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*NE: Por questões de ordem pedagógica, estamos repetindo algumas ilustrações no caderno colorido ao final deste livro.
Prefácio
Desde a primeira edição em inglês, este livro teve dois objetivos principais, porém interdependentes. O primeiro con-
sistia em elaborar uma obra que os estudantes gostassem de ler e que oferecesse, com razoável nível de rigor, química e
princípios químicos em formato e organização típicos dos cursos universitários atuais. O segundo consistia em transmitir
a utilidade e a importância da química pela introdução das propriedades dos elementos, de seus compostos e de suas
reações o mais cedo possível e pela focalização da discussão nesses assuntos.
Uma observação dos textos introdutórios de química disponíveis atualmente revela que há um ordenamento
comum utilizado pelos educadores no tratamento de princípios químicos. Com algumas pequenas variações, neste livro
seguiu-se essa ordem também, o que não significa que os capítulos não possam ser usados em ordem diversa.1 Por exem-
plo, o Capítulo 12, sobre as propriedades dos gases, foi disposto junto com capítulos sobre líquidos, sólidos e soluções,
porque logicamente se encaixa nesses tópicos. Esse capítulo, no entanto, pode também ser facilmente lido e compreen-
dido mesmo após a leitura dos primeiros quatro ou cinco capítulos.
Em livros de química, a discussão sobre química orgânica (Capítulo 11) é normalmente disposta nos capítulos
finais. A importância dos compostos orgânicos na bioquímica e na indústria química levou-nos a apresentá-lo antes na
seqüência dos capítulos. Assim, ele foi colocado depois dos capítulos sobre estrutura e ligação, porque a química orgâ-
nica ilustra a aplicação dos modelos de ligação química e de estrutura molecular.
A ordem dos tópicos no texto foi também planejada de modo a introduzir, tão cedo quanto possível, os conheci-
mentos necessários às experiências de laboratório feitas em cursos de química geral. Por esse motivo, os capítulos sobre
propriedades químicas e físicas, os tipos comuns de reação e a estequiometria encontram-se no início do volume 1.
Além disso, em razão da importância de se compreender a energia no estudo da química, a termoquímica é introduzida
no Capítulo 6.
A American Chemical Society (Associação Norte-americana de Química) tem incitado educadores a recolocar
a “química” nos cursos introdutórios dessa matéria. Como químicos inorgânicos, concordamos plenamente. Por conse-
qüência, freqüentemente tentamos descrever os elementos, seus compostos e suas reações o mais cedo possível, de diver-
sas maneiras. Primeiro, há numerosas fotografias das reações que ocorrem, dos elementos e dos compostos comuns, de
operações comuns no laboratório e de processos industriais. Segundo, procuramos introduzir os assuntos relacionados às
propriedades dos elementos e dos compostos o quanto antes nos “Exercícios” e nas “Questões de Estudo” e apresentar
novos princípios usando situações químicas reais. Por fim, assuntos relevantes são apresentados nos capítulos 21 e 22
como complemento aos princípios descritos previamente.
Finalmente, textos intitulados “Um Exame Mais Detalhado” descrevem idéias que fornecem o pano de fundo
para o assunto em discussão ou uma abordagem diferente dele. Por exemplo, no Capítulo 11 sobre química orgânica
os textos intitulados “Um Exame Mais Detalhado” são voltados à discussão dos aspectos estruturais de moléculas de
importância bioquímica, como aminoácidos e proteínas. Em outros capítulos mergulhamos em modelagem molecular e
em espectrometria de massa.
1
NE: Esta edição em português está organizada em dois volumes (capítulos 1 a 14, vol. 1, e capítulos 15 a 23, vol. 2).
ORGANIZAÇÃO DO LIVRO
Química Geral e Reações Químicas apresenta dois temas que se sobrepõem: Reatividade Química e Ligação e
Estrutura Molecular. Os capítulos que tratam dos Princípios de Reatividade (vol. 2) apresentam ao leitor fatores que con-
duzem a reações químicas bem-sucedidas na formação de produtos. Assim, neste tópico o leitor estudará tipos comuns
de reações, a energia nelas envolvida e os fatores que afetam a velocidade de uma reação. Um dos fatores responsáveis
pelos enormes avanços em química e em biologia molecular nas últimas décadas foi a compreensão da estrutura mole-
cular. Assim, as seções do livro sobre Princípios de Ligação e da Estrutura Molecular fornecem as bases que permitem
compreender esses desenvolvimentos. Uma atenção especial é dada à compreensão dos aspectos estruturais de moléculas
biologicamente importantes como o DNA.
Os capítulos que tratam dos Princípios de Reatividade são organizados em cinco seções, e cada uma delas agrupa
um tema em comum.
Certos métodos e certas idéias básicas que formam a espinha dorsal da química são introduzidos na Parte 1 (vol. 1),
em que se definem termos importantes, além de apresentar uma revisão das unidades e dos métodos matemáticos. Os
capítulos 2 e 3 trazem idéias básicas sobre os átomos, as moléculas e os íons, e no Capítulo 2 se introduz um dos dis-
positivos organizacionais mais importantes da química: a Tabela Periódica. Nos capítulos 4 e 5 começa-se a discutir os
princípios da reatividade química e a se introduzir os métodos numéricos usados pelos químicos para extrair informação
quantitativa das reações químicas. O Capítulo 6 é uma introdução à energia envolvida em processos químicos.
O objetivo desta parte é fornecer um esboço das teorias atuais que tratam do arranjo dos elétrons nos átomos e
alguns dos desenvolvimentos históricos que conduziram a essas idéias (capítulos 7 e 8). Com essa base, pode-se com-
preender por que os átomos e seus íons têm propriedades químicas e físicas diferentes. Essa discussão está ligada ao
arranjo dos elementos na Tabela Periódica, de modo que essas propriedades possam ser relembradas e predições possam
ser feitas. No Capítulo 9, discute-se pela primeira vez como os elétrons dos átomos em uma molécula levam à formação
de ligações químicas e as propriedades dessas ligações. Além disso, mostra-se como derivar a estrutura tridimensio-
nal de moléculas simples. Finalmente, o Capítulo 10 considera de forma mais detalhada as principais teorias de liga-
ção química.
Ao final desta parte há uma discussão sobre química orgânica (Capítulo 11), inicialmente de um ponto de vista
estrutural. A química orgânica é uma área extensa da química que não se pode abranger em detalhe neste livro. Conseqüente-
mente, focalizam-se os compostos de especial importância, incluindo polímeros sintéticos, e as estruturas desses materiais.
O comportamento dos três estados da matéria — gases, líquidos e sólidos — é descrito nessa ordem nos capítu-
los 12 e 13. A discussão dos líquidos e dos sólidos está vinculada aos gases por meio da descrição das forças intermole-
culares, com atenção especial dada à água líquida e sólida. O Capítulo 13 considera também o estado sólido, uma área da
química que atualmente atravessa um processo de renascimento. No Capítulo 14, trata-se das propriedades das soluções,
misturas íntimas de gases, líquidos e sólidos.
Esta parte se concentra exclusivamente nos Princípios de Reatividade. No Capítulo 15, examina-se a importante
questão das velocidades dos processos químicos e dos fatores que as controlam. Com isso em mente, avança-se para os
capítulos 16 a 18, conjunto de capítulos que descreve as reações químicas no equilíbrio. Após uma introdução ao equilí-
brio no Capítulo 16, destacam-se as reações que envolvem ácidos e bases em água (capítulos 17 e 18) e as reações que
formam sais insolúveis (Capítulo 18). Para alinhavar a discussão sobre os equilíbrios químicos, explora-se novamente a
termodinâmica no Capítulo 19. Como tópico final desta parte descreve-se no Capítulo 20 a classe principal de reações
químicas, aquelas que envolvem a transferência de elétrons e o uso dessas reações em células eletroquímicas.
Embora a química dos vários elementos seja descrita durante todo o livro até esta parte, aqui se considera este
tópico de forma mais sistemática. O Capítulo 21 está voltado à química dos elementos representativos, enquanto o
Capítulo 22 apresenta uma discussão dos elementos de transição e de seus compostos. Finalmente, no Capítulo 23 há
uma breve discussão da química nuclear.
Objetivos do Capítulo
Uma lista de quatro a seis objetivos para cada capítulo é apresentada no início de cada um deles.
Todos os problemas-exemplo no livro são divididos em três ou quatro seções. A questão é formulada tão
sucintamente quanto possível na apresentação do Problem. Em seguida, a seção Estratégia descreve de maneira geral
como a questão deve ser abordada, quais dados são relevantes e em que parte do texto o estudante pode conseguir ajuda.
A terceira seção esboça a Solução do problema. Finalmente, caso seja necessário, há um Comentário sobre a natureza da
solução. Isso representa a maneira de abordagem das questões que colocamos aos estudantes.
As questões de estudo ao final de cada capítulo são divididas basicamente em questões de revisão, em questões
organizadas de acordo com a seção relevante do capítulo e em uma lista de questões gerais sem nenhuma indicação de
tipo. Entretanto, mais informação é fornecida para as questões organizadas de acordo com a seção do capítulo. Para
questões em uma seção ou em uma dada subseção do capítulo, destacamos quais as questões ou os exercícios do exemplo
são relevantes.
Apresentação Adiantada do pH
Em muitas universidades, os estudantes cursam química geral apenas no primeiro semestre. Um tópico inicialmente
estudado na parte final do volume 2, mas que é útil a esses estudantes, é o pH. Conseqüentemente, a definição do pH e os
exemplos de seu uso são apresentados no Capítulo 5 como parte da discussão sobre a concentração das soluções.
Equilíbrios Químicos
Este assunto é apresentado em três capítulos, reduzindo ligeiramente o estudo de compostos insolúveis e incor-
porando o tópico no Capítulo 18, volume 2. Este capítulo apresenta soluções-tampão, titulações ácido-base e a solubili-
dade dos compostos.
Agradecimentos
Queríamos agradecer nossas famílias, amigos, colegas e estudantes pelo apoio e encorajamento.
Publicar um livro é um processo complexo, exigindo uma grande equipe para realizar a tarefa. Ao menos um dos
membros de nossa equipe merece agradecimentos especiais: Katie Kotz.
O sucesso deste livro se deve, em grande parte, à qualidade dos revisores do manuscrito. Queremos expressar
nossa gratidão aos esforços de todos aqueles listados a seguir. Entretanto, merecem menção especial: Gary Riley e Steve
Lnaders, que resolveram todos os problemas surgidos. Os revisores de provas Susan Young, Larry Fishel e Marie Nguyen
foram inestimáveis. Em razão dos milhares de palavras e de números a serem verificados, leitores de provas cuidadosos
e competentes são fundamentais.
David W. Ball, Cleveland State University Robert Garber, California State University, Long Beach
Roger Barth, West Chester University Michael D. Hampton, University of Central Florida
John G. Berberian, Saint Joseph’s University Paul Hunter, Michigan State University
Don A. Berkowitz, University of Maryland Michael E. Lipschutz, Purdue University
Simon Bott, University of Houston Shelley D. Minteer, Saint Louis University
Wendy Clevenger Cory, University of Tennessee at Jessica N. Orvis, Georgia Southern University
Chattanooga David Spurgeon, University of Arizona
Richard Cornelius, Lebanon Valley College Stephen P. Tanner, University of West Florida
James S. Falcone, West Chester University John Townsend, West Chester University
Martin Fossett, Tabor Academy John A. Weyh, Western Washington University
Michelle Fossum, Laney College Marcy Whitney, The University of Alabama
Sandro Gambarotta, University of Ottawa Sheila Woodgate, The University of Auckland
1 Matéria e Medição
Objetivos do Capítulo
Ferro, pirita de ferro, bromo sólido, bromo gasoso e líquido, cobre metálico bruto: Charles D. Winters. Imagem STM
do cobre: reproduzida com a permissão de X. Xu, S. M. Vesecky e D. W. Goodman, Science, vol. 258, 1992, p. 788.
I magine um copo alto cheio de um líquido límpido. A luz solar de uma janela próxima faz
com que o líquido cintile, e o copo está fresco ao toque. Um gole de água seria bom, mas
será que você deve arriscar? Se o copo estivesse em sua cozinha, você poderia responder
que sim. E se essa cena ocorresse em um laboratório químico? Como você poderia saber
que o copo contém água pura? Formulando a pergunta de forma mais química: como você
demonstraria que o líquido é realmente água?
Em geral, consideramos a água que bebemos como pura, mas isso não é estrita-
mente verdade. Em alguns casos, matéria pode estar suspensa nela ou bolhas de algum gás,
como o oxigênio, podem ser visíveis. Às vezes, a água da torneira pode apresentar uma Pensando sobre a matéria. Isto é um
ligeira coloração, em razão do ferro dissolvido. Na verdade, a água potável é quase sempre copo de água pura? Como se pode provar
uma mistura de substâncias, algumas dissolvidas e outras não. Para qualquer mistura, po- que a água é realmente pura? (Charles
deríamos fazer muitas perguntas: quais são seus componentes (partículas de poeira, bolhas D. Winters)
do oxigênio, sais dissolvidos de sódio, cálcio ou ferro) e quais são suas quantias relativas?
Como podem essas substâncias ser separadas umas das outras, e como as propriedades de
uma substância variam quando ela é misturada com outra?
Este capítulo é o início de nossa discussão de como os químicos pensam sobre a
matéria. Exploraremos algumas idéias básicas a respeito dos elementos, átomos, compos-
tos e moléculas, o foco da química. Em seguida, perguntaremos como os químicos caracte-
rizam esses blocos de construção da matéria e começaremos a ver como podemos utilizar
a informação numérica.
(a) (b)
Figura 1.1 Substâncias elementares. (a) A passagem de uma corrente elétrica através da água produz as substâncias elementares hidrogênio (tubo de
ensaio à direita) e oxigênio (à esquerda). (b) Substâncias elementares podem freqüentemente ser identificadas por sua cor e pelo estado físico à temperatura
ambiente. (Charles D. Winters)
1
NTT: No original: elements. Na língua inglesa, essa palavra define uma substância constituída por apenas um tipo de átomo (uma substância elementar) e
também serve para designar um determinado tipo de átomo. Em português, “elemento” e “substância elementar” têm significados diferentes. O elemento é o
tipo de átomo, enquanto a substância elementar é aquela formada por apenas um tipo de elemento.
aproximadamente 90 são encontrados na natureza; o restante foi criado por cientistas. O nome
e o símbolo de cada elemento estão listados ao final do livro. O carbono (C), o enxofre (S), o
ferro (Fe), o cobre (Cu), a prata (Ag), o estanho (Sn), o ouro (Au), o mercúrio (Hg) e o chumbo
• Escrevendo os Símbolos dos (Pb) eram conhecidos em formas relativamente puras na Antiguidade pelos gregos e romanos
Elementos e pelos alquimistas da China antiga, do mundo árabe e da Europa medieval. Entretanto, muitos
Note que apenas a primeira letra do outros – como o alumínio (Al), o silício (Si), o iodo (I) e o hélio (He) – não eram conhecidos
símbolo de uma substância elementar é até os séculos XVII e XVIII (algumas dessas substâncias elementares são mostradas na Figura
maiúscula. Por exemplo, cobalto é Co
e não CO. A notação CO representa o
1.1b). Finalmente, os elementos artificiais, como o tecnécio (Tc), o plutônio (Pu) e o amerício
composto monóxido de carbono. (Am), foram criados no século XX utilizando-se técnicas da física moderna.
Muitos elementos têm nomes e símbolos com origens no latim ou no grego – al-
guns exemplos incluem o hélio (He), cujo nome vem da palavra grega que significa sol,
helios, e o chumbo, cujo símbolo, Pb, vem da palavra em latim plumbum, que significa
pesado. Os elementos recentemente descobertos, porém, foram nomeados em homenagem
a seu lugar de descoberta ou a uma pessoa ou um lugar importante – alguns exemplos são
o amerício (Am), o califórnio (Cf) e o cúrio (Cm).
A tabela ao final deste livro, em que o símbolo e outras informações sobre todos
os elementos, com exceção dos mais recentes, são incluídos em um boxe, é chamada de
Tabela Periódica. Descreveremos essa ferramenta importante da química de forma mais
detalhada no Capítulo 2.
Um átomo é a menor partícula de um elemento que retém as propriedades carac-
terísticas desse elemento. A química moderna se baseia na compreensão e na exploração
da natureza em nível atômico. Muito mais será dito sobre os átomos e as propriedades
atômicas nos capítulos 2, 7 e 8 (especialmente).
Uma substância pura como açúcar, sal ou água, que é composta por duas ou mais subs-
tâncias elementares diferentes, é chamada de composto químico. Apesar de conhecermos
apenas 113 elementos, parece não haver nenhum limite para o número dos compostos
constituídos a partir desses elementos. Mais de 20 milhões de compostos são atualmente
conhecidos, e aproximadamente 500 mil são adicionados à lista a cada ano.
Quando os elementos tornam-se parte de um composto, suas propriedades ori-
ginais, como a cor, a dureza e o ponto de fusão, são substituídas pelas propriedades ca-
racterísticas do composto. Considere o sal de cozinha comum (cloreto de sódio), que é
composto por duas substâncias elementares (veja a Figura 1.2).
Figura 1.2 Formação de um composto químico. Cloreto de sódio, o sal de cozinha, pode ser preparado pela
combinação de sódio metálico (Na) e do gás amarelo cloro (Cl2). O resultado é um sólido cristalino. (Charles D.
Winters)
(veja a Figura 1.2). O sal é composto por sódio e cloro intimamente ligados um
ao outro. (O significado de fórmulas químicas do tipo NaCl é explorado nas
seções 3.3 e 3.4.)
Densidade
A densidade, razão entre a massa de um objeto e seu volume, é uma propriedade física útil
para identificar as substâncias.
massa (g)
Massa (g) = volume × densidade = volume (cm3 ) ×
volume (cm3 )
Essa abordagem é usada para encontrar a massa de 24 cm3 [ou 24 mL (mililitros)] de mer-
cúrio na proveta na foto ao lado. Um manual2 de química lista a densidade do mercúrio
como 13,534 g/cm3 (a 20 °C).
13, 534 g Qual é a massa de 24 mL de mercúrio?
Massa (g) = 24 cm 3 × 3
= 325 g Veja o texto para a resposta. (Charles
1 cm D. Winters)
1,11 g
56.000 cm3 × = 62.000 g
1 cm3
A densidade do ar seco é 1,18 × 10–3 g/cm3 (= 0,00118 g/cm3; veja o Apêndice A sobre
como usar a notação científica). Que volume do ar, em centímetros cúbicos, tem uma massa
de 15,5 g?
2
NTT: No Brasil, geralmente nos referimos a esses compêndios de informação por seu nome em inglês: Handbook.