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PRÁTICAS
LABORATORIAIS
E BIOSSEGURANÇA 1
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
1.1 Histórico .............................................................................................................................. 03
1.2 O que é Biossegurança? ................................................................................................ 03
1.3 O que são Boas Práticas de Laboratório (BPL)? ..................................................... 03
3 BIOSSEGURANÇA
3.1 Permanência no Laboratório ....................................................................................... 08
3.2 Manutenção das Instalações ....................................................................................... 09
3.3 Manuseio das Vidrarias de Laboratórios .................................................................. 10
3.4 Treinamento ...................................................................................................................... 12
3.5 Equipamentos de Proteção Individual e Coleta .................................................... 13
3.5.1 Cabines de Seguramça Biológica - CSB ................................................................ 13
3.5.2 Chuveiro de Emergência ............................................................................................ 13
3.5.3 Lava Olhos ....................................................................................................................... 14
4 REAGENTES QUÍMICOS
4.1 Estoque, Transporte e Descarte .................................................................................. 14
4.2 Tabela de Resíduos .......................................................................................................... 15
4.3 Simbologia dos Reagentes Químicos ....................................................................... 17
4.4 Incêndios no Laboratório .............................................................................................. 18
6 RISCOS
6.1 Risco Biológico .................................................................................................................. 25
6.2 Risco Físico ......................................................................................................................... 25
6.2.1 Equipamentos que geram Calor ou Chama ........................................................ 26
6.2.2 Equipamento de Baixa Temperatura ..................................................................... 26
6.2.3 Equipamento e Instrumento Perfurocortantes ................................................ 27
6.2.4 Equipamentos que utilizam Gases Comprimidos ........................................... 27
6.3 Mapa de Risco ................................................................................................................... 28
6.4 Modelo de mapa de risco ............................................................................................. 29
O texto da cartilha contém orientações iniciais e não pretende esgotar esse assunto
tão vasto. Sugestões e colaborações poderão ser encaminhadas pelo e-mail
qualidadedpd@funed.mg.gov.br.
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1. INTRODUÇÃO
1.1 HISTÓRICO
No ano de 1981, a Organization for Economic
Cooperation and Development (OECD) preocupa-
da com os princípios de Boas Práticas de Laborató-
rio (BPL), recomendou que essas medidas fossem
aplicadas para serviços que envolvem a segurança
dos usuários e a proteção ao meio ambiente.
No Brasil, as Boas Práticas de Laboratório fo-
ram adotadas na década de 1990, quando o Insti-
tuto Nacional de Metrologia Qualidade e Tecnolo-
gia (INMETRO) iniciou uma Comissão Técnica nessa
área.
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dimentos apropriados ao manusear ou manipular agentes perigosos.
15. Aventais e luvas utilizados no laboratório não devem ser utilizados nas
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áreas de café, salas de aula, salas de reuniões ou banheiros.
16. No laboratório sempre deve existir locais para a lavagem das mãos
com sabonete ou detergente apropriado, toalhas de papel descartá-
veis e lixeiras com pedal.
17. Faça uma limpeza prévia, com água, ao esvaziar um frasco de reagen-
te, antes de colocá-lo para lavar ou descartá-lo.
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ATENÇÃO
Ao lavar as mãos, fique atento a alguns cuidados:
Áreas esquecidas
com frequência
Áreas pouco
esquecidas
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2.3 Descontaminação
• Descontaminar todas as superfícies de trabalho diariamente e quan-
do houver respingos ou derramamentos. Observar o processo de de-
sinfecção específico para escolha e utilização do agente desinfetante
adequado.
• Colocar todo o material com contaminação biológica em recipientes
com tampa e a prova de vazamento, antes de removê-los do labora-
tório para autoclavação.
• Descontaminar por autoclavação ou por desinfecção química, todo
o material com contaminação biológica, como: vidraria, caixas de
animais, equipamentos de laboratório, etc., seguindo as recomenda-
ções do Serviço de Gestão Ambiental.
• Descontaminar todo equipamento antes de qualquer serviço de ma-
nutenção.
• Colocar vidraria quebrada e pipetas descartáveis, após descontami-
nação, em caixa com paredes rígidas rotulada “vidro quebrado”.
3. BIOSSEGURANÇA
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1. Ao trabalhar com materiais ou técnicas de risco, o líder tem o direito
de exigir que outra pessoa esteja presente.
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deverão ser colocadas em recipiente próprio para descarte de perfu-
rocortantes.
6. Descartar material contaminado por microorganismo em recipiente
próprio e encaminhá-lo para o setor responsável para sua desconta-
minação na FUNED (Divisão de Higienização e Produção de Meio de
Cultura - UHPMC). O material contaminado não retornável, por exem-
plo: swab e placas descartáveis, deve ser descartado em saco auto-
clavável e colocado dentro de uma cuba de aço inox devidamente
identificada. Essa cuba será encaminhada para descontaminação no
Serviço de Tratamento de Resíduos e Produção de Materiais (STRPM)
e posteriormente será recolhida pela Unidade de Gestão Ambiental.
7. Resíduos químicos não devem ser jogados nos coletores de lixo tradi-
cionais, devem ser descartados em recipientes apropriados e identifi-
cados com etiquetas.
Resíduo Incineração
Coletor de perfurocortantes (cuidado
Perfurocortante
com a contaminação dos resíduos)
(Grupo E)
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Grupo A Grupo B Grupo C
Resíduos
Grupo D Grupo E
Comuns
3.4 TREINAMENTO
O Líder do laboratório deve providenciar treinamentos de sua equipe quanto
ao manuseio e utilização de equipamentos de emergência, bem como descarte
correto de reagentes químicos que ofereçam perigo.
Trabalho em equipe
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3.5 Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva
Usar corretamente os EPI`s e EPC`s (Equipamentos de Proteção Individual e Coleti-
va) adequados aos trabalhos conforme orientações do Setor de Segurança do Tra-
balho – SEST.
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3.5.3 Lava Olhos
Equipamento utilizado para eliminar ou minimizar danos causados por acidentes
nos olhos. É um dispositivo formado por duas pequenas duchas de média pressão.
Pode fazer parte do chuveiro de emergência ou ser do tipo frasco de lavagem ocular.
4. REAGENTES QUÍMICOS
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6. Produtos extremamente tóxicos ou cancerígenos deverão ser trans-
portados em recipientes fechados e a prova de vazamentos.
Soluções aquosas de sais de Os metais podem ser removidos com o auxilio de resinas de
metais pesados troca iônica ou por precipitação, desta forma se reduz
muito o volume do resíduo a ser armazenado.
Resíduos inorgânicos ácidos Diluir com água. Neutralizar com bases diluídas. Descartar
e suas soluções aquosas na pia, em água corrente.
Resíduos inorgânicos básicos Diluir com água e neutralizar com ácidos diluídos. Descartar
e suas soluções aquosas na pia, em água corrente.
Resíduos inorgânicos neutros Diluir com água. Descartar na pia, em água corrente.
e suas soluções aquosas.
Sem risco de contaminação Coletar em saco de plásticos e descartar como lixo comum.
ao meio ambiente
RESÍDUOS ORGÂNICOS
Resíduos orgânicos ácidos e Diluir com água, neutralizar com bases diluídas e descartar
suas soluções aquosas na pia, em água corrente.
Resíduos orgânicos básicos e Diluir com água, neutralizar com ácidos diluídos e descartar
suas soluções aquosas na pia, em água corrente.
Resíduos orgânicos neutros Diluir com água e descartar na pia, em água corrente.
e suas soluções aquosas
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4.3 SIMBOLOGIA DOS REAGENTES QUÍMICOS
(<< N) Substâncias:
• Muito tóxicas para organismos aquáticos
Perigoso para o
• Tóxicas para a fauna
Ambiente • Perigosas para a camada de ozônio
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4.4 INCÊNDIOS NO LABORATÓRIO
Antes de utilizar qualquer reagente químico, os funcionários do laboratório
devem se familiarizar com os potenciais riscos de incêndio associados a esse rea-
gente. Estas informações podem ser encontradas nas especificações do reagen-
te. As informações devem incluir temperaturas críticas e o tipo de equipamento
mais indicado para conter o incêndio se porventura o reagente pegar fogo.
Se um pequeno incêndio começar no laboratório e estiver restrito a um
béquer, um frasco ou outro recipiente pequeno pode-se tentar dominá-lo com o
extintor apropriado ou abafá-lo de modo a eliminar a entrada de oxigênio.
Se o incêndio não estiver limitado a uma pequena área, se houver envolvi-
mento de materiais voláteis ou tóxicos ou se as tentativas de conter um pequeno
incêndio forem inúteis, devem-se tomar as seguintes providências:
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ATENÇÃO
Existem medidas a serem tomadas dependendo da extensão do in-
cêndio. Veja:
Pequeno porte
• Solicitar a engenharia ou manutenção que desligue a energia;
• Evacuar o local ;
• Comunicar o ocorrido ao Setor de Segurança do Trabalho;
• Usar o extintor. Caso não saiba usá-lo chamar a brigada de incêndio.
Grande Porte
• Solicitar a engenharia ou manutenção que desligue a energia;
• Comunicar o ocorrido ao Setor de Segurança e Saúde do Trabalha-
dor – SSST.;
• Acionar a Brigada,
• Evacuar o local. Em caso de fumaça, mover-se para próximo do solo;
• Chamar os bombeiros.
SAIBA COMO
Os procedimentos para o uso do extintor são simples mas devem
ser observados com cuidado. São eles:
1 - Retire do suporte;
2 - Retire o pino de segurança localizado no gatilho;
3 - Direcione o extintor para a base das chamas;
4 - Pressione o gatilho.
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CLASSES DE AGENTES EXTINTORES
MATERIAIS ÁGUA ESPUMA PÓ QUÍMICO CO²
A Madeira, papel,
tecidos e etc.
B Gasolina, álcool,
ceras, tintas e etc.
Equipamentos e
C instalações
elétricas
Para incêdios do Tipo D (Metais: Lítio, Magnésio, Sódio e outros), na falta de um extintor
expecífico, pode-se usar areia para grandes focos ou uma manta de extinção para pequenos
focos.
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ATENÇÃO
Em caso de derramamento de produtos reativos líquidos, deve-
-se cobri-lo com areia ou serragem, recolher com pá, acondicio-
ná-lo em embalagem apropriada para disposição. Se o produto
estiver na forma de pó, limpá-lo com um pano úmido, contanto
que o produto não venha reagir com a água.
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5.6.2 Derramamento de material biológico no laboratório:
Avisar aos trabalhadores do laboratório e outros presentes na área sobre o
derramamento;
• Cobrir o derramamento com material absorvente (toalha de papel);
• Verter desinfetante (Álcool etílico 70% ou Hipoclorito de sódio) so-
bre o material absorvente e nas bordas do derramamento;
OBSERVAÇÃO
O desinfetante usado deve ter sua eficiência em relação
ao microorganismo do derramamento comprovado, ve-
rificando e observando as concentrações indicadas e o
tempo de contato.
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RISCO BIOLÓGICO RADIOATIVO INFLAMÁVEL CORROSIVO
127 V
220 V
USO OBRIGATÓRIO USO OBRIGATÓRIO VOLTAGEM DAS
DE AVENTAL DE BOTAS TOMADAS
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PROIBIDO PRODUZIR PROIBIDO COMER PROIBIDO APAGAR
FOGO E BEBER COM ÁGUA
6. RISCOS
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6.2.1 Equipamentos que geram calor ou chama
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• Nunca engula ou ponha gelo seco na boca, em concentrações elevadas
o gelo seco pode provocar asfixia. Não deve ser transportado juntamen-
te com pessoas ou animais num veículo fechado. Tenha também cuida-
do para que este não seja guardado num local sem ventilação.
MENOR MAIOR
GRAU DE GRAVIDADE
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6.4 Modelo de mapa de risco
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EM CASO DE DÚVIDAS
Qualidade do IOM
3314-4700 - qdiom@funed.mg.gov.br
Gestão Ambiental
3314-4821 - gestaoambiental@funed.mg.gov.br
REFERÊNCIAS
30
CRÉDITOS
Fundação Ezequiel Dias
Verificadores
Paulo Sabino dos Santos Júnior, Sarah Paes Landim Santos e Tatiana
Kelly Silva.
Aprovação:
Helen Cristhian Ferraz de Aquino.
Setembro/17
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