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Bem-aventurados os que
observam a justiça...
(Salmos 106:3)
REF.REPRESENTAÇÃO 0005002-82.2017.2.00.0000
POR AUSÊNCIA DE
CITAÇÃO
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
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MARCELO SERAFIM DE SOUZA
ADVOGADO - OAB/ES 18.472
REF.REPRESENTAÇÃO 0005002-82.2017.2.00.0000
POR AUSÊNCIA DE
CITAÇÃO
1. DA DECISÃO GUERREADA
Segue infra excerto da combatida decisão monocrática, verbis:
DECISÃO TERMINATIVA
Trata-se de PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO formulado
por, por meio do qual se insurge contra MOISÉS DE SOUZA a ausência de
citação nos autos da Ação de Reintegração de Posse 0005993-
16.2016.8.08.0050, que tramita na Vara Cível e Comercial da Comarca de
Viana/ES.
O Requerente alega, em síntese, que “mesmo após protestos da parte
autora, para que seja determinada a citação das partes requeridas, para
que, no prazo legal, ofereçam Contestação, todavia, até a presente data
as partes requeridas.
Decido.
Conforme relatado, o Requerente acorre ao CNJ com o objetivo de obter
providência de impulso processual na Ação de Reintegração de Posse
0005993-16.2016.8.08.0050, que tramita na Vara Cível e Comercial da
Comarca de Viana/ES.
A toda evidência, trata-se de irresignação contra a tramitação processual,
notadamente quanto à demora na citação de partes. Diante do cenário
que se apresenta, faz-se necessário ressaltar que ao Conselho Nacional
de Justiça compete, precipuamente, “o controle da atuação
administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos
deveres funcionais dos juízes", a teor do § 4º do artigo 103-B da
Constituição Federal.
Com efeito, a competência fixada para este Conselho é restrita ao âmbito
do Poder Judiciário, pelo que não pode intervir no andamento
administrativo de processo judicial, seja para corrigir eventual vício de
2. RELATÓRIO
Data maxima venia, contudo, combatida decisão, não merece prosperar. Eis que
destoante da legislação em que se fulcra a matéria, e conforme quedar-se-á demonstrado, o
julgador a quo não manteve o zelo, neste particular, que lhe é inerente, causando assim
combatida insegurança jurídica no jurisdicionado.
Rua Constante Sodré, nº 220 Vitória/ES www.marceloserafim.jud.adv.br
Sala 403, Bairro: Santa Lúcia 3325-4958 / 99778-6930 marceloserafim.adv@gmail.com
SERAFIM – ASSESSORIA & CONSULTORIA JURÍDICA
MARCELO SERAFIM DE SOUZA - OAB/ES 18.472
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Cumpre ressaltar que, em brilhante escólio acerca da celeridade processual, a PUC-RJ (Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Celeridade Processual: Celeridade – ligeireza, presteza, rapidez,
velocidade, o contrário de lentidão.
Fala-se muito na atualidade sobre a necessidade de impor ritmo mais
célere aos atos processuais. A morosidade da justiça é tema recorrente
nas rodas de operadores do Direito, de juristas consagrados e de
profissionais das mais diversas áreas. No Brasil contemporâneo, não
faltam opiniões proferidas pelos mais renomados conhecedores da
Ciência do Direito e de toda diversidade de pessoas – característica do
Sob o título “A Justiça seria mais célere se juízes ficassem nos fóruns e houvesse estrutura”, o
insigne e renomado jurista Marcos da Costa, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de
São Paulo, reverbera:
Se no Judiciário os magistrados permanecessem nos fóruns, os
desembargadores permanecessem nos tribunais, e tivesse,
evidentemente, a estrutura necessária, o investimento adequado,
certamente nós teríamos uma Justiça mais célere, sem atropelos, e capaz
de atender a toda demanda da sociedade, inclusive para conhecer e
apreciar seus recursos1. (grifamos)
Ora Exas., 195 (cento e noventa e cinco) dias após a distribuição e nem sinal de fumaça acerca
da citação às partes requeridas, para manifestar-se nos autos da Ação Possessória, outrora
informada.
1
COSTA, Marcos da. A Justiça seria mais célere se juízes ficassem nos fóruns e houvesse estrutura. Disponível em:
http://www.amodireito.com.br/2017/03/a-justica-seria-mais-celere-se-juizes.html. Acesso em: 24/06/2017.
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Contudo percebemos uma incoerência sem tamanho e sem precedentes no julgado colacionado
à decisão guerreada e que serviu para embasar o entendimento do magistrado a quo, quando
proferiu sua decisão, senão vejamos, verbis:
Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes:
RECURSO ADMINISTRATIVO. REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO.
PERDA DE OBJETO. ART. 26 § 1º DO REGULAMENTO GERAL DA
CORREGEDORIA NACIONAL DE JUSTIÇA. MATÉRIA JURISDICIONAL.
AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA.
FALTA FUNCIONAL. PROVA DE DOLO OU DE COMPORTAMENTO
DESIDIOSO. RECURSO DESPROVIDO.
1. Representação por excesso de prazo conclusa ao Gabinete da
Corregedoria em 03/05/2016.
2. Não procede a alegação de morosidade se há despacho proferido em
30/03/2016 que intima o executado a pagar os honorários advocatícios
DOS PEDIDOS
Por tudo o que restou consignado nas questões meritórias, são apresentados os seguintes
pedidos abaixo transcritos para provimento definitivo:
Que seja declarado que na r. sentença, quando da condenação por infração ao artigo 157, § 2º,
incisos I, II e V e artigo 157, § 2º, incisos I, II, IV e V, na forma do artigo 69, todos do Código Penal
Brasileiro, há violação de norma do Código Penal, art. 59 inc. II (aplicação e pena base acima do
mínimo legal c/ ausência de motivação apta à finalidade) e art. 68 (valoração ínfima e
desproporcional da atenuante da idade (confissão).
Que seja reformada a r. sentença, quando da condenação por infração ao artigo 157, § 2º, incisos
I, II e V/ e artigo 157, § 2º, incisos I, II, IV e V, na forma do artigo 69, todos do Código Penal
Brasileiro, para que seja aplicada maior redução da pena do ora apelante, diante da
circunstância atenuante que opera em seu favor.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
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MARCELO SERAFIM DE SOUZA
ADVOGADO - OAB/ES 18.472