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Texto 1
Cariocas são bacanas, mas parte deles não gosta de dizer expressões como: obrigado, por favor, com licença e
outras que demonstram civilidade. Como em toda metrópole, os dias são corridos e estressantes, o que, segundo alguns,
acaba por embrutecer o comportamento de seus cidadãos, que deixam de lado a cordialidade. Mas profissionais que lidam
diretamente com o público acham que o carioca deixou de ser amável e anda pouco educado.
É o que comprova diariamente o paraibano Osvaldo Francisco do Nascimento, de 72 anos, 40 deles trabalhando
como porteiro do Edifício Avenida Central, no Centro, um dos mais movimentados do Rio, por onde passam cerca de
cinco mil pessoas por dia. Segundo ele, a maioria dos que pedem informação se esquecem de agradecer:
- Muitos são educados e agradecem quando dou uma informação, mas já me acostumei a ouvir “ô moço” em vez
de “por favor”, e após receber a informação, a pessoa virar as costas. Em geral, as mais bem-vestidas são as que
agradecem menos. Quando é uma pessoa mais humilde, ela diz obrigada.
A falta de civilidade também está no trânsito, quando os motoristas ignoram a faixa de pedestre, não usam seta ou
avançam o sinal. Nas praças de alimentação de shoppings, por exemplo, segundo funcionários, é comum clientes
acabarem de comer e deixarem os restos de comida nas bandejas sobre as mesas, e as cadeiras fora do lugar.
- Nossos funcionários, dos executivos aos da limpeza, têm a consciência de recolher o lixo. Muitos clientes
entram com folhetos nas mãos e jogam no chão, mesmo tendo lixeiras próximas. Na praça de alimentação, por onde
circulam cerca de 20 mil pessoas por dia, temos atenção redobrada porque nem sempre elas colaboram, tirando as
bandejas das mesas. A equipe de limpeza está sempre presente para tirar as bandejas, mas em horas de maior movimento,
esse simples gesto do cliente ajudaria – afirma o gerente de operações do Norte Shopping, Marcelo Assaf.
[Fragmento de reportagem: ANTUNES, Laura. Não dói dizer ‘por favor’, ‘obrigado’ e ‘bom dia’.In: O Globo, 11set. 2005. p.
28(adaptado)]
Texto 2
Cumprimentos
(Célia Leão)
Cada país tem seu modus oprandi, mas existem algumas regras que, geralmente, podem ser adotadas de maneira
universal. Apertos de mão, por exemplo, devem sempre acontecer da pessoa com a primazia no cumprimento. Ou seja, a
mulher estende a mão para o homem, o mais velho estende a mão para o mais jovem, o superior hierárquico na empresa
estende a mão àquele abaixo de si na hierarquia.
Guarde os beijos para quando estiver cumprimentando pessoas de sua intimidade: não se beija alguém a quem
você acabou de ser apresentado. Beijos são igualmente inadequados em cumprimentos de nossa vida profissional. Ao ser
apresentado a uma outra pessoa, evite a conhecida expressão “Muito prazer!” – ela sai falsa. Limite-se a um simpático
“Como vai?” e, na despedida, se o contato foi realmente um prazer, use a expressão “Foi um prazer conhecê-lo”.
Expresse, porém, o seu prazer ao ser apresentado a alguém que é uma figura pública: um artista que você admire, um
grande escritor, enfim, pessoas que você conhece por suas obras e trabalhos. Nesse caso, usa-se a expressão “Prazer em
conhece-lo pessoalmente!”
O homem jamais cumprimenta quem quer que seja sentado: em qualquer circunstância, ele deve sempre levantar.
A mulher, socialmente, só se levanta ao cumprimentar um idoso, uma autoridade pública ou religiosa – as demais
pessoas, ela cumprimenta sentada. Mas lembre-se: na vida profissional, mulher e homens levantam-se sempre, em
qualquer circunstância, ao cumprimentarem quem quer que seja.
5) O bom comportamento social é, em regra geral, marca de civilidade. Regras de civilidade, por consequência, destinam-se
a regular o comportamento nos espaços públicos e privados. Explique essa afirmação.
6) Considerando a civilidade, exponha sua opinião e a justifique, observado as seguintes situações públicas:
a) No cinema, durante a exibição de um filme, um celular toca, a pessoa atende e conversa com quem ligou.
9) Releia o trecho “Segundo ele, a maioria dos que pedem informação se esquece de agradecer” (texto 1). A expressão
destacada revela que atitude do repórter em relação à linguagem empregada no texto.
GABARITO
2) O texto 1 aborda o tema sob a perspectiva da cordialidade; o texto 2, sob a perspectiva da etiqueta.
3) (Entre outras) Não agradecer após pedir informações; ignorar faixa de pedestre
4) No texto 1, “obrigado”, “por favor”, “com licença”; no texto 2, “como vai?”, “foi um prazer conhecê-lo”
5) Espera-se que o aluno compreenda que o trato com as pessoas, seja em ambiente público ou privado, deve seguir regras
sociais que primam pelo bom convívio e relacionamento entre as pessoas.
6)
a) Espera-se que o aluno compreenda que não convém atender ao telefone nesta situação.
c) Espera-se que o aluno responda que essa não uma atitude de civilidade.
7)
a) Texto 2
b) Texto 1
c) Texto 2
8)
a) “Cariocas são bacanas, mas parte deles não gosta de dizer expressões como: obrigado, por favor, com licença e outras que
demonstram civilidade.”
b) “os dias são corridos e estressantes, o que, segundo alguns, acaba por embrutecer o comportamento de seus cidadãos, que
deixam de lado a cordialidade.”
10)