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DESENHO I
Autores
Ilustrador
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199
Unidade I: O desenho e seus materiais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203
1.1 O desenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203
1.2 Os materiais de desenho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208
1.3 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 216
Unidade II: Princípios da geometria e da perspectiva . . . . . . . . . 217
2.1 Elementos da geometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 217
2.2 Geometria espacial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 222
2.3 Perspectiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224
2.4 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 234
Unidade III: O desenho artístico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235
3.1 Introdução ao desenho de observação . . . . . . . . . . . . . . 235
3.2 Esquemas de construção do desenho . . . . . . . . . . . . . . . 236
3.3 Desenho de formas arredondadas. . . . . . . . . . . . . . . . . . 237
3.4 Proporções e eixos centrais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239
3.5 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 241
Unidade IV: Luz e sombra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 242
4.1 Escala de valores tonais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 242
4.2 Esfumando o desenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 246
4.3 Criar volumes com tons. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247
4.4 Desenho de objetos de vidro e metálicos . . . . . . . . . . . . . 247
4.5 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 248
Unidade V: As técnicas do desenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 249
5.1 A técnica do carvão no desenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 249
5.2 A composição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 254
5.3 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259
Referências básicas e complementares. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261
Atividades de Aprendizagem - AA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263
197
APRESENTAÇÃO
Prezados acadêmicos,
199
Desenho I UAB/Unimontes
200
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
As autoras.
201
1
UNIDADE 1
O DESENHO E SEUS MATÉRIAIS
1.1 O DESENHO
203
Desenho I UAB/Unimontes
VISTA CANSADA
Otto Lara Resende
204
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
falecer.
Como era ele? Sua cara? Como se vestia? Não fazia a
mínima idéia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o
porteiro teve de morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma DICAS
girafa, cumprindo o rito, pode ser que também ninguém desse
por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a
voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E
vemos? Não vemos. Faça o seguinte teste:
Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos Coloque-se de frente para
atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz um objeto de uso cotidiano,
de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai buscando liberar a mente
que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria de sua experiência de todos
mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia- os dias, Observe-o como se
a-dia opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da o visse pela primeira vez.
indiferença. Examine a forma, as cores,
e as dimensões: você
Texto publicado no jornal “Folha de S. Paulo”, edição de 23 de fevereiro de 1992.
descobrirá algo novo e
passará a admirá-lo de
uma forma diferente, e
Desenhar significa apontar, indicar, mostrar, marcar, traçar, dar descobrirá coisas que
um sinal qualquer, representar objetos por meio de linhas, e sombras. O nunca notou antes.
desenho é uma arte predominantemente do espaço. Ele fornece a base
essencial de todas as outras artes que dele se utilizam: a pintura, a
escultura, a arquitetura, as artes decorativas, as artes gráficas, o estilismo.
Enfim, todo ofício cujo fundamento se constitui em criação de formas
PARA REFLETIR
visuais, pois o desenho, segundo Hallawell (1995, p.10), “(...) desenvolve a
expressão, a sensibilidade e a intuição”.
Desenhar é acima de tudo a representação gráfica de alguma
coisa, é produzir uma imagem, é representar por meio de imagens, e Ingres (1780-1867),
significa ainda organizar formas num espaço. Você pode concluir, grande pintor francês,
portanto, que o desenho realizado sobre um suporte qualquer é uma comentou certa vez que a
expressão, através de meios manuais, do olhar e do pensamento do capacidade de pintar
homem, que tem a capacidade de recriar, e às vezes transformar as formas dependia da capacidade de
da natureza em outros espaços. Sua importância para o homem e desenhar.
principalmente para os Arte-educadores está em:
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Desenho I UAB/Unimontes
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Desenho I UAB/Unimontes
1.2.1 O lápis
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Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
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Desenho I UAB/Unimontes
texturas etc.
E ainda, não se esqueçam de que um dos pontos mais importantes
na arte de desenhar é a educação do olhar e o desenvolvimento das
possibilidades de nossas mãos.
1.2.2 A borracha
210
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
1.2.3 O papel
O bom desenhista deixa
De acordo com Pearsall (1995), voltando na História, lembramos sempre para o final a
limpeza do desenho.
que os primeiros papéis para escrita ou desenhos foram as pedras e as
placas de cera ou de argila, da civilização Mesopotâmica. O papel
propriamente dito teve apenas dois antepassados remotos: o papiro
Egípcio e o pergaminho. O papel é conseguido através da obtenção de
uma pasta de matéria fibrosa, (PEARSALL,1995, p.12) de origem vegetal
refinada e, quando necessário, branqueada.
Mas vale ressaltar, caro acadêmico, que tudo que possa receber o
traço de uma caneta ou de um lápis poderá ser usado para desenhar.
Podemos classificar o papel de acordo com:
?
seu processo de produção: manual ou industrial;
? natureza das fibras empregadas: trapos de algodão ou linho,
palha etc.;
? acabamento dado à folha: apergaminhado, acetinado,
couchê etc.;
?
destinação: aquarela, desenho, impressão, etc.;
?
procedência: Holanda, Índia etc.; e
?
fabricante.
O peso do papel nos informa sobre a sua espessura, que também
recebe o nome de gramatura; é expressa em gramas por metro quadrado.
Os papéis para desenho têm as medidas padrão 35 x 50 cm (um
quarto de folha), 50 x 70 cm (meia folha) e 70 x 100 cm (folha inteira).
No Brasil, temos os blocos de desenho, utilizado por principiantes,
nos tamanhos que correspondem às dobraduras e cortes de uma folha de
papel. Assim denominados:
211
Desenho I UAB/Unimontes
?
A1 (840 mm x 594 mm), tamanho de uma folha inteira;
?
A2 (594 mm x 420 mm), corresponde à meia folha;
? A3 (420 mm x 297 mm) corresponde ao corte da meia folha
em duas partes iguais; e
?
A4 (210 mm x 297 mm) corresponde ao corte de metade da
DICAS
A3.
Neste nosso aprendizado, recomendamos, a princípio, o uso do
papel sulfite branco, que é fácil de encontrar e tem o custo muito baixo. À
É bom que prendam o
papel à mesa, com fita medida que forem adquirindo mais experiência, poderão optar pela
adesiva, para evitar que ele compra de um bloco de Canson A3 de cor creme.
fique escorregando e saia Tomando como referencia o fascículo 1 da coleção Desenhe &
do lugar. Pinte, listamos abaixo, para enriquecimento deste conteúdo, os papeis
disponíveis no mercado e usados por desenhistas profissionais, como
ilustra a figura 5.
Papéis acetinados: de superfície lisa e lustrosa, são frágeis e não
possuem granulação. Mais utilizado na impressão de livros e layouts
publicitários. São também apropriados para desenhar com pena ou lápis,
permitindo tonalidades acinzentadas e dégradés muito suaves.
Papel aquarela: a pintura com aquarela requer este tipo especial
de papel, dispendioso por ser de fabricação manual. Extremamente
áspero, apresenta diferentes texturas: média, grossa e muito grossa. Pode
também ser utilizado com algumas técnicas de lápis.
Papel de arroz: papel fino, feito de folha não fibrosa, é muito
utilizado na confecção de luminárias, biombos e gravuras orientais.
Papel canson: devido à sua superfície semi mate, ligeiramente
granulosa e absorvente, é o mais indicado para desenhos a creiom,
carvão, sanguínea, pastel, lápis de cor ou pintura a guache. O legítimo
papel canson francês raramente é encontrado no mercado. Dispomos de
um papel tipo canson, de fabricação nacional, de qualidade razoável.
Papel cartão: feito de várias camadas de papel coladas entre si. O
cartão mais fino é conhecido como cartolina; o mais grosso, como
papelão.
Papel cartão Bristol: tipo de cartão de melhor qualidade,
normalmente é empregado em cartões de visita, convites, etc.
Papel Fabiano: procedente da Itália, muito utilizado pelos artistas
nos seus desenhos a carvão. Sua superfície é áspera e granulosa.
Papel ingres: o mais barato e também o mais frágil, usado na
confecção de blocos para rascunho e folhetos volantes. Apresenta
superfície granulosa e é também utilizado em desenhos a carvão.
Papel jornal calandrado: apresenta as mesmas características do
papel ingres, porém é liso; serve para publicações baratas.
Papel Kraft: papel pardo muito pesado, próprio para fazer
embrulhos. Também utilizado em trabalhos gráficos artísticos.
Papel-manteiga: utilizado em anteprojetos e esboços
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Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
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Desenho I UAB/Unimontes
1.2.4 O carvão
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Desenho I UAB/Unimontes
REFERÊNCIAS
DESENHE & PINTE: Curso Prático Larousse. Barcelona: Altaya, 1997 vol.
1.
DONDIS, Donis A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins
Fontes, 1991.
HALLAWELL, Philip Charles. À mão livre: a linguagem do desenho. São
Paulo: Melhoramentos, 1996.
________________. À Mão Livre 2 - Técnicas de Desenho. São Paulo:
Melhoramentos, 1996.
HOLT, Friso Tem; SMITH, Stan. Manual do Artista. Madrid: H. Blume,
1982.
MEDEIROS, João. Desenho e sua Técnica. São Paulo: Parma,
SENAC (RJ).
________________. Desenho básico. Rio de Janeiro, 1999, (Livro
eletrônico).
SOUTIER, Welcy. Técnicas & Materiais de Desenho. Porto Alegre:
Mercado Aberto, 1991.
216
2
UNIDADE 2
PRINCÍPIOS DA GEOMETRIA E DA PERSPECTIVA
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Desenho I UAB/Unimontes
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Aresta
ice
Vért
(A) (B)
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2.3 PERSPECTIVA
224
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
perspectiva cônica,
perspectiva cavaleira e
perspectiva isométrica.
Segundo Francis
Ching, antes do surgimen-
to da perspectiva, a escala
para objetos e persona-
gens, utilizada na pintura e
no desenho, estava Figura 10: Afresco de Pietro Perugino -
relacionada ao seu valor Capela Sistina.
temático ou espiritual. Em
uma pintura egípcia, por exemplo, o faraó fatalmente era representado em
tamanho várias vezes maior do que o de seus súditos. Especialmente na
arte medieval, a arte era entendida como um conjunto de símbolos, mais
do que como um conjunto coerente. O único método utilizado para se
representar a distância entre objetos era pela sobreposição de persona-
gens. Essa sobreposição, apenas, criava desenhos pobres de temas
arquitetônicos, de tal forma que o desenho de cidades medievais constitu-
ía-se, nessas representações, como um emaranhado de linhas em todas as
direções e de forma incoerente. Os gregos e os romanos são aqueles que
mais próximo chegaram da perspectiva: em suas pinturas, eles adotavam
um método conhecido como escorço (que poderia ser definido como uma
falsa perspectiva). Os gregos não conheciam o ponto de fuga, mas o
escorço produzia resultados próximos do da perspectiva e com razoável
ilusão de profundidade.
A perspectiva foi apenas
plenamente desenvolvida com os Fonte: Pinacoteca Caras, 1998.
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Figura 17: Linha do Horizonte vista Figura 18: Linha do horizonte vista
por uma pessoa em pé por uma pessoa sentada
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REFERÊNCIAS
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UNIDADE 3
O DESENHO ARTÍSTICO
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Desenho I UAB/Unimontes
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Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
Antes de começarmos os
nossos primeiros traçados à
mão livre, vamos exercitar
a coordenação motora,
com alguns exercícios que
consideramos
fundamentais para os
principiantes.
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Desenho I UAB/Unimontes
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Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
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Desenho I UAB/Unimontes
PARA REFLETIR
Figura 37: Eixo central. Figura 38: Elipses. Figura 39: Projeção de
elipses.
240
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
REFERÊNCIAS
DESENHE & PINTE: Curso Prático Larousse. Barcelona: Altaya, 1997 vol.
2.
DONDIS, Donis A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins
Fontes, 1991.
ESCOLA DE ARTE. Aprenda a Desenhar. Desenho, estudo e ensino. Ed.
Globo, 1999.
HALLAWELL, Philip Charles. À mão livre: a linguagem do desenho. São
Paulo: Melhoramentos, 1996.
________________. À Mão Livre 2 - Técnicas de Desenho. São Paulo:
Melhoramentos, 1996.
SENAC (RJ).Desenho básico. Rio de Janeiro,1999,(Livro eletrônico).
241
4
UNIDADE 4
LUZ E SOMBRA
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Desenho I UAB/Unimontes
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Desenho I UAB/Unimontes
REFERÊNCIAS
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5
UNIDADE 5
AS TÉCNICAS DO DESENHO
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Desenho I UAB/Unimontes
Você pode usar o carvão para traçar esboços, croquis, pois este
material permite desenhos mais rápidos e expressivos.
Caso você exagere nos tons do carvão, o excesso poderá ser
retirado com sucesso, utilizando trapos (pedaços de pano). A massa
“limpa-tipos”, que serve para clarear umas áreas menores. Outra solução
é a utilização do miolo de pão. Lembramos que são recursos que permitem
limpar parte da área a ser corrigida.
Depois de efetivado o traçado com carvão, o desenhista poderá:
soprar sobre o desenho ou sacudir o papel para eliminar os excessos,
porém é impossível eliminar todo o desenho feito pelo carvão, pois ele
provoca marcas no papel que não são retiradas totalmente.
Quando você precisar utilizar o limpa-tipo, é aconselhável retirar
um pedaço pequeno, para evitar sujar toda a borracha. Amasse um pouco
o pedaço para facilitar o seu manuseio, deixando-o num formato
confortável. Deverá ser usado com delicadeza, não o esfregue sobre o
papel; aperte no local onde deseja remover o tom. Quando a borracha
estiver completamente suja, jogue fora esse pedaço e providencie outro
pedaço limpo.
Quando o desenho estiver concluído, este deverá receber um jato
de fixador spray, para que o carvão se fixe no papel.
250
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
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Desenho I UAB/Unimontes
Na figura 56, o
DICAS
desenho foi realizado com
carvão, aplicando o esfuminho
para obter o efeito de claro
escuro.
A sanguínea pode ser
usada só ou combinada 5.1.2 A técnica do crayon
com carvões.
A palavra creiom é
originária do francês crayon. É
um lápis de madeira, que
possui um bastão no seu
interior. O comércio oferece
Figura 57: Desenho com Crayon.
três tipos de crayon: mole, de
dureza mediana e dura.
Encontramos também o gizetto
(giz de desenho) preto ou
cinza, e a sangüínea
(avermelhado cor de sangue).
Para procedermos à
aplicação do crayon no
desenho, é necessária certa
leveza, pois a pressão no lápis
deverá ser aumentada
gradativamente, à medida que
for preciso escurecer partes do
desenho.
Figura 58: Desenho com sangüínea. Os crayons tipo
“sanguínea”, da marca Conté,
dão um ótimo resultado na maioria das superfícies, produzindo efeitos
fortes e lisos. Sua pigmentação é constituída geralmente de: ferro
avermelhado, castanho. Encontramos várias outras cores e de
consistências diferentes, desde o duro ao macio. A sangüínea nos oferece
um belo efeito tonal, ressaltando o grão do papel.
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Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
Fonte: Peindre Lês Natures Mortes, p. 22. Fonte: Peindre Lês Natures Mortes, p. 22.
Fonte: Peindre Lês Natures Mortes, p. 15. Fonte: Peindre Lês Natures Mortes, p. 15.
Figura 63: Esboço de um desenho (3). Figura 64: Efeitos de luz e sombra.
253
Desenho I UAB/Unimontes
5.2 A COMPOSIÇÃO
254
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
255
Desenho I UAB/Unimontes
Aconselha
mos que, ao iniciar o
desenho de um
objeto de qualquer
formato, pense em
geometrizá-lo, o que
significa “encaixar”
a figura imaginaria-
mente dentro de sua
forma geométrica:
esfera, cubo, cilin-
dro, pirâmide, tra-
Figura 70: Geometrizar o objeto para iniciar um
pézio. Se iniciarmos desenho.
256
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
257
Desenho I UAB/Unimontes
REFERÊNCIAS
258
RESUMO
259
REFERÊNCIAS
BÁSICAS
COMPLEMENTARES
261
Desenho I UAB/Unimontes
262
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
- AA
263
Desenho I UAB/Unimontes
264
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
12- Por que as sombras mais próximas ao objeto são mais escuras?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
265
Desenho I UAB/Unimontes
19- Qual o tipo de papel indicado para utilização do carvão? Por quê?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
266
1º PERÍODO
OFICINA DE ARTES
PLÁSTICAS I
AUTORES
Apresentação ...........................................................................271
Unidade I: Aspectos da criatividade na arte-educação..................275
1.1 Introdução....................................................................275
1.2 A criatividade ................................................................276
1.3 A arte e a criatividade ......................................................284
1.4 Desenvolvendo a criatividade ..........................................290
1.5 Referências ....................................................................294
Unidade II: A linguagem plástica e visual.....................................295
2.1 Introdução....................................................................295
2.2 A linguagem plástica e visual..........................................296
2.3 Elementos básicos da linguagem visual ..........................300
2.4 Representação: real, abstrata e simbólica .......................311
2.5 A linguagem visual e o contexto educacional:
desenvolvimento expressivo da criança ..................................318
2.6 Referências ....................................................................323
Unidade III: Técnicas e temas em Artes Visuais ............................325
3.1 Introdução .....................................................................325
3.2 Materiais plásticos expressivos .........................................326
3.3 Introdução ao uso pedagógico das propostas....................330
3.4 Propostas de atividades com materiais expressivos ............331
3.5 O portfólio......................................................................350
3.6 Referências ....................................................................350
Resumo....................................................................................353
Referências básica e complementar............................................357
Atividades de Aprendizagem - AA ...............................................359
APRESENTAÇÃO
Prezado(a) Acadêmico(a),
271
Apresentação Unimontes/UAB
272
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
B GC
ATIVIDADES GLOSSÁRIO E
A F
273
Apresentação Unimontes/UAB
Os autores.
274
1
UNIDADE 1
ASPECTOS DA CRIATIVIDADE NA ARTE-EDUCAÇÃO
1.1 INTRODUÇÃO
275
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
1.2 A CRIATIVIDADE
276
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
277
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
278
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
279
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
Quadro 1
enérgica independente corajosa sincera persistente
Quadro 2
Comportamento do professor em Sala de Aula:
Dar tempo ao aluno para pensar e desenvolver suas idéias.
Valorizar produtos e idéias criativas.
Considerar o erro como uma etapa do processo de aprendizagem.
Estimular o aluno a imaginar outros pontos de vista.
Dar ao aluno oportunidade de escolha, levando em consideração seus
interesses e habilidades.
280
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
Quadro 3
Estratégias de ensino:
Dar ao aluno feedback informativo.
Relacionar os objetivos do conteúdo às experiências dos alunos.
Variar as tarefas propostas aos aluno s, as técnicas instrucionais e
formas de avaliação.
Criar um espaço para divulgação dos trabalhos dos alunos.
Oferecer aos alunos informações que sejam importantes, interessantes,
significativas e conectadas entre si.
Compartilhar, com os alunos, expe riências pessoais relacionadas ao
tópico estudado.
Orientar o aluno a buscar informações adicionais sobre tópicos de seu
interesse.
Dispor os móveis em sala de aula de acordo com as atividades
desenvolvidas.
Fonte: Revista do Centro de Educação da UFSM http://coralx.ufsm.br/revce/ceesp/2001/01/a7.htm
Quadro 4
Atividades:
Atividades que levem o aluno a produzir muitas idéias.
Atividades que envolvam analisar criticamente um acontecimento.
Atividades que estimulem o aluno a levantar questões.
Atividades que levem o aluno a gerar múltiplas hipóteses.
Atividades que desenvolvam no aluno a habilidade de explorar
conseqüências para acontecimentos que poderão ocorrer no futuro.
Fonte: Revista do Centro de Educação da UFSM http://coralx.ufsm.br/revce/ceesp/2001/01/a7.htm
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Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
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Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
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Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
284
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
nossa vida, ela também se faz presente na Arte. Essas duas palavras têm
muito a ver com a natureza humana, o homem tem necessidade de criar,
pois é através de sua criação que ele se faz humano, difere dos outros
animais e a arte é um campo da criação.
As potencialidades e os processos criativos não se restringem,
porém, à arte. Em nossa época, as artes são vistas como área privilegiada
do fazer humano, onde ao indivíduo parece facultada uma liberdade de
ação em amplitude emocional e intelectual inexistente nos outros campos
de atividade humana, e unicamente o trabalho artístico é qualificado de
criativo. Não nos parece correta essa visão de criatividade. O criar só pode
ser visto num sentido global, como um agir integrado em um viver humano.
De fato, criar e viver se interligam. (OSTROWER, 1987, p. 05)
Quando o artista utiliza de sua criatividade para nos mostrar um
outro ângulo das coisas ele está pedindo que você alie o seu modo de ver
ao modo de ver que está sendo proposto e busque uma nova visão de
mundo.
Pesquise poemas, imagens pictóricas ou fotográficas, em casa
(revistas, livros, jornais, internet...) ou nas ruas (out-doors, cartazes, placas,
faixas...) e busque um novo olhar sobre o que o artista está lhe propondo,
dessa forma você terá atitudes criativas no seu cotidiano, fazendo um
exercício do olhar e da criatividade.
Propomos aqui uma atividade bem simples e que requer de você
um olhar diferente.
Observe as imagens a seguir e aprecie-as. Aprecie como você
apreciaria um bom prato. Deguste essas imagens, seja nutrido por elas...
pois o que elas lhe pedirá é um novo olhar.
Pense:
Quem é o artista que criou estas imagens?
O que inspirou o artista a criar estas imagens?
Como foram criadas? Como foram produzidas?
Elas lhe são familiares?
Que histórias elas lhe contam? Que sentimentos lhe trazem...
285
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
Fonte: <http://www.tarsiladoamaral.com.br>
Fonte: <http://www.tarsiladoamaral.com.br>
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Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
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Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
OITO ANOS
(Paula Toller)
PARA REFLETIR
288
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
289
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
1º Fase: Apreensão
É quando você tem um problema e pensa numa solução para ele.
A intenção é produzir, mas ainda não se sabe por onde começar. Nesse
momento é que dúvidas surgem. Como vou fazer? O que vou fazer? De que
material será construído? Nesse momento se está tentando formar uma
idéia.
2º Fase: Preparação
É a busca de dados para solucionar o problema. Se, por exemplo,
vou realizar um desenho e tenho um tema a ser desenvolvido, procuro o
enriquecimento deste desenho com pesquisa de materiais que podem ser
utilizados; observo gravuras ou fotografias sobre o assunto, leio a respeito
para conhecer melhor o que vou desenhar; pesquiso em obras de diversos
artistas sobre quem já trabalhou este tema, isso também ajuda no
fortalecimento de novas idéias.
Não se trata de copiar, mas a partir do já foi feito posso enriquecer
o que ainda está para ser produzido.
O desenvolvimento nesta fase envolve sempre escolha e decisão,
290
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
pois é a partir do que coletei que vou selecionar o que serve e o que não
serão utilizadas para compor, no caso, o desenho.
Os critérios de seleção nem sempre serão conscientes, mas serão
sempre pautados pelo nível de entendimento ou a cultura na qual se está
inserido.
Percepção e emoção ajudam nas decisões a serem tomadas nessa
etapa. Portanto, toda escolha aqui será seletiva.·
3º Fase: Incubação
A mente trabalha com os dados coletados anteriormente. Analisa,
compara e pensa sobre todas as informações. Quanto mais
conhecimentos temos de um assunto mais nossa imaginação tem material
para trabalhar.
A idéia nessa fase será amadurecida, precisa, para isso, ficar
descansando, não esquecendo do problema, mas procurando solucioná-lo
com as informações selecionadas anteriormente.
Uma boa dica é levar sempre uma caderneta para anotar ou
desenhar idéias que poderão surgir a qualquer momento, para não nos
esquecermos dela. Uma idéia aparentemente desnecessária hoje pode ter
grande utilidade amanhã.
Guarde sempre recortes de revistas, jornais... sobre o tema
escolhido e que possam de alguma forma te inspirar. Não se trata de copiá-
los, mas consulte-os sempre que precisar de boas idéias.
4º Fase: Iluminação
Na fase anterior o inconsciente trabalha com todos os dados
coletados, quando “repentinamente” surge uma idéia, uma solução
imediata.
Podemos criar condições para favorecer este processo, como um
ambiente tranqüilo, ou ouvir música, por exemplo. Possuímos maneiras
diferentes de reagir, portanto, cabe a cada um selecionar o melhor
ambiente ou situação que irá favorecer esta fase.
5º Fase: Verificação
É pôr a idéia que surgiu em ação. O momento de concretizar o que
foi planejado nas fases anteriores. Nesta fase desenvolverá a intenção com
a ajuda das soluções encontradas, as idéias devidamente selecionadas
darão formas concretas ao pensamento.
Nesta fase também se percebe que o acaso pode ser aproveitado
e faz parte da exploração da criatividade. No fazer que serão descobertas
as possibilidades de realizar o que foi idealizado, e é também nesta fase
que pode ser descoberto que não obtive um resultado satisfatório, o que
fazer? Começar de novo, tendo por base a experiência anterior, pela 1º
fase: incubação, início de novas possibilidades.
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Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
1° Exercício
Relacione as perspectivas de usos que podem ser atribuídas a um
CLIPE em diferentes situações.
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
2° Exercício
Registre todos os significados que se pode atribuir à palavra CASA.
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
292
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
3° Exercício
Relacione as conseqüências e os resultados possíveis diante de
uma situação como: “Você chega em casa e percebe que não pode entrar
porque esqueceu as chaves.”
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
4° Exercício
Escreva três frases contendo quatro palavras, cada palavra deve
começar com as iniciais M – b – a – i.
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
5° Exercício
Neste exercício você
deverá transfor mar os
círculos, que se encontram
de tamanhos e posições
variadas dentro dos
quadrados, em objetos
reconhecíveis.
É importante
destacarmos que os seus
resultados e de seus alunos
nesses exer cícios não
ser vem como fator de
medição da criatividade
mas servem como estímulo
ao desenvolvimento,
dependendo sempre das
mútiplas situaçoes de vivências de cada um na escola e na vida, como
determinantes nos resultados de maior sucesso.
Anexe seus resultados ao Portfólio!
293
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
REFERÊNCIAS
http://coralx.ufsm.br/revce/ceesp/2001/01/a7.htm Acessado em 25 de
agosto de 2008.
294
2
UNIDADE 2
LINGUAGEM PLÁSTICA E VISUAL
2.1 INTRODUÇÃO
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Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
Figura 9: Pintura rupestre, com cerca Figura 10: Pintura rupestre, Toca do
de 11 mil anos, encontrata na Caver- Boqueirão da Pedra Furada Parque
na de Lascaux, França. Nacional da Serra da Capivara, Piauí.
296
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
Arte Postal
Para iniciarmos esta subunidade propomos uma Atividade
bastante simples e prazerosa. Iremos compreender a diferença entre a
linguagem verbal/escrita a a linguagem plástica/visual a partir da Arte
Postal.
A Arte Postal é uma manifestação artística de transgressão
realizada no mundo todo e utiliza o correio para se expressar. É uma
maneira inventiva e tradicional de se comunicar, diferente do e-mail,
messenger, telefonema e dos torpedos pelo celular, por exemplo.
Você certamente já escreveu uma carta a alguém. Ou já enviou
um cartão-postal. Iremos aqui, não escrever uma carta, mas criar uma
carta para alguém, nela não existirão palavras ou outros códigos da
linguagem escrita e sim desenhos imagens, cores, os códigos da
linguagem visual.
...criando!
Você viverá uma experiência com a Arte Postal.
Elabore um cartão-postal, baseando-se nos tamanhos e modelos
existentes, mas crie algo só seu. Desenhe, pinte, cole, corte...
Crie uma história visual, um poema, uma mensagem... o cartão
pode ter imagens, fotos, pinturas, desenhos...
Lembre-se de que estamos utilizando somente da linguagem
visual, portanto não utilize palavras, letras, frases... sua mensagem será
comunicada apenas com a linguagem visual: fotos, imagens, pinturas...
...é necessário!
Papel para o envelope;
?
Papel cartão, para fazer o cartão-postal;
?
Lápis grafite, canetinhas, tintas, lápis de cor, giz de cêra...
?
Jornais e revistas para recorte de imagens;
?
Tesoura e cola;
?
...enviando!
O seu cartão -
postal está pronto para ser
enviado. Escolha a quem
será enviado o seu cartão.
Sugerimos que escolha um
colega de curso que more
em outra localidade.
Devemos lembrar
que ao utilizarmos os
correios, mesmo a Arte FIGURA 11: Cartão-postal verso.
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Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
Casamento
Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.
298
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
Figura 13. Pablo Picasso – Guernica. 1937. Óleo sobre tela, 349,3 x 776,6 cm.
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Composição: em Artes E quais seriam esses elementos que são os códigos da linguagem
Visuais, é a combinação visual, que, para podermos entendê-los teremos de decodificá-los?
dos elementos da Todas as linguagens possuem os elementos que compõem suas
linguagem visual de forma mensagens. Para compreendermos melhor tomemos por base, o exemplo
harmônica.
que comentamos sobre as palavras, estas são formadas por letras, que
agrupadas e organizadas passam mensagens através de, por exemplo, um
texto.
Para formar este texto preciso escolher palavras que traduzam o
que penso. Assim também ocorre nas Artes Visuais, em que preciso
escolher e organizar elementos que irão constituir minha composição, é
através dessa organização que passarei também uma mensagem.
Para que eu possa transmitir essa mensagem é necessário que
antes eu conheça esses elementos que irão constituí-la.Chamamos,
portanto, esses elementos de Alfabeto Visual.
Os elementos visuais básicos são encontrados em qualquer
300
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
301
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2.3.1 O ponto
Figura 14 Figura 15
B GC
GLOSSÁRIO E Muitos artistas usaram o ponto como elemento de base para
A F construção de desenhos e pinturas, pois quando agrupados poderão obter
grande poder de comunicação e expressão.
Mosaico: é uma imagem
Assim, disposição, distanciamento, quantidade e cor irão
ou padrão visual criado por
meio da incrustação de influenciar nos efeitos que o ponto pode produzir. Efeitos de comunicar
pequenas peças coloridas sensações, criar idéia de movimento e ritmo, criar a ilusão de volume ou
de pedra, mármore, vidro tom.
ou cerâmica, justapostas e Para que atinja este Fonte: Enciclopédia Multimídia da Arte Universal:
fixadas com cimento sobre
objetivo de criar a sensação de Romantismo, Modernismo e Impressionismo
uma superfície.
volume, utilizar-se a técnica do
afastamento ou agrupamento
dos pontos, obtendo como
resultado os efeitos de luz e da
sombra, como podemos notar
no exemplo a seguir:
O que vemos nesta
imagem?
Podemos distinguir
Figura 16. Georges Seurat - A Ponte de
cada elemento que forma esta Courbevoie, 1886-7
302
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
2.3.2 A linha
Quando os pontos estão tão próximos entre si, que não é possível
nem diferenciá-los, eles se transformam em outro elemento visual: a linha.
Tendo como definição de linha, um ponto em movimento.
As linhas estão presentes em todos os lugares: no contorno de um
rio ou de uma rua, nos troncos ou galhos de uma árvore, na haste de uma
flor. Estamos constantemente envolvidos por linhas: linhas que dividem
e/ou contornam, linhas que expressam e que nos ajudam a expressar o
que imaginamos .Para Dondis(1997):
303
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2.3.3 A forma
O quadrado :
?
Figura 19
B GC
GLOSSÁRIO E
A F O círculo:
? Figura 20
O triângulo equilátero:
? Figura 21
304
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
Fonte: <http://www.tarsiladoamaral.com.br>
2.3.4 A cor
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2.3.5 Textura
306
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
2.3.6 Volume
Bidimensional: o que
ocupa apenas duas
dimensões no espaço:
altura e largura (2D).
O efeito de luz e sombra,
Figura 25: Georges Seurat - Menino
chamado, na pintura ou desenho, de sentado com chapeu de palha
(detalhe), 1885.
307
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308
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
2.3.7 Espaço B GC
GLOSSÁRIO E
O artista cria a ilusão de tridimensionalidade em espaços A F
bidimencionais. Quando utilizamos a luz e a sombra, estamos criando
Perspectiva: é a percepção
exatamente a idéia de volume, de profundidade e conseqüentemente a
visual de um espaço por
ilusão de profundidade, de dimensão, de um espaço. meio de linhas paralelas
Fonte: http://www.louvre.fr que convergem para um
ponto, chamado ponto de
fuga.
DICAS
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Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
B GC 2.3.8 Movimento
GLOSSÁRIO E
A F Nas Artes Visuais, este elemento está ligado à idéia de ritmo, que
Ritmo: nas artes visuais, é
pode ser caracterizado como um conjunto de sensações encadeadas,
a repetição de
determinados elementos sendo definido como função de velocidade e direção, segundo Filho (2004,
semelhantes na construção p. 67).
da imagem. Podemos notar velocidade e direção na imagem a seguir:
Fonte: The State Hermitage Museum: Digital Collection. http://www.hermitagemuseum.org
Figura 29: Henri Matisse – Dança. Óleo s/ tela, 260 x 391 cm,
1909-1910.
310
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
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Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
Atividade
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Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
Figura 37: Piet Mondrian - Árvore Figura 38: Piet Mondrian - Árvore
vermelha. Óleo s/ tela,1908. cinza. Óleo s/ tela,1911.
Figura 39: Piet Mondrian - Árvore Figura 40: Piet Mondrian Composição
florida. Óleo s/ tela,1912. III. Óleo s/ tela,1913.
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Atividade
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Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
indicador sobre a boca nos pede silêncio, e assim vamos descobrindo uma
infinidade de signos que fazem parte de nossa vida sem nos darmos conta
de que somos rodeados por eles.
Os signos estão presentes nas placas de trânsito, nas partituras de
uma música, nas logomarcas de produtos, entre outros. Para Martins,
Picosque e Guerra (1998, p. 47), “cada época escolhe sua própria
definição de homem e a definição do nosso tempo é a do homem emissor
de símbolos”.
No nível simbólico, abstraímos ainda mais a imagem para uma
melhor e mais rápida compreensão da mensagem a ser passada. A
redução de tudo aquilo que vemos aos elementos visuais básicos , também
é um importante processo de abstração, para o entendimento das
mensagens visuais. Segundo Dondis (1997),
Vejamos os símbolos:
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Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
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corporais.
Na imagem a seguir, veremos uma mandala, apresentada pela
pesquisadora norte-americana Rodha Kellogg, a imagem ilustra bem o
desenvolvimento do desenho da criança e, segundo a pesquisadora, todos
os desenhos de uma pessoa serão construídos a partir dos movimentos
iniciados na infância.
Jean Piaget, pesquisador do desenvolvimento humano, realizou
estudos sobre a criança e seu desenvolvimento, e para ele essa fase é
chamada de sensório-motora, é quando a criança se encontra em situação
de exploração do entorno, gerando experiências que enfatizam o
movimento corporal.
Já, para Howard Gardner, o autor das inteligências múltiplas, o
primeiro movimento é uma forma de conhecimento intuitivo, construído a
partir das interações com objetos, pessoas e o ambiente.
A criança nesse movimento, constantemente imita o adulto,
sendo estas imitações importantes formas de aprendizagem. Pensarmos
nestas imitações faz com que possamos entender que, numa visão além
dessas imitações existe uma reação estética da criança, em sua visão, ela
está realizando a mesma ação que o adulto e a importância está na própria
ação imitada.
Educadores, pais e pessoas que lidam com crianças nesta fase,
devem compreender que é preciso deixar que a criança viva suas
descobertas e suas leitura do mundo, não apressando um desenvolvimento
para que, por exemplo, seus desenhos, sejam como desejamos ou como
conseguimos interpretá-los.
O que é importante ressaltarmos nesse movimento é que, na
nossa concepção, adulta, uma música só é música se existe ritmo, melodia
ou uma linda voz interpretando; pintura só é pintura quando existem
formas organizadas em perfeita harmonia com cores e uma bela imagem
figurativa; porém, para a criança é diferente. Não que passaremos a
pensar como crianças, mas iremos possibilitar que a criança possa explorar
ao máximo suas vivências plásticas, gráficas e sensíveis, sendo criança em
seu tempo.
320
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
de linguagem.
O ambiente escolar deverá levar em consideração essas múltiplas
linguagens de expressão, pois uma escola que valoriza apenas a
linguagem oral, por exemplo, deixa de oportunizar uma experimentação a
seus alunos em outros universos, limitando a ampliação da competência
simbólica, contrariando o papel primordial da arte, nesse sentido.
Na linguagem plástica e visual a criança passará por uma
transformação em que o jogo do faz-de-conta entrará de vez em sua vida e
seus desenhos já não serão garatujas e surgirão as primeiras figuras
humanas e na linguagem escrita surgirão as letras.
Serão desenhos que partirão de círculos agregando raios
formando faces com olhos, boca e nariz. O que alguns estudiosos chamam
de desenhos cabeça-pés, pois todos os membros surgirão desse grande
círculo inicial.
A criança neste momento é muito espontânea, centrada no
construir, não existe uma preocupação com a organização das cenas no
papel, tudo parece solto no papel, o mais importante é a história que o
desenho carrega e não o desenho em si. Tudo se mistura, tudo é uma coisa
só, uma pessoa pode ser azul, verde, amarela.
Desse movimento podemos perceber que a criança está em
constante criação, invenção e construção. Estabelecendo relações com o
mundo a partir de suas idéias e, a criança que não for permitida essa
vivência de criar, inventar possibilidades, esta se tornará mero repetidor de
modelos.
321
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
322
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
REFERÊNCIAS
GOODING, Mel. Arte Abstrata. São Paulo: Cosac & Naif, 2002.
PRADO, Adélia. Poesia reunida. 3a ed., São Paulo, Siciliano, 1991, pág.
252.
GOMBRICH, Ernst Hans. A História da Arte. 16ed. São Paulo: LTC, 2000.
323
3
UNIDADE 3
TÉCNICAS E TEMAS EM ARTES VISUAIS
3.1 INTRODUÇÃO
325
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
3.2.4 Pincéis
326
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
3.2.5 Carvão
DICAS
Experimente utilizar o
carvão em pó, aplicando-o
com os próprios dedos.
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3.2.7 Anilina
3.2.8 Nanquim
328
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
3.2.9 Aquarela
3.2.10 Guache
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Fonte: http://www.henri-matisse.net
3.2.11 Argila
330
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
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3.4.1 Sensibilizações
DICAS
3.4.1.1 Sensibilização com argila
332
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
Preparação
? Para cada participante, deve ter um tapete americano plástico
ou um plástico grosso para forrar a mesa e sobre ele um pedaço de argila;
Instrua para o uso do avental;
?
Solicitar que sejam retirados anéis e pulseiras para que estes
?
não sujem e nem atrapalhem o processo;
? Coloque música suave no ambiente, antes mesmo da chegada
dos participantes; e
Antes de iniciar a sensibilização peça para que
? fechem os
olhos. Pois com os olhos fechados, as mãos e dedos são mais sensíveis a
argila, e poderão senti-la melhor. Quando os olhos estão abertos eles
podem atrapalhar o modo de sentir a argila. Experimente os dois modos
para verificar. Explique que se de vez em quando sentir necessidade de dar
uma olhadela, tudo bem; depois, feche os olhos de novo. Peça que fiquem
alguns momentos sentado com as mãos sobre o monte de argila,
enquanto fazem um exercício respiratório: sentindo a respiração e
respirando bem fundo.
Procedimentos
Agora com as mãos sobre o monte de argila solicite aos
participantes que aperte a argila e depois alise usando os dedões, os outros
dedos, as palmas das mãos.
Depois de alisar sinta os lugares que você alisou e novamente
junte tudo formando uma bola. Solicite que sejam dados socos na argila
para achatar e depois novamente junte tudo formando o bolo.
Experimente o mesmo procedimento com a outra mão também.
Junte toda a argila e acaricie, dê pequena palmada nela, depois
batidas mais forte sentindo o lugar das batidas.
Agora junte tudo, rasgue a argila em pedacinhos pequenos e
pedaços grandes... Junte tudo.
Pegue e jogue, muitas vezes sobre a mesa, a cada vez jogue a
argila com mais força. Não tenha medo de jogar cada vez com mais força,
fazendo barulho cada vez mais forte. Agora junte tudo de novo e em
seguida faça furinhos com os dedos. Você pode usar um dedo e cavar um
buraco na argila, faça mais alguns buracos. Faça agora um buraco até
chegar do outro lado do bolo. Sinta as paredes do buraco que você fez e em
seguida junte tudo e procure fazer linhas de saliência com os dedos e com
as unhas, e sinta o que você fez.
Talvez você queira usar outras partes do corpo, as juntas dos
dedos, a parte dura da mão perto do pulso, a palma. Veja o que você
consegue fazer. Talvez você queira até usar os cotovelos.
Destaque agora pequenos pedaços da argila e faça 'cobrinhas'.
Esta vai ficando cada vez mais fina e compida à medida que você continua
333
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
Reflexão
É o momento de conversar sobre a experiência.
Do que você mais gostou?
O que você não gostou?
Quais lembraças lhe foram despertadas enquanto brincava com a
argila?
Que sensações lhe vieram?
Como se sentia enquanto usava esse material?
Procedimentos
Pedir para relaxar, fechando os olhos e ouvindo apenas a
?
música. Instruir para soltarem os ombros, os braços, os músculos do corpo.
Enquanto, faz esta parte do relaxamento vá colocando um
?
pouco de tinta sobre o papel que deverá estar, previamente, colocado à
334
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
Reflexão
É o momento de conversar sobre a experiência. Do que você
?
mais gostou? O que você não gostou? Do que você se lembrava enquanto
brincava com a tinta? Formou algum desenho?
Esta sensibilização pode ser também explorada com crianças
?
menores, neste caso lembrar que nesta fase elas conhecem o material
também pelo paladar, daí a necessidade de utilizar anilina na confecção da
tinta utlizada.
Pensemos no que nos diz Reily (1986), ao trabalhar com esta
atividade :
A pintura a dedo é excelente para desenvolver a
flexibilidade nos movimentos amplos da criança muito
tolhida, ao mesmo tempo que ajuda a mais agitada a
extravasar suas emoções. (REILY, 1986, p. 44)
3.4.2.1 Monotipia I
335
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
Materiais
bandejas de isopor
?
tesoura ou estiletes
?
caneta esferográfica
?
papel sulfite
?
tinta guache
?
rolinho para pintura
?
Preparação
Solicite aos alunos que pensem em um projeto do que será feito,
ou seja, defina um desenho do que querem trabalhar, fazendo o projeto em
papel sulfite, que será impresso. Pode-se sugerir temas, releituras de obras
de Arte ou desenhos de observação.
Procedimentos
A inversão da imagem e os efeitos imprevistos podem
?
surpreender.
Proteja a mesa de trabalho forrando-a com jornais .
?
Retire as bordas da bandeja de isopor com auxílio de tesoura ou
?
estilete.
Transferir o desenho para a bandeja com o auxílio de uma
?
caneta esferográfica ou, se preferir, desenhar diretamente sobre o isopor.
Lembre-se, nesta etapa, que o desenho aparecerá espelhado (invertido).
Colocar a tinta guache em um recipiente aberto (pode ser
?
numa outra bandeija de isopor)
? Umedecer o rolinho com tinta guache. Observar a concistência
da tinta , pois se estiver muito grossa, deve ser diluida com água.
Passe o rolinho pela matriz ( isopor desenhado) até cobri-la
?
totalmente com tinta;
Colocar uma folha de papel sobre a matriz e pressionar com as
?
mãos.
Retirar o papel com cuidado.
?
336
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
3.4.2.2 Monotipia II
Materiais:
Folhas naturais
?
Papel sulfite ou Canson
?
Tinta guache
?
Jornal
?
Pincel
?
Preparação
Recolha folhas no jardim, de tamanhos e formas varidas.
?
? Prepare a superfície onde será trabalhada a técnica, forrando-
a com jornal.
Separe tinta guache de cores variadas.
?
Procedimentos
Organiza uma composição de folhas sobre o jornal;
?
Passe a tinta guache nas cores desejadas sobre as folhas.
?
Coloque o papel sulfite ou canson sobre a composição
?
337
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
Reflexão
Experimente imprimir várias folhagens diferentes.
?
Enumere suas impressões.
?
Experimente imprimir a parte de trás das folhas recolhidas.
?
Registre seu processo no portfólio.
?
3.4.2.3 Frotagem I
Materiais
Clipe de papel
?
Tesoura ou Estiletes
?
Papel Canson
?
Papel Sulfite
?
Giz de Cera
?
E.V.A ou papelão
?
Cola
?
Preparação
Prepare o espaço onde será realizada a técnica forrando jornal
?
sobre a mesa.
Separe giz de cêra das cores desejadas.
?
Procedimentos
?
Nesta fase faz-se o desenho, em papel sulfite, que será
?
impresso. Pode-se sugerir temas, releituras de obras de Arte ou desenhos
de observação.
Desenhar em placas de E.V.A. ou papelão os elementos do
?
projeto anterior e recortá-los.
Colar os recortes de E.V.A ou papelão em papel canson,
?
formando a composição que foi projetada anteriormente.
Colocar o papel sulfite sobre a composição anterior, prendendo
?
as extremidades com clips.
Passar o giz de cera sobre o sulfite friccionando-o até surgir a
?
imagem.
338
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
Reflexão
? Assim como fez na monotipia, você também pode numerar
suas impressões de frotagem.
Experimente outros desenhos e registre suas experiências sobre
?
a técnica.
? Esta atividade é excelente quando se trabalha com composição
em Artes Visuais ou mesmo releitura de obras de arte.
3.4.2.4 Frotagem II
Materiais
Tinta guache de várias cores
?
Papel sulfite ou Canson A4
?
Objetos com texturas
?
Recipiente para tinta
?
Preparação
Pesquisar e coletar folhas de diferentes texturas .
?
? Colocar tinta guache em recipientes abertos (podem ser
utilizadas bandejas de isopor).
Verificar a espessura da tinta, se necessário diluí-la com um
?
pouco de água.
Procedimentos
Por ser essa técnica muito simples, mas de efeitos bem
interessantes, não será realizado um esboço inicial, mas um trabalho de
339
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
Reflexão
? Assim como fez na monotipia, você também pode numerar
suas impressões de frotagem.
Experimente outros desenhos e registre suas experiências sobre
?
a técnica.
Fonte: Foto: Juçara Nassau e Eduardo Moura
Materiais
Barbante;
?
Nanquim ou guache preto;
?
Recipiente para tinta; e
?
Papel sulfite ou Canson.
?
340
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
Preparação
? Cortar um pedaço de barbante de mais ou menos 1m de
comprimento (se desejar pode experimentar utilizar dois pedaços de
barbante ao mesmo tempo para esta técnica);
Colocar tinta nanquim sobre um recipiente aberto; e
?
Molhar o meio do barbante na tinta.
?
Procedimentos
A surpresa é a atração principal desta técnica, que não exige
?
um planejamento anterior; em cada exploração é possível descobrir novas
possibilidades de construção de imagens;
Deitar a parte do barbante que está molhado na tinta sobre o
?
papel canson, deixando a ponta do barbante sobrando para fora do papel.
Fonte: Foto: Juçara Nassau e Eduardo Moura
? Sobrepor outra folha de papel
canson sobre o barbante, criando a idéia de
'sanduíche';
? Fazer pressão sobre o 'sanduíche'
com uma das mãos;
Com a outra mão gira-se o
?
barbante, puxando-o para fora dos dois
papéis.
Figura 59: Praticando a Como resultado, teremos duas
?
impressão com barbante. impressões bem parecidas. Pode-se nesta etapa
c o m p l e t a r o Fonte: Acervo pessoal.
desenho impresso, para isso pode-se utilizar
o lápis de cor, a aquarela, giz de cera, ou giz
pastel, por exemplo, para colori-lo; e
Outra variação desta técnica é
?
dar alguns nós no barbante antes de
umedecê-lo.
Reflexão
Mais uma vez sugerimos a você
?
que experimente outras possibilidades
desta técnica; e
Reflita sobre
? como foi a Figura 60: Impressão com
barbante e interferências com
experiência, como foram seus resultados e
lápis de cor aquarelada e
registre seus relatos no portfólio. canetas hidrográficas.
341
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
3.4.3 Colagem
119
342
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
Material:
Papéis coloridos picados (podem ser retirados de revistas ou
?
jornais);
Tesoura;
?
Cola;
?
Recipiente para cola;
?
Pincel;
?
Papel cartão ou outro suporte para o mosaico;
?
Papel sulfite para projeto;
?
Papel kraft para ampliação do projeto;
?
Carbono;
?
Jornal; e
?
Canetas hidrográficas.
?
Preparação
? Quanto mais simples e maiores as formas que compõem o
projeto mais fácil se torna tabalhar com essa técnica. Os temas tanto
podem ser figurativos (pessoas ou paisagens) como abstratos, formando
mandalas, por exemplo.
Para facilitar a formação do mosaico, aplique cor com algum
?
material como lápis de cor, canetas hidrográficas ou tinta.
? Ampliar o projeto para o tamanho da superficíe que será
trabalhada.
343
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
?
Selecionar os papéis coloridos por cor.
?
? Recortá-los em tamanhos iguais (levar em conta a faixa etária
das crianças, adequando o tamanho das formas,que podem variar de 0,5
cm a 3cm) e formatos diferentes.
? Passar com o auxílio do carbono, o projeto ampliado para a
superfície a ser trabalhada.
Coloração do desenho (ajuda a prever as cores que serão
?
utilizadas).
Colocar cola em recipiente .
?
Forrar com jornal o lugar de trabalho.
?
Procedimentos
Passar cola em pequena área do desenho a ser trabalhada.
?
Colar um a um, os recortes de papel colorido de acordo com as
?
cores do projeto inicial, deixando um pequeno espaço de fundo entre um
recorte e outro. Lembrar, nesta etapa, que quanto mais juntos estiverem os
recortes mais atraente se torna o mosaico.
? Depois que a colagem estiver seca é necessário passar sobre
ela uma fina camada de verniz ou mesmo cola, para dar acabamento e
brilho ao mosaico, impermeabiliza-o, tornando-o mais resistente ao
tempo.
Reflexão
Como foram seus resultados e o processo?
?
Registre suas impressões sobre essa atividade em seu portfólio.
?
Material
? Pedaços de vidro ou cerâmica, ou mesmo pastilhas de vidro
compradas prontas;
Cola branca;
?
Recipiente para cola;
?
Pincel;
?
? Suporte para o mosaíco (deve ser de material resistente, como
madeira, parede, etc.);
Carbono;
?
Jornal;
?
Papel sulfite para o projeto;
?
Papel kraft para ampliação do projeto;
?
Canetas hidrográficas;
?
Rejunte ( pode ser cimento comum ou cimento branco);
?
344
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
Preparação
Quanto mais simples e maiores as formas que compõem o seu
?
desenho, mais fácil se torna trabalhar com essa técnica. Os temas tanto
podem ser figurativos (pessoas ou paisagens) como abstratos, formando
mandalas, por exemplo.
Para facilitar a formação do mosaico, pintar o projeto ou colori-
?
lo .
? Ampliar o projeto do tamanho da superficíe que será
trabalhada.
?
Selecionar os papéis coloridos por cor;
? Recortá-los em tamanhos iguais (levar em conta a faixa etária
das crianças, adequando o tamanho das formas,que podem variar de 0,5
cm a 3cm) e formatos diferentes;
? Passar com o auxílio do carbono, o projeto ampliado para a
superfície a ser trabalhada;
? Coloração do desenho (ajuda a prever as cores que serão
utilizadas).
?
Colocar cola em recipiente; e
?
Forrar com jornal o lugar de trabalho.
Procedimentos
?
Passar cola em pequena área do desenho a ser trabalhada.
? Colar um a um, os recortes de papel colorido de acordo com as
cores do projeto inicial, deixando um pequeno espaço de fundo entre um
recorte e outro. Lembrar, nesta etapa, que quanto mais juntos estiverem os
recortes mais atraente se torna o mosaico.
? Depois que a colagem estiver seca é necessário passar sobre
ela uma fina camada de verniz ou mesmo cola, para dar acabamento e
brilho ao mosaico, impermeabiliza-o, tornando-o mais resistente ao
tempo.
Reflexão
Como foram seus resultados e o processo?
Registre suas impressões sobre essa atividade em seu portfólio.
Material
?
Pedaços de vidro ou cerâmica, ou mesmo pastilhas de vidro
345
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
compradas prontas;
?
Cola branca;
?
Recipiente para cola;
?
Pincel;
? Suporte para o mosaíco (deve ser de material resistente, como
madeira, parede, etc.);
?
Carbono;
?
Jornal;
?
Papel sulfite para o projeto;
?
Papel kraft para ampliação do projeto;
?
Canetas hidrográficas;
?
Rejunte ( pode ser cimento comum ou cimento branco);
?
Recipiente para o rejunte;
? Luvas plásticas ou saco plástico para protejer as mãos quando
utilizar o rejunte.
Preparação
? Quanto mais simples e maiores as formas que compõem o seu
desenho, mais fácil se torna trabalhar com essa técnica. Os temas tanto
podem ser figurativos (pessoas ou paisagens) como abstratos, formando
mandalas, por exemplo.
?
Para facilitar a formação do mosaico, pintar o projeto ou colori-
lo .
? Ampliar o projeto do tamanho da superficíe que será
trabalhada.
Selecionar os materiais (pastilhas de vidro, cerâmica ou
?
azulejo) por cor.
? Quando for utilizada a cerâmica é necessário quebrá-la em
partes pequenas ( levar em conta a faixa etária das crianças, adequando o
tamanho das formas); se, no entanto, for utilizar a pastilha ela já vem em
formato, geralmente quadrado, pronta para usar.
? Selecionar a cerâmica quebrada por tamanho, pois isso
facilitará a utilização posterior.
Passar, com, o auxílio do carbono, o projeto ampliado para a
?
superfície a ser trabalhada..
? Coloração do desenho com canetas hidrográficas (que ajudam
a prever as cores que serão utilizadas)
Colocar cola em recipiente .
?
Forrar com jornal o local de trabalho.
?
Procedimentos
? Com seu projeto de trabalho finalizado e ampliado na área que
deseja trabalhar, passar cola em pequena área do desenho a ser
346
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
Reflexão
Fonte: Enciclopédia Multimídia da Arte Universal: Arte Grega e Romana
Registr es suas
experiências.
Imagine que
outros materiais poderiam
substituir o vidro ou a
cerâmica e faça experimen-
tações com papelão, por
exemplo, ou mesmo casca
de ovo.
Busque essas
novas associações e
registre seus resultados. Figura 63: Mosaico Arte Greco-Romana.
347
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
3.3.4 Desenho
Desenho Cego
Material
Papel kraft
?
Papel sulfite
?
Lápis ou giz de cêra
?
Música (ritmo rápido e lento)
?
Preparação
Divida o papel em 4 partes;
?
Ligue previamente a música no ambiente e
? disponibilize 4
partes de papel à frente de cada participante.
Deixe giz de cêra de várias cores sobre a mesa.
?
Procedimentos
Escolher uma cor do giz de cêra.
?
Escrever o nome em cada folha para facilitar a identificação.
?
Peça para fecharem os olhos, ouvirem a música (suave nesse
?
primeiro momento) relaxar a musculatura .
Com os
? olhos ainda fechados riscar sobre o papel,
aleatoriamente de acordo com o ritmo da música (se preferir pode variar o
ritmo ou mudar a folha de papel).
Pedir que troquem de cor e de folha, ao dar um comando (que
?
podem ser uma batida de palmas, por exemplo) trocar de papel com o
vizinho sentado à direita. Esta etapa pode ser realizada de olhos fechados.
Olhar os rabiscos, virar o papel de todos os lados e procurar
?
formas ou figuras nesse emaranhado de linhas.
? Destacar as figuras encontradas com hidrocor ou colori-las
com o giz de cêra.
Passar o desenho selecionado para papel sulfite. Onde poderá
?
ser pintado ou colorido.
348
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
Reflexão
Como foi sua experiência?
Que outras possibilidades essa atividade permite?
Que associações com outras técnicas ela permite?
Registre sua experiência em seu portfólio.
Desenho Cego II
Material
Papel sulfite
?
Lápis nº 2
?
Preparação
Deixar papel à frente do participante;
?
Lápis já em posição de desenho sobre o papel;
?
Formar pares de alunos , um à frente do outro; pois o desenho
?
dos dois participantes será simultâneo.
Procedimentos
Num primeiro momento pedir para observar com bastante
?
atenção o rosto do colega à sua frente: cabelo , nariz , orelhas, olhos...
todos os detalhes.
Segurar firmemente o lápis sobre o papel, olhando fixamente
?
para o rosto do colega a sua frente, ir desenhado sem olhar para o papel e
sem retirar o lápis ou mudá-lo de lugar.
? Ao final observar semelhanças e diferenças entre o desenho e
o modelo. Podendo nesta etapa interferir com pintura ou colagem para
valorização do traçado.
Reflexão
Como foi sua experiência?
Que outras possibilidades essa atividade permite?
Que associações com outras técnicas ela permite?
Registre sua experiência em seu portfólio.
Fonte: Acervo pessoal.
3.4.4.2 Outras técnicas de desenho
? Experimente fazer um
desenho utilizando apenas pontos,
afaste-os ou aproxime-os, criando a
sensação de figura e fundo. Você pode
utilizar lápis 2B e criar uma
Figura 64: Eduardo Moura - Desenho
composição;
Cego interferências com canetas
ou pode
? ainda, utilizar hidrográficas.
349
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
3.5 O PORTFÓLIO
REFERÊNCIAS
350
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
PEREIRA, Kátia Helena. Como usar Artes Visuais na sala de Aula. Editora
Contexto, 2007.
351
RESUMO
353
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
354
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
355
REFERÊNCIAS
BÁSICA
PEREIRA, Kátia Helena. Como usar Artes Visuais na sala de Aula. Editora
Contexto, 2007.
COMPLEMENTAR
357
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
- AA
QUESTÃO 1:
QUESTÃO 2:
359
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
QUESTÃO 3:
Cite pelo menos cinco estratégias que podem ser adotadas pelo
professor para desenvolver a criatividade de seus alunos em sala de
aula.
QUESTÃO 4:
Observe a imgem e liste três ações para se possa compreender a
mensagem visual:
Figura 65: Pablo Picasso – Guernica. 1937. Óleo sobre tela, 349,3 x 776,6 cm.
360
Artes Visuais Caderno Didático - 1º Período
QUESTÃO 5:
QUESTÃO 6:
Observe as imagens.
Diferencie os níveis representacionais: Real, Abstrato e Simbólico.
Figura 66
QUESTÃO 7:
361
Oficina de Artes Plásticas I Unimontes/UAB
QUESTÃO 8:
De que forma o uso de diferentes materiais
expr essivos pode contribuir para o
desenvolvimento da criança em suas aulas de
arte?
QUESTÃO 9:
Em que movimento do desenvolvimento expressivo da criança podemos
inserir este desenho e suas caractrísticas? Justifique.
QUESTÃO 10:
Quais as possibilidades de materiais expressivos e atividades podemos ser
realizadas com crianças nessa fase?
362