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Compreensão e Produção de Textos

*O conteúdo foi tirado da apostila de redação


Positivo.
Essa apostila me ajuda muito nas provas que venho fazendo.
Espero que seja útil a todos!
As propostas de redação eu irei postar no meu IG
@vestibulandanaluta
1 – DISSERTAÇÃO TRADICIONAL
- Compreende três fases, o que não significa três parágrafos
apenas: introdução (de preferência, breve), desenvolvimento
(para a argumentação) e conclusão (de preferência, breve).
- Pode-se dividir o desenvolvimento em dois ou mais parágrafos,
segundo sua capacidade de explanação, exemplificação e
análise.
- O texto precisa apresentar o tema, o contexto da discussão, e
definir, com clareza, uma tese, um ponto de vista. Quando o
leitor terminar de ler o seu texto, ele tem que ter clara a tese
defendida por você, certo?
- A sustentação da tese se dá por meio de uma exposição
objetiva, clara, de qual seja ela, além dos argumentos que a
defenderão.
- Exemplos concretos, de conhecimento notório, pertinentes ao
tema e à sua tese, sempre valorizarão o enfoque.
- Os textos de apoio da coletânea, bem como as imagens,
devem ser utilizados quanto às ideias, o que não significa
aquela citação literal e detalhista de fonte, autor, etc, etc. Você
pode passar pelas ideias da coletânea, evitando a citação
literal, a não ser que os comandos assim o exijam.
- Cuidado para não ficar apenas expondo o tema,
caracterizando-o. Isso não destaca em nada o texto; quando
muito, é um procedimento correto. E só.

2 – ARGUMENTAÇÃO BREVE
- É o modelo tradicional da UFPR.
- Tem comandos muito específicos que orientam o
encaminhamento do texto. É possível atendê-los sem se prender
à ordem na qual venham expostos no enunciado.
- Não exige a primeira pessoa obrigatoriamente.
- Pode exigir que se use o texto de apoio como referência para a
discussão, mas ele não deve tomar conta de sua redação.

3 – ARTIGO DE OPINIÃO
- Como o nome propõe, vai defender uma tese, uma opinião,
bem como seria em uma dissertação.
- Diferença: o tom de linguagem aqui vai pressupor alguém que
domina o assunto, e, portanto, pode ficar mais à vontade para se
posicionar, usando mais naturalmente a primeira pessoa, por
exemplo.
- Espelhe-se nos editorais da página 2 da Folha de S.Paulo, por
exemplo, ou nas das revistas semanais. Veja que é possível por
exemplo, começar com uma imagem inusitada, pessoal, servindo
apenas de gancho para que a discussão seja introduzida e
defendida a tese, posteriormente.
- Todo artigo de opinião tem um título.
- Apenas assine se a proposta indicar tal necessidade.

4 – CARTA ARGUMENTATIVA
- Tende a ser “enviada” a um destinatário, definido pela proposta.
Como o nome do modelo já diz, você também deverá defender,
com seus argumentos, uma tese, um ponto de vista.
- Certamente a proposta sugerirá algum texto de apoio, que você
pode usar como referência para sustentar suas ideias ou contra-
argumentar em relação ao que lerá no texto.
- Trata-se, aqui, de um texto em que se defende a ideia e, na
medica do possível, “ataca-se” outra, quando ela aparecer.
- O enunciador, neste caso, pode ser “visualizado” de maneira
mais evidente: você pode se pronunciar, no texto indicado de
quem se trata na manifestação. Por exemplo, identificar-se como
um estudante, um profissional de uma área específica, um leitor,
etc...
- É natural, portanto, que você mantenha “contato” com o
destinatário da carta, “chamando-o” à discussão, evocando-o por
meio de vocativos.
- Provas mais tradicionais quanto á estrutura exigem o
preenchimento de local, data, vocativo, saudação e despedida –
como se isso fosse o que define realmente uma carta... No caso
da UEM, recomenda-se atenção a isso. Na UFPR, só se for
pedido.
- Só assine se for pedido expresso pelos comandos.

5 – CARTA A REVISTA, JORNAL


- Tende a ser mais curta, embora não deixe de exigir que você
apresente um ponto de vista.
- Aqui, é preciso recriar uma situação comumente verificada na
seção de cartas das revistas e jornais, em que há uma menção
de contexto (o assunto motivador da carta) e posterior exposição
do problema, definindo o motivo que levou a escrever tal texto.
- Procure “encenar” a situação, como se realmente fosse um
leitor enviando a carta a este tipo de destinatário.
- Provas mais tradicionais quanto á estrutura exigem o
preenchimento de local, data, vocativo, saudação e despedida –
como se isso fosse o que define realmente uma carta... No caso
da UEM, recomenda-se atenção a isso. Na UFPR, só se for
pedido.
- Só assine nos termos expressos pelos comandos, se assim for
exigido.

6 – RESPOSTA ARGUMENTATIVA
- Responde a uma determinada questão apoiando-se em dois
básicos: ideias dos textos de apoio – sem cópia + suas ideias,
seus argumentos.
- O leitor deve ter em mente, ao final da leitura, uma clara
resposta ao que se colocou como questão.
- O seu ponto de vista bem definido, portanto, é essencial na
constituição desse tipo de resposta.

7 – RESPOSTA INTERPRETATIVA
- Novamente se espera uma resposta a determinada questão.
Neste caso, porém, não entra em jogo a sua opinião, mas o que
se depreende dos textos de apoio, que devem ser trabalhados
como fonte de referência para a construção de sua resposta.
- Cite os textos de apoio, inclusive valendo-se de menções
literais.
-Neste caso, a interpretação nasce do que os textos de apoio já
sugeriam, de modo que o seu texto será um exercício de dar
uma organização especial a uma ideia já estabelecida. Trata-se,
portanto, de um exercício de escrita precedido claramente por
um exercício de leitura, avaliando a sua capacidade de
percepção sobre o que a coletânea aponta.

8 – RELATO
- Cuidado aqui. Tende a parecer que deve haver a criação de
uma “historinha”, com personagens e outros elementos da
narração. Via de regra, no entanto, o espaço para o relato é
diminuto, o que não permite aprofundamento no teor narrativo.
- Assim, os elementos da narrativa devem server de ilustração
para a situação, o fato, que se quer relatar. Não há como
aprofundar tais elementos, portanto.
- Se não há como “criar” uma situação ilustrativa do que se pede,
o seu repertório pode ajudar: você pode se valer de um relato
que aponte para um caso de conhecimento público que justifique
a ideia do relato. Cuidado, apenas, para não cair no lugar
comum caso haja um exemplo que pareça muito evidente.
- Por exemplo: pede-se um relato sobre imprudência no trânsito
e cita-se o caso de Thor Batista. É óbvio demais, certo?

9 – NOTÍCIA
- Você pode partir de uma pequeníssima narração, como se vê
em notícias de jornal e revista, exemplificando o caso em
questão, para logo em seguida abordar o problema colocado
pela proposta.
- A linguagem aqui pode ser mais despojada, como se vê
principalmente em revistas, que têm um público bem definido,
segundo o perfil de cada publicação.
- Apesar do possível despojamento de linguagem, evite a
primeira pessoa, pois se trata de um texto em que o enunciador
não aparece como protagonista de nada, diferentemente de um
artigo de opinião por exemplo. Usar de uma linguagem mais
informal não significa que o enunciador se insira naquilo que
enfoca, certo?

10 – COMPARAÇÃO DE TEXTOS
- Lembre-se: comparação se faz por meio dos elementos
semelhantes, desiguais ou complementares. Assim, o primeiro
passo nesse tipo de exercício é reconhecer p que há, nos textos,
relativo a tais características.
- Geralmente, a maioria dos alunos dedica um espaço muito bem
definido para cada um dos textos ou ideias a serem enfocados.
Isso organiza o conjunto, mas dá um ar de previsibilidade ao
todo. Se você tem uma ideia clara sobre os textos que leu e sabe
que há de igual ou desigual neles, por exemplo, pode fazer os
comentários e mencionar os textos e, um mesmo trecho de sua
redação, sem que haja parágrafos ou períodos específicos para
cada um deles.
- É possível, também, terminar com algum tipo de comentário
que expresse sutil e brevemente o que você entendeu da relação
entre os textos. Naturalmente, é importante que se utilize das
ideias que eles veiculam. Isso não significa ficar copiando tais
ideias, com passagens literais, certo?

11 – RESUMO (PASSO A PASSO)


1. Como primeiro passo, faça uma PRIMEIRA LEITURA do
texto-base como um leitor comum, fazendo uma leitura
descompromissada, procurando apenas aprender a ideia
mais geral do texto, a discussão que está ali, “passeando”
pelos exemplos, sentindo o tom do autor.
2. Na SEGUNDA LEITURA, sublinhe as ideias que você
considerar do texto-base, atentando para o modo como elas
são articuladas pelo autor (sublinhe inclusive os próprios
articuladores empregados pelo autor, que são importantes
porque eles sinalizam como o autor constrói o raciocínio).
Ao identificar e sublinhar as ideias principais do texto,
verifique se um ou outro exemplo, comentário
aparentemente secundário, ironia, enfim, alguma expressão
que parece secundária não contribui de modo significativo
para a construção do raciocínio e se, portanto, eles não
merecem estar no seu resumo. Enfim, faça uma LEITURA
INTELIGENTE do texto-base.
Preste atenção alo TÍTULO DO TEXTO-BASE (ele costuma
sintetizar a essência do texto), à formação e atuação
profissional do autor, etc. Estes elementos podem trazer
dicas importantes sobre o conteúdo.
3. Feito isso, e se der tempo, você pode fazer um pequeno
esquema (num rascunho) das ideias principais do autor e do
modo como você vai trabalha-las.
4. No resumo, após mencionar o nome e a formação do autor
do texto-base, bem como o veículo de comunicação em que
foi publicado o texto, você vai apresentar COM SUAS
PRÓPRIAS PALAVRAS E CONSTRUÇÕES AS IDEIAS
PRINCIPAIS DO AUTOR. Vai parafraseá-las, mantendo o
raciocínio e tom do autor. Contudo, NÃO LEVE AO
EXTREMO ESSE IDEIA DE USAR APENAS AS SUAS
PRÓPRIAS PALAVRAS. Certamente haverá palavras ou
expressões do texto que DEVERÃO constar no seu resumo,
por serem palavras-chaves; do contrário você ficará
substituindo tais palavras por “sinônimos” não adequados. O
resumo não é um exercício mecânico de substituir as
palavras do autor por sinônimos. ELE PEDE: CAPACIDADE
DE LEITURA DO TEXTO-BASE, IDENTIFICAÇÃO DAS
SUAS IDEAIS PRINCIPAIS E DESENVOLTURA AO
TRADUZIR, NUM TEXTO SEU, ESSAS IDEIAS DO
AUTOR.

12 – PROPOSTAS NARRATIVAS
REPERTÓRIO CULTURAL SUGERIDO
FILMES

 Tropa de elite (1)


 O nome da rosa
 Fargo
 Meia-noite em Paris
 Munich
POEMAS
 Amar (Carlos Drummond de Andrade)
 Profissão de fé (Olavo Bilac)
 Essa negra fulô (Jorge de Lima)
CONTOS
 O santo que não acreditava em Deus (João Ubaldo Ribeiro)
 A igreja do Diabo (Machado de Assis)
 Willian Wilson (Edgard Allan Poe)
CRÔNICAS
 Um mendigo original (João Bosco)
 O pastel e a crise (Otto Lara Resende)
 Então, adeus! (Lygia Fagundes Telles)
CD’S
 Caça à Raposa (João Bosco)
 Acervo especial (Renato Teixeira)
 75 anos de samba (Zé Kéti)

Narração: um filme com palavras


1. Enredo
Também chamado de sequência narrativa, ação, intriga ou
trama, é o conjunto de fatos de uma história, o desenrolar dos
acontecimentos.
Uma narrativa normalmente deve possuir um ou dois mais
conflitos (situações de tensão), que determinam as seguintes
partes do enredo:
 Exposição (introdução) – Apresentação da história ao
leitor, uma espécie de situação inicial:
O TOLO E AS MOSCAS
Um maluquinho trazia a cabeça rapada, e não podia
suportar as picadelas das moscas;
 Complicação – O desenvolvimento do conflito, ou seja,
quando determinados elementos que surgem no enredo
destroem ou perturbam o “estado de equilíbrio” da situação
inicial:
Lembrou-se então de apresentar uma queixa contra elas
ao juiz, que o atendeu para o desfrutar [= rir-se dele].
O juiz deu por sentença que, onde quer que visse uma
mosca, podia usar do direito de legítima defesa atirando-
lhe uma pancada.
O maluquinho confirmou a sentença, fazendo que o juiz a
repetisse.
 Clímax – O momento crucial da história, em que se expõe
a parte mais atrativa do que está sendo narrado, devendo
despertar a curiosidade e o máximo interesse do leitor:
Nisto pousa uma mosca na cabeça do juiz; o tolo acerta-
lhe uma pancada e o juiz cai para a banda [=lado].
 Desfecho – é a solução dada ao conflito, que pode se dar
de formas diferentes: surpreendente, feliz, trágico, cômico,
ambíguo, etc.
Prenderam-no, mas o parvo defendeu-se com a sentença,
e não tiveram outro remédio senão manda-lo embora,
porque lá diz o outro: com tolos nem para o céu.
Teófilo Braga, Contos tradicionais do povo português

2. Personagens
São os seres que participam do desenrolar dos
acontecimentos, tais quais os atores de um filme. Quanto ao
papel desempenhado no enredo, uma narrativa pode
basicamente possuir os seguintes personagens:
a) Protagonista – É o personagem principal, que pode ser um
herói, com características superiores às pessoas de seu
círculo e que reflete os padrões morais do grupo social do
qual faz parte, ou então anti-herói, sujeito que possui
características iguais ou inferiores às pessoas de seu
círculo.
b) Antagonista – É o personagem que se expõe ao
protagonista, seja por suas ações, seja por suas
características.
c) Secundário – Semelhante ao ator coadjuvante de um filme,
é o personagem que possui uma participação secundária na
história narrada, contracenando com o protagonista.
Agora, quanto à caracterização, uma narrativa pode possuir
basicamente os seguintes personagens:
a) Plano – É o personagem estruturalmente mais simples e
sem profundidade psicológica. Suas surpresas ao leitor, por
serem bastante previsíveis e coerentes com sua
caracterização mais superficial.
b) Redondo ou Modelado – É o personagem estruturalmente
mais complexo, de comportamento imprevisível, que
apresenta uma variedade maior imprevisível, que apresenta
uma variedade maior de características, como: físicas
(corpo, gestos, roupas), psicológicas (temperamento,
atitudes), sociais (profissão, relações com o meio),
ideológicas (posicionamento político, religião, filosofia) e
muitas outras.

3. Tempo
De modo geral, podemos dizer que o tempo é o “quando” da
história narrada. Dentro de uma narrativa, esta palavra pode
ser analisada sob vários aspectos, que listamos a seguir:
a) Tempo histórico ou Época em que se desenvolve o
enredo – É uma espécie de pano de coincidir com o
tempo para as ações do enredo. Tal tempo pode coincidir
com o tempo real em que a história publicada, mas não
necessariamente.
b) Tempo de duração do enredo – Muitas narrativas
podem ter um enredo com pouca duração de tempo; já
outras podem ter um enredo com maior duração de
temporal.
c) Tempo cronológico – Numa narrativa, quando dizemos
que há predominância de um tempo cronológico,
queremos dizer que o enredo se desenvolve em ordem
cronológica mais linear: início, meio e fim, narrados nesta
ordem. Além disso, há uma constante referência a
elementos objetivos que desmarcam claramente a noção
de tempo, como: calendário (dias, meses, etc.);
informações relacionadas a esse calendário (estações,
festas, etc.); dados históricos (Guerra de Canudos, Golpe
de 64, etc.).
4. Espaço
É onde se desenvolve a ação narrada. Você pode fazer com
que sua narrativa se desenvolva num espaço real, ou seja,
bem demarcado geograficamente, como a cidade de
Curitiba, que aparece nas obras de Cristovão Tezza ou
Dalton Trevisan; ou, ainda, sua narrativa pode desenvolver-
se num espeço imaginário, de sua livre criação: uma cidade
inventada, um país, o fundo do mar, a própria mente do
protagonista, etc.
OBSERVAÇÃO: utiliza-se a expressão ambiente para
designar o espaço dotado de características econômicas,
sociais, morais, psicológicas, ..., onde vivem os
personagens. Seria uma espécie de união dos elementos
espaço e tempo.

5. Narrador
Para haver uma narrativa, é necessário haver um narrador,
isto é, alguém que conte a história – o qual não deve ser
confundido com o autor.
Para isso, o narrado pode posicionar-se de maneiras
diversas e, dependendo da perspectiva assumida, uma obra
literária pode ter:
a) Foco narrativo em 1ª pessoa (interno) – O narrador, ao
mesmo tempo que narra, participa como personagem da
história, sendo chamado de personagem-narrador.
b) Foco narrativo em 3ª pessoa (externo) – O narrador é
apenas um observador daquilo que relata. O foco
narrativo em 3ª pessoa também pode ser subdividido em:
B¹) foco restritivo: o narrador narra apenas aquilo que
“vê”, ou seja, não tem o poder de penetrar na mente dos
personagens.
B²) foco onisciente: o narrador conduz a história
conhecendo totalmente os fatos e o íntimo dos
personagens.
Alguns aspectos linguísticos de uma narração
Além dos elementos fundamentais a uma narrativa,
caracterizados anteriormente, relembre a seguir alguns
elementos linguísticos importantes a serem utilizados num texto
narrativo:
a) Verbos que indicam ação – Importante que você possa
apresentar uma boa variabilidade no uso de verbos dessa
natureza não se restringindo apenas à mera repetição de
alguns verbos de ligação (ficou, tornou-se, parecia, etc.)
b) Uso do pretérito imperfeito – Bastante indicado para fazer
a localização do desenvolvimento da ação em si, até
desembocar no...
c) Uso do pretérito perfeito (ou presente) – Para fazer
avançar a ação e destacar os diferentes eventos ocorridos.
d) Expressões adverbiais que expressem, principalmente,
circunstâncias de tempo e lugar.
e) Expressões que acentuem a relação de causa/efeito, o
que faz com que se realce muito bem a progressão da ação
em si.

13 – DISCURSO RELATADO

 Na Literatura
DISCURSO DIRETO
Discurso direto é a transcrição literal da voz da personagem,
é a representação textual das palavras da personagem ou do
entrevistado. É que se percebe no texto seguinte marcado
pelos travessões.
Na cabeceira do rio
Ouviu a queixa do rio e prometeu salvá-lo. Dali por diante
ninguém mais despejaria monturo em suas águas. Contratou
vigilantes, e ele próprio não fazia outra coisa senão postar-se
à margem, espingarda a tiracolo, defendendo a pureza da
linfa.
Seus auxiliares denunciaram que alguém, nas nascentes,
turvava a água. Foi lá e verificou que um casal de micos se
divertia corrompendo de todas as maneiras o fio d’água. Os
animais fugiram para reaparecer à noite. E explicaram, antes
que levassem tiro na barriga:
- Não fazemos por mal, apenas brincamos. Que pode um
mico para se divertir, senão imitar vocês?
- A mim vocês não imitam, pois estou justamente lutando
para proteger este rio.
- Já não se pode nem imitar – observaram os micos, fugindo
outra vez. – O homem é um animal impossível. Agora deu
para fazer o contrário.
ANDRADE, Carlos Drummond de.
DISCURSO INDIRETO
O discurso indireto se caracteriza por ser a voz e a escrita do
próprio narrador, embora trate de sentimentos, sensações e
palavras da personagem. O discurso indireto é a transmissão
por parte do narrador, com as próprias palavras, da fala ou
do pensamento da personagem ou do entrevistado.
No mesmo trecho lido, observe-se no trecho grifado o
discurso indireto:
Seus auxiliares denunciaram que alguém, nas nascentes, turvava a água. Foi
lá e verificou que um casal de micos se divertia corrompendo de todas as
maneiras o fio d’água. Os animais fugiram para reaparecer à noite. E
explicaram, antes que levassem tiro na barriga:
DO DISCURSO DIRETO PARA O INDIRETO
No texto, a própria voz; no discurso indireto, o porta-voz!
Passar um texto em discurso direto para discurso indireto é
reescrever as ideias das personagens ou interlocutores, de modo
resumido e claro.
Nessa passagem devem-se manter as informações essenciais
das falas dos interlocutores contidas nas perguntas e respostas,
eliminando-se as marcas que, no discurso direto, indicavam a
entrada da fala de cada interlocutor, como travessões e aspas.
Ainda é necessário deixar claro no discurso relatado de quem é
a voz reproduzida, o que foi perguntado e o que foi respondido.
Essa proposta procura avaliar a capacidade de leitura do aluno
(o que evidenciará pela manutenção do conteúdo básico da
entrevista no texto reescrito) e na habilidade de transpor esse
conteúdo para o discurso relatado. Assim, não é preciso prender-
se às mesmas palavras usadas no diálogo, nem à estrutura
frasal nem à ordem das informações que aparecem ali.
Mudar o discurso também é simplesmente acrescentar
expressões como: “ele perguntou se...”, ela disse que”. “ele
discordou de...”, embora se deva lançar mão dos verbos de
elocução. E eles são muitos: disse afirmou, negou, declarou,
ressaltou, acrescentou, enfatizou, concluiu, e tantos outros.
Procure usar o mais apropriado, aquele que expresse mais
fielmente o tom emocional, político, ideológico e pessoal dos
participantes do diálogo.
“O discurso indireto não reproduz textualmente a fala de
personagem, mas traduz seu pensamento.”
MEGALE, Heitor. Elementos da teoria literária.

Agora, veja-se um exemplo de passagem do discurso direto para


o relatado.
Discurso Direto
IstoÉ – A idéia de um amor único e eterno ainda é muito forte?
Jacob – Extremamente. E existe muita mentira em torno disso.
Qualquer pesquisa que for aplicada hoje no Brasil dirá que o mito
do amor único acabou. Mas isso não é verdade. A idéia do amor
ideal continua. O que afirmo é baseado na interpretação de
desejos inconscientes e jogados na categoria de tabu. É proibido
falar disso. Amor é sacralizado.
Entrevista com o psicólogo Jacob Goldberg in: IstoÉ
Discurso Indireto
Goldberg afirmou que a idéia do amor único e eterno é muito
forte, embora qualquer pesquisa realizada hoje negue sua
existência. A idéia do amor ideal ainda existe, apesar de ele ser
tratado como tabu.

Do discurso direto ao discurso indireto ou relatado


 Você receberá um texto em discurso direto: uma entrevista,
uma pergunta e uma resposta, por exemplo.
 Você deverá, com seu próprio vocabulário, relatar o que
leu.
 É necessário deixar claro quem é o entrevistado, quem é a
pessoa cujo o texto você relata.
 A citação do veículo de comunicação (revista ou jornal) não
é indispensável.
 É importante que apareça ao menos um verbo de
elocução: disse, afirmou, declarou, acrescentou, concluiu...
 Lembre-se: deve ficar claro ao leitor/corretor quem é o
entrevistado, o que lhe foi perguntado e o que ele
respondeu.
Como fazer a passagem do discurso direto para o indireto
1. De forma semelhante ao resumo, como primeiro passo faça
uma primeira leitura, descompromissada, do trecho da
entrevista, procurando apenas apreender a ideia mais geral
do texto, a discussão que está ali, sentindo o tom geral das
perguntas e respostas.
2. Na segunda leitura, sublinhe as ideias que você considerar
essenciais do trecho da entrevista. Embora o conteúdo
principal a ser considerado seja o das respostas do
entrevistado, é importante prestar atenção também às
perguntas, ao modo como elas são construídas e como
conduzem às respostas. As respostas (e perguntas) devem
ser lidas em sentido literal? Há alguma ironia ou
subentendido a serem considerados?
3. Ao identificar e sublinhar as ideias principais do trecho, pode
ocorrer de um ou outro exemplo, comentário ou ironia
aparentemente secundários contribuírem de modo
significativo para a construção do conteúdo da entrevista;
assim, eles deverão figurar no seu discurso indireto de
algum modo.
Observe se há um título para a entrevista (ele costuma
sintetiza a essência do texto), a formação e atuação
profissional do entrevistado etc. Estes elementos podem
trazer informações importantes sobre o conteúdo.
4. Feito isso, você deve fazer um pequeno esquema das ideias
principais da entrevista e do modo como você vai trabalhá-
las.
5. No discurso indireto, você deve apresentar as ideias
principais da entrevista com suas próprias palavras e
construções, usando para isso os chamados verbos
dicendi, ou declarativos, que articulam e introduzem as falas
do entrevistador e do entrevistado. Você vai parafraseá-las,
mantendo o raciocínio e o tom das perguntas e respostas.
Contudo, não leve ao extremo essa ideia de usar apenas
as suas próprias palavras. Certamente haverá palavras ou
expressões do trecho da entrevista que deverão constar no
seu discurso indireto, por serem palavras-chaves; do
contrário você ficará substituindo indiscriminadamente essas
palavras por “sinônimos” não muito adequados.
Importante: ao empregar os verbos dicendi para introduzir as
diferentes falas, procure selecionar os mais apropriados
para as várias situações. Algumas falas são mais “neutras”
ou menos marcadas e, por isso, é possível usar verbos mais
neutros também, como “declarou”, “falou” ou “respondeu”.
Outras falas pedem verbos dicendi mais específicos, que
traduzam com mais fidelidade o conteúdo da fala, como
“contou”, “confessou”, “ironizou”, “contestou”, entre outros.
6. No início do discurso indireto, explicite o nome, formação ou
atuação profissional do entrevistado, bem como o veículo de
comunicação para o qual ele concedeu a entrevista.
Mencione também o mês e o ano em que se deu a
entrevista. No decorrer do seu texto, a referência ao
entrevistado pode ser apenas pelo seu sobrenome, sua
formação ou, eventualmente, pelo nome qual ele é mais
conhecido, quando for o caso.
7. O discurso indireto, assim como o resumo, não é um
exercício mecânico de substituir as palavras contidas na
entrevista por expressões sinônimas. Ele pede capacidade
de leitura do texto da entrevista, identificação das suas
ideias principais e desenvoltura ao traduzir, com suas
palavras, essas ideias principais.
REPERTÓRIOS CULTURAIS SUGERIDOS
1 – TRABALHO
FILMES
 Cassino
 A ponte do rio Kway
 Whiplash
 Menina de ouro
 O senhor das armas
POEMAS
 Confissão (Carlos Drummond de Andrade)
 Não há vagas (Ferreira Gullar)
 Um filósofo de beco (Manoel de Barros)
CONTOS
 O fisco ou Conto de natal (Monteiro Lobato)
 O homem que sabia javanês (Lima Barreto)
 O misterioso homem-macaco (Valêncio Xavier)
CRÔNICAS
 A mosca azul (Humberto de Campos)
 O sapo do Arubinha (Mário Filho)
 O time de Neném Prancha (João Saldanha)
CD’S
 Passarim (Antônio Carlos Jobim)
 Ventura (Los Hermanos)
 Cantando Caymmi (Dorival Caymmi)
ROTEIRO TEÓRICO
Em Atualidades, o tema Trabalho tem sido bem recorrente
neste ano, até por conta da crise econômica que atravessamos.
 O NÃO-TRABALHO: O DESEMPREGO – Os índices de
desemprego, atingiram recordes no Brasil. Alguns efeitos
visíveis:
 Seguro-mensalidade para alunos matriculados em
instituições de ensino.
 Trabalhadores migrando para o mercado informal.
 Queda do padrão de vida da população, que passa a
consumir menos.
 Aumento de endividamento das famílias brasileiras.

 DIREITOS TRABALHISTAS ÀS DOMÉSTICAS –


Novamente tal assunto tem vindo a público, em virtude de
novas obrigações impostas aos empregadores, gerando
mais direitos às trabalhadoras domésticas. Em tempos de
crise, o dilema existente:
 Por um lado, o trabalhador doméstico observa maior ganho
real ao ter, agora, mais direitos trabalhistas assegurados.
 Por outro, em tempos de crise, a contratação de um
trabalhador doméstico acabou ficando mais cara ao
empregador.
 Os efeitos práticos? Alguns trabalhadores optam pela
informalidade para que tenham trabalho. E tem diminuído a
oferta de vagas para trabalho doméstico.

 TRABALHOS INDESEJÁVEIS, INTOLERÁVEIS – Fique


sempre atento a textos e reportagens que falem a respeito
de
 Trabalho infantil;
 Trabalho escravo;
 Trabalho em condições análogas à de escravidão;
 Trabalho para o crime organizado;
2 – MEIO AMBIENTE
FILMES
 Erin Brockovich
 Diamante de sangue
 A vila
 Lorax
 A separação
POEMAS
 Paisagem pelo telefone (João Cabral de Meio Neto)
 Canção do exílio (Gonçalves Dias)
 A rosa de Hiroxima (Vinícius de Moraes)
CONTOS
 Felicidade clandestina (Clarice Lispector)
 O jardineiro Timoteo (Monteiro Lobato)
 Fazendo a barba (Luiz Vilela)
CRÔNICAS
 Complexo de vira-latas (Nélson Rodrigues)
 Homem no mar (Rubem Braga)
 O dia em que nós pegamos Papai Noel (João Ubaldo
Ribeiro)
CD’S
 MPB Compositores (Noel Rosa)
 Ideologia (Cazuza)
 Afrociberdelia (Chico Science & Nação Zumbi)
ROTEIRO TEÓRICO
1. Poluição causada por automóveis – Opção por meios de
transporte que não usem combustíveis fósseis diminuiria a
poluição causada por automóveis.
2. Desenvolvimento sustentável – Termo que virou quase
que um chavão, do final dos anos 1990 para cá, mas de vital
importância: desenvolver-se de modo a não exaurir ao
recurso, sobretudo natural.
3. Desmatamento – Assunto sempre preocupante e que, nos
últimos ano, tornou-se ainda mais preocupante em virtude
do aumento dos índices de desmatamento, com efeitos
absolutamente terríveis: extinção de espécies, alterações
climáticas, empobrecimento do bioma, entre outros.
4. Poluição das águas – O paradoxo de poluirmos a mesma
água que consumimos, a um grande custo. Também
destaque para a poluição das águas oceânicas.
5. Biocombustíveis – Apontados como uma das soluções
para a diminuição da poluição, além de se enquadrarem
como exemplo de desenvolvimento sustentável.
6. Os ecochatos e os céticos – As polêmicas existentes entre
os ambientalistas (dos radicais aos moderados) e os céticos
quanto ao aquecimento global, bem como suas causas e
feitos.
7. A poluição como causa de doenças – Os índices
divulgados por instituições como a Organização Mundial da
Saúde, por exemplo, não deixam dúvidas: as relações
diretamente proporcionais entre taxas de poluição e
desenvolvimento de certas doenças.
8. As metas, os compromissos, as leis – Como são
recorrentes notícias como: meta de redução de gases de
efeito estufa, metas de diminuição de desmatamento, o novo
Código Florestal. Compromissos, convenções, acordos,
leis... E quais os efeitos práticos de tudo isso? Mudanças
efetivas ou apenas retórica, apenas política?
3 – VIOLÊCIA
FILMES
 Cidade de Deus
 Pulp fiction
 Os suspeitos
 Os imperdoáveis
 Relatos selvagens
POEMAS
 Encontro (Carlos Drummond de Andrade)
 Pequena crônica policial (Mário Quintana)
 Soneto de fidelidade (Vinícius de Moraes)
CONTOS
 A presença (Lygia Fagundes Telles)
 Pai contra mãe (Machado de Assis)
 O cobrador (Rubem Fonseca)
ROTEIRO TEÓRICO
 OS CICLOS VICIOSOS DA VIOLÊNCIA – Por se tornar
algo tão onipresente em nossa sociedade, percebemos
alguns “nós”, quase impossíveis de serem desatados.
Observe:
 A polícia mata muito, segundo as estatísticas. Mas...
 Os bandidos estão com um poderio bélico cada vez maior,
em virtude das armas de grosso calibre que entram por
nossas fronteiras tão mal vigiadas.
 Os bandidos se armam cada vez mais porque ganhos com o
tráfico de drogas são cada vez maiores, pois há um grande
consumo de drogas, inclusive por parte daqueles que se
sentem intimidados com a violência urbana.
 O sistema penitenciário nacional está quase em colapso e,
por isso, não cumpre suas funções básicas, como: retirar de
circulação aquele que foi condenado e procurar recuperar
cada detento, de modo que este, após cumprir sua pena,
possa ser reintegrado à sociedade.
 A maior impunidade como fator que gera ainda mais
violência.
 TIPOS DE VIOLÊCIA – São os tipos; vejamos alguns.
Temos a violência contra
 O idoso;
 A mulher;
 As minorias;
 A criança;
 Vulneráveis;
 No esporte.

*Com o tempo irei postando mais repertórios culturais no meu IG.

@vestibulandanaluta

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