Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Bem-aventurados os que
observam a justiça...
(Salmos 106:3)
GE nº 0008604-94.2010.8.08.0035
Ocorre que, conforme se observa nos autos físicos, o lapso temporal da pena do reeducando
tem sido desconsiderado para fins de aplicação de benefícios da execução criminal, conforme
se verifica no atestado de pena.
Nessa senda, observa-se que ainda não foi objeto das decisões proferidas até o momento, tanto
em sede de instrução e recursos, bem como na presente execução, o instituto da DETRAÇÃO.
_______________________________________________________________________________________________________
Rua José Alexandre Buaiz, nº 300 Vitória/ES (27) 99778-6930 / 3224-4950
Salas 1215/1216, Ed. Work Center Enseada do Suá marceloserafim.adv@gmail.com
SERAFIM - ASSESSORIA & CONSULTORIA JURÍDICA
MARCELO SERAFIM DE SOUZA - OAB/ES 18.472
_____________________________________________________________________________
DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA EXECUÇÃO CRIMINAL PARA A CONCESSÃO DA DETRAÇÃO
A Lei nº. 7.210/84 estabelece em seu art. 66, inc. III, alínea c, que a competência de decidir sobre
detração é do Juízo da Execução, in verbis:
“Art. 66. Compete ao Juiz da execução:
[...]
III - decidir sobre:
[...]
c) detração e remição da pena;”
Ademais, esse é também o entendimento aplicado pelo TJMG, conforme os seguintes julgados:
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - FURTO QUALIFICADO - ART. 155, §
1º E § 4º, I, DO CP - ABSOLVIÇÃO POR AUSÊNCIA DE PROVAS - NÃO
CABIMENTO - AUTORIA E MATERIALIDADE DELITIVAS CONFIGURADAS -
CONFISSÃO JUDICIAL DO DENUNCIADO - APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA
INSIGNIFICÂNCIA - IMPOSSIBILIDADE - OUTRA PASSAGEM JUDICIAL EM
CRIME PATRIMONIAL - TIPICIDADE MATERIAL DA CONDUTA
RECONHECIDA - DESCLASSIFICAÇÃO PARA A MODALIDADE TENTADA -
IMPERTINÊNCIA - INVERSÃO DA POSSE DO BEM SUBTRAÍDO -
ATENUANTE DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA - COMPENSAÇÃO COM A
AGRAVANTE DA REINCIDÊNCIA - NECESSIDADE DETRAÇÃO DA PENA -
MOMENTO PROCESSUAL INOPORTUNO - MATÉRIA AFETA AO JUÍZO DA
EXECUÇÃO - CONCESSÃO DE PRISÃO DOMICILIAR - NÃO CABIMENTO -
COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA EXECUÇÃO.
- Nos crimes contra o patrimônio, entre eles o roubo, a confissão judicial
do réu, quando corroborada pela palavra da vítima e em harmonia com
as demais provas e os abalizados indícios amealhados ao longo da
instrução, é mais do que suficiente para alicerçar o decreto
condenatório.
_______________________________________________________________________________________________________
Rua José Alexandre Buaiz, nº 300 Vitória/ES (27) 99778-6930 / 3224-4950
Salas 1215/1216, Ed. Work Center Enseada do Suá marceloserafim.adv@gmail.com
SERAFIM - ASSESSORIA & CONSULTORIA JURÍDICA
MARCELO SERAFIM DE SOUZA - OAB/ES 18.472
_____________________________________________________________________________
- A insignificância deve ser aferida levando-se em consideração não só o
valor da coisa subtraída, mas, também, outras circunstâncias capazes de
demonstrar que a conduta foi ofensiva e reprovável, revelando-se
incabível a aplicação do referido princípio na hipótese vertente, já que o
delito foi praticado por indivíduo que outrora já se envolveu em infração
penal de igual natureza.
- Inocorre tentativa, mas furto consumado se houve inversão da posse e
efetiva retirada da res da esfera de vigilância da vítima.
- Consoante recente entendimento já pacificado nos Tribunais
Superiores, a agravante da reincidência e a atenuante da confissão
espontânea, por serem igualmente preponderantes, devem ser entre si
compensadas.
- O recurso de apelação não é a via oportuna para o requerimento e a
análise da possibilidade ou não de detração da pena, nos termos do
disposto no art. 66, III, c, da Lei de Execucoes Penais, sendo o Juízo da
Execução o competente para análise de tal matéria, sob pena de
supressão de instância.
- A prisão domiciliar é somente possível caso ao menos uma das
hipóteses do art. 117 da LEP reste cumprida, sendo que a apreciação de
sua aplicação e conveniência deve ficar a cargo do Juízo da execução
penal, competente para decidir sobre tal matéria. (TJMG - Apelação
Criminal 1.0479.16.014238-2/001, Relator (a): Des.(a) Jaubert Carneiro
Jaques , 6ª CÂMARA CRIMINAL, julgamento em 17/10/2017, publicação
da sumula em 27/10/2017)
_______________________________________________________________________________________________________
Rua José Alexandre Buaiz, nº 300 Vitória/ES (27) 99778-6930 / 3224-4950
Salas 1215/1216, Ed. Work Center Enseada do Suá marceloserafim.adv@gmail.com
SERAFIM - ASSESSORIA & CONSULTORIA JURÍDICA
MARCELO SERAFIM DE SOUZA - OAB/ES 18.472
_____________________________________________________________________________
Além disso, não há prazo estipulado pela LEP para a realização desse pedido, razão pela qual
busca-se tempestivamente nessa oportunidade a análise desse Juízo acerca da DETRAÇÃO.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
_________________________
MARCELO SERAFIM DE SOUZA
ADVOGADO - OAB/ES 18.472
_______________________________________________________________________________________________________
Rua José Alexandre Buaiz, nº 300 Vitória/ES (27) 99778-6930 / 3224-4950
Salas 1215/1216, Ed. Work Center Enseada do Suá marceloserafim.adv@gmail.com