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AO INSIGNE JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA

COMARCA DE VITÓRIA DO MEARIM, MARANHÃO

VALBER.., brasileiro, em união estável, vendedor, inscrito no


Cadastro de Pessoa Física sob o número xxxxxxxx, possuidor da Cédula de
Identidade Registro Geral número xxxxxxxxxxxxx SSP/MA, vem mui
respeitosamente perante este douto Juízo, por intermédio de seu advogado
subscrevente, este com endereço profissional constante na nota de rodapé,
apresentar, com fulcro nos artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal,
as devidas:

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

Nos termos de fato e direito que por conseguinte passo a expor:


Avenida Colares Moreira, Edifício Office Tower, sala 126, Renascença II;
Brenno Silva Gomes Pereira, Advogado OAB 20036, email: brennosgomes@gmail.com
Tel: (98) 3199-0419
da síntese do necessário

Em análise inicial, insta constar que Valber, homem casado, pai


de família, de boa índole e com residência fixa, deslocava-se da casa de sua
tia, no povoado de COQUE, nesta Urbe, em direção à sua casa, no município
de Miranda, Maranhão, quando, de maneira inesperada, fora trancado por
um grande caminhão – do tipo caçamba – chegando a tirá-lo da pista de
circulação.
Como natural reação do ser humano, Valber logo sentiu forte
indignação, ao passo em que se contentou que nada aconteceria por
oportuno. Porém, em ato continuo, seu vizinho e amigo, que lhe
acompanhava no carro naquele momento, senhor Raimundo, lhe pediu que
emparelhasse o carro ao lado do caminhão para que procedesse com o
famigerado ato objeto da presente demanda: iria lhe acertar uma pedra com
uso de baladeira.
Não tendo o consentimento de Valber, Raimundo passou a
aguardar o momento oportuno para cometer tal infantilidade. A oportunidade
logo surgiu quando, no ultimo quebra-molas da cidade de Vitória do Mearim,
Valber fazia ultrapassagem do supracitado caminhão.
Conforme consta em depoimentos anexados, Raimundo – sem
o consentimento de Valber – buscou acertar o braço da Vítima deste
famigerado caso, onde, por motivos alheios à sua vontade (o carro lhe tirou
o alvo ao pular no quebra-molas) lhe fez acertar a cabeça do condutor do
caminhão.
Sem perceber a gravidade da lesão ocorrida naquele momento,
os ocupantes do veículo decidiram por continuar seu trajeto, onde foram
abordados por agentes da briosa Polícia Militar do Maranhão, que
prontamente procederam com o flagrante.
Chegando na delegacia plantonista da região, qual seja: Viana,
Maranhão, os conduzidos tiveram uma notícia absolutamente inverídica e
consternadora: o laudo pericial constava que o ferimento da vítima teria sido
oriundo de disparo de Arma de Fogo.

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Estupefatos com o que fora documentado, prontamente
acionaram este advogado subscrevente para que procedesse com as medidas
necessárias, visto terem absoluta certeza de que o ato era inverídico e
infundado.
Tendo o flagrande documentado, foram ouvidos os agentes do
ato – vítima e autores – ao qual responderam os quesitos feitos pelo Senhor
Delegado de Polícia.
Eximindo este douto juízo de debates prolixos, destaca-se o
depoimento da vítima Sebastião, que, após curativos, encaminhou-se em pés
próprios, depor o que lhe fora questionado.
Em seu curto depoimento, a vítima destacou que, após deparar-
se com o senhor Raimundo, carona do veículo conduzido por Valber, o
cumprimentou, onde, logo após, ouviu um barulho de estrondo do lado do
passageiro (lado direito do veículo), fazendo-lhe crer ter sido um pneu
estourando. Após perceber o sangramento em sua cabeça, fora encaminhado
para o hospital daquela Urbe, onde, após ser feito o curativo, fora informado
pela enfermeira plantonista que POSSÍVELMENTE aquele ferimento
teria sido oriundo de disparo de arma de fogo.
Posteriormente, fora lavrado laudo técnico por perito não
oficial ao qual se instou ser – irresponsavelmente – o ferimento oriundo de
disparo de arma de fogo.
Sendo estes os motivos de fato ao qual oportuniza salientar, vem
esta defesa técnica, na certeza de que Vossa Excelência emprestará o
máximo de sua atenção, adentrar ao mérito da ação.

do meritum causae

Em momento de profunda argumentação jurídica, por restar


cristalino os requisitos para Rejeição da Denúncia, bem como os requisitos
necessários para que se garanta a desclassificação do crime imputado,
apresentar-lhe-á, requerendo o máximo de Vossa atenção, os requisitos
necessários em matéria de direito, senão vejamos:

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Da inépcia da denúncia

Cabe destacar, aprofundando-se ao mérito da causa, já em início


de discussão, estarmos diante de latente inépcia de denúncia.
É consternador, data máxima vênia, presenciar perante este
juízo tão grave denúncia alicerçada em tão somente meia página de
fundamentação.
Ora, diante do exposto pelo Titular da Ação Penal, não há o
mínimo de lastro probatório para que se afira, de maneira segura, sequer a
existência do delito ora imputado. Ao que se visualiza, as condutas não foram
devidamente especificadas e individualizadas. Não se sabe, outrossim, qual
a conduta típica, anti-jurídica e culpável do Senhor Valber, fazendo-se
menção, unicamente, à documentos constantes no Inquérito Policial.
Como é cediço em Direito Penal/Processual Penal, os autos do
Inquérito Policial devem servir tão somente como lastro para formação de
denúncia e ajuizamento de Ação Penal, nunca como alicerce probatório desta
Ação, quiçá como lastro probatório para condenação.
Noutro passo, ainda que se admitindo documentos acostados em
fase inquisitorial, é cristalina a deficiência investigativa para que se
demonstre, de forma razoável, o cometimento de delito tão grave.
Compulsando aos autos do presente Processo Criminal, não se
encontra qualquer Laudo Técnico obtido por Perito Oficial, nem mesmo
aquele ao qual o artigo 159 §1 do Código de Processo Penal requer. Ou seja:
acusa-se de tentativa de homicídio com emprego de arma de fogo sem a
devida Classificação Penal, sem laudos obtidos por Perito Oficial, quiçá pelo
designado no artigo 159 §1 do CPP, sem arma ou projétil, sem exame
balístico ou qualquer outro meio de prova que faça este juízo concluir que
houve algum disparo de arma de fogo.
Note, outrossim, que nem mesmo o famigerado laudo médico
obtido por perito não oficial é conclusivo quanto aos meios utilizados para a
obtenção da lesão. Ou seja: temos em tela uma denúncia absolutamente
inepta.
São nestes termos que entende o Egrégio Superior Tribunal de
Justiça, fazendo-se perceber ser de absoluta importância a discriminação

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absolutamente individualizada de cada conduta, o liame subjetivo entre os
agentes e a identidade da infração. Não tendo isto, é imperativo que se
ABSOLVA SUMARIAMENTE o Réu, senão vejamos:
PENAL E PROCESSO PENAL. RECURSO EM HABEAS CORPUS. 1.
TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. INÉPCIA DA DENÚNCIA.
HOMICÍDIO CULPOSO EM COAUTORIA. 2. VÍNCULO
SUBJETIVO NÃO NARRADO. PREJUÍZO À AMPLA DEFESA.
INÉPCIA DA DENÚNCIA. 3. RECURSO EM HABEAS CORPUS
PROVIDO. EXTENSÃO DA ORDEM. ART. 580 DO CPP. 1. O
trancamento da ação penal na via estreita do habeas corpus somente é
possível, em caráter excepcional, quando se comprovar, de plano, a
inépcia da denúncia, a atipicidade da conduta, a incidência de causa de
extinção da punibilidade ou a ausência de indícios de autoria ou de prova
da materialidade do delito. A denúncia imputa homicídio culposo em
coautoria. São requisitos indispensáveis ao concurso de agentes a
pluralidade de agentes e de condutas, a relevância causal de cada
conduta, o liame subjetivo entre os agentes e a identidade de infração.
Não se verificando liame subjetivo, não há se falar em concurso de
agentes, devendo cada um responder pela sua própria ação ou omissão.
Ademais, só pode ser considerado coautor aquele que tem participação
importante e necessária ao cometimento da infração. 2. Não é possível,
a não ser de forma reflexa, atribuir-se aos demais denunciados a
imperícia do denunciado Emerson ao içar a comporta com sobrepeso, pois
nem ao menos é possível concluir-se que sua conduta tenha entrado na
esfera de conhecimento dos demais. Dessa forma, na forma como trazida,
a imputação revela verdadeira responsabilidade penal objetiva, a qual,
como se sabe, não é admitida no ordenamento jurídico pátrio. Não tendo
a inicial narrado o liame subjetivo entre os demais denunciados e o autor
da conduta imperita que ocasionou a morte da vítima, e não se
verificando a relevância causal da negligência imputada, tem-se que a
denúncia não apresenta todos os elementos necessários à imputação do
crime em coautoria. A acusação não se desincumbiu de delinear de
forma adequada a coautoria no crime culposo, o que revela a inépcia da
denúncia, vício que prejudica o exercício da ampla defesa. 3. Recurso em
habeas corpus a que se dá provimento, para reconhecer a inépcia da
denúncia, sem prejuízo de que outra seja apresentada em observância ao
art. 41 do Código de Processo Penal. Estendo os efeitos da presente
decisão aos corréus Ediney do Carmo Irenis, Adriano de Oliveira e Iron
Luiz da Rosa Monteiro, nos termos do art. 580 do Código de Processo
Penal. (STJ - Acórdão Rhc 97515 / Rs, Relator(a): Min. Reynaldo Soares
da Fonseca, data de julgamento: 17/05/2018, data de publicação:
30/05/2018, 5ª Turma) (grifei).

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Longe de ser ginástica argumentativa, portanto, demonstrar de
pronto que a presente e famigerada denúncia não só lesa o bom
funcionamento do Ordenamento Jurídico Pátrio, como também lesa o direito
inafastável da Ampla Defesa e Contraditório, nos termos do Art 5º, inciso
LV da Constituição da República. Ululante é que se perceba: se não se tem
conhecimento de qual imputação se lhe é designada, não pode o Réu se
defender devidamente.
Por este motivo exposto, requer seja Rejeitada a Denúncia por
latente nulidade da Inépcia, nos termos do artigo 395, I do Código de
Processo Penal.

Da ausência de Justa Causa

Ainda diante do anteposto, destaca-se também a cristalina


ausência de Justa Causa para denunciar o Réu por crime tão gravoso.
Ora, para que se tenha uma denuncia e auspícios de uma
condenação, não se pode arguir suposições ou leviandades. Ao contrário
disto, diante da seriedade inerente aos procedimentos Penais, é
absolutamente imperativo que se demonstre os reais motivos alicerces da
denúncia, bem como fazer o amparo baseado em provas concretas e
irrefutáveis.
Ao que consta, não é o que temos em tela.
Em análise aprofundada dos autos do presente processo, a
denúncia em momento algum acosta ao processo documentos, laudos
periciais por peritos oficiais, laudos assinados por mais de dois peritos não
oficiais, fotos da lesão da vítima, perigo concreto à vida da vítima, exames
balísticos, busca por indícios de pólvora na vítima ou nos autores, laudos de
perícia técnica no caminhão da vítima, indícios da existência de projéteis no
carro da vítima, et cetera. Consta tão somente remissões ao Inquérito
Policial.
Ao que se nota, são absolutamente débeis as provas arroladas
ao presente processo, fazendo-se por em descrédito o bom funcionamento
das instituições de justiça.

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Quando se vislumbra a fragilidade das provas postas, é
imperativo a Rejeição da Denúncia do Réu por ausência de Justa Causa, nos
termos do entendimento do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, senão
vejamos:
PENAL E PROCESSUAL. TRIBUNAL DO JÚRI. RÉU DENUNCIADO
POR TENTATIVA DE HOMICÍDIO SIMPLES. DECISÃO QUE
REJEITA A DENÚNCIA POR AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA.
ELEMENTOS PROBATÓRIOS DÉBEIS. DECISÃO MANTIDA. 1 O
Ministério Público recorre da decisão que rejeitou a denúncia por
ausência de justa causa para o exercício da ação penal. Alega que há
indícios de autoria e de materialidade suficientes para afirmar que o réu
cometeu tentativa de homicídio. 2 Não há justa causa para a ação penal
que visa apurar crime de tentativa de homicídio quando a vítima imputa
crime contra o agressor, apenas um ano e meio após os fatos, e as pessoas
que atribuíram a autoria ao acusado sequer foram ouvidas. 3 Recurso não
provido. (TJDFT - Acórdão 0011724-92.2015.8.07.0005, Relator(a): Des.
George Lopes, data de julgamento: 13/09/2018, data de publicação:
20/09/2018, 1ª Turma Criminal)

Pelo exposto, demonstra-se nítido a imperiosa necessidade de


Rejeição da Denúncia do Réu, não só para que se demonstre a seriedade das
instituições jurisdicionais, requisitando-se profundidade e criteriosa
descrição de liame fatos-provas para o Titular da Ação Penal, bem como por
ser motivo de direito e justiça, nos termos do artigo 395. II do Código de
Processo Penal.

Da ausência de prova pericial

Eximindo este douto Juízo de discussões repetitivas e prolixas,


destaco a ululante nulidade da ausência de prova pericial nos termos do
artigo 159 e 159 §1 do Código de Processo Penal.
Como bem sabe este Juízo, a criação e requerimento de provas
para a formação da culpa do Réu, ou, ainda que não se tratando de culpa,
mas para o alicerçamento em Justa Causa para a apresentação de Ação Penal,
é absolutamente preponderante que se tenha lastro pericial mínimo para a
ligação dos indícios de autoria e materialidade, bem como com o animus

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necandi, tão importante em ações do Artigo 121 e seus incisos do Código
Penal.
Ora, parece-nos cristalino a ausência de interesse, por parte do
parquet, de buscar provas cabais para o presente processo. Se nos
debruçarmos na lei seca do Código de Processo Penal, facilmente
perceberemos a importância do Laudo Pericial para a real formação da culpa
do suposto Autor do ato delituoso, senão vejamos:
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito
oficial, portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei nº
11.690, de 2008)
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente
desempenhar o encargo. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de
assistente técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a
conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as
partes intimadas desta decisão. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à
perícia: (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem
a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem
esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias,
podendo apresentar as respostas em laudo complementar; (Incluído pela Lei nº
11.690, de 2008)
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a
ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência. (Incluído pela Lei nº 11.690,
de 2008)
§ 6o Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base
à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre
sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo
se for impossível a sua conservação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 7o Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico. (Incluído pela Lei nº
11.690, de 2008)

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Ora, para que se conclua o verdadeiro animus necandi do Réu,
é imperativo que se tenha em mãos Laudos incontestáveis. Não é o que temos
in casu.
Estando diante, outrossim, do disposto no que prevê o Código
de Processo Penal, nos termos do Artigo 564, inciso II, alínea “b”, é
imperativo a Rejeição da Denúncia, por latente nulidade processual.

da desclassificação para Lesão Corporal, pela ineficácia absoluta do


meio utilizado para a suposta tentativa de homicídio.

Dando prosseguimento ao que se lhe fora amplamente posto,


não entendendo este juízo pela Rejeição da Denuncia ante as latentes
nulidades postas, vem requerer, amparado tão somente no princípio da
eventualidade, a desclassificação para o delito de Lesão Corporal.
Como é cristalino, não há alicerce mínimo para que se conclua
ter havido o animus necandi o presente caso. Ao contrário, percebe-se que,
tão somente por parte do executor do ato, houve a intenção de ocasionar
uma lesão leve na Vítima, tendo, por causa alheia à sua vontade, lesionando
a cabeça da Vítima de raspão.
A presente desclassificação encontra amparo na jurisprudência
pátria, sendo imprescindível a sua imposição, senão vejamos:
APELAÇÃO CRIMINAL - TENTATIVA DE HOMICÍDIO - AUSÊNCIA
DA COMPROVAÇÃO DE ANIMUS NECANDI - DESCLASSIFICAÇÃO
MANTIDA. Não havendo indícios suficientes de que o réu tenha agido com
aninus necandi a manutenção da desclassificação do delito de homicídio
tentado para o crime de lesão corporal é medida que se impõe (TJMG -
Acórdão Apelação Criminal 1.0471.16.010184-9/001, Relator(a): Des.
Denise Pinho da Costa Val, data de julgamento: 06/02/2018, data de
publicação: 21/02/2018, 6ª Câmara Criminal).

Ora, ainda que nos mantenhamos adstritos tão somente ao local


da lesão (perceba que o local da lesão não delimita a intenção ou não de
matar), o objeto utilizado (baladeira) não é apto a ceifar a vida de quem quer
que seja, tal qual preconiza o artigo 17 do Código Penal.
Visualizando, outrossim, haver a total impossibilidade do
cometimento do crime de homicídio por parte do correu, destacando-se em
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especial a impropriedade do objeto utilizado (baladeira), imperioso que se
faça a desclassificação do crime para Lesão Corporal, passando então a
discutir, em momento oportuno, a gravidade da famigerada lesão para
eventual formação de culpa.

Dos pedidos

Ante o exposto, demonstrando-se de forma cristalina a


Ausência de Justa Causa, Inépcia da Denúncia bem como a Ausência de
Prova Pericial, vem esta defesa técnica requerer, nos termos dos artigos 395,
I e III do Código de Processo Penal, bem como artigo 564, inciso III, alínea
“b” do mesmo Códex Processual.
Ainda assim, não entendendo as latentes nulidades expostas em
juízo, que se absolva sumariamente o Réu Valber, nos termos do artigo
397, inciso III do Código de Processo Penal, pela ausente descriminação
detalhada da atividade delituosa do Réu, fazendo-se ter certeza da ausência
de crime deste.
Não entendendo este douto Juízo por rejeitar a denúncia, nem
absolver sumariamente o Requerente, que se desclassifique o crime exposto
para Lesão Corporal, visto ausente o animus necandi dos Réus, em especial
deste peticionante, Valber, por mais uma vez restar inexistente a descrição
da suposta atividade delituosa cometida por este.
Faz-se ainda requerer sejam anexadas ao processo todos os
meios de provas admitidas em direito, em especial:
1 – Laudo Técnico por Perito Oficial designado pelo Tribunal
de Justiça, para que se apure a real gravidade da lesão da Vítima, bem como
os meios utilizados para a obtenção desta lesão.
2 – Exames balísticos no veículo da vítima, bem como apuração
da existência de projéteis naquele caminhão, sendo esta prova de latente
pertinência para o processo.

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3 – Laudo Técnico por Perito Oficial demonstrando o tempo em
que a Vítima ficou afastado de suas atividades laborais, a fim de se constatar
a real gravidade da lesão posta.
Protesta, por fim, sejam arroladas as testemunhas que seguem:
1. Medico Plantonista do Hospital Kalil Moisés da Silva,
cidade de Vitória de Mearim, este com nome ilegível e
sem carimbo para adequada qualificação.
2. Enfermeira Plantonista do dia do suposto ato delituoso do
Hospital Kalil Moisés da Silva, cidade de Vitória do
Mearim, esta com identificação desconhecida.
3. Miriam Silva de Araújo, residente na Rua 5, casa 51, Vila
Nazaré, Miranda do Norte.
4. Maquiel Rocha Sobral, residente na Rua 1, casa SN, Vila
Nazaré, Miranda do Norte.
5. Clerismar de Jesus Santos, residente na Rua 5, casa 33,
Vila Nazaré, Miranda do Norte.

São os termos em que pede e espera deferimento.

Desta Capital do Estado do Maranhão para Vitória do Mearim, aos três


dias do mês de maio do ano de dois mil e dezenove

Brenno S. Gomes Pereira


Advogado, OAB/MA 20.036

Elda Pereira Silva


Advogada, OAB/MA 10.546

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