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UFMG – FACULDADE DE MEDICINA

SEMIOLOGIA MÉDICA
Daniel Lopes Pinheiro 2005032438 27/02/07

Semiologia da Dor

A dor é o sintoma mais comum da prática médica. Por definição da Associação Internacional para Estudos da
Dor (AIED), “dor é uma desagradável experiência sensorial e emocional associada a uma lesão tecidual já
existente ou potencial, ou relatada como se uma lesão existisse”.

Um médico que não domina a dor é um profissional incompleto. Se a patologia causadora não for tratável,
deve-se realizar o manejo da dor com cuidados paliativos. Esses cuidados vão além da analgesia, englobando a
qualidade de vida do paciente e sua capacidade de conviver com seus familiares e com as outras pessoas.

A dor é um mecanismo de defesa do organismo, pois ela alerta para uma lesão tissular. Porém, em portadores
de dor crônica, não há uma lesão aparente referida ao local dolorido, estando o problema nos nervos
periféricos ou no SNC. Então a dor passa a ser uma ameaça ao bem-estar do paciente.

O princípio básico para se tratar a dor é acreditar no relato do paciente. Deve-se entendê-la como um
fenômeno subjetivo, cuja resposta e comunicação são influenciados por vários fatores. Alguns pacientes têm
dificuldade em interpretar e comunicar sua dor e sentimentos, embora tenham vontade de expressá-los. Já
outros, intencionalmente ou não, reduzem ou aumentam a quantidade ou qualidade da dor sentida.

Considera-se, então, que a dor possui dois componentes: um discriminativo ou nociceptivo, que permite ao
paciente perceber a localização, a intensidade e o tipo de dor; e um componente afetivo, que é a resposta
comportamental de proteção e escape ao estímulo.

Os estímulos dolorosos, que podem ser elétricos, mecânicos (pressão), térmicos (< 18ºC ou > 43ºC) ou químicos
(bradicinina, 5-HT, PGs, ATP), devem ser capazes de excitar os nociceptores (terminações nervosas livres).
Os impulsos decorrentes da despolarização dos nociceptores propagam-se por fibras amielínicas C (qualquer
estímulo) e mielinizadas Aδ (estímulos mecânicos). As fibras C conduzem estímulos de dor difusa, de início
lento e duração longa, sendo marcante o componente emocional. Já as fibras Aδ conduzem estímulos de dor
aguda, localizada e de curta duração. O componente emocional é fraco.

A queixa de dor que leva o paciente a procurar o médico é uma experiência única para ele e a diferença de
percepção e tolerância entre os dois pode dificultar a avaliação. O limiar de dor e a tolerância podem ser
alterados por vários fatores como idade, sexo, nível sócio-cultural, ciclo circadiano e fadiga. Na anamnese
deve-se tentar a caracterizar a dor relatada, considerando: localização, caráter ou tipo, intensidade, duração,
evolução, relação com funções orgânicas, irradiação, fatores desencadeantes ou agravantes, fatores que
aliviam e manifestações associadas.

Localização: Onde dói?


O local é importante, pois está relacionado à patologia:
- Dor somática superficial: bem localizada (pele)
- Dor somática profunda: é mais aguda que a dor visceral. Ocorre no peritônio parietal, dor à palpação
local. Ocorre também nos tendões, articulações e fáscias.
- Dor visceral: desencadeada por isquemia, distensão ou estiramento e contração excessiva do músculo
liso. É vaga, difusa e mal localizada. O tipo de dor varia com a víscera acometida. Ex.: no coração é
sentida como “aperto” na região retroesternal (posição embriológica), na pleura, como “fincada”.
- Dor irradiada: é sentida à distância de sua origem, podendo ser devida a compressão de raiz nervosa.
Exemplo típico é a dor ciática, comum na hérnia de disco. A dor é percebida no território inervado
pela raiz nervosa comprimida.
- Dor referida: dor visceral (ou somática) percebida em áreas cutâneas distantes de sua origem. Isso
ocorre porque há confluência neuronal das vias aferentes cutâneas e profundas em um mesmo
segmento. Por exemplo, a dor do infarto do miocárdio pode ser sentida na face interna do braço e
antebraço esquerdo, até a face medial do dedo mínimo.
Caráter ou tipo: Como dói?
- Pungitiva ou em pontada: lembra sensação desencadeada por objeto pontiagudo (dor pleurítica)
- Em queimação: lembra sensação decorrente de estimulação por calor intenso (úlcera péptica)
- Pulsátil: que pulsa, como as enxaquecas.
- Dor em cólica: acompanha sensação de torcedura. Tem início súbito. (cólica intestinal)
- Dor surda: contínua, com sensações imprecisas (dor lombar).
- Constritiva: sensação de “aperto”, opressão (angina do peito).
- Lancinante: como uma incisão (dissecção do aneurisma da aorta)
Intensidade: Quanto dói?
É uma tentativa de mensuração, visto que é muito variável para cada pessoa. Quatro escalas são as mais
usadas:
- Escala adjetiva ou de descrição verbal: o paciente escolhe uma palavra que melhor descreve sua dor
(nenhuma dor, dor leve, dor moderada, dor intensa, a pior dor que poderia existir)
- Escala numérica: O paciente é solicitado a escolher, entre 0 e 100, um número que melhor represente
a intensidade da sua dor.
- Escala visual analógica (EVA): O paciente é solicitado a indicar com o dedo, numa régua milimetrada, a
intensidade da dor. Não funciona com idosos, crianças, cegos e pacientes sedados.
- Escala de faces: muito usada na pediatria. O paciente escolhe dentre as faces a que melhor
caracterize seu sintoma.
Evolução: A freqüência aumentou?
É a sua relação com o tempo. Se a dor é cíclica ou contínua, qual a freqüência, se apresenta episódios de
exacerbação e acalmia.

Duração: Quando aconteceu a primeira vez? Quanto tempo dura?


Tempo decorrido entre o início da dor até a consulta. Importa, nas dores cíclicas, a duração dos episódios e o
intervalo de tempo entre eles. Duração maior que seis meses caracteriza dor crônica.

Relação com funções orgânicas: relação da dor com estruturas próximas. Por exemplo, dor torácica ⇒
investiga-se movimentos respiratórios ou tosse.

Irradiação: investiga-se a localização de origem

Fatores desencadeantes e agravantes: fatores como esforço físico, ingestão de alimentos ou medicamentos,
emoções, bem como as funções orgânicas podem precipitar ou intensificar a dor.

Fatores que aliviam: O que fez para melhorar?


Pesquisa-se posições ou manobras que o paciente assume para obter alívio, uso de analgésico e a tentativa de
provocar vômitos.

Manifestações associadas: pesquisa-se a ocorrência de vômitos, sudorese, palidez, hematúria...

Referências bibliográficas:
CRAVEIRO M, TÓFANI GP. Dor. In: LÓPEZ M, LAURENTYS J. Semiologia Médica. 4. ed. Rio de Janeiro,
Revinter.2001.
PORTO CC. Exame Clínico. 3. ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan. 1996.

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