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INTRODUÇÃO
1. Aspectos sócio-históricos da escola de Frankfurt
1.1. Modelos críticos – Teoria Tradicional e Teoria Crítica
1.2. A intersecção dos conhecimentos
1.3. O Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt
1.4. Benjamin, Habermas e as gerações da Teoria Crítica
WALTER BENJAMIN
2. Filosofia da linguagem no primeiro Walter Benjamin
2.1. Mediação da informação X A magia da linguagem
2.2. A essência linguística das coisas ou o teor coisal da linguagem.
2.3. A revelação da linguagem divina, da linguagem adâmica e da linguagem burguesa.
2.4. A queda da linguagem, o lameto da natureza e a necessidade/impossibilidade do
tradutor.
AURA
Em suma, o que é a aura? É uma figura singular, composta de elementos espaciais e temporais: a
aparição única de uma coisa distante por mais perto que ela esteja. Observar, em repouso, numa tarde
de verão, uma cadeia de montanhas no horizonte, ou um galho, que projeta sua sombra sobre nós,
significa respirar a aura dessas montanhas, desse galho. Graças a essa definição, é fácil identificar os
fatores sociais específicos que condicionam o declínio atual da aura. Ela deriva de duas circunstâncias,
estreitamente ligadas à crescente difusão e intensidade dos movimentos de massas. Fazer as coisas
"ficarem mais próximas" é uma preocupação tão apaixonada das massas modernas como sua tendência
a superar o caráter único de todos os fatos através da sua reprodutibilidade. Cada dia fica mais
irresistível a necessidade de possuir o objeto, de tão perto quanto possível, na imagem, ou antes, na sua
cópia, na sua reprodução. Cada dia fica mais nítido a diferença entre a reprodução, como ela nos é
oferecida pelas revistas ilustradas e pelas atualidades cinematográficas, e a imagem. Nesta, a unidade e
a durabilidade se associam tão intimamente como, na reprodução,,a transitoriedade e a repetibilidade.
Retirar o objeto do seu invólucro, destruir sua aura, é a característica de uma forma de percepção cuja
capacidade de captar "o semelhante no mundo” é tão aguda, que graças à reprodução ela consegue
captá-lo até no fenômeno único. Assim se manifesta na esfera sensorial a tendência que na esfera teórica
explica a importância crescente da estatística. Orientar a realidade em função das massas e as massas
em função da realidade é um processo de imenso alcance, tanto para o pensamento como para a intuição.
O narrador
Devemos imaginar a transformação das formas épicas segundo ritmos comparáveis aos que presidiram
à transformação da crosta terrestre no decorrer dos milênios. Poucas formas de comunicação humana
evoluíram mais lentamente e se extinguiram mais lentamente. O romance, cujos primórdios remontam
à Antiguidade, precisou de centenas de anos para encontrar na burguesia ascendente, os elementos
favoráveis a seu florescimento. Quando esses elementos surgiram, a narrativa começou pouco a pouco
a tornar-se arcaica; sem dúvida, ela se apropriou de múltiplas formas, do novo conteúdo, mas não foi
determinada verdadeiramente por ele. Por outro lado, verificamos que com a consolidação da burguesia
– da qual a imprensa, no alto capitalismo, é um dos instrumentos mais importantes – destacou-se uma
forma de comunicação que, por mais antigas que fossem suas origens, nunca havia influenciado
decisivamente a forma épica. Agora ela exerce essa influência. Ela é tão estranha à narrativa como o
romance, mas é mais ameaçadora e, de resto, provoca uma crise no próprio romance. Essa nova forma
de comunicação é a informação.
Tese VI
Articular historicamente o passado não significa conhecê-lo "como ele de fato foi". Significa apropriar-
se de uma reminiscência, tal como ela relampeja no momento de um perigo. Cabe ao materialismo
histórico fixar uma imagem do passado, como ela se apresenta, no momento do perigo, ao sujeito
histórico, sem que ele tenha consciência disso. O perigo ameaça tanto a existência da tradição como os
que a recebem. Para ambos, o perigo é o mesmo: entregar-se às classes dominantes, como seu
instrumento. Em cada época, é preciso arrancar a tradição ao conformismo, que quer apoderar-se dela.
Pois o Messias não vem apenas como salvador; ele vem também como o vencedor do Anticristo. O dom
de despertar no passado as centelhas da esperança é privilégio exclusivo do historiador convencido de
que também os mortos não estarão em segurança se o inimigo vencer. E esse inimigo não tem cessado
de vencer.
Tese VIII
A tradição dos oprimidos nos ensina que o "estado de exceção" no qual vivemos é a regra. Precisamos
chegar a um conceito de história que dê conta disso. Então surgirá diante de nós nossa tarefa, a de
instaurar o real estado de exceção; e graça a isso, nossa posição na luta contra o fascismo torna-se-á
melhor. A chance deste consiste, não por último, em que seus adversários o afrontem em nome do
progresso, como se esse fosse uma norma histórica. – O espanto em constatar os acontecimentos que
vivemos “ainda” sejam possíveis no século XX não é nenhum espanto filosófico. Ele não está no início de
um conhecimento, a menos que seja o de mostrar que a representação da história donde provém aquele
espanto é insustentável
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE LETRAS E HUMANIDADES
VIII SEMANA DE LETRAS
JUGEN HABERMAS
2. Racionalidades do reconhecimento
2.1. Fim da filosofia do sujeito: intersubjetividade dialogal (I/je/Eu – Me/ Moi/Meu)
2.2. Pretensões dos atos de fala na argumentação intersubjetiva: verdade, correção
normativa e sinceridade.
2.3. Pretensão da ação: ser correta necessita de legitimidade e reconhecimento.
5. Crítica a Habermas
5.1. Falta de distribuição comunicativa igualitária
5.2. Objetificação dos grupos
5.3. Valores morais para além do ato comunicativo
TEXTOS DE HABERMAS
TIPOS DEARGUMENTAÇÃO
a) O discurso teórico, com pretensão à verdade ou eficácia dos fatos. Aqui, racional é aquele que profere
opiniões fundamentadas e age com eficiência;
b) O discurso prático, com pretensão à correção das normas. É racional aquele que justifica suas ações e julga
com imparcialidade;
c) O discurso explicativo, com pretensão à compreensibilidade. É racional aquele que forma adequadamente
suas construções simbólicas e se dispõe a explicar o significado de suas expressões;
d) Crítica terapêutica, com pretensão à veracidade. Racional aqui é aquele que está disposto a se libertar das
ilusões.
e) Crítica estética, que não levanta nenhuma pretensão específica. É tido por racional aqui aquele que
interpreta à luz dos valores standards e, sobretudo, adota uma atitude reflexiva.