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S um á ri o

Prefácio XVII Número Atômico 41


Massa Atômica Relativa e a Unidade de Massa
Atômica 41
As Ferramentas Básicas da Química Número de Massa 42
2.3 Isótopos 43
1 Matéria e Medição 1 Abundância Isotópica 43
1.1 Substâncias Elementares e Átomos 3 Determinando a Massa Atômica Exata e a
1.2 Compostos e Moléculas 4 Abundância Isotópica 44
1.3 Propriedades Físicas 6 2.4 Massa Atômica 46
Densidade 6 2.5 Átomos e o Mol 47
Temperatura 8 A Massa Molar 48
Dependência das Propriedades Físicas com 2.6 A Tabela Periódica 51
a Temperatura 9 Características da Tabela Periódica 51
Propriedades Extensivas e Intensivas 10 O Desenvolvimento da Tabela Periódica 53
1.4 Mudanças Físicas e Químicas 10 2.7 Uma Visão Geral dos Elementos, de Sua Química
1.5 Classificação da Matéria 12 e da Tabela Periódica 54
Estados da Matéria e a Teoria 2.8 Elementos Essenciais 60
Cinético-molecular 12
A Matéria nos Níveis Macroscópico
e Particulado 13 3 Moléculas, Íons e Seus Compostos 65
Substâncias Puras 14 3.1 Moléculas, Compostos e Fórmulas 67
Misturas: Homogêneas e Heterogêneas 15 Fórmulas 68
1.6 Unidades de Medida 16 3.2 Modelos Moleculares 69
1.7 Utilizando a Informação Numérica 17 3.3 Compostos Iônicos: Fórmulas, Nomes
Comprimento 17 e Propriedades 71
Volume 19 Íons 71
Massa 20 Cátions 72
Fazendo Medições: Precisão, Exatidão e Erro Ânions 72
Experimental 22 Íons Monoatômicos 73
Algarismos Significativos 24 Cargas dos Íons e a Tabela Periódica 74
1.8 Solução de Problemas 26 Íons Poliatômicos 74
Fórmulas dos Compostos Iônicos 75
Nomes dos Íons 76
2 Átomos e Elementos 35
Nomes dos Compostos Iônicos 78
2.1 Prótons, Elétrons e Nêutrons: Desenvolvimento
Propriedades dos Compostos Iônicos 79
da Estrutura Atômica 37
3.4 Compostos Moleculares: Fórmulas, Nomes
Eletricidade 37
e Propriedades 81
Radioatividade 37 3.5 Fórmulas, Compostos e o Mol 83
Elétrons 38 Massa Molar e Molecular 83
Prótons 39 3.6 Determinando a Fórmula de Compostos 86
Nêutrons 40 Composição Percentual 86
O Núcleo do Átomo 40 Fórmulas Empírica e Molecular a Partir
2.2 Número Atômico e Massa Atômica 41 da Composição Percentual 87

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XII Química Geral e Reações Químicas EDITORA THOMSON

Determinando uma Fórmula a Partir de Dados Concentração de Soluções: Molaridade 155


de Massa 90 Preparando Soluções de Concentração
Determinando uma Fórmula por Espectrometria Conhecida 158
de Massa 92 5.9 pH: Uma Escala de Concentração para Ácidos e
3.7 Compostos Hidratados 93 Bases 160
5.10 Estequiometria das Reações em
4 Equações Químicas e Estequiometria 101 Solução Aquosa 162
4.1 Equações Químicas 103 Solução Geral de Estequiometria 162
4.2 Balanceamento de Equações Químicas 104 Titulação: Um Método de Análise Química 164
4.3 Relações de Massa em Reações Químicas:
Estequiometria 107 6 Princípios de Reatividade: Energia e Reações
4.4 Reações em Que um Reagente Está Presente em Químicas 177
Quantidade Limitada 110 6.1 Energia: Alguns Princípios Básicos 179
4.5 Rendimento Percentual 115 Conservação da Energia 180
4.6 Equações Químicas e Análise Química 116 Temperatura e Calor 181
Análise Quantitativa de uma Mistura 116 Sistemas e Vizinhanças 182
Determinando a Fórmula de um Composto Direcionalidade da Transferência de Calor:
por Combustão 120 Equilíbrio Térmico 182
Unidades de Energia 184
5 Reações em Solução Aquosa 127 6.2 Capacidade Calorífica Específica e Transferência
5.1 Propriedades dos Compostos em Solução de Calor 184
Aquosa 129 Aspectos Quantitativos da Transferência
Íons em Solução Aquosa: Eletrólitos 129 de Calor 187
Tipos de Eletrólitos 130 6.3 Energia e Mudanças de Estado 189
Solubilidade de Compostos Iônicos 6.4 A Primeira Lei da Termodinâmica 192
em Água 131 Entalpia 195
5.2 Reações de Precipitação 132 Funções de Estado 196
Equações Iônicas Líquidas 135 6.5. Variações de Entalpia para Reações
5.3 Ácidos e Bases 136 Químicas 196
Ácidos 136 6.6 Calorimetria 199
Bases 137 Calorimetria a Pressão Constante:
Óxidos Metálicos e Não-metálicos 139 Medindo ∆H 199
5.4 Reações de Ácidos e Bases 140 Calorimetria a Volume Constante:
Medindo ∆E 200
5.5 Reações Que Formam Gazes 143
6.7 A Lei de Hess 202
5.6 Classificação das Reações em Solução
Aquosa 144 Diagramas de Níveis de Energia 203
Reações com Formação Favorecida de Produtos 6.8 Entalpias Padrão de Formação 206
ou Reagentes 145 Variação de Entalpia para uma Reação 210
Resumo das Forças Motrizes das Reações 146 6.9 Reações com Formação Favorecida de
5.7 Reações de Oxirredução 147 Produtos ou Reagentes e a
Reações Redox e Transferência de Elétrons 148 Termoquímica 211
Números de Oxidação 149 6.10 Recursos Energéticos 212
Reconhecendo Reações de Oxirredução 151 Combustíveis Fósseis: O Que Há de Novo? 212
5.8 Medindo a Concentração de Compostos Energia Solar 213
em Solução 155 A Economia do Hidrogênio 215

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KOTZ E TREICHEL Sumário XIII

8.4 Configurações Eletrônicas dos Átomos 266


A Estrutura dos Átomos e das Moléculas
Configurações Eletrônicas dos Elementos
do Grupo Principal 266
7 Estrutura Atômica 223 Configurações Eletrônicas dos Elementos
de Transição 272
7.1 Radiação Eletromagnética 225
8.5 Configurações Eletrônicas dos Íons 274
Propriedades das Ondas 225
8.6 Propriedades Atômicas e Tendências
Ondas Estacionárias 226
Periódicas 275
O Espectro Visível da Luz 228
Tamanho Atômico 275
7.2 Planck, Einstein, Energia e Fótons 229
Energia de Ionização 277
Equação de Planck 229
Afinidade Eletrônica 279
Einstein e o Efeito Fotoelétrico 231
Tamanho dos Íons 282
Energia e Química: Usando a Equação
8.7 Tendências Periódicas e Propriedades
de Planck 232
Químicas 283
7.3 Espectros de Linhas Atômicas e Niels Bohr 233
Espectros de Linhas Atômicas 233 9 Ligações e Estrutura Molecular: Conceitos
O Modelo de Bohr do Átomo Fundamentais 289
de Hidrogênio 234 9.1 Elétrons de Valência 291
7.4 Propriedades Ondulatórias do Elétron 241 Símbolos de Lewis para os Átomos 292
7.5 Uma Visão Mecânico-quântica do Átomo 242 9.2 Formação de Ligações Químicas 292
O Princípio da Incerteza 242 9.3 Ligação em Compostos Iônicos 294
O Modelo de Schrödinger para o Átomo Atração entre Íons e Energia 294
de Hidrogênio e as Funções de Onda 243
Energia de Retículo (ou Reticular) 296
Números Quânticos 243
Por Que Compostos Como NaCl2
Informação Útil a Partir dos Números e NaNe Não Existem 298
Quânticos 244
9.4 Ligações Covalentes e Estruturas de Lewis 299
7.6 O Formato dos Orbitais Atômicos 246
Estruturas Eletrônicas de Lewis 299
Orbitais s 246
A Regra do Octeto 300
Orbitais p 248
Prevendo Estruturas de Lewis 302
Orbitais d 249
9.5 Ressonância 306
Orbitais f 249
9.6 Exceções à Regra do Octeto 310
7.7 Orbitais Atômicos e a Química 249
Compostos em Que um Átomo Possui Menos
de Oito Elétrons de Valência 310
8 Configurações Eletrônicas dos Átomos Compostos em Que um Átomo Possui Mais de
e Periodicidade Química 257 Oito Elétrons de Valência 311
8.1 Spin Eletrônico 259 Moléculas com um Número Ímpar de
Magnetismo 259 Elétrons 312
Paramagnetismo e Elétrons 9.7 Distribuição de Cargas em Ligações Covalentes
Desemparelhados 260 e Moléculas 313
8.2 O Princípio da Exclusão de Pauli 261 Cargas Formais em Átomos 314
8.3 Energias das Subcamadas Atômicas Polaridade da Ligação e Eletronegatividade 316
e Atribuição dos Elétrons 263 Combinando a Carga Formal e a Polaridade
Ordem de Energia das Subcamadas e Atribuição da Ligação 319
dos Elétrons 263 9.8 Propriedades das Ligações 321
A Carga Nuclear Efetiva, Z* 264 Ordem de Ligação 321

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XIV Química Geral e Reações Químicas EDITORA THOMSON

Comprimento de Ligação 321 Isômeros Estruturais 388


Energia de Ligação 323 Alcenos e Alcinos 393
9.9 As Formas das Moléculas 326 Compostos Aromáticos 398
Átomos Centrais Cercados Somente por Pares 11.3 Alcoóis, Éteres e Aminas 401
de Ligações Simples 327 Alcoóis e Éteres 402
Átomos Centrais com Pares de Ligação Aminas 406
Simples e Pares Isolados 327
11.4 Compostos com um Grupo Carbonila 408
Ligações Múltiplas e Geometria
Aldeídos e Cetonas 409
Molecular 331
Ácidos Carboxílicos 410
9.10 Polaridade Molecular 333
Ésteres 413
9.11 A História do DNA 337
Amidas 415
11.5 Polímeros 416
10 Ligações e Estrutura Molecular: Hibridização Classificação dos Polímeros 416
de Orbitais e Orbitais Moleculares 345
Polímeros de Adição 419
10.1 Orbitais e Teorias de Ligação 347
Polímeros de Condensação 422
10.2 Teoria da Ligação de Valência 347
Novos Materiais Poliméricos 426
O Modelo de Ligação da Sobreposição
de Orbitais 347
Hibridização dos Orbitais Atômicos 350 Estados da Matéria
Ligações Múltiplas 357
Isomeria Cis-Trans: Uma Conseqüência
das Ligações π 361 12 Os Gases e Suas Propriedades 431
Benzeno: Um Exemplo Especial da 12.1 Propriedades dos Gases 433
Ligação π 362 Pressão do Gás 433
10.3 Teoria do Orbital Molecular 363 12.2 As Leis dos Gases: Uma base
Princípios da Teoria do Orbital Molecular 363 Experimental 436
Ordem de Ligação 365 A Compressibilidade dos Gases: Lei
de Boyle 436
Orbitais Moleculares de Li2 e Be2 365
Efeito da Temperatura no Volume de um
Orbitais Moleculares a Partir de Orbitais
Gás: Lei de Charles 438
Atômicos p 366
Combinando as Leis de Boyle e de Charles:
Ressonância e a Teoria do Orbital
Lei Geral dos Gases 440
Molecular 369
A Hipótese de Avogadro 441
10.4 Metais e Semicondutores 372
12.3 A Lei dos Gases Ideais 442
Condutores, Isolantes e a Teoria de Bandas 372
Densidade dos Gases 444
Semicondutores 373
Calculando a Massa Molar a Partir de Dados
de P, V e T 445
11 Carbono: Mais do Que Apenas Mais Um 12.4 As Leis dos Gases e as Reações Químicas 447
Elemento 381
12.5 Misturas de Gases e Pressões Parciais 450
11.1 Por Que o Carbono? 383
12.6 Teoria Cinético-molecular dos Gases 452
Diversidade Estrutural 383
Velocidade Molecular e Energia Cinética 452
Isômeros 385
Teoria Cinético-molecular e as Leis dos Gases 454
Estabilidade dos Compostos de Carbono 386
12.7 Difusão e Efusão 455
11.2 Hidrocarbonetos 388
12.8 Algumas Aplicações das Leis dos Gases e
Alcanos 388 da Teoria Cinético-molecular 457

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KOTZ E TREICHEL Sumário XV

Balões de Ar Quente 457 Dissolvendo Gases em Líquidos: A Lei


Mergulho Submarino Profundo 457 de Henry 525
12.9 Comportamento Não-ideal: Gases Reais 458 14.4 Propriedades Coligativas 528
Mudanças na Pressão de Vapor: A Lei
de Raoult 528
13 Forças Intermoleculares, Líquidos e Sólidos 467 Elevação do Ponto de Ebulição 531
13.1. Estados da Matéria e a Teoria Depressão do Ponto de Congelamento 532
Cinético-molecular 469 Propriedades Coligativas e a Determinação
13.2. Forças Intermoleculares 470 da Massa Molar 533
Interações entre Moléculas com Dipolos Propriedades Coligativas de Soluções
Permanentes 470 Que Contêm Íons 534
Interações entre Moléculas Apolares 472 Osmose 536
13.3 A Ligação de Hidrogênio 475 14.5 Colóides 540
A Ligação de Hidrogênio e as Propriedades Tipos de colóides 541
Incomuns da Água 477 Surfactantes 542
13.4 Resumo das Forças Intermoleculares 479
13.5 As Propriedades dos Líquidos 480
Apêndices
Vaporização 481
Pressão de Vapor 484
Ponto de Ebulição 486 A Algumas Operações Matemáticas 552
Temperatura e Pressão Críticas 486 B Alguns Conceitos Físicos Importantes 560
Tensão Superficial, Ação Capilar C Abreviaturas e Fatores de Conversão Úteis 563
e Viscosidade 488 D Constantes Físicas 567
13.6 Química do Estado Sólido: Metais 490 E Nomenclatura de Compostos Orgânicos 569
Retículos Cristalinos e Celas Unitárias 490 F Valores das Energias de Ionização e Afinidades
13.7 Química do Estado Sólido: Estruturas Eletrônicas dos Elementos 573
e Fórmulas de Sólidos Iônicos 496 G Pressão de Vapor da Água em Diversas
13.8 Outros Tipos de Materiais Sólidos 498 Temperaturas 574
Sólidos Moleculares 498 H Constantes de Ionização de Ácidos Fracos
Sólidos Reticulares 500 a 25 °C 575
Sólidos Amorfos 500 I Constantes de Ionização de Bases Fracas
13.9 As Propriedades Físicas dos Sólidos 501 a 25 °C 577
13.10 Diagramas de Fase 504 J Constantes de Produto de Solubilidade de Alguns
Compostos Inorgânicos a 25 °C 578
K Constantes de Formação de Alguns Íons Complexos
14 As Soluções e Seu Comportamento 511 em Solução Aquosa 580
14.1 Unidades de Concentração 513 L Valores Termodinâmicos Selecionados 581
14.2 O Processo de Dissolução 516 M Potenciais Padrão de Redução em Solução
Aquosa a 25 °C 587
Líquidos Dissolvendo-se em Líquidos 517
N Respostas dos Exercícios 590
Sólidos Dissolvendo-se em Líquidos 519
O Respostas das Questões de Estudo 601
Calor de Dissolução 519
14.3 Fatores Que Afetam a Solubilidade: Pressão Índice Remissivo / Glossário 629
e Temperatura 525 Caderno Colorido* 657

*NE: Por questões de ordem pedagógica, estamos repetindo algumas ilustrações no caderno colorido ao final deste livro.

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KOTZ E TREICHEL Sumário XVII

Prefácio

FILOSOFIA E ABORDAGEM DO LIVRO

Desde a primeira edição em inglês, este livro teve dois objetivos principais, porém interdependentes. O primeiro con-
sistia em elaborar uma obra que os estudantes gostassem de ler e que oferecesse, com razoável nível de rigor, química e
princípios químicos em formato e organização típicos dos cursos universitários atuais. O segundo consistia em transmitir
a utilidade e a importância da química pela introdução das propriedades dos elementos, de seus compostos e de suas
reações o mais cedo possível e pela focalização da discussão nesses assuntos.
Uma observação dos textos introdutórios de química disponíveis atualmente revela que há um ordenamento
comum utilizado pelos educadores no tratamento de princípios químicos. Com algumas pequenas variações, neste livro
seguiu-se essa ordem também, o que não significa que os capítulos não possam ser usados em ordem diversa.1 Por exem-
plo, o Capítulo 12, sobre as propriedades dos gases, foi disposto junto com capítulos sobre líquidos, sólidos e soluções,
porque logicamente se encaixa nesses tópicos. Esse capítulo, no entanto, pode também ser facilmente lido e compreen-
dido mesmo após a leitura dos primeiros quatro ou cinco capítulos.
Em livros de química, a discussão sobre química orgânica (Capítulo 11) é normalmente disposta nos capítulos
finais. A importância dos compostos orgânicos na bioquímica e na indústria química levou-nos a apresentá-lo antes na
seqüência dos capítulos. Assim, ele foi colocado depois dos capítulos sobre estrutura e ligação, porque a química orgâ-
nica ilustra a aplicação dos modelos de ligação química e de estrutura molecular.
A ordem dos tópicos no texto foi também planejada de modo a introduzir, tão cedo quanto possível, os conheci-
mentos necessários às experiências de laboratório feitas em cursos de química geral. Por esse motivo, os capítulos sobre
propriedades químicas e físicas, os tipos comuns de reação e a estequiometria encontram-se no início do volume 1.
Além disso, em razão da importância de se compreender a energia no estudo da química, a termoquímica é introduzida
no Capítulo 6.
A American Chemical Society (Associação Norte-americana de Química) tem incitado educadores a recolocar
a “química” nos cursos introdutórios dessa matéria. Como químicos inorgânicos, concordamos plenamente. Por conse-
qüência, freqüentemente tentamos descrever os elementos, seus compostos e suas reações o mais cedo possível, de diver-
sas maneiras. Primeiro, há numerosas fotografias das reações que ocorrem, dos elementos e dos compostos comuns, de
operações comuns no laboratório e de processos industriais. Segundo, procuramos introduzir os assuntos relacionados às
propriedades dos elementos e dos compostos o quanto antes nos “Exercícios” e nas “Questões de Estudo” e apresentar
novos princípios usando situações químicas reais. Por fim, assuntos relevantes são apresentados nos capítulos 21 e 22
como complemento aos princípios descritos previamente.
Finalmente, textos intitulados “Um Exame Mais Detalhado” descrevem idéias que fornecem o pano de fundo
para o assunto em discussão ou uma abordagem diferente dele. Por exemplo, no Capítulo 11 sobre química orgânica
os textos intitulados “Um Exame Mais Detalhado” são voltados à discussão dos aspectos estruturais de moléculas de
importância bioquímica, como aminoácidos e proteínas. Em outros capítulos mergulhamos em modelagem molecular e
em espectrometria de massa.

1
NE: Esta edição em português está organizada em dois volumes (capítulos 1 a 14, vol. 1, e capítulos 15 a 23, vol. 2).

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XVIII Química Geral e Reações Químicas EDITORA THOMSON

ORGANIZAÇÃO DO LIVRO

Química Geral e Reações Químicas apresenta dois temas que se sobrepõem: Reatividade Química e Ligação e
Estrutura Molecular. Os capítulos que tratam dos Princípios de Reatividade (vol. 2) apresentam ao leitor fatores que con-
duzem a reações químicas bem-sucedidas na formação de produtos. Assim, neste tópico o leitor estudará tipos comuns
de reações, a energia nelas envolvida e os fatores que afetam a velocidade de uma reação. Um dos fatores responsáveis
pelos enormes avanços em química e em biologia molecular nas últimas décadas foi a compreensão da estrutura mole-
cular. Assim, as seções do livro sobre Princípios de Ligação e da Estrutura Molecular fornecem as bases que permitem
compreender esses desenvolvimentos. Uma atenção especial é dada à compreensão dos aspectos estruturais de moléculas
biologicamente importantes como o DNA.
Os capítulos que tratam dos Princípios de Reatividade são organizados em cinco seções, e cada uma delas agrupa
um tema em comum.

Parte 1: As Ferramentas Básicas da Química

Certos métodos e certas idéias básicas que formam a espinha dorsal da química são introduzidos na Parte 1 (vol. 1),
em que se definem termos importantes, além de apresentar uma revisão das unidades e dos métodos matemáticos. Os
capítulos 2 e 3 trazem idéias básicas sobre os átomos, as moléculas e os íons, e no Capítulo 2 se introduz um dos dis-
positivos organizacionais mais importantes da química: a Tabela Periódica. Nos capítulos 4 e 5 começa-se a discutir os
princípios da reatividade química e a se introduzir os métodos numéricos usados pelos químicos para extrair informação
quantitativa das reações químicas. O Capítulo 6 é uma introdução à energia envolvida em processos químicos.

Parte 2: A Estrutura dos Átomos e das Moléculas

O objetivo desta parte é fornecer um esboço das teorias atuais que tratam do arranjo dos elétrons nos átomos e
alguns dos desenvolvimentos históricos que conduziram a essas idéias (capítulos 7 e 8). Com essa base, pode-se com-
preender por que os átomos e seus íons têm propriedades químicas e físicas diferentes. Essa discussão está ligada ao
arranjo dos elementos na Tabela Periódica, de modo que essas propriedades possam ser relembradas e predições possam
ser feitas. No Capítulo 9, discute-se pela primeira vez como os elétrons dos átomos em uma molécula levam à formação
de ligações químicas e as propriedades dessas ligações. Além disso, mostra-se como derivar a estrutura tridimensio-
nal de moléculas simples. Finalmente, o Capítulo 10 considera de forma mais detalhada as principais teorias de liga-
ção química.
Ao final desta parte há uma discussão sobre química orgânica (Capítulo 11), inicialmente de um ponto de vista
estrutural. A química orgânica é uma área extensa da química que não se pode abranger em detalhe neste livro. Conseqüente-
mente, focalizam-se os compostos de especial importância, incluindo polímeros sintéticos, e as estruturas desses materiais.

Parte 3: Estados da Matéria

O comportamento dos três estados da matéria — gases, líquidos e sólidos — é descrito nessa ordem nos capítu-
los 12 e 13. A discussão dos líquidos e dos sólidos está vinculada aos gases por meio da descrição das forças intermole-

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KKOTZ
OTZEET
TREICHEL
REICHEL Sumário
Prefácio XIX

culares, com atenção especial dada à água líquida e sólida. O Capítulo 13 considera também o estado sólido, uma área da
química que atualmente atravessa um processo de renascimento. No Capítulo 14, trata-se das propriedades das soluções,
misturas íntimas de gases, líquidos e sólidos.

Parte 4: O Controle de Reações Químicas

Esta parte se concentra exclusivamente nos Princípios de Reatividade. No Capítulo 15, examina-se a importante
questão das velocidades dos processos químicos e dos fatores que as controlam. Com isso em mente, avança-se para os
capítulos 16 a 18, conjunto de capítulos que descreve as reações químicas no equilíbrio. Após uma introdução ao equilí-
brio no Capítulo 16, destacam-se as reações que envolvem ácidos e bases em água (capítulos 17 e 18) e as reações que
formam sais insolúveis (Capítulo 18). Para alinhavar a discussão sobre os equilíbrios químicos, explora-se novamente a
termodinâmica no Capítulo 19. Como tópico final desta parte descreve-se no Capítulo 20 a classe principal de reações
químicas, aquelas que envolvem a transferência de elétrons e o uso dessas reações em células eletroquímicas.

Parte 5: A Química dos Elementos

Embora a química dos vários elementos seja descrita durante todo o livro até esta parte, aqui se considera este
tópico de forma mais sistemática. O Capítulo 21 está voltado à química dos elementos representativos, enquanto o
Capítulo 22 apresenta uma discussão dos elementos de transição e de seus compostos. Finalmente, no Capítulo 23 há
uma breve discussão da química nuclear.

Objetivos do Capítulo

Uma lista de quatro a seis objetivos para cada capítulo é apresentada no início de cada um deles.

Disposição dos Problemas-exemplo

Todos os problemas-exemplo no livro são divididos em três ou quatro seções. A questão é formulada tão
sucintamente quanto possível na apresentação do Problem. Em seguida, a seção Estratégia descreve de maneira geral
como a questão deve ser abordada, quais dados são relevantes e em que parte do texto o estudante pode conseguir ajuda.
A terceira seção esboça a Solução do problema. Finalmente, caso seja necessário, há um Comentário sobre a natureza da
solução. Isso representa a maneira de abordagem das questões que colocamos aos estudantes.

Organização das Questões de Estudo

As questões de estudo ao final de cada capítulo são divididas basicamente em questões de revisão, em questões
organizadas de acordo com a seção relevante do capítulo e em uma lista de questões gerais sem nenhuma indicação de
tipo. Entretanto, mais informação é fornecida para as questões organizadas de acordo com a seção do capítulo. Para
questões em uma seção ou em uma dada subseção do capítulo, destacamos quais as questões ou os exercícios do exemplo
são relevantes.

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XX Química Geral e Reações Químicas EDITORA THOMSON

Apresentação Adiantada do pH

Em muitas universidades, os estudantes cursam química geral apenas no primeiro semestre. Um tópico inicialmente
estudado na parte final do volume 2, mas que é útil a esses estudantes, é o pH. Conseqüentemente, a definição do pH e os
exemplos de seu uso são apresentados no Capítulo 5 como parte da discussão sobre a concentração das soluções.

Equilíbrios Químicos

Este assunto é apresentado em três capítulos, reduzindo ligeiramente o estudo de compostos insolúveis e incor-
porando o tópico no Capítulo 18, volume 2. Este capítulo apresenta soluções-tampão, titulações ácido-base e a solubili-
dade dos compostos.

Agradecimentos

Queríamos agradecer nossas famílias, amigos, colegas e estudantes pelo apoio e encorajamento.
Publicar um livro é um processo complexo, exigindo uma grande equipe para realizar a tarefa. Ao menos um dos
membros de nossa equipe merece agradecimentos especiais: Katie Kotz.
O sucesso deste livro se deve, em grande parte, à qualidade dos revisores do manuscrito. Queremos expressar
nossa gratidão aos esforços de todos aqueles listados a seguir. Entretanto, merecem menção especial: Gary Riley e Steve
Lnaders, que resolveram todos os problemas surgidos. Os revisores de provas Susan Young, Larry Fishel e Marie Nguyen
foram inestimáveis. Em razão dos milhares de palavras e de números a serem verificados, leitores de provas cuidadosos
e competentes são fundamentais.

David W. Ball, Cleveland State University Robert Garber, California State University, Long Beach
Roger Barth, West Chester University Michael D. Hampton, University of Central Florida
John G. Berberian, Saint Joseph’s University Paul Hunter, Michigan State University
Don A. Berkowitz, University of Maryland Michael E. Lipschutz, Purdue University
Simon Bott, University of Houston Shelley D. Minteer, Saint Louis University
Wendy Clevenger Cory, University of Tennessee at Jessica N. Orvis, Georgia Southern University
Chattanooga David Spurgeon, University of Arizona
Richard Cornelius, Lebanon Valley College Stephen P. Tanner, University of West Florida
James S. Falcone, West Chester University John Townsend, West Chester University
Martin Fossett, Tabor Academy John A. Weyh, Western Washington University
Michelle Fossum, Laney College Marcy Whitney, The University of Alabama
Sandro Gambarotta, University of Ottawa Sheila Woodgate, The University of Auckland

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As Ferramentas Básicas da Química

1 Matéria e Medição

Objetivos do Capítulo

• Reconhecer elementos, substâncias elementares, átomos, compostos e


moléculas.
• Identificar propriedades e mudanças físicas e químicas.
• Aplicar a teoria cinético-molecular às propriedades da matéria.
• Usar unidades métricas e algarismos significativos de forma correta.

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1
Pensando sobre a Matéria. A química é o estudo da
Foco do Capítulo natureza da matéria e de suas interações. A matéria é essen-
cialmente composta por elementos químicos e seus compostos
e sua maior parte pode existir em um dos três estados: sólido,
líquido e gás.
Embora os químicos façam observações em nível ma-
croscópicos, nós nos preocupamos com as propriedades da maté-
ria nas escalas microscópica e submicroscópica.

Ferro, pirita de ferro, bromo sólido, bromo gasoso e líquido, cobre metálico bruto: Charles D. Winters. Imagem STM
do cobre: reproduzida com a permissão de X. Xu, S. M. Vesecky e D. W. Goodman, Science, vol. 258, 1992, p. 788.

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KOTZ E TREICHEL Capítulo 1 Matéria e Medição 3

I magine um copo alto cheio de um líquido límpido. A luz solar de uma janela próxima faz
com que o líquido cintile, e o copo está fresco ao toque. Um gole de água seria bom, mas
será que você deve arriscar? Se o copo estivesse em sua cozinha, você poderia responder
que sim. E se essa cena ocorresse em um laboratório químico? Como você poderia saber
que o copo contém água pura? Formulando a pergunta de forma mais química: como você
demonstraria que o líquido é realmente água?
Em geral, consideramos a água que bebemos como pura, mas isso não é estrita-
mente verdade. Em alguns casos, matéria pode estar suspensa nela ou bolhas de algum gás,
como o oxigênio, podem ser visíveis. Às vezes, a água da torneira pode apresentar uma Pensando sobre a matéria. Isto é um
ligeira coloração, em razão do ferro dissolvido. Na verdade, a água potável é quase sempre copo de água pura? Como se pode provar
uma mistura de substâncias, algumas dissolvidas e outras não. Para qualquer mistura, po- que a água é realmente pura? (Charles
deríamos fazer muitas perguntas: quais são seus componentes (partículas de poeira, bolhas D. Winters)
do oxigênio, sais dissolvidos de sódio, cálcio ou ferro) e quais são suas quantias relativas?
Como podem essas substâncias ser separadas umas das outras, e como as propriedades de
uma substância variam quando ela é misturada com outra?
Este capítulo é o início de nossa discussão de como os químicos pensam sobre a
matéria. Exploraremos algumas idéias básicas a respeito dos elementos, átomos, compos-
tos e moléculas, o foco da química. Em seguida, perguntaremos como os químicos caracte-
rizam esses blocos de construção da matéria e começaremos a ver como podemos utilizar
a informação numérica.

1.1 SUBSTÂNCIAS ELEMENTARES E ÁTOMOS


A passagem de uma corrente elétrica através da água pura pode provocar sua decomposi-
ção em hidrogênio e oxigênio gasosos (veja a Figura 1.1a). Substâncias como o hidrogênio
e o oxigênio, que são compostas por apenas um tipo de átomo, são classificadas como
substâncias elementares1. Cerca de 113 elementos são atualmente conhecidos, e, desses,

(a) (b)

Figura 1.1 Substâncias elementares. (a) A passagem de uma corrente elétrica através da água produz as substâncias elementares hidrogênio (tubo de
ensaio à direita) e oxigênio (à esquerda). (b) Substâncias elementares podem freqüentemente ser identificadas por sua cor e pelo estado físico à temperatura
ambiente. (Charles D. Winters)

1
NTT: No original: elements. Na língua inglesa, essa palavra define uma substância constituída por apenas um tipo de átomo (uma substância elementar) e
também serve para designar um determinado tipo de átomo. Em português, “elemento” e “substância elementar” têm significados diferentes. O elemento é o
tipo de átomo, enquanto a substância elementar é aquela formada por apenas um tipo de elemento.

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4 Química Geral e Reações Químicas EDITORA THOMSON

aproximadamente 90 são encontrados na natureza; o restante foi criado por cientistas. O nome
e o símbolo de cada elemento estão listados ao final do livro. O carbono (C), o enxofre (S), o
ferro (Fe), o cobre (Cu), a prata (Ag), o estanho (Sn), o ouro (Au), o mercúrio (Hg) e o chumbo
• Escrevendo os Símbolos dos (Pb) eram conhecidos em formas relativamente puras na Antiguidade pelos gregos e romanos
Elementos e pelos alquimistas da China antiga, do mundo árabe e da Europa medieval. Entretanto, muitos
Note que apenas a primeira letra do outros – como o alumínio (Al), o silício (Si), o iodo (I) e o hélio (He) – não eram conhecidos
símbolo de uma substância elementar é até os séculos XVII e XVIII (algumas dessas substâncias elementares são mostradas na Figura
maiúscula. Por exemplo, cobalto é Co
e não CO. A notação CO representa o
1.1b). Finalmente, os elementos artificiais, como o tecnécio (Tc), o plutônio (Pu) e o amerício
composto monóxido de carbono. (Am), foram criados no século XX utilizando-se técnicas da física moderna.
Muitos elementos têm nomes e símbolos com origens no latim ou no grego – al-
guns exemplos incluem o hélio (He), cujo nome vem da palavra grega que significa sol,
helios, e o chumbo, cujo símbolo, Pb, vem da palavra em latim plumbum, que significa
pesado. Os elementos recentemente descobertos, porém, foram nomeados em homenagem
a seu lugar de descoberta ou a uma pessoa ou um lugar importante – alguns exemplos são
o amerício (Am), o califórnio (Cf) e o cúrio (Cm).
A tabela ao final deste livro, em que o símbolo e outras informações sobre todos
os elementos, com exceção dos mais recentes, são incluídos em um boxe, é chamada de
Tabela Periódica. Descreveremos essa ferramenta importante da química de forma mais
detalhada no Capítulo 2.
Um átomo é a menor partícula de um elemento que retém as propriedades carac-
terísticas desse elemento. A química moderna se baseia na compreensão e na exploração
da natureza em nível atômico. Muito mais será dito sobre os átomos e as propriedades
atômicas nos capítulos 2, 7 e 8 (especialmente).

• Resposta aos Exercícios Exercício 1.1 Elementos


Em cada capítulo do livro você encon-
trará um ou mais exercícios ao final de
cada seção, ou dentro de uma seção. Usando a Tabela Periódica ao final deste livro:
O objetivo desses exercícios é ajudá-lo
a verificar o seu conhecimento do as- (a) encontre os nomes dos elementos que têm os símbolos Na, Cl e Cr.
sunto discutido naquela seção. As solu- (b) encontre os símbolos dos elementos zinco, níquel e potássio.
ções desses exercícios encontram-se no
Apêndice N.

1.2 COMPOSTOS E MOLÉCULAS

Uma substância pura como açúcar, sal ou água, que é composta por duas ou mais subs-
tâncias elementares diferentes, é chamada de composto químico. Apesar de conhecermos
apenas 113 elementos, parece não haver nenhum limite para o número dos compostos
constituídos a partir desses elementos. Mais de 20 milhões de compostos são atualmente
conhecidos, e aproximadamente 500 mil são adicionados à lista a cada ano.
Quando os elementos tornam-se parte de um composto, suas propriedades ori-
ginais, como a cor, a dureza e o ponto de fusão, são substituídas pelas propriedades ca-
racterísticas do composto. Considere o sal de cozinha comum (cloreto de sódio), que é
composto por duas substâncias elementares (veja a Figura 1.2).

• O sódio é um metal brilhante que interage violentamente com a água. É compos-


A pirita de ferro é um composto quí-
mico formado por ferro e enxofre. É
to por átomos de sódio arranjados de forma compacta.
freqüentemente encontrada na natureza • O cloro é um gás amarelo-claro que tem um odor característico sufocante e é um
na forma de cubos dourados perfeitos. forte irritante dos pulmões e de outros tecidos. A substância elementar é com-
(Charles D. Winters)
posta por unidades de Cl2, em que dois átomos de cloro são fortemente ligados.
• O cloreto de sódio, ou o sal de cozinha, é um sólido cristalino com propriedades
completamente diferentes das duas substâncias elementares que o compõem

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KOTZ E TREICHEL Capítulo 1 Matéria e Medição 5

Figura 1.2 Formação de um composto químico. Cloreto de sódio, o sal de cozinha, pode ser preparado pela
combinação de sódio metálico (Na) e do gás amarelo cloro (Cl2). O resultado é um sólido cristalino. (Charles D.
Winters)

(veja a Figura 1.2). O sal é composto por sódio e cloro intimamente ligados um
ao outro. (O significado de fórmulas químicas do tipo NaCl é explorado nas
seções 3.3 e 3.4.)

É importante fazer uma distinção cuidadosa entre uma mistura de substâncias


elementares (veja a Seção 1.5) e um composto químico de dois ou mais elementos. O ferro
metálico puro e o enxofre amarelo em pó (veja a Figura 1.1b) podem ser misturados em
proporções variadas. No composto químico conhecido como pirita de ferro, entretanto,
esse tipo de variação não pode ocorrer. A pirita de ferro não somente exibe propriedades
específicas e diferentes daquelas do ferro ou do enxofre, ou uma mistura dessas substâncias
elementares, como também apresenta uma composição percentual em massa invariável
(46,55% de Fe e 53,45% de S, ou 46,55 g de Fe e 53,45 g de S em 100,00 g de amostra).
Assim, existem duas principais diferenças entre misturas e compostos químicos: os com-
postos têm características diferentes de seus elementos de origem e têm uma composição
percentual fixa (em massa) de seus elementos constituintes.
Alguns compostos – como o sal, NaCI – são constituídos por íons, que são áto-
mos ou grupos de átomos eletricamente carregados [→ Capítulo 3]. Outros compostos
– como a água e o açúcar – consistem em moléculas, as menores unidades discretas que
retêm as características química e de composição do composto.
A composição do composto pode ser representada por sua fórmula química. Na
fórmula para a água, H2O, por exemplo, o símbolo para o hidrogênio, H, é seguido por um
“2” subscrito, que indica que dois átomos de hidrogênio ocorrem em uma única molécula
de água. O símbolo para o oxigênio aparece sem algarismo subscrito, o que indica que
somente um átomo de oxigênio ocorre na molécula de água.
Conforme será visto durante todo este livro, as moléculas podem ser represen-
tadas por modelos que descrevem sua composição e sua estrutura. A Figura 1.3 ilustra os
nomes, as fórmulas e os modelos das estruturas de algumas moléculas comuns.

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6 Química Geral e Reações Químicas EDITORA THOMSON

Figura 1.3 Nomes, fórmulas e modelos


das estruturas de algumas moléculas co-
muns. Modelos de moléculas são ampla-
mente utilizados, e muitos aparecem ao
longo de todo o livro. Nesses modelos,
os átomos de C são representados em cor
cinza, os átomos de H, em branco, os de
N, em azul, e os de O, em vermelho. Esse
esquema de cores é geralmente usado
em química. (Veja o caderno colorido ao
final do livro.) 1.3 PROPRIEDADES FÍSICAS
Você reconhece seus amigos pela aparência física: altura, peso e cor dos olhos e dos cabe-
los. O mesmo vale para as substâncias químicas. Pode-se diferenciar entre um cubo de gelo
e um cubo de chumbo de mesmo tamanho não apenas por sua aparência (um é transparente
e incolor, o outro é um metal lustroso), mas também por um deles ser muito mais pesado
(chumbo) do que o outro (gelo) (veja a Figura 1.4). Propriedades como essas, que podem
ser observadas e medidas sem alterar a composição de uma substância, são chamadas de
propriedades físicas. As substâncias químicas elementares nas figuras 1.1 e 1.2, por exem-
plo, diferem claramente na cor, na aparência e no seu estado, isto é, se são sólidas, líquidas
ou gás. As propriedades físicas permitem que classifiquemos e identifiquemos substâncias
do mundo da matéria. Na Tabela 1.1 listam-se algumas propriedades físicas da matéria que
os químicos geralmente utilizam.

Figura 1.4 Propriedades físicas. Um


cubo de gelo e um pedaço de chumbo Exercício 1.2 Propriedades Físicas
podem ser facilmente diferenciados
por meio de suas propriedades físicas Identifique, na Tabela 1.1, o máximo de propriedades físicas que puder para as seguintes
(como densidade, cor e ponto de fusão). substâncias comuns: (a) ferro, (b) água, (c) sal de cozinha (cujo nome químico é cloreto de
(Charles D. Winters)
sódio) e (d) oxigênio.

Tabela 1.1 Algumas Propriedades Físicas

Propriedade Utilização da Propriedade para Diferenciar Substâncias

Cor A substância é colorida ou incolor?


Qual é a cor e qual sua intensidade?
Estado da matéria É um sólido, um líquido ou um gás?
Se é um sólido, qual é a forma das partículas?
Ponto de fusão A que temperatura o sólido se funde?
Ponto de ebulição A que temperatura o líquido ferve?
Densidade Qual é sua densidade (massa por unidade de volume)?
Solubilidade Que massa da substância pode ser dissolvida em um
determinado volume de água ou em outro solvente?
Condutividade elétrica Trata-se de um condutor elétrico ou de um isolante?
Maleabilidade Qual é a facilidade de se deformar o sólido?
Ductibilidade Com que facilidade o sólido pode ser transformado em um fio?
Viscosidade Qual é a suscetibilidade de um líquido ao escoamento?

Densidade
A densidade, razão entre a massa de um objeto e seu volume, é uma propriedade física útil
para identificar as substâncias.

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KOTZ E TREICHEL Capítulo 1 Matéria e Medição 7

Densidade = massa (1.1)


volume
Seu cérebro usa inconscientemente a densidade de um objeto que você queira levantar
estimando o volume visualmente e preparando seus músculos para levantar a massa pre-
vista. Por exemplo, pode-se instantaneamente dizer a diferença entre um cubo do gelo e um
cubo de chumbo de tamanhos idênticos (veja a Figura 1.4). O chumbo tem uma densidade
elevada, 11,35 g/cm3 (11,35 gramas por centímetro cúbico), ao passo que a densidade do
gelo é ligeiramente menor que 0,917 g/cm3. Um cubo de gelo com um volume de 16,0 cm3
tem uma massa de 14,7 g, enquanto um cubo de chumbo com o mesmo volume tem uma
massa de 180 g.
A densidade de uma substância relaciona sua massa e seu volume. Se duas das
três grandezas – massa, volume e densidade – forem conhecidas para uma amostra de
matéria, a terceira pode ser calculada. Por exemplo, a massa de um objeto é o produto
de sua densidade por seu volume:

massa (g)
Massa (g) = volume × densidade = volume (cm3 ) ×
volume (cm3 )

Essa abordagem é usada para encontrar a massa de 24 cm3 [ou 24 mL (mililitros)] de mer-
cúrio na proveta na foto ao lado. Um manual2 de química lista a densidade do mercúrio
como 13,534 g/cm3 (a 20 °C).
13, 534 g Qual é a massa de 24 mL de mercúrio?
Massa (g) = 24 cm 3 × 3
= 325 g Veja o texto para a resposta. (Charles
1 cm D. Winters)

Exemplo 1.1 Usando a Densidade

Problema • O etilenoglicol, C2H6O2, é largamente usado em fluidos anticonge-


lantes para radiadores de automóveis. Ele possui uma densidade de 1,11 g/cm3
(ou 1,11 g/mL). Qual é a massa, em gramas, de 56 litros (56.000 mL = 56.000
cm3) de etilenoglicol?
( (
Estratégia • Você conhece a densidade e o volume da amostra. Já que a den- (/ # # /(
sidade é a relação entre a massa de uma amostra e seu volume, então massa = ( (
volume × densidade. Conseqüentemente, para encontrar a massa da amostra, ETILENOGLICOL #(/
multiplique o volume pela densidade. DENSIDADE GCMOU GM,
Solução •

1,11 g
56.000 cm3 × = 62.000 g
1 cm3

Comentário • Observe que unidades de cm3 cancelam-se no cálculo.

Exercício 1.3 Densidade

A densidade do ar seco é 1,18 × 10–3 g/cm3 (= 0,00118 g/cm3; veja o Apêndice A sobre
como usar a notação científica). Que volume do ar, em centímetros cúbicos, tem uma massa
de 15,5 g?

2
NTT: No Brasil, geralmente nos referimos a esses compêndios de informação por seu nome em inglês: Handbook.

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