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Eletrotécnica
Curitiba-PR
2017
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
ISBN 978-85-8299-311-8
Você faz parte de uma rede nacional de ensino, que por sua vez constitui uma das ações
do Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. O Pronatec,
instituído pela Lei nº 12.513/2011, tem como objetivo principal expandir, interiorizar e
democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) para a po-
pulação brasileira, propiciando um caminho de acesso mais rápido ao emprego.
É neste âmbito que as ações da Rede e-Tec Brasil promovem a parceria entre a Secretaria de
Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) e as instâncias promotoras de ensino técnico
como os Institutos Federais, as Secretarias de Educação dos Estados, as Universidades, as
Escolas e Colégios Tecnológicos e o Sistema S.
A Rede e-Tec Brasil leva diversos cursos técnicos a todas as regiões do país, incentivando
os estudantes a concluir o Ensino Médio e realizar uma formação e atualização contínuas.
Os cursos são ofertados pelas instituições de educação profissional e o atendimento ao
estudante é realizado tanto nas sedes das instituições quanto em suas unidades remotas,
os polos.
Ministério da Educação
Março de 2016
Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br
Indicação de ícones
Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de
linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual.
Fique atento!
Indica o ponto de maior relevância no texto.
Pesquise!
Orienta ao estudante que desenvolva atividades de pesquisa,
que complementem seus estudos em diferentes mídias: vídeos,
filmes, jornais, livros e outras.
Glossário
Indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada
no texto.
Você sabia?
Oferece novas informações que enriquecem o assunto ou
“curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema
estudado.
Pratique!
Apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para
que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do
tema estudado.
Design do componente
1
18 Corrente Elétrica
18 Resistência Elétrica
20 Lei Ohm
20 Potência Elétrica
Unidade
Sistema elétrico de potência 23
Geração
Transmissão
Distribuição
24
26
27
2
Riscos da energia elétrica
31 em atividades no trabalho
32 Riscos nas atividades com energia elétrica
32 Choque elétrico
33 Arco elétrico
34 Campo eletromagnético
35 Riscos indiretos em trabalhos com a eletrecidade
35 Trabalho em altura
36 Umidade
36 Poeira
36 Espaço confinado
36 Fauna
Unidade
37 Flora
3 37
37
38
38
Ascarel ou Bifenil Policlorados
Riscos ergonômicos
Descargas atmosféricas
Radiação solar
Práticas de trabalho seguras
com a eletrecidade 41
Introdução 42
Desernegização 42
Aterramento 43
Tipos de Aterramento 44
Equipotencialização 47
Seccionamento automático da alimentação 47
Dispositivos de corrente de fuga 48
Entrabaixa tensão 48
Barreira e invólucro 48
Bloqueio e impedimentos 49 Unidade
Obstáculos e anteparos 50
Isolamento das partes vivas
Isolação dupla e reforçada
Colocação fora de alcance
Separação elétrica
50
50
51
51
4
53 Equipamentos de proteção individual e coletiva
54 Equipamentos de proteção individual (EPIs)
55 Capacete de proteção
56 Óculos de segurança
56 Luva isolante de borracha
58 Luva de cobertura para proteção da luva isolante de borracha
59 Manga isolante
59 Calçado de segurança
60 Equipamentos de proteção coletiva (EPCs)
60 Cone de sinalização
Unidade 60 Fita de sinalização
61 Grade metálica dobrável
5 61
62
62
62
Sinalizador STROBO
Tapete de borracha isolante
Aterramento temporário
Placas de sinalização
Procedimentos no trabalho
contra incêndio e explosão 65
Incêndio e Explosão 66
Combustão 68
Combustíível 68
Comburente 70
Fonte de Calor 70
Reação em Cadeia 70
Pontos de Temperatura 71 Unidade
Propagação do Fogo 71
Formas de extinguir uma combustão
Classes de incêndio
Extintores
Rótulo de classe de fogo
72
72
75
78
6
Unidade
Unidade
7 81
82
Normas regulamentadoras
e especificações da NR-10
Normas regulamentadoras de trabalho
Segurança de projetos,
procedimentos de manutenção de
redes energizadas e não energizadas 95
Segurança em projetos 96
Segurança em instalações elétricas desenergizadas 97
Manutenção em linhas de transmissão energizadas 97
Método ao contato 98 Unidade
Método ao potencial 98
Método à distância
Zona de Risco e Zona Controlada
Segurança em atividade com Alta Tensão
Treinamentos específicos de acordo com NR-10
99
99
101
102
8
NR-12: segurança no trabalho em máquinas e
105 equipamentos
Unidade 106 Princípios gerais da NR-12
9 107
109
112
117
Instalações e dispositivos elétricos
NR-12: Dispositivos de partida, acionamento e parada
Sistemas de segurança
Procedimentos de trabalhos e segurança
Caro estudante!
Este material foi desenvolvido e dedicado a você que atua na área ou procura de uma
colocação profissional em um mercado de trabalho cada vez mais difícil e competitivo.
Espero que aproveite ao máximo o conteúdo deste livro, que ele sirva de instrumento
para a conquista do seu sucesso profissional e que a segurança na vida das pessoas seja
a sua prioridade.
Bons Estudos!
Este livro está dividido em 10 unidades, as quais abordam os conteúdos básicos sobre
Segurança do Trabalho aplicado em Eletrotécnica. A primeira unidade aborda os concei-
tos básicos sobre eletricidade. Na segunda unidade, são apresentados os componentes
de um Sistema Elétrico e Potência (SEP) e, na terceira unidade, os riscos da eletricidade
em Segurança do Trabalho. Na quarta unidade, serão aprendidas as práticas seguras
de trabalho com a eletricidade. Na quinta unidade, por sua vez, serão apresentados
os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e os Equipamentos de Proteção Coletiva
(EPC). Já na sexta unidade, serão aprendidos os procedimentos de segurança no trabalho
contra incêndios e explosões. A sétima unidade abordará as normas regulamentares de
segurança com a eletricidade e, na oitava unidade, serão estudados os procedimentos
de manutenção e segurança para alta tensão. Na nona unidade, serão apresentados os
procedimentos de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos elétricos e, final-
mente, a décima unidade se encerrará com o estudo de procedimentos para sinalização.
O autor.
Unidade
Fonte: OpenClipart-Vectors/Pixabay
Antes de aprender os procedimentos básicos de segurança em eletricidade, é neces-
sário conhecer os fundamentos da Eletricidade. Por exemplo: por que alguns mate-
riais conduzem energia elétrica e outros não?
Carga Elétrica
A carga elétrica é a propriedade física das partículas atômicas que compõem todo tipo
de matéria. É utilizada para explicar os fenômenos de interações eletromagnéticas entre
as partículas, sendo medida em Coulombs (C).
A carga elétrica está armazenada em grande quantidade nos corpos ao nosso redor, mas
a sua percepção não ocorre facilmente. Convenciona-se a existência de dois tipos de
carga – a positiva e a negativa –, que, em equilíbrio, são imperceptíveis.
14 Segurança em Eletrotécnica
Figura 1.2: Cargas Elétricas
Fonte: ©Chanchocan /Wikimedia Commons
q = ne,
Os materiais são classificados de acordo com a sua capacidade de conduzir corrente elétri-
ca. Devido a essa característica, eles são divididos em dois grupos: condutores e isolantes.
Materiais Condutores
Os materiais condutores são aqueles em que um número significativo de partículas carrega-
das pode se mover livremente. Por exemplo: metais como cobre, prata, ouro alumínio etc.
Materiais Isolantes
Materiais isolantes são aqueles cujas partículas carregadas não podem se mover
livremente. Por exemplo: madeira, vidro, borracha etc.
16 Segurança em Eletrotécnica
Figura 1.5: Isolante elétrico de cerâmica (Isolador), usado em linhas de transmissão de energia
Fonte: © Hiuppo/ Wikipédia
Tensão
Também conhecida como força eletromotriz (fem) ou diferença de potencial (ddp) de dois
pontos de um material condutor, a tensão é definida como a energia necessária para mo-
ver uma unidade de carga através de um elemento, medida em volts (V). Apesar de não
poder ser observada diretamente, ela pode ser medida por voltímetros ou multímetros.
Tipos de correntes:
• Corrente Contínua (CC): é uma corrente que permanece constante ao longo do tempo.
• Corrente Alternada (CA): é uma corrente que varia de forma senoidal em relação
ao tempo.
Resistência Elétrica
A resistência elétrica, medida em ohms, é a capacidade do material de resistir à pas-
sagem da corrente elétrica. A resistência elétrica dos materiais é uma característica
importante na confecção de materiais e equipamentos elétricos. A fiação de uma
instalação elétrica predial deve ter resistência elétrica bastante baixa, para haver o míni-
mo de perdas possíveis de energia elétrica na forma de calor. Por outro lado, a isolação
18 Segurança em Eletrotécnica
da fiação elétrica deve ter uma resistência elétrica elevada, com a finalidade de proteger
pessoas e animais.
• Material: cada tipo de material tem o próprio valor de resistência elétrica (resistividade
do material). Alguns materiais, como a borracha, têm resistência elétrica muito eleva-
da, enquanto outros possuem baixa resistência, como o ouro.
• Comprimento: quanto mais comprido for o material, maior será o caminho percorrido
pela corrente elétrica e, consequentemente, maior será a sua resistência elétrica.
• Temperatura: quanto maior for a temperatura, maior será a agitação térmica entre as
partículas e, consequentemente, maior será a sua resistência. Esse comportamento é
inverso para materiais semicondutores.
R = ρ L [Ω]
A
Onde:
Cobre 1,69×10-8
Alumínio 2,75×10-8
Prata 1,62×10-8
Semicondutores Típicos
Isolantes Típicos
O ouro, devido à sua baixa resistividade, é usado na confecção de componentes de computadores, como placas-mães,
memórias e processadores.
Lei Ohm
A lei de Ohm estabelece que uma tensão U aplicada em uma resistência é diretamente
proporcional à corrente que flui através do resistor R (ALEXANDER e SADIKU, 2013).
U = RI [V]
Por exemplo: quando se alimenta uma lâmpada com a bateria, a tensão da bateria apli-
cada força os elétrons (partículas carregadas livres) a se movimentar de forma ordenada
(corrente elétrica) na lâmpada, fazendo com que ela se acenda.
Potência Elétrica
A potência elétrica, medida em Watts, é definida como a quantidade de energia elétrica
dissipada (medida em Joules) em um intervalo de tempo (ALEXANDER e SADIKU, 2013).
20 Segurança em Eletrotécnica
P = E [W]
∆t
P = I . U [W]
Pratique
1. Um aluno do curso de Eletrotécnica pretende fazer a instalação elétrica do circuito
de iluminação do seu quarto. Para executar a instalação, ele utiliza 10 m de fio de
cobre, com bitola de 1,5 mm². Se o aluno, por curiosidade, quiser calcular o valor da
resistência do fio, qual seria esse valor?
–– Geração;
–– Transmissão;
–– Distribuição;
Geração
A parte da geração de um SEP é responsável pela produção de energia elétrica por meio
da transformação de outras fontes de energia, como hidráulica, térmica, eólica, ou solar
em energia elétrica.
24 Segurança em Eletrotécnica
Figura 2.2: Oferta de Potência de Geração Elétrica do ano 2014
Fonte: Ministério de Minas e Energia (2015).
Transmissão
A energia elétrica produzida pelas usinas é transportada até os centros consumidores por
meio de linhas de transmissão que são sustentadas por torres de alta tensão.
26 Segurança em Eletrotécnica
Para que seja economicamente viável, a tensão gerada nos geradores trifásicos de cor-
rente alternada, normalmente de 13,8 kV, deve ser elevada a valores padronizados, em
função da potência a ser transmitida e das distâncias dos centros consumidores. São as
subestações que têm o papel, em um SEP, de elevar ou baixar o valor da tensão para
valores padronizados (CREDER, 2013).
As tensões mais usuais em corrente alternada nas linhas de transmissão são: 69 kV, 138
kV, 230 kV, 400 kV, 500 kV.
Distribuição
A parte do sistema elétrico de potência que fornece energia elétrica aos centros consu-
midores (bairros e indústrias) denomina-se distribuição. A distribuição começa com uma
subestação abaixadora, onde a tensão da linha de transmissão é baixada para valores de
tensões primárias: 13,8 kV e 34,5 kV (CREDER, 2013).
As linhas de tensão primárias são distribuídas por toda a cidade. A parte final de um
sistema elétrico é das linhas de distribuição primárias para as linhas de distribuição
secundárias(baixa tensão).Essa transição ocorre por meio de um transformador de ener-
gia e, na entrada desse transformador, é ligada a linhas de distribuição primárias; na sua
saída, por sua vez, é ligada a linhas de distribuição secundária para o fornecimento de
baixa tensão.
As linhas de distribuição dentro dos centros urbanos podem ser aéreas ou subterrâneas.
A entrada de energia para o consumidor final é denominada de ramal de entrada.
28 Segurança em Eletrotécnica
Como as redes de distribuição primárias e secundárias são normalmente trifásicas, os
consumidores poderão ter ligações monofásicas, bifásicas ou trifásicas no seu ramal de
entrada. Isso dependerá da sua carga (CREDER, 2013):
Carga
em termos de instalação elétrica predial, significa o total da potência de demanda que um consumidor normalmente
utiliza em sua residência, com seus equipamentos ligados à instalação elétrica.
Condutor-fase
é um condutor carregado de energia potencial elétrica alternada.
Carga neutro:
é um condutor não carregado de energia elétrica, que está conectado diretamente à terra. Sua finalidade é haver uma
diferença de potencial entre as fases e permitir o escoamento da corrente elétrica para a terra quando se usa as fases
para alimentar algum equipamento ou sistema elétrico.
As três fases de um sistema elétrico sempre estão defasadas entre si, com ângulo de 120º, ou seja, a tensão instantânea
de pelo menos uma das fases é diferente de uma das duas outras fases.
Figura 2.9: Representação das tensões trifásicas para um sistema de 127 Volts
Fonte: Autor (2016)
Os valores de fases 127 V e 220 V representam valores eficazes de cada fase e não valores máximos de tensão.
O valor eficaz da tensão alternada corresponde a um valor equivalente ao de tensão contínua. Quando é aplicado
na alimentação de um equipamento elétrico, uma fonte de alimentação alternada e uma fonte contínua com valor
equivalente ao valor eficaz da tensão alternada consumiriam a mesma quantidade de energia.
Pratique
O que compõe um Sistema Elétrico de Potência (SEP)?
30 Segurança em Eletrotécnica
Unidade
Fonte: ©Kristjan/Flickr
Nesta unidade, serão tratados os riscos de acidentes com a eletricidade que podem
ocorrer durante o trabalho. É importante o aluno estudar seriamente e prestar muita
atenção nos detalhes desse conteúdo, pois é comum pessoas perderem a vida em
acidentes por negligenciar ou ignorar os riscos da eletricidade.
Por que muitos trabalhadores perdem a vida, mesmo sabendo dos riscos do uso da
eletricidade? Muitos dos acidentes que acontecem em atividades do trabalho ocor-
rem devido ao mau uso da eletricidade.
• Choque elétrico;
• Arco elétrico;
• Campo eletromagnético.
Choque elétrico
O choque elétrico é definido basicamente como o efeito causado pela passagem da
corrente elétrica pelo organismo. Esse é efeito pode ser desde uma sensação de formiga-
mento até sensações dolorosas, como contrações musculares e queimaduras. (BARROS
et al, 2014).
32 Segurança em Eletrotécnica
Segundo a norma internacional IEC/TS 60479-1
(2005), os efeitos da circulação da corrente elé- Impedância
trica no corpo humano dependem basicamente Significa um corpo ou material que possui
resistência elétrica variável em função da
da sua intensidade elétrica relacionada com seu frequência da corrente elétrica alternada.
tempo de duração, o grau de umidade da pele e,
também, do seu trajeto percorrido pelo corpo. Se a corrente for alternada (CA), sua frequ-
ência é outro fator que pode agravar o efeito do choque elétrico, porque o corpo humano
é composto por várias células e órgãos que possuem valores de impedâncias diferentes.
Para saber mais sobre os efeitos da corrente elétrica, acesse o site: <http://alunosonline.uol.com.br/fisica/efeitos-
corrente-eletrica-sobre-corpo-humano.html> Acesso em: 25/09/2016.
Arco elétrico
O arco elétrico é definido como a passagem da corrente elétrica em meio material não
condutor, devido ao rompimento de suas características isolantes. É provocado por vários
acidentes ocasionados por descuido ou atitudes impensadas durante o horário de traba-
lho (BARROS et al, 2014).
Campo eletromagnético
Quando se fala do risco do campo eletromagnético, fala-se, ao mesmo tempo, do risco
do campo elétrico e do magnético. O campo eletromagnético é composto por um cam-
po elétrico e um campo magnético, os quais são perpendiculares entre si. Quando um
indivíduo está trabalhando com linhas de transmissão ou equipamentos elétricos, ele
pode estar sob influência dos campos elétrico e magnético ao mesmo tempo.
O campo elétrico é gerado pela tensão em linhas de transmissão: quanto maior for a
tensão, maior será o campo elétrico produzido; quanto maior for a distância de uma
pessoa em relação à linha de transmissão, menor será a influência do campo elétrico
no indivíduo. Da mesma forma que o campo magnético, o campo elétrico pode induzir
correntes e tensões em objetos e animais.
34 Segurança em Eletrotécnica
Figura 3.3: Ilustração de uma pessoa sobre influência do campo
elétrico (a) e do campo magnético (b)
Banco de Imagens DE (2016)
Trabalho em altura
Muitos dos trabalhos com eletricidade são realizados em lugares altos, desde um reparo
em um poste público, até atividades em torres de transmissão, gerando risco de queda
e causando lesões e traumas.
Poeira
Além de afetar a saúde do trabalhador, a presença de poeira no ambiente de trabalho,
dependendo do seu tipo ou ambiente, pode aumentar o risco de choque elétrico ou
explosão, caso o material da poeira seja condutivo.
Espaço confinado
Quando um indivíduo trabalha em um espaço limitado a suas atividades, o mesmo pode
estar exposto à asfixia, à explosão, ao incêndio ou à intoxicação.
Fauna
Muitas vezes, as instalações e os equipamentos elétricos estão em locais de difícil acesso,
os quais podem se tornar refúgio de animais peçonhentos, como aranhas, cobras ou
escorpiões.
Se você tiver contato com animais peçonhentos no seu trabalho, é necessário procurar ajuda médica o mais
rápido possível.
36 Segurança em Eletrotécnica
Flora
Determinadas plantas ou fungos podem se tornar nocivas à saúde do trabalhador quan-
do estão próximas a equipamentos elétricos.
Figura 3.6: Transformador de poste que utiliza óleo ascarel abandonado no meio
Fonte: ©Richard Webb/Geograph.org
Para saber mais sobre o óleo Bifenil Policlorados, acesse o site: <http://www.ecycle.com.br/component/content/
article/67/3020-pcbs-o-que-sao-contaminante-ambiente-cloro-bifenilos-policlorados-industria-brasil-ascarel-
proibido-eua-fabricacao-acidentes-efluentes-pop-persistente-bioacumulativo-tecidos-alimentos-peixes-como-evitar-
riscos.html>. Acesso em: 25/09/2016.
Riscos ergonômicos
Os riscos ergonômicos estão associados às atividades repetitivas e o trabalho descon-
fortável realizado em torres de alta tensão ou atividades realizadas por períodos longos
em escadas, dentro de canaletas e com equipamentos fora do alcance, necessitando de
esforço físico.
Descargas atmosféricas
A descarga atmosférica é um fenômeno natural imprevisível que ocorre durante as tem-
pestades. Esse fenômeno causa a destruição de equipamentos e instalações elétricas e
vários acidentes com pessoas e animais, devido à sua alta potência, que eleva o valor da
corrente elétrica dos circuitos.
Radiação solar
Quando o trabalho é executado a céu aberto, o trabalhador pode estar exposto à radia-
ção ultravioleta emitida pelo Sol. Se o trabalhador ficar exposto por um tempo prolonga-
do a essa radiação, isso pode lhe causar câncer de pele.
38 Segurança em Eletrotécnica
Depois de ter apreendido este conteúdo, certamente você estará preparado para seguir
para a próxima unidade e aprender as práticas de trabalho seguras e, assim, preservar a
saúde e a vida das pessoas, evitando acidentes.
Pratique
1. Quais são os principais riscos a que um trabalhador pode estar vulnerável com traba-
lhos ou atividades relacionados com a eletricidade?
4 Práticas de trabalho
seguras com a eletrecidade
Introdução
Antes de executar um trabalho com eletricidade é necessário você seguir normas e di-
retrizes que forneçam procedimentos corretos para que os funcionários executem as
tarefas de formas seguras (ALMEIDA, 2012).
Desenergização
A desenergização é a medida mais eficiente contra o risco elétrico, pois os riscos de
acidentes de o trabalhador se envolver com energia elétrica se reduzem a níveis mui-
42 Segurança em Eletrotécnica
tos baixos. Segundo o tópico 10.5.1 da NR-10 (2016), somente serão consideradas as
instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados,
obedecida a seguinte sequência:
a) Seccionamento;
b) Impedimento de reenergização;
Aterramento
O aterramento consiste em fazer uma ligação direta da instalação elétrica à terra. Em
casos de problemas nas instalações ou algum equipamento elétrico, o aterramento evita
a energização de componentes que pessoas ou animais possam ter contato direto, pois
possibilita um caminho de baixa resistência elétrica para a corrente elétrica fluir livremen-
te para a terra.
• Aterramento de proteção;
• Aterramento temporário.
Aterramento funcional
Este tipo de aterramento é feito para o funcionamento correto da instalação, sendo
aterrado um condutor vivo, que geralmente é o neutro. Isso se aplica também no ater-
ramento do neutro de sistemas trifásicos com ligações em estrela ou uma das fases nas
ligações em triângulo.
Aterramento de proteção
Este tipo de aterramento tem a finalidade de proteção contra choque elétrico de conta-
tos indiretos, é aplicado no aterramento de massas de equipamentos e elementos estra-
nhos na instalação elétrica. O aterramento de proteção pode ser aplicado nos seguintes
esquemas: TT, IT, TN-S, TN-C e TNC-S.
44 Segurança em Eletrotécnica
• Outras letras (disposição do condutor neutro e do condutor de proteção para casos
eventuais):
Aterramento temporário
O aterramento temporário tem a finalidade de permitir ações seguras de reparos quando
uma instalação está energizada.
46 Segurança em Eletrotécnica
Figura 4.5: Aterramento Temporário
Banco de Imagens DE (2017)
Equipotencialização
A equipotencialização consiste em interligar todos os sistemas de aterramento existentes
de uma instalação elétrica, pois entre os diferentes sistemas de aterramentos pode existir
diferença de potencial entre eles.
Extrabaixa tensão
É uma medida de proteção que compreende nos valores de tensão que não necessitam
de condutores de proteção, cujo valor de corrente elétrica em caso de contato do corpo
humano com uma parte energizada não cause danos ao organismo. Os valores de extra-
baixa tensão são estabelecidas pela NR-10: para tensão alternada, não sendo superior a
50V, e para tensão contínua, não sendo superior a 120V, entre fases ou entre fase e terra.
Barreira e invólucros
As barreiras e os invólucros são usados com a finalidade de impedir o contato com as
partes vivas da instalação elétrica, seja ela intencional ou acidental.
48 Segurança em Eletrotécnica
Figura 4.8: Barreira e invólucros
Fonte: © Lemur12/ Wikimedia Commons
Bloqueio e impedimentos
Para a realização desse procedimento de segurança, são usados dispositivos de bloqueio
que têm a finalidade de impedir o acionamento de dispositivos de manobras e secciona-
mento, mantendo fixos fisicamente.
Este procedimento de segurança não é válido para o contato que pode resultar de uma ação deliberada de ignorar ou
contornar o obstáculo.
50 Segurança em Eletrotécnica
Colocação fora de alcance
Este procedimento de segurança visa, parcialmente, impedir contatos eventuais com par-
tes vivas. O princípio da colocação fora de alcance consiste nos seguintes aspectos: se o
componente da instalação é acessível, não pode ser perigoso, e se é perigoso, não pode
ser acessível, ou seja, deve ser colocado fora de alcance.
Separação elétrica
A separação elétrica elimina o caminho de circulação de corrente elétrica pela terra, no
caso de uma pessoa entrar em contato com uma massa energizada. É implementada
com a instalação de um transformador de separação no qual tanto o circuito primário
quanto o secundário não são interligados à terra. A separação elétrica entre os circuitos
primário e secundário não possibilita caminho elétrico que permita passagem de corren-
te de fuga que possa causar choque elétrico (BARROS et. al., 2014).
Conclusão da aula
Nesta unidade você aprendeu as práticas seguras em atividades relacionadas com a ele-
tricidade, desde desenergização de circuitos elétricos até separação elétrica. É impor-
tante você sempre estudar e relembrar este conteúdo para saber como agir durante a
execução do seu trabalho com a utilização da energia elétrica.
Pratique
1. Qual é o procedimento sequencial de desenergização de uma instalação elétrica?
52 Segurança em Eletrotécnica
Unidade
5 Equipamentos de proteção
individual e coletiva
Equipamentos de proteção
individual (EPIs)
Os EPIs são usados quando as medidas de proteção coletivas são insuficientes no controle
de riscos à saúde dos trabalhadores, que deve atende a NR-6 (Norma Regulamentadora
estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego).
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
54 Segurança em Eletrotécnica
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
Capacete de proteção
O capacete de proteção tem a finalidade de proteger a cabeça do trabalhador em am-
bientes ao ar livre ou confinado contra impactos proveniente de projeção de objetos,
queda, choque elétrico, queimaduras e irradiação solar.
56 Segurança em Eletrotécnica
Tabela 5.2: Propriedades elétricas para corrente contínua
Tensão de ensaio (valor Tensão máxima de uso Tensão mínima de perfura-
Classes das luvas
médio) V (valor médio) (V) ção (valor médio) (V)
De acordo com NBR-10622 (1989), as luvas devem ter informações marcadas no dorso
de maneira clara e permanente e sem comprometer as propriedades de isolação das
luvas. A marcação deve ser isolante e deve conter: nome do fabricante, tipo, classe, ta-
manho, número da norma (NBR-10622), número do certificado da aprovação e número
de série. Na marcação deve ser de cor especificada para cada classe da luva:
a) Classe 00 – bege;
b) Classe 0 – vermelha;
c) Classe 1 – branca;
d) Classe 2 – amarela;
e) Classe 3 – verde;
f) Classe 4 – laranja.
.
Figura 5.3: Luva isolante de borracha
Banco de Imagens DE (2017)
58 Segurança em Eletrotécnica
Manga isolante
A manga isolante é utilizada para a proteção do braço e do antebraço do profissional
contra choque elétrico durante trabalhos em circuitos elétricos energizados. As orienta-
ções relacionadas com a higienização da manga isolante são:
Calçado de segurança
Este EPI é usado na proteção dos pés do trabalhador contra perfuração, impacto, choque
elétricos. As orientações para conservação do calçado de segurança são:
Cone de sinalização
O cone de sinalização é destinado à sinalização de áreas
de trabalho e obras em vias públicas ou rodovias e tam-
bém na orientação de trânsito de pedestres e veículos.
60 Segurança em Eletrotécnica
Figura 5.8: Fita de sinalização
Fonte: © Lindsay_Jayne/ /Pixabay
Sinalizador STROBO
É utilizado para identificação de serviços como obras, acidentes e atendimento em ruas
e rodovias.
Aterramento temporário
O aterramento temporário tem a função de equipotencializar as três fases e o aterra-
mento de uma instalação durante a realização de um serviço de manutenção. Este EPC é
composto por um conjunto de quatro garras interligadas por um cabo.
Placas de sinalização
As placas de sinalização têm a finalidade de avisar, advertir, alertar e proibir as pessoas
quanto aos riscos ou às condições de perigos existentes. Elas também sinalizam proibi-
ções de acesso, cuidados e identificação dos circuitos.
62 Segurança em Eletrotécnica
Nesta Unidade, vimos os conceitos de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), Equi-
pamentos de Proteção Coletiva (EPCs) e sua importância na utilização nos trabalhos
relacionados com a eletricidade para prevenção contra eventuais acidentes.
Para avançar para a próxima Unidade, é imprescindível ter aprendido sobre a importância
do uso cada EPIs na proteção individual e a aplicação de cada EPC nos trabalhos execu-
tados de forma coletiva.
Pratique
O que seriam os EPIs, os EPCs e qual a sua importância na utilização nos trabalhos rela-
cionados com a eletricidade?
Resposta esperada:
Os EPIs são os equipamentos de proteção individual, que visam proteger a pessoa com
os riscos da eletricidade. Os EPC são dispositivos utilizados em trabalhos executados de
forma coletiva, que visam avisar, alertar, proibir ou advertir as pessoas sobre os perigos
na execução das atividades do trabalho.
6 Procedimentos no trabalho
contra incêndio e explosão
Fonte: © Clker-Free-Vector-Images/Pixabay.
Nesta unidade você estudará os procedimentos no trabalho contra incêndio e explo-
são. É importante estudar este conteúdo porque problemas com a eletricidade é uma
das causas de acidentes relacionadas a incêndios e explosões.
Incêndio e Explosão
O incêndio é um acidente em que materiais ou objetos entram em combustão (pega
fogo) e muitas pessoas envolvidas neste tipo de acidente acabam perdendo a vida. Uma
das causas é o mau uso da eletricidade. Uma instalação elétrica residencial ou predial mal
dimensionada, ou mal feita, tem grande probabilidade de risco de causar um incêndio.
66 Segurança em Eletrotécnica
Figura 6.2: explosão
Fonte: ©Ricky Brigante/Flickr
10.9.1 – As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser do-
tadas de proteção contra incêndio e explosão, conforme dispõe a NR 23 – Proteção
Contra Incêndios.
• um combustível;
• um comburente;
Combustível
O combustível é o material que alimenta o fogo, o combustível pode estar no estado
sólido, líquido ou gasoso.
68 Segurança em Eletrotécnica
Combustível Sólido
O material sólido é aquele que deixa resíduos no final da sua combustão. Exemplos de
materiais sólidos: madeira, borracha, papel, tecidos, plásticos, etc.
Combustível Líquido
O combustível líquido é aquele que libera gases durante a sua combustão. Os gases
liberados podem se tornar mais ou menos inflamáveis, dependendo da temperatura de
combustão. Os líquidos inflamáveis são classificados em: combustíveis voláteis e combus-
tíveis não voláteis.
Os combustíveis voláteis são líquidos inflamáveis que liberam gases na temperatura am-
biente, logo, estes devem ter o maior cuidado possível para evitar o contato com uma
fonte de calor. Exemplos desses materiais: gasolina, querosene, álcool, entre outros.
Os combustíveis não voláteis dependem de temperatura muito elevada para que a libe-
ração dos gases aconteça. Exemplos desses materiais: graxa, asfalto, piche, entre outros.
Comburente
O aparecimento da chama depende da
É um dos elementos fundamentais para criar uma concentração de oxigênio. Se a concentração
combustão, sem ele não há aparecimento do de oxigênio está entre 0% a 8%, então não
há chama. Quando a combustão está lenta,
fogo. O oxigênio é o comburente mais conhecido
a concentração de oxigênio está entre 9 a
e o mais abundante. 13%. Para que a combustão se mantenha é
necessário que a concentração de oxigênio
esteja entre 14 a 21%.
Fonte de Calor
É a energia necessária para ativar a combustão,
a fonte de calor pode ser originada por diversas
formas, como por exemplo, uma descarga at- Materiais infláveis devem ficar distantes de
qualquer tipo de fonte de calor.
mosférica ou um curto circuito, ou até mesmo o
atrito de uma pedra com outra.
Reação em Cadeia
A reação em cadeia é o momento que o fogo consegue se manter. O material combustí-
vel ao entrar em combustão acaba liberando mais gases e, assim, alimenta ainda mais a
combustão que acaba se espalhando.
70 Segurança em Eletrotécnica
Pontos de Temperatura
Existem três pontos de temperatura para que ocorra uma combustão: o ponto de fulgor,
o ponto de combustão e o ponto de ignição.
O ponto de fulgor corresponde à temperatura mínima para que o material libere gases
e acaba entrando em combustão com auxílio de uma fonte de calor externa. Se retirar a
fonte de calor externa, o fogo se extingue porque a combustão não tem força suficiente
para se manter.
Propagação do Fogo
A propagação do fogo ocorre quando ele se espalha na reação em cadeia, sendo dividida
em três fases: condução, convecção e radiação.
Abafamento
Consiste em retirar o oxigênio (o comburente).
72 Segurança em Eletrotécnica
Resfriamento
O resfriamento tem como finalidade reduzir a temperatura da combustão, logo, o mate-
rial em combustão deixa de gerar os gases e o fogo se cessa.
Classe A
Este tipo de incêndio é causado pela queima de materiais sólidos como madeira, papel
borracha, entre outros. Para extingui-lo é necessário retirar o calor do material em com-
bustão.
Classe B
O incêndio desta classe é caracterizado pela queima de materiais líquidos e gasosos
inflamáveis. Para extinguir este tipo de incêndio é necessário retirar o oxigênio, ou
seja, abafar.
Classe C
Os incêndios causados por esta classe são aqueles
referentes aos equipamentos que utilizam a ener- Um incêndio da Classe C não pode ser
combatido com materiais condutores, pois
gia elétrica como computadores, fios e cabos de pode agravar ainda mais o acidente. Este
uma instalação elétrica predial, materiais elétricos tipo de incêndio pode ser evitado com o
desligamento de equipamentos elétricos.
em geral, entre outros.
Classe D
Os materiais desta classe são metais que pegam fogo, sendo chamados de materiais pi-
rofóricos. Assim como nos materiais energizados da Classe C, nos desta classe, deve-se
ter cuidado em sua manipulação em casos de incêndios, pois pode piorar a gravidade
do acidente.
74 Segurança em Eletrotécnica
Classe K
Esta classe refere-se aos acidentes causados em cozinhas industriais. Por não possuírem
um extintor específico, podem agravar os acidentes. Exemplos desses tipos de materiais
são: óleo, banhas quentes, entre outros.
Extintores
Os extintores são equipamentos usados para apagar o fogo, mas só no início do incên-
dio. Eles são feitos à base de água, pó químico seco, espuma mecânica ou gás carbôni-
co. O extintor pode ser portátil (o mais usado) ou não, mas o extintor portátil não deve
ultrapassar os 25 Kg.
Tipos de Extintores
76 Segurança em Eletrotécnica
Extintor de acetato de potássio
O composto deste extintor é um pó que se dilui com a água para ficar úmido, esta
mistura não tem reação violenta em contato com o óleo, como a água tem, e age por
resfriamento. É aplicado em incêndios das Classes A e K.
Utilização do Extintor
• O extintor deve ser usado de forma correta, pois o mau uso pode agravar e espalhar
o incêndio. Para utilização do extintor deve-se seguir tais procedimentos (BARROS,
et. al., 2014):
• Retire o lacre de segurança, torcendo para o lado. Se não houver esta possibilidade,
puxe para fora;
• Na hora do combate mantenha o extintor erguido e perto do seu corpo, assim, pode
se locomover melhor caso seja preciso, principalmente se o vento mudar de direção;
Nesta unidade você aprendeu o que seria uma combustão, como se origina e quais
as condições básicas para que a chama se mantenha ou se espalhe. Em seguida, você
aprendeu o que seria um incêndio e como ele é formado; também foi apresentado suas
formas de propagação e suas classes. Na última parte desta unidade, você aprendeu para
que serve um extintor, seus tipos e como ele deve ser aplicado no combate a incêndios.
Ao encerrar esta unidade é imprescindível você ter aprendido desde o que seria uma
combustão até a identificação dos extintores por selo. Os conhecimentos apresentados
78 Segurança em Eletrotécnica
nesta unidade não só são fundamentais para segurança em eletricidade, mas também
em situações do dia a dia das pessoas em que é comum ocorrer incêndios.
Pratique
1. Quais são os elementos básicos para a formação de uma combustão?
Primeiramente a pessoa deve verificar a classe do incêndio e pegar um extintor que cor-
responda a esta classe e seguir os seguintes procedimentos:
Retire o lacre de segurança, torcendo para o lado. Se não houver esta possibilidade, puxe
para fora;
Na hora do combate mantenha o extintor erguido e perto do seu corpo, assim pode se
locomover melhor caso seja preciso, principalmente se o vento mudar de direção;
7 Normas regulamentadoras e
especificações da NR-10
NR 1 – Disposições gerais
Determina que as normas regulamentadoras, relativas à segurança e medicina do traba-
lho, obrigatoriamente, deverão ser cumpridas por todas as empresas privadas e públicas,
desde que possuam empregados regidos de acordo com a CLT.
82 Segurança em Eletrotécnica
NR 2 – Inspeção prévia
Determina que todo estabelecimento novo deverá solicitar aprovação de suas instalações
ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego, que emitirá o CAI – Certificado de
Aprovação de Instalações –, por meio de modelo pré-estabelecido no próprio site do MTE.
NR 3 – Embargo ou interdição
A SRTE poderá interditar/embargar o estabelecimento, as máquinas e o setor de serviços
se eles demonstrarem grave e iminente risco para o trabalhador, mediante laudo técnico,
e/ou exigir providências a serem adotadas para a regularização das irregularidades.
Dependendo desses elementos, o SESMT deverá ser composto por Engenheiro de Segu-
rança do Trabalho, Médico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Auxiliar de Enfermagem
do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho.
O SESMT tem por finalidade promover ações de prevenção e correção dos riscos encon-
trados para tornar o ambiente de trabalho um lugar seguro, compatível com a preserva-
ção da saúde, e com a segurança do trabalho.
Mesmo quando a empresa não precisar de ter membros eleitos de acordo com o di-
mensionamento previsto, ela deverá ter um membro designado pelo empregador. Esse
designado responderá pelas ações da CIPA na empresa.
84 Segurança em Eletrotécnica
• Exame admissional;
• Exame periódico;
• Retorno ao trabalho;
• Mudança de função;
• Exame demissional;
NR 8 – Edificações
Esta norma define os parâmetros para as edificações, observando-se a proteção contra a
chuva, insolação excessiva ou falta de insolação, enfim, busca estabelecer condições do
conforto nos locais de trabalho.
NR 12 – Máquinas e equipamentos
Determina, dentre outras coisas, as instalações e áreas de trabalho, distâncias mínimas
entre as máquinas; os equipamentos; dispositivos de acionamento, partida e parada das
máquinas e equipamentos.
Em seus vários anexos os equipamentos são mostrados de forma bem detalhada, sempre
busca a padronização das medidas de prevenção a serem adotadas, a fim de obtermos
um trabalho mais seguro em todas as operações com o maquinário.
86 Segurança em Eletrotécnica
Norma que exige treinamento específico para os seus operadores, contendo várias clas-
sificações e categorias, nas especialidades, devido, principalmente, ao seu elevado grau
de risco.
NR 14 – Fornos
Define os parâmetros a serem observados para a instalação de fornos, cuidados com ga-
ses, chamas, líquidos. É importante observar as legislações pertinentes nos níveis federal,
estadual e municipal.
O artigo 189 DA CLT (Consolidação das leis do trabalho) também estabelece que:
Os agentes causadores de insalubridade estão contidos nos anexos da NR 15, alguns exem-
plos de agentes insalubres são: ruído contínuo ou permanente; ruído de impacto; tolerân-
cia para exposição ao calor; radiações ionizantes; agentes químicos; e poeiras minerais.
Vale ressaltar que a atividade para ser considerada perigosa tem que estar listada na NR
16 do Ministério do Trabalho e Emprego.
NR 17 – Ergonomia
Esta norma estabelece os parâmetros que permitem a adaptação das condições de tra-
balho às características psicofisiológicas do homem. Máquinas, ambiente, comunicações
dos elementos do sistema, informações, processamento, tomadas de decisões, organi-
zação, tudo isso gera consequências ao trabalhador, devendo ser avaliados, e, se neces-
sário, reorganizado.
Observe-se que as LER – Lesões por Esforços Repetitivos – e as denominadas DORT – Do-
ença Osteomuscular – relacionadas ao trabalho constituem o principal grupo de proble-
mas à saúde, reconhecidos pela sua relação laboral.
O termo DORT é muito mais abrangente que o termo LER, constante hoje das relações
de doenças profissionais da Previdência.
É sem dúvidas uma das legislações mais completas de todas as 35 que vigoram atu-
almente.
NR 19 – Explosivos
Determina parâmetros para o depósito, manuseio e armazenagem de explosivos, objeti-
vando regulamentar medidas de segurança para esse tipo de trabalho que é de alto risco.
88 Segurança em Eletrotécnica
NR 20 – Segurança e saúde no trabalho com
inflamáveis e combustíveis
Define os parâmetros para as atividades de extração, produção, armazenamento, trans-
ferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis.
A mineração tem normas bem específicas. Alguns itens são exclusivos da mineração,
como o PGR (Programa de Gerenciamento de Risco) e o CIPAMIN.
NR 25 – Resíduos industriais
Trata da eliminação dos resíduos gasosos, sólidos, líquidos de alta toxidade, periculosida-
de, risco biológico, radioativo, relativos ao trabalho.
NR 26 – Sinalização de segurança
Em 2011 a NR 26 foi alterada e já não oferece muito. Ela determina as cores a serem
observadas na segurança do trabalho como forma de prevenção, evitando a distração,
confusão e fadiga do trabalhador, bem como cuidados especiais quanto a produtos e
locais perigosos.
Qualquer dúvida sobre o tema deve ser esclarecida com as normas estaduais e NBR’s.
NR 28 – Fiscalização e penalidades
Estabelece os procedimentos a serem adotados pela fiscalização trabalhista de segurança
e medicina do trabalho, tanto a concessão de prazos às empresas para a correção de irre-
gularidades técnicas, como também no que concerne ao procedimento de autuação por
infração às Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do trabalho, e valores
de multas.
90 Segurança em Eletrotécnica
NR 29 – Norma regulamentadora de segurança e
saúde no trabalho portuário
Tem por objetivo regulamentar a proteção e prevenção contra acidentes e doenças pro-
fissionais, facilitar os primeiros socorros a acidentados e alcançar as melhores condições
possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários.
Norma bem específica para regulamentar inclusive os programas de prevenção que têm
traços bem particulares nesta atividade.
Entende-se por espaço confinado qualquer área não projetada para ocupação humana,
que tenha meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação seja insuficiente para re-
mover os contaminantes, que possa existir enriquecimento ou insuficiência de oxigênio
exigido para uma respiração natural.
NR 35 – Trabalho em altura
Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altu-
ra, envolvendo o planejamento, a organização, a execução, o treinamento de funcioná-
92 Segurança em Eletrotécnica
rios, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou
indiretamente com esta atividade.
• 10.13 – RESPONSABILIDADES;
Nesta unidade, não serão apresentadas as especificações de cada item, mas essa tarefa
ocorrerá nas próximas unidades nas aplicações de serviços relacionados à eletricidade.
Nas próximas unidades você conhecerá as especificações dos principais itens da NR-10, é
importante que você conheça a NR-10 e use sempre como manual ou guia na execução,
manutenção, operação e acompanhamento de atividades e projetos. As atividades que
você irá realizar ou acompanhar na área de eletrotécnica devem estar de acordo com a
NR-10 ou também com outra norma regulamentadora se necessário.
O estudo da NR-10 pode ser monótono ou cansativo com a grande quantidade de itens que
devem ser seguidos, mas lembre-se de que estes itens, se seguidos corretamente, o ajudarão
a executar atividades no seu trabalho de forma segura. Assim minimizará riscos de acidentes
com eletricidade, não preservando somente a sua saúde, mas também a de outras pessoas.
Pratique
• A NR-10 é aplicada para qual tipo de serviço?
94 Segurança em Eletrotécnica
Unidade
Segurança em projetos
Segundo o item 10.3 da NR-10 (2016) referente à segurança em projetos, em uma
instalação elétrica deve ter especificações da utilização de dispositivos de desligamento
de circuitos e previsão de dispositivos de seccionamento de ação simultânea. O projeto
deve considerar o espaço seguro, quanto ao dimensionamento e a localização de seus
componentes e as influências externas, quando da operação e da realização de servi-
ços de construção e manutenção. O projeto deve definir o esquema de aterramento;
se tecnicamente viável, deve ser incorporado a dispositivos de seccionamento, além da
adoção de um esquema de aterramento temporário necessário. O projeto de instala-
ções elétricas deve ficar à disposição de profissionais autorizados e sempre atualizado
pela empresa.
O item 10.3.9 estabelece que o memorial descritivo do projeto deve conter, no mínimo,
os seguintes itens de segurança:
96 Segurança em Eletrotécnica
g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação elétrica.
Segurança em instalações
elétricas desenergizadas
Todas as atividades envolvendo manutenção no setor elétrico devem priorizar os traba-
lhos com circuitos desenergizados. Apesar de desenergizadas devem obedecer a proce-
dimentos e medidas de segurança adequado (CPNSP, 2005).
Método ao potencial
É o método onde o trabalhador fica em contato direto com a tensão da rede, no mesmo
potencial. Nesse método é necessário o emprego de medidas de segurança que garan-
tam o mesmo potencial elétrico no corpo inteiro do trabalhador, devendo ser utilizado
conjunto de vestimenta condutiva (roupas, capuzes, luvas e botas), ligadas através de
cabo condutor elétrico e cinto à rede objeto da atividade.
98 Segurança em Eletrotécnica
Método à distância
É o método onde o trabalhador interage com a parte energizada a uma distância segura,
através do emprego de procedimentos, estruturas, equipamentos, ferramentas e dispo-
sitivos isolantes apropriados.
Figura 8.5: Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre: (a)
sem interposição de superfície de separação física adequada; (b) com interposição de superfície
de separação física adequada.
Banco de Imagens DE (2016)
No item 10.7.2 estabelece que os trabalhadores de que trata o item 10.7.1 devem rece-
ber treinamento de segurança, específico em segurança no Sistema Elétrico de Potência
(SEP) e em suas proximidades, com currículo mínimo, carga horária e demais determina-
ções estabelecidas no Anexo III da NR-10.
O item 10.7.5 estabelece que antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT,
o superior imediato e a equipe, responsáveis pela execução do serviço, devem realizar
uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas de
forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança em
eletricidade aplicáveis ao serviço.
O item 10.8.8.3 estabelece que a carga horária e o conteúdo programático dos treina-
mentos de reciclagem destinados ao atendimento das alíneas “a”, “b” e “c” do item
10.8.8.2 devem atender às necessidades da situação que o motivou.
O item 10.8.8.4 estabelece que os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos
de treinamento especifico de acordo com risco envolvido.
Pratique
1. Quais são os métodos para a manutenção de linhas vivas?
A NR-12 é aplicada para equipamentos novos ou usados, com exceção nos itens em que
houver menção específica quanto a sua aplicabilidade. Esta norma não se aplica para
máquinas e equipamentos (item 12.2B):
b) não mais empregados para fins produtivos, por exemplo, antiguidades expostas em
museus e feiras ou eventos para fins históricos, desde que sejam adotadas medidas
que garantem a preservação da integridade física dos visitantes e expositores;
O item 12.16 estabelece que as instalações elétricas das máquinas e equipamentos que
estejam ou possam estar em contato direto ou indireto com água ou agentes corrosivos
O item 12.17 estabelece que os condutores de alimentação elétrica das máquinas e equi-
pamentos devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança:
O item 12.19 estabelece que as ligações e derivações dos condutores elétricos das má-
quinas e equipamentos devem ser feitas mediante dispositivos apropriados e conforme
as normas técnicas oficiais vigentes, de modo a assegurar resistência mecânica e contato
elétrico adequado, com características equivalentes aos condutores elétricos utilizados e
proteção contra riscos.
Segundo os itens 12.20, 12.20.1 e 12.20.2 da NR-12, as instalações elétricas das má-
quinas e equipamentos que utilizem energia elétrica fornecida por uma fonte externa
O item 12.22 estabelece que as baterias devem atender aos seguintes requisitos mínimos
de segurança:
a) localização de modo que sua manutenção e troca possam ser realizadas facilmente a
partir do solo ou de uma plataforma de apoio;
O item 12.23 estabelece que os serviços e substituições de baterias devem ser realizados
conforme indicação constante do manual de operação.
b) possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que
não seja o operador;
a) possuir atuação síncrona, ou seja, um sinal de saída deve ser gerado somente quando
os dois dispositivos de atuação do comando -botões- forem atuados com um retardo
de tempo menor ou igual a 0,5 s (meio segundo);
c) ter relação entre os sinais de entrada e saída, de modo que os sinais de entrada apli-
cados a cada um dos dois dispositivos de atuação do comando devem juntos se iniciar
e manter o sinal de saída do dispositivo de comando bimanual somente durante a
aplicação dos dois sinais;
d) o sinal de saída deve terminar quando houver desacionamento de qualquer dos dis-
positivos de atuação de comando;
e) possuir dispositivos de comando que exijam uma atuação intencional a fim de mini-
mizar a probabilidade de comando acidental;
g) tornar possível o reinício do sinal de saída somente após a desativação dos dois dis-
positivos de atuação do comando.
Segundo o item 12.27, as máquinas operadas por dois ou mais dispositivos de comando bi-
manuais, a atuação síncrona é requerida somente para cada um dos dispositivos de comando
bimanuais e não entre dispositivos diferentes que devem manter simultaneidade entre si.
O item 12.28 estabelece que os dispositivos de comando bimanual devem ser posiciona-
dos a uma distância segura da zona de perigo, levando em consideração:
O item 12.29 estabelece que os comandos bimanuais móveis instalados em pedestais devem:
b) possuir altura compatível com o posto de trabalho para ficar ao alcance do operador
em sua posição de trabalho.
O item 12.30 estabelece que nas máquinas e equipamentos cuja operação requeira a
participação de mais de uma pessoa, o número de dispositivos de acionamento simultâ-
neos deve corresponder ao número de operadores expostos aos perigos decorrentes de
seu acionamento, de modo que o nível de proteção seja o mesmo para cada trabalhador.
a) bloqueio em cada posição, impedindo a sua mudança por pessoas não autorizadas;
O item 12.34 estabelece que devem ser adotadas, quando necessárias, medidas adi-
cionais de alerta, como sinal visual e dispositivos de telecomunicação, considerando as
características do processo produtivo e dos trabalhadores.
b) operar em extrabaixa tensão de até 25VCA (vinte e cinco volts em corrente alternada)
ou de até 60VCC (sessenta volts em corrente contínua), ou ser adotada outra medida
de proteção contra choques elétricos, conforme Normas Técnicas oficiais vigentes.
O item 12.37 estabelece que quando indicado pela apreciação de riscos, em função da
categoria de segurança requerida, o circuito elétrico do comando da partida e parada,
inclusive de emergência, do motor das máquinas e equipamentos deve ser redundante
e atender a uma das seguintes concepções, ou estar de acordo com o estabelecido pelas
normas técnicas nacionais vigentes e, na falta destas, pelas normas técnicas internacionais:
Sistemas de segurança
O item 12.38 estabelece que as zonas de perigo das máquinas e equipamentos devem
possuir sistemas de segurança, caracterizados por proteções fixas, proteções móveis e
a) ter categoria de segurança conforme prévia análise de riscos prevista nas normas
técnicas oficiais vigentes;
a) proteção fixa, que deve ser mantida em sua posição de maneira permanente ou por
meio de elementos de fixação que só permitam sua remoção ou abertura com o uso
de ferramentas;
O item 12.44 estabelece que a proteção deve ser móvel quando o acesso a uma zona
de perigo for requerido uma ou mais vezes por turno de trabalho, observando-se que:
c) garantir que o fechamento das proteções por si só não possa dar início às funções
perigosas
b) manter a proteção fechada e bloqueada até que tenha sido eliminado o risco de lesão
devido às funções perigosas da máquina ou do equipamento; e
c) garantir que o fechamento e bloqueio da proteção por si só não possa dar início às
funções perigosas da máquina ou do equipamento.
O item 12.48 estabelece que as máquinas e equipamentos que ofereçam risco de ruptu-
ra de suas partes, projeção de materiais, partículas ou substâncias, devem possuir prote-
ções que garantam a saúde e a segurança dos trabalhadores.
O item 12.49 estabelece que as proteções devem ser projetadas e construídas de modo
a atender aos seguintes requisitos de segurança:
Segundo o item 12.50, quando a proteção for confeccionada com material descontínuo,
devem ser observadas as distâncias de segurança para impedir o acesso às zonas de pe-
rigo, conforme previsto no Anexo I, item A da NR-12.
O item 12.52 estabelece que as proteções também utilizadas como meio de acesso por
exigência das características da máquina ou do equipamento devem atender aos requisi-
tos de resistência e segurança adequados a ambas as finalidades.
O item 12.53 estabelece que deve haver proteção no fundo dos degraus da escada, ou
seja, nos espelhos, sempre que uma parte saliente do pé ou da mão possa contatar uma
zona perigosa.
O item 12.55 estabelece que em função do risco, poderá ser exigido projeto, diagrama
ou representação esquemática dos sistemas de segurança de máquinas, com respectivas
especificações técnicas em língua portuguesa.
O item 12.55.1 estabelece que quando a máquina não possuir a documentação técnica
exigida, o seu proprietário deve constituí-la, sob a responsabilidade de profissional legal-
mente habilitado e com respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica do Conselho
Regional de Engenharia e Arquitetura - ART/CREA.
Segundo o item 12.131, ao início de cada turno de trabalho ou após nova preparação da
máquina ou equipamento, o operador deve efetuar inspeção rotineira das condições de
operacionalidade e segurança e, se constatadas anormalidades que afetem a segurança,
as atividades devem ser interrompidas, com a comunicação ao superior hierárquico.
O item 12.132 estabelece que os serviços que envolvam risco de acidentes de trabalho
em máquinas e equipamentos, exceto operação, devem ser planejados e realizados em
conformidade com os procedimentos de trabalho e segurança, sob supervisão e anuên-
cia expressa de profissional habilitado ou qualificado, desde que autorizados.
O item 12.132.1 estabelece que os serviços que envolvam risco de acidentes de trabalho
em máquinas e equipamentos, exceto operação, devem ser precedidos de ordens de
serviço – OS – específicas, contendo, no mínimo:
a) a descrição do serviço;
Pratique
O que a NR-12 diz a respeito de equipamentos elétricos de uso residencial como ventila-
dores, chuveiros elétricos e entre outros?
10 Procedimentos para
proteção contra incêndios
e para sinalização
O item 10.9.5 que os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente
poderão ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação formalizada,
• Delimitações de áreas;
Placas de sinalização
As placas de sinalização têm como objetivo alertar as pessoas para eventuais riscos que
determinada atividade pode acarretar aos trabalhadores em determinada área, de forma
a garantir que medidas de segurança sejam cumpridas. As placas de sinalização podem
ter os seguintes significados (ALMEIDA, 2012):
• Sinal de obrigação - o sinal que impõe certo comportamento, por exemplo, utilizar
EPI;
As placas de sinalização provisórias devem ser fixadas para as seguintes situações (AL-
MEIDA, 2012):
As placas de sinalização permanentes devem ser fixadas para as seguintes situações (AL-
MEIDA, 2012):
• Proibições;
• Avisos;
• Obrigações;
Figura 10.10: Placa: perigo – não fume – não acenda fogo – desligue o celular
Banco de Imagens DE (2017)
Pratique
1. O que a NR-10 recomenda para equipamentos elétricos que são suscetíveis a acumu-
lar eletricidade estática durante seu funcionamento?
Aula 02
Um sistema elétrico de potência é composto de três partes:
• Distribuição (as linhas chegam até aos pontos consumidores, que seriam as cidades).
Aula 03
1. Choque elétrico, arco elétrico e campos eletromagnéticos.
Aula 04
1. Seccionamento;
Impedimento de reenergização;
Aula 05
1. Os EPIs são os equipamentos de proteção individual, que visam proteger a pessoa
com os riscos da eletricidade. Os EPC são dispositivos utilizados em trabalhos execu-
tados de forma coletiva, que visam avisar, alertar, proibir ou advertir as pessoas sobre
os perigos na execução das atividades do trabalho.
Aula 06
1.
• Combustível
• Comburente
• Fonte de Calor
Aula 07
• A NR-10 se aplica na segurança relacionada a instalações e serviços de eletrecidade.
Aula 08
1.
• Método ao contato.
• Método ao potencial.
Aula 09
• A NR-12 não se aplica a máquinas ou equipamentos classificados como eletrodomés-
ticos, conforme o item 12.2B.
Aula 10
1. A NR-10 recomenda que estes equipamentos tenham proteção e dispositivos de des-
carga elétrica. Por exemplo: fazer o aterramento da carcaça de equipamentos elétricos.
. Delimitações de áreas;
Ao encerrar o conteúdo deste livro, espero que tenha aproveitado ao máximo e contri-
buído para o desenvolvimento de sua formação profissional. Este livro teve a finalidade
de orientar e informar sobre os riscos que os trabalhadores estão expostos em relação
a execução das atividades relacionadas diretamente e indiretamente com a eletricidade.
Lembre-se, daqui por diante as suas responsabilidades irão aumentar, pois suas futuras
ações deverão além de preservar a sua própria saúde, também deverá zelar pela saúde
das outras pessoas envolvidas com o seu trabalho. Boa sorte!
135
Referências
ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. O. Fundamentos de Circuitos Elétricos. 5ª ed. McGraw-Hill. 2013.
137
Currículo do autor
Allan Christian Krainski Ferrari
Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Paraná (2015). Especialista em Sistemas
Embarcados voltado a indústria automotiva pela Universidade Tecnológica do Paraná. Graduado em
Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Paraná (2011). Atualmente é professor na Faculdade
Facear de Araucária e do Centro Estadual de Educação Profissional de Curitiba.
139
Nome da Aula 141 e-Tec Brasil