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RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Avenida Colares Moreira, Edifício Office Tower, sala 126, Renascença II;
Brenno Silva Gomes Pereira, Advogado OAB 20036, email: brennosgomes@gmail.com
Tel: (98) 3199-0419
Estupefatos com o que fora documentado, prontamente
acionaram este advogado subscrevente para que procedesse com as medidas
necessárias, visto terem absoluta certeza de que o ato era inverídico e
infundado.
Tendo o flagrande documentado, foram ouvidos os agentes do
ato – vítima e autores – ao qual responderam os quesitos feitos pelo Senhor
Delegado de Polícia.
Eximindo este douto juízo de debates prolixos, destaca-se o
depoimento da vítima Sebastião, que, após curativos, encaminhou-se em pés
próprios, depor o que lhe fora questionado.
Em seu curto depoimento, a vítima destacou que, após deparar-
se com o senhor Raimundo, carona do veículo conduzido por Valber, o
cumprimentou, onde, logo após, ouviu um barulho de estrondo do lado do
passageiro (lado direito do veículo), fazendo-lhe crer ter sido um pneu
estourando. Após perceber o sangramento em sua cabeça, fora encaminhado
para o hospital daquela Urbe, onde, após ser feito o curativo, fora informado
pela enfermeira plantonista que POSSÍVELMENTE aquele ferimento
teria sido oriundo de disparo de arma de fogo.
Posteriormente, fora lavrado laudo técnico por perito não
oficial ao qual se instou ser – irresponsavelmente – o ferimento oriundo de
disparo de arma de fogo.
Sendo estes os motivos de fato ao qual oportuniza salientar, vem
esta defesa técnica, na certeza de que Vossa Excelência emprestará o
máximo de sua atenção, adentrar ao mérito da ação.
do meritum causae
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Da inépcia da denúncia
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absolutamente individualizada de cada conduta, o liame subjetivo entre os
agentes e a identidade da infração. Não tendo isto, é imperativo que se
ABSOLVA SUMARIAMENTE o Réu, senão vejamos:
PENAL E PROCESSO PENAL. RECURSO EM HABEAS CORPUS. 1.
TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. INÉPCIA DA DENÚNCIA.
HOMICÍDIO CULPOSO EM COAUTORIA. 2. VÍNCULO
SUBJETIVO NÃO NARRADO. PREJUÍZO À AMPLA DEFESA.
INÉPCIA DA DENÚNCIA. 3. RECURSO EM HABEAS CORPUS
PROVIDO. EXTENSÃO DA ORDEM. ART. 580 DO CPP. 1. O
trancamento da ação penal na via estreita do habeas corpus somente é
possível, em caráter excepcional, quando se comprovar, de plano, a
inépcia da denúncia, a atipicidade da conduta, a incidência de causa de
extinção da punibilidade ou a ausência de indícios de autoria ou de prova
da materialidade do delito. A denúncia imputa homicídio culposo em
coautoria. São requisitos indispensáveis ao concurso de agentes a
pluralidade de agentes e de condutas, a relevância causal de cada
conduta, o liame subjetivo entre os agentes e a identidade de infração.
Não se verificando liame subjetivo, não há se falar em concurso de
agentes, devendo cada um responder pela sua própria ação ou omissão.
Ademais, só pode ser considerado coautor aquele que tem participação
importante e necessária ao cometimento da infração. 2. Não é possível,
a não ser de forma reflexa, atribuir-se aos demais denunciados a
imperícia do denunciado Emerson ao içar a comporta com sobrepeso, pois
nem ao menos é possível concluir-se que sua conduta tenha entrado na
esfera de conhecimento dos demais. Dessa forma, na forma como trazida,
a imputação revela verdadeira responsabilidade penal objetiva, a qual,
como se sabe, não é admitida no ordenamento jurídico pátrio. Não tendo
a inicial narrado o liame subjetivo entre os demais denunciados e o autor
da conduta imperita que ocasionou a morte da vítima, e não se
verificando a relevância causal da negligência imputada, tem-se que a
denúncia não apresenta todos os elementos necessários à imputação do
crime em coautoria. A acusação não se desincumbiu de delinear de
forma adequada a coautoria no crime culposo, o que revela a inépcia da
denúncia, vício que prejudica o exercício da ampla defesa. 3. Recurso em
habeas corpus a que se dá provimento, para reconhecer a inépcia da
denúncia, sem prejuízo de que outra seja apresentada em observância ao
art. 41 do Código de Processo Penal. Estendo os efeitos da presente
decisão aos corréus Ediney do Carmo Irenis, Adriano de Oliveira e Iron
Luiz da Rosa Monteiro, nos termos do art. 580 do Código de Processo
Penal. (STJ - Acórdão Rhc 97515 / Rs, Relator(a): Min. Reynaldo Soares
da Fonseca, data de julgamento: 17/05/2018, data de publicação:
30/05/2018, 5ª Turma) (grifei).
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Longe de ser ginástica argumentativa, portanto, demonstrar de
pronto que a presente e famigerada denúncia não só lesa o bom
funcionamento do Ordenamento Jurídico Pátrio, como também lesa o direito
inafastável da Ampla Defesa e Contraditório, nos termos do Art 5º, inciso
LV da Constituição da República. Ululante é que se perceba: se não se tem
conhecimento de qual imputação se lhe é designada, não pode o Réu se
defender devidamente.
Por este motivo exposto, requer seja Rejeitada a Denúncia por
latente nulidade da Inépcia, nos termos do artigo 395, I do Código de
Processo Penal.
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Quando se vislumbra a fragilidade das provas postas, é
imperativo a Rejeição da Denúncia do Réu por ausência de Justa Causa, nos
termos do entendimento do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, senão
vejamos:
PENAL E PROCESSUAL. TRIBUNAL DO JÚRI. RÉU DENUNCIADO
POR TENTATIVA DE HOMICÍDIO SIMPLES. DECISÃO QUE
REJEITA A DENÚNCIA POR AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA.
ELEMENTOS PROBATÓRIOS DÉBEIS. DECISÃO MANTIDA. 1 O
Ministério Público recorre da decisão que rejeitou a denúncia por
ausência de justa causa para o exercício da ação penal. Alega que há
indícios de autoria e de materialidade suficientes para afirmar que o réu
cometeu tentativa de homicídio. 2 Não há justa causa para a ação penal
que visa apurar crime de tentativa de homicídio quando a vítima imputa
crime contra o agressor, apenas um ano e meio após os fatos, e as pessoas
que atribuíram a autoria ao acusado sequer foram ouvidas. 3 Recurso não
provido. (TJDFT - Acórdão 0011724-92.2015.8.07.0005, Relator(a): Des.
George Lopes, data de julgamento: 13/09/2018, data de publicação:
20/09/2018, 1ª Turma Criminal)
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necandi, tão importante em ações do Artigo 121 e seus incisos do Código
Penal.
Ora, parece-nos cristalino a ausência de interesse, por parte do
parquet, de buscar provas cabais para o presente processo. Se nos
debruçarmos na lei seca do Código de Processo Penal, facilmente
perceberemos a importância do Laudo Pericial para a real formação da culpa
do suposto Autor do ato delituoso, senão vejamos:
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito
oficial, portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei nº
11.690, de 2008)
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia: (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem
a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem
esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias,
podendo apresentar as respostas em laudo complementar; (Incluído pela Lei nº
11.690, de 2008)
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a
ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência. (Incluído pela Lei nº 11.690,
de 2008)
§ 6o Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base
à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre
sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo
se for impossível a sua conservação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 7o Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico. (Incluído pela Lei nº
11.690, de 2008)
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Ora, para que se conclua o verdadeiro animus necandi do Réu,
é imperativo que se tenha em mãos Laudos incontestáveis. Não é o que temos
in casu.
Estando diante, outrossim, do disposto no que prevê o Código
de Processo Penal, nos termos do Artigo 564, inciso II, alínea “b”, é
imperativo a Rejeição da Denúncia, por latente nulidade processual.
Dos pedidos
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3 – Laudo Técnico por Perito Oficial demonstrando o tempo em
que a Vítima ficou afastado de suas atividades laborais, a fim de se constatar
a real gravidade da lesão posta.
Protesta, por fim, sejam arroladas as testemunhas que seguem:
1. Medico Plantonista do Hospital Kalil Moisés da Silva,
cidade de Vitória de Mearim, este com nome ilegível e
sem carimbo para adequada qualificação.
2. Enfermeira Plantonista do dia do suposto ato delituoso do
Hospital Kalil Moisés da Silva, cidade de Vitória do
Mearim, esta com identificação desconhecida.
3. Miriam Silva de Araújo, residente na Rua 5, casa 51, Vila
Nazaré, Miranda do Norte.
4. Maquiel Rocha Sobral, residente na Rua 1, casa SN, Vila
Nazaré, Miranda do Norte.
5. Clerismar de Jesus Santos, residente na Rua 5, casa 33,
Vila Nazaré, Miranda do Norte.
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