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VERA ALBUQUERQUE
CURITIBA
2014
VERA ALBUQUERQUE
CURITIBA
2014
O MATERIAL DIDÁTICO E O ENSINO DA ARTE NO BRASIL
ALBUQUERQUE, Vera.1
BRAGA, Maria de Fátima Pereira.2
RESUMO
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Graduada em Psicologia pela Universidade Tuiuti do Paraná, Especialista em Treinamento e
Desenvolvimento de Recursos Humanos, pela FAE, e em Educação Infantil, pela Universidade Tuiuti
do Paraná. Desde 2003 atua no ramo editorial, por meio da Editora Bolsa Nacional do Livro, a qual é
proprietária. Autora da coleção Será que Isso é Mesmo Brincadeira? com o pseudônimo registrado de
Sissina Aurea Brisbin. Em 2009 foi proponente do projeto cultural Mecenato – Bem-vindo À Nova
Brasília, A Vida na Ilha do Mel, aprovado na íntegra e concluído dentro do prazo, com o relatório de
prestação de contas aprovado sem ressalvas. Em 2013 recebeu o título Mestres do Ano, da
Associação de Mulheres e Profissionais, entidade internacional com reconhecimento da ONU, e da
qual foi coordenadora de projetos no ano de 2010. Delegada multiárea cultural e parecerista da
Fundação Cultural de Curitiba nos projetos de Ciclos literários, rodas de leitura e criação literária.
Professora de oratória e treinamentos relacionados a educação. Em 2014 está concluindo a Pós-
Graduação da Ibpex em Elaboração de Material Didático, no Centro Universitário Uninter.
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Graduada em pedagogia pela Universidade Federal do Paraná, Especializada em Psicopedagogia
Clínica e Institucional pela Universidade Tuiuti do Paraná e orientadora de TCC do Ibpex.
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Reforma Pombalina/Período Pombalino (1750‐1777) refere‐se ao período em que Sebastião José de Carvalho
e Melo, o Marquês de Pombal, exerceu o cargo de primeiro‐ministro português, sob nomeação de Dom José I.
Preocupado em reerguer Portugal da decadência que se encontrava diante de outras potências europeias da
época, Pombal promoveu uma reforma na administração portuguesa e na relação colônia‐metrópole. Em 28 de
junho de 1759, através de um alvará que suprimia as escolas Jesuíticas de Portugal e de todas as suas colônias.
Com eles levaram também a organização monolítica baseada no Ratio Studiorium. Durante este período a
educação brasileira foi reduzida a praticamente nada. Com o sistema jesuítico desmantelado, o sistema
educacional era composto por professores em sua grande maioria despreparados para tal função, além de que
eram mal pagos, ou ficavam longos períodos sem receber seus salários. Com a chegada da família real ao Brasil
em 1808 esta situação sofreu mudanças. (Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_pombalino>. Acesso em 22/10/14).
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Sob esta ótica, houveram avanços na legislação, mas não medidas práticas
e efetivas para que isso pudesse, de fato, acontecer na prática. A arte nas suas
variadas expressões, possui características próprias de evolução e aprendizado. Um
professor não tem condições de especializar-se em todas elas. Tornando-se,
portanto, “genérico” na disciplina, passou a ser um mero sistematizador de
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Apesar de que a lei 5692, Lei de Diretrizes e Bases (LDB), estabelece que a
arte é disciplina obrigatória, é vista ainda apenas como uma atividade, sem
características formais de avaliação, de práticas pedagógicas e didáticas, o que
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Essa visão unilateral e até certo ponto equivocada dos artistas e arte-
educadores era resultado de movimentos sociais, políticos e educacionais que
encontravam nas artes um canal para elaboração e escape dos anseios e liberdades
açodadas pelo governo.
A arte até então assumida e praticada apenas como livre expressão
enfrentava mais um paradigma a ser vencido: o de que a interpretação e o estudo de
uma obra de arte, não contaminará o artista ou o futuro artista na sua produção. Os
arte-educadores entendiam que não deviam utilizar imagens com as crianças, sob
pena de isso contaminar a criação. Aqui recorremos novamente e Ana Mae Barbosa
(1989):
4 O MATERIAL DIDÁTICO
O livro didático faz parte da cultura e possui uma função relevante para a
criança, e atua como mediador na construção do conhecimento.
Algumas pesquisas vem sendo realizadas ao longo dos anos sobre o livro didático,
sobre os mais variados aspectos tais como o pedagógico, o político, o econômico e
o cultural. A preocupação em pesquisá-lo leva em conta o fato de que o material
didático tem uma importância grande na formação do aluno pelo mero fato de ser,
muitas vezes, o único livro com o qual a criança entrará em contato. Ele ainda é um
dos instrumentos de aprendizagem mais utilizados e em muitos casos, o único
utilizado em sala de aula no ensino fundamental, quando infelizmente, não há o
contato dos alunos com outros materiais e informações de outras fontes.
(RODRIGUES; FREITAS, 2008, p.1)
Após cuidados e profícuos debates e análises, elegeram quatro pontos que devem
apresentar o consenso de uma educação de qualidade e que, portanto, foram
estabelecidos para que as políticas internacionais de educação se integrassem a
partir de uma mesmo olhar, caminhassem em busca de uma mesma direção
(ANTUNES, 2010, p. 61).
Não podemos trabalhar apenas com livro didático. Temos que estabelecer
um projeto didático, o qual se o professor for engajado, poderá servir para todo seu
ano letivo.
Esse projeto deve ultrapassar a sala de aula. Não é apenas uma sequência
de transmissão de conteúdo, mas uma experiência de descoberta, de ensino e de
aprendizagem.
Exemplo: estudo de imagem; visitas a museus; história da pintura moderna;
para o Ensino Fundamental
Sensibilização – perguntas aos alunos – o que é uma imagem, que
imagens mais gostam, que imagens gostam de ver, qual a preferência por
formas, que formas conhecem, se sabem o que é uma obra de arte, onde
viram, se tem em casa, se gostam de ver, se podem pegar, se já pegaram,
se gostariam de pegar.
Desenvolvimento – onde temos as obras de arte? Nas praças, nas casas,
nas escolas, na rua, na sala de aula, nos museus? O professor pode
passar um filme sobre um museu, ou se não tiver condições mostrar fotos,
livros. Deixar que os alunos vejam, conversem entre si, perguntem etc.
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REFERÊNCIAS
ANTUNES, Celso. Arte e Didática. Coleção Como Bem Ensinar. Editoria Vozes,
2010.
BARBOSA, Ana Mae. Teoria e prática da educação artística. São Paulo: Cultrix,
1975.
FERREIRA, Aurora. A criança e arte: o dia a dia na sala de aula. 3.ed. Rio de
Janeiro: Wak, 2008.