2004 de 3 de Abril e na
(Ver Artigo 31º - Situações especiais do
Portaria nº236/2005 de 17 de Março?
Decreto-Lei nº78/2004 de 3 de Abril).

53
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

3.2.6 Substâncias químicas

QUESTÃO PLANO DE ACÇÕES


As embalagens dos produtos
Contactar o fornecedor solicitando
químicos (tintas, solventes, óleos, etc)
NÃO o cumprimento do requisito legal, de
disponíveis na instalação encontram-se
forma a que informação relevante
rotuladas, conforme os itens indicados
esteja disponível no rótulo, acessível
no Decreto-Lei nº 98/2010 de 11 de
aos utilizadores.
Agosto?

Quando é efectuada a transferência


de produtos químicos das embalagens NÃO Garantir a rotulagem interna de
originais para outras, estas são todas as embalagens que contenham
devidamente rotuladas, tal como a produtos químicos.
embalagem original?

SIM

Solicitar a entrega destas aos


Os fornecedores entregam as Fichas NÃO fornecedores e disponibilziar junto
de Dados de Segurança dos produtos
dos locais onde estes produtos são
químicos perigosos?
armazenados, manuseados e utilizados.

SIM

As fichas de Dados de Segurança


entregues pelos fornecedores
NÃO Solicitar a entrega das Fichas de Dados
contém as 16 secções obrigatórias e
de Segurança segundo o estabelecido
devidamente preenchidas no acordo
no Regulamento REACH.
com o exigido pelo Regulamento
nº2010/453/CE de 20 de Maio?

54
GESTÃO
AMBIENTAL

3.2.7 Ruído Ambiental

QUESTÃO PLANO DE ACÇÕES

Efectuar ensaios e medições


A indústria está instalada numa zona
NÃO acústicas necessárias à verificação da
classificada como industrial, e não
conformidade com os requisitos legais,
existem receptores sensíveis na
nomeadamente os valores limites e o
proximidade?
critério de incomodidade (ver 5.2.2.1.3).

SIM

Efectuar as correcções necessárias que


Os limites legais relativamente NÃO podem incluir o isolamento de algumas
aos valores limite e do critério de
operações/equipamentos fabris (ver
incomodidade estão a ser cumpridos?
5.1.5).

SIM

Os equipamentos utilizados no exterior


exibem uma placa com a marcação
CE, têm indicação do nível de potência
sonora garantido e existe, para estes NÃO Contactar o fornecedor para regularizar
equipamentos, a declaração CE de
a situação.
conformidade, (com conteúdo de
acordo com o estabelecido no Diploma
Decreto-Lei nº221/2006 de 8 de
Novembro)?

55
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

04 56
GESTÃO
AMBIENTAL

Boas práticas

57
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

4.1
Objectivos
O objectivo deste capítulo é o de apresentar as boas práticas de gestão am-
biental que as organizações podem seguir para terem um bom desempenho
ambiental e cumprirem as obrigações legais.

As boas práticas a seguir apresentadas baseiam-se nos métodos, tecnolo-


gias e materiais actualmente existentes e também nos imperativos legais.
Face à rápida evolução tecnológica e actualização permanente da legislação,
recomenda-se o acompanhamento destas temáticas através da participação
em acções de formação, feiras profissionais do sector e da publicação da
legislação.

4.2
Boas Práticas
4.2.1 Consumo de água
As boas práticas a seguir no consumo de água têm como objectivo a sua
redução.

A redução do consumo de água pode ser conseguida por acções muito simples,
que ao fim de algum tempo pode significar uma poupança considerável deste
recurso natural:
|| Substituição das torneiras das casas de banho e duche por torneiras tem-

porizadas;
Fig. 7
Torneiras || Verificação periódica de eventuais fugas em torneiras e autoclismos;
temporizadas
|| Sempre que tecnicamente possível, optar pela recirculação da água, após o
(www.valadares.com)

seu tratamento, por exemplo na cortina de água da cabine de pintura.

4.2.2 Descarga de efluentes líquidos


Os efluentes líquidos industriais produzidos neste sector provêem do proces-
so de acabamento, nomeadamente das operações de velatura, tapa poros,
envernizamento e pintura. Estas operações devem ser efectuadas numa ca-
bine de pintura devidamente equipada com uma cortina de água. Esta tem a
função de lavar as partículas contaminantes emitidas durante a pintura por
58
GESTÃO
AMBIENTAL

pistola, controlando as emissões para o ambiente de trabalho e para o am-


biente exterior.

Em alternativa pode ser utilizado o processo de pintura em cabine de cortina


seca em que as partículas de tinta são filtradas. Neste caso os filtros são
lavados com água, o que também origina a produção de efluentes líquidos.

A descarga deste efluente pode ser efectuada no solo, na água ou no colector Fig. 8
Acabamento
municipal, após a atribuição da respectiva licença ou autorização, mas este tem à pistola
com cortina
de ser previamente tratado recorrendo à tecnologia mais adequada. de água
(Antarte)

A título de exemplo são apresentadas duas soluções, uma o efluente é devi-


damente tratado na instalação industrial, outra o efluente é entregue a uma
entidade que procede ao seu tratamento.

4.2.2.1 Tratamento interno do efluente líquido


Esta solução é aplicável em situações em que o caudal de efluente produzido
é significativo, requerendo o seu tratamento interno. Dependendo da efici-
ência do tratamento, pode ser possível a recirculação e reutilização da água
na cabine de pintura.

Um dos métodos a aplicar, envolve duas fases de tratamento, em que a primeira


requer um tratamento físico por filtração das partículas de maior dimensão
e a segunda fase um tratamento químico de precipitação das restantes Fig. 9
Tratamento
partículas. Com a aplicação deste método é obtido um efluente líquido com físico (Antarte)

a qualidade necessária para ser descarregado ou eventualmente recirculado


e reintroduzido no processo.

Deste processo de tratamento restam as lamas que constituem um resíduo


que deve ser devidamente armazenado, para evitar a contaminação do solo,
e encaminhado para o destino mais adequado. Este resíduo é classificado com
o código LER 08 01 13*- Lamas de tintas e vernizes contendo solventes orgâ-
nicos. Consultando a lista de operadores de resíduos, disponível na página da
internet da Agência Portuguesa do Ambiente (ver 5.2.2.2), dois dos possíveis
destinatários para este resíduo são a Carmo Benta, Lda e a Ecotoro - Valori-
zação de Produtos Florestais, Lda.

59
Fig. 10
Tratamento
químico
(Antarte)
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

4.2.2.2 Tratamento externo do efluente líquido


Esta solução é mais vantajosa em situações em que a quantidade de efluente
líquido industrial produzido seja muito reduzida e não se justifique a instala-
ção de um sistema de tratamento. Neste caso, o efluente é tratado como um
resíduo, devendo ser correctamente armazenado e posteriormente entregue
a um operador de resíduos autorizado para o seu tratamento. Neste caso, o
resíduo é classificado com o código LER 080111* - Resíduos de tintas e vernizes,
contendo solventes orgânicos ou outras substâncias perigosas e um possível
Fig. 11
Armazena- destinatário é a Carmo Benta, Lda.
mento de
resíduos
líquidos
sobre bacia
de contenção
(Manutan)
4.2.3 Consumo de Energia
No que se relaciona com a energia a preocupação é de reduzir o seu consumo.
Esta redução pode ser conseguida através de práticas muito simples, como:
|| Desligar as luzes e os equipamentos eléctricos, como por exemplo os infor-

máticos, quando estes não estão a ser utilizados;


|| Optar por lâmpadas de baixo consumo;

|| Optar, sempre que possível, pela iluminação natural;

|| Preferir a ventilação natural, à obtida pelos equipamentos de ar condicionado;

|| Quando são utilizados os equipamentos de ar condicionado evitar as tem-

peraturas extremas;
|| Utilizar o ar comprimido só nas operações relacionadas com o processo

produtivo;
Fig. 12
Caldeira a
Biomassa Uma boa solução para a produção de calor necessário ao aquecimento das
(Antarte)
instalações e nas etapas do processo de preparação da madeira (secagem em
estufa) e acabamento (pintura, envernizamento e secagem), é a queima de
serrim e restos de madeira (biomassa) numa caldeira de biomassa, obtendo-se
assim a valorização energética deste resíduo.

4.2.4 Gestão de resíduos


As boas práticas para a gestão dos resíduos produzidos compreendem as
diferentes actividades a seguir descritas.

4.2.4.1 Recolha selectiva no local de produção


Para facilitar as posteriores operações, de valorização ou eliminação, a que os
resíduos venham a ser sujeitos, estes devem ser recolhidos separadamente
Fig. 13
Restos de
no local onde são produzidos.
Madeira
recolhidos
selectivamente
(Antarte)
60
GESTÃO
AMBIENTAL

4.2.4.2 Disponibilidade de contentores


Para garantir a correcta separação dos resíduos é necessário que os conten-
tores estejam disponíveis no local da sua produção em quantidade e volume
adequados aos resíduos produzidos.
Fig. 14
Exemplos de
Contentores
para resíduos
4.2.4.3 Rotulagem dos contentores de resíduos (www.manutan.pt)

Os contentores colocados nos locais onde são produzidos os resíduos devem


ser devidamente rotulados, de forma a indicar aos colaboradores como devem
efectuar a correcta separação dos resíduos. O rótulo, que deve ser colocado
em local bem visível do contentor, deve ter tamanho adequado e ser limpo com
frequência e deve conter as seguintes informações:
|| código do resíduo (código LER);

|| o que colocar;
Fig. 15
Exemplo
|| o que não colocar. de rótulo
para contentor
de resíduos

4.2.4.4 Armazenamento temporário de resíduos


Enquanto os resíduos aguardam o seu destino, devem ficar armazenados em
local protegido da chuva, em terreno impermeabilizado, com um pequeno mu-
rete para contenção de eventuais derrames de resíduos líquidos e escorrências
e, de preferência, num local fechado.

Durante o armazenamento, os resíduos devem ser devidamente arrumados,


separados e identificados pelo seu código LER.

Por vezes este armazenamento é efectuado em contentores de resíduos urba-


nos, colocados nas instalações industriais pelas Câmaras Municipais, que são
responsáveis pela recolha diária de 1100 litros destes resíduos. Outras vezes,
são armazenados em contentores pertencentes ao operador de gestão resí-
duos, com que a organização estabeleceu um contrato de recolha de resíduos.

4.2.4.5 Destino dos resíduos produzidos


Os resíduos produzidos são classificados em dois grupos distintos: urbanos e
industriais. Os resíduos urbanos são por definição, os resíduos provenientes
de habitações bem como outro resíduo que, pela sua natureza ou composição,
seja semelhante ao resíduo proveniente de habitações. A responsabilidade
pela sua recolha e destino, até uma quantidade máxima diária de 1100 l, é das
Câmaras Municipais.

Os resíduos industriais definem-se como sendo os resíduos gerados em pro- 61


Fig. 16
Contentores
de Resíduos
Urbanos
(www. cm-sobral.pt)
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

cessos produtivos industriais e o seu destino final é da responsabilidade do


seu produtor. Por este motivo, é da responsabilidade do industrial dar o enca-
minhamento mais correcto aos resíduos produzidos. Segundo o princípio da
hierarquia das operações de gestão de resíduos, estabelecido no Decreto-lei
nº 178/2006, deve ser privilegiada a sua valorização. Para tal, os produtores
de resíduos devem proceder à sua separação na origem de forma a promover
Fig. 17
Contentor
a sua valorização.
para restos
de madeira
(Antarte)
A eliminação definitiva de resíduos, nomeadamente a sua deposição em aterro,
constitui a última opção de gestão, justificando-se apenas quando seja técnica
ou financeiramente inviável a reutilização, a reciclagem ou outras formas de
valorização.

Neste âmbito, e tendo em consideração que a legislação proíbe o abandono


de resíduos e as operações de armazenagem, tratamento, valorização e eli-
minação de resíduos não licenciadas, é da obrigação do industrial a entrega
dos seus resíduos industriais a operadores de resíduos autorizados pelo
Ministério do Ambiente.

Fig. 18
Página
da Internet
do SILOGR

A lista das entidades que actualmente operam na gestão de resíduos, pode ser
consultada através da aplicação informática SILOGR (Sistema de Informação
do Licenciamento de Operações de Gestão de Resíduos), disponível na página
da internet da Agência Portuguesa do Ambiente (ver 5.2.2.2)(4).

62
GESTÃO
AMBIENTAL

4.2.4.6 Transporte e destino dos Resíduos


O transporte de resíduos deve ser sempre acompanhado da respectiva guia
de acompanhamento de resíduos (GAR) que corresponde aos impressos
exclusivos da Imprensa Nacional – Casa da Moeda n.º1428.

Fig. 19
Guia de
Acompanha-
mento de
Resíduos

A GAR dispõe de numeração sequencial e é emitida em triplicado, sendo da


responsabilidade do produtor, transportador e destinatário o preenchimento
correcto da mesma. O transporte de resíduos urbanos está isento de guia de
acompanhamento, com excepção dos resultantes de triagem e destinados a
operações de valorização.

Esta guia acompanha o resíduo durante o transporte, desde o local da pro-


dução até ao destino, ficando cada interveniente (produtor, transportador e
destinatário) com um exemplar. Após a chegada do resíduo ao destinatário,
este tem 30 dias para enviar uma cópia do seu exemplar ao produtor, para
confirmar a recepção do resíduo.

4.2.4.7 Sensibilização dos colaboradores


Para garantir o cumprimento das regras relativas à gestão dos resíduos, que
depende da sua correcta separação no local de produção, é muito importante
a sensibilização dos colaboradores para estas práticas. São eles que produ-
zem os resíduos e devem de imediato colocá-los nos recipientes adequados Fig. 20
Regras para a
separação dos
e devidamente identificados para o efeito. resíduos
63
(www.ERSUC.pt)
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

4.2.4.8 Resíduos característicos do sector industrial


A indústria do sector das madeiras e do mobiliário é caracterizada, como já
foi referido, por um conjunto de operações no processo produtivo, do qual
resultam tipicamente um conjunto de resíduos.

Pretende-se efectuar, na seguinte tabela, a enumeração desses mesmos


resíduos, efectuando a respectiva correspondência aos códigos LER.

RESÍDUO ORIGEM
Desperdícios resultantes das operações mecânicas
Resíduos Sistema de despoeiramento
Fig. 21
Unidade de de serrim, aparas, casca
despoeiramento
(Antarte)

Desperdícios resultantes das operações mecânicas


Fig. 22 Sistema de despoeiramento após a aplicação de
Resíduos da
aspiração do APARAS produtos de acabamento
processo de
acabamento
(Antarte) Peças rejeitadas
LAMAS, RESULTANTES
Tratamento por impregnação
DA LIMPEZA DO TANQUE

RESTOS DE TINTAS, VERNIZES Acabamento


E COLA CONTENDO
SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS Montagem

RESTOS DE TINTAS, Acabamento


VERNIZES E COLA Montagem

EMBALAGENS
Fig. 23 CONTAMINADAS
Embalagens
Acabamento
Montagem
EMBALAGENS NÃO Manutenção
Fig. 24
CONTAMINADAS
Embalagem de
cartão limpa
(www.lnbcar.com)

Fig. 25 DESPERDÍCIOS
Resíduos Manutenção dos equipamentos Industriais
Contaminados
CONTAMINADOS
(www.lnbcar.com)

PILHAS E
Baterias e pilhas
ACUMULADORES
Fig. 26
Bateria
(www.lnbcar.com)

64
GESTÃO
AMBIENTAL

CÓDIGO LER

LER 03 01 01 - Resíduos do descasque de madeira e de cortiça.

LER 03 01 05 - Serradura, aparas, fitas de aplainamento, madeira, aglomerados e


folheados não abrangidos em 03 01.

LER 03 01 04 (*) - Serradura, aparas, fitas de aplainamento, madeira, aglomerados e


folheados, contendo substâncias perigosas.

LER 03 02 05 (*) - Outros agentes de preservação da madeira contendo substâncias


perigosas.
LER 08 01 11 (*) - Resíduos de tintas e vernizes contendo solventes orgânicos ou
outras substâncias perigosas.

LER 08 04 09 (*) - Resíduos de colas ou vedantes contendo solventes orgânicos ou


outras substâncias perigosas.
LER 08 01 12 - Resíduos de tintas e vernizes não abrangidos em 08 01 11.
LER 08 04 10 - Resíduos de colas ou vedantes não abrangidos em 08 04 09.

LER LER 15 01 10 (*) – Embalagens contendo ou contaminadas por resíduos de


substâncias perigosas.

LER 15 01 01 - Embalagens de papel e cartão.


LER 15 01 02 - Embalagens de plástico.
LER 15 01 03 - Embalagens de madeira.
LER 15 01 04 - Embalagens de metal.

LER 15 02 02 (*) - Absorventes, materiais filtrantes (incluindo filtros de óleo


não anteriormente especificados), panos de limpeza e vestuário de protecção,
contaminados por substâncias perigosas.

LER 160601 (*) - Pilhas de chumbo.


LER 160602 (*) - Pilhas de níquel-cádmio.
LER 160603 (*) - Pilhas de mercúrio.
LER 160604 - Pilhas alcalinas (excepto 160603).
LER 160605 - Outras pilhas e acumuladores.

65
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

RESÍDUO ORIGEM
RESÍDUOS DE
EQUIPAMENTO ELÉCTRICO
E ELECTRÓNICO Actividades industriais e administrativas
Fig. 27 (EQUIPAMENTO INFORMÁTICO, IMPRESSORAS,
REEE TELEFONES, LÂMPADAS CLÁSSICAS E
(www.lnbcar.com) COMPACTAS, EQUIPAMENTOS DOMÉSTICOS,…)

Resíduos
Actividade industrial e administrativa
de lâmpadas

Valorização energética dos resíduos de madeira na


Cinzas da Caldeira
caldeira a biomassa

4.2.5 Emissões para a atmosfera


As boas práticas a seguir em relação às emissões para a atmosfera estão
directamente relacionadas com as exigências da legislação em vigor. Neste
sector industrial, as emissões para a atmosfera são provenientes do processo
de acabamento executado na cabine de pintura, nomeadamente das operações
de aplicação e secagem dos produtos e, quando aplicável, da caldeira.

Em ambas as situações, as chaminés existentes na instalação que efectuam


Fig. 28 a exaustão das emissões gasosas devem cumprir a legislação em vigor, no
Cabine de
secagem após
acabamento
que respeita aos aspectos construtivos, conforme exigido no Decreto-Lei
(Antarte)
n.º78/2004 de 03 de Abril e na Portaria nº Portaria n.º 263/2005 de 17 de Março.
Destes destacam-se as seguintes recomendações:
|| As chaminés não podem ter uma altura inferior a 10 m, salvo nas situações

previstas nos nºs 2 a 6 do artigo 31º Decreto-Lei n.º 78/2004 de 03 de Abril;


|| A chaminé deve apresentar secção circular, o seu contorno não deve ter

pontos angulosos e a variação da secção, particularmente nas proximidades


da saída dos efluentes gasosos para a atmosfera, deve ser contínua e lenta,
devendo ainda a convergência ser cuidadosamente realizada;
|| Não é permitida a colocação de «chapéus» no topo de qualquer chaminé

associada a processos de combustão (chaminé da caldeira). Nos restantes


Fig. 29
Chaminés de
uma indústria
processos podem ser colocados dispositivos no topo desde que estes não
do sector
(Antarte) diminuam a dispersão vertical ascendente dos gases;
|| A chaminé deve ser dotada de tomas de amostragem para captação de

emissões.

O autocontrolo das emissões das chaminés para a atmosfera é obrigatório e


da responsabilidade do industrial. Cada chaminé deve ser sujeita a medições
duas vezes no ano e após a obtenção dos resultados, caso a quantidade de
poluente emitida seja inferior aos limiares mássicos estabelecidos legalmente
66
(Portaria n.º 80/2006 de 23 de Janeiro), esta poderá ser efectuada de 3 em 3
GESTÃO
AMBIENTAL

CÓDIGO LER

LER 20 01 35 (*) - Equipamento eléctrico e electrónico fora de uso não abrangido em


20 01 21 ou 20 01 23 contendo componentes perigosos

LER - 20 01 36 - Equipamento eléctrico e electrónico fora de uso não abrangido


em20 01 21, 20 01 23 ou 20 01 35

LER 20 01 21 (*) - Lâmpadas fluorescentes e outros resíduos contendo mercúrio.

LER 10 01 01 - Cinzas, escórias e poeiras de caldeiras


(excluindo as poeiras de caldeiras abrangidas em 10 01 04).

anos, se não se verificarem alterações a nível do processo. Este autocontrolo


deve ser efectuado por laboratórios acreditados (ver 5.2.2.1.2), pelo menos,
de 3 em 3 anos.

O Decreto-Lei n.º 78/2004 de 03 de Abril prevê a dispensa da monitorização


de chaminés associadas a instalações que funcionem menos de 25 dias por
ano ou por um período anual inferior a quinhentas horas.

Independentemente do número de chaminés existentes na instalação, é uma


boa prática a elaboração de um inventário que inclua, para cada fonte de
emissão, as características de construção, os resultados das monitorizações
efectuadas e a frequência.

4.2.6 Substâncias Químicas


4.2.6.1 Armazenamento, manuseamento e utilização
As substâncias químicas utilizadas neste sector industrial, nomeadamente os
produtos de acabamento e, eventualmente, os utilizados no tratamento das
águas residuais, contêm substâncias perigosas para ambiente.

Deste modo o seu manuseamento, armazenamento e utilização deve seguir um


conjunto de boas práticas de forma a evitar a ocorrência de derrames e, caso
estes aconteçam, proceder à sua rápida contenção para evitar uma possível
contaminação do solo.

O armazenamento, manuseamento e utilização das substâncias químicas deve


ser efectuado sob uma bacia de contenção, para que caso ocorra um derrame Fig. 30
Exemplo de
este não contamine o solo. Existem várias soluções, mas um princípio a seguir armazenamento
de substâncias
é que as substâncias químicas perigosas devem ser colocadas sob um material químicas
(www.manutan.pt)

67
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

impermeável e que exista uma barreira que consiga conter o conteúdo corres-
pondente ao volume dos produtos armazenados.

4.2.6.2 Fichas de Dados de Segurança


Todas as substâncias químicas, classificadas como perigosas, existentes na
instalação, devem dispor da ficha de dados de segurança respectiva e esta
Fig. 31 deve estar no seu local de armazenamento, manuseamento e utilização.
Armazenamento
dos produtos
de acabamento
(Antarte)
A nível ambiental esta ficha dispõe de informações relevantes que os seus
utilizadores devem conhecer, nomeadamente nas secções:

Secção 2: Identificação dos perigos


Nesta secção são apresentados os perigos associados à substância, nomeada-
mente os que têm incidência no ambiente. Quando a substância é perigosa para
o ambiente é colocado neste ponto o símbolo de “Perigoso para o ambiente”
apresentado na Figura 32.
Fig. 32
Símbolo de
“Perigoso para
o ambiente” Secção 6: Medidas a tomar em caso de fugas acidentais
Esta secção apresenta as recomendações sobre a resposta adequada em caso
de derrames, fugas ou emissões, a fim de prevenir ou minimizar os respectivos
efeitos adversos sobre o ambiente.

Secção 12: Informação ecológica


Nesta secção são descritas as informações destinadas a avaliar o impacto
ambiental da substância química quando libertada para o ambiente. Estas
informações são úteis na gestão de derrames e na avaliação das práticas de
tratamento de resíduos.

Secção 13: Considerações relativas à eliminação


Nesta secção da ficha de dados de segurança são descritas as informações
relativas a uma adequada gestão dos resíduos da substância e/ou respectivos
recipientes, a fim de prestar apoio na determinação das opções de gestão de
resíduos mais seguras e preferíveis do ponto de vista ambiental.

Secção 15: Informação sobre regulamentação


Fig. 33
Exemplo de Ficha Esta secção da ficha de dados de segurança descreve as outras informações
de Dados
de Segurança regulamentares sobre a substância que ainda não constam da ficha de dados
(www.cin.pt)

de segurança e que são relevantes na sua utilização.

68
GESTÃO
AMBIENTAL

4.2.6.3 Rotulagem
Todas as embalagens das substâncias químicas devem ser devidamente rotu-
ladas pelo fornecedor, cumprindo o disposto no Decreto-Lei n.º 98/2010 de 11
de Agosto, e quando internamente são transferidas para outras embalagens,
estas também devem manter a informação constante no rótulo original.

A importância da existência do rótulo nas embalagens de substâncias químicas


perigosas, é que este contém um conjunto de informação relevante, nomea-
damente sobre os perigos para o ambiente.

4.2.6.4 Controlo de derrames


Mesmo implementando e mantendo as boas práticas no armazenamento,
manuseamento e utilização das substâncias químicas, por vezes os acidentes
ocorrem. Por este motivo, é importante a formação e treino dos colaborado-
res quanto à forma de actuarem nestas situações, de forma a minimizarem
potenciais impactes ambientais, nomeadamente a contaminação dos solo
e das águas. É também fundamental, disponibilizar material adequado para
a contenção de derrames, que deve estar localizado nos locais onde estas
substâncias são armazenadas, manuseadas e utilizadas.

É de realçar que após o eventual derrame, todo o material utilizado na con-


tenção e limpeza do derrame deve ser armazenado num contentor estanque,
devidamente rotulado, segundo as regras estabelecidas para a rotulagem
dos resíduos e ser posteriormente entregue a um operador de resíduos para
o seu correcto tratamento.

4.2.7 Ruído
O ruído emitido para o exterior das instalações industriais tem como principais
fontes os equipamentos fabris. As boas práticas a seguir neste âmbito estão Fig. 34
relacionadas com o cumprimento das orientações de manutenção dos equi- Material
absorvente para
contenção de
pamentos, referidas nos seus manuais. O excesso de ruído deve-se, por vezes, derrames
(www.manutan.pt)

ao mau funcionamento dos equipamentos, por falta de manutenção periódica.

69
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

4.3
Conclusão
A implementação das boas práticas de gestão ambiental propostas neste ca-
pítulo irá melhorar certamente o comportamento ambiental das organizações.
No entanto, é de realçar que é sempre possível melhorar e nesse âmbito as
exigências legais e a evolução tecnológica não nos permitem considerar que
está já tudo feito.

70
GESTÃO
AMBIENTAL

71
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

05 72
GESTÃO
AMBIENTAL

EQUIPAMENTOS

73
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

Este capítulo tem com objectivo propor soluções para equipamentos e tec-
nologias. Perante as acções identificadas como necessárias implementar e
as boas práticas sugeridas nos capítulos anteriores, são sugeridos, a título
de exemplo, contactos de fornecedores especializados.

De igual forma, no subcapítulo de serviços, e neste caso por imperativos legais,


são indicadas as entidades oficiais relacionadas com a legislação referida que,
se necessário, devem ser contactas no âmbito do cumprimento legal. Neste
mesmo capítulo, são também indicados um conjunto de laboratórios acredi-
tados que podem ser contactados no âmbito da realização obrigatória das
análises e medições às águas residuais, efluentes gasosos e ruído ambiental.
Por fim são apresentados, também a título exemplificativo, contactos de
operadores de resíduos licenciados para os resíduos enumerados no âmbito
do capítulo de boas práticas.

Considera-se que desta forma, será mais fácil os industriais conduzirem


as acções necessárias ao cumprimento legal e às boas práticas, já que têm
disponível contactos de potenciais fornecedores, de produtos e serviços, e
das entidades oficiais.

5.1
Equipamentos e Tecnologias
5.1.1 Equipamentos diversos para o processo produtivo
SILVINO LINDO IBÉRICO, SA
Granja - Gandra (E.N. 15) - Apartado 97,
4589-907 Rebordosa

T 224 157 750


F 224 157 759
E sml@sml.pt
W www.sml.pt

74
GESTÃO
AMBIENTAL

SYSTEM FILTER MEDIAM, LDA


Rua Chão do Rei, nº2
Zona Industrial das Ervosas
3830-00 Ílhavo - Aveiro

T 234 423 808


F 234 480 616
E geral@systemfilter.pt
W www.systemfilter.pt

J. FERREIRA & JESUS, LDA - MÁQUINAS E FERRAMENTAS


PARA TRABALHAR MADEIRA
Complexo Industrial das Devesas
Rua das Devesas, nº 26
4595 - 069 Seroa PFR

T 255 866 517


F 255 865 979
E jfj@jfj.pt
W www.jfj.pt

5.1.2 Caldeiras a biomassa


VENTIL, LDA
Zona Industrial das Ervosas
Apartado 27
3834-909 Ílhavo

T 234 325 085 


F 234 325 086
E ventil@ventil.pt
W www.ventil.pt

AMBITERMO, LDA
Zona Industrial de Cantanhede, Lote 37
3060-197 Cantanhede

T 231 410 210 


F 231 410 211 
E ambitermo@ambitermo.com 75

W www.ambitermo.com
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

5.1.3 Chaminés industriais e tratamento de efluentes gasosos


AMBITERMO, LDA
Zona Industrial de Cantanhede, Lote 37
3060-197 Cantanhede

T 231 410 210 


F 231 410 211 
E ambitermo@ambitermo.com
W www.ambitermo.com

VENTIL, LDA
Zona Industrial das Ervosas
Apartado 27
3834-909 Ílhavo

T 234 325 085 


F 234 325 086
E ventil@ventil.pt
W www.ventil.pt

VENTIL AQUA, LDA


Quinta dos Militares, Lote 10, EN1
Casa Meada
3040-584 Coimbra

T 239 437 336 


F 239 438 619
E geral@ventilaqua.com
W www.ventilaqua.com

5.1.4 Controlo de ruído e vibrações para o exterior


ABSORSOR INDÚSTRIA - CONTROLO DE RUÍDO E VIBRAÇÃO
Zona Industrial do Alto da Cruz, Rua A, Lote nº1, Armazém J
4780-583 Santo Tirso

T 252 098 853


F 252 862 319
E industria@absorsor.pt
76 W www.absorsor.pt
GESTÃO
AMBIENTAL

SILENT SYSTEMS - RUÍDO E VIBRAÇÃO, LDA


Rua Gaivotas Terra 3.17.01,5º-D Expo
1990-601 Lisboa

T 218 943 127


F 218 943 127
E geral@silentsystems.pt
W www.silentsystems.pt

5.1.5 Contentores para a recolha selectiva de resíduos


MANUTAN PORTUGAL
Avenida do Forte nº3, Edifício Suécia IV, piso 2
2794-042 Carnaxide

T 214 241 060


F 214 160 815
E info@manutan.pt
W www.manutan.pt

OTTO PORTUGAL
Zona Industrial da Moita
Rua dos Tanoeiros, Lote 48 - Arroteias
2860-193 Alhos Vedros

T 212 328 760


F 212 328 769
E otto-portugal@otto-industrial.pt
W www.ottoportugal.com

5.1.6 Material absorvente para a contenção de derrames


MANUTAN PORTUGAL
Avenida do Forte nº3, Edifício Suécia IV, piso 2
2794-042 Carnaxide

T 214 241 060


F 214 160 815
E info@manutan.pt
W www.manutan.pt
77
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

3M PORTUGAL, LDA - SEDE


Rua do Conde de Redondo, 98
1169-009 Lisboa

T 213 134 500


F 213 134 680
W http://solutions.3m.com/wps/portal/3M/pt_PT/EU2/Country/

3M PORTUGAL, LDA - delegação do porto


Edifício TEC-Maia Sala 3M, Rua Eng. Frederico Ulrich nº 2650 - Moreira
4470-605 Maia

T 220 994 614/15


F 220 935 594
W http://solutions.3m.com/wps/portal/3M/pt_PT/EU2/Country/

5.1.7 Torneiras temporizadas


sanitop, lda
Zona Industrial 2ª Fase, Apartado 538
4935-232 Neiva - Viana do Castelo

T 258 350 010


F 258 350 011
E sanitop@sanitop.pt
W www.sanitop.pt

grohe portugal
Avenida do Bessa, 290 - 1.º Esq. Frt.
4100-012 Porto

T 225 432 980


F 225 432 999
E comercial@grohe.pt
W www.grohe.pt

78
GESTÃO
AMBIENTAL

FÁBRICA CERÂMICA DE VALADARES, SA


Apartado 3 / EC Valadares
4406-951 Vila Nova de Gaia

T 227 150 000


F 227 150 091
E comercial@valadares.com
W www.valadares.com

5.2
Serviços
5.2.1 Entidades oficiais
APA - AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE
Rua da Murgueira, 9/9A
2611-865 Amadora

T 214 728 200


F 214 719 074
E geral@apambiente.pt
W www.apambiente.pt

ARH - ADMINISTRAÇÃO DA REGIÃO HIDROGRÁFICA


Administração de Região Hidrográfica do Norte, I. P.
Rua Formosa, 254
4049-030 Porto

T 223 400 000


F 226 073 043
W www.arhnorte.pt

79
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

CCDR N - COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO


REGIONAL DO NORTE
Rua Rainha D. Estefânia n.º 251,
4150-304 Porto

T 226 086 300


F 226 061 489
E geral@ccdr-n.pt
W www.ccdr-n.pt

CCDR C - COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO


REGIONAL DO centro
Rua Bernardim Ribeiro, 80
3000-069 Coimbra

T 239 400 100


F 239 400 115
E geral@ccdrc.pt 
W www.ccdrc.pt

CCDR LVT - COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO


REGIONAL De lisboa e vale do tejo
Rua Braamcamp, nº 7
1250-048 Lisboa

T 210 101 300


F 210 101 302
E geral@ccdr-lvt.pt
W www.ccdr-lvt.pt

CCDR Alentejo - COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E


DESENVOLVIMENTO REGIONAL Do alentejo
Avenida Engenheiro Arantes e Oliveira, 193
7004-514 Évora

T 266 740 300


F 266 706 562
E expediente@ccdr-a.gov.pt
80 W www.ccdr-a.gov.pt
GESTÃO
AMBIENTAL

CCDR algarve - COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO


REGIONAL Do algarve
Praça da Liberdade, 2
8000-164 Faro

T 289 895 200


F 289 807 623
E geral@ccdr-alg.pt
W www.ccdr-alg.pt

adene - agência para a energia


Rua Dr. António Loureiro Borges, nº 5 - 6º andar
1495-131 Algés

T 214 722 800


F 214 722 898
E geral@adene.pt
W www.adene.pt

5.2.2 Serviços para as empresas


5.2.2.1 Laboratórios de ensaio acreditados

5.2.2.1.1 Laboratórios de Ensaio Acreditados - Efluentes líquidos


tratave - tratamento de águas residuais do ave, sa -
laboratório de ensaios analíticos
ETAR de Rabada Lugar de Rabada
4780-143 Burgães - Santo Tirso

T 252 850 711


F 252 850 740
E tratave@tratave.pt
W www.lusagua.pt

81
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

iaren - instituto da água da região norte


Rua Dr. Eduardo Torres, 229
4450-113 Matosinhos

T 229 364 210


F 229 364 219
E geral@iaren.pt
W www.iaren.pt

5.2.2.1.2 Laboratórios de Ensaio Acreditados - Efluentes Gasosos


sondar - amostragens e tecnologias do ar, lda
Centro Empresarial da Gafanha
Rua de Goa 2.º Andar, Bloco C E 20
3830-702 Gafanha da Nazaré - Aveiro

T 234 397 790


F 234 397 799
E sondar@sondar.net
W www.sondar.net

inegi - instituto de engenharia mecânica e gestão industrial


Campus da FEUP
Rua Dr. Roberto Frias, 400
4200-465 Porto

T 229 578 710


F 229 578 716
E inegi@inegi.up.pt
W www.inegi.up.pt

82
GESTÃO
AMBIENTAL

5.2.2.1.3 Laboratórios de Ensaio Acreditados - Medições do Ruído


Ambiental
instituto electrónico português - laboratório de
metrologia e ensaios
Rua de S. Gens, 3717
4460-409 Senhora da Hora - Porto

T 229 570 000


F 229 530 594
E paulo.cabral@iep.pt
W www.iep.pt

catim - centro de apoio tecnológico à indústria


metalomecânica - laboratório de estudos de ruído
Rua dos Plátanos 197
4100-414 Porto

T 226 159 000


F 226 176 213
E catim.porto@catim.pt
W www.catim.pt

Lista de laboratórios de ensaios acreditados


W www.ipac.pt/pesquisa/acredita.asp

5.2.2.2 Operadores de Gestão de Resíduos


Pela consulta do Sistema de Informação do Licenciamento de Operações de
Gestão de Resíduos, em www.apambiente.pt/silogr/pages/PesquisarLER.
aspx, tem-se acesso à Lista de operadores de gestão de resíduos autorizados
pelo Ministério do Ambiente.

No entanto, são de seguida enumerados, a título de exemplo, possíveis opera-


dores para os resíduos gerados no sector industrial da madeira e mobiliário:

83
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

carmona - gestão global de resíduos perigosos, sa


Monte dos Bijagós, Jardia
2925-292 Azeitão

T 212 197 250


F 212 188 876
E geral@carmona.pt
W www.carmona.pt

benta & benta, lda


Parque Industrial de Laúndos, Lotes 6 e 7
Póvoa de Varzim

T 252 607 964

euroseparadora - gestão de resíduos, lda


Rua das Fontaínhas, nº 48, Arcozelo
4730-020 Vila Verde

T 253 380 020


F 253 380 029
E geral@euroseparadora.pt
W www.euroseparadora.pt

carmo benta - centro de recepção, desmantelamento de


veículos em fim de vida e gestão de resíduos, lda
Rua dos Balazeiros, Zona Industrial de Argivai, Lote4,5 e 6,
4490-232 Argivai, Póvoa de Varzim

T 252 622 495


F 252 622 496
E geral@lnbcar.com
W www.lnbcar.com

84
GESTÃO
AMBIENTAL

5.2.2.3 Aterros para resíduos não perigosos de origem industrial


valor rib - indústria de resíduos, lda
Carlos Bacelar, 174; Apartado 56
4761-922 Vila Nova de Famalicão

T 252 323 225


F 252 323 232

rima - resíduos industriais e meio ambiente, sa


Rua da Serra de Campelos, Nº 975
4620-868 Lousada

T 255 881 403


F 255 881 405

aterro da resilei - tratamento de resíduos industriais, sa


Quinta do Banco, Apartado 772
2401-978 Leiria

T 244 577 181/2


F 244 577 211

citri - centro integrado de tratamento de resíduos industriais


Apartado 283
2901-901 Setúbal

T 265 710 370


F 265 710 379

5.2.24 ATERROS PARA RESÍDUOS PERIGOSOS


ecodeal - gestão integral de resíduos industriais, sa
cirver ecodeal - centro integrado de recuperação,
valorização e eliminação de resíduos perigosos da ecodeal
Eco Parque do Relvão, Rua Pinhal do Duque
2140-671 Carregueira

T 249 749 030


F 249 749 039 85
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

sisave - sistema integrado de tratamento e eliminação de


resíduos, sa
cirver sisav - centro integrado de recuperação,
valorização e eliminação de resíduos perigosos do sisav
Eco Parque do Relvão, Rua Cabeço do Seixo
2140-671 Carregueira

T 249 000 500


F 249 000 509

5.2.2.5 Sistema integrado de gestão de resíduos de embalagens


sociedade ponto verde
T 808 500 045
E info@pontoverde.pt
E www.pontoverde.pt

86
GESTÃO
AMBIENTAL

87
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

88
GESTÃO
AMBIENTAL

SIGLAS
E DEFINIÇÕES

89
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

APA - Agência Portuguesa do Ambiente (Ministério do Ambiente e Ordena-


mento do Território).

CCDR - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional.

ARH - Administração da Região Hidrográfica.

VLE - Valores limite de emissão - a massa, expressa em unidades específicas


para cada parâmetro, a concentração ou o nível de uma emissão de determina-
da substância que não deve ser excedido durante um ou mais períodos deter-
minados de tempo por uma instalação na descarga no meio aquático e no solo.

Águas residuais domésticas - águas residuais de instalações residenciais e


serviços, essencialmente provenientes do metabolismo humano e actividades
domésticas.

Águas residuais industriais - todas as águas residuais provenientes de qual-


quer tipo de actividade que não possam ser classificadas como águas residuais
domésticas nem sejam águas pluviais.

Águas residuais urbanas - águas residuais domésticas ou a mistura destas


com águas residuais industriais ou com águas pluviais.

CIE - Consumidoras intensivas de energia (Instalações).

ADENE - Agência para a Energia.

LER – Lista europeia de resíduos – conforme apresentada na Portaria n.º


209/2004 de 03 de Março.

Resíduo industrial - o resíduo gerado em processos produtivos industriais,


bem como o que resulte das actividades de produção e distribuição de elec-
tricidade gás e água.

Resíduo perigoso - o resíduo que apresente, pelo menos, uma característica de


perigosidade para a saúde ou para o ambiente, nomeadamente os identificados
com um asterisco (*) na Lista Europeia de Resíduos (Portaria n.º 209/2004 de
03 de Março).

Resíduo urbano - o resíduo proveniente de habitações bem como outro resíduo


que, pela sua natureza ou composição, seja semelhante ao resíduo proveniente
90
de habitações.
GESTÃO
AMBIENTAL

Biomassa - os produtos que consistem, na totalidade ou em parte, numa


matéria vegetal proveniente da agricultura ou da silvicultura, que pode ser
utilizada como combustível para efeitos de recuperação do seu teor ener-
gético, bem como os resíduos a seguir enumerados quando utilizados como
combustível:…..v) Resíduos de madeira, com excepção daqueles que possam
conter compostos orgânicos halogenados ou metais pesados resultantes de
tratamento com conservantes ou revestimento, incluindo, em especial, resí-
duos de madeira provenientes de obras de construção e demolição.

SIRAPA - Sistema Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente.

INCM – Imprensa Nacional - Casa da Moeda.

IPAC – Instituto Português de Acreditação.

Zona mista - a área definida em plano municipal de ordenamento do território,


cuja ocupação seja afecta a outros usos, existentes ou previstos, para além
dos referidos na definição de zona sensível.

Zona sensível - a área definida em plano municipal de ordenamento do ter-


ritório como vocacionada para uso habitacional, ou para escolas, hospitais
ou similares, ou espaços de lazer, existentes ou previstos, podendo conter
pequenas unidades de comércio e de serviços destinadas a servir a população
local, tais como cafés e outros estabelecimentos de restauração, papelarias
e outros estabelecimentos de comércio tradicional, sem funcionamento no
período nocturno.

Receptor sensível - edifício habitacional, escolar, hospitalar ou similar ou


espaço de lazer, com utilização humana.

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GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

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GESTÃO
AMBIENTAL

BIBLIOGRAFIA

93
GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

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GESTÃO
AMBIENTAL

(1)

DRE. Diário da República Electrónico. [Online] Setembro de 2010. www.dre.pt.

(2)

Euro-Lex. Euro-Lex. [Online] Setembro de 2010. http://eur-lex.europa.eu/pt/


index.htm.

(3)

ISO. ISO 14001- Sistemas de gestão ambiental - Requisitos e linhas de orien-


tação para a sua utilização. 2004.

(4)

APA. Agência Portuguesa do Ambiente. Agência Portuguesa do Ambiente.


[Online] www.apambiente.pt.

(5)

INETI. Guia Técnico - Sector da Indústria da Madeira e do Mobiliário. Lisboa :


Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial, 2000.

(6)

IGAOT. Indústrias Transformadoras da Madeira. Lisboa : Inspecção Geral do


Ambiente e do Ordenamento do Território, 2008.

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GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

96
GESTÃO
AMBIENTAL

Rua Álvares Cabral, 281


4050-041 Porto

T 223 394 200


F 223 394 210
E aimmp@aimmp.pt
www.aimmp.pt

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GUIA
DE BOAS
PRÁTICAS

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