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POLÍTICAS EDUCACIONAIS,
ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
DA ESCOLA BÁSICA
460«
1. Educação e Sociedade
Introdução
»461
conceito formado e que ele conheça diferentes compreensões, pois
estas concepções diversas irão ampliar sua visão do fenômeno
Educação.
Para ele, é uma ilusão acreditar que podemos educar nossos filhos
como queremos, pois precisamos nos conformar com costumes sociais
que não podemos desrespeitar. Segundo o autor, para que haja
educação é preciso haver uma geração de adultos que exerça uma
ação sob uma geração de crianças e jovens. A natureza específica
dessa ação é, ao mesmo tempo, una e múltipla. Múltipla porque varia
de acordo com as classes sociais e os lugares onde vivemos. Segundo
Durkheim, a educação da cidade não é a mesma do campo, nem a do
operário é igual a do burguês. Mas sua natureza também é una, pois
repousa sobre uma base comum que são os costumes de um povo e
que são indispensáveis a toda a sociedade.
462«
reclamados pela sociedade política no seu conjunto e pelo meio
especial a que a criança, particularmente se destine”.
»463
Segundo Libâneo (1994) a educação ”é um fenômeno social e
universal, sendo uma atividade humana necessária à existência e
funcionamento de todas as sociedades” (p. 16). Assim, a educação
sofre alterações de acordo com as transformações que ocorrem na
sociedade e nos indivíduos. Com certeza, valores educacionais que
nossos avós tinham há algum tempo atrás, são diferentes dos que
temos atualmente.
464«
A educação pode ocorrer no sentido amplo, no meio social, ou seja, os
indivíduos são expostos à processos formativos nos espaços sociais
gerais em que se socializa. Já no sentido estrito a educação acontece
nas instituições específicas, “escolares ou não, com finalidades
explícitas de instrução e ensino mediante uma ação consciente,
deliberada, planificada, embora sem separar-se daqueles processos
formativos gerais” (LIBÂNEO, 1994, p. 17).
»465
Os conteúdos e objetivos da educação formal escolar são definidos por
especialistas das diversas áreas do conhecimento, influenciados pelos
interesses e necessidades sociais, políticas e ideológicas. Por isso
Libâneo (1994) diz que a “educação é socialmente determinada” (...)
“por valores, normas e particularidades da estrutura social a que [a
educação] está subordinada” (p. 19).
466«
não estão restritos a ação de um ser „mais velho‟, mas sim, de alguém
„mais experiente‟. Aprendemos com as crianças, com os jovens e com
os mais velhos, na medida em que estes possuem mais experiência ou
conhecimentos que não possuímos em alguma área do conhecimento.
Podemos aprender com as crianças a sermos mais curiosos, com os
jovens aprendemos as maravilhas das tecnologias e com os mais
velhos a maturidade e a sabedoria acumulada. Podemos aprender em
qualquer contexto e em qualquer situação, basta abrirmo-nos para
novas experiências e para o mistério da aprendizagem.
»467
Estado e obrigação da família prover a Educação de suas crianças e
jovens. Nesse sentido, a Educação Formal é responsável pela
instrumentalização dos cidadãos para viverem conscientes e plenos
nesta sociedade.
468«
Assim, é nessa sociedade complexa e em constante transformação que
devemos entender como a Educação de nossas crianças e jovens
ocorre. Ensinar na „nova era‟ é uma tarefa árdua, que exige
criatividade, compromisso, competência e desejo de construir algo
novo com os outros.
»469
também, e, para muitos, dessa forma, a educação oferecida passou a
ser de péssima qualidade. Claro que é preciso considerar os aspectos
estruturais e físicos que foram preciso ser ampliados e que,
geralmente, devido a questões financeiras sempre é mais complicado.
Isso, sem contar o aspecto de Recursos Humanos, ou seja, a
quantidade de professores e outros profissionais necessários para um
bom funcionamento da escola.
470«
Introdução
»471
É dever do Estado, portanto, a organização da Educação de um país,
definindo sua estrutura, formas de oferecimento e currículo. Estes
aspectos estão contemplados no Sistema de Educação Nacional e, no
que se refere ao Sistema Brasileiro, a Educação é composta de:
472«
organizada da seguinte forma: Creche: 0 a 3 anos de idade e Pré-
escola: 4 e 5 anos de idade. Até 2006 a Educação Infantil também
incluía a Alfabetização, que atendia os alunos na idade dos seis anos.
Entretanto, após a Lei 11.274/2006, os alunos nessa idade já são
incluídos no 1º ano do Ensino Fundamental.
Ensino Fundamental
»473
Licenciados em Pedagogia e os últimos quatro anos de
responsabilidade dos Licenciados nas áreas específicas como Letras
(Português, Línguas Estrangeiras), Física, Química, Ciências Biológicas,
Geografia, História, Filosofia, Sociologia, etc.
Ensino Médio
474«
Os cursos técnicos em nível médio também possuem validade para
prosseguimento dos estudos de nível superior.
»475
Na organização do ensino nacional, as etapas (ou níveis) do ensino são
as seguintes: Educação Básica (esta se divide em Educação Infantil +
Ensino Fundamental + Ensino Médio), Ensino Profissionalizante ou
Técnico (este pode ser opcional ou realizado junto com o Ensino Médio)
e Ensino Superior (este corresponde à Graduação e Pós-Graduação
(Especialização, Mestrado e Doutorado). Em nossa discussão,
enfocaremos especificamente a organização dos Ensinos Fundamental
e Médio no país.
476«
Organização do Ensino Fundamental
»477
Segundo dados da Wikipédia,
478«
Alfabetização = 1º ano
1ª série = 2° ano
2ª série = 3° ano
3ª série = 4° ano
4ª série = 5° ano
5ª série = 6° ano
6ª série = 7° ano
7ª série = 8° ano
8ª série = 9° ano
»479
Cabe aqui ressaltar que, prioritariamente é dever dos pais ou
responsáveis matricularem seus filhos e assegurarem o acesso dos
mesmos a educação, caso não, podem ser processados judicialmente
pela ausência das crianças nas escolas. Porém, ainda observamos
casos em que pais e responsáveis são negligentes nesse aspecto, ou
seja, em que crianças e jovens, por motivos diversos (abandono,
descaso, trabalho infantil, etc.) estão afastadas da escola.
480«
Lei 7.044/82 – O Ensino Médio voltou a ter 3 anos de
duração, em caráter propedêutico;
A1rio>)
»481
Os Estados são os responsáveis pela organização e oferecimento deste
nível de ensino; mas, ao longo do país, ainda há escolas de Ensino
Médio organizadas e mantidas por governos municipais.
Introdução
482«
princípios e direcionamentos principalmente em relação aos Ensinos
Fundamental e Médio: A Constituição Federal, A Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional e o Plano Nacional de Educação.
»483
Em termos legais, uma Constituição é válida até que uma nova entre
em vigor, mas não é papel do texto constitucional estabelecer
detalhamentos ou especificidades na organização dos diversos setores
ou serviços regidos pelo poder público. Dessa forma, é somente em
legislação específica – no caso da educação, numa Lei de Diretrizes e
Bases – que as normas que regerão a organização e funcionamento da
educação no país serão estabelecidas, recebendo um detalhamento
maior.
484«
alimentação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência
social (Capítulo II, artigo 7º, § IV).
»485
No que se refere aos Ensinos Fundamental e Médio, é a partir do artigo
208 que encontramos uma especificação maior do texto constitucional
em relação a esse nível, uma vez que é nesse artigo que se estabelece
a questão do dever do Estado – compreendido aqui como o poder
público de uma forma geral – em relação à Educação:
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Outro aspecto contemplado pelo texto constitucional é a definição de
conteúdos mínimos para o Ensino Fundamental, de forma que se
assegure um caráter mais uniforme a esse nível, combatendo dessa
forma as disparidades regionais em termos de ensino e aprendizagem.
Assim, ficou definido o seguinte:
»487
Ainda em relação ao Ensino Fundamental, o artigo 211, § 2º,
estabelece o seguinte:
488«
tenham dispensado algum tratamento ao tema Educação, a
Constituição atual proporcionou definições e princípios até então não
estabelecidos em nenhuma das leis brasileiras anteriores.
Até agora você já ouviu falar muito em Lei de Diretrizes e Bases (LDB).
Mas o que significa essa lei para a Educação de um país? Uma lei de
diretrizes e bases tem como finalidade especificar o funcionamento do
setor a que se refere em seus detalhamentos, procurando abranger
todos os aspectos e situações que se enquadrem em relação ao que ela
normatiza. Na verdade, se além da União, dos Estados e dos
»489
Municípios, a sociedade também é responsável pela Educação, então
todos deveriam conhecer essa lei e não apenas quem está diretamente
ligado ao oferecimento da educação regular, como professores e
gestores.
490«
A LDB n. 4.024/61;
»491
„progressivamente‟ foi considerado um retrocesso na lei, uma vez que
permaneceu a mesma indefinição já concretizada na Constituição
Federal de 1988.
Ainda no mesmo título, sendo agora em seu artigo 5º, a LDB 9.394/96
dispõe o seguinte:
492«
Essas determinações representam um grande avanço em termos de
legislação, uma vez que se oferece à sociedade civil não só
mecanismos de cobrança legal do poder público em relação ao
oferecimento do ensino no país, mas também mecanismos de
penalização dos responsáveis legais em casos de negligência.
»493
No artigo 24º, no que se refere à Organização dos Ensinos
Fundamental e Médio, é estabelecida a carga horária mínima anual de
800 horas a serem distribuídas num período letivo de 200 dias; esta
modificação da carga horária letiva, na visão de Saviani (1999),
representou uma mudança positiva, no sentido que,“considerando-se
que o tempo de permanência na escola é, por vezes, decisivo para o
sucesso das crianças, em especial aquelas das famílias de baixa renda,
essa ampliação resulta um avanço diante da situação vigente” (p.210)
494«
prejuízo ao andamento letivo das escolas nas diferentes localidades do
país.
»495
Seção IV – Do Ensino Médio que são apresentados os artigos
referentes às organizações do Ensino Fundamental e Médio no país.
Ensino Fundamental
496«
bloco articulado e organicamente construído, o que representada um
ganho significativo” (BRZEZINSKI, 2001, p. 92).
Ensino Médio
»497
Compreensão dos fundamentos científicos tecnológicos dos
processos produtivos, relacionando a teoria com a prática;
498«
A LDB 9.394/96 assegurou várias das conquistas desses níveis de
ensino presentes na Constituição Federal de 1988, além de oferecer
uma maior clareza das atribuições de cada uma das esferas do governo
em relação à educação básica, bem como dos princípios, objetivos e
organização das modalidades de ensino aqui enfocadas.
»499
O PNE foi aprovado e entrou em vigor sob a denominação de Lei n.
10.172 de 09 de janeiro de 2001. Entre outras determinações, estava
estabelecido o período de vigência de 10 anos após a sua aprovação, a
partir da qual os estados, Distrito Federal e Municípios deverão
elaborar seus próprios planos decenais.
500«
ingresso e permanência na escola e a conclusão desse
ensino;
»501
2) Ampliação da duração do Ensino Fundamental obrigatório para
nove anos, com início aos 06 anos de idade;
502«
9) Promoção da participação da comunidade na gestão das
escolas, universalizando, em dois anos, a instituição dos
conselhos escolares ou órgãos equivalentes;
»503
prioridade para as regiões nas quais o acesso dos alunos ao
material escrito seja particularmente deficiente;
504«
20) Eliminar a existência, nas escolas, de mais de dois turnos
diurnos e um turno noturno, sem prejuízo do atendimento da
demanda;
»505
professores, considerando a especificidade do alunado e as
exigências do meio;
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Objetivos e Metas para o Ensino Médio
»507
8) Adaptar, em cinco anos, as escolas existentes de forma a
atender aos padrões mínimos estabelecidos;
508«
15) Adotar medidas para ampliar a oferta diurna e manter a oferta
noturna, suficiente para garantir o atendimento dos alunos
que trabalham;
»509
da época em que entrou em vigor até hoje, podemos observar que
alguns desses objetivos (universalização e ampliação do atendimento
no Ensino Fundamental, valorização do magistério, mudanças na
infraestrutura das escolas, participação das comunidades na gestão
escolar, funcionamento das escolas em horário integral,
asseguramento da autonomia das escolas, etc.), estão se tornando ou
já se tornaram realidade nesses oito anos de vigência do PNE.
510«
4. Cenário atual dos Ensinos
Fundamental e Médio
Introdução
»511
Vejamos aqui algumas dessas mudanças implementadas no decorrer
desses 13 anos pós-LDB 9.394/96 e suas repercussões no cenário
educacional brasileiro nos níveis de ensino que estamos estudando.
512«
Lei 10. 287 de 20/09/2001: inciso incluído na LDB e que trata
da necessidade de notificação ao Conselho Tutelar sobre a
quantidade de faltas dos alunos;
»513
4.1 Educação Profissional Técnico
de Nível Médio
514«
seguida, diante do insucesso da obrigatoriedade, esta foi extinta pela
Lei n. 7.004/82 (NOGUEIRA, 2009).
Ainda é preciso considerar que nem 30% dos nossos jovens são
atendidos pelo Ensino Médio (KUENZER, 2000). O que diremos de uma
formação profissional! Além disso, não basta dar acesso ao Ensino
Médio ou Profissional. É preciso que estes cursos estejam atualizados e
preparem realmente os alunos para uma profissão ou para ampliação
dos seus estudos. E para que isso aconteça são necessárias escolas
com infraestrutura adequadas, currículos atuais, discussões que
contemplem as problemáticas contemporâneas.
»515
4.2 Ensino Médio Inovador
516«
São os seguintes impactos previstos no Ensino Médio a partir da
implementação desse programa nas escolas públicas estaduais:
»517
mudanças ainda são necessárias para a universalização desse nível de
ensino no Brasil.
518«
nova organização curricular pressupõe uma perspectiva de articulação
interdisciplinar, voltada para o desenvolvimento de conhecimentos -
saberes, competências, valores e práticas" (BRASIL, 2006).
»519
As escolas podem aderir ou não ao programa e, para isso, devem
atender a diversas exigências, como elaboração de projetos, plano
pedagógico e financeiro. As escolas podem solicitar apoio técnico ao
MEC/SEB e, essa secretaria também é responsável pelo
acompanhamento e avaliação dos projetos das escolas.
520«
podem ser vistos enquanto uma proposta inovadora e abrangente, na
qual se definem novas relações entre ensino e sociedade.
»521
Artes;
Ciências Naturais;
Educação Física;
Ética;
Geografia;
História;
Matemática;
Orientação Sexual;
Pluralidade Cultural;
Língua Portuguesa;
Temas Transversais.
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PCN Língua Portuguesa
»523
critérios de avaliação, de forma a apresentá-los com a
articulação necessária para a sua coerência.
htm#Portug>)
524«
PCN's Ensino Médio
Aqui a parte que mais nos interessa é a II, por tratar de linguagens,
códigos e suas tecnologias; entre outras determinações, são
apresentadas as seguintes:
»525
artísticas, lúdicas e motoras de conhecer o mundo. A utilização
dos códigos que dão suporte às linguagens não visa apenas ao
domínio técnico, mas principalmente à competência de
desempenho, ao saber usar as linguagens em diferentes
situações ou contextos, considerando inclusive os
interlocutores ou públicos”.
(Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/blegais.
pdf>, pg 92)
526«
• analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das
linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante
a natureza, função, organização e estrutura das manifestações,
de acordo com as condições de produção e recepção;
»527
• aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na
escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua
vida.
(Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/blegais.
pdf>, pg 95).
Referências
528«
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. - 1988.
Promulgada em 07 de outubro de 1988. Brasília: Senado Federal,
1988.
»529
GADOTTI, Moacir. Uma só escola para todos: caminhos de
autonomia escolar. Petrópolis: Vozes, 1990.
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Políticas educacionais, organização e
funcionamento da escola básica
Auxiliadora Padilha e Verônica Araújo
ATIVIDADES
Atividade 1
Atividade 2
Atividade 3
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Atividade 4
Atividade 5
Atividade 6
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nos Ensinos Fundamental e Médio interferiram em sua chegada no
Ensino Superior.
Atividade 7
Atividade 8
Atividade 9
»533
Ensinos Fundamental e Médio, e, em contrapartida, apresente uma
sugestão de como enfrentar um dos problemas apontados pelos seus
colegas de curso.
Atividade 10
Atividade 11
Atividade 12
Atividade 13
534«
Pesquise no Texto da Constituição Federal, no Capítulo III, Artigo 211,
§ 5º, na Emenda Constitucional n. 53/2006, que dá nova redação a
este artigo, o que se define sobre a distribuição dos recursos federais,
estaduais e municipais para a Educação Básica.
Atividade 14
Atividade 15
»535
Atividade 16
Atividade 17
Atividade 18
Atividade 19
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OBS: na construção desse quadro, apresente e analise 3 propostas
distintas para cada um dos níveis (Fundamental e Médio), totalizando 6
propostas apresentadas e analisadas.
Atividade 20
Atividade 21
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