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Elegast( espirito élfico) Heimdall ( O Deus da Luz)

• - Quando e onde ele nasceu e cresceu? é interessante descrever bem o local.

• - Ele conheceu seus pais? Como foi sua infância? A infância e seus traumas rendem um ótimo
RP, mas não se deve exagerar.
• - Os pais deles ainda estão vivos?
• - Se sim, como e onde eles vivem? Nem todo o personagem é orfão.
• - Ele tem irmãos ou irmãs? Sabe onde eles estão e o que estão fazendo?
• - Ele teve amigos em sua juventude? Descreva-os.
• - Ele é casado, noivo ou perdeu alguém que amou? Como isso aconteceu?
• - Ele tem filhos? Se tem, como eles são? Diga também se os filhos estão com ele ou estão
distantes.

"Após a infância pense em como ele se embrenhou na vida de vampiro e porquê."

• - Como foi sua adolencência? Conte bem detalhado.


• - Como esta sendo adulto? Descreve detalhadamente!

" Tenha calma, digita com calma, respira... Seu personagem já ta começando a ficar bom".

• - Como ele aprendeu o que ele faz hoje e a ser o que ele é? Um histórico de como adquiriu
sua atual classe de vampiro.
• - O que o personagem faz atualmente para viver? e Por quê?
• - Qual o aspecto da aparência de seu personagem que é mais distintiva ou facilmente
notada?

" Tenta dar uma enfeitada nas repostas, deixar já pré-montadas para ajuntar tudo".

• - Quais são seus objetivos iniciais?


• - Por que ele tenta fazer isso?
• - O que ele vai fazer se conseguir?
• - E se falhar?

"Mesmo um personagem novo pode ter grandes histórias para contar. Ele pode ter lutado
contra humanos que se ergueram contra sua raça, e por isso odeia humanos."

• - O que ele considera o maior obstáculo em seu sucesso?


• - O que ele faz para sobrepujar esses obstáculos?
• - Se ele pudesse mudar alguma coisa no mundo o que seria?
• - Se ele pudesse mudar alguma coisa em si mesmo o que seria?
• - Quais são os medos e receios do personagem?

" Nossa incrivel, se chegou até aqui é porque ta indo super bem. Olha não precisa responder
todas as perguntas".

• - Como convive na sua cidade atual?

"A idéia é ir juntando tudo, interligando os fatos, tornado a história mais dinâmica, mais
verossímil. Todas as coisas (Talvez não todas...) acontecem por algum motivo, por isso dê
motivações aos personagens."

• - Qual a atitude do personagem em relação ao mundo?


• - Qual a atitude dele em relação às outras pessoas?
• - Ele tem atitudes diferenciadas para certos grupos de pessoas?

" Como ta indo? Olha pode completa com idéias propias as perguntas".

• - Como ele passa suas horas vagas? Quando está vivendo como alguém comum. Ele consegue
ser comum?
• - O que ele gosta de vestir?
• - O que ele mais gosta no que faz?
• - O que ele gosta de comer?
• - Tem algum passatempo?

" Ajunta tudo, crie uma cronica com as resposta já vai pensando em ajuntar tudo... tenha
calma que vai dar certo. Continue respondendo para depois ajuntar".

• - Tem algum animal de estimação?


• - Que tipo de companhia ele prefere?
• - Ele tem algum sonho?
• - Ele tem alguma obsessão?
• - Fez algum voto ou juramento que não pode quebrar?
• - Existe alguma coisa que deixou para trás em sua vida?

" Imagina seu personagem em sua mente... Isso deixa ele em sua mente... Memorize ele".

• - E seu presente! Como anda seu presente? Explique detalhadamente.


• - O que ele pensa a respeito de seu passado? Gosta ou não de falar dele?

" Olha o fim chegando ai... Bora lá agora arrebenta e se concentra, responda bem as
perguntas".

• - Para qual Deus ele ora? É aconselhável pesquisar o Deus que mais se adequa a seu
personagem.
• - Por que ele ora para esse Deus?
• - Ele prefere viver em cidades ou em lugares selvagens?

" A ultima pergunta".

• - Como ele chegou na cidade (ou Reino, o local da aventura) , ou se ele ja era morador da
cidade. Descreva isso.

TERMINE COM UM FINAL LEGAL O BG!


AJUNTA AS RESPOSTA E MONTA UMA CRONICA!!!

Entendeu? Essa é a “fórmula”. Seu personagem depende de seu passado, por isso é necessário
que você o crie. Fazendo-o você o interpretará melhor e, consequentemente, se divertirá
mais, tornando-se um jogador melhor. Viu como tudo está interligado?

No geral, é isso. Como sempre, vale mais para os iniciantes do que para os veteranos mas,
pensando bem, o que é que os veteranos não sabem? É isso!
endo crescido em uma pequena e pacata vila élfica, Elanor sempre teve que disputar a atenção dos pais com o
seu irmão mais velho, Aranil. Aranil era o primogênito, mas como se isso não bastasse ele era mais alto, mais
forte (até mesmo para os padrões élficos) e mais popular na vila. Em todos os jogos de criança Aranil era o
melhor, e como se o destino fizesse questão de caçoar das pessoas, Elanor sempre era o último. Ele cresceu
sendo apenas uma sombra do seu irmão, ignorado pela sua família e pelos vizinhos.

Com o passar dos anos, Aranil tornou-se forte e bravo, vindo a tornar-se um paladino élfico enquanto seu
irmão, apesar de todos os seus esforços para provar o seu valor e provar que também poderia ser tão glorioso
quanto o seu irmão, não passava de um mero mateiro, tentando entender os segredos das matas, o que parecia
fácil demais para a maioria dos elfos. Elanor precisava provar o seu valor. Ele tinha uma boa relação com o seu
irmão, entretanto, ele precisava provar não apenas para os habitantes da vila e para os seus parentes, mas para
si mesmo que ele tinha tanto potencial quanto Aranil. Infelizmente ele não tinha tal potencial.

Incontáveis vezes Elanor tentou se aventurar para fora dos limites da floresta, isto só acabava gerando
brigas com alguns elfos locais, que, de certa forma, serviam para humilhar ainda mais o pobre elfo, já qe o seu
irmão, muitas vezes, precisava interferir, caso contrário Elanor seria severamente espancado. Certa vez, em
mais uma de suas tentativas de explorar os limites da floresta, Elanor foi surpreendido por alguns caçadores.
Seu irmão, entretanto, o havia seguido, e, empunhando sua espada élfica, partiu para o seu socorro. Os
caçadores, apesar de não estarem com armaduras e armas apropriadas, estavam em maior número e acabaram
por imobilizar o paladino élfico, enquanto seu irmão, Elanor, conseguia se esgueirar para um local mais seguro.
Temendo pela segurança do seu amado parente, o elfo sacou seu arco e mirou no homem que estava pronto
para amarrar o seu quase inconsciente irmão. A flecha voou zunindo através da mata, direto no pescoço de
Aranil.

Os caçadores, assustados, largaram o corpo do elfo no chão e correram dali. Elanor estava estático, acabara
de atirar no próprio irmão. Alguns segundos depois precipitou-se em direção ao corpo, já sem vida, jogado
entre os arbustos. Sem sequer tomar conhecimento da morte do irmão ele levantou o corpo e correu (o que
pode…) até a vila élfica. A comoção foi geral. Pouco tempo depois todos na vila já sabiam da morte do jovem
paladino. Não demorou muito para lhe perguntarem o que uma flecha élfica fazia no pescoço do cadáver.
Elanor contou a verdade, toda ela. Era o mínimo que podia fazer.

Os elfos, bondosos por natureza, perdoaram Elanor, entretanto, ele nunca foi tão rejeitado quanto naqueles
últimos dias em que suportou ficar na vila. As pessoas evitavam ficar perto dele, passavam para outras partes
do córrego quando ele ia buscar água. Até mesmo a sua família parecia estar tratando-o de forma mais dura,
como se seus corações não tivessem perdoado o que ele fizera ao seu filho mais amado. Ao filho mais amado de
toda a vila.

Elanor não pôde suportar mais viver como um pária aceito pela sociedade e se mudou para outras partes da
floresta, para ter a companhia, pelo menos, dos animais. Porém, era como se a própria natureza conhecesse o
seu ato hediondo, pois nem mesmo os animais da floresta sentiam-se a vontade com ele. Elanor estava a ponto
de ficar revoltado com toda a situação, afinal de contas ele não tinha culpa do que fizera. Se ele havia atirado
aquela flecha era porque ele amava (e realmente amava) o se irmão, no entanto as fortunas decidiram guiar a
sua mão na direção errada, e ele não poderia fazer nada em relação a isso.

Não demorou muito até Elanor sentir a necessidade de viver em comunidade mais uma vez. A vila élfica
estava fora de questão, então só restava para ele a cidade de homens próxima da borda das matas. E foi para lá
que o jovem elfo foi e decidiu levar a sua vida. Lá ele tornou-se um guia pelas matas e um mateiro. Lá ele
aprendeu a ler os movimentos e as intenções dos homens, e lá ele aprendeu a confiar apenas nele o no seu
arco.

Ebheaks Jitoksi é um meio-elfo bastante jovem para os padrões da raça (25 anos), com
impressionantes 1.90 de altura e longos cabelos loiros. Bastante asseado, raramente é visto
sem estar propriamente vestido, mantendo-se sempre barbeado ("a pior herança humana") e
bem vestido, mesmo em suas viagens. Geralmente é visto vestindo calças e mantos, que o
mantém em uma temperatura agradável, costume aprendido enquanto estudava as tribos do
norte. Seus trajes, quando em cidades, são brancos com detalhes vermelhos. Ao viajar, prefere
trajes pretos com detalhes vermelhos, por ocultarem a "inconveniente poeira que é inerente às
longas jornadas". Além dos diversos utensílios carregados em sua cintura, e seu grimório, um
item inseparável é seu cajado. Um bastão de carvalho trabalhado e retorcido, com uma pedra
de aço-rubi na ponta.

Ebheaks possui uma personalidade forte e extremamente ambiciosa.


Diferente da maioria dos aventureiros, não sonha com tesouros abundantes e aventuras
emocionantes; seu objetivo é apenas um: conhecimento. Sua ambição o leva a sonhar com
posições elevadas, como um professor da famosa Academia Arcana, ou um membro do
Conselho dos Seis, em Vectora. Pensar em futuro com uma realização menor é cogitar o
fracasso.

Mas, tão grande quanto sua ambição são suas dúvidas: Talude ou Vectorius? Todos PODEM
aprender magia, mas todos DEVEM aprender magia? Essa incerteza de crença o levou a
relegar Wynna a um segundo plano, se voltando a Tanna-Toh. Incerteza essa que é resultado
de sua raça, "sem-lugar" no mundo. Rude e efêmero demais para ser aceito entre os elfos, mas
delicado e longevo demais para se identificar com os humanos, que geralmente se mostram
mais dispostos a aceitá-lo, apesar de sua preferência pela raça de seu pai.

A sua existência está diretamente vinculada à guerra no continente sul. Diferentemente da


maioria dos elfos, seu pai, Edaurir Jitoksi, logo percebeu o inevitável fracasso élfico. Druida na
região de Lenoriénn percebeu o crescimento das tropas goblinóides e a queda do império
élfico. Ele não esperou seu povo cair. Se mudou para Khalifor e lá conheceu Suentir, uma
estudiosa maga humana. Se casaram e tiveram um filho. Poderia-se dizer que não é um bom
presságio nascer no mesmo dia que a capital de uma das civilizações mais avançadas de
Arton caiu. Ebheaks ignora coincidências, o acaso.
Sua mente análitica e estudiosa se baseia em fatos, e seu nascimento em nada se relaciona
com os erros de seus antepassados. O que não o impede de ambicionar corrigí-los.
Ao longo da infância, com a queda de Lenórienn tão presente, seus pais preferiram protegê-lo,
educando-o em casa. Ele cresceu com uma educação de valores e conhecimentos mágicos de
duas raças. Sua ambição o levou a sonhar em ter o que nunca poderia ter, uma casa em
Lenórienn, entre a civilização que já não existe. Seu racionalismo o levou a buscar a forma de
sucesso maior, os estudos, o domínio arcano, para se provar como um grande mago. Mas
como avaliar seu nível? Suas habilidades? Se tornar um grande aventureiro? Muitos são... E se
ele conseguisse tomar Lenórienn? E se seus poderes o levassem a isso? Certamente seria
aceito e reconhecido... Mas para isso, deveria estudar, e buscar o conhecimento que seus pais
não tinham.

Já "adulto", vendo a queda eminente de Khalifor convenceu seus pais a se mudarem para
Malpetrim, uma cidade cheia de heróis que sempre poderiam proteger a cidade. Uma vez
assentados em Malpetrim, foi sua vez de partir, em busca de conhecimentos que não obteria
em casa, em buca de um dos dois grandes arquimagos de Arton. Mas qual? A única forma de
escolher seria conhecendo os dois, para aí possuir um modelo. Entretanto, ele nunca se
apresentaria a eles sendo tão amador, obviamente. Para isso, experiência como aventureiro
seria essencial, até mesmo para trilhar o mesmo caminho trilhado por seus ídolos a séculos
atrás. Nesse período, ocorrem as Guerras Táuricas e ele perde contato com seus pais. Edaurir
e Suentir se tornaram escravos do Império Táurico? Conseguiram se manter seguros na cidade
que é o foco de conflito atualmente, a cidade que ele convenceu seus pais a morarem? Sem
poder ele nada poderia fazer, seria fútil procurá-los. Uma visita seria uma perda de tempo para
seu objetivo: se tornar um grande mago e, com isso, mais um conflito em sua vida: sua família,
ou seu sucesso? Por enquanto, ele busca o sucesso, sempre duvidando de suas escolhas...

As Crônicas de Hirsey - As Folhas de Prata (Prólogo)


Do cume da montanha, Fënfallas podia avistar a cidadela proibida. Aos olhos mortais ela nunca
teria sido notada, apenas uma grande clareira entre as copas frondosas e verdejantes na
floresta dos druidas, mas a magia que reside no coração dos elfos permitia que seus olhos e
ouvidos aguçados percebessem não só aquilo que passava despercebido a todas as outras
raças, mas também aquilo que havia lhes sido ocultado por mágica.

O alto elfo desmontou sua égua parda e a amarrou em um tronco seco. A paisagem aqui, longe
do domínio sagrado dos druidas, era bem diferente. Não havia verde, apenas um chão seco e
poeirento e o que um dia haviam sido grandiosas árvores frutíferas agora não passavam de
troncos cinzentos e retorcidos. A terra batida e rachada parecia abraçar as ruínas do que
aparentava um dia ter sido uma cidade e os cinzentos blocos de alvenaria quebrados
contrastavam com os branquíssimos crânios de boi que ali jaziam.

O alto elfo sentou-se em uma pedra enquanto bebia o que restou da água de seu cantil de um
gole só. Havia feito uma longa viagem desde sua cidade natal, mas nem a mais longa das
jornadas seria o suficiente para preparar o aventureiro para o que estava por vir. Jogou seus
longos cabelos negros presos em forma de trança para trás e começou a vasculhar com os
olhos as ruínas da cidade em que se encontrava. Vez ou outra encontrava algo valioso em
ruínas como aquela. Valioso aliás era um conceito difícil de definir nestas terras, qualquer coisa
que pudesse ser útil era trocada por certas provisões em algum povoado.

Lembrou então de tempos distantes, da glória dos aventureiros, das invasões à grandes
masmorras e das riquezas em ouro e prata que elas continham. O mundo havia mudado desde
então, agora uma espada de aço bem afiada valia mais do que três vezes o seu peso em ouro,
um cavalo saudável e jovem saia mais caro do que doze escravas virgens e até um pão de um
quarto de quilo valia mais do que os outrora metais preciosos em mesma quantia. Mas mesmo
sendo realista, Fënfallas ainda colecionava pequenos objetos que encontrava. Talvez fosse um
sopro de sua tradição élfica, sempre admirando pequenas formas de arte, ou talvez fosse
apenas tolice de alguém quem ainda se prende às glórias do passado. De qualquer forma,
abaixou-se e apanhou uma pequena jóia do chão poeirento.

Eram dois pingentes em forma de folha de bordo e estavam negros e gastos, mas o elfo
percebeu que se tratava de prata. Pelo tamanho das jóias elas já valeriam pouco nos tempos
áureos, pela baixa quantidade de metal nobre utilizada. Nos dias de hoje, valiam menos que
um gole de água fresca. Rejeitando novamente a norma padrão, Fënfallas as guardou num dos
bolsos do cinto e levantou-se para partir.
Saudações amigos. Hoje trago-vos o incrível desfecho do combate entre
Skarr e Thingol. Sem mais delongas digo-vos que leiam rapidamente; valerá
muito a pena. Que os ventos da fortuna soprem sempre a vosso favor, caros
aventureiros!

As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 11)

Por ODIN.

Skarr era arrogante, mas definitivamente não era tolo ou burro. Sabia que
Thingol ainda tinha algum truque escondido, e decidiu que não daria tempo
para que o mago o colocasse em prática. Apesar de sua fúria assassina
encobrir de forma muito eficaz a dor que sentia, Skarr se irritava ao
perceber que sua mente ainda estava lenta por causa da névoa de Thingol.
Esta constatação apenas aumentou a fúria do poderoso orc, que rugiu como
um leão e disparou na direção de Thingol como um predador a instantes de
destroçar sua presa.

Thingol sabia que além de mortalmente forte, Skarr era muito rápido; o
machado do orc estaria trespassando seu corpo em poucos instantes, e nem
mesmo suas magias mais poderosas seriam capazes de destruir o corpo de
Skarr em um intervalo de tempo tão curto. O Alto Rei dos elfos respirou
fundo tentando ignorar a tontura e fraqueza que sentia por causa do
ferimento que sofrera. Thingol estendeu sua mão para Skarr e com absoluta
frieza e convicção proferiu algumas palavras no idioma dos elfos. Quando
Skarr estava a menos de nove metros de Thingol, ele sentiu todos os
músculos e ossos de seu corpo travarem, e bruscamente parou sem
conseguir mais avançar.

- MALDITO! - rosnou Skarr ainda mais furioso e frustrado por não conseguir
se mover – meu cinturão... deveria me proteger... disto...
- E protegeria – respondeu Thingol friamente – SE sua mente não estivesse
entorpecida por causa de minha névoa.
Apesar de estar próximo demais de Skarr, Thingol sabia que simplesmente
andar para trás iria abrir ainda mais seus ferimentos, e ele não poderia se
dar ao luxo de conjurar mais uma magia para se afastar de Skarr
magicamente pois ele se arriscava a desmaiar de exaustão a cada novo
encantamento que conjurava por causa do sangramento constante que
drenava rapidamente suas energias. Ele teria que terminar aquilo agora.
- Quando eu ... colocar as mãos em você... – rosnou Skarr reunindo toda sua
força de vontade para se libertar – você vai implorar pela morte...
- Cale-se verme – disse Thingol sentindo uma forte vertigem enquanto
estendia novamente sua mão na direção de Skarr – cale-se e morra!

Com a mão estendida e totalmente aberta, Thingol começou a recitar um


encantamento no idioma dos elfos. Apesar de seus esforços, ele não foi capaz
de esconder a grande dor que sentia e os mais atentos percebiam que as
pernas do rei élfico já começavam a tremer por causa da fraqueza. Aquela
certamente seria sua última magia.
O ar ao redor de Skarr começou a se tornar frio e lentamente congelou
completamente o chão e os pés do feroz orc enquanto pequenos cristais de
gelo começaram a se formar ao redor dele.
- HAHAHA – gargalhou Skarr com desprezo – acha... que uma prisão de gelo
vai... ser capaz de me matar?
- Não – respondeu secamente Thingol – mas isto vai.
Subitamente, os cristais de gelo começaram a se multiplicar e a crescer; em
poucos instantes, Skarr estava cercado por centenas, e depois por milhares
de cristais do tamanho de punhais, e tão afiados quanto. Ao ver aquilo, Skarr
rugiu e novamente tentou se libertar.

Mas não conseguiu.


- Morra! – disse Thingol lentamente fechando sua mão.
Quando a mão de Thingol se fechou completamente, todos os cristais de gelo
se lançaram contra o corpo de Skarr, perfurando impiedosamente cada
centímetro do seu corpo. Skarr urrou de dor enquanto sentia as lâminas de
gelo atravessarem seus olhos, rins, pulmões e cada fibra de seu corpo.

- Muito bom – admitiu o rei Balderk a seus guerreiros enquanto assistia


atentamente à batalha – pensei que Thingol não seria capaz de sair dali vivo,
mas parece que o desgraçado realmente sabia o que estava fazendo.

- Nossa, esta deve ter doído muito – disse Oyama enquanto gargalhava – eu
já estava quase apostando minha barba que Thingol não veria o sol nascer
amanhã, mas...
- Se Skarr conseguir se libertar antes de morrer por causa de sua fúria, o elfo
realmente não vai ver o sol nascer amanhã – disse Bulma em um tom
sombrio e preocupado.
- Cale a boca, Bulma – respondeu Hargor em um tom seco e hostil, que
demonstrava que ele também pensara naquilo.

- Isso, meu pai! – disse Meliann quase sentindo pena de Skarr, mas aliviada
ao ver que seu pai detinha o controle da situação.
- Ainda não terminou – observou Bheleg ainda tenso – mas a vitória
certamente será de nosso rei.
- Tenho fé nisso, Bheleg – disse Astreya ainda tensa enquanto apertava com
força a mão de Coran.
- Evan, mantenha-se a postos – disse Coran observando atentamente os
últimos momentos do combate – assim que Skarr tombar, seu exército irá
cair como uma tempestade sobre nós.
- Estamos todos prontos – respondeu o paladino meio elfo – e tenho certeza
que os guerreiros de Bheleg e de Balderk também estão.
Bheleg apenas assentiu com a cabeça, enquanto tentava observar Meliann e
Thingol ao mesmo tempo.

- Pelos deuses – disse Elenna impressionada com os gritos de Skarr, mas


extremamente atenta ao estado de Thingol – o rei está quase perdendo a
consciência, mas ele certamente mandará este orc imundo para o inferno
antes de dobrar os joelhos. Mas uma coisa eu não consegui entender até
agora...
- Apenas uma? – respondeu Aramil com o habitual desinteresse.
- Hahaha, muito engraçado, senhor dos insuportáveis – respondeu Elenna
em tom de deboche – Por que o rei não permitiu que meu tio Bheleg ou
mesmo Coran lutassem em seu lugar? Não haveria desonra alguma se ele
fosse representado por seu general ou por outro rei dos elfos.
- Muito bem... – disse Aramil se virando para a jovem sobrinha de Bheleg –
você não vai parar de me incomodar com este assunto, não é?
- Não – respondeu a jovem – porque eu sei que você, ao contrário dos outros,
sabe de alguma coisa.
- O rei na verdade já sabia sobre o desafio antes que eu e meus seguidores o
alertassem sobre tudo – disse Aramil em um tom pensativo – quando
chegamos em Sindhar, ele já havia feito quatro rituais de adivinhação que
lhe garantiram muitas informações sobre os pontos fortes e fracos de Skarr,
além de outra informação bastante preocupante.
- Que era... – questionou Elenna sentindo seu coração palpitar cada vez mais
rápido.
- Que Skarr era poderoso demais – continuou Aramil – que ele certamente
mataria Coran ou Bheleg caso um dos dois o enfrentasse em combate
singular. De acordo com os oráculos do rei, o único guerreiro em Elgalor que
teria uma chance de vitória contra Skarr era Balderk I. Thingol, como o mago
mais poderoso de Elgalor, tinha uma chance pequena, porém real, de
derrotar Skarr. E isto já era muito mais do que Coran ou Bheleg teriam. Em
toda sua sabedoria e compaixão, Thingol não desejava que Sírhion perdesse
mais um rei, mesmo levando em conta as desavenças recentes entre ele e
Coran.
- E quanto a meu tio...? – perguntou Elenna sentindo seus olhos se encherem
de lágrimas.
- O rei tem grande apreço por seu tio – respondeu Aramil – mas a razão
principal que fez com que Thingol desejasse proteger Bheleg foi o fato do rei
ter percebido os sentimentos de Meliann em relação a seu tio. Thingol sabia
que se ele fosse derrotado, Meliann se entristeceria muito, mas não seria
capaz de observar a dor que sua filha sentiria ao perder o homem que ama.
- E como você sabe de tudo isso? – perguntou Elenna enxugando os olhos.
- O rei me explicou parte disso pouco depois da reunião com Coran Bhael –
disse Aramil – quando me confiou uma espécie de “testamento”, que deveria
ser seguido à risca caso ele perecesse neste combate.
- O que não vai acontecer – respondeu Elenna sorrindo. Como todo elfo de
Sindhar, Elenna tinha grande admiração e orgulho de seu rei, mas a história
de Aramil fez com que estes sentimentos crescessem ainda mais – pois assim
que nosso exército acabar com o exército de porcos de Skarr, voltaremos
todos para casa.
- Sim... –disse Aramil com um sorriso – Nós...
- O que foi? – perguntou Elenna ao ver a mudança brusca no semblante de
Aramil.
- Cale-se! – gritou o mago voltando imediatamente os olhos para a arena.

- DES...GRAÇADO! - urrou Skarr em seus últimos momentos de vida,


enquanto sentia sua carne e órgãos serem rasgados pelos cristais de gelo –
VOCÊ... VAI MORRER!
- Só depois de você, verme – respondeu Thingol em um tom solene, que
contrastava totalmente com o estado debilitado em que o mago se
encontrava.
- AARRRRGH! – Gritou Skarr ainda tentando futilmente se libertar do
encanto paralisante de Thingol, que na verdade era a única coisa que ainda
mantinha o orc ereto.

Quando estava praticamente morto, Skarr sentiu seu braço direito formigar.
Ele já estava cego, pois seus dois olhos haviam sido perfurados várias vezes
pelas lâminas de gelo, mas seu olfato aguçado ainda funcionava
minimamente bem. Reunindo toda sua fúria e se guiando pelo cheiro do
sangue de Thingol, Skarr arremessou seu machado contra o rei dos elfos.

Thingol sabia que aquilo poderia acontecer, mas não tinha mais forças para
reagir. Mantendo os olhos bem abertos e com o semblante calmo e digno que
sempre mantivera durante sua vida, o altivo e orgulhoso Alto Rei dos elfos
encarou o machado de Skarr, e não piscou ou sentiu medo em momento
algum.
E com a virtude e dignidade dos Grandes Reis de tempos antigos, Thingol
Shaeruil foi partido ao meio pelo impiedoso e certeiro machado de Skarr.

Estava escuro, mas pelo menos já não estava frio.


Lithlandis levantou-se, no meio de uma escuridão que lhe parecia muito conhecida – a
hora exacta antes de o sol nascer. Tacteou à sua volta, sentindo relva fresca com os
dedos. Estranho, a última vez que se lembrava de algo estava no útero duma caverna,
com a fria pedra como seu leito, e grilhões como companheiros de jaula. Já não estava
nu, tinha o que sentia ser um robe de linho sobre o corpo.
O elfo olhou à sua volta, e não viu nada – a escuridão tinha o seu manto por cima de
tudo o que existia, nem as estrelas cingiam no céu.
Calmamente porém, o sol levantou-se no horizonte, dando a conhecer formas às quais
o elfo já estava habituado – arvoredo e erva aqui e ali, e as formas de animais a
percorrerem a planície que o sol finalmente começara a desvendar.
“Estou… morto?” pensou alto, tentando tirar sentido dos acontecimentos.
“Não - ou pelo menos, ainda não” uma voz similar á sua respondeu-lhe vinda de trás.
O elfo virou-se, as mãos calejadas e treinadas recorrendo aos locais onde deveria ter
Maethorir embainhada, mas rapidamente lembrou-se que não tinha nada sem ser
aquele robe cinzento.
Atrás de si estava... si mesmo. Como se fosse uma verdadeira copia do elfo selvagem,
um elfo igualzinho a si encontrava-se encostado a um carvalho. Envergava a mesma
armadura de mithril, a mesma capa verde escura. O cabelo era cinzento-claro, e os
olhos da cor de prata fundida. Estava a olhar para si próprio?
“Não, não estás morto Lithlandis.” Repetiu a cópia mais uma vez. “Estás a sonhar. E
que belo sitio que sonhas.” Ergueu as suas mãos, gesticulando á sua volta. “Fazes ideia
de onde estás?”
O elfo abanou a cabeça negativamente, semicerrando os seus olhos enquanto cuspia
uma resposta. “Quem és tu? Onde estou? Que espécie de bruxaria é esta?”
A cópia deixou um pequeno sorriso de escárnio percorrer-lhe os lábios. “Fazes mais
perguntas do que respostas precisas saber. Mas vou ser indulgente contigo. Como te
disse estás a sonhar, e sonhas o Plano Animal. É curioso ver como é que consegues
sonhar com algo que nunca viste na vida mas-“
“Quem. És. Tu?” interrompeu o elfo, a sua típica impaciência vindo ao de cima.
“Eu sou tu, Lithlandis. Nós somos a mesma pessoa. Somos duas partes do uno indivisível
que és… tu.” O sorriso de escárnio continuou a brincar nos lábios da cópia. “Embora tu
me tenhas colocado o ‘carinhoso’ nome de A Besta.”
Os olhos do elfo abriram-se, alarmados, o que apenas serviu para adicionar mais ao
entretenimento do que se denominava a Besta.
“Mas vamos deixar de rodeios. Vamos falar sobre porque estás aqui. Porque mais uma
falhaste na tua alta demanda para matar Olothontor, o dragão trovador.” A cópia
continuou, ignorando os olhares venenosos que o elfo largou ao ouvir o nome do
dragão azul. “Quem manda agora no teu corpo sou eu, elfo. Eu. Eu é que te estou a
manter vivo, a -minha – força. Sem mim tu não és nada, és pouco mais do que um bebé
rabugento que pouco mais sabe fazer do que gritar com os outros.”
“Falas muito para alguém que se diz parte de mim.” O elfo respondeu.
“Lá que tu sejas burro a culpa não é minha. Apenas venho alertar-te para uma coisa
muito simples. Maethorir sozinha não te servirá o propósito final da tua viagem.
Precisas de encontrar a força dentro de ti e limpar a fraqueza.”
“Eu não sou fraco!” desta vez Lithlandis gritou, os punhos cerrados, quase disposto a
esmurrar esta sua visão.
“Ah… mas tu és fraco Lithlandis.” A cópia continuou, ignorando a raiva que se
acumulava no peito do elfo que estava á sua frente. “Como queres destruir um dragão
milenar quando não consegues sequer matar uma meio-elfo. Por Selune tu mal
consegues admitir os teus sentimentos pela drow.” O seu sorriso alargou-se em triunfo,
como que rasgado de orelha a orelha, ao ver o estado de fúria em que tinha lançado o
elfo.
“Eu não sou fraco!” o elfo gritou, e com um rugido quase animalesco lançou-se ao seu
cópia, punhos voando em direcção á sua cara.
Punhos esses que trespassaram a copia, embatendo contra o carvalho no qual ele
repousava. O elfo virou-se suspeitando de mais um truque de bruxaria, ao ver a cópia
de si mesmo transformar-se em fumo e movimentar-se para onde há uns poucos estava
o elfo, efectivamente trocando de lugares.
“Bom, sente a raiva! Deixa-la dar-te força! Chamas-me Besta, dizes que me controlas,
mas tens medo de mim. Hulrune não tem. Hulrune sabe usar a força que eu te posso
dar.” A cara do elfo deixou de ser um sorriso vitorioso, assumindo contornos sérios.
“Lithlandis, tens vivido desde Scornubel como um seguidor. Segues o teu caminho até
Olothontor. Segues o que Jack diz, o que Sidghard, Sionna… segues tudo o que te dizem.
Está na altura de deixares de ser um seguidor e te tornares num líder Lithlandis…”
A forma mais uma vez dissolveu-se em fumo, desaparecendo enquanto o sol regressava
ao horizonte, e a escuridão regressava a banhar o elfo, roubando-lhe a consciência.
Mais uma vez o tempo passou sem a sua noção, e quando acordou o elfo estava de volta
á caverna imunda onde tinha sido torturado e chicoteado. Mais havia luz… e uma voz
que conhecia. Jack.
“L-Lithlandis?”

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