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O Rei Ausente:
Prefácio Diogo Ramadã Curto: “Nesse mundo culturalmente tão distante do nosso, a
capacidade para organizar um evento festivo era interpretada como um sinal da
vitalidade política tanto da entidade que promovia a cerimônia como daquele que era
homenageado com a festividade". 13-14.
Procurar Artigo da Megiani, Messianismo nas novelas de cavalaria portuguesa.
Con(s)ciência Revista Cultural Técnica é Científica da UESB. Vitória da Conquista, n.
7, 1997.
“A figura do rei ou suas representações assegurava as ligações simbólicas estabelecidas
entre essas instâncias é os súditos.” 20.
Lynch, 1993, afirma que Carlos V não era visto como imperador pelos espanhóis, mas
sim rei, havia uma política nacional e não imperial. A ideia de imperador foi dada pelos
historiadores posteriormente. (Apud. MEGIANI, p. 32).
Castela tinha uma tendência unificadora, enquanto Aragão era mais pluralista.
A primeira meta de Carlos V era manter a defesa de sua herança e depois a sua
ampliação.
Para Fiuza o modos governando da Casa da Áustria de organizar a relação rei/reino
baseava-se no “reconhecimento de uma essência diversidade jurisdicional" pois tinha de
lidar com inúmeros particularismos corporativos, cuja articulação só podia ser mantida
por meio de alianças, tais como a união dos reinos em 1580. 39.
“Obviamente que o papel de um só homem, ou dois nesse caso, não foi o fator
elementar para o desencadeamento da avalanche de problemas que o império espanhol
passou a enfrentar no início do século XVII, mas o aumento da concentração de poderes
nas mãos de um conselheiro foi proporcional ao afastamento do rei, transformando a sua
rede burocrática é institucional no corpo de um rei ausente". 41-42.
“Afigura do rei (prinicpe) é determinante para a constituição da ideia da coisa publica,
porque é ele quem possibilita a sua existencia. Para reger e garantir a coisa publica,
fortalece-se também o corpo de leis como instrumento de conservsação da concordia e
com ele a sua maquina burocrática, composta pelos funicionarios letrados e oficiais” 44-
45.
“O incremento da atividade maritmo-comercial durante o periodo da Dinastia de Avis
(séculos XIV-XVI) foi ainda mais significativo para a definição do papel do Estado, que,
por seu controle, torna-se armador, mercador, explorador de monopólios e controlador
das companhias concessionárias das quais participam o rei, a familia real e a nobreza”.
(45).
A ideia de “contradição estrutural” do império portugues que ora defendia os interesses
mercantis as concepções mais modernas de Estado, foi dada por Godinho.
Para Cardim e Shaub não houve um Estado monarquico e centralizado em Portugal mas
“processos independentes coordenaqdos pelo rei”., relação do rei com a nobreza
pautada por laços de colaboração. 46.
As tentativas de normatização resultam na execução das Ordenações Manuelinas e
Filipinas (“Fundadoras do prinicpio legislativo de Portugal”).
O texto a A Corte na Aldeia, Noites de Inverno de Francisco Rodrigues Lobo foi feita
com a tematica de ausencia da corte em Portugal no periodo de dominação Habsburgo.
(57).
“Em Portugal, foi a partir do reinado de D. João II que a corte portuguesa despontou
como elemento constitutivo do poder real, a ele submetido por meio de privilégios e
favoritismo. Também D. Manuel soube utilizar a corte formada pelos senhores da alta
nobreza como base de sustentação social do seu poder, nunca permitindo que ela se
posicionasse contra o monarca [os brasões da sala de Sintra foram feitas para
representar as linhagens de fidalgos de Portugal e demonstrar sujeição à coroa]. Fixando
a sede da monarquia no cais da Ribeira, o Venturoso fez definitivamente de Lisboa a
capital desse vínculo simbiótico de dependencia”. (62).
História diplomática de Portugal:
“o futuro há-de sempre ser condicionado pelo pretérito”. 7.
Os desacertos dos povos, ou de quantos se arrogam a respectiva, provêm quase sempre
do desconhecimento, ou do conhecimento imperfeito, das suas origens. Porquanto, não
saber as origens há-de implicar também a ignorância da própria natureza, das próprias
estruturas reais, da própria capacidade. Quem não conhece o seu passado não pode
vislumbrar se quer o seu futuro. 9
A historiografia portuguesa tem frequente esquecimento, ou falta de hierarquização, dos
aspectos respeitantes à política externa. 10.
Os eventos portugueses não estão desligados do enquadramento internacional. Difícil
são isolados.
A independência de Portugal deve entendida no contexto da republicana Cristiana.
“De maior importância são, em regra, as instruções dirigidas pelos príncipes, ou em
nome deles, aos seus embaixadores, em épocas de comunicações lentas, que se
tornavam difícil a continuidade do envio de despachos elucidativos sobre as diligências
a empreender .... Esse realismo é frequentemente revelado pelos relatórios dos
diplomatas , sempre 1ue não receiam quebras de sigilo ou inconstância graves dos seus
governos”. 13-14.
“Pode ser levado a crer que a abolição do designado ‘absolutismo real’ despersonalizou
a diplomacia. Tal não aconteceu. Não Só porque há outros ‘absolutismo’, mas também
porque, mesmo em regimes que tornam difusas as responsabilidades políticas, e
abstraindo ainda de um poder central exercido, de facto, por vontades mais ou menos
ocultas, o plano diplomático se tem mostrado aquele em que as personalidades ligadas à
certas posições ganham maior relevo". 16-17.
Edmund Burke idealizador da diplomacia moderna em 1796.