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Fases Da Deglutição
A deglutição é um processo contínuo. Ele é dividido em fases, para ser melhor
compreendido. Alguns autores dividem a deglutição em 3 fases, oral, faríngea
e esofágica, e outros em 4, acrescentando a fase preparatória. Estas fases,
envolvem muitas estruturas, tanto moles como duras.
Para compreendermos melhor estas fases, discorreremos sobre a anatomia de
algumas estruturas que realizam ou participam da deglutição.
As estruturas duras são os ossos: hióide, esfenóide, mandíbula e vértebras
cervicais. Os músculos e outros tecidos importantes são: a orofaringe, músculos
constritores faríngeos, palato mole, língua - genioglosso, hioglosso e
estiloglosso, epiglote, esôfago, cartilagens cricóide e tireóide, e os músculos do
pescoço. Os nervos encefálicos são: Trigêmeo V (motor e sensitivo), Facial VII
(motor e sensitivo), Glossofaríngeo IX (motor e sensitivo), Vago X (motor e
sensitivo), Hioglosso XII (motor), e Spinal - Cervical 1-3 (motor). Se
considerarmos que o pescoço necessita estar bem posicionado para uma
deglutição harmoniosa, poderíamos também incluir o nervo Acessório XI.
Fisiologia da Deglutição
Segundo Marchesan, a função de deglutir é a de transportar material da cavidade
oral ao estômago não permitindo a entrada de nenhuma substância na via aérea.
Para deglutirmos de forma segura necessitamos de uma coordenação precisa,
principalmente entre as fase oral e faríngea. A passagem do bolo sem ser
aspirado é o resultado da interação complexa entre os diversos músculos e
nervos que participam da deglutição. A divisão da deglutição é baseada nas
características anatômicas e funcionais.
AVC;
Traumatismo craniano;
Esclerose múltipla;
Miastenia gravis;
Alzheimer
Doença de Parkinson;
Esclerose lateral amiotrófica (ELA);
Tumores do sistema nervoso central.
Fatores de risco
A disfagia pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas as pessoas que mais
sofrem com o problema são os idosos, pois possuem mais chances de
desenvolver problemas relacionados às principais causas da doença
O que é Alzheimer?
Estágios do Alzheimer
A Doença de Alzheimer é caracterizada pela piora progressiva dos sintomas.
Entretanto, muitos pacientes podem apresentar períodos de maior estabilidade.
A evolução dos sintomas da Doença de Alzheimer pode ser dividida em três
fases: (4)
Grau da Disfagia
Para classificar o grau da disfagia são utilizados critérios elaborados por autores.
SILVA (1999) Classifica o grau da disfagia em leve, moderada e severa.
1. Disfagia leve - não há sinais de penetração laríngica na ausculta cervical;
controle e transporte do bolo alimentar atrasado e lento.
2. Disfagia moderada - há sinais de penetração laríngica na ausculta cervical;
risco de aspiração; controle e transporte do bolo alimentar atrasado e lento.
3. Disfagia severa - presença de aspiração substancial com sinais de alteração
respiratória; ausência ou falha da deglutição completa do bolo alimentar.
Sintomas da disfagia
Tosse e regurgitação nasal são sintomas que podem surgir durante a
deglutição. Isso é resultado de uma anormalidade. Quando há dor ao engolir, a
disfagia pode ser chamada de odinofagia. Dor no tórax pode surgir em alguns
pacientes.
Trabalho Multidisciplinaridade
Intervenções Fonoaudiológicas
A intervenção fonoaudiológica precoce (vinte e quatro a quarenta e oito horas
pós evento e paciente clinicamente estável) em ambiente hospitalar visa
à identificação rápida da disfagia e prevenção de complicações clínicas advindas
da mesma, o que possibilitará a redução do tempo de internação. Para LUIZ
(2004) o fonoaudiólogo deve ser consciente de que o tipo, a localização, a
extensão e a gravidade da lesão cerebral são os fatores determinantes do prazo
para a execução do plano de reabilitação.
Consciente de que quanto mais precoce a detecção da disfagia e intervenção
estimulativa menores são os riscos de agravamento do quadro clínico do
paciente e maiores são as chances de um prognostico positivo, o
fonoaudiólogo elabora programas de reabilitação com técnicas
específicas (ativas e/ou passivas), para restabelecer o funcionamento das
estruturas envolvidas no processo da deglutição até a auto-alimentação
quando possível, prevenindo e diminuindo a incidência de broncopneumonia
aspirativa.
Coleta de Dados
É necessário o uso protocolo padronizado do serviço de fonoaudiologia do
hospital para avaliação clínica fonoaudiológica, que será preenchido durante o
período de atendimento ao paciente, e da análise dos prontuários médicos que
consta de:
1. Dados de anamnese;
Reabilitação
A reabilitação é um processo importante para o paciente disfágico.
Segundo MARCHESAN (1995), o processo terapêutico se baseará fazendo com
que o paciente conheça melhor as estruturas dos órgãos fonoarticulatórios e
como elas funcionam, podendo, assim, ter maior controle sobre elas.
SILVA (1998) considera a disfagia um sintoma com caracteristícas de desordem
de movimento, tornando-se bastante produtivo abordar a reabilitação
com objetivos que priorizem a independência funcional motora, neste caso
da deglutição do indivíduo.
LONGMANN(1983), considera que o principal objetivo do tratamento é o
restabelecimento da alimentação oral ao mesmo tempo que se deve manter
uma nutrição adequada.
Bibliografia