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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO

Anexo 01 – CURVAS B-H

Curvas B – H para H < 400 A/m (para exercícios do Capítulo 08)


(Cada pequena divisão significa 0,02 T para B e 5 A/m para H)

Curvas B – H para H > 400 A/m (para exercícios do Capítulo 08)


(Cada pequena divisão significa 0,02 T para B e 50 A/m para H)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 01 – ANÁLISE VETORIAL

CAPÍTULO 01

ANÁLISE VETORIAL
     
1.1) Um vetor B é dado por: B = a x + 2a y + 3a z . Determine um vetor A de módulo igual
 
a 3 e componente x unitária de modo que A e B sejam perpendiculares entre si.

Resolução:

B = a + 2a + 3a
x y z
   
Dados: A = xa x + ya y + za z (01)
  
A ⊥ B A = 3 x =1


A = 3 ⇒ 12 + y2 + z2 = 3 (02)
   
A ⊥ B ⇒ A • B = 0 ⇒ 1 + 2y + 3z = 0 (03)

− 3z − 1
De (03): y = (04)
2

Substituindo (04) em (02), temos:


2
 − 3z − 1  2 9z 2 + 6z + 1 2
1+   + z = 3 ⇒ 1 + + z = 3 ⇒ 13z 2 + 6z − 7 = 0
 2  4

7
1a raiz z1 = (05)
13
2a raiz: z 2 = −1 (06)

Substituindo (05) em (04), temos:


7
− 3⋅ −1
13 21 1 17
y1 = =− − ⇒ y1 = − (07)
2 26 2 13

Substituindo (06) em (04), temos:


− 3 ⋅ ( −1) − 1 3 − 1
y2 = = ⇒ y2 = 1 (08)
2 2

Substituindo (05) e (07) em (01), temos:


  17  7 
A1 = a x − ay + az
13 13

Substituindo (06) e (08) em (01), temos:


  
A2 = ax + ay − az

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CAPÍTULO 01 – ANÁLISE VETORIAL

1.2) Transforme
 cada um dos seguintes vetores para coordenadas cilíndricas no ponto dado:

a) A = 5a x em P (ρ = 4, φ = 120o , z = 2);
 
b) B = 6a y em Q (x = 4, y = 3, z = -1);
   
c) C = 4a x − 2a y − 4a z em R (x = 2, y = 3, z = 5).

Resolução:
   
a) A = Aρ a ρ + Aφ aφ + Az a z onde:

A = A • a = 5a • a = 5 cos φ = 5 cos 120  ⇒ A = −2,5
ρ x
  ρ  
ρ ρ
A φ = A • a φ = 5a x • a φ = −5 sen φ = −5 sen 120 ⇒ A φ = −4,33


A = A • a = 5a • a ⇒ A = 0
 z z x z z
  
∴ A = −2,5a ρ − 4,33a φ

b) Transformando o ponto Q (x = 4, y = 3, z = -1) de coordenadas cartesianas para cilíndricas,


temos:
ρ = x 2 + y 2 = 5

  3
Q( ρ ; φ ; z ) =   sen φ = ⇒ Q( ρ = 5; φ = 36,87°; z = −1)
y  5
 φ = arctg ⇒ φ = 36,87° ⇒ 
 x cos φ = 4
  5

mas:
     3
 Bρ = B • aρ = 6ay • aρ = 6 senφ = 6 ⋅ ⇒ Bρ = 3,6
5
         4
B = B ρ a ρ + Bφ a φ + B z a z onde: Bφ = B • aφ = 6ay • aφ = 6 cosφ = 6 ⋅ ⇒ Bφ = 4,8
     5
B
 z = B • az = 6a y • a z ⇒ Bz = 0

  
∴ B = 3,6a ρ + 4,8a φ

c) Transformando o ponto R (x = 2, y = 3, z = 5) de coordenadas cartesianas para cilíndricas,


temos:

 ρ = x 2 + y 2 = 13

  3

R ( ρ ;φ ; z ) =  y sen φ = 13 ⇒ R ρ = 13 ;φ = 56,31°; z = 5
( )
 φ = arctg ⇒ φ = 56,31° ⇒ 
 x cos φ = 2
  13

mas:
   
C = C ρ a ρ + Cφ a φ + C z a z onde:
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C A P ÍT U L O 0 1 – ANÁLISE VETORIAL

       2 3
Cρ = C ⋅ a ρ = (4ax − 2ay − 4az ) ⋅ a ρ = 4 cosφ − 2 senφ = 4 ⋅ − 2⋅ ⇒ Cρ = 0,555
13 13

       3 2
Cφ = C ⋅ aφ = (4ax − 2ay − 4az ) ⋅ aφ = −4 senφ − 2 cosφ = −4 ⋅ − 2⋅ ⇒ Cφ = −4,438
 13 13

C = C ⋅ a = (4a − 2a − 4a ) ⋅ a ⇒ C = −4
z x y z z
 z z

   
∴ C = 0,555a ρ − 4,438a φ − 4a z

1.3) Um campo vetorial é definido no ponto P (ρ = 20, φ = 120o , z = 10) como


   
sendo: V = 4a ρ + 3a φ + 5a z . Determinar:

a) a componente vetorial de V normal à superfície ρ = 20;

b) a componente vetorial de V tangente à superfície φ = 120o;
   
c) a componente vetorial de V na direção do vetor R = 6a ρ + 8a φ ;

d) um vetor unitário perpendicular a V e tangente ao plano φ = 120o;

e) o vetor V no sistema de coordenadas cartesianas;

Resolução:

a)
Dados:
   
V = 4a ρ + 3a φ + 5a z em P (ρ = 20, φ = 120o , z = 10).

      
Sabe-se que V = VN + VT e que VN = ( V • a ρ )a ρ .

       
Portanto: VN = [(4aρ + 3aφ + 5az ) • a ρ ]aρ ⇒ VN = 4aρ

b)
Dados:
   
V = 4a ρ + 3a φ + 5a z em P (ρ = 20, φ = 120o , z = 10).

      
Sabe-se que V = VN + VT e que VN = ( V • a φ )a φ .


 Cálculo de VN :
   
VN = (V • a φ )a φ
       
VN = [(4a ρ + 3a φ + 5a z ) • a φ ]a φ ⇒ VN = 3a φ


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 Cálculo de VT :
         
VT = V − VN = (4a ρ + 3a φ + 5a z ) − 3a φ ⇒ VT = 4a ρ + 5a z
  
c) Dados: R = 6a ρ + 8a φ .
  
     R 6a ρ + 8a φ   
VR = ( V • a R )a R , onde a R =  = ⇒ a R = 0,6a ρ + 0,8a φ
R 36 + 64
          
∴ VR = [(4a ρ + 3a φ + 5a z ) • (0,6a ρ + 0,8a φ )](0,6a ρ + 0,8a φ ) ⇒ VR = 2,88a ρ + 3,84a φ
   
d) Seja A = Aρ a ρ + Aφ a φ + Az a z o vetor procurado.
 (01)
Aφ = 0, pois A é tangente ao plano φ = 120°
    
Pelas condições apresentadas, temos: A • V = 0, poisA ⊥V (02)
 
 A = 1, pois A é um versor (03)
  
De (01), conclui-se que A = Aρ a ρ + Az a z (04)

De (02), conclui-se que:


      
A • V = (Aρ a ρ + Az a z ) • ( 4a ρ + 3a φ + 5a z ) ⇒ 4 Aρ + 5 Az = 0 (05)

De (03), conclui-se que Aρ2 + Az2 = 1 (06)


5
De (05): Aρ = − Az (07)
4
Substituindo (07) em (06), temos:
25 2 16
A z + A 2z = 1 ⇒ A z = ± = ±0,625 (08)
16 41

Substituindo (08) em (07), temos:

A ρ = ∓ 0,781 (09)

Substituindo (08) e (09) em (01), temos:


  
(
A = ± − 0,781a ρ + 0,625a z )

e) Cálculo das componentes, em coordenadas cartesianas, do vetor V :

Vx = V • ax = (4a ρ + 3aφ + 5az ) • ax = 4 cosφ − 3 senφ = 4 cos120 − 3 sen120° ⇒ Vx = −4,598
      
Vy = V • a = (4aρ + 3aφ + 5az ) • ay = 4 senφ + 3 cosφ = 4 sen120 + 3 cos120° ⇒ Vy = 1,964
 y
Vz = V • az = (4a ρ + 3aφ + 5az ) • az ⇒ Vz = 5

   
∴ V = −4,598a x + 1,964a y + 5a z

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1.4) Se a1 é um vetor unitário dirigido da origem ao ponto (-2,1,2), determinar:
 
a) um vetor unitário a 2 paralelo ao plano x = 0 e perpendicular a a1 ;
  
b) um vetor unitário a 3 perpendicular a a1 e a 2 .

Resolução:

 Cálculo de a1 :
   
 A1 − 2a x + a y + 2a z  2 1 2
a1 =  = ⇒ a1 = − a x + a y + a z
A1 ( −2) 2 + 12 + 2 2 3 3 3

   
a) Seja a 2 = a2 a x + a2 a y + a2 a z o vetor procurado.
x y z

a 2x = 0, pois a 2 é paralelo ao plano x = 0 (01)
   
Pelas condições apresentadas, temos: a 2 • a1 = 0, pois a 2 ⊥a1 (02)
 a = 1, pois a é um versor
 2 2 (03)

De (01), conclui-se que:


  
a 2 = a2 a y + a2 a z (04)
y z

De (02), conclui-se que:


    2 1 2
a2 • a1 = (a2 ay + a2 az ) • (− ax + ay + az )
y z 3 3 3
  1 2
∴ a 2 • a1 = a 2 + a 2 = 0 (05)
3 y 3 z

De (03), conclui-se que a 22 + a 22 = 1 (06)


y z

De (05), a 2 = −2 a 2 (07)
y z

Substituindo (07) em (06), temos:

5
4 a 22 + a 22 = 1 ⇒ a 2 = ± (08)
z z z 5

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Substituindo (08) em (07), temos:

2 5
a2 = ∓ (09)
y 5

Substituindo (08) e (09) em (04), temos:

 5  
a2 = ±
5
(
− 2a y + a z )
   
b) Seja a 3 = a3 a x + a3 a y + a3 a z o vetor procurado.
x y z
Pelas condições apresentadas, temos:
     
a 3 = a1 × a 2 , pois a 3 ⊥ ao plano formado por a1 e a 2 (01)
 
 a 3 = 1, pois a 3 é um versor (02)

De (01), conclui-se que


  
ax ay az
   5 4 5  2 5 4 5
a3 = − 23 1
3
2  
3 ⇒ a3 =  ± 15 ± 15 a x ± 15 a y ± 15 az
 
0 ±2 5 5 ± 5
5

 5   
Logo: a 3 = ±
15
(
5a x + 2a y + 4a z )
1.5) Determinar:
  
a) qual é a componente escalar do vetor E = − ya x − xa y no ponto P (3, -2, 6 ) que está
apontada para o ponto Q (4, 0, 1 );
b) qual é a equação (escalar) da linha no plano z = 0 que é perpendicular ao vetor
  
A = 3a x − 4a y e passa através do ponto P (1, 5, 0 )?

Resolução:

a)

Definições:
       
E P é o vetor dado E no ponto P ⇒ E P = − ya x − xa y ⇒ E P = 2a x − 3a y
PQ é um vetor dirigido do ponto P para o ponto Q.
 
E P é a componente escalar de E P na direção de E PQ .
Q

a PQ . é o vetor unitário de PQ
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  PQ a x + 2a y − 5a z  a x + 2a y − 5a z
 Cálculo de a PQ : a PQ = = ⇒ a PQ =
PQ 1 + 4 + 25 30

 Cálculo de E P :
Q
  
 a x + 2a y − 5a z 
 ⇒ EP = − 4
   
E P = E P • a PQ ⇒ E P = (2a x − 3a y ) • 
Q Q  30  Q 30
 

b)

  
Seja v = ( x − 1)a x + ( y − 5)a y o vetor dirigido de P para Q (vetor na direção da linha).
   
Mas v ⊥ A ⇒ A • v = 0
   
∴ (3ax − 4ay ) • [(x − 1)ax + (y − 5)ay ] = 0 ⇒ 3(x − 1) − 4(y − 5) = 0 ⇒ 3x - 4y + 17 = 0


Assim, 3x-4y+17=0 é a equação da linha no plano z = 0 que é perpendicular ao vetor A e
passa pelo ponto P

1.6) Encontrar o vetor em coordenadas:


a) cartesianas que se estende de P (ρ = 4, φ = 10o , z = 1) a Q (ρ = 7, φ = 75o , z = 4).
b) cilíndricas no ponto M (x = 5, y = 1, z = 2) que se estende até N (x = 2, y = 4, z = 6).

Resolução:

P ( ρ = 4; φ = 10°; z = 1)
a) Dados: 
Q ( ρ = 7; φ = 75°; z = 4 )

Definindo PQ como o vetor, em coordenadas cartesianas, que


estende-se do ponto P ao ponto Q, temos:
  
PQ = OQ − OP = PQ x a x + PQ y a y + PQz a z , onde OQ é
o vetor dirigido da origem ao ponto Q e OP é o vetor dirigido
da origem ao ponto P.
 Cálculo do vetor OP :
OPx = ρ cos φ = 4 cos 10 ° ⇒ OPx = 3,939
   
OP = OPx a x + OPy a y + OPz a z , onde: OPy = ρ sen φ = 4 sen 10 ° ⇒ OPy = 0,695
OPz = z ⇒ OPz = 1
  
∴ OP = 3,939a x + 0,695a y + a z

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 Cálculo do vetor OQ :
OQ x = ρ cos φ = 7 cos 75° ⇒ OQ x = 1,812
   
OQ = OQx a x + OQ y a y + OQz a z ,onde: OQ y = ρ sen φ = 7 sen 75° ⇒ OQ y = 6,761
OQz = z ⇒ OQz = 4
  
∴ OQ = 1,812a x + 6,761a y + 4a z

  
mas: PQ = OQ − OP = PQ x a x + PQ y a y + PQz a z , onde:
PQ x = OQ x − OPx ⇒ PQ x = −2,13
   
PQ y = OQ y − OPy ⇒ PQ y = 6,07 ⇒ PQ = −2,13a x + 6,07a y + 3a z
PQ z = OQ z − OPz ⇒ OQ z = 3
M (x = 5; y = 1; z = 2 )
b) Dados: 
Q ( ρ = 7; φ = 75°; z = 4 )

Podemos escrever o vetor MN em coordenadas cartesianas


da seguinte forma:
  
MN = ON − OM = MNx a x + MNy a y + MNz a z , onde
     
ON = 2a x + 4a y + 6a z e OM = 5a x + a y + 2a z .Portanto,
MNx = −3 ; MNy = 3 ; MNz = 4 e
  
MN = −3a x + 3a y + 4a z .

 Cálculo do vetor MN em coordenadas cilíndricas:


  
MN = MN ρ a ρ + MNφ a φ + MNz a z onde:

MN ρ = MN ⋅ a ρ = ( −3a x + 3a y + 4a z ) ⋅ a ρ = −3 cos φ + 3 sen φ



     
MNφ = MN ⋅ a φ = ( −3a x + 3a y + 4a z ) ⋅ a φ = 3 sen φ + 3 cos φ
     
MNz = MN ⋅ a z = ( −3a x + 3a y + 4a z ) ⋅ a z = 4

ρ = x 2 + y 2 = 26

 y 1
No ponto M, temos:  senφ = =
 ρ 26
 x 5
cosφ = =
 ρ 26
 5 1 12
 MNρ = − 3 + 3 ⇒ MNρ = −
26 26 26
 1 5 18
Portanto: MNφ = 3 +3 ⇒ MNφ =
 26 26 26
MN
 z = 4

   12  18  
Logo: MN = MN ρ a ρ + MNφ a φ + MN z a z ⇒ MN = − aρ + a φ + 4a z
26 26
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1.7) Sejam os pontos P ( 3, -4, 5 ) e Q ( 1, 2, 3 ) e W um vetor localizado no ponto P cuja

magnitude seja igual à distância entre P e Q. Determine o vetor W apontado para Q:
a) no sistema de coordenadas cartesianas;
b) no sistema de coordenadas cilíndricas;
c) no sistema de coordenadas esféricas.

Resolução:

No ponto P, temos:


ρ = x2 + y2 = 5

 y y x
φ = arctg = −53,13° ; senφ = = −0,8 ; cosφ = = 0,6 (01)
 x ρ ρ

 θ = arctg ρ = 135° ; senθ = x2 + y2 z
= −0,7071 ; cosθ = = −0,7071
 z 2 2 2 2 2 2
 x +y +z x +y +z

   
a) W = Wx a x + Wy a y + Wz a z
       
∴ W = (1 − 3)a x + (2 − (−4))a y + (3 − (−5))a z ⇒ W = −2a x + 6a y + 8az

   
b) W = Wρ a ρ + Wφ a φ + Wz a z


 Cálculo das componentes, em coordenadas cilíndricas, do vetor W :
     
Wρ = W • aρ = (−2ax + 6ay + 8az ) • aρ = −2 cosφ + 6 senφ = −2(0,6) + 6(−0,8) ⇒ Wρ = −6
      
Wφ = W • aφ = (−2ax + 6ay + 8az ) • aφ = 2 senφ + 6 cosφ = 2(−0,8) + 6(0,6) ⇒ Wφ = 2

Wz = W • az = (−2ax + 6ay + 8az ) • az ⇒ Wz = 8

   
∴ W = −6a ρ + 2a φ + 8a z

   
c) W = Wr a r + Wθ aθ + Wφ a φ (01)


 Cálculo das componentes, em coordenadas esféricas, do vetor W :
     
Wr = W • ar = (−2ax + 6ay + 8az ) • ar ⇒ Wr = −2 senθ cosφ + 6 senθ senφ + 8 cosθ (02)
      
Wθ = W • aθ = (−2ax + 6ay + 8az ) • aθ ⇒ Wθ = −2 cosθ cosφ + 6 cosθ senφ − 8 senθ (03)
       (04)
W
 φ = W • aφ = (−2ax + 6ay + 8az ) • aφ ⇒ Wφ = 2 senφ + 6 cosφ

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C A P ÍT U L O 0 1 – ANÁLISE VETORIAL

Substituindo (01) em (02), temos:

Wr = −2(0,7071)(0,6) + 6(0,7071)( −0,8) + 8( −0,7071) ⇒ Wr = −9,90 (05)

Substituindo (01) em (03), temos:

Wθ = −2( −0,7071)(0,6) + 6( −0,7071)( −0,8) − 8(0,7071) ⇒ Wθ = −1,41 (06)

Substituindo (01) em (04), temos:

Wφ = 2(0,8) + 6(0,6) ⇒ Wφ = −2 (07)

Substituindo (05), (06) e (07) em (01), temos:


   
W = −9,90a r − 1,41aθ + 2a φ

1.8) Um campo vetorial é definido no ponto P ( r = 10, θ = 150o, φ = 60o ) como sendo:
   
G = 3a r + 4aθ + 5a φ . Determinar:

a) a componente vetorial de G normal a superfície r = 10;

b) a componente vetorial de G tangente ao cone θ = 150o;
   
c) a componente vetorial de G na direção do vetor R = 6a r + 8a φ ;

d) um vetor unitário perpendicular a G e tangente ao plano φ = 60o;

Resolução:

a) Dados:
   
G = 3a r + 4aθ + 5a φ em P ( r = 10, θ = 150o, φ = 60o ).

      
Sabe-se que G = G N + G T e que G N = (G • a r )a r .
Portanto:
       
G N = [(3a r + 4aθ + 5a φ ) • a r ]a r ⇒ G N = 3a r

b)

Dados:
   
G = 3a r + 4aθ + 5a φ em P ( r = 10, θ = 150o, φ = 60o ).

      
Sabe-se que G = G N + G T e que G N = (G ⋅ aθ )aθ .


 Cálculo de G N :
          
G N = (G • aθ )aθ = [(3a r + 4aθ + 5a φ ) • aθ ]aθ ⇒ G N = 4aθ

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C A P ÍT U L O 0 1 – ANÁLISE VETORIAL

 Cálculo de G T :
         
G T = G − G N = (3a r + 4aθ + 5a φ ) − 4aθ ⇒ G T = 3a r + 5a φ

  
c) Dados: R = 6a r + 8a φ
  
     R 6a r + 8a φ   
G R = (G • a R )a R , onde a R =  = ⇒ a R = 0,6a r + 0,8a φ
R 36 + 64

          
∴ G R = [(3a r + 4aθ + 5a φ ) • (0,6a r + 0,8a φ )](0,6a r + 0,8a φ ) ⇒ G R = 3,48a r + 4,64a φ

d)

Dados:
   
G = 3a r + 4aθ + 5a φ em P ( r = 10, θ = 150o, φ = 60o ).

   
Seja S = Sr a r + Sθ aθ + Sφ a φ o vetor procurado.


Sφ = 0, pois S é tangente ao plano φ = 60° (01)
    
Pelas condições apresentadas, temos: S ⋅ G = 0, pois S⊥G (02)
 
(03)
S = 1, pois S é um versor

  
De (01), conclui-se que S = Sr a r + Sθ aθ (04)

De (02), conclui-se que :


      
S • G = (S r a r + Sθ aθ ) • (3a r + 4aθ + 5a φ ) ⇒ 3 S r + 4 Sθ = 0 (05)

De (03), conclui-se que Sr2 + Sθ2 = 1 (06)

4
De (05): Sr = − Sθ (07)
3
Substituindo (07) em (06), temos:
16 2 3
Sθ + Sθ2 = 1 ⇒ Sθ = ± (08)
9 5
Substituindo (08) em (07), temos:
4
Sr = ∓ (09)
5
Substituindo (08) e (09) em (04), temos:
 4 3 
S = ± a r − aθ 
5 5 
– Página 1.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

CAPÍTULO 02

LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

2.1) Um fio de 2 m está carregado uniformemente com 2 µC. A uma distância de 2 m de sua
extremidade, no seu prolongamento, está uma carga pontual de 2 µC. Obter o ponto no
espaço onde o campo elétrico seja nulo.

Resolução:

 Definições:
P (2+d; 0; 0) é o ponto onde o campo elétrico resultante é nulo.

E1 é o campo elétrico gerado em P pela carga Q.

E 2 é o campo elétrico gerado em P pelo fio.

 Cálculo do campo elétrico gerado em P pela carga Q:


 Q 
E1 = ( −a x ) , onde Q = 2µC. (01)
2
4πε o ( 2 − d)

 Cálculo do campo elétrico gerado em P pelo fio:


E2 =
ρ L dL 
∫ 4πε (2 − x + d) 2 x
a ,onde:


ρL =
∆Q
∆L
=
2 µC
2m
⇒ ρL = 1 C
m
[ ] (02)
o 
 dL = dx

2
 ρ L dx 
De (01), conclui-se que E 2 = ∫ ax (03)
2
x = 0 4πε o ( 2 − x + d)

u = 2 − x + d
Substituição de variáveis na integral:  (04)
du = −dx
Substituindo (04) em (03), temos:

2 2
 ρ du   ρ u −1   ρ  1 
E2 = L ∫ ax ⇒ E2 = L ax ⇒ E2 = − L 

a x
4πε o 2 4πε o − 1 4πε o  2 − x + d  x = 0
x =0 u

 ρ 1 1 
∴ E2 = − L  − (05)
4πε o  d 2 + d 

– Página 2.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
 
Para o campo elétrico ser nulo em P, é necessário que E1 + E 2 = 0 . (06)

Substituindo (01) e (05) em (06), temos:

2 ⋅ 10 − 6 1 ⋅ 10 − 6 1 1  2 1 1
− d − 2 + d  = 0 ⇒ − + =0
4πε o (2 − d) 2 4πε o   ( 2 − d) 2 d 2 + d

2d(2 + d) − (2 + d)(2 − d) 2 + d(2 − d) 2 = 0

2
4d + 2d 2 − 8 + 8d − 2d 2 − 4d + 4d 2 − d 3 + 4d − 4d 2 + d 3 = 0 ⇒ d = [m]
3

Logo, as coordenadas do ponto P são: ( 2,67; 0; 0 ) [m]

2.2) Uma linha de carga com ρL = 50 ηC/m está localizada ao longo da reta x = 2, y = 5, no
vácuo.

a) Determinar E em P (1, 3, -4 );
b) Se a superfície x = 4 contém uma distribuição superficial de carga uniforme com
ρS = 18 ηC/m2, determinar em que ponto do plano z = 0 o campo elétrico é nulo.

Resolução:
a)

 Campo elétrico para uma linha de cargas:



 ρ é o vetor dirigido da linha para o ponto P
 ρL  
EL = a ρ , onde:  ρ = ρ (01)
2πε o ρ a é o unitário de ρ
 ρ

 Cálculo de ρ e de ρ:
      
ρ = (1 − 2)a x + (3 − 5)a y + 0a z ⇒ ρ = −a x − 2a y
(02)
ρ = 12 + 2 2 ⇒ ρ = 5

 Cálculo de a ρ :
  
 ρ − a x − 2a y
aρ =  = (03)
ρ 5

– Página 2.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:


 
 50 ⋅ 10 − 9 − a x − 2a y   
E= ⋅ ⇒ E = 180(−a x − 2a y )
2πε o 5 5
  
E = −180a x − 360a y [V m]

b)


Para E T ser nulo no ponto Q (x, y, 0 ), este deve estar localizado entre o plano e a linha.

 Campo elétrico para uma linha de cargas:



 ρ é o vetor dirigido da linha para o ponto P
 ρL  
EL = a ρ , onde:  ρ = ρ (01)
2πε o ρ a é o unitário de ρ
 ρ

 Campo elétrico para uma distribuição superficial de cargas:


 ρ 
E P = S a N , onde: a N é o unitário normal à superfície na direcão de (x, y, 0).

(02)
2ε o

 Cálculo do campo elétrico no ponto Q devido à linha:



ρ = ( x − 2) 2 + ( y − 5) 2
 
 ρ = ( x − 2)a x + ( y − 5)a y ;

 (03)
  
( x − 2)a x + ( y − 5)a y
a =
 ρ
 ( x − 2) 2 + ( y − 5) 2

– Página 2.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Substituindo (03) em (01), temos:


 
 ρL   ρL (x − 2) a x + ( y − 5) a y
EL = a ρ ⇒ EL =
2πε o ρ 2πε o (x − 2) 2 + (y − 5) 2 (x − 2) 2 + ( y − 5) 2
 ρL  
∴ EL = [(x − 2) a x + (y − 5) a y ] (04)
2 2
2πε o [(x − 2) + (y − 5) ]

 Cálculo do campo elétrico no ponto Q devido à superfície:


 
a N = −a x (05)

Substituindo (05) em (02), temos:


 ρ 
EP = − S a x (06)
2ε o
  
Mas E T = E L + E P = 0 (07)

Substituindo (04) e (06) em (07):


 
 ρL (x − 2) a x + (y − 5)a y ρS 
ET = ⋅ − ax = 0
2πε o (x − 2) 2 + (y − 5) 2 (x − 2) 2 + ( y − 5) 2 2ε o

 
50 ⋅ 10 − 9 (x − 2) a x + ( y − 5) a y 18 ⋅ 10 − 9 
⋅ − ax = 0
10 − 9 (x − 2) 2 + ( y − 5) 2 10 − 9
2π ⋅ (x − 2) 2 + (y − 5) 2 2⋅
36π 36π
 900(x − 2)   900( y − 5) 
 − 324π  a x +   ay = 0
(x − 2) 2 + (y − 5) 2  (x − 2) 2 + (y − 5) 2 

 900(y − 5)
 =0⇒ y=5
2 2
(x − 2) + (y − 5)
∴
 900(x − 2) 900
 − 324π = 0 ⇒ = 324π ⇒ x = 2,88
2 2 x − 2
(x − 2) + (y − 5)

Logo, as coordenadas do ponto Q são: (x = 2,88; y = 50;z = 0).

2.3) Oito cargas pontuais de 1 µC cada uma estão localizadas nos vértices de um cubo de 1 m

de lado, no espaço livre. Encontrar E no centro:
a) do cubo;
b) de uma face do cubo;
c) de uma aresta do cubo;

– Página 2.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Resolução:

P ( 0,5; 0,5; 0,5 )é o centro do cubo;


K ( 0,5; 1; 0,5 )é o centro de uma face;
M ( 1; 0,5; 0 )é o centro de uma aresta.

a) Como as cargas são todas iguais e simétricas, elas produzem campos iguais e em oposição.
Logo, o campo elétrico em P é nulo.
        
b) E K = E GK + E CK + E BK + E FK + E AK + E EK + E HK + E DK , onde:

E K é o campo gerado em K pelas carga em G, C, B, F, A, E, H e D;

E GK é o campo gerado em K pela carga em G;

E CK é o campo gerado em K pela carga em C;

E BK é o campo gerado em K pela carga em B;

E FK é o campo gerado em K pela carga em F;

E AK é o campo gerado em K pela carga em A;

E EK é o campo gerado em K pela carga em E;

E HK é o campo gerado em K pela carga em H;

E DK é o campo gerado em K pela carga em D;

Por simetria:
        
E GK + E CK + E BK + E FK = 0 , o que torna E K = E AK + E EK + E HK + E DK . (01)

 Cálculo de E AK :

R AK é o vetor dirigido da carga em A ao ponto K ;
 Q  
E Ak = aR , onde:  R AK = R AK ;
4πε o R 2AK AK  
a R é um versor de R AK .
 AK

– Página 2.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

     R AK
R AK = 0,5a x + a y + 0,5a z ; R AK = 1,5 ; aR =
AK R AK

 Q 
∴ E Ak = R AK (02)
32
4πε o R AK

 Cálculo de E EK :

R EK é o vetor dirigido da carga em E ao ponto K ;
 Q   
E Ek = a R , onde:  R EK = R AK = R EK = R AK ;
4πε o R 2EK EK  
a R é um versor de R EK .
 EK

     R EK
R EK = −0,5a x + a y + 0,5a z ; R EK = R AK = 1,5 ; aR =
EK R AK

 Q 
∴ E Ek = R EK (03)
32
4πε o R AK

 Cálculo de E HK :

R HK é o vetor dirigido da carga em H ao ponto K ;
 Q   
E Hk = aR , onde:  R HK = R AK = R HK = R AK ;
4πε o R 2HK HK  
a R é um versor de R HK .
 HK

     R HK
R HK = −0,5a x + a y − 0,5a z ; R HK = R AK = 1,5 ; aR =
HK R AK

 Q 
∴ E Hk = R HK (04)
32
4πε o R AK

 Cálculo de E DK :

R DK é o vetor dirigido da carga em D ao ponto K ;
 Q   
E Dk = aR , onde:  R DK = R AK = R DK = R AK ;
4πε o R 2DK DK  
a R é um versor de R DK .
 DK

     R DK
R DK = 0,5a x + a y − 0,5a z ; R DK = R AK = 1,5 ; aR =
DK R AK
 Q 
∴ E Dk = R DK (05)
32
4πε o R AK

– Página 2.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Substituindo (02), (03), (04) e (05) em (01):

 Q    
Ek = ( R AK + R EK + R HK + R DK ) (06)
32
4πε o R AK


Mas:
              
RAK + REK + RHK + RDK = (0,5ax + ay + 0,5az ) + (−0,5ax + ay + 0,5az) + (−0,5ax + ay − 0,5az ) + (0,5ax + ay − 0,5az )
   
∴RAK + REK + RHK + RDK = 4ay
 (07)

Substituindo (07) em (06) ,temos:

 4Q   4 ⋅ 10 − 9 
Ek = a y ⇒ Ek = ay
32 32
4πε o R AK 4πε o 1,5
  
E k = 19,57 a y ⇒ E k = 19,57 [V m]
        
c) E M = E EM + E FM + E AM + E BM + E HM + E GM + E CM + E DM , onde:

E M é o campo gerado em M pelas cargas em E, F, A, B, H, G, C e D;

E EM é o campo gerado em M pela carga em E;

E FM é o campo gerado em M pela carga em F;

E AM é o campo gerado em M pela carga em A;

E BM é o campo gerado em M pela carga em B;

E HM é o campo gerado em M pela carga em H;

E GM é o campo gerado em M pela carga em G;

E CM é o campo gerado em M pela carga em C;

E DM é o campo gerado em M pela carga em D;

Por simetria:
 
E EM + E FM = 0
      
Portanto: E M = E AM + E BM + E HM + E GM + E CM + E DM (01)

 Cálculo de E AM :

R AM é o vetor dirigido da carga em A ao ponto M ;
 Q  
E AM = aR , onde:  R AM = R AM ;
4πε o R 2AM AM  
a R é um versor de R AM .
 AM
– Página 2.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO


     R AM
R AM = a x + 0,5a y + 0a z ; R AM = 1,25 ; aR =
AM R AM

 Q 
∴ E AM = R AM (02)
32
4πε o R AM

 Cálculo de E BM :

R BM é o vetor dirigido da carga em B ao ponto M;
 Q   
E BM = aR , onde:  R BM = R AM = R BM = R AM ;
4πε o R 2BM BM  
a R é um versor de R BM .
 BM

     R BM
R BM = a x − 0,5a y + 0a z ; R BM = R AM = 1,25 ; aR =
BM R AM
 Q 
∴ E BM = R BM (03)
32
4πε o R AM

 Cálculo de E HM :

R HM é o vetor dirigido da carga em H ao ponto M ;
 Q   
E HM = aR , onde:  R HM = R AM = R HM = R AM ;
4πε o R 2HM HM  
a R é um versor de R HM .
 HM

     R HM
R HM = 0a x + 0,5a y − a z ; R HM = R AM = 1,25 ; aR =
HM R AM
 Q 
∴ E HM = R HM (04)
32
4πε o R AM

 Cálculo de E GM :

R GM é o vetor dirigido da carga em G ao ponto M ;
 Q   
E GM = aR , onde:  R GM = R AM = R GM = R AM ;
2 GM
4πε o R G M  
a R é um versor de R GM .
 GM

     R GM
R GM = 0a x − 0,5a y − a z ; R GM = R AM = 1,25 ; aR =
GM R AM
 Q 
∴ E GM = R GM (05)
32
4πε o R AM

– Página 2.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

 Cálculo de E DM :

R DM é o vetor dirigido da carga em D ao ponto M ;
 Q  
E DM = aR , onde:  R DM = R DM ;
4πε o R 2DM DM  
a R é um versor de R DM .
 DM

     R DM
R DM = a x + 0,5a y − a z ; R DM = 2,25 ; aR =
DM R DM

 Q 
∴ E DM = R DM (06)
32
4πε o R DM

 Cálculo de E CM :

R CM é o vetor dirigido da carga em C ao ponto M ;
 Q   
E CM = aR , onde:  R CM = R DM = R CM = R DM ;
2 CM
4πε o R C M  
a R é um versor de R CM .
 CM

     R CM
R CM = a x − 0,5a y − a z ; R CM = R DM = 2,25 ; aR =
CM R DM
 Q 
∴ E CGM = R CM (07)
32
4πε o R DM

Substituindo (02), (03), (04), (05), (06) e (07) em (01), temos:

      
 Q  R AM + R BM + R HM + R GM R DM + R CM 
EM = + (08)
4πε o  32 32 
 R AM R DM 
Mas:
           
R AM + R BM + R HM + R GM = (a x + 0,5a y ) + (a x − 0,5a y ) + (0,5a y − a z ) + (0,5a y − a z )
     
∴ R AM + R BM + R HM + R GM = 2a x − 2a z (09)
e
       
R DM + R CM = (a x + 0,5a y − a z ) + (a x − 0,5a y − a z )
    (10)
∴ R DM + R CM = 2a x − 2a z

Substituindo (09) e (10) em (08), temos:

 1 ⋅ 10 − 9 2a x − 2a z  
2a x − 2a z 
EM =  + 
32
4πε o  1,25 2,25 3 2 
   
E M = 18,21a x − 18,21a z ⇒ E M = 25,76 [V m]
– Página 2.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

2.4) Uma distribuição linear uniforme de cargas no eixo z é definida como sendo ρL = 10π
ηC/m para z ≥ 0 e ρL = 0 para z < 0. Determinar qual deverá ser a densidade superficial
de cargas no plano infinito z = 0 de modo que o campo elétrico resultante no ponto P ( 0,
3, 0 ) tenha direção normal ao eixo z. Determinar também o campo elétrico resultante.

 Cálculo do campo elétrico no ponto P devido ao plano:


 ρ   ρ 
E P = S a N , onde : a N = a z ⇒ E P = S a z
 
(01)
2ε o 2ε o

 Cálculo do campo elétrico no ponto P devido à linha:



R   
= 3a y − za z
ρ L dz  
 
EL = ∫ a R , onde  R = R = 9 + z 2
4πε o R 2 
 
3a y − za z
a R =
 9 + z2
 
 ρ L (3a y − za z )  
4πε o ∫ (9 + z 2 )3 2
EL = dz = E y + E z

 ρL 3dz  ρL zdz 
EL =
4πε o ∫ (9 + z 2 )3 2 a y −
4πε o ∫ (9 + z 2 )3 2 a z

 ρL 3dz  (02)
E y = 4πε ∫ 2 32
ay
 o (9 + z )
∴
 ρL zdz 
E z = − 4πε ∫ 2 32
az
(03)
 o (9 + z )

– Página 2.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Para que o campo elétrico resultante no ponto P ( 0, 3, 0 ) tenha direção normal ao eixo z, a
 
condição de E P = E z deve ser satisfeita.

Fazendo (01) = (04), temos:


ρS ρ zdz
= L ∫ (05)
2ε o 4πε o (3 + z 2 ) 3 2
2

z = 3tgθ
Substituição de variáveis na integral:  (06)
dz = 3 sec 2 θdθ

Substituindo (06) em (05), temos:

10π ⋅ 10 − 9 3tgθ .3 sec 2 θdθ 5 ⋅ 10 − 9 sen θ . cos θ


ρS = ⋅∫ ⇒ ρS = ∫ dθ
2π 27 sec 3 θ 3 cos θ

5 ⋅ 10 − 9
ρS = [− cos θ ]θ90=°0 ⇒ ρ S = 5  C 
η m 2 
3 3


 Cálculo do campo elétrico resultante ( E TOTAL ):
Como o campo elétrico resultante no ponto P ( 0, 3, 0 ) apresenta somente uma componente
  
na direção de a y , conclui-se que E TOTAL = E y (07)

Substituindo (03) em (07), temos:


 ρ 3dz
E TOTAL = L

4πε o ∫ (3 2 + z 2 ) 3 2 a y (08)

z = 3tgθ
Substituição de variáveis na integral:  (09)
dz = 3 sec 2 θdθ

Substituindo (09) em (08), temos:

 10π ⋅ 10 − 9 3.3 sec 2 θdθ  5 ⋅ 10 − 9 


E TOTAL = ⋅∫ ay = ⋅ ∫ cos θ dθa y
4πε o 27 sec 3 θ 6ε o

5 ⋅ 10 − 9

E TOTAL =
6ε o

[sen θ ]θ90=°0 a y ⇒ E TOTAL = 94,12 V m [ ]

– Página 2.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO
 
2.5) Dado o campo vetorial D = x 2 a x + ( y + z )a y + xya z [C/m2]. Determinar o fluxo de D
  

através da superfície triangular no plano xz, delimitada pelo eixo x, pelo eixo z, e pela
reta x + z = 1 .


D = x 2 a x + ( y + z )a y + xya z
Dados:   ;
dS = dxdza y

Resolução:
 2   
Φ = ∫ • dS ⇒ Φ =
D ∫ (x a x + (y + z ) a y + xy a z ) • dxdz a y
S S

1 1− x 1 1− x 1 1− x
z2 
Φ = ∫ ∫ (y + z)dzdx ⇒ Φ = ∫ ∫ zdzdx ⇒ Φ = ∫   dx
 2 
x =0 z=0 ( y = 0) x =0 z=0 x =0   z=0
1 1
(1 − x) 2 1 − 2x + x 2
Φ = ∫ 2
dx ⇒ Φ = ∫ 2
dx
x =0 x =0

1
1  2 x3  1 1 1
Φ = x − x +  ⇒ Φ = 1 − 1 +  ⇒ Φ = [C]
2  3  2 3 6
x =0


2.6) Dado o campo E = 15x 2 y a x + 5 y 3 a y , encontrar, no plano xy:
 

a) a equação da linha de força que passa através do ponto P ( 2, 3, -4 );


 
b) um vetor unitário a E especificando a direção de E no ponto P;
 
c) um vetor unitário a N que é perpendicular a E no ponto P.

Resolução:
 Ex = 15x 2 y
  2  3 
E = Ex a x + Ey a y = 15x y a x + 5 y a y ⇒ 
3
E y = 5 y
a) Dados: P ( 2, 3, -4 )
dy Ex dy 5y 3 dy y2 dy dx
= ⇒ = ⇒ = ⇒ 3 =
2 2 2
dx Ey dx 15x y dx 3x y x2

dy dx  1 1
3∫ (01)
y2
= ∫ x2 ⇒ 3  −  = − + c
 y x
– Página 2.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

Substituindo em (01) as coordenadas do ponto P, temos:

 1 1 1
3−  = − + c ⇒ c = - (02)
 3 2 2

Substituindo (02) em (01), temos:

3 1 1
- = − −
y x 2

Portanto, a Equação da linha de Força é:

-6 x + 2 y + xy = 0 ou 6 x-2 y − xy = 0

 
b) E P é o vetor E definido no ponto P ( 2, 3, - 4 ).
 
∴ E P = (15 . 2 2. 3) a x + (5 . 33 ) a y ⇒ E P = 180 a x + 135 a y
   
  
 EP  180 a x + 135 a y
aE =  ⇒ aE =
EP 180 2 + 135 2
 
 180 a x + 135 a y   
aE = ⇒ a E = 0,8 a x + 0,6 a y
225
   
 a N • a E = 0, pois a N ⊥ a E ; (01)
   
c) Seja a N = m a x + n a y de modo que :   
 a N = 1, pois a N é um versor. (02)

De (01), conclui-se que:


   
( m a x + n a y ) • ( 0,8 a x + 0,6 a y ) = 0 ⇒ 0,8 m + 0,6 n = 0
0,6
0,8 m = −0,6 n ⇒ m = - n ⇒ m = -0,75 n
0,8

De (02), conclui-se que: m 2 + n 2 = 1 (04)


Substituindo (04) em (03) ,temos:

1
(-0,75 n) 2 + n 2 = 1 ⇒ n 2 = ⇒ n 2 = 0,64, ⇒ n = ± 0,8 (05)
2
1 + (0,75)

Substituindo (05) em (03), temos:

m = -0,75 . (±0,8) ⇒ m = ∓ 0,6 (06)

Substituindo (05) e (06) em (01), temos:


  
a N = ∓ 0,6 a x ± 0,8 a y

– Página 2.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

2.7) Um cilindro de raio a e altura 2a possui as bases com cargas simétricas de densidade
ρS constante. Calcular o campo elétrico no seu eixo, a meia distância entre as bases.

Resolução:
      
Sabe-se que E R = E1 + E 2 = ERρ a ρ + ERφ a φ + ERz a z onde, E R é o campo resultante,
 
E1 é o campo gerado no ponto em questão devido à distribuição da base do cilindro (1) e E 2 é o
campo gerado no ponto em questão devido à distribuição do topo do cilindro (2).

Devido à simetria das distribuições, E R não apresenta componentes nas direções de
    
a ρ e de a φ ( ERρ = ERφ = 0 ). Deste modo, as componentes de E1 e de E 2 na direção de a z
   
definem a direção e a magnitude de E R .Assim, E R = 2E1 = 2E 2 . (01)
z z


 Cálculo de E1 :
dS = ρ dρ dφ ;

 ρ S dS  R é o vetor dirigido do elemento diferencial de área
dE1 = a R , onde para (02)
 o ponto ( 0, 0, a );
4πε o R 2  R = R;
 
a R é um unitário de R.



ρ2 + a2
 
R = − ρa ρ + aa z ; R= (03)

∴  
 − ρa ρ + aa z
a R =
 ρ2 + a2

Substituindo (02) em (01), temos:


 ρ S ρdρdφ     
dE1 = (− ρa ρ + aa z ) ⇒ E1 = E1 + E1z
ρ
4πε o ( ρ 2 + a 2 )3 2

– Página 2.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

2π a
 ρ S ρdρdφ  
E1 = ∫ ∫ (− ρa ρ + aa z )
2
φ = 0 ρ = 0 4πε o ( ρ + a 2 )3 2


 (04)
E1ρ = 0 ( Por Simetria )

∴
 2π a
a ρ S ρ dρ dφ 
E1z = ∫ ∫ az
 2 2 32
 φ = 0 ρ = 0 4πε o ( ρ + a )

(05)

 Cálculo de E R :

Substituindo (05) em (01), temos:


2π a
 a ρ S ρ dρ dφ 
ER = 2 ∫ ∫ az
2 2 32
φ = 0 ρ = 0 4πε o ( ρ + a )

2π a
 2a ρ S ρ 
ER =
4πε o ∫ dφ ∫ 2 2 32
dρ a z
φ =0 ρ =0 (ρ + a )

(06)
 ρ = a tgθ
Substituição de variáveis na integral:  2
dρ = a sec θ dθ

 ρ = 0 ⇒ θ = 0°
ρ = a ⇒ θ = π (07)
 4

Substituindo (07) em (06), temos:

π 4
 2a ρ S a tgθ a sec 2θ dθ 
ER = ⋅ 2π ∫ az
4πε o 3 3
θ =0 a sec θ
π 4 3 π 4
 ρS a tgθ sec 2θ dθ   ρS 
ER =
εo ∫ 3 3
a sec θ
az ⇒ ER =
εo ∫ sen θ dθ a z
θ =0 θ =0
 ρS  ρS
[- cosθ ]θπ =40 a z ⇒ E R =
 
ER = [(-cos45°) - (-cos0°)] a z
εo εo
 ρS  1  
∴ ER = 1- az [V m]
ε o  2 

– Página 2.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

2.8) Uma carga Q (Q > 0) está localizada na origem do sistema de coordenadas. Determinar
em que ponto na linha definida por x = 1 e z = 3 está E y no seu máximo.

Resolução:
 Cálculo do campo elétrico para a carga pontual:

R é o vetor dirigido da origem para o ponto (1, y, 3 )
 Q  
E= aR , onde  R = R
4πε o R 2  (01)
a é um unitário de R
 R


 
R = 10 + y 2
 
R = a x + ya y + 3a z ;

∴    (02)
 ax + ya y + 3a z
a R =
 10 + y 2

Substituindo (02) em (01), temos:


     
 Q a x + ya y + 3a z  Q a x + ya y + 3a z
E= ⋅ ⇒E= ⋅
4πε o (10 + y 2 ) 2 10 + y 2 4πε o (10 + y 2 ) 3 2

 Q 
E x = ⋅ax
 4πε o (10 + y 2 ) 3 2

 yQ  (03)
∴ E y = ⋅ay
 4πε o (10 + y 2 ) 3 2

 3Q 
E z = ⋅az
 4πε o (10 + y 2 ) 3 2

 Q y
De (03), conclui-se que E y = E y = ⋅
4πε o (10 + y 2 ) 3 2

– Página 2.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 02 – LEI DE COULOMB E INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

 Cálculo de E y :
máx
∂E y (10 + y 2 ) 3 2 − 3 2 (10 + y 2 )1 2 . 2 y .y
Q
=0⇒ ⋅ =0
∂y 4πε o (10 + y 2 ) 3

(10 + y 2 )3 2
(10 + y 2 )3 2 = 3.(10 + y 2 )1 2 .y 2 ⇒ = 3y 2
2 12
(10 + y )

10 + y 2 = 3y 2 ⇒ y = ± 5

Logo, E y
max
ocorre nos pontos 1, ( ) (
5, 3 e 1, - 5, 3 . )

– Página 2.17 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

CAPÍTULO 03

DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

3.1) Dentro da região cilíndrica ρ ≤ 4 m, a densidade de fluxo elétrico é dada como sendo
D = 5 ρ 3 a ρ C/m2.
 

a) Qual a densidade volumétrica de carga em ρ = 3 m?


b) Qual a densidade de fluxo elétrico em ρ = 3 m?
c) Quanto de fluxo elétrico deixa o cilindro, ρ = 3 m, z ≤ 2,5 m?
d) Quanto de carga existe dentro do cilindro, ρ = 3 m, z ≤ 2,5 m?
Resolução:
D = 5 ρ 3 a ρ ⇒ Dρ = 5 ρ 3

a) Dados: 
 ρ = 3m

  1 ∂ ( ρ D ρ ) 1 ∂ Dφ ∂ Dz 1 ∂ (ρ D ρ )
ρv = ∇ • D = ⋅ + ⋅ + ⇒ ρv = ⋅
ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z ρ ∂ρ

1 ∂ (5 ρ 4 ) 1
ρv = ⋅ ⇒ ρ v = ⋅ 20 ρ 3 ⇒ ρ v = 20 ρ 2
ρ ∂ρ ρ

 
Para ρ = 3m ⇒ ρ v = 180  C 3 
 m 

 
Sabe - se que D = 5 ρ 3 a ρ . Logo, em ρ = 3m, D = 135a ρ  C 2 
 
b)
 
 m 

Pela Lei de Gauss: Ψ = ∫ D • dS = Q interna = ∫ ρ v dv



c)
S vol
D = 5 ρ 3 a

Ψ = ∫ D • dS, onde 
 ρ
dS = ρ d φ dz a

S  ρ

2,5 2π
3
∴Ψ = ∫ ∫ (5 ρ a ρ ) • ( ρ dφ dz a ρ )

z = −2,5 φ = 0

2,5 2π
4 4
[C]
Ψ = ∫ ∫ 5 ρ dφ dz ⇒ Ψ = 5 . 3 . 2π .5 ⇒ Ψ = 4050π
z = −2,5 φ = 0
( ρ = 3m)

Pela Lei de Gauss, Ψ = ∫ D • dS = Q interna = ∫ ρ v dv .



d)
S vol

Logo, Q interna = 4050π [C]

– Página 3.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

20
3.2) Dado o campo D =

2
(
 
 m 
)
− sen 2 φ a ρ + sen 2φ a φ  C 2  , encontrar a carga total que se
ρ
encontra dentro da região, 1 < ρ < 2, 0 < φ < π / 2, 0 < z < 1.

Resolução:

 20
D = (   
)
− sen 2 φ a ρ + sen 2φ a φ = Dρ a ρ + Dφ a φ

 ρ2
Dados: 
 20 sen 2 φ 20 sen 2φ
∴ Dρ = − e Dφ =
2
 ρ ρ2

De acordo com a Lei de Gauss e com o Teorema da Divergência:

Q interna = ∫ D • dS = ∫ ∇ • Ddv
 
(01)
S vol
 
 Cálculo de ∇ • D :

  1 ∂ ( ρ Dρ ) 1 ∂ Dφ ∂ Dz
∇•D = ⋅ + ⋅ +
ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z

  1 ∂  20 sen 2 φ  1 ∂  20 sen 2φ 
∇•D = ⋅ ⋅ − + ⋅ ⋅ 
ρ ∂ρ  ρ  ρ ∂φ  ρ 2
 


  20 sen 2 φ  1  1 20
∇•D = − ⋅ − + ⋅ ⋅ 2 cos 2φ
ρ  ρ2  ρ ρ2
 
  20 sen 2 φ 40 cos 2φ
∇•D = +
ρ3 ρ3
  20  1 cos 2φ 
∇•D = − + 2 cos 2φ 
3  2 2 
ρ
  10 30 cos 2φ   10 (02)
∇•D = + ⇒∇•D = (1 + 3 cos 2φ )
3 3 3
ρ ρ ρ
– Página 3.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

Substituindo (02) em (01), temos:


π
1 2 10 2 
Q interna = ∫ ∫ ∫ ρ3  (1 + 3 cos 2φ ) ρ dρ dφ dz
z = 0 φ = 0 ρ =1  

2 π
 10   3 sen 2φ  2
Q interna = −  ⋅ φ +  ⋅ [z ]1
2 z =0
 ρ  ρ =1  φ = 0

 10  π  5π
Q interna =  − + 10  ⋅   + 1 ⇒ Q interna = [C]
 2  2 2

 20  φ 
3.3) Dado o campo D = sen θ sen aθ  C 2  , na região, 3 < r < 4 , 0 < θ < π / 4 ,
r 4  m 
0 < φ < 2 π , determinar a carga total contida no interior desta região, por dois modos
diferentes

Resolução:
 20  φ  20 φ 
Dados: D = sen θ sen aθ = Dθ aθ ⇒ Dθ = sen θ sen 

r 4 r 4

De acordo com a Lei de Gauss e com o Teorema da Divergência:


Q interna = ∫ D • dS = ∫ ∇ • Ddv
 

S vol

1o modo: Q interna = ∫ ∇ • Ddv




vol
 
 Cálculo de ∇ • D :
2 ∂D φ
  1 ∂ (r D r ) 1 ∂ (Dθ sen θ ) 1
∇•D= + +
r2 ∂r r sen θ ∂θ r sen θ ∂φ

– Página 3.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

1 ∂  20  φ 
⋅  sen2 θ sen  
 
∇•D= ⋅
r senθ ∂θ  r  4 

1 20 φ 
⋅ sen  ⋅ (2 senθ cos θ )
 
∇•D= ⋅
r senθ r 4
  40 φ 
∇•D= ⋅ cos θ ⋅ sen 
r2 4

 Cálculo de Q interna :
π
4 4 2π
 40  φ 
Q interna = ∫ ∫ ∫  ⋅ cos θ ⋅ sen  r 2 sen θ drdθ dφ
2  4 
r = 3 θ = 0 φ =1  r
π
4 4 2π
φ 
Q interna = 40 ∫ dr ⋅ ∫ sen θ cos θ dθ ⋅ ∫ sen dφ
4
r =3 θ =0 φ =0

π
4 2π
4 φ 
Q interna = 20 ⋅ [r ] r =3 ⋅ ∫ 2 sen θ cos θ dθ ⋅ ∫ sen dφ
θ =0 φ =0 4
π
4 2π
φ 
Q interna = 20 ⋅ ∫ sen 2θ dθ ⋅ ∫ sen dφ
4
θ =0 φ =0

π 2π
 1   φ 
Q interna = 20 ⋅  −  ⋅ [cos 2θ ]θ =4 0 ⋅ − 4 cos 
 2   4  φ = 0

 π    π  
Q interna = −10 ⋅ cos  − cos 0° ⋅ (− 4 )cos  − cos 0°
 2   2 
Q interna = 40 [C]

2o modo: Q interna = ∫ D • dS


Q interna = ∫ D • dS = ∫ • dS + ∫ • dS + ∫ • dS
   
D D D (01)
S Lateral Topo Base


dS = r sen θ drdφ a
 θ
Para a Lateral  (θ = π 4 ) (02)
  2 φ 
∴ D • dS = 20 sen θ ⋅ sen 4  drdφ
  

– Página 3.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

dS = r 2 sen θ dθ dφ ar


Para o Topo  (r = 4) (03)
D • dS = 0
dS = r 2 sen θ dθ dφ ar


Para a Base  ( r = 3) (04)
D • dS = 0

Substituindo (02), (03) e (04) em (01), temos:

2π 4
 φ  
Q interna = ∫ ∫  20 sen 2 θ ⋅ sen   drdφ
φ =0 r =3 4 
(θ =π 4)
4 2π
φ 
Q interna = 10 ∫ dr ⋅ ∫ sen dφ
4
r =3 φ =1

  φ 
Q interna = 10 ⋅ [r ]4r = 3 ⋅ − 4 cos 
  4  φ = 0

 π  
Q interna = 10 ⋅ − 4 cos  + 4 cos 0° ⇒ Q interna = 40 [C]
 2 

3.4) Uma casca esférica não condutora, de raio interno a e raio externo b, uniformemente
carregada com uma densidade volumétrica ρ v . Determine o campo elétrico em função
do raio r.

Resolução:

∫ • dS = Q interna = ∫ ρ v dv

Pela Lei de Gauss: D
S vol

 Seja a superfície Gaussiana esférica de raio r < a:


 
D1 = 0, pois Q interna = 0 ⇒ E1 = 0

– Página 3.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

 Seja a superfície Gaussiana esférica de raio a < r < b:

D = D a r
 r
∫ • dS = Q interna = ∫ ρ v dv , onde 

D
S vol dS = dS a r = r 2 sen θ dθ dφ a r

Área da esfera Volume da casca esférica

2π 2π 2π 2π r
2 2
∴ ∫ ∫ D r ⋅ r sen θ dθ dφ = ∫ ∫ ∫ ρvr sen θ dr dθ dφ
φ =0 θ =0 φ =0 θ =0 r =a

4π ρ (r 3 − a 3 ) ρ (r 3 − a 3 )
D r ⋅ 4π r 2 = ρ v ⋅ ⋅ (r 3 − a 3 ) ⇒ D r = v ⋅ ⇒ D2 = v ⋅ ar
3 3 r2 3 r2

Mas D = ε E e ε = ε o .

ρ v (r 3 − a 3 )
Portanto: E 2 = ⋅ ar
3ε o 2
r

 Seja a superfície Gaussiana esférica de raio r ≥ b:

D = D a r
 r
∫ D • dS = Q interna = ∫ ρ v dv , onde 


S vol dS = dS a r = r 2 sen θ dθ dφ a r



Área da esfera Volume da casca esférica

2π 2π 2π 2π b
2 2
∴ ∫ ∫ Dr ⋅ r sen θ dθ dφ = ∫ ∫ ∫ ρvr sen θ dr dθ dφ
φ =0 θ =0 φ =0 θ =0 r =a

4π ρ (b 3 − a 3 ) ρ (b 3 − a 3 )
D r ⋅ 4π r 2 = ρ v ⋅ ⋅ (b 3 − a 3 ) ⇒ D r = v ⋅ ⇒ D3 = v ⋅ ar
3 3 r2 3 r2

Mas D = ε E e ε = ε o .

ρ v (b 3 − a 3 )
Portanto: E 3 = ⋅ ar
3ε o r2

– Página 3.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

3.5) Ao longo do eixo z existe uma distribuição linear uniforme de carga com ρ L = 4π C m ,[ ]
e no plano z = 1 m existe uma distribuição superficial uniforme de carga com
ρ S = 20  C 2  . Determinar o fluxo total saindo da superfície esférica de raio 2 m,
 m 
centrada na origem

-2

Resolução:

Lei de Gauss: Ψ = Q interna , onde Q interna = Q Linha + Q Plano (01)

 Cálculo de Q Linha :

2
Q Linha = ∫ ρ L dL ⇒ Q Linha = ∫ 4π dz
L z = −2

Q Linha = 4π ⋅ [z ]z2 = −2 ⇒ Q Linha = 16π [C] (02)

 Cálculo de Q Plano :

2π 3
Q Plano = ∫ ρ SdS ⇒ Q Plano = ∫ ∫ 20ρ dρ dφ
S φ =0 ρ =0

3

ρ2 
Q Plano = 20 ⋅ [φ ] ⋅  ⇒ Q Plano = 60π [C] (03)
φ =0
 2  ρ = 0

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

Ψ = Q interna = 16π + 60π ⇒ Ψ = 76π [C]

– Página 3.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

3.6) Se uma carga Q está na origem de um sistema de coordenadas esféricas, calcule o fluxo
elétrico ψ que cruza parte de uma superfície esférica, centrada na origem e descrita por
α <φ < β .

Resolução:
1o modo: Lei de Gauss: Ψ = ∫ D • ⋅dS = Q interna = ∫ ρ v dv


S vol
 Q 
D = a
2 r
 4π r
Ψ = ∫ D • dS, onde 


S dS = r 2 sen θ dθ dφ a r


β π
 Q  2
Ψ = ∫ ∫ 
 2
(
 ⋅ r sen θ dθ dφ
 )
φ =α θ = 0  4πr 

β π
Q
Ψ =

⋅ ∫ dφ ∫ sen θ dθ
φ =α θ =0
Q
Ψ = ⋅ [φ ]φβ =α ⋅ [− cos θ ]θπ = 0

Q Q
Ψ = ⋅ [β − α ] ⋅ [− cos π + cos 0°] ⇒ Ψ = ⋅ (β − α ) [C]
4π 2π
2o modo:
Ψ
 esf = Q
Considerando a esfera de raio r na sua totalidade:  (01)
Área da esfera = S esf = 4πr 2

Considerando somente a casca esférica α < φ < β : ⇒ Ψcasca = ?

β π
2
Área da casca = S casca = ∫ dS casca = ∫ ∫r sen θ dθ dφ
Scasca φ =α θ = 0

β π
2
sen θ dθ ⇒ S casca = [φ ]φ = α ⋅ r 2 [− cos θ ]θπ = 0
β
S casca = ∫ dφ ⋅ ∫r
φ =α θ =0

∴ S casca = 2r 2 (β − α ) (02)

– Página 3.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

S
Através de uma regra de três, encontramos: Ψcasca = Ψesf ⋅ casca . (03)
S esf
Substituindo (02) e (03) em (01),temos:

2r 2 (β − α ) Q
Ψcasca = Q ⋅ ⇒ Ψcasca = ⋅ (β − α )
2 2π
4πr

   φ  
3.7) Dado o campo D = 20 cos  ρ a φ  C 2  , na região, 1 < ρ < 2 , 0 < φ < π / 2 ,
 2   m 
0 < z < 3 , determinar a carga total contida no interior da região.

Resolução:
 φ 
  20 cos 
 2
D = 20 cos  ρ a φ = Dφ a φ ⇒ Dφ =
φ 
Dados:   2  ρ

dv = ρdρdφdz

De acordo com a Lei de Gauss e com o Teorema da Divergência:

Q interna = ∫ D • dS = ∫ ∇ • Ddv
 

S vol

1o modo: Q interna = ∫ ∇ • Ddv




vol
 
 Cálculo de ∇ • D :

  1 ∂ ( ρ Dρ ) 1 ∂ Dφ ∂ Dz
∇•D = ⋅ + ⋅ +
ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z
 φ  
 20 cos  
  1 ∂   2
∇•D = ⋅ ⋅
ρ ∂φ  ρ 
 
 
φ 
10 sen 
1 20  φ  1  2
∇ • D = − ⋅  − sen  ⋅  ⇒ ∇ • D = −
   
ρ ρ   2 2 ρ2
– Página 3.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

 Cálculo de Q interna :
π
3 2 2 
10  φ 
Q interna = ∫ ∫ ∫  ρ2  − ⋅ sen   ρ dρ dφ dz
 2 
z = 0 φ = 0 ρ =1 
π
2 2 3

φ 
Q interna = −10 ∫ ⋅ ∫ sen  ⋅ ∫ dz
ρ =1
ρ
φ =0  2  z=0

π
 2  φ  2
Q interna = −10.[ln ρ ]ρ =1.− 2 cos  .[z]3z = 0
  2  φ = 0

 π  
Q interna = −10(ln 2 − ln 1) ⋅  − 2 cos  + 2 cos(0°) ⋅ 3 ⇒ Q interna = −12,183 [C]
 4 

2o modo: Q interna = ∫ D • dS


Q interna = ∫ D • dS = ∫ D • dS + ∫ D • dS + ∫ D • dS + ∫ D • dS + ∫ D • dS + ∫ D • dS
      

S Lat.Esquerda Lat. Direita Frente Fundo Topo Base


(01)

dS = −dρ dza
 φ
Para a Lateral Esquerda  (02)
 20 φ 
D • dS = − ρ ⋅ cos 2  dρdz
  

dS = dρ dza
 φ
Para a Lateral Direita  (03)
 20 φ 
D • dS = ρ ⋅ cos 2  dρdz
  
dS = ρdφdz a ρ


Para a Frente  (04)
D • dS = 0

dS = − ρdφdz a ρ

Para o Fundo  (05)
D • dS = 0

dS = ρdρdφ a
 z
Para o Topo  (06)
D • dS = 0
dS = − ρdρdφ a
 z
Para a Base  (07)
D • dS = 0

– Página 3.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

Substituindo (02), (03), (04), (05), (06) e (07) em (01), temos:


3 3
2
1
z = 0 ρ =1 
ρ
φ 
2 
() 1
z = 0 ρ =1 
ρ
φ 
Q interna = − 20 ∫ ∫  ⋅ cos  dρdz + 20 ∫ ∫  ⋅ cos  dρdz
2 
2
()
(φ = 0 ) (φ =π 2 )
2 3 2 3
dρ 2 dρ
Q interna = −20 ∫ ρ
⋅ ∫ dz + 20. 2
⋅ ∫ ρ
⋅ ∫ dz
ρ =1 z=0 ρ =1 z=0

Q interna = −20[ln ρ ]2ρ =1.[z]3z = 0 + 10 2 [ln ρ ]2ρ =1.[z ]3z = 0

Q interna = −60[ln 2 − ln 1] + 30 2 [ln 2 − ln 1] ⇒ Q interna = −12,181 [C]

3.8) Uma carga pontual de 6µ [C] está localizada na origem do sistema de coordenadas, uma
[ ]
densidade linear uniforme de carga de 180η C m está distribuída ao longo do eixo x, e
uma densidade superficial uniforme de carga de 25η C m 2 está distribuída sobre o [ ]
plano z = 0.
a) Determinar D em A (0,0,4);


b) Determinar D em B (1,2,4);


c) Determinar o fluxo elétrico total deixando a superfície da esfera de 4 m de raio,


centralizada na origem.
Resolução:

a)

Q = 6 µ [C]

 ρ L = 180η C
 m [ ]
Dados: 
 C 
 ρ S = 25η  m 2 

A = (0,0,4 )

A densidade de fluxo total D produzida no ponto A será a soma das densidades de fluxo


produzidas pela carga Q, pela distribuição linear ρL e pela distribuição superficial ρS.

∴ D = D Carga + D Linha + D Plano ⇒ D = D Q + D L + D P (01)


       


 Cálculo de D Q :
R é o vetor dirigido da carga Q para o ponto A

 Q  
DQ = a R , onde  R = R
4πR 2 a é um unitário de R

 R

– Página 3.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

R = 4a z

; R=4


∴ 
a R = a z


 6 × 10 −6   3  µC 
∴ DQ = a z ⇒ DQ = az
4π ⋅ 4 2 32 π 
 m 2

Cálculo de D L :


 ρ é o vetor dirigido da linha de cargas para o ponto A

 ρL   (02)
DL = a ρ , onde ρ = ρ
2πρ a ρ é um unitário de ρ


 ρ = 4a z ; ρ = 4
 

∴ 
a ρ = a z


180 × 10 − 9  45  ηC 
∴ DL = az ⇒ DL = az  (03)
 
2π ⋅ 4 2π  m 2

Cálculo de D P :



ρ 
D P = S a N , onde a N é o vetor normal ao plano na direcão do ponto A ⇒ a N = a z
   
2

25 × 10 − 9  25  ηC  (04)
 
∴ DP = az ⇒ DP = az
2 2  2
 m 

Substituindo (02), (03) e (04) em (01), temos:

3µ  45η  25η 
a z ⇒ D = 0,0495  µC 2 
     
D = DQ + D L + D P ⇒ D = az + az +
32π 2π 2  m 

b)


Q = 6 µ [C]

 ρ L = 180η C
 m [ ]
Dados: 
 C 
 ρ S = 25η  m 2 

B = (1,2,4 )

A densidade de fluxo total D produzida no ponto B será a soma das densidades de fluxo


produzidas pela carga Q, carga Q, pela distribuição linear ρL e pela distribuição superficial ρS.

∴ D = D Carga + D Linha + D Plano ⇒ D = D Q + D L + D P (01)


       

– Página 3.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA


 Cálculo de D Q :
R é o vetor dirigido da carga Q para o ponto B

 Q  
DQ = a R , onde  R = R
4πR 2 a é um unitário de R

 R

R = a + 2a + 4a ; R = 21
 x y z
∴
 a x + 2a y + 4a z
  
a R =
 21

6 × 10 − 6  a x + 2a y + 4a z 
  

DQ =
4π ⋅ 21  21 

  
∴ D Q = 4,96a x + 9,92a y + 19,84a z ηC 2  (02)
  
 m 

Cálculo de D L :


 ρ é o vetor dirigido da linha de cargas,

 ponto (1,0,0) para o ponto B
ρ  
D L = L a ρ , onde  ρ = ρ

2πρ 
a é um unitário de ρ
 ρ


 ρ = 2a + 4a ; ρ = 20
 y z
∴
 2a y + 4a z
 
a ρ =
 20

180 ⋅ 10 − 9  2a y + 4a z 
 
⋅  ⇒ D L = 2,86a y + 5,73a z ηC  (03)
 
∴ DL =  m 2 
2π ⋅ 20  20 
 

Cálculo de D P :


ρ 
DP = S a N , onde a N é o vetor normal ao plano na direcão do ponto B ⇒ a N = a z
   
2
 25 ⋅ 10− 9   25  ηC  (04)
∴ DP = a z ⇒ DP = az 
2 2  m 2 
Substituindo (02), (03) e (04) em (01), temos:
25 
( ) (
D = D Q + D L + D P ⇒ D = 4,96a x + 9,92a y + 19,84a z + 2,86a y + 5,73a z + az )
         
2
∴ D = 4,96a x + 12,78a y + 38,07a z ηC 2 
   
 m 

– Página 3.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 03 – DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO, LEI DE GAUSS E DIVERGÊNCIA

c)

O fluxo total que deixa a esfera será a soma


dos fluxos produzidos pela carga Q, pela
distribuição linear ρL e pela distribuição
superficial ρS.

De acordo com a Lei de Gauss: Ψ = Q interna .

∴ Ψ = ΨCarga + ΨLinha + ΨPlano ⇒ Ψ = Q + Q L + Q P ⇒ Ψ = 6µ + Q L + Q P (01)

 Cálculo de Q L :

QL = ∫ ρ L dL, onde dL = dx
L
4 (02)
∴ QL = ∫ ρ L dx ⇒ Q L = ρ L ⋅ [x ]4x = −4 ⇒ Q L = 8 ρ L ⇒ Q L = 1440 [ηC]
x = −4

 Cálculo de Q P :

QP = ∫ ρ S dS, onde dS = ρ dρ dφ
S

2π 4 4
ρ2 
∴ Q S = ∫ ∫ ρ S ⋅ ρ dρ dφ ⇒ Q S = ρ S ⋅   ⋅ [φ ]φ2π= 0
φ =0 ρ =0  2  ρ = 0

Q S = 2πρ S ⇒ Q S = 400π [ηC]


(03)
Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

Ψ = 6µ + Q L + Q P ⇒ Ψ = 6µ + 1440 η + 400π η ⇒ Ψ = 8,7 [µC]

– Página 3.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

CAPÍTULO 04

ENERGIA E POTENCIAL

   
[ ]
4.1) A densidade de fluxo elétrico é dada por: D = 10a ρ + 3ρ a φ − 2zρ a z C m 2 . Encontre o
fluxo elétrico total efluente do volume cilíndrico limitado por um cilindro de 2 m de raio
e 4 m de altura, cujo eixo é o eixo z e cuja base se encontra no plano z = 1 m.

Resolução:

D = 10a ρ + 3 ρ a φ − 2zρ a z
   

Dados:  (01)
dv = ρ dρ dφ dz

De acordo com o Teorema da Divergência e com a Lei de Gauss:

Ψ = ∫ D • dS = ∫ ∇ • Ddv
 
(02)
S vol

 
 Cálculo de ∇ • D :

1 ∂ ( ρ Dρ ) 1 ∂ Dφ ∂ Dz
∇•D = ⋅
 
+ ⋅ +
ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z
1 ∂ 1 ∂ ∂   10
(03)
 
∇•D = ⋅ (10 ρ ) + ⋅ (3ρ ) + ⋅ (− 2zρ ) ⇒ ∇ • D = − 2 ρ
ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z ρ

Substituindo (01) e (03) em (02):

5 2π 2 2 2π 5
10 
( )
Ψ = ∫ ∫ ∫  − 2 ρ  ρ dρ dφ dz ⇒ Ψ = ∫ 10 − 2 ρ 2 dρ ⋅ ∫ dφ ⋅ ∫ dz
ρ
z =1 φ = 0 ρ = 0   ρ =0 φ =0 z =1

2
 2ρ 3   16  352π
Ψ = 10 ρ −  .[φ ]φ2π= 0 .[z ]5z =1 ⇒ Ψ = 10 −  ⋅ 8π ⇒ Ψ = [C]
 3   3 3
ρ =0

– Página 4.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

4.2) Dentro da esfera de raio r = 1 m, o potencial é dado por:


V = 100 + 50r + 150r sen θ sen φ [V ]
a) Encontre E em P (r =1; θ = π 2 ;φ = 0 ).


b) Quanto de carga existe dentro da esfera de raio r = 1 m?


Resolução:

Dados: V = 100 + 50r + 150r sen θ sen φ [V ]


 ∂V  1 ∂V  1 ∂V  
Sabe-se que E = −∇V = − aφ 
 
a) ar + aθ + (01)
 ∂r r ∂θ r sen θ ∂φ 

∂V ∂V ∂ ∂V
 Cálculo de : = (100 + 50r + 150r sen θ sen φ) ⇒ = 50 + 150 sen θ sen φ (02)
∂r ∂r ∂r ∂r

∂V ∂V ∂
 Cálculo de : = (100 + 50r + 150r sen θ sen φ) ⇒ ∂V = 150r cos θ sen φ (03)
∂θ ∂θ ∂θ ∂θ

∂V ∂V ∂
 Cálculo de : = (100 + 50r + 150r sen θ sen φ) ⇒ ∂V = 150r sen θ cos φ (04)
∂φ ∂φ ∂φ ∂φ

Substituindo (02), (03) e (04) em (01):

[
E = − (50 + 150 sen θ sen φ )a r + (150r cos θ sen φ )a θ + (150r sen θ cos φ )a φ ]

(05)
  

Substituindo as coordenadas de P em (05) , temos:

  π    π   π  
E = −  50 + 150 sen  sen 0°  a r + 150 ⋅1 cos  sen 0°  a θ + 150 ⋅1 sen  cos 0°  a φ 

 2   2   2  

[   
]
E = − (50 + 0 )a r + (150 ⋅ 0)a θ + (150 ⋅1)a φ ⇒ E = −50a r − 150a φ
   
[V m]
b) De acordo com a Lei de Gauss:

D = ε o E = −(50ε o + 150ε o sen θ sen φ )a r


  
= ∫ D • dS, onde 

Q interna (01)
dS = r 2 sen θ dθ dφ a r

Sesf


 Cálculo de D • dS :
 
(
D • dS = (− 50ε o − 150ε o sen θ sen φ a r ) • r 2 sen θ dθ dφ a r

)
D • dS = −ε o (50 + 150 sen θ sen φ)r 2 sen θdθ dφ

(02)

Substituindo (02) em (01):

 2π π 2π π 
Q interna = − 5ε o r . ∫ ∫ sen θ dθ dφ + 3 ⋅ ∫ ∫ sen 2 θ sen φ dθ dφ
2

r =1 φ=0 θ=0 φ=0 θ=0 

– Página 4.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

π
Q interna = −50ε o ⋅ [− cos θ]θπ=0 ⋅ [φ]φ2=π0 + 3 ⋅ [− cos φ]φ2=π0 ⋅ ∫ sen 2 θ dθ
θ= 0

π
Q interna = −50ε o ⋅ [(− cos π ) + cos 0°] ⋅ 2π + 3 ⋅ [(− cos 2π) + cos 0°] ⋅ ∫ sen 2 θ dθ
θ=0

π
Q interna = −100πε o ⋅ [1 + 1] + 3 ⋅ [0 + 0] ⋅ ∫ sen 2 θ dθ
θ=0

∴ Q interna = −200πε o [C] ou Q interna = −5,56 [η C]

4.3) Uma carga pontual de 16 ηC está localizada em Q (2, 3, 5) no espaço livre, e uma linha
de cargas uniforme de 5 η C/m está localizada na interseção dos planos x = 2 e y = 4. Se o
potencial na origem é 100 V, encontrar V em P (4,1,3).

Resolução:

VP0 = VP − V0 ⇒ VP0 = VP - 100 ⇒ VP = VP 0 + 100 (01)

O potencial elétrico do ponto P em relação ao ponto 0 ( VP0 ) é a soma do potencial gerado


pela carga em Q ( VP 0 ) com o potencial gerado pela distribuição linear ρL ( VP0 ).
carga linha
Portanto, VP0 = VP 0 + VP 0 (02)
carga linha

 Cálculo de VP 0 :
carga

Q  1 1 
VP 0 = VPQ − V0Q = ⋅ − ,
carga 
4πε o  rPQ r0Q 

(03)
r é a distância do ponto P ao ponto Q.
onde rPQ é a distancia do ponto 0 ao ponto Q.
 0Q
 Cálculo de r PQ : r PQ = 2 2 + 2 2 + 2 2 ⇒ rPQ = 12 (04)

– Página 4.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

 Cálculo de r 0Q : r 0Q = 2 2 + 3 2 + 5 2 ⇒ r0Q = 38 (05)

Substituindo (04) e (05) em (03), temos:

Q  1 1 
VP 0 = ⋅ − 
carga 4πε o  12 38 
16η 16η (06)
VP 0 = − ⇒ VP0 = 18,21 [V ]
carga 13,85πε o 24,65πε o carga

 Cálculo de VP0 :
linha
P E é o campo elétrico gerado pela


= − ∫ E ⋅ dL, onde  distribuicão linear de cargas ρ L .

VP 0
linha dL = dρ a ρ .
0

P P
 ρL   ρL
VP 0 = −∫ 
 
a ρ  ⋅ dρ aρ ⇒ VP0 = −∫ dρ

linha 2πε o ρ carga 2πε o ρ
0   0

ρ
ρL dρ
VP 0 = − ∫ , onde  ρ 0 é a distância da linha de cargas ao ponto 0. (07)
linha 2πε o ρ  ρ é a distância da linha de cargas ao ponto P.
ρ=ρ
0

 Cálculo de ρ 0 : ρ 0 = 2 2 + 4 2 + 0 2 ⇒ ρ 0 = 20 (08)

 Cálculo de ρ : ρ = 2 2 + 3 2 + 0 2 ⇒ ρ = 13 (09)

Substituindo (08) e (09) em (07), temos:

13
ρ dρ ρ
VP 0 = − L ∫ ⇒ VP 0 = − L ⋅ [ln ρ ] 13
linha 2πε o ρ linha 2πε o ρ = 20
ρ = 20

ρL  20  5η  20 
VP 0 = − ⋅ ln  ⇒ VP 0 = − ⋅ ln 
linha 2πε o  13  linha 2πε  13 
  o  

 20 
VP 0 = 90 ln  ⇒ VP0 = 19,39 [V ] (10)
linha  13  linha
 

Substituindo ( 06 ) e ( 10 ) em ( 02 ), temos:

VP 0 = VP0 + VP0 ⇒ VP 0 = 18,21 + 19,39 ⇒ VP0 = 37,60 [V ] (11)


carga linha

Substituindo (11) em (01), temos:

VP = VP0 + 100 ⇒ VP = 37,60 + 100 ⇒ VP = 137,60 [V ]

– Página 4.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

4.4) Dado o campo potencial expresso por V = 100 e −50 x sen 50 y [volts], no espaço livre.

a) Mostrar que ∇ • D = 0 ;
b) Mostrar que y = 0 representa uma superfície equipotencial;
c) Mostrar que E é perpendicular à superfície y = 0;
d) Encontrar a carga total no plano y = 0, 0 < x < ∞, 0 < z < 1. Assumir que y < 0 é o
interior do condutor;
e) Encontrar a energia armazenada no cubo 0 < x < 1, 0 < y < 1 e 0 < z < 1.
Resolução:

Dados: V = 100e −50 x sen 50 y

D = ε o E (01)
 

a) Sabe-se que:  e

(02)

 E = − ∇ V

 Cálculo do ∇V :
 ∂V  ∂V  ∂V 
∇V = ax + ay + az
∂x ∂y ∂z

∇V =

∂x
(
100e − 50 x sen 50 y )a + ∂∂y (100e
x
− 50 x
)
sen 50 y a y +
 ∂
∂z
( )
100e − 50 x sen 50 y a z



(
∇V = − 5000e − 50 x sen 50 y )a + (5000e
x
− 50 x
)
cos 50 y a y

(03)

Substituindo (03) em (02):

( ) (
E = − − 5000e −50 x sen 50 y a x + 5000e −50 x cos 50 y a y
  
)
( ) (
∴ E = 5000e − 50 x sen 50 y a x − 5000e − 50 x cos 50 y a y
  
) (04)

Substituindo (04) em (01):

[( ) (
D = ε o 5000e − 50 x sen 50 y a x − 5000e − 50 x cos 50 y a y
  
) ]
 
 Cálculo do ∇ • D :

  ∂ Dx ∂ Dy ∂ Dz
∇•D = + +
∂x ∂y ∂z
∇•D =
  ∂
∂x
(
ε o ⋅ 5000e − 50 x sen 50 y +

∂y
) (
ε o ⋅ 5000e − 50 x cos 50 y )
( )
∇ • D = ε o ⋅ 5000sen 50 y ⋅ − 50e − 50 x − ε o ⋅ 5000e − 50 x ⋅ (− 50 sen 50 y )
 

 
∴∇ • D = 0

– Página 4.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

b) Seja ( x, 0, z ) a representação dos pontos da superfície y = 0. Para estes pontos, temos


V = 100 e −50 x sen 50 y .
Se V apresentar o mesmo valor para todos estes pontos, então V é uma superfície equipotencial.
Assim, substituindo ( x, 0, z ) em V = 100 e −50 x sen 50 y , conclui-se que V = 0 para todos os pontos
da superfície y = 0.

c) Da equação (04) do item (a), conclui-se que:

( )
E = 5000e −50 x sen 50 y a x − 5000e −50 x cos 50 y a y
  
( )
 
(
Para os pontos ( x, 0, z ) da superfície y = 0, E = − 5000e −50 x a y , o que prova que E é

)
perpendicular à superfície y = 0.

d) Q = ∫ ρ S dS, onde ρ S = DN ⇒ ρ S = −ε o ⋅ 5000e −50 x


S
∞ 1 ∞
 e − 50 x 
∴ Q = −5000ε o ∫ ∫e
− 50 x
dzdx ⇒ Q = − 5000ε o   ⋅ [z ]1z = 0
x =0 z=0  − 50  x = 0

Q = 100ε o ⋅ [0 − 1] ⋅ 1 ⇒ Q = −100ε o [C] ou Q = -0,885 [ηC]

1 2
∫ ε o E dv, onde E = E

e) W= (01)
2
vol

 Cálculo de E:

E= (5000e − 50x )2 ⋅ (sen 2 50y + cos 2 50y)


E = 5000e − 50 x ⋅ sen 2 50 y + cos 2 50 y ⇒ E = 5000e − 50 x (02)

Substituindo (02) em (01):

1
W=
2
(
∫ ε o 5000e
− 50 x
)2 dv
vol
1 1 1
W = 12,5 ⋅ 10 6 ε o ∫ ∫ ∫e
−100 x
dxdydz
z=0 y=0 x =0

1
 e −100 x 
W = 12,5 ⋅ 10 ε o ⋅ − 6
 ⋅ [y]1y = 0 ⋅ [z ]1z = 0
 100 
x =0

[ ]
W = 12,5 ⋅ 10 4 ε o ⋅ − e −100 + 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⇒ W = 125000ε o [J]

– Página 4.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

4.5) Uma carga pontual Q de 6 ηC está localizada na origem do sistema de coordenadas, no


espaço livre. Determinar o potencial VP sendo P (0,2;-0,4;0,4) e:
a) V = 0 no infinito
b) V = 0 no ponto A (1,0,0)
c) V = 20 volts no ponto B (0,5;1,0;-1,0)

Resolução:

Por Definição:

Q  1 1  r é a distancia da carga Q ao ponto X.


VXY = VX − VY ⇒ VXY = ⋅  − , onde  X
4πε o  rX rY  rY é a distancia da carga Q ao ponto Y.

a) Dados: V = 0 no infinito.

Q
VP∞ = VP = , onde rP é a distancia da carga Q ao ponto P (01)
4πε o rP

 Cálculo de rP: r P = 0,2 2 + 0,4 2 + 0,4 2 ⇒ rP = 0,6 (02)

Substituindo (02) em (01), temos:

Q 6η
VP = ⇒ VP = ⇒ VP = 90 [V ]
4πε o 0,6 2,4πε o

b) Dados: V = 0 em A (1,0,0).

VPA = VP − VA ⇒ VPA = VP , pois VA = 0

Q  1 1  r é a distancia da carga Q ao ponto P.


∴ VP = ⋅  − , onde  P (01)
4πε o  rP rA  rA é a distancia da carga Q ao ponto A.

 Cálculo de rP: r P = 0,2 2 + 0,4 2 + 0,4 2 ⇒ rP = 0,6 (02)

– Página 4.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

 Cálculo de rA: r A = 12 + 0 2 + 0 2 ⇒ rA = 1 (03)

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

Q  1 1 6η 6η
VP = ⋅ −  ⇒ VP = − ⇒ VP = 90 − 54 ⇒ VP = 36 [V ]
4πε o  0,6 1  2,4πε o 4πε o

c) Dados: V = 20 [V] em B (0,5;1,-1).

VPB = VP − VB ⇒ VPB = VP - 20 ⇒ VP = VPB + 20 (01)

 Cálculo de VPB:

Q  1 1  r é a distancia da carga Q ao ponto P.


VPB = ⋅  − , onde  P (02)
4πε o  rP rB  rB é a distancia da carga Q ao ponto B.

 Cálculo de rP: r P = 0,2 2 + 0,4 2 + 0,4 2 ⇒ rP = 0,6 (03)

 Cálculo de rB: r B = 0,5 2 + 12 + 12 ⇒ rB = 1,5 (04)

Substituindo (03) e (04) em (02), temos:

Q  1 1  6η 6η
VPB = ⋅ −  ⇒ VP = − ⇒ VPB = 90 − 36 ⇒ VPB = 54 [V ]
4πε o  0,6 1,5  2,4πε o 6πε o
(05)
Substituindo (05) em (01), temos:

VP = VPB + 20 ⇒ VP = 54 + 20 ⇒ VP = 74 [V]

4.6) Calcular a energia acumulada em um sistema com três cargas pontuais iguais a Q, todas
sobre a mesma reta, separadas entre si por distâncias iguais a d.
Resolução:

1o modo:

Dados: Q1 = Q2 = Q3 = Q
Potencial de uma carga pontual:

Q
V= (01)
4πε o r

Energia acumulada por um sistema de cargas discretas:

1 3
WE = ∑ Q m Vm (02)
2 m =1

– Página 4.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

De (02), conclui-se que a energia acumulada pelo sistema de três cargas pontuais acima é
dado por:
1
WE = [Q1V1 + Q 2 V2 + Q 3 V3 ] (03)
2
 Cálculo do potencial da carga Q1:
Q2 Q3 3 Q
V1 = + ⇒ V1 = ⋅ (04)
4πε o d 4πε o 2d 2 4πε o d

 Cálculo do potencial da carga Q2:


Q1 Q2 2Q
V2 = + ⇒ V2 = (05)
4πε o d 4πε o d 4πε o d

 Cálculo do potencial da carga Q3:


Q1 Q2 3 Q
V3 = + ⇒ V3 = ⋅ (06)
4πε o 2d 4πε o d 2 4πε o d

Substituindo (04), (05) e (06) em (03):

Q 3 Q 2Q 3 Q  5Q 2
WE =  ⋅ + + ⋅  ⇒ W E = [J]
2  2 4πε o d 4πε o d 2 4πε o d  8πε o d

2o modo:

 Cálculo do trabalho para mover Q1 do infinito para o ponto 1:


WE 1 = 0 (01)
 Cálculo do trabalho para mover Q2 do infinito para o ponto 2:
WE 2 = Q 2 V2,1 , onde V2,1 é o potencial no ponto 2 devido à carga Q1 .

Q1 Q2
∴ WE 2 = Q 2 ⋅ ⇒ WE 2 = [J ] (02)
4πε o d 4πε o d

 Cálculo do trabalho para mover Q3 do infinito para o ponto 3:

V3,1 é o potencial no ponto 3 devido à carga Q1


WE 3 = Q 3 V3,1 + Q 3 V3,2 , onde  e
V3,2 é o potencial no ponto 3 devido à carga Q 2

Q1 Q2 Q2 Q2
∴ WE 3 = Q 3 ⋅ + Q3 ⋅ ⇒ WE 3 = + [J ] (03)
4πε o 2d 4πε o d 8πε o d 4πε o d

– Página 4.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

 Cálculo do trabalho total:


WE = WE 1 + WE 2 + WE 3 (04)
Substituindo (01), (02) e (03) em (04), temos:

Q2 Q2 Q2 Q2 1 5Q 2
WE = 0 + + + ⇒ WE = ⋅  2 +  ⇒ WE = [J ]
4πε o d 8πε o d 4πε o d 4πε o d  2 8πε o d

4.7) Uma densidade de carga ρ L1 = 10 2 ηC m  estende-se ao longo do eixo z para z > 1 m
z  
e uma densidade de carga ρ L 2 = − 10 2 ηC m  estende-se ao longo do eixo z para z <
z  
-1 m. Determine V em P ( ρ, 0, 0 ), se V = 0 em ρ = ∞.

Resolução:
ρ L dL
Para uma distribuição linear de cargas, V = ∫ 4πε o R . Logo, para o caso acima, teremos:
L
 10 ηC 
ρL1 = 2  m;
dL = dzz
1 ;

R1 é o vetor dirigidodo elementodi  ferencial de comprimento dL1
ao ponto P (ρ; 0; 0). Portanto,R1 = ρ aρ - z az ;
 


ρL1dL1
−1
ρL2dL2  R1 = R1 = ρ 2 + z2 ;
V= ∫ + ∫ , onde: 
4πεoR1 4πεoR 2 10 ηC 
z =1 z = −∞ ρL2 = − ;
 z2  m
dL
 2
= dz;
R é o vetor dirigidodo elementodiferencialde comprimento dL2
 2
( )

ao ponto P ρ ; 0; 0 . Portanto,R = ρ a + z a z;
 
 1 ρ
 R = R = ρ 2 + z2 ;
 2 2

∞ 10 −1 − 10 2
z2 z
Portanto, V = ∫ 2 2
dz + ∫ 2 2
dz (01)
z =1 4πε o ρ + z z = −∞ 4πε o ρ + z

– Página 4.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

 Solução da integral:
dz
∫ 2 2 2
(02)
z ρ +z
z = ρ tgθ
Substituição de variáveis na integral:  (03)
dz = ρ sec 2 θ dθ

Substituindo ( 03) em ( 02 ), temos:

ρ sec 2 θ dθ ρ sec 2 θ dθ sec θ dθ


∫ = ∫ ρ 2 tg 2θ ⋅ ρ secθ = ∫ ρ 2 tg 2θ
ρ 2 tg 2θ ρ 2 + ρ 2 tg 2θ
1
cos θ 1 cos θ
∫ 2
=
2 ∫ sen 2 θ dθ (04)
ρ 2 ⋅ sen θ cos θ ρ

u = sen θ
Substituição de variáveis na integral: du = cos θ dθ (05)

Substituindo (05) em (04), temos:

1 du 1  1 1  1 

ρ 2 u2
=  − =
ρ2  u ρ2
− 
 sen θ 
(06)

z
De (03), sen θ = (07)
ρ 2 + z2

Substituindo (07) em (06), temos:

 ρ 2 + z 2  ρ 2 + z2
1  1
−  = − 2 ⋅ (08)
ρ 2  z

ρ z

Substituindo (08) em (01), temos:


∞ −1
 ρ 2 + z 2   ρ 2 + z 2 
10  1 10  1
V = − ⋅ − − ⋅
4πε o  ρ 2 z  4πε o  ρ 2 z 
  z =1   z = −∞

 

 ρ 2 + z2 
−1 
 ρ 2 + z 2 
10 
V =−  +  
4πρ 2 ε o  z   z 
  z =1   z = −∞ 

10
V = [1 − ρ − (ρ + 1)] ⇒ V = 0 [V ]
4πρ 2 ε o

– Página 4.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

4.8) Duas esferas condutoras concêntricas de raios a = 6 cm e b = 16 cm possuem cargas


iguais e opostas, sendo 10-8 C na esfera interior e -10-8 C na exterior. Assumindo ε = ε o
na região entre as esferas, determinar:
a) o máximo valor da intensidade de campo elétrico entre as esferas;
b) a diferença de potencial (Vo) entre as esferas;
c) a energia total armazenada (WE) na região entre as esferas.

Resolução:
a) Seja a superfície gaussiana esférica de raio a < r < b :

Pela Lei de Gauss: ∫ D ⋅ dS = Q interna ; onde dS = r 2 sen θ dθ dφ a r


 
S
Q Q 
D ⋅ 4πr 2 = Q ⇒ D =

⇒D= ar (01)
2
4πr 4πr 2

 D  Q
Mas E = ⇒E= ar (02)

εo 4πε o r 2

 Q
De (02), conclui-se que E = E = (03)
4πε o r 2

De (03), conclui-se que E varia de acordo com 1 2 para a região entre as esferas. Logo, o
r
maior valor que E atinge nesta região ocorre para o menor valor de r.
Assim, para r = 6 cm, temos:

10 − 8
E max = E max =
2
⇒ E max = 25 KV
m
[ ]
4πε o (0,06 )
 Q 
E = ar.
a
b) Vab = Vo = − ∫ E • dL, onde  4πε o r 2

dL = dr a r
b 

a 
Q dr ⇒ V = Q  1 − 1 
∴ Vo = − ∫  o
 2  4πε o  a b 
b  4πε o r 

10 − 8  1 1 
Vo =  −  ⇒ Vo = 937,5 [V]
4πε o  0,06 0,16 
– Página 4.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 04 – ENERGIA E POTENCIAL

 Q 
D = a
2 r
 4 π r
1   1 D2  Q
c) WE = ∫ D • E dv ⇒ WE = ∫ dv, onde  D = D =
2
vol
2 ε
vol o  4πr 2
dv = r 2 sen θ dr dθ dφ


2π π
Q2 Q2
b
1 senθ
∴ WE =
2 ∫ 2 4
dv ⇒ WE =
2 ∫ ∫ ∫
32π ε o φ = 0 θ = 0 r = a r 2
dr dθ dφ
vol 16π r ε o

Q2
b
 1
WE = −  [− cos θ ]θπ = 0 [φ ]φ2π= 0
32π 2 ε o  rr=a

Q2  1 1 Q2  1 1
WE =  − +  ⋅ [− cos π + cos 0 ° ] ⋅ 2π ⇒ W E = − b + a 
32π 2 ε o  b a  8πε o  

10 −16  1 1 
WE =  −  ⇒ WE = 4,69 [µ J ]
8πε o  0,06 0,16 

– Página 4.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

CAPÍTULO 05

CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

5.1) Um capacitor de placas paralelas está cheio de ar, possui placas de áreas 4 x 4 cm2,
separadas uma da outra por uma distância de 0,3 cm. Como devem ser usadas 2 cm3 de
parafina ( ε R = 2,25 ) para obter máxima capacitância? Qual é o valor desta máxima
capacitância?

Resolução:

Volume entre as placas = 4 ⋅ 4 ⋅ 0,3 = 4,8 [cm 3 ]


Dados:  3
Volume de parafina = 2 [cm ]
Para aumentar a capacitância, a melhor combinação consiste em colocar toda a parafina
entre as placas, de modo que sua capacitância fique em paralelo com a capacitância do
restante do meio entre as placas (ar).
Portanto, C max = C parafina + C ar (01)

 Cálculo de x:
Volume de parafina = 2 = 4 ⋅ 0,3 ⋅ x ⇒ x = 1,667 [cm]

 Cálculo de C parafina :

ε = ε o ε R
ε S parafina 
C parafina = , onde S parafina = 4 ⋅ x = 6,668 cm 2 = 6,668 ⋅ 10 − 4 [m 2 ]
d d = 0,3 cm = 0,3 ⋅ 10 - 2 [m]

ε o ε R ⋅ 6,668 ⋅ 10 − 4 8,854 ⋅ 10 −12 ⋅ 2,25 ⋅ 6,668 ⋅ 10 − 4


C parafina = ⇒ C parafina =
0,3 ⋅ 10 − 2 0,3 × 10 − 2
∴ C parafina = 4,428 [pF] (02)

 Cálculo de C ar :

ε = ε o
ε S ar 
C ar = , onde Sar = (4 − x ) ⋅ 4 ⋅ 10- 4 [m 2 ]
d  -2
d = 0,3 cm = 0,3 ⋅ 10 [m]

– Página 5.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

ε o ⋅ (4 - x ) ⋅ 4 ⋅ 10 − 4 8,854 ⋅ 10 −12 ⋅ (4 - 1,667 ) ⋅ 4 ⋅ 10 − 4


C ar = =
0,3 ⋅ 10 − 2 0,3 ⋅ 10 − 2
(03)
∴ C ar = 2,754 [pF]

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

C max = 4,428 + 2,754 ⇒ C max = 7,182 [pF]

5.2) As superfícies esféricas, r = 2 cm e r = 10 cm, são condutoras perfeitas. A corrente total


passando radialmente para fora através do meio entre as esferas é de 2,5 A. Determinar:
a) a diferença de potencial entre as esferas;
b) a resistência entre as esferas;
c) o campo elétrico E na região entre as esferas.


Assumir que a região está preenchida com um material dielétrico cuja condutividade é
σ = 0,02 mho/m (ou σ = 0,02 S/m).

Resolução:

 I I 
J = ar ⇒ J =

a) ar (01)
S 4π r 2

   J  I
J =σ E⇒E= ⇒E= ar (02)

σ 2
4πσ r

 Cálculo de Vab :

a 
Vab = − ∫ E • dL (03)
b

Substituindo (02) em (03), temos:

a
 I  
Vab = − ∫  a r  • dr a r

2
b  4πσ r 

– Página 5.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

a r =2cm
I dr 2,5  − 1
Vab = −
4πσ ∫ r2
⇒ Vab = −
4π ⋅ 0,02  r  r =10cm
r =b

 1 1 
Vab = 9,95 ⋅  −  ⇒ Vab = 9,95 ⋅ [50 − 10] ⇒ Vab = 398 [V]
 0,02 0,10 

Vab 398
b) R = ⇒R = ⇒ R = 159,2 [Ω]
I 2,5

c) Da Equação (02) do ítem a, temos:


E=
I
2

ar ⇒ E =
 2,5 
ar ⇒ E =
 9,94 
ar [V m]
4πσ r 4π 0,02 r 2 r2

5.3) Uma pequena esfera metálica de raio a, no vácuo, dista d (d >> a) de um plano condutor.
Calcular o campo elétrico a meia distância entre a esfera e o plano condutor.

Resolução:

 Método das Imagens:

O Campo Elétrico resultante no ponto P será:

E é o campo elétrico gerado no ponto P pela carga 1;



E = E1 + E 2 , onde  1
  

E 2 é o campo elétrico gerado no ponto P pela carga 2.

Cálculo de E :



Q −Q 4Q 4Q
(− a x ) ⇒ E =
 
E= ax + ax + ax
  

4πε o d ( 2) 2
( 2)
4πε o 3d
2
4πε o d 2
4πε o 9d 2

 Q  1   10Q 
E= 1 + a x ⇒ E = ax
πε o d 2  9 9πε o d 2

– Página 5.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

5.4) As superfícies esféricas, r = 2 cm e r = 6 cm, são condutoras perfeitas e a região entre


elas é preenchida com um material de condutividade σ = 80 mho/m. Se a densidade de
  10  
corrente é J =  a [A/m2] para 2 < r < 6 cm, determinar:
2 r
π r 
a) A corrente I fluindo de uma superfície condutora perfeita para a outra;
b) O campo elétrico E na região entre as esferas;

c) A diferença de potencial entre as duas superfícies condutoras;
d) A potência total dissipada no material condutor.

Resolução:
   10  
J =  2  a r
I = ∫ J • dS , onde 

a) π r 
S dS = r 2 sen θ dθ dφ a
 r

π 2π
10 10
∴I = ∫ 2
⋅ r 2 sen θ dθ ⋅ ∫ dφ ⇒ I = [− cos θ ]π0 ⋅ [φ ]02π
π
θ =0 π r φ =0

10
I = ⋅ 2 ⋅ 2π ⇒ I = 40 [A]
π

J

b)
  
J =σE⇒E=

⇒E=
10

1  
ar ⇒ E =
1 
ar [V m]
σ π r 2 80 8π r 2
a 
c) Vab = − ∫ E • dL
b

a
 1  
Vab = − ∫  a  • dr a r

2 r
b  8πr 
0,02 0,02
1  dr  1  1
Vab = −
8π ∫  r 2  ⇒ Vab = − 8π ⋅ − r 
r = 0,06 r = 0,06

1  1 1  1
Vab = ⋅ −  ⇒ Vab = ⋅ [50 − 16,67 ] ⇒ Vab = 1,326 [V]
8π  0,02 0,06  8π

d) P = VI ⇒ P = 1,326 ⋅ 40 ⇒ P = 53,05 [W]

– Página 5.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

5..5) A fronteira entre dois dielétricos de permissividade relativas εR1 = 5 e εR2 = 2 é definida
pela equação do plano 2x + y = 2 . Se, na região do dielétrico 1, a densidade de fluxo
elétrico for dada por D1 = 2a x + 5a y − 3a z , determinar:
   

a) D n 2 ;


b) D t 2 ;
c) D 2 ;


d) P2 ;


e) A densidade de energia na região do dielétrico 2.

Resolução:

 Cálculo de a n :


Seja f = 2x + y − 2 a fronteira entre os dois meios (plano de separação).



∇f 1
∇f = 2a x + a y . Logo, a n =  ⇒ a n = (
⋅ 2a x + a y)
      
∇f 5

Cálculo dos componentes de D1 :




  
D1 = D n1 + D t1

Cálculo de D n1 :



( )
D n1 = D1 • a n a n
   

   2a x + a y   2a x + a y 
   
( )
D n1 =  2a x + 5a y − 3a z •   ⋅  
  
  5   5 
   

 18a x + 9a y  ηC
 

D n1 =  

 5   2 
   m 

– Página 5.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

Cálculo de D t1 :


  
D t1 = D1 − D n1

 18a x + 9a y 
 
(
D t1 = 2a x + 5a y − 3a z −  ) 
   
 5 
 
  
D t1 = −1,6a x + 3,2a y − 3a z ηC 2 
  
 m 

 18a x + 9a y  ηC
 

D n2 = D n1 ⇒ D n2 =  
  
a)  
 5  2
   m 

D t1

ε
E t2 = E t1 ⇒ D t2 = ε o ε R2 ⋅ ⇒ D t2 = R2 D t1
    
b)
ε o ε R1 ε R1

2   
D t2 = ⋅ − 1,6a x + 3,2a y − 3a z ⇒ D t2 = −0,64a x + 1,28a y − 1,2a z ηC 2 
( )
      
5  m 

D 2 = D n2 + D t2
  
c)
 18a x + 9a y 
 
D 2 =  (
 + - 0,64a x + 1,28a y − 1,2a z )
   
5 
 

D 2 = 2,96a x + 3,08a y − 1,2a z ηC 2 


   
 m 

D2   1 

P2 = D 2 − ε o E 2 ⇒ P2 = D 2 − ε o ⇒ P2 = D 2  1 −
     
d) 
ε o ε R2  ε R2 
  1
( )

P2 = 2,96a x + 3,08a y − 1,2a z ⋅ 1 − 
 
 2

( ηC
∴ P2 = 1,48a x + 1,54a y − 0,6a z
     )
 m 2 

D2 D 22

dWE 1  dWE 1  dWE 1
= D2 • E2 ⇒ = D2 • ⇒

e) = •
d vol 2 d vol 2 ε o ε R2 d vol 2 ε o ε R2

dWE 1 (2,96 2 + 3,08 2 + 1,2 2 ) ⋅ 10 − 8 dWE  


= ⋅ ⇒ = 0,556  µJ 3 
d vol 2 2 ⋅ 8,854 ⋅ 10 −12 d vol  m 

Nota:
 Cálculo de θ 1 e θ 2 :

 D t1   1,6 2 + 3,2 2 + 32 

θ 1 = arctg   ⇒ θ 1 = arctg  ⇒ θ = 49 ,3°
1
D   2 2 
 n1   3,6 + 1,8 
– Página 5.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

 D t2   0,64 2 + 1,28 2 + 1,2 2 




θ 2 = arctg   ⇒ θ 2 = arctg   ⇒ θ = 24,9°
2
D   
 n2   3,6 2 + 1,8 2 

5.6) Duas pequenas esferas metálicas iguais de raio a estão bastante afastadas de uma
distância d e imersas num meio de condutividade σ. Aplica-se a elas uma tensão V.
Calcule a resistência oferecida pelo material entre as duas esferas.

Resolução:
Como d >> a, pode-se considerar as duas esferas como duas cargas pontuais. Deste modo, o campo
Q 
elétrico gerado por qualquer uma delas será: E = ar .

4πε o r 2
1o modo:
 Cálculo da resistência oferecida pelo material entre as esferas:
 
V − ∫ E • dL
R= ⇒R=   (01)
I ∫ J • dS
S
 Cálculo de V:
d d
Q 2Q dr
V = 2⋅ ∫ dr ⇒ V = ⋅ ∫
2 4πε o 2
r = a 4πε o r r=a r
(02)
2Q  1 1  Q
V = ⋅ − +  ⇒ V =
4πε o  d a  2πε o a

 Cálculo de I:

σQ
I = ∫ J • dS ⇒ I = ∫ σ E • dS ⇒ I = ∫ 4πε
 
2
S S S or

2π π
σQ 1 2 σQ σQ
I=
4πε o ∫ ∫ 2
⋅ r sen θ d θ d φ ⇒ I =
4πε o
⋅ 2 ⋅ 2π ⇒ I =
εo
(03)
φ = 0 θ =0 r

– Página 5.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

Qεo 1
R = ⇒ R =

2πε o a σ Q 2πσ a

2o modo:  
V 2 ⋅ ∫ E • dL
R= ⇒R= (01)
I I

Cálculo de E :


I
J= =σ E
Area
I I  I
=σ E⇒E = ⇒E= ar

(02)
4π r 2 4π σ r 2 4π σ r 2
 Cálculo de V:
d d
I2I dr
V = 2⋅ ∫ dr ⇒ V = ⋅ ∫
2 4πσ 2
r = a 4πσ r r=a r

2I  1 1  I
V = ⋅ − +  ⇒ V = (03)
4πσ  d a  2πσ a

Substituindo (03) em (01), temos:

1I 1
R = ⇒ R = ⋅
2πσ a I 2πσ a

5.7) O vetor unitário a N 12 = −2a x + 3a y + 6a z


   
( ) 7 , é dirigido da região 1 para a região 2,
sendo normal a fronteira plana entre os dois dielétricos perfeitos com εR1 = 3 e εR2 = 2.

Sendo E1 = 100a x + 80a y + 60a z V m , determine E 2 . [ ]


    

Resolução:

Cálculo dos componentes de E1 :





E1 = E n1 + E t1
  

 Cálculo de E n1 :


(
E n1 = E1 • a N12 a N12 )
   

  − 2a x + 3a y + 6a z   − 2a x + 3a y + 6a z 
     
(
E n1 =  100a x + 80a y + 60a z •  )  ⋅  
   
 7   7 
    

E n1 = −16,327a x + 24,49a y + 48,98a z V


   
m
[ ]
– Página 5.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

Cálculo de E t1 :



E t1 = E1 − E n1
  

( ) ( )

E t1 = 100a x + 80a y + 60a z − − 16,327a x + 24,49a y + 48,93a z
     


∴ E t1 = 116,327a x + 55,51a y + 11,02a z
  
[V m]
Cálculo dos componentes de E 2 :



E 2 = E n2 + E t2 (01)
  

 Cálculo de E n2 :


D n2 D n1
 
ε
E n2 = ⇒ E n2 = R1 E n1
  
=
ε o ε R2 ε o ε R2 ε R2

3
(
E n2 = ⋅ − 16,327a x + 24,49a y + 48,98a z )
   
2

∴ E n2 = −24,491a x + 36,735a y + 73,47a z V


   
[ m] (02)

Cálculo de E t2 :


 
E t 2 = E t1 = 116,327a x + 55,51a y + 11,02a z
  
[V m] (03)

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

( ) (
E 2 = 116,327a x + 55,51a y + 11,02a z + − 24,491a x + 36,735a y + 73,47a z )
      


∴ E 2 = 91,836a x + 92,245a y + 84,449a z
  
[V m]
5.8) Dado o campo potencial V = ( 200sen θ cos φ ) / r 2 [V], determinar:

a) A equação da superfície condutora na qual V = 100 V;


b) O campo elétrico E no ponto P (r, 30o, 30o) sobre a superfície condutora;


c) A densidade superficial ρS no ponto P.


ASSUMIR: ε = εo na superfície adjacente
Resolução:
a) Para determinar a equação da superfície condutora na qual V = 100 V, basta substituir este
valor na equação de campo dada.
(200sen θ cos φ )
Portanto: V = = 100 ⇒ r 2 = 2 sen θ cos φ
2
r

– Página 5.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

b) Dados: P (r,θ = 30o, φ = 30o )

  ∂V  1 ∂V  1 ∂V 
E = −∇V = − ar − aθ − aφ
∂r r ∂θ r sen θ ∂φ

 400senθ cosφ   1  200cosφ  1  200senθ 


E = − −  ar −  ⋅ cosθ  aθ −  ⋅ (− senφ ) aφ

 r3  r r2  r senθ  r2 
  400senθ cosφ    200cosθ cosφ    200senφ  
E =   ar −   aθ +   aφ
3 2
 r   r   r3 
 200
E=
3
[
(2 senθ cosφ ) ar − (cosθ cosφ ) aθ + senφ aφ ] (01)
r

Substituindo as coordenadas de P em (01), temos:

 200
E= ( [
2 sen 30° cos 30°)a r − (cos 30° cos 30°)aθ + sen 30° a φ
  
]
r3
 200
E=

(
0,866 a r − 0,75 aθ + 0,5 a φ
 
) (02)
r3

Mas r 2 = 2 sen θ cos φ (item a).Portanto r 2 = 2 sen 30°cos 30° ⇒ r = 0,9306 (03)

Substituindo (03) em (02), temos:

200
( )

E= 0,866 a r − 0,75 aθ + 0,5 a φ
  
3
0,9306

E = 215 a r − 186,1 aθ + 124,1 a φ
  
[V m]
c) ρS = D N

 Cálculo de D N :

D = ε o E ⇒ D N = ε o E N ⇒ D N = ε o E ⇒ D N = ε o 215 2 + 186,12 + 124,12


  

 
D N = ε o (± 310,256 ) ⇒ D N = ρ S = ±2,75 ηC 2 
 m 

– Página 5.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

5.9) Duas cargas pontuais e simétricas de 100 ηC estão localizadas acima de um plano
condutor situado em z = 0, sendo a carga positiva em (ρρ = 1 m, φ = π/2, z = 1 m) e a carga
negativa em (ρρ = 1 m, φ = 3π
π/2, z = 1 m). Determinar:
a) A densidade superficial de carga na origem;
b) A densidade superficial de carga no ponto A(ρ
ρ = 1 m, φ = π/2, z = 0);

c) A densidade de fluxo elétrico D no ponto B(ρ


ρ = 0, φ = 0, z = 1 m).


Resolução:
Q1 = Q 4 = Q = 100ηC ; Q 2 = Q 3 = −Q = −100ηC


( )
Dados: A = ρ = 1, φ = π 2 , z = 0 ⇒ A = (0,1,0 )

B = ( ρ = 0, φ = 0, z = 1) ⇒ B = (0,0,1)

a) Na origem, o vetor densidade de fluxo elétrico ( D 0 ) é nulo, pois os campos criados pelas
   
cargas objeto ( D10 e D 20 ) são anulados pelos campos criados pelas cargas imagem ( D 30 e D 40 ).

Logo, ρ S = D 0 = 0


ρ S A = D A , onde D A é o vetor densidade de fluxo elétrico resultante no ponto (01)

b)

Cálculo de D A :


    
D A = D1A + D 2A + D 3A + D 4A (02)

R
2a a
= − z ; R 1A = 5
 
 Q1   1A y
D1A = a R , onde  (03)
4πR 12A 1A  2a y − a z
 
a R =
 1A 5

– Página 5.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

R

 2 A = −a z ; R 2 A = 1

 Q2
D 2A = a R , onde  (04)

4πR 22A 2A a R = −a z

 2A


R
2a a
= + z ; R 3A = 5
 
 Q3   3 A y
D 3A = a R , onde  (05)
4πR 32A 3A  2a y + a z
 
a R =
 3A 5

R

 4A = a z ; R 4A = 1

 Q4 
D 4A = a R , onde  (06)
4πR 24A 4A a R = az

 4A

Substituindo (03), (04), (05) e (06) em (02), temos:

Q 2a y − az − Q 2a y + a z
   
−Q Q 
⋅ (− a z ) +

DA = ⋅ + ⋅ + ⋅ az

20π 5 4π 4 5π 5 4π

Q  2a y − az  2a y + a z  
   
Q  −2 
⋅ + a z  ⇒ D A =
 
DA = + az − ⋅ + 2 a z
4π  5 5 5 5  4π  5 5 

Q  −1  Q  5 5 − 1  100η  25 − 5  
⋅  a z ⇒ D A = ⋅  a z
  
DA = ⋅ + 1a z ⇒ D A =
2π  5 5  2π  5 5  2π  25 
2
∴ D A = ⋅ 25 − 5 a z ηC 2  ou D A = 14,49 a z ηC 2 
( )
   
π 
 m    m  (07)

Substituindo (07) em (01), temos:

2      
ρSA =
π
( )
⋅ 25 − 5 a z ηC 2  ou
 m 
ρ S = 14,49 a z ηC 2 
 m 

Cálculo de D B :

c)
    
D B = D1B + D 2B + D 3B + D 4B (01)

R = a ; R = 1

 Q1   1B y 1B
D1B = a R , onde  (02)
4πR 12B 1B a R = ay

 1A
R

= − a y ; R 2B = 1

 Q2   2 B
D 2B = a R , onde  (03)
4πR 22B 2B a R = −a y

 2B

– Página 5.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA


R
a 2a
= + z ; R 3B = 5
 
 Q3   3 B y
D 3B = a R , onde  (04)
4πR 32B 3B  a y + 2a z
 
a R =
 3B 5


R
= −a y + 2a z ; R 4B = 5
 
 Q4   4 B
D 4B = a R , onde  (05)
2 4 B
4πR 4B  − a y + 2a z
 
a R =
 4B 5

Substituindo (02), (03), (04) e (05) em (01), temos:

− Q a y + 2a z  − a y + 2a z
   
Q  −Q Q
( )

DB = ⋅ ay + ⋅ − ay + ⋅ + ⋅ az

4π 4π 4 5π 5 4 5π 5

Q  a y + 2a z − a y + 2a z  Q   2a y 
    
⋅ a y + a y −  ⇒ DB = ⋅  2a y − 
 
DB = +

4π  5 5 5 5 
 4π  5 5 

Q   2a y  Q  5 5 − 1 

Q  1 
DB = ⋅  2a y −  ⇒ DB = a ⇒ D ⋅ a y
  
⋅  1 −  =
2π  5 5 
y B
4π  5 5  2π  5 5

Q  25 − 5   100η  25 − 5  
⋅  a y ⇒ D B = ⋅  a y
 
DB =
2π  25  2π  25 
2
D B = ⋅ 25 − 5 a y ηC 2  ou D B = 14,49 a y ηC 2 
( )
   
π  m   m 

5.10) A região entre as placas de metal de um capacitor é preenchida por 4 (quatro) camadas
de dielétricos diferentes, com permissividades 2εεo, 3εεo, 4εεo e 5εεo, onde εo é a
permissividade elétrica do vácuo. Cada camada tem espessura a e área S. Determinar,
para os arranjos de dielétricos em série e em paralelo:
a) As magnitudes do campo elétrico (E) e da densidade de fluxo (D) em cada camada;
b) A diferença de potencial (Vo) entre as placas;
c) A capacitância total (C) resultante;
Nota: Usar apenas os parâmetros dados, adotando as cargas das placas iguais ±Q.

Obs: Para um arranjo série de dielétricos, deve-se considerar que a área das placas que formam o
capacitor é igual a área de cada camada de dielétrico , ou seja, Splaca = Scamada = S; (Arranjo Série)
Para um arranjo paralelo de dielétricos, deve-se considerar que a área das placas que formam
o capacitor foi dividida em quatro, de modo que Splaca = 4Scamada = 4S; (Arranjo Paralelo)

– Página 5.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

Resolução:

 Arranjo Série:

a) Pelas condições de contorno, D n1 = D n 2 = D .


Ψ Q
Sabe-se que D = e que Ψ = Q . Portanto, D = D1 = D 2 = D 3 = D 4 = (01)
S S
Mas D = ε E (02)
Substituindo (01) em (02), temos:

Q
D1 S ⇒ E = Q
E1 = ⇒ E1 = 1
ε1 2ε o 2Sε o

Q
D2 S ⇒ E = Q
E2 = ⇒ E2 = 2
ε2 3ε o 3Sε o

Q
D3 S ⇒ E = Q
E3 = ⇒ E3 = 3
ε3 4ε o 4Sε o

Q
D4 S ⇒ E = Q
E4 = ⇒ E4 = 4
ε4 5ε o 5Sε o

b) Vo = V1 + V2 + V3 + V4
d1 = d 2 = d 3 = d 4 = a
Vo = E1d1 + E 2 d 2 + E 3 d 3 + E 4 d 4 , onde  (01)
E1, E 2 , E 3 , E 4 foram calculados no item (a)

Substituindo os valores de E1, E 2 , E 3 e E 4 em (01), temos:

Q ⋅ a 1 1 1 1
Vo = ⋅ + + + 
S ⋅ εo  2 3 4 5

Q ⋅ a  30 + 20 + 15 + 12  77 Q ⋅ a
Vo = ⋅  ⇒ Vo = ⋅
S ⋅ εo  60  60 S ⋅ ε o

– Página 5.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

c) O cálculo da capacitância pode ser feito de duas maneiras. A primeira considera a definição
de capacitância para um capacitor de placas paralelas ( C = Q V ). A segunda considera que a
o
capacitância total (C)do arranjo acima é equivalente à capacitância resultante quando admitimos
que os quatro capacitores formados pelas camadas de dielétricos acima estão colocados em série.
1o modo:
Q Q 60 S ⋅ ε o
C= ⇒C= ⇒ C= ⋅
Vo 77 Q ⋅ a 77 a

60 S ⋅ ε o

2o modo:
1 1
C= ⇒C=
1 1 1 1 a a a a
+ + + + + +
C1 C 2 C 3 C 4 2ε o S 3ε o S 4ε o S 5ε o S

1 1 60 ε o Sa
C= ⇒C= ⇒ C= ⋅
a 1 1 1 1 a 77 77 a
⋅ + + +  ⋅
εoS  2 3 4 5 ε o S 60

 Arranjo Paralelo:

Para esta configuração, a solução torna-se mais simples quando iniciada em ordem inversa.
c) C = C1 + C 2 + C 3 + C 4 (01)

 ε ⋅S 2ε ⋅ S
C1 = 1 1 ⇒ C1 = o
d1 a
 ε 2 ⋅ S2 3ε o ⋅ S
C 2 = ⇒ C2 =
 d2 a
onde  ε 3 ⋅ S3 4ε o ⋅ S v (02)
C 3 = ⇒ C3 =
 d3 a
 ε 4 ⋅ S4 5ε o ⋅ S
C 4 = ⇒ C4 =
 d4 a

Substituindo (02) em (01), temos:


2ε o ⋅ S 3ε o ⋅ S 4ε o ⋅ S 5ε o ⋅ S ε S ε S
C= + + + ⇒ C = o ⋅ (2 + 3 + 4 + 5) ⇒ C = 14 ⋅ o
a a a a a a

Q Q Q 1 Q⋅a
b) C= ⇒ Vo = ⇒ Vo = ⇒ Vo = ⋅ (03)
Vo C εoS 14 ε o S
14 ⋅
a

– Página 5.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

V
a) Sabe-se que : V = Ed ⇒ E = (04)
d

Vo = V1 = V2 = V3 = V4
Mas  (05)
a = d1 = d 2 = d 3 = d 4

Vo 1 Q
Substituindo (05) em (04), tem-se: E = E1 = E 2 = E 3 = E 4 = ⇒ E = ⋅ (06)
a 14 ε o S

Sabe-se que : D = ε ⋅ E (07)

Substituindo (07) em (06) para cada região, tem-se:

Q 2 Q
D1 = ε 1 ⋅ E ⇒ D1 = 2ε o ⋅ ⇒ D1 = ⋅
14ε o S 14 S

Q 3 Q
D 2 = ε 2 ⋅ E ⇒ D 2 = 3ε o ⋅ ⇒ D2 = ⋅
14ε o S 14 S

Q 4 Q
D 3 = ε 3 ⋅ E ⇒ D 3 = 4ε o ⋅ ⇒ D3 = ⋅
14ε o S 14 S

Q 5 Q
D 4 = ε 4 ⋅ E ⇒ D 4 = 5ε o ⋅ ⇒ D4 = ⋅
14ε o S 14 S

Nota: Das equações (02) e (03) , pode-se calcular a forma com que a carga total Q foi distribuída
entre as camadas de dielétricos.
2ε o ⋅ S 1 Q ⋅ a 2
Q1 = C1 Vo ⇒ Q1 = ⋅ ⋅ ⇒ Q1 = ⋅Q
a 14 ε o S 14

3ε o ⋅ S 1 Q ⋅ a 3
Q 2 = C 2 Vo ⇒ Q 2 = ⋅ ⋅ ⇒ Q2 = ⋅Q
a 14 ε o S 14

4ε o ⋅ S 1 Q ⋅ a 4
Q 3 = C 3 Vo ⇒ Q 3 = ⋅ ⋅ ⇒ Q3 = ⋅Q
a 14 ε o S 14

5ε o ⋅ S 1 Q ⋅ a 5
Q 4 = C 4 Vo ⇒ Q 4 = ⋅ ⋅ ⇒ Q4 = ⋅Q
a 14 ε o S 14

Logo, devido às diferentes permissividades, a carga Q não foi igualmente distribuída entre as
camadas. Deve-se ressaltar que a relação Q = Q1 + Q 2 + Q 3 + Q 4 continua verdadeira.

– Página 5.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

5.11) Duas esferas condutoras concêntricas de raios r = 3 mm e r = 7 mm são separadas por


dois dielétricos diferentes, sendo a fronteira entre os dois dielétricos localizada em r = 5
mm. Se as permissividades relativas são εR1 = 4, para o dielétrico mais interno, e εR2 = 6,
para o outro dielétrico, e ρS = 10 ηC/m2 na esfera interna, determinar:
a) A expressão que fornece o campo elétrico entre as duas esferas, utilizando a Lei de
Gauss;
b) A diferença de potencial entre as duas esferas;
c) A capacitância (*) do capacitor esférico formado.
(*) A fórmula da capacitância do capacitor esférico não poderá ser usada diretamente.

Resolução:


a = 3mm ; b = 7 mm
Dados: 
ε ηC
 R1 = 4 ; ε R 2 = 6 ; ρ S = 10 m 2

∫ • dS = Q interna = ∫ ρ v dv

a) Pela Lei de Gauss: D
S vol

 Seja a superfície Gaussiana esférica de raio r < a:


 
D1 = 0, pois Q interna = 0 ⇒ E1 = 0

 Seja a superfície Gaussiana esférica de raio a < r < b:



D = Dr a r ;


 2
∫ D • dS = Q interna , onde: dS = dSr a r = r sen θ dθ dφ a r ;
  
S 
Q interna = ρ S dS
 ∫
 S

– Página 5.17 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 05 – CONDUTORES, DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA

2π π 2π π
2 2
∫ D • dS = Q interna ⇒ ∫ ∫ D r r sen θ dθ dφ a r = ∫ ∫ ρS a

sen θ dθ dφ

S φ =0 θ =0 φ =0 θ =0

ρS ⋅ a 2 10 ⋅ 10 − 9 ⋅ (3 ⋅ 10 − 3 ) 2  90 ⋅ 10 −15 
Dr = ⇒ Dr = ⇒D= ar
r2 r2 r2
 
Mas D = ε E e portanto, teremos duas expressões para o campo elétrico entre as duas esferas.
 Campo elétrico para 3mm < r < 5mm:
90 ⋅ 10−15
D r2

D


E1 =

⇒ E1 =

⇒ E1 =

a r ⇒ E1 =
 2,541
⋅ 10− 3 a r V

[ ]
m
ε1 ε o ε R1 4 ⋅ 8,854 ⋅ 10−12 r2
 Campo elétrico para 5mm < r < 7mm:

90 ⋅ 10 −15
r2
 
D D

E2 =

⇒ E2 =

⇒ E2 =

ar ⇒ E2 =
 1,694
⋅ 10 − 3 a r V

[ ]
m
ε2 ε oε R 2 6 ⋅ 8,854 ⋅ 10 −12 r2

a  5mm a 
b) Vab = − ∫ E • dL ⇒ Vab = − ∫ E 2 • dr + ∫ E1 • dr 
 
b  b 5mm 
 5mm 1,694 3mm
2,541 

Vab = − ∫ −3
⋅ 10 dr + ∫ ⋅ 10 − 3 dr 
 2 2 
 7 mm r 5mm r 

5 ⋅10− 3 3⋅10− 3
1,694   2,541 
Vab =  ⋅ 10 − 3  + ⋅ 10 − 3 
 r  7 ⋅10− 3  r  5 ⋅10− 3

Vab = 96,8085 ⋅ 10 − 3 + 338,8 ⋅ 10 − 3 ⇒ Vab = 0,4356 [V ]

Q
∫ ρ S dS 4πa 2 ρ S
Q
c) C= ⇒ C = interna ⇒ C = S ⇒C=
Vo Vab Vab Vab

4π ⋅ (3 ⋅ 10 − 3 ) 2 ⋅ 10 ⋅ 10 − 9
C= ⇒ C = 2,596 [ηF]
0,4356

– Página 5.18 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

CAPÍTULO 06

EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

6.1) Seja o potencial no espaço livre (vácuo) expresso por V = 8x 2 yz volts.


a) Determinar o campo elétrico ( E P ) em P (2, -1, 3);


b) Determinar a densidade volumétrica de carga (ρv) em P;


c) Determinar a equação da superfície equipotencial que passa por P;
d) Verificar se a função V acima satisfaz a Equação de Laplace.

Resolução:

a) Sabe -se que E = −∇V (01)

 Cálculo do Gradiente (coordenadas cartesianas):

∂V  ∂V  ∂V 
∇V = ax + ay + a z ⇒ ∇V = 16xyz a x + 8x 2 z a y + 8x 2 y a z (02)
  
∂x ∂y ∂z

Substituindo (02) em (01), temos:

E = − 16 xyz a x − 8x 2 z a y − 8x 2 y a z
   
(03)

Substituindo as coordenadas de P em (03), temos o campo elétrico E P :




E P = [− 16 ⋅ 2 ⋅ (−1) ⋅ 3] a x + [−8 ⋅ 2 2 ⋅ 3] a y + [−8 ⋅ 2 2 ⋅ (−1)] a z


   


E P = 96 a x − 96 a y + 32 a z
  
[V m]

b) ( ) ( )
ρ v = ∇ • D = ∇ • ε o E = ε o ∇ • E = ε o ∇ • − ∇V ⇒ ρ v = −ε o ∇ 2 V (01)

 Cálculo do Laplaciano (coordenadas cartesianas):

2 ∂2 V ∂2 V ∂2 V 2 ∂ ∂V ∂ ∂V ∂ ∂V


∇ V= + + ⇒∇ V=  +  +  
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2 ∂x  ∂x  ∂y  ∂y  ∂z  ∂z 

2 ∂ ∂ ∂ 2
∇ V= (16xyz) + (16xz ) + (16xy ) ⇒ ∇ V = 16 yz + 0 + 0 (02)
∂x ∂y ∂z

Substituindo as coordenadas de P em (02), temos:

2
∇ V = 16 ⋅ ( −1) ⋅ 3 ⇒ ∇ 2 V = −48 (03)

– Página 6.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

Substituindo (03) em (01), temos:

 
ρ v = −8,854 × 10 −12 ⋅ (−48) ⇒ ρ v = 425 pC 3 
 m 

c) O potencial em P(2;-1;3),é dado por: VP = 8 ⋅ 2 2 ⋅ ( −1) ⋅ 3 ⇒ VP = −96 [V ]

Logo, a equação da superfície equipotencial que passa por P é:

VP = V ⇒ −96 = 8x 2 yz ⇒ x 2 yz + 12 = 0

d) A equação não satisfaz a Equação de Laplace, pois ρ v ≠ 0 (item b), indicando que a região
2
contém cargas livres. Portanto, ∇ V ≠ 0 .

6.2) Planos condutores em φ = 10o e φ = 0o, em coordenadas cilíndricas, possuem tensões de


75 volts e zero, respectivamente. Obtenha D na região entre os planos que contém um
material para o qual εR = 1,65.

Resolução:

As superfícies equipotenciais para φ constante são planos radiais conforme mostrado na figura
anterior.
2 1 ∂ 2V
Equação de Laplace: ∇ V = 0 ⇒ ∇ 2 V =

= 0 ; ρ ≠ 0 , pois V = f (φ ) .
ρ 2 ∂φ 2

1 ∂ 2V ∂ 2V
∇2V =

=0⇒ =0
ρ 2 ∂φ 2 ∂φ 2

Integrando pela 1a vez:

∂V
=A
∂φ

– Página 6.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

Integrando pela 2a vez:


V = Aφ + B (01)

Em φ = 0 ⇒ V = 0 ⇒ B = 0 (02)

Condições de Contorno: 
 π 1350
 Em φ = 10 ° ⇒ V = 75 = A ⋅ ⇒ A = (03)
18 π
Substituindo (02) e (03) em (01), temos:
1350
V= φ [V] (04)
π

 Cálculo de E :

1 ∂V 1 ∂  1350 
E = −∇V ⇒ E = − aφ ⇒ E = −  φ a φ
ρ ∂φ ρ ∂φ  π 
− 1350
E=
πρ
aφ [V m]
 Cálculo de D :

 1350  
D = ε E ⇒ D = ε o ε R E ⇒ D = 8,854 × 10 −12 ⋅ 1,65 ⋅  −  a φ
    
 πρ 
− 6,28  ηC 
D= aφ
ρ  m 2 

6.3) Sendo o potencial V função somente da coordenada cilíndrica ρ (como num cabo
coaxial), determinar:
a) a expressão matemática de, sendo V =V0 em ρ = a e V = 0 em ρ = b (b > a);
b) a expressão da capacitância C, com as mesmas condições do item (a);
c) o valor de VP em P(2,1,3) se V = 50 V em a = 2 m e V = 20 V em b = 3 m.
Resolução:
2 1 ∂  ρ∂V 
Segundo a Equação de Laplace: ∇ V = 0 ⇒ ∇ 2 V =   = 0 , pois V = f ( ρ ) .

a)
ρ ∂ρ  ∂ρ 
∂  ρ∂V  ρ∂V
  = 0 ⇒ = A ⇒ V = A ln ρ + B (01)
∂ρ  ∂ρ  ∂ρ
 Vo
A =
 a
ln 
Vo = A ln a + B  b
Condições de Contorno:  ⇒ (02)
0 = A ln b + B  − Vo ⋅ ln b
B = a
 ln 
 b

– Página 6.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

Substituindo (02) em (01), temos:

b
ln 
ρ
V = Vo ⋅
b
ln 
a
Q
b) Sabe-se que C = (01)
Vo
Porém, Q = S ⋅ ρ S , onde ρ S = DN ( ρ = a) (02)

 Cálculo de E :
b

∂V − Vo ρ2 Vo 1
E = −∇V ⇒ E = − aρ ⇒ E = ⋅ aρ ⇒ E = ⋅ aρ
∂ρ b b ρ b
ln  ln 
a ρ a
 Cálculo de DN ( ρ = a) :

D N ( ρ = a) = ε E ( ρ = a) , onde E ( ρ = a) é o módulo de E para ρ = a

ε Vo
∴ ρ S = D N ( ρ = a) = (03)
b
a ln 
a
Substituindo (03) em (02), temos:
ε Vo 2π ε LVo
Q= ⋅ 2π aL ⇒ Q = (04)
b b
a ln  ln 
a a
Substituindo (04) em (01), temos:

2π ε L
C=
b
ln 
a

b
ln 
ρ
c) V = Vo ⋅ , onde a = 2 m e b = 3 m. (01)
b
ln 
a
 Cálculo de VO:
Vo = 50 − 20 ⇒ Vo = 30 [V ] (02)

 Cálculo de ρ:

ρ = x 2 + y 2 ⇒ ρ = 2 2 + 12 ⇒ ρ = 5 (03)

– Página 6.4 –
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CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

 3 
ln 
 5
V = 30 ⋅ ⇒ V = 21,74 [V ] (Para V = 0 em ρ = a)
3
ln 
 2

VP = 20 + 21,74 ⇒ VP = 41,74 [V] (Para V = 20 V em ρ = a)

50 sen θ
6.4) Dado o potencial V = , r≠0 [V], no espaço livre.
r2
a) Verifique se V satisfaz a equação de Laplace;
b) Encontrar a carga total armazenada dentro da casca esférica (1 < r < 2).
Resolução:
a) Cálculo do Laplaciano (coordenadas esféricas):

2 1 ∂  2 ∂V  1 ∂  ∂V  1 ∂ 2V
∇ V= r +  sen θ +
r 2 ∂r  ∂r  r 2 sen θ ∂θ  ∂θ  r 2 sen 2 θ ∂φ 2

2 1 ∂  2 50 sen θ  1 ∂  50  1
∇ V=  r ⋅ ( −2)  +  sen θ cos θ  + ⋅0
r 2 ∂r  r3  r 2 sen θ ∂θ  r2  r 2 sen 2 θ
2 1  − 1 1 50
∇ V=− ⋅ 100 sen θ ⋅   + ⋅ cos 2θ
2
r  r  r sen θ r 2
2 2

2 100 50 cos 2θ 2 50  cos 2θ 


∇ V= ⋅ sen θ + ⋅ ⇒∇ V= ⋅  2 sen θ + 
r4 r 4 sen θ r4  sen θ 

2 50  cos 2 θ sen 2 θ   2
 ⇒ ∇ V = 50 ⋅  sen θ + cos θ
2 

∇ V= ⋅ 2 sen θ + −
r 4  sen θ sen θ 
 r 4  sen θ 

2 50
∇ V= ≠0 ⇒ V não satisfaz a Equação de Laplace
r 4 sen θ
b) 1o modo:
2 ρ
Equação de Poisson: ∇ V = − v
εo
 − 50ε o C 
ρ v = 4  3  (Segundo a Equacão de Poisson)
 r sen θ  m 
Q = ∫ ρ v dv , onde: 
vol dv = r 2 sen θ drdθ dφ


2 π 2π
− 50ε o 2 dr
Q= ∫ 4
⋅ r sen θ drdθ dφ ⇒ Q = −50ε o ⋅ ∫ 2
⋅ ∫ dθ ⋅ ∫ dφ
vol r sen θ r =1 r θ =0 φ =0

– Página 6.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

2
− 1 1 
Q = −50ε o ⋅   ⋅ π ⋅ 2π ⇒ Q = 100π 2 ε o ⋅  − 1 ⇒ Q = −50π 2 ε o [C]
r
  r =1 2 

50 sen θ
2o modo: V = [V ]
r2
 Cálculo de E :
∂V 1 ∂V 1 ∂V
E = −∇V = − ar − aθ − aφ
∂r r ∂θ r sen θ ∂φ
100 sen θ 50 cos θ
E=
3
ar −
3
aθ [V m]
r r

 Cálculo de D :
100ε o sen θ 50ε o cos θ C 
D = εo E = ar − aθ (02)
r 3
r 3  m 2 

 Cálculo de ρ v :

1 ∂ 2 1 1
ρv = ∇ • D = r Dr + ( ∂
()
Dθ sen θ ) +

Dφ ( )
r 2 ∂r r sen θ ∂θ r sen θ ∂φ

1 ∂  2 1  1  − 50ε o  ∂
ρv = ⋅ (100ε o sen θ )  r ⋅  + ⋅   (cos θ sen θ ) + 0
2 3
r ∂r  r  r sen θ  r3  ∂θ
100ε o sen θ  − 1  − 50ε o
ρv = 2
⋅  ⋅ +
2  4
⋅ cos 2 θ − sen 2 θ ( )
r  r  r sen θ
− 100ε o sen θ 50ε o
ρv = − ⋅ (cos 2θ )
r4 r 4 sen θ
− 50ε o  cos 2θ  ⇒ ρ = − 50ε o C 
ρv = ⋅  2 sen θ +  v
(03)
r4  sen θ  r 4 sen θ  m 3 

 Cálculo de Q:
 − 50ε o
 ρ v =
 r 4 sen θ
Q = ∫ ρ v dv , onde: 
vol dv = r 2 sen θ drdθ dφ

2 π 2π
− 50ε o 2 dr
Q= ∫ 4
⋅ r sen θ drdθ dφ ⇒ Q = −50ε o ⋅ ∫ 2
⋅ ∫ dθ ⋅ ∫ dφ
vol r sen θ r =1 r θ =0 φ =0

2
 − 1 1 
Q = −50ε o ⋅   ⋅ π ⋅ 2π ⇒ Q = 100π 2 ε o ⋅  − 1
 r  r =1 2 

∴ Q = −50π 2 ε o [C] ou Q = −4,37 [ηC]

– Página 6.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

3o modo:


dS = r 2 sen θ dθ dφ a r

Q = ∫ D • dS , onde: 
S  100ε o sen θ 50ε o cos θ
D = 3
ar − aθ
 r r3
2π π π
100ε o sen θ 2 100ε o 2
Q= ∫ ∫ r 3
⋅ r sen θ dθ dφ ⇒ Q =
r
⋅ 2π ⋅ ∫ sen θ dθ
φ = 0θ = 0 θ =0

π π
100ε o  1 − 1 cos 2θ  dθ ⇒ Q = 200πε o θ 1
Q= ⋅ 2π ⋅ ∫   ⋅  − sen 2θ 
r 2 2  r 2 4 θ = 0
θ =0

200πε o π 1  100π 2 ε o
Q= ⋅  − sen 2π − 0 − 0 ⇒ Q =
r 2 4  r

Em r = 1 ⇒ Q = 100π 2 ε o [C]
Em r = 2 ⇒ Q = 50π 2 ε o [C]
Para 1 < r < 2 ⇒ Q = 50π 2 ε o − 100π 2 ε o ⇒ Q = −50π 2 ε o [C] ou Q = -4,37 [ηC]

6.5) Dois cilindros condutores coaxiais de raios a = 2 cm e b = 6 cm apresentam potenciais de


100 V e de 0 V, respectivamente. A região entre os cilindros é preenchida com um
dielétrico perfeito, porém, não homogêneo, no qual ε R = 0,3 /( ρ + 0,04) . Determinar
para esta região:
a) o potencial elétrico V(ρ) ;
b) o campo elétrico E( ρ ) ;


c) a densidade de fluxo elétrico D( ρ ) ;




d) a capacitância C por metro de comprimento.

Resolução:

a) ε R = f ( ρ ) ⇒ As Equações de Laplace e de Poisson não podem ser usadas diretamente;

 Deve-se calcular uma relação a partir da forma puntual de Lei de Gauss, da definição de D e
da relação do Gradiente. Portanto:

– Página 6.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

∇ • D = ρ v (Forma Puntual da Lei de Gauss);




D = ε E (Definicão de D); ⇒ ∇ • ε ⋅ ∇V = − ρ v ( ) (01)

E = −∇V (Relacão do Gradiente).

No dielétrico perfeito, ρv = 0 e ε = εoεR (02)


Substituindo (02) em (01), temos:

(
∇ • ε R ⋅ ∇V = 0 ) (03)

Desenvolvendo (03), temos:

   dV       0,3   dV   
∇ •  ε R ⋅  aρ   = 0 ⇒ ∇ •    ⋅  aρ   = 0
  d ρ   ρ + 0, 04   d ρ 

1 ∂  0,3 ∂V  ∂  0,3 ρ ∂V 
 ρ ⋅ ⋅  = 0 ⇒  ⋅ =0
ρ ∂ρ  ρ + 0,04 ∂ρ  ∂ρ  ρ + 0,04 ∂ρ 

Integrando pela 1a vez:


0,3 ρ ∂V ∂V A( ρ + 0,04 ) A( ρ + 0,04 )
⋅ =A⇒ = ⇒ ∂V = ∂ρ
ρ + 0,04 ∂ρ ∂ρ 0,3 ρ 0,3 ρ

Integrando pela 2a vez:


A( ρ + 0,04 ) A
V= ∫ dρ ⇒ V = [ρ + 0,04 ln ρ ] + B (04)
0,3 ρ 0,3

 A (05)
Em ρ = 2 cm ⇒ V = 100 = 0,3 [0,02 + 0,04 ln 0,02] + B

Condições de Contorno: 
 A (06)
 Em ρ = 6 cm ⇒ V = 0 = [0,06 + 0,04 ln 0,06] + B
 0,3

Fazendo (05) – (06), temos:

A  0,02 
100 =  − 0,04 + 0,04 ln ⇒ A = −357,4 (07)
0,3  0,06 

Substituindo (07) em (06), temos:


− 357,4
B= [0,06 + 0,04 ln 0,06] ⇒ B = −62,6 (08)
0,3

Substituindo (07) e (08) em (04), temos:

− 357,4
V= [ρ + 0,04 ln ρ ] − 62,6 ⇒ V = −1191,34 ρ − 47,65 ln ρ − 62,6 [V]
0,3

– Página 6.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

Cálculo do Campo Elétrico E( ρ ) :



b)
∂V  47,6 
E = −∇V ⇒ E = − a ρ ⇒ E = 1191,34 + a ρ
∂ρ  ρ 

  0,04 
E = 1191,34 1 +   a ρ [V m]
  ρ 

c) Cálculo da Densidade de Fluxo Elétrico D( ρ ) :

(Lei de Gauss para uma Superfície Gaussiana Cilíndrica


∫ D • dS = Q int = ∫ ρ S dS de raio 2<ρ<6 cm)
S S
ρS ⋅ a
D⋅ 2π ρ ⋅ L = ρ S ⋅ 2π a ⋅ L ⇒ D = aρ (01)
ρ

Mas ρ S = DN ( ρ = 0,02 ) = ε E ( ρ = 0,02 ) , onde E ( ρ = 0,02 ) é o módulo de E para ρ = 0,02m

 0,3    0,04  
ρS = ε oε R E ( ρ = 0,02 ) ⇒ ρ S = ε o ⋅   ⋅ 1191,34 1 +  
( ρ =0,02)  0,02 + 0,04    0,02  

∴ ρ S = 158,22 ηC 2  (02)


 m 

Substituindo (02) em (01), temos:


158,22 ⋅ 0,02 3,16
D= aρ ⇒ D= a ρ ηC 2 
ρ ρ  m 

d) Cálculo da capacitância C por metro de comprimento:


Q S ⋅ ρS 158,22 ⋅ 2π ⋅ 0,02 ⋅ L C pF 
C= ⇒ C= ⇒ C= ⇒ = 198,8
V0 V0 100 L  m 

6.6) Uma região entre dois cilindros condutores concêntricos com raios a = 2 cm e b = 5 cm
contém uma densidade volumétrica de carga uniforme ρ V = −10 −8 C/m3. Se o campo
elétrico E e o potencial V são ambos nulos no cilindro interno, determinar:
a) A expressão matemática do potencial V na região, partindo da Equação de Poisson;
b) A expressão matemática do potencial V na região, partindo da Lei de Gauss;
c) O valor do potencial V no cilindro externo.
Assumir a permissividade do meio como sendo a do vácuo.
Resolução:

2 1 ∂  ∂V  ρ
a) Equação de Poisson: ∇ V =  ρ
⋅  = − v
ρ ∂ρ  ∂ρ  εo
Integrando pela 1a vez:

∂V ρ ρ2 ∂V ρ A
ρ =− v ⋅ +A⇒ = − v ⋅ρ + (01)
∂ρ εo 2 ∂ρ 2ε o ρ
– Página 6.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

∂V ∂V ∂V
 Porém, sabe-se que: E = −∇V ⇒ E = − aρ ⇒ E = E = − ⇒ = −E (02)
∂ρ ∂ρ ∂ρ

Substituindo (02) em (01), temos:

∂V ρ A
= −E = − v ⋅ ρ + (03)
∂ρ 2ε o ρ

1a Condição de Contorno: E = 0 para ρ = a. (04)

Substituindo (04) em (03), temos:

ρv A ρ
0=− ⋅ a + ⇒ A = v ⋅ a2 (05)
2ε o a 2ε o

Substituindo (05) em (01), temos:

∂V ρ ρ a2
=− v ⋅ρ+ v ⋅ (06)
∂ρ 2ε o 2ε o ρ

Integrando pela 2a vez:

ρv ρ 2 ρv
V=− ⋅ + ⋅ a 2 ln ρ + B (07)
2ε o 2 2ε o

2a Condição de Contorno: V = 0 para ρ = a. (08)

Substituindo (08) em (07), temos:

ρv a2 ρv ρ ρ
0=− ⋅ + ⋅ a 2 ln a + B ⇒ B = v ⋅ a 2 − v ⋅ a 2 ln a (09)
2ε o 2 2ε o 4ε o 2ε o

Substituindo (09) em (07), temos:

ρv ρ ρ ρ
V =− ⋅ ρ 2 + v ⋅ a 2 ln ρ + v ⋅ a 2 − v ⋅ a 2 ln a
4ε o 2ε o 4ε o 2ε o

ρv ρ ρ
V = ⋅ (a 2 − ρ 2 ) + v ⋅ a 2 ln  [V]
4ε o 2ε o a

– Página 6.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

b)

Lei de Gauss: ∫ D • dS = Q int = ∫ ρ S dS


S S
ρ  a 2 
D⋅ 2π ρ ⋅ L = ρ v ⋅ (πρ 2 − π a 2 ) ⋅ L ⇒ D = v ⋅  ρ −
2  ρ 

ρ v  a 2  C 
∴D = ⋅ ρ − aρ  m 2 
2  ρ 

 Cálculo do Campo Elétrico E :

D ρv  a 2 
E=
εo
⇒E=
2ε o
⋅ρ −
 ρ 
aρ [V m]

 Cálculo de V:
A ρ 
ρv a 2 
VAB = − ∫ E • dL ⇒ V = − ∫ ⋅ ρ − a • dρ a ρ
2ε o  ρ  ρ
B ρ =a  
ρ
ρ ρ2  ρ  ρ 2   a2 
V=− v ⋅ − a 2 ln ρ  ⇒V=− v ⋅  − a 2 ln ρ  −  − a 2 ln a 
2ε o  2  ρ = a 2ε o  2   2 
  

ρv 2 2 ρva2 ρ
V= ⋅ (a − ρ ) + ⋅ ln [V]
4ε o 2ε o a

c) No cilindro externo, ρ = b = 0,05 m .

− 10 − 8 (−10 − 8 ) ⋅ 0,02 2 0,05


∴V = ⋅ (0,02 2 − 0,05 2 ) + ⋅ ln
4 ⋅ 8,854 ⋅ 10 −12 2 ⋅ 8,854 ⋅ 10 −12 0,02

V = 0,593 − 0,207 ⇒ V = 0,386 [V]

– Página 6.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

6.7) Dois cilindros condutores, circulares retos, coaxiais, acham-se em ρ = a = 10 mm e


ρ = b = 30 mm, com tensões de 10 volts no cilindro interno e Vo no cilindro externo. Se
[ ]
E = −10 a ρ KV m em ρ = 20 mm, determinar:
 

a) A expressão do potencial V em função de ρ por Laplace;


b) O valor de Vo;
c)A densidade de cargas do condutor externo.

Resolução:

2 1 ∂  ρ∂V 
Equação de Laplace: ∇ V = 0 ⇒ ∇ 2 V =   = 0 , pois V = f ( ρ ) .

a)
ρ ∂ρ  ∂ρ 
∂  ρ∂V  ρ∂V
  = 0 ⇒ = A ⇒ V = A ln ρ + B (01)
∂ρ  ∂ρ  ∂ρ

1a Condição de Contorno: V = 10 V em ρ = 10 mm . (02)

Substituindo (02) em (01), temos:

10 = A ln (0,01) + B (03)

Porém, sabe-se que E = −10 a ρ


 
[KV m] ρ = 20 mm, oque indica que:
A A A
E = −∇V ⇒ E = − aρ ⇒ E = − ⇒ −10000 = − ⇒ A = 200
ρ ρ 0,02
200
∴E = − aρ (02)
ρ

Substituindo (04) em (03), temos:

10 = 200 ln (0,01) + B ⇒ B = 931 (05)

Substituindo (04) e (05) em (01), temos:

V = A ln ρ + B ⇒ V = 200 ln ρ + 931 [V ] (06)

– Página 6.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

b) 2a Condição de Contorno: V = Vo em ρ = 30 mm . (01)


Substituindo a equação (01) do item (b) na equação (06) do item (a), temos:

V = 200 ln ρ + 931 ⇒ Vo = 200 ln(0,03) + 931 ⇒ Vo = 229,7 [V]

c) ρ S = DN ( ρ = 0,03 ) = ε E( ρ = 0,03 ) , onde E( ρ = 0,03 ) é o módulo de E (da Equação (04) do


item (a)) para ρ = 0,03 m .

 − 200   − 200 
ρ S = ε o E( ρ = 0,03 ) ⇒ ρ S = ε o ⋅   ⇒ ρ S = 8,854 ⋅ 10 −12 ⋅  
 ρ   0,03 

 
∴ ρ S = −59,027 ηC 2 
 m 

6.8) Um cabo coaxial possui seu condutor interno com cargas uniformemente distribuída de
1ηC/m. Os raios dos condutores interno e externo são a = 1 cm e b = 4 cm,
respectivamente. Entre o condutor interno e o externo são colocadas duas camadas de
material dielétrico possuindo, respectivamente, permissividades relativas εR1 = 2 e εR2, e
espessuras w1 e w2. Determinar εR2, w1 e w2, de modo que a diferença de potencial de cada
camada seja a mesma e a capacitância total do cabo seja de 75 pF/m.

Resolução:

 Cálculo da Capacitância:
2 1 ∂  ρ∂V 
Equação de Laplace: ∇ V = 0 ⇒ ∇ 2 V =   = 0 , pois V = f ( ρ ) .

ρ ∂ρ  ∂ρ 
∂  ρ∂V  ρ∂V
  = 0 ⇒ = A ⇒ V = A ln ρ + B (01)
∂ρ  ∂ρ  ∂ρ

Condições de Contorno:

V = 0 em ρ = b ⇒ 0 = A ln b + B (02)
Seja 
V = Vo em ρ = a ⇒ Vo = A ln a + B (03)

Fazendo (03) – (02),temos:


Vo
Vo = A(ln a − ln b ) ⇒ A = (04)
a
ln 
b
– Página 6.13 –
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CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

Substituindo (04) em (02), temos:


Vo − Vo ⋅ ln b
0= ⋅ ln b + B ⇒ B = (05)
a a
ln  ln 
b b

Substituindo (04) e (05) em (01), temos:


Vo V ⋅ ln b
V = A ln ρ + B ⇒ V = ⋅ ln ρ − o
a a
ln  ln 
b b
Vo Vo ρ
V= ⋅ (ln ρ − ln b ) ⇒ V = ⋅ ln  [V]
a a b
ln  ln 
b b

 1   
  
 − Vo b   − Vo 
E = −∇V ⇒ E = −
∂V
∂ρ
aρ ⇒ E =  ⋅
a ρ 
aρ ⇒ E = 
a
aρ [V m]
 ln    ρ ⋅ ln  
 b b   b

 
 
 − ε Vo   
D = εE ⇒ D =   aρ C 2
a  m 
 ρ ⋅ ln  
 b
− ε Vo a
ρ S = DN = D  ρ = a  ⇒ ρ S = > 0, pois a < b ⇒ ln  < 0

 ρ =a 
 a b
 
a ⋅ ln 
b
ε Vo C 
∴ ρS =  m 2 
b
a ⋅ ln 
a
ε Vo ε Vo
Q= ∫ ρ S dS ⇒ Q = ∫ b
dS ⇒ Q =
b
⋅ 2πaL
S S a ⋅ ln  a ⋅ ln 
Cil. Interno a a (06)
2πε Vo L
Q= [C]
b
ln 
a
Q 2πε L C 2πε
C=
Vo
⇒C=
b
[F] ou
L
=
b
[F m]
ln  ln 
a a

– Página 6.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

a = 1cm, b = 4cm;

w1 + w2 = b − a = 3cm

εR1 = 2;

 Vo
Dados:  V1 = V2 = (07)
 2
Q = Q = Q
 1 2
C
 T = 75 pF 
L  m


De (06), temos:
C1 2πε o ε R1 Q
= = 1 (08)
L  a + w1  V1
ln 
 a 
e

C2 2πε o ε R 2 Q
= = 2 (09)
L  b  V2
ln 
 a + w1

De (07), temos:

 Vo
V1 = V2 = 2

 ⇒ C1 = C 2 = C
Q
 1 = Q 2 = Q


De acordo com a figura, CT é a capacitância equivalente do arranjo série de C1 e C2.

Portanto, podemos escrever:

C1 ⋅ C 2 C2 C
CT = ⇒ CT = ⇒ C T = ⇒ C = 2C T (10)
C1 + C 2 2C 2

Substituindo (10) em (08), temos:

C1 C 2πε o ε R1 2C T 2π ⋅ 8,854 ⋅ 10 −12 ⋅ 2


= = = ⇒ = 2 ⋅ 75 ⋅ 10 −12
L L  a + w1  L  0, 01 + w1
ln  ln 
 a   0,01 
 0,01 + w1  2π ⋅ 8,854  0,01 + w1  0,01 + w1
ln  = ⇒ ln  = 0,7407 ⇒ = e 0,7407
 0,01  75  0,01  0,01

∴ w1 = 0,01097 m ⇒ w1 ≅ 1,1cm (11)

– Página 6.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 06 – EQUAÇÕES DE POISSON E DE LAPLACE

De (07), sabemos que w1 + w2 = 3cm. Portanto, w2 = 1,9 cm (12)

Substituindo (11) em (09), temos:

C2 C 2πε o ε R 2 2C T 2π ⋅ 8,854 ⋅ 10 −12 ⋅ ε R 2


= = = ⇒ = 2 ⋅ 75 ⋅ 10 −12
L L  b  L  0,04 
ln  ln 
 a + w1   0,01 + 0,011 

75 ⋅ ln (1,904)
ε R2 = ⇒ ε R 2 = 1,736
π ⋅ 8,854

– Página 6.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

CAPÍTULO 07

CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

7.1) Calcular B no centro de uma espira quadrada de lado a percorrida por uma corrente I.

Resolução:

Os lados AB, BC, CD e DA da espira produzem campos magnéticos no mesmo sentido no


ponto O (centro da espira). Portanto, o campo magnético total no ponto O ( H T ) será quatro vezes
maior que aquele produzido por qualquer um dos lados da espira.

H T = 4H AB = 4H BC = 4H CD = 4H DA (01)

 Cálculo de H AB (campo magnético produzido no ponto O pelo lado AB da espira):

Lei de Biot-Savart:

R é o vetor dirigido do elemento diferencial
 de corrente dx ao centro da espira;
R
I dL × a R  = R;
H=∫ , onde:   (02)
4π R 2 a R é um versor de R;
dL é o elemento diferencial de comprimento
 que indica a direcão de I.

  a a2
R = −x a x + a y ; R = x 2 + ;
 2 4
   a
− x ax + ay
 R 2
 aR = = ; (03)
 R a 2
 x2 +
 4
 dL = dx a x .

– Página 7.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

Substituindo (03) em (02), temos:

  a  a a
dx a x ×  − x a x + a y  2 dx a z
 2  I 2
H AB = I ∫ ⇒ H AB = ∫ (04)
3 4π 3
 2
a   2 x=
−a  2 a 2  2
4π  x 2 + 2 x + 
 4   4 
  

  a
 a x = − 2 ⇒ θ = −45°
x = 2 tgθ ⇒  a
 x = ⇒ θ = 45°
  2
 a 2 (05)
Substituição de variáveis na integral: dx = sec θ dθ
 2
2 2
x 2 + a = a sec 2 θ
 4 4



Substituindo (05) em (04), temos:

a
45° sec 2θ dθ 45°
Ia 2 I dθ
H AB =
8π ∫ a 3 a z ⇒ H AB =
2π a ∫ secθ
az
 
θ = −45°   sec 3θ θ = −45°
 2
45°
I I
H AB = ∫ cos θ dθ a z ⇒ H AB = [sen θ ]θ45=°−45° a z
2π a 2π a
θ = −45°

I I  2 2
H AB = [sen 45° − sen(− 45°)] a z ⇒ H AB =  +  az
2π a 2π a  2 2 

2I
H AB = az (06)
2π a

Substituindo (06) em (01), temos:

4 2I 2 2I
H T = 4H AB ⇒ H T = az ⇒ HT = az (07)
2π a πa

 Cálculo de B T :

2 2 µo I
BT = µo HT ⇒ BT = az
πa

– Página 7.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

7.2) Duas espiras circulares de corrente, idênticas, de raios a e corrente I situam-se em


planos horizontais paralelos separados no seu eixo comum por uma distância 2h.
Encontre H no ponto médio entre as duas espiras.
z
Resolução:
Espira 02

a
I

H 1z H1
2h
P H 1ρ
h Espira 01
R
y
a
dL
I
x
A Espira 01 gera o campo magnético H1 no ponto P (ponto médio), enquanto a Espira 02 gera
o campo magnético H 2 , de mesma magnitude e na mesma direção de H 1 . Portanto, o campo
magnético total gerado em P será:

H P = H1 + H 2 = 2H1 (01)

 Cálculo de H 1 :

Lei de Biot-Savart:

R é o vetor dirigido de dL ao ponto médio (P);

I dL × a R R = R ; 
H=∫ , onde: a R é um versor de R; (02)
4π R 2 dL é o elemento diferencial de comprimento
 que indica a direcão de I.


R  
= −a a ρ + h a z ; R = a 2 + h 2 ;
   
 R − a a ρ + h az
 aR = = ; (03)
 R 2
a +h 2
 dL = adφ aφ .

Substituindo (03) em (02), temos:

   
(a dφ a φ ) × (− a a ρ + h a z ) Ia a az + h a ρ
H1 = I ∫ ⇒ H1 = ∫ dφ (04)
3 4π 3
4π (a 2
+h ) 2
2
(a 2
+h ) 2
2

– Página 7.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

A inspeção da figura anterior nos mostra que elementos de corrente diametralmente opostos
produzem componentes radiais de campos que se cancelam. Portanto, H 1 possui somente
componente na direção de a z , reduzindo a equação (04) a:


I a2 dφ  I a2 
H1 =
4π ∫ 3
a z ⇒ H1 =
3
az (05)
φ = 0 (a 2 + h 2 ) 2 2 (a 2 + h 2 ) 2

Substituindo (05) em (01), temos:

I a2 
H P = H 1 + H 2 = 2H1 ⇒ H P = az
3
(a 2 + h 2 ) 2

7.3) Uma espira quadrada de lado 2a, centrada na origem, situada no plano z = 0 e lados
paralelos aos eixos x e y, conduz uma corrente I no sentido anti-horário vista do sentido
positivo do eixo z. Determinar o campo magnético H no ponto P(0; 0; a).

Resolução:

Os lados AB e CD da espira geram campos magnéticos componentes no ponto P nas direções


de a x e a z . Portanto, os campos magnéticos totais gerados no ponto P pelos lados AB e CD da
espira terão a seguinte forma: H AB = H AB a x + H AB a z e H CD = HCD (−a x ) + HCD a z .
P P
Nota-se, então, que as componentes H AB a x e H CD (−a x ) se anulam. Seguindo o mesmo
raciocínio, os campos magnéticos totais gerados no ponto P pelos lados BC e DA da espira terão a
seguinte forma: H BC = H BC a y + H BC a z e H DA = H DA (−a y ) + H DA a z . Nota-se, então,
P P
que as componentes H BC a y e H DA (−a y ) se anulam. Logo, o campo gerado em P pelos lados
AB, BC, CD e DA será quatro vezes maior que aquela componente no sentido de a z produzida por
qualquer um dos lados da espira.

H P = 4H AB z = 4H BC z = 4H CD z = 4H DA z (01)

– Página 7.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

 Cálculo de H AB :

 Lei de Biot-Savart:

R é o vetor dirigido do elemento diferencial
 de corrente dL ao ponto P;

I dL × a R  R = R;
H=∫ , onde:   (02)
2
4π R a R é um versor de R;
dL é o elemento diferencial de comprimento
 que indica a direcão de I.
R    2 2
 = −a a x − y a y + a a z ; R = y + 2a ;
    
 − a ax − y ay + a az
 aR = R = ; (03)
 R 2 2
 y + 2a
 dL = dy a y .

Substituindo (03) em (02), temos:

  
dy a y × (− a a x − y a y + a a z )
H AB = I ∫
3
4π ( y 2 + 2a 2 ) 2
a a
Ia (a x + a z ) Ia dy
H AB =
4π ∫ 2 2
3
dy ⇒ H AB z =
4π ∫ 2 2
3
az (04)
y = − a ( y + 2a ) 2 y = − a ( y + 2a ) 2

  y = −a ⇒ θ = θ 1
 y = a 2 tgθ ⇒ 
  y = a ⇒ θ = θ 2

 (05)
Substituição de variáveis na integral: dy = a 2 sec 2 θ dθ

 y
sen θ =
 y 2 + 2a 2

Substituindo (05) em (04), temos:

θ =θ θ =θ
Ia 2
a 2 sec 2θ dθ I 2

H AB z =
8π ∫ a 3 2 sec 3θ
a z ⇒ H AB z =
8π a ∫ secθ
az
θ =θ θ =θ
1 1
θ =θ θ =θ
2
I  I  2
H AB z =
8π a ∫ cos θ dθ a z ⇒ H AB z = 
 8π a
sen θ 

az
θ =θ θ =θ
1 1

– Página 7.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

a
 
I y I  a −a
H AB z =  ⋅  a z ⇒ H AB z = ⋅ −  az
 8π a  8π a a 3 a 3 
 y 2 + 2a 2 
y = -a

I 2a I
H AB z = ⋅ a z ⇒ H AB z = az (06)
8π a a 3 4π 3 a

Substituindo (06) em (01), temos:

I
H P = 4H AB z ⇒ H P = az
π 3a

7.4) Seja H = − y (x 2 + y 2 ) a x + x (x 2 + y 2 ) a y [A m] no plano z = 0.


a) Determinar a corrente total passando através do plano z = 0, na direção a z , no
interior do retângulo − 1 < x < 1 e − 2 < y < 2 .
b) Se o potencial magnético Vm é nulo no vértice P(-1; -2; 0) do retângulo RSPQ,
determinar Vm no vértice R(1; 2; 0), utilizando um percurso que passa pelo vértice
Q(1; -2; 0).

Resolução:

a) De acordo com a Lei Circuital de Ampère e com o Teorema de Stokes, temos:

∫ H • dL = I enl = ∫ (∇ × H ) • dS ⇒ ∫ H • dL = ∫ (∇ × H ) • dS = I (01)
S RSPQ S Ret.

 Cálculo do Rotacional:

 ∂ Hy ∂ Hx 
∇×H =  −  az
 ∂x ∂y 
 

[ ]
∇ × H = 3x 2 + y 2 − (− x 2 − 3y 2 ) a z ⇒ ∇ × H = (4 x 2 + 4 y 2 ) a z
(02)

Substituindo (02) em (01), temos:

2 1
2
I= ∫ ∫ (4x + 4 y 2 ) a z • dS, onde dS = dxdy a z
y = −2 x = −1

– Página 7.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

2 1 2 1
2 2 2
I= ∫ ∫ (4 x + 4 y ) a z • dxdy a z ⇒ I = ∫ ∫ (4x + 4 y 2 ) dxdy
y = −2 x = −1 y = −2 x = −1

2 1 2
 4x 3 2
 4 4 
I= ∫  + 4y x dy ⇒ I = ∫  + 4 y 2 + + 4 y 2 dy
3 3 3
y = −2   x = −1 y = −2  

2 2
8 2 8 8 3  16 64 16 64 
I= ∫  3 + 8y dy ⇒ I =  3 y + 3 y  ⇒I= +
 3 3
+
3
+
3


y = −2 y = −2

160
∴I = = 53,34 [A]
3

a
b) VmRP = VmRQ + VmQP, onde Vm = − ∫ H • dL (01)
ab
b
Trecho P→Q:

Q
[
VmQP = − ∫ − y (x 2 + y 2 ) a x + x (x 2 + y 2 ) a y • dx a x ]
P

Q 1
 2x 3 
[ 2
VmQP = − ∫ − y (x + y ) dx ⇒ VmQP = 
y = −2
2
 3
]− 8x 
 x = −1
P

2 2 52
VmQP = − − 8 − − 8 ⇒ VmQP = − [A] (02)
3 3 3

Trecho Q→R:

R
[
VmRQ = − ∫ − y (x 2 + y 2 ) a x + x (x 2 + y 2 ) a y • dy a y ]
Q

R 2
 y3 
[
x 1
]
VmRQ = − ∫ x (x 2 + y 2 ) dy ⇒ VmRQ = − y −
 3

 y = −2
Q = 

8 8 28
VmRQ = −2 − − 2 − ⇒ VmRQ = − [A] (03)
3 3 3

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

52 28 80
VmRP = − − ⇒ VmRP = − = 26,67 [A]
3 3 3

– Página 7.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

7.5) A superfície cilíndrica ρ = a = 20 mm conduz a corrente K cil = 100 a z [A m], enquanto


que a superfície ρ = b = 40 mm possui a corrente solenoidal K sol = 80 a φ [A ]. Calcule
m
a intensidade do campo magnético H em:
a) ρ = 10 mm;
b) ρ = 30 mm;
c) ρ = 50 mm.

Resolução:

 Cálculo de H para a superfície cilíndrica ( H cil ) ⇒ Lei Circuital de Ampère:

Para ρ < 20 mm ⇒ H cil = 0 (01)

Para ρ > 20 mm ⇒ ∫ H cil • dL = I enl = K cil ⋅ 2π ⋅ 20


20
H cil ⋅ 2π ⋅ ρ = K cil ⋅ 2π ⋅ 20 ⇒ H cil = K cil
ρ

∴ H cil =
20
ρ
K cil a φ [A m] (02)

 Cálculo de H para o solenóide ( H sol ) ⇒ Lei Circuital de Ampère:

Para ρ < 40 mm ⇒ ∫ H sol • dL = I enl = K sol ⋅ L


Hsol ⋅ L = K sol ⋅ L ⇒ Hsol = K sol

∴ H sol = K sol a z [A m] (03)

Para ρ > 40 mm ⇒ H sol = 0 (04)

a) O campo magnético gerado em ρ = 10 mm ( H a ) será proveniente somente do solenóide.


Portanto, a equação (03) é suficiente para defini-lo.

H a = H sol = K sol a z ⇒ H a = 80 a z [A m]
H a = Ha = 80 A
m
[ ]
– Página 7.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

b) O campo magnético gerado em ρ = 30 mm ( H b ) será proveniente tanto da superfície


cilíndrica quanto do solenóide. Portanto, H b será a soma das equações (02) e (03).

20
H b = H cil + H sol ⇒ H b = K cil a φ + K sol a z
ρ

 20
Hb = 
 30

⋅ 100  a φ + 80 a z ⇒ H b = 66,67 a φ + 80 a z

[A m]
H b = Hb = 66,67 2 + 80 2 ⇒ H b = 104,14 A
m
[ ]
c) O campo magnético gerado em ρ = 50 mm ( H c ) será proveniente somente da superfície
cilíndrica. Portanto, a equação (02) é suficiente para defini-lo.

20
H c = H cil = K cil a φ
ρ

 20 
Hc = 
 50
⋅ 100  a φ ⇒ H c = 40 a φ

[A m]
H c = H c = 40 A
m
[ ]
7.6) Um fio de raio igual a 2a [m] estende-se ao longo do eixo z e é constituído de dois
materiais condutores, sendo:
Condutor 01: condutividade = σ para 0 < ρ <a..
Condutor 02: condutividade = 4σ para a < ρ <2a..
Se o fio conduz uma corrente contínua total de I ampères, calcular:
a) a corrente devido a cada condutor;
b) o campo magnético H para 0 < ρ <3a.

Resolução:

a)
I é a corrente total que percorre os dois condutores;

onde I1 é a corrente que percorre somente o condutor 01;

I 2 é a corrente que percorre somente o condutor 02.

1 
R1 = ⇒ R1 =
σ 1S1 σ π a2
2  
R2 = ⇒ R2 = ⇒ R2 =
σ 2S 2 4σ π (4a 2 − a 2 ) 12σ π a 2

– Página 7.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

R1
∴ = 12 ⇒ R 1 = 12R 2 ⇒ I 2 = 12I1
R2

 I
 I1 = 13 [A ]

Logo, I = I1 + 12I1 ⇒ I = 13I1 ⇒ 
 12
 I 2 = I [A ]
13
b) Lei Circuital de Ampère: ∫ H • dL = Ienl

 Cálculo de H para ρ < a:


π ρ2 I1 ρ Iρ
∫ H • dL = I enl ⇒ H⋅ 2π ρ = I1 ⋅ 2
⇒H=
2
⇒ H=
2
[A m]
πa 2π a 26π a

 Cálculo de H para a < ρ < 2a:


π (ρ 2 − a 2 )
∫ H • dL = I enl ⇒ H⋅ 2π ρ = I1 + I 2 ⋅
π ( 4a 2 − a 2 )

I 12 (ρ 2 − a 2 ) I a 2 + 4 I ρ 2 − 4a 2
H⋅ 2π ρ = + I⋅ ⇒H=
13 13 3a 2 26π ρ a 2

I
∴H = (4 ρ 2 − 3a 2 ) A [ m]
26π ρ a 2

 Cálculo de H para 2a <ρ < 3a:

I
∫ H • dL = I enl ⇒ H⋅ 2π ρ = I1 + I 2 ⇒ H =
2π ρ
[A m]
7.7) Um cabo coaxial consiste de um fio central fino conduzindo uma corrente I envolvido
por um condutor externo de espessura despresível a uma distância a conduzindo uma
corrente na direção oposta. Metade do espaço entre os condutores é preenchido por um
material magnético de permeabilidade µ e a outra metade com ar. Determinar B , H e
M em todos os pontos do condutor.

Resolução:

 Cálculo de B :

 Lei Circuital de Ampère para ρ < a:

∫ H • dL = I enl ⇒ ∫ (H ar )
+ H mat • dL = I enl (01)

– Página 7.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

H ≠ H N ⇒ H ar ≠ H mat
 N1 2
Mas  (02)
B N = B N ⇒ B ar = B mat = B a φ
 1 2
B ar = µ H ar
 o
B = µH ⇒  (03)
B mat = µ H mat

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

 B B 

I enl = ∫  µ o µ  • dL , onde dL = ρ dφ aφ
+
 

 B π 2π
 B  B B
I= ∫  µo µ 
+ • ρ d φ a φ ⇒ I = ∫ µo ρ d φ + ∫ µ ρ dφ
  φ =0 φ =π

B ρ Bρ µo µ I
I= ⋅π + ⋅ π ⇒ B = B ar = B mat = aφ
µo µ πρ (µ o + µ )

 Cálculo de H :

 No ar:
B µI
H ar = ⇒ H ar = aφ
µo πρ (µ o + µ )

 No material magnético:

B µo I
H mat = ⇒ H mat = aφ
µ πρ (µ o + µ )

 Cálculo de M :

 No ar:

B
M ar = − H ar ⇒ M ar = 0
µo

 No material magnético:

B µI µo I
M mat = − H mat ⇒ M mat = aφ − aφ
µ µ o πρ + µπρ µ oπρ + µπρ
I (µ − µ o )
M mat = aφ
πρ (µ o + µ )

– Página 7.11 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

7.8) Uma película infinita de corrente com K 1 = 10 a x[A m] estende-se no plano z = 0.


Duas outras películas de corrente com K 2 = K 3 = −5 a x [A ] são colocadas nos
m
planos z = h e z = -h.
a) Determinar o campo vetorial H em todo o espaço;
b) Determinar o fluxo magnético líquido que cruza o plano y = 0 na direção a y , entre
0 < x < 1 e 0 < z < 2h.

Resolução:

1
a) Campo magnético para um plano infinito: H = K × aN.
2
Pela análise da figura acima, nota-se que, em qualquer ponto do espaço, o campo magnético
terá a seguinte forma: H = H 1 + H 2 + H 3 , onde H 1 , H 2 e H 3 são os campos gerados pelas
películas K 1 , K 2 e K 3 respectivamente.

1
Portanto, H =  K 1 × a N + K 2 × a N + K 3 × a N  (01)
2 1 2 3
 Cálculo de H para z > h:

H=
1
2
( )
10 a x × a z − 5 a x × a z − 5 a x × a z ⇒ H = 0

 Cálculo de H para 0 < z < h:

H=
1
2
[ ]
10 a x × a z − 5 a x × (−a z ) − 5 a x × a z ⇒ H = −5 a y [A m]
 Cálculo de H para -h < z < 0:

H =
1
2
[ ]
10 a x × (−a z ) − 5 a x × (−a z ) − 5 a x × a z ⇒ H = +5 a y [A m]
– Página 7.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

 Cálculo de H para z < -h:

H =
1
2
[ ]
10 a x × (−a z ) − 5 a x × (−a z ) − 5 a x × (−a z ) ⇒ H = 0

b)

φ = ∫ B • dS ⇒ φ = µo ∫ H S1 • dS1 + µ o ∫ H S 2 • dS 2
S S S
1 2

h 1
φ = µo ∫ ∫ (−5a y ) • dxdz a y ⇒ φ = −5µ o h [Wb]
z =0 x =0

7.9) Um fio infinito foi dobrado e colocado segundo a figura abaixo. Empregando a Lei de
Biot-Savart, calcular o campo magnético resultante H num ponto genérico P situado
sobre o eixo y. Determinar também o valor de H para o valor de y do ponto P igual a:
a) Zero;
b) d;
d
c) ;
2
d) 2d.

Resolução:

O campo magnético resultante em P apresenta uma parcela que é gerada pelo segmento
semi-infinito localizado em y = 0 ( H 1 ), uma parcela que é gerada pelo segmento semi-infinito
localizado em y = d ( H 2 ) e uma parcela que é gerada pelo segmento condutor localizado em x = 0
( H 3 ).
∴ H = H1 + H 2 + H 3 (01)
– Página 7.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

 Cálculo de H 1 :

 Lei de Biot-Savart:

R 1 é o vetor dirigido do elemento diferencial
 de corrente dL ao ponto P;
 1
I dL1 × a R 1  R 1 = R 1;
H1 = ∫ , onde:   (02)
4π R 12 a R 1é um versor de R 1;
dL1 é o elemento diferencial de comprimento
 que indica a direcão de I.


R = −x a + y a ; R = x 2 + y 2 ;
 1 x y 1
   
 R x ax + y ay
 aR = 1 (03)
= ;
 1 R1 2 2
 x +y
 dL1 = dx a x .

Substituindo (03) em (02), temos:

  0
dx a x × (x a x + y a y ) I ydx
H1 = I ∫ ⇒ H1 = ⋅ ∫ az (04)
3 4π 3
2 2 2 2
4π ( x +y ) 2 x = −∞ ( x +y ) 2

 x = −∞ ⇒ θ = −90°
x = y tgθ ⇒ 
  y = 0 ⇒ θ = 0

Substituição de variáveis na integral: 
(05)
dx = y sec 2 θ dθ


Substituindo (05) em (04), temos:

0 0
I y 2 sec 2θ dθ I dθ
H1 =
4π ∫ y 3 sec 3θ
a z ⇒ H1 =
4π y ∫ secθ
az
θ = −90° θ = −90°
0
I I
H1 = ∫ cosθ dθ a z ⇒ H1 = [ sen θ ]θ0 = −90° az
4π y 4π y
θ = −90°

I I para (y ≠ 0)
H1 = [ 0 - (- 1)] a z ⇒ H1 = az (06)
4π y 4π y

 Cálculo de H 2 :

A parcela H 2 apresente a mesma direção e sentido de H1 , porém varia inversamente com a


distância (y – d).
– Página 7.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

I
Portanto: H 2 = a z . para (y ≠ d) (07)
4π (y - d )

 Cálculo de H 3 :

O segmento condutor localizado em x = 0 não pode gerar um campo magnético no ponto P,


pois dL 3 × a R 3 = 0 .Logo, H 3 = 0 (08)

Substituindo (06), (07) e (08) em (01), temos:

I I I I
H = az + az + 0 ⇒ H = az + az
4π y 4π (y - d ) 4π y 4π (y - d )
   
y≠0 y≠d

I
a) Neste caso, H1 = 0 e H = H 2 = (−a z )
4π d

I
b) Neste caso, H 2 = 0 e H = H1 = az
4π d

2I 2I
c) H = H1 + H 2 ⇒ H = az − az ⇒ H = 0
4π d 4π d

I I I 1  3I
d) H = H1 + H 2 ⇒ H = az + az ⇒ H = ⋅  + 1 a z ⇒ H = az
8π d 4π d 4π d  2  8π d

7.10) Calcular B no ponto P(0; 0; 2a) gerado por uma espira circular de raio ρ = a, situada no
plano xy, percorrida por uma corrente I no sentido horário e por um condutor filamentar
passando pelo ponto (2a; 0; 0), conduzindo uma corrente I o sentido + a y .

Resolução:
z
B P = B esp + B cond (01)
B cond
P (0; 0; 2a)

B esp
a
y
I

2a
I
x
– Página 7.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

I dL × a R
 Cálculo de B para a espira: Lei de Biot-Savart: H = ∫ 4π R 2
(02)
z

H esp R é o vetor dirigido de dL ao ponto (P);
P 
R = R; 
onde: a R é um versor de R;
dL é o elemento diferencial de comprimento
 que indica a direcão de I.
R 
y 
a R = −a a ρ + 2a a z ; R = a 5 ;
dL    
− a ρ + 2 az
 R
I  aR = = ; (03)
x  R 5
 dL = adφ aφ .

Substituindo (03) em (02), temos:

 
(a dφ a φ ) × (− a ρ + 2 a z ) I  
H esp = I ∫ ⇒ H esp = ∫ (−a z + 2 a ρ ) dφ (04)
20π a 2 5 20π a 5

A inspeção da figura nos mostra que elementos de corrente diametralmente opostos produzem
componentes radiais de campos que se cancelam. Portanto, H esp possui somente componente na
direção de a z , reduzindo a equação (04) a:


−I  −I 
H esp = ∫ dφ
20π a 5 φ = 0
a z ⇒ H esp =
10 a 5
az (05)

− Iµ o
∴ B esp = µ o H esp ⇒ B esp = az (06)
10a 5

 Cálculo de B para o condutor:

µoI
B cond = a φ , onde a φ ⊥ a ρ (07)
2π ρ
 ρ = −2a a + 2a a ; ρ = 2a 2 ;
x
  z
 a = ρ = − a x + az ;
 ρ ρ 2
  
  − a x + az  (08)
aφ = a y × a ρ ⇒ aφ = a y ×  
    2 
∴ aφ =  xa + a z 
  
 2 

– Página 7.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

Substituindo (08) em (07), temos:


 
µo I  ax + az  µ I  
B cond = ⋅   ⇒ B cond = o ⋅ (a x + a z ) (09)
4 2π a  2  8π a

Substituindo (06) e (09) em (01), temos:

− µoI  µ I  
B P = B esp + B cond = a z + o ⋅ (a x + a z )
10 5 a 8π a

µ o I  10 5 − 8π     µ I
 a z + 1 a x  ⇒ B P = o ⋅ (0,0398 a x − 0,0049 a z )
 
BP = ⋅ 

a  80 5π   8π  a

7.11) a) Demonstrar, utilizando a lei de Biot Savart, que a expressão para o cálculo de um
campo magnético H em um ponto P qualquer devido a um elemento de corrente de
I
tamanho finito é dada por: H = (sen α1 + sen α 2 ) aφ , onde ρ é a menor
4πρ
distância do ponto P ao elemento de corrente.
b) Encontre a indução magnética B no centro de um hexágono regular de lado a,
conduzindo uma corrente I.

Resolução:

a)
I dL × a R
 Lei de Biot-Savart: H = ∫ 4π R 2
,


R é o vetor dirigido do elemento diferencial
 de corrente dz ao ponto P;
R 
 = R;
onde:   (01)
a
 R é um versor de R ;
dL é o elemento diferencial de comprimento
 que indica a direcão de I.

R   2 2
 = ρ a ρ − z az ; R = ρ + z ;
   
 R ρ a ρ − z az
 aR = (02)
= ;
 R 2 2
 ρ +z
 dL = dz a z .

Substituindo (02) em (01), temos:

 
dz a z × ( ρ a ρ − z a z ) Iρ dz
H = I∫ ⇒H = ∫ aφ (03)
3 4π 3
4π ( ρ 2 + z 2 ) 2 (ρ 2 + z 2 ) 2
– Página 7.17 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

z = ρ tgα

Substituição de variáveis na integral:  (04)
dz = ρ sec 2 α dα

Substituindo (04) em (03), temos:

α =α α =α
Iρ 1 ρ sec 2α dα I 1

H =
4π ∫ ρ 3 sec 3α
aφ ⇒ H =
4π ρ ∫ secα

α = −α α = −α
2 2

α =α α =α
1  I 
I 1
H =
4π ρ ∫ cos α dα a φ ⇒ H = 
 4π ρ
sen α 
 α = −α

α = −α 2
2

I
H = [ sen α1 + sen α 2 ] aφ (05)
4π ρ

b)

Os lados AB, BC, CD, DE, EF e FA do hexágono


correspondem a elementos de corrente de tamanho
finito do item (a). Deste modo, o campo magnético
total gerado no centro do hexágono será seis vezes
maior que o campo magnético gerado por cada um dos
lados individualmente.
Logo: H 0 = 6H AB (01)

 Cálculo de H AB :

α1 = α 2 = 30°;
I
H AB = [ sen α1 + sen α 2 ] aφ , onde  ρ é a menor distância entre o centro (02)
4π ρ  e o lado AB do hexágono.

 Cálculo de ρ:

a a a 3
tg30° = ⇒ ρ = ⇒ ρ = (03)
2ρ 2 ⋅ tg30° 2

Substituindo (03) em (02), temos:

2I I
H AB = [ sen 30° + sen 30°] aφ ⇒ H AB = aφ (04)
4π a 3 2π a 3

– Página 7.18 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 07 – CAMPO MAGNÉTICO ESTACIONÁRIO

Substituindo (04) em (01), temos:

3I 3I
H0 = aφ ⇒ H 0 = aφ
πa 3 πa

 Cálculo de B 0 :

µoI 3
B0 = µo H0 ⇒ B0 = aφ
πa

– Página 7.19 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

CAPÍTUO 08

FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

8.1) No circuito magnético abaixo, construído com uma liga de ferro-níquel, calcular a fmm
para que o fluxo no entreferro g seja de 300 [µWb]. Desprezar o espraiamento de fluxo
no entreferro.

Resolução:

 Circuito elétrico análogo:


 1 =  2 = 16 − 0,05 ⇒  1 =  2 = 15,95 [cm]

 3 = 6 [cm]

Dados: S1 [ ]
= S 2 = 4 cm 2

S
 3
=6 [cm ]
2

φ = 300 [µ Wb ]
 1

Analisando o circuito magnético acima, nota-se a existência de simetria entre seus braços
direito e esquerdo. Portanto, ℜ1 = ℜ2 ⇒ φ1 = φ2.

Analisando o circuito elétrico análogo, extrai-se o seguinte conjunto de equações:

φ 3 = φ1 + φ 2 ⇒ φ 3 = 2φ1

 (01)
 NI − ℜ 3φ 3 = ℜ1φ1 + ℜ g φ1 ≈ NI − H3  3 = H1  1 + H g  g

 Cálculo de H1 :

φ φ 300 ⋅ 10 − 6
B1 = B g = 1 = 1 ⇒ B1 = B g = ⇒ B1 = B g = 0,75 [T ]
S1 Sg 4 ⋅ 10 − 4

– Página 8.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

Consultando a curva de magnetização do ferro-níquel em anexo, encontra-se:

Para B1 = 0,75 [T ] ⇒ H1 = 15 Ae
m
[ ] (02)

 Cálculo de H g :
Bg 0,75
Hg =
µo
⇒ Hg =
−7
⇒ H g = 5,97 ⋅ 10 5 [Ae m] (03)
4π ⋅ 10

 Cálculo de H3 :
De (01): φ3 = 2φ1 ⇒ φ3 =600 [µ Wb]

φ3 600 ⋅ 10 − 6
B3 = ⇒ B3 = ⇒ B 3 = 1,0 [T ]
S3 6 ⋅ 10 − 4

Consultando a curva de magnetização do ferro-níquel em anexo, encontra-se:

Para B 3 = 1,0 [T ] ⇒ H3 = 50 Ae
m
[ ] (04)

Substituindo (02), (03) e (04) em (01), temos:

NI − 50 ⋅ 6 ⋅ 10 − 2 = 15 ⋅ 15,95 ⋅ 10 − 2 + 5,97 ⋅ 10 5 ⋅ 0,05 ⋅ 10 − 2

NI = 3 + 2,39 + 298,5 ⇒ NI = 303,9 [Ae]

8.2) Dois circuitos condutores são constituídos por um fio reto bastante longo e uma espira
retangular de dimensões h e d. A espira pertence a um plano que passa pelo fio, sendo os
lados de comprimento h paralelos ao fio e distantes de r e r+d deste. Determinar a
expressão que fornece a indutância mútua entre os dois circuitos.

Resolução:

N 2φ12
M 12 = (01)
I1

 Cálculo de φ12:

Para o fio infinito de corrente, temos:

I1 µ I
H 12 = a φ ⇒ B12 = µ o H 12 ⇒ B12 = o 1 a φ
2πρ 2π ρ

– Página 8.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

r +d
 µ o I1 
φ12 = ∫ B12 • dS ⇒ φ12 =  a φ (
∫  2π ρ  • hdρ aφ )
S ρ =r

µ o I1 h r + d dρ µ I h
φ12 = ⋅ ∫ ⇒ φ12 = o 1 ⋅ [ln ρ ]rρ+=dr
2π ρ 2π
ρ =r

µ o I1 h  r +d 
φ12 = ⋅ ln  (02)
2π  r 

Substituindo (02) em (01), temos:

N 2φ12 N µ I h r + d 1 ⋅ µo h r + d 
M12 = ⇒ M12 = 2 o 1 ⋅ ln  ⇒ M12 = ⋅ ln 
I1 2π I1  r  2π  r 
µo h r + d 
M12 = ⋅ ln 
2π  r 

8.3) Um filamento infinito estende-se sobre o eixo z, no espaço livre, e uma bobina quadrada
de N espiras é colocada na plano y = 0 com vértices em (b; 0; 0), (b+a; 0; 0), (b+a; 0; a) e
(b; 0; a).
Determinar a indutância mútua entre o filamento e a bobina em termos de a, b, N e µo.

Resolução:

N 2φ12
M 12 = (01)
I1

 Cálculo de φ12:

Para o filamento infinito de corrente, temos:

I µoI
H = aφ ⇒ B = µ o H ⇒ B = ay
2πρ 2π x
b+a a
 µoI 
φ12 = ∫ B • dS ⇒ φ12 = ∫ ∫  2π x  • dxdza y
 a y ( )
S x =b z =0

µoI b + a a
dxdz µ I
φ12 = ⋅ ∫ ∫ ⇒ φ12 = o ⋅ [ln x ]bx += ab ⋅ [z]za = 0
2π x 2π
x =b z =0

µoI a  b +a
φ12 = ⋅ ln  (02)
2π  b 
– Página 8.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

Substituindo (02) em (01), temos:

N 2φ12 Nµ o I a b + a Nµ o a b + a
M 12 = ⇒ M 12 = ⋅ ln  ⇒ M12 = ⋅ ln 
I1 2π I  b  2π  b 

8.4) Dado o circuito magnético da figura abaixo, assumir B = 0,6 [T ] através da seção reta
da perna esquerda e determinar:
a) A queda de potencial magnético no ar ( Vm ar );
b) A queda de potencial magnético no aço-silício ( Vm aco );
c) A corrente que circula em uma bobina com 1250 espiras enroladas em volta da perna
esquerda.
Circuito elétrico análogo

Resolução:
B = 0,6 [T ]
 1

Dados:  1 = 10 [cm];  2 = 15 [cm],  g = 0,6 [cm]


[ ]
S1 = 6 cm 2 ; S 2 = 4 cm 2[ ]
Analisando o circuito elétrico análogo, extrai-se o seguinte conjunto de equações:

 NI = ℜ1φ + 2ℜ 2φ + ℜ g φ

 ou (01)
 NI = H1  1 + 2 H 2  2 + H g  g

Vm aco Vm ar
a) De (01):

Bg φ g
Vm ar = H g  g ⇒ Vm ar =  g ⇒ Vm ar = ⋅
µo Sg µo

B1 S1  g 0,6 ⋅ 6 ⋅ 10 − 4 ⋅ 0,6 ⋅ 10 − 2
Vm ar = ⋅ ⇒ Vm ar =
Sg µo 4 ⋅ 10 − 4 ⋅ 4π ⋅ 10 − 7
Vm ar = 4297,18 [Ae] (02)
– Página 8.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

b) De (01):

Vm aco = H1  1 + 2 H 2  2 (03)

 Cálculo de H1 :

Consultando a curva de magnetização do aço-silício em anexo, encontra-se:

Para B1 = 0,6 [T ] ⇒ H1 = 100 Ae [ m] (04)

 Cálculo de H 2 :
φ B1 S1 0,6 ⋅ 6 ⋅ 10 − 4
B2 = ⇒ B2 = ⇒ B2 = ⇒ B 2 = 0,9 [T ]
S2 S2 4 ⋅ 10 − 4

Consultando a curva de magnetização do aço-silício em anexo, encontra-se:

Para B 2 = 0,9 [T ] ⇒ H 2 = 160 Ae


m
[ ] (05)

Substituindo (04) e (05) em (03), temos:

Vm aco = 100 ⋅ 0,1 + 2 ⋅ 160 ⋅ 0,15 ⇒ Vm aco = 58 [Ae] (06)

c) Substituindo (05) e (06) em (01), temos:

4355,18
NI = 58 + 4297,18 ⇒ I = ⇒ I = 3,48 [A ]
1250

8.5) Uma espira filamentar quadrada de corrente tem vértices nos pontos (0; 1; 0), (0; 1; 1),
(0; 2; 1) e (0; 2; 0). A corrente é de 10 [A] e flui no sentido horário quando a espira é
vista do eixo +x. Calcule o torque na espira quando esta é submetida :
a) a uma densidade de fluxo magnético B = 5a y ;
b) ao campo produzido por uma corrente filamentar de 10 [A] que flui ao longo do eixo
z no sentido + a z .

Resolução:

a) ( )
dT = I dS × B ⇒ T = I S × B ⇒ T = 10 − a x × 5a y ⇒ T = −50a z
– Página 8.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

b) dT = I dS × B; onde dS = −dxdya x (01)

 Cálculo de B :

I I −I
B= aφ ⇒ B = (− ax ) ⇒ B = ax (02)
2πρ 2πρ 2πρ
Substituindo (02) em (01), temos:

 −I 
( )
dT = I − dxdya x × 
 2πρ
a x  ⇒ dT = 0 ⇒ T = 0

8.6) Suponha que o núcleo do material magnético da figura abaixo possui uma
permeabilidade relativa de 5000. O fluxo φ1 do braço esquerdo circula de a para b com
um comprimento médio de 1 m. O comprimento médio do braço direito é igual ao do
braço esquerdo. O braço central possui um comprimento médio de 0,4 m. Adotar a área
da seção reta de cada caminho igual a 0,01 m2 e o fluxo de dispersão desprezível.
Calcular a indutância própria da bobina 01 e a indutância mútua entre as bobinas 01 e
02.

Resolução:
Analisando o circuito magnético acima, nota-se a existência de simetria entre seus braços
direito e esquerdo. Portanto, ℜ1 = ℜ3.
 Circuito elétrico análogo:

N1φ1
L1 = (01)
I1

N 2φ12 N φ
M12 = = 2 2 (02)
I1 I1

Analisando o circuito elétrico análogo, extrai-se o seguinte conjunto de equações:

φ1 = φ 2 + φ 3

 (03)
 NI = ℜ1φ1 + ℜ 2φ 2 = ℜ1φ1 + ℜ 3φ 3

– Página 8.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

 Cálculo de ℜ1e de ℜ3:

1  1
ℜ1 = ℜ 3 = = 3 ⇒ ℜ1 = ℜ 3 =
µ S1 µ S3 5000 ⋅ 4π ⋅ 10 − 7 ⋅ 0,01

ℜ1 = ℜ 3 = 15915 Ae
Wb
[ ] (04)

 Cálculo de ℜ2:

0,4
ℜ2 =
2
µ S2
⇒ ℜ2 =
−7
⇒ ℜ 2 = 6366 Ae
Wb
[ ] (05)
5000 ⋅ 4π ⋅ 10 ⋅ 0,01

De (03), conclui-se que: ℜ 2φ 2 = ℜ 3φ 3 (06)

Substituindo (04) e (05) em (06), temos:

6366φ 2 = 15915φ 3 ⇒ φ 2 = 2,5φ 3 (07)

Substituindo (07) em (03), temos:

φ`1 = 2,5φ 3 + φ 3 ⇒ φ1 = 3,5φ 3 (08)

Substituindo (07) e (08) em (03), temos:

N1I1 = 15915 ⋅ 3,5φ 3 + 6366 ⋅ 2,5φ 3 ⇒ 200I1 = 755702,5φ 3 + 15915φ 3

200I1 = 71617,5φ 3 ⇒ φ 3 = 2,79 ⋅ 10 − 3 I1 (09)

Substituindo (09) em (07) e em (08), temos:

φ1 = 9,77 ⋅ 10 − 3 I1 (10)
e
−3
φ 2 = 6,98 ⋅ 10 I1 (11)

Substituindo (10) em (01), temos:

N1 ⋅ 9,77 ⋅ 10 − 3 I1
L1 = ⇒ L1 = 200 ⋅ 9,77 ⋅ 10 − 3 ⇒ L1 = 1,95 [H]
I1
e
Substituindo (11) em (02), temos:

N 2 ⋅ 6,98 ⋅ 10 − 3 I1
M12 = ⇒ M12 = 300 ⋅ 6,98 ⋅ 10 − 3 ⇒ M12 = 2,09 [H]
I1

– Página 8.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

8.7) Determinar a densidade de fluxo magnético ( B ) em cada uma das três pernas do
circuito magnético da figura abaixo. Assumir que, dentro do material ferromagnético do
núcleo, B é relacionado diretamente com H , através da expressão B = 200 H .

Resolução:

 Circuito elétrico análogo:


I1 = I 2 = 70 [mA]

 N = 500 ; N = 1000 [espiras]
 1 2


[ ]
Dados: S1 = 6 ; S 2 = 8 ; S 3 = 10 cm 2

 = 12 ;  = 10 ;  = 5 [cm]
 1 2 3

 g = 1 [mm]

Se B = µ H e B = 200 H , então, µ = 200.

Analisando o circuito elétrico análogo, extrai-se o seguinte conjunto de equações:

φ = φ1 + φ 2
 3

 N 1 I1 − ℜ1φ1 = N 2 I 2 − ℜ 2φ 2 = ℜ 3φ 3 + ℜ g φ 3 (01)
 ou

 N1I1 − H1  1 = N 2 I 2 − H 2  2 = H3  3 + H g  g

 Cálculo de ℜ1:

12 ⋅ 10 − 2
ℜ1 =
1
µ S1
⇒ ℜ1 =
−4
⇒ ℜ1 = 1,0 Ae
Wb
[ ] (02)
200 ⋅ 6 ⋅ 10

 Cálculo de ℜ2:

10 ⋅ 10 − 2
ℜ2 =
2
⇒ ℜ2 = ⇒ ℜ 2 = 0,625 Ae
Wb
[ ] (03)
µ S2 200 ⋅ 8 ⋅ 10 − 4
– Página 8.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 08 – FORÇAS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS, MATERIAIS E INDUTÂNCIA

 Cálculo de ℜ3:

5 ⋅ 10 − 2
ℜ3 =
3
µ S3
⇒ ℜ3 =
−4
⇒ ℜ 3 = 0,25 Ae
Wb
[ ] (04)
200 ⋅ 10 ⋅ 10

 Cálculo de ℜg:

g 1 ⋅ 10 − 3
ℜg =
µ Sg
⇒ ℜg =
−7 −4
⇒ ℜ g = 7,957 ⋅ 10 5 [Ae Wb] (05)
4π ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 10

Substituindo (02), (03), (04) e (05) em (01), temos:

N1I1 − 1,0φ1 = N 2 I 2 − 0,625φ 2 = 0,25φ 3 + 7,957 ⋅ 10 5 φ 3

φ1 = 0,625φ 2 − 35 (06)


 5
35 − φ1 = 70 − 0,625φ 2 = 7,957 ⋅ 10 φ 3 ⇒ 
70 − 0,625φ = 7,957 ⋅ 10 5 (φ + φ )
 2 1 2
(07)
Substituindo (07) em (06), temos:

70 − 0,625φ 2 = 7,957 ⋅ 10 5 (0,625φ 2 + φ 2 )

70 − 0,625φ 2 = 12,935 ⋅ 10 6 φ 2 − 27,85 ⋅ 10 7 ⇒ φ 2 = 21,54 [Wb] (08)

Substituindo (08) em (06), temos:

φ1 = 0,625 ⋅ 21,54 − 35 ⇒ φ1 = −21,54 [Wb] (09)

Substituindo (08) e (09) em (01), temos:

φ 3 = −21,54 + 21,54 ⇒ φ 3 = 0

 Cálculo de B1 :

φ − 21,54
B1 = 1 ⇒ B1 = ⇒ B1 = −3,59 ⋅ 10 4 [Wb]
S1 − 4
6 ⋅ 10

 Cálculo de B 2 :

φ2 21,54
B2 = ⇒ B2 = ⇒ B 2 = 2,69 ⋅ 10 4 [Wb]
S2 −4
8 ⋅ 10

 Cálculo de B 3 :

φ3
B3 = ⇒ B3 = 0
S3
– Página 8.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

CAPÍTULO 09

CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.1) A figura abaixo mostra uma barra condutora paralela ao eixo y, que completa uma
malha através de contatos deslizantes com os condutores em y = 0 e em y = 0,05 [m].
a) Calcular a tensão induzida quando a barra está parada em x = 0,05 [m] e
B = 0,30 sen 104 t [T ] .
b) Repita o item acima supondo que a barra desloca-se com velocidade
v = 150 a x m .
s
[ ]

Resolução:

  ∂B
fem = ∫( )
v × B • dL − ∫ ∂t
• dS , onde B = 0,30 sen 10 4 t a z (01)
S

a) Barra parada ⇒ v = 0 ⇒ ∫ ( v × B ) • dL = 0


∂B
∴ fem = − ∫ • dS , onde dS = dxdy a z
∂t
S

0,05 0,05

fem = − ∫ ∫ (0,30 sen 10 4 t) a z • dxdy a z
∂t
y =0 x =0

0,05 0,05
fem = − ∫ ∫ (0,30 ⋅ 10 4 ⋅ cos 10 4 t) dxdy
y =0 x =0

fem = −0,30 ⋅ 10 4 ⋅ cos 10 4 t ⋅ (0,05) 2 ⇒ fem = −7,5 ⋅ cos 10 4 t [V ]

 
b) fem = ∫ (v × B) • dL − 7,5 ⋅ cos 10 4 t , onde dL = dy a y (02)

 
 Cálculo de v × B :
     
v × B = vB sen 90°(−a y ) ⇒ v × B = −45 sen 10 4 t a y [T] (03)

– Página 9.1 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

Substituindo (03) em (02), temos:

0,05
4  
fem = −45 sen 10 t ⋅ ∫ a y • dy a y − 7,5 ⋅ cos 10 4 t
y=0

fem = −45 sen 10 4 t ⋅ (0,05) − 7,5 ⋅ cos 10 4 t

fem = −2,25 sen 10 4 t − 7,5 ⋅ cos 10 4 t [V ]

9.2) Para o dispositivo mostrado abaixo, são dados: d = 5 [cm], B = 0,25 a z [T] e
v = 20 y a y [m s] . Se y = 4 [cm] em t = 0 [s], determinar as seguintes grandezas no
instante t = 0,06 [s]:
a) a velocidade v ;
b) a posição y da barra;
c) a diferença de potencial V12 medida pelo voltímetro;
d) A corrente I12 entrando pelo terminal 1 do voltímetro se a resistência deste é igual a
200 [KΩ].

Resolução:

 Cálculo de v(t) :

dy dy dy
dt
= v = 20 y ⇒
y
= 20dt ⇒ ∫ y
= ∫ 20dt ⇒ 2 y = 20 t + C (01)

Substituindo y = 4 [cm] e t = 0 em (01), temos:

2 4 ⋅ 10 − 2 = 20 ⋅ 0 + C ⇒ C = 0,4 (02)

Substituindo (02) em (01), temos:

2 y = 20 t + 0,4 ⇒ y = 10 t + 0,2 (03)

∴ v = 20 ⋅ (10 t + 0,2) a y ⇒ v = (200 t + 4) a y [m s] (04)

a) Substituindo t = 0,06 [s] em (04), temos:

v = 200 ⋅ 0,06 + 4 ⇒ v = 16 [m s]
– Página 9.2 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

b) Substituindo t = 0,06 [s] em (03), temos:

y = 10 ⋅ 0.06 + 0,2 ⇒ y = 0,8 ⇒ y = 0,64 [m ]

c) V12 = fem (05)


 Cálculo da fem:
d
fem = ∫ (v × B) • dL ⇒ fem = ∫ (20 [
y a y × 0,25 a z ) • − dx a x ]
x =0

d
fem = −5 ⋅ ∫ ydx ⇒ fem = −5d y
x =0

∴ fem = −5 ⋅ 0,05 ⋅ 0,64 ⇒ fem = −0,2 [V ]


(06)
Substituindo (06) em (05), temos:
V12 = – 0,2 [V]

V12 − 0,2
d) I12 = ⇒ I12 = ⇒ I12 = −1 [µA ]
Rv 200 ⋅ 10 3

9.3) Uma bobina de 50 espiras tem uma área de 20 [cm2] e gira em torno de um eixo situado
em um plano perpendicular a um campo magnético uniforme de 40 [mT].
a) Considerando que a bobina gira a uma velocidade de 360 [rpm], calcular o fluxo
máximo que atravessa a espira e o valor médio da fem induzida nesta bobina;
b) Considerando que a bobina está em repouso e seu plano é perpendicular ao campo,
determinar o valor médio da fem induzida na bobina, quando se retira o campo em
t = 0,004 [s];
c) Considerando que a bobina não se move e que seu plano forma um ângulo de 60o com
a direção do campo de indução, calcular o valor médio da fem induzida na bobina,
supondo que o campo de 40 [mT] se anula em t = 0,004 [s].
Resolução:
a)

 Cálculo de φmax:

φ max = BS ⇒ φ max = 40 ⋅ 10 − 3 ⋅ 20 ⋅ 10 − 4 ⇒ φ max = 80 [µWb]

– Página 9.3 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

Cálculo do valor médio da fem:

∆φ
fem med = − N ⋅ , onde ∆t é o tempo gasto para o fluxo variar de φmax até zero. (01)
∆t

 Cálculo de ∆t:
 1
360 ⋅ 60 voltas → 1s
 1
 ⇒ ∆t = [s] (02)
 1 volta → ∆t 24
 4

Substituindo (02) em (01), temos:

(0 − 80 ⋅ 10 − 6 )
fem med = −50 ⋅ ⇒ fem med = 96 [mV]
1
24
∆φ
b) fem med = − N ⋅
∆t
(φ − φ inicial )
fem med = − N ⋅ final
∆t
(0 − φ max )
fem med = − N ⋅
∆t

(0 − 80 ⋅ 10 − 6 )
fem med = −50 ⋅
4 ⋅ 10 − 3
fem med = 1 [V ]

c)

∆φ
fem med = − N ⋅
∆t
(φ final − φ inicial ) (01)
fem med = − N ⋅
∆t

 Cálculo de φ inicial :

φ inicial = ∫ B • dS ⇒ φ inicial = ∫ B⋅ d S⋅ cos 30° ⇒ φ inicial = B⋅ S⋅ cos 30° (02)


S S

φ inicial = 40 ⋅ 10 − 3 ⋅ 20 ⋅ 10 − 4 ⋅ 0,866 ⇒ φ inicial = 69,282 [µWb]

Substituindo (02) em (01), temos:

(0 − 69,282 ⋅ 10 − 6 )
fem med = −50 ⋅ ⇒ fem med = 0,866 [V ]
4 ⋅ 10 − 3
– Página 9.4 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.4) Determinar o campo elétrico E em função do tempo, se a densidade de fluxo magnético


no espaço livre é B = K 1 sen(ω t − K 2 x) a x + K 1 K 2 y sen(ω t − K 2 x) a y onde k 1 , k 2
e ω são constantes.

Resolução:
   ∂D
 Equação de Maxwell: ∇ × H = J + b (01)
∂t
 ρ = 0 ⇒ J = 0;


Para o vácuo, temos: D = ε o E; (02)

B = µ H.
 o

Substituindo o conjunto (02) em (01), temos:

  ∂D 1  ∂E  ∂E
∇×H = ⇒ ⋅ ∇ × B = εo ⋅ ⇒ ∇ × B = µ oε o ⋅ (03)
∂t µo ∂t ∂t


 Cálculo de ∇ × B :

 ∂ Bz ∂ By   ∂ By ∂ Bx 
a x +  
 ∂ Bx ∂ Bz
∇×B =  −  ∂z − ∂x a y +  − a z
 ∂y ∂z     ∂x ∂y 
   

B x = K 1 sen(ω t − K 2 x) ⇒ B x = f (x);


onde: B y = K 1K 2 y cos(ω t − K 2 x) ⇒ B y = f (y);

B z = 0.

 ∂ By   
∴∇× B = a z ⇒ ∇ × B = K 1K 22 y sen(ω t − K 2 x) a z (04)
∂x
Substituindo (04) em (03), temos:
 ∂E
K 1K 22 y sen(ω t − K 2 x) a z = µ o ε o ⋅
∂t
2
∂ E K1K 2 y 
= ⋅ sen(ω t − K 2 x) a z
∂t µ oε o

K1K 22 y t 
E= ⋅ ∫ [sen(ω t − K 2 x)dt ] a z
µ oε o
0

− K1K 22 y
E=
µ oε o

⋅ cos(ω t − K 2 x) a z [V m]
– Página 9.5 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.5) Os trilhos da figura abaixo estão separados por uma distância de 24 [cm] e
B = 0,3 cos(120π t) a z [ Wb m] . Sendo y = 0 em t = 0, encontrar a tensão V12 para
t = 2 [ms] , sendo:
a) v = 12 a y [m s] ;
b) v = 12 cos(10πt) a y [m s] .

Resolução:

V12 = fem (01)

a) Cálculo de y para t = 2 [ms]:

2 ⋅10− 3
dy
v=
dt
⇒ y = ∫ v dt ⇒ y = ∫ 12dt ⇒ y = 0,024 [m]
t =0
Cálculo da fem:

  ∂B
fem = ∫( )
v × B • dL − ∫ ∂t
• dS (02)
S
 
 Cálculo de v × B :
   
v × B = (12a y ) × [0,3 cos(120πt)] a z ⇒ v × B = 3,6 cos(120πt) a x (03)

∂B
 Cálculo de :
∂t
 
∂B ∂
= [0,3 cos (120πt)] a z ⇒ ∂ B = −36π sen(120πt) a z (04)
∂t ∂t ∂t

Substituindo (03) e (04) em (02), temos:

fem = ∫ (3,6 cos(120πt) a x ) • [−dx a x ] − ∫ [−36π sen(120πt) a z ] • [dxdy a z ]


S

0,24 0,24 0,024


fem = −3,6 cos(120πt) ∫ dx + 36π sen(120πt) ∫ ∫ dxdy
x =0 x =0 y=0

fem = −0,864 cos(120πt) + 0,207π sen(120πt) [V ] (05)

Substituindo t = 2 [ms] em (05), temos:

fem = −0,864 cos(120π ⋅ 0,002) + 0,207π sen(120π ⋅ 0,002)


fem = −0,6299 + 0,4459 ⇒ fem = −0,184 [V ] (06)
Substituindo (06) em (01), temos:

V12 = – 0,184 [V]


– Página 9.6 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

b) Cálculo de y para t = 2 [ms]:


2 ⋅10− 3 2 ⋅10− 3
dy  sen(10πt) 
v=
dt
⇒ y= ∫ v dt ⇒ y = ∫ 12 cos(10πt)dt ⇒ y = 12 ⋅  10π 
t =0 t =0

∴ y = 0,024 [m ]

Cálculo da fem:

  ∂B
fem = ∫ (v × B) • dL − ∫ ∂ t • dS (02)
S
 
 Cálculo de v × B :

 
v × B = [12 cos(10πt) a y ] × [0,3 cos(120πt)] a z
 
v × B = 3,6 cos(10πt) cos(120πt) a x (03)

∂B
 Cálculo de :
∂t
 
∂B ∂ ∂B
= [0,3 cos(120πt)] a z ⇒ = −36π sen(120πt) a z (04)
∂t ∂t ∂t

Substituindo (03) e (04) em (02), temos:

fem = ∫ [3,6 cos(10πt) cos(120πt) a x ] • [−dx a x ] − ∫ [−36π sen(120πt) a z ] • [dxdy a z ]


S
0,24 0,24 0,024
fem = −3,6 cos(10πt) cos(120πt) ∫ dx + 36π sen(120πt) ∫ ∫ dxdy
x =0 x =0 y=0

fem = −0,864 cos(10πt) cos(120πt) + 0,207π sen(120πt) [V ] (05)

Substituindo t = 2 [ms] em (05), temos:

fem = −0,864 cos(10π ⋅ 0,002) cos(120π ⋅ 0,002) + 0,207π sen(120π ⋅ 0,002)


fem = −0,864 ⋅ 0,998 ⋅ 0,729 + 0,651 ⋅ 0,684 ⇒ fem = −0,628 + 0,446
fem = −0,184 [V ]
(06)
Substituindo (06) em (01), temos:

V12 = – 0,184 [V]

– Página 9.7 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.6) Na figura abaixo, B é constante com o tempo, mas não é uniforme no espaço. Encontrar
a leitura V12 do voltímetro no instante t = 0,2 [s] se L = 0,4 [m] e:
a) y = 10t [m] e B =  y a z [T];
 2
b) y = 50t2 [m] e B =  y a z [T];
 2
c) y = 50t2 [m] e B = 1 (x − y ) a z [T].
2

Resolução:

V12 = fem para t = 0,2 [s] (01)



  ∂ B 
fem = ∫( )
v × B • dL − ∫ ∂t • dS; B = cte
S
 
∴ fem = ∫( )
v × B • dL (02)


a) Cálculo de v(t ) :


v (t ) =
dy
dt

a y ⇒ v (t ) =
d
dt
(10t ) a y ⇒ v (t ) = 10a y [m s ]
 
 Cálculo de v × B :

  y  
v × B = 10a y × a z ⇒ v × B = 5 ya x (03)
2

Substituindo (03) em (02), temos:

L
fem = ( )
∫ 5ya x • − dxa x ⇒ fem = ∫ − 5ydx ⇒ fem = −5yL
x =0
∴ fem = −50tL [V] (04)

Substituindo t = 0,2 [s] e L = 0,4 [m] em (04), temos:

fem = −50 ⋅ 0,2 ⋅ 0,4 ⇒ fem = −4,0 [V ] (05)

Substituindo (05) em (01), temos:

V12 = –4,0 [V]


b) Cálculo de v(t ) :


v (t ) =
dy
dt

a y ⇒ v (t ) =
d
dt
( ) 
50 t 2 a y ⇒ v (t ) = 100 t a y [m s ]
– Página 9.8 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

 
 Cálculo de v × B :

  y  
v × B = 100 t a y × a z ⇒ v × B = 50 ty a x (03)
2

Substituindo (03) em (02), temos:

L
fem = ∫ 50tya x ( )
• − dxa x ⇒ fem = ∫ − 50tydx ⇒ fem = −50tyL
x =0
∴ fem = −2500 t 3 L [V ] (04)

Substituindo t = 0,2 [s] e L = 0,4 [m] em (04), temos:

fem = −2500 ⋅ (0,2 )3 ⋅ 0,4 ⇒ fem = −8,0 [V ] (05)

Substituindo (05) em (01), temos:

V12 = –8,0 [V]


c) Cálculo de v(t) :


v (t ) =
dy
dt

a y ⇒ v (t ) =
d
dt
( ) 
50 t 2 a y ⇒ v (t ) = 100 t a y [m s ]
 
 Cálculo de v × B :

  1  
v × B = 100 t a y × (x − y ) a z ⇒ v × B = 50 t (x − y ) a x (03)
2

Substituindo (03) em (02), temos:

L
fem = ( )
∫ 50t(x − y ) a x • − dxa x ⇒ fem = ∫ − 50t(x − y )dx
x =0

fem = 50 tyL - 25tL2 ⇒ fem = 2500 t 3 L − 25tL2 [V ] (04)

Substituindo t = 0,2 [s] e L = 0,4 [m] em (04), temos:

fem = 2500 ⋅ (0,2 )3 ⋅ 0,4 − 25 ⋅ 0,2 ⋅ (0,4 )2 ⇒ fem = 8,0 − 0,8 ⇒ fem = 7,2 [V ] (05)

Substituindo (05) em (01), temos:

V12 = 7,2 [V]

– Página 9.9 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.7) O circuito mostrado na figura abaixo representa uma bobina de N espiras, resistência
total R ocupando uma área igual a S submetida a um campo de indução magnética B
indicado. Se a magnitude original deste campo (Bo) for reduzida a um quinto num
intervalo de tempo ∆t, determinar:
a) O valor médio da fem induzida no circuito;
b) A direção e sentido da fem induzida (indicar na figura);
c) O valor médio da corrente;
d) A carga total que flui neste intervalo de tempo;
e) A quantidade de energia que foi requerida para mudar a magnitude do campo
magnético.


B inicial = B o

Dados: 
 Bo
B final =
5

Resolução:

a) 1o modo:

  ∂ B
fem = N ⋅ ∫ ( )
v × B • dL − N ⋅ ∫
∂t
• dS; v = 0
S

∂ B ∂B dB
fem = − N ⋅ ∫ • dS ⇒ fem = − N ⋅ ∫ ⋅ d S ⇒ fem = − N S⋅
∂t ∂t dt
S S

∆B B − B inicial
fem média = − N S⋅ ⇒ fem média = − N S⋅ final
∆t ∆t

NS B  4N B o S
fem média = − ⋅  o − B o  ⇒ fem média =
∆t  5  5∆ t

2o modo:

∆φ
fem med = − N ⋅ , onde φ = BS
∆t

∆B B − B inicial
∴ fem média = − N S⋅ ⇒ fem média = − N S⋅ final
∆t ∆t

NS B  4N B oS
fem média = − ⋅  o − B o  ⇒ fem média =
∆t  5  5∆ t

– Página 9.10 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

b) A fem gerada na bobina deve apresentar uma orientação de modo a reforçar o campo de
indução B . Portanto, conclui-se que esta orientação deve seguir o sentido horário, conforme
indicado na figura.

fem 4N B oS
c) I = ⇒ I =
R 5R ∆ t

d) A carga total que flui no intervalo ∆t pode ser representada por QT = ∆Q.
4N B oS ∆Q
Do item (c), sabemos que I = e que I = .
5R ∆ t ∆t
Portanto:

∆Q 4 N B o S 4N B o S
= ⇒ ∆Q =
∆t 5R ∆ t 5R

e) A energia fornecida ao circuito no intervalo ∆t pode ser representada por WT = ∆W.


Sabemos que ∆W = P ⋅ ∆t e P = fem ⋅ I , onde P é a potência fornecida ao circuito no
intervalo ∆t.
Portanto:

4N B o S 4N B o S 15 N 2 B o2 S 2
∆W = fem ⋅ I ⋅ ∆t ⇒ ∆W = ⋅ ⋅ ∆ t ⇒ ∆W =
5∆ t 5R∆ t 25R∆ t

9.8) Uma bobina retangular de 6×12 [cm2] com N = 100 espiras gira em um campo
magnético variável dado por B = 0,6 sen(377 t ) [T ]. A velocidade angular da espira é de
ω = 60 [rps]. Pede-se determinar a tensão induzida na bobina.
Resolução:

 [ s ]:
Cálculo de ω em rad
1 rps → 2π rad
s

 ⇒ ω = 377 rad[ ]s
60 rps → ω


  ∂ B
( )
fem = N ⋅ ∫ v × B • dL − N ⋅ ∫
∂t
• dS (01)
S
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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

A inspeção da figura relativa à visão frontal da bobina revela que os ângulos entre B e v e
entre B e dS são iguais. Desta maneira, podemos designar este ângulo θ como sendo θ = ωt.

 
 ( )
Cálculo de v × B • dL :

 
(v × B ) • dL = vB sen θ ⋅ dL cos 0° ⇒ (v × B ) • dL = ω R B dL sen ω t

(v × B ) • dL = 0,6ω R sen2 (377t )dL (02)

∂ B
 Cálculo de • dS :
∂t
 
∂ B ∂B ∂ B ∂
• dS = dS cos θ ⇒ • dS = [0,6 sen(377 t )]dS cos(ω t )
∂t ∂t ∂t ∂t
 
∂ B ∂ B
• dS = 0,6 ⋅ 377 cos 2 (377 t )dS ⇒ • dS = 226,2 cos 2 (377 t )dS (03)
∂t ∂t

Substituindo (02) e (03) em (01), temos:

fem = 100 ⋅ ∫ 0,6ω R sen 2 (377 t )dL − 100 ⋅ ∫ 226,2 cos 2 (377 t )dS
S

fem = 60ω R sen 2 (377 t ) ⋅ ∫ dL − 22620 S cos 2 (377 t )

0,12
2 2
fem = 60ω R sen (377 t ) ⋅ 2 ⋅ ∫ dL − 22620 S cos (377 t )
0

fem = 60ω R sen 2 (377 t ) ⋅ 0,24 − 22620 S cos 2 (377 t )

fem = 14,4ω R sen 2 (377 t ) − 22620 S cos 2 (377 t )

 1 − cos(2 ⋅ 377 t )   1 + cos(2 ⋅ 377 t ) 


fem = 14,4ω R ⋅   − 22620 S⋅  
 2   2 
 1 − cos(754 t )   1 + cos(2 ⋅ 377 t ) 
fem = 14,4 ⋅ 377 ⋅ 0,03 ⋅   − 22620 ⋅ 72 ⋅ 10 − 4 ⋅  
 2   2 
 1 − cos(754 t )   1 + cos(754 t ) 
fem = 162,864 ⋅   − 162,864 ⋅  
 2   2 
fem = −162,864 cos(754t ) [V ]

– Página 9.12 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.9) Um campo magnético uniforme B = 100 [mT] estende-se sobre uma área quadrada de
100 [mm] de lado, como mostra a figura abaixo, com campo nulo do lado de fora do
quadrado. Uma espira retangular de fio de 40 [mm] por 80 [mm], com velocidade
[ ]
v = 100 mm , é movimentada em direção à área de ação do campo (ver figura).
s
Determinar a fem induzida na espira, plotando os resultados em um gráfico de fem x
distância x, para − 20 [mm] ≤ x ≤ 120 [mm] .

Resolução:

 
fem = ∫ (v × B ) • dL (01)

 
 Cálculo de v × B :

 
v × B = vB sen 90° − a y ( ) (02)

 Cálculo da fem na região − 20 [mm] ≤ x < 0 :

fem = 0, pois nesta região B = 0.

 Cálculo da fem na região 0 ≤ x < 80 [mm] :

fem = ∫ (− vB a y ) • dya y ⇒ fem = − vB y

fem = −100 ⋅ 10 − 3 ⋅ 100 ⋅ 10 − 3 ⋅ 40 ⋅ 10 − 3 ⇒ fem = −0,4 [mV]

 Cálculo da fem na região 80 [mm] ≤ x < 100 [mm] :

fem = ∫ (− vB a y ) • dya y + ∫ (− vB a y ) • (− dya y ) ⇒ fem = − vB y + vB y


fem = −4 ⋅ 10 − 4 + 4 ⋅ 10 − 4 ⇒ fem = −0

– Página 9.13 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

 Cálculo da fem na região 100 [mm] ≤ x < 120 [mm] :

fem = ∫ (− vB a y ) • (− dya y ) ⇒ fem = vB y


fem = 100 ⋅ 10 − 3 ⋅ 100 ⋅ 10 − 3 ⋅ 40 ⋅ 10 − 3 ⇒ fem = 0,4 [mV]

Gráfico fem x distância x:


fem [mV]

0,4

80
x [mm]
–20 20 40 60 100 120

–0,4

9.10) Uma espira retangular, girando na presença de um campo magnético uniforme B , está
equipada com um comutador de dois segmentos, como na figura, e, por isso, pode
funcionar tanto como um gerador cc como um motor cc.
a) Se a espira girar a F [rps], encontre a tensão média cc gerada (gerador);
b) Se uma corrente I fluir na espira, encontre o torque médio (motor);
c) Se a corrente fluir como indicado na figura, encontrar o sentido de rotação.

Resolução:

  ∂ B 
a) fem = ∫( )
v × B • dL − ∫ ∂t • dS; B = cte
S
 
∴ fem = ∫( )
v × B • dL (01)

 
 ( )
Cálculo de v × B • dL :

 
(v × B ) • dL 
( )
= vB sen θ ⋅ dL cos 0 ° ⇒ v × B • dL = ω R B dL sen ω t (02)

– Página 9.14 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

Substituindo (02) em (01), temos:

fem = ∫ ω R B dL sen ω t ⇒ fem = ω R B sen ω t ⋅ ∫ dL



fem = ω R B sen ω t ⋅ 2∫ dL ⇒ fem = 2ω  R B sen ω t, onde ω = 2π F;
0

∴ fem(t ) = 4π F  R B sen ω t
T
2
2
fem média = ⋅ ∫ fem(t )dω t, onde T é o periodo;
T
0

π π
1
∴ fem média =
π
⋅ ∫ 4π F  R B sen ω t dω t ⇒ fem média = 4 F  R B⋅ ∫ sen ω t dω t
0 0

fem média = 8 F  R B

b) T = ∫ IdS × B ⇒ T = I ⋅ ∫ B dS sen ω t ⇒ T = I BS sen ω t


S S
T(t ) = 2RI B sen ω t
T
2
2
Tmédio = ⋅ ∫ T(t )dω t, onde T é o periodo;
T
0

π π
1 2  RI B
∴ Tmédio =
π
⋅ ∫ 2  RI B sen ω t dω t ⇒ Tmédio = π
⋅ ∫ sen ω t dω t
0 0

4  RI B
Tmédio =
π

c)

A Figura1 indica que não existe conjugado quando a espira está na posição vertical. As
Figuras2 e 3 indicam que, em qualquer outra posição existe um conjugado resultante que tende a
girar a espira no sentido horário.
– Página 9.15 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

9.11) A figura abaixo mostra a região de atuação dos campos elétrico e magnético dados,
respectivamente, por: E = E o a y e B = B o a z , sendo Eo e Bo constantes. Uma pequena carga
teste Q com massa m é colocada em repouso na origem no instante t = 0. Determinar:
a) A equação da velocidade v (x; y; z ) da carga em um instante t qualquer;
b) A equação da posição P(x; y; z ) da carga em um instante t qualquer.

Resolução:

F = QE ; F = Q v × B
 E M
a) F E + F M = ma , onde:  .

a = d v ; v = v a x + v a y
 x y
dt

[ (
QE + v × B ) ] = m ddtv ⇒ Q[Eo a y + (v × B o a z ) ] = m dtd (v x a x + v y a y )
[( )
Q Eo a y + Q v x a x + v y a y × B o a z = m ] d
dt
(
vx ax + vy ay )
d vx d vy
Q E o a y − Q v x B o a y + Q v yB o a x = m ax + m ay
dt dt
d vx d vy
Q v yB o a x + (Q E o − Q v x B o ) a y = m ax + m ay (01)
dt dt

Igualando as componentes correspondentes de (01), temos:

 d vx d vx Q Bo
Q v y B o = m ⇒ = vy
 dt dt m

 d vy d vy Q Eo Q B o
Q E o − Q v x B o = m ⇒ = − vx
 dt dt m m

– Página 9.16 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

d v 1 d vx
x
 = α vy ⇒ vy = ⋅ (02)
Q Bo  dt α dt
Seja α = ⇒
m d v y Q Eo d vy E
= − α vx ⇒ = α ⋅ o − α vx (03)

 dt m dt Bo

Substituindo (02) em (03), temos:

d  1 d vx  Eo d2 vx E
 ⋅  = α ⋅ − α vx ⇒ = α 2 ⋅ o − α 2 vx (04)
dt α dt  Bo 2 Bo
dt

Resolvendo (04), temos:

v x = A cos α t + B sen α t + C (05)

d vx
= − Aα sen α t + Bα cos α t (06)
dt

d2 vx (07)
= − Aα 2 cos α t + Bα 2 sen α t
dt 2

Substituindo (05) e (07) em (04), temos:

Eo
− Aα 2 cos α t + Bα 2 sen α t = α 2 ⋅ − α 2 (A cos α t + B sen α t + C )
Bo

Eo
∴C = (08)
Bo

Substituindo (08) em (05), temos:

Eo
v x = A cos α t + B sen α t + (09)
Bo

Substituindo (06) em (02), temos:

1
vy = ⋅ (− A sen α t + B cos α t ) (10)
α
 Condições iniciais para a solução de (09) e (10): vx = vy = 0 em t = 0 (11)
Substituindo (11) em (09) e em (10), temos:

 Eo Eo
v x = 0 = A + 0 + B ⇒ A = − B
 o o
 (12)
v y = 0 = 0 + B ⇒ B = 0


– Página 9.17 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
CAPÍTULO 09 – CAMPOS VARIÁVEIS NO TEMPO E AS EQUAÇÕES DE MAXWELL

Substituindo (12) em (09) e em (10), temos:

 Eo Eo Eo
v x = − B ⋅ cos α t + B ⇒ v x = B ⋅ (1 − cos α t )
 o o o

 Eo
v y = ⋅ sen α t
 Bo

v z = 0

Portanto: v =
Eo
Bo
[
⋅ (1 − cos α t ) a x + sen α t a y ]
dx Eo
b) vx =
dt
⇒ x = ∫ v x dt ⇒ x = ∫ B o ⋅ (1 − cos α t ) dt
E E
∴ x = o t − o sen α t + D (01)
Bo α Bo

dy Eo Eo
vy =
dt
⇒ y = ∫ v y dt ⇒ y = ∫ B o sen α t dt ⇒ y = −
α Bo
cos α t + E (02)

 Condições iniciais para a solução de (01) e (02): x = y = 0 em t = 0 (03)

Substituindo (03) em (01) e em (02), temos:


x = 0 = 0 − 0 + D ⇒ D = 0

 (04)
 Eo Eo
y = 0 = − α B + E ⇒ E = α B
 o o

Substituindo (04) em (01) e em (02), temos:

 Eo  1 
x = ⋅  t − ⋅ sen α t 
 Bo  α 

 Eo
y = ⋅ (1 − cos α t )
 α B o

z = 0

 E  1  Eo 
Portanto: P(x; y; z ) =  x = o ⋅  t − sen α t ; y = ⋅ (1 − cos α t ); z = 0
 Bo  α  α Bo 

– Página 9.18 –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS DE ELETROMAGNETISMO
Anexo 01 – CURVAS B-H

Curvas B – H para H < 400 A/m (para exercícios do Capítulo 08)


(Cada pequena divisão significa 0,02 T para B e 5 A/m para H)

Curvas B – H para H > 400 A/m (para exercícios do Capítulo 08)


(Cada pequena divisão significa 0,02 T para B e 50 A/m para H)

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