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ENGENHARIA CIVIL

LEI DE BOYLE

André Angelo Ferrato Thomaz


Caroline Gimenes Pereira
Leonardo Reginaldo Pereira
Letícia Vieira Andrade
Weliton de Paula Silva

Rio Verde, GO
2016
RESUMO
No presente trabalho é abordado o assunto referente à Lei de Boyle, o que diz respeito
a gases e fluídos. Sabe-se que as características mais notáveis dos gases são a sua
compressibilidade e expansibilidade. Outro aspecto relevante desses elementos é a sua enorme
facilidade de escoamento. Quando há variação no volume e na pressão de um gás, esse sofre
uma transformação isotérmica, ou seja, quando há aumento na pressão, o volume do gás
estudado diminui. A Lei de Boyle se aplica da seguinte forma: em um sistema isolado ideal,
onde a temperatura se mantém constante, tem-se que a pressão total e o volume do gás analisado
são inversamente proporcionais à temperatura que se tem no sistema. Em teoria, a relação entre
a pressão e o volume dos gases deveria resultar em uma constante, porém, isso só aconteceria
com gases chamados perfeitos. Contudo, isso só acontece a uma boa parte dos gases quando
impostos a pressões e temperaturas controladas. O experimento descrito a seguir é realizado
para se observar, em prática, o que é descrito na Lei de Boyle.

Palavras-chave: compressibilidade; transformação isotérmica; constante.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Curvas de temperatura constante (isotermas) .............................................................6


Figura 2 - Esquema geral do equipamento utilizado para a verificação da lei de Boyle................9
Figura 3 - pressão total versus volume.......................................................................................11
Figura 4 - Pressão total versus Inverso do volume.....................................................................12
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4
2 METODOLOGIA.................................................................................................................... 8
2.1 Materiais ............................................................................................................................... 8
2.2 Procedimento Experimental ................................................................................................. 9
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................................... 9
Tabela 1 – Relação das pressões e volumes obtidos no experimento. ..................................... 11
4 QUESTÕES ........................................................................................................................... 13
5 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 13
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 14
4

1 INTRODUÇÃO
Convive-se todos os dias com um amplo número de substâncias – sólidas, líquidas e
gasosas. Em condições ambientais (pressão de 1 atm. e temperatura de 25 °C), “apenas 1% de
todas as substâncias conhecidas estão na fase gasosa” (CARRON; GUIMARÃES, 1997, p.309).
De acordo com Ramalho, Ferraro e Soares (1993, p.149), a compressibilidade e a
expansibilidade são as características mais notáveis dos gases. Assim, gás é um fluído que sofre
grandes variações de volume quando submetido a pressões relativamente pequenas e que tende
a ocupar todo o espaço que lhe é oferecido.
O ar é uma mistura de gases composta basicamente de nitrogênio e oxigênio. Na
natureza, o gás ideal ou perfeito não existe. Contudo, experimentalmente verifica-se que gases
submetidos a baixas pressões e altas temperaturas, com densidades mínimas, aproximam-se do
padrão de um gás ideal ou perfeito, que é um gás hipotético cujas moléculas não apresentam
volume próprio e a inexistência de forças coesivas entre suas moléculas.
O primeiro passo do estudo dos gases tem a ver com a medição da quantidade de gás
presente em uma amostra, que é realizado pelo número de Avogrado, que oferece significado
para a medida da dimensão das amostras em mol, por estar lidando com átomos e moléculas,
para ser possível comparar amostras que contém o mesmo número de átomos e moléculas.
Define-se o mol como o número de átomos em uma amostra de 12 g de carbono 12. E
experimentalmente obteve-se que existem 6,023.1023 átomos ou moléculas por mol, que é o
chamado número de Avogrado NA em homenagem ao cientista italiano Amedeo Avogrado
(1776-1856), “um dos primeiros a concluir que todos os gases que ocupam o mesmo volume
nas mesmas condições de temperatura e pressão contém o mesmo número de átomos ou
moléculas.” (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2009, p.216). O número de mols n contidos
em uma amostra de qualquer substancia é igual a razão entre o número de moléculas N da
amostra e o número NA em 1 mol:
𝑁
𝑛= (1)
𝑁𝐴

Se espera explicar as propriedades macroscópicas de um gás (pressão, volume,


temperatura) em temos das moléculas que o constituem, necessita-se conhecer qual é o gás a
ser estudado, pois são todos diferentes. Porém, para Halliday, Resnick e Walker (2009) as
medidas mostram que quando colocado 1 mol de vários gases em recipiente de mesmo volume
e mantendo os gases às mesmas temperaturas, as pressões medidas serão sempre iguais. Se
repetir as medidas com concentrações dos gases cada vez menores, essas pequenas diferenças
5

das pressões medidas tendem a desaparecer. Medidas mais precisas mostram que, em baixas
concentrações todos os gases reais obedecem à relação, chamada lei dos gases ideais:

𝑝𝑉 = 𝑛𝑅𝑇 (2)

Onde p é a pressão absoluta (e não a manométrica), n é o número de mols do gás e


T a temperatura em kelvins. “O fator R é chamado de constante dos gases ideais, e possui o
mesmo valor para todos os gases. ” (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2009, p.217)
𝑅 = 8,31 𝐽/𝑚𝑜𝑙 ∙ 𝐾
Ainda como descreve Ramalho, Ferraro e Soares (1993, p.150) sabe-se que
1 atm. = 1,013.105N/m² e 1 L = 10-3 m³, então a constante R pode ser expressa como
𝑅 = 0,082 𝑎𝑡𝑚 ∙ 𝐿/𝑚𝑜𝑙 ∙ 𝐾
“O físico e engenheiro francês Paul-Emile Clapeyron (1799-1864) estabeleceu que o
quociente pV/T é diretamente proporcional ao número n de mols de um gás ideal” (RAMALHO;
FERRARO; SOARES, 1993, p.150). Referindo-se a determinada concentração do gás que seja
baixa, essa lei se aplica a qualquer gás ou mistura de gases. Pode-se registrar uma constante k
chamada constante de Boltzmann, definida como:
𝑅 8,31 𝐽/𝑚𝑜𝑙 ∙ 𝐾
𝑘= = = 1,38 × 10−23 𝐽/𝐾
𝑁𝐴 6,02 × 1023 𝑚𝑜𝑙 −1
De acordo com a equação (2), R=kNA e de acordo com a equação (1) n=N/NA, temos
que: (3)
𝑛𝑅 = 𝑁𝑘

Obtém-se uma segunda expressão para a Lei dos gases ideais:

𝑝𝑉 = 𝑁𝑘𝑇 (4)

Note que a diferença entre as equações (1) e (4) da lei geral dos gases, abrange o número
de mols n em (1) enquanto em (4) abrange o número de moléculas N.
Suponha que uma determinada massa gasosa contida num recipiente de volume V seja
submetida à pressão p. Observa-se que essa pressão p é devida aos choques das moléculas do
gás com as paredes do recipiente. Conforme Bonjorno et al (1999, p. 309) se diminuir o volume
V, a frequência de choques aumenta, e, portanto, a pressão também aumenta. E se durante o
procedimento, mantiver a temperatura T constante (transformação isotérmica), pode-se
6

verificar que a pressão varia de um modo inversamente proporcional ao volume, essa conclusão
foi constatada pelo físico e químico irlandês Robert Boyle (1627-1691) e pelo físico e biólogo
francês Edmé Mariotte (1620-1684).
Suponha que um gás ideal seja colocado em um cilindro com um êmbolo, e que seja
permitido que o gás expanda de um volume inicial Vi para um volume final Vf, mantendo
constante a temperatura T do gás, esse processo a temperatura constante é chamado de expansão
isotérmica e o processo inverso é chamado de compressão isotérmica.
Em um diagrama p-V, uma isoterma é uma curva que liga pontos de mesma temperatura,
sendo o gráfico da pressão em função do volume para um gás cuja temperatura T é mantida
constante. Para n mols de um gás ideal, representa o gráfico da equação:
𝑛𝑅𝑇 1 (5)
𝑝= = (𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒)
𝑉 𝑉
A Figura 1 mostra três isotermas, cada uma correspondendo a um valor diferente de T,
observe que os valores de T das isotermas aumentam para cima e para a direita.

Figura 1 – Curvas de temperatura constante (isotermas)


Fonte: Mundo Educação (?)

Em termodinâmica, possui-se um amplo número de experimentos simples, praticamente


caseiros, possíveis de serem realizados com material de fácil aquisição. E quando o fenômeno
demanda uma certa exatidão, por menor que seja, a despesa e o nível de verificação aumentam
expressivamente, determinando um planejamento cauteloso da experimentação. Diversos
experimentos demandam adequado isolamento térmico do sistema em estudo para proverem
resultados consistentes com a teoria. Em muitos casos torna-se necessário o uso de calorímetros
de alta qualidade, difíceis de serem encontrados em laboratórios didáticos.
Segundo Vertchenko e Dickman (2012) a lei de Boyle desempenhou um papel
importante em direção à descrição atomística dos gases, tendo sido interpretada por Daniel
Bernoulli como devendo-se ao fato de a pressão de um gás ser resultado de um efeito cinético
7

de seus átomos. Observa-se facilmente que esta lei é um caso particular da lei de Charles
posteriormente enunciada, que relaciona a pressão absoluta (p) ao volume total (V) e à
temperatura absoluta (T) de um gás pela expressão
𝑝𝑇
= 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑉 (5)
Ou seja, a lei de Boyle, que afirma que a pressão é inversamente proporcional
ao volume, é obtida quando a temperatura T é mantida constante.
Este ensaio consiste em revelar que, fazendo-se uma manipulação algébrica, pode-se
operar com a lei de Boyle usando grandezas estritamente medidas nas escalas do arranjo
experimental, que são a pressão indicada pelo manômetro e a variação do volume gasoso na
seringa. Implicando a interpretação de uma equação linear que relaciona os dados obtidos à
pressão atmosférica local e ao volume total do gás contido inicialmente no equipamento. “O
manômetro difere do barômetro por permitir a leitura apenas da pressão relativa, sendo
necessário adicionar o valor da pressão atmosférica para passar-se à pressão absoluta”
(VERTCHENKO; DICKMAN, 2012). O gás, geralmente ar, fica contido dentro da seringa e
pode ser comprimido quando o êmbolo é impelido. As informações são coletadas através da
leitura direta dos valores obtidos para o volume do gás e a pressão absoluta (pressão
manométrica acrescida ao valor da pressão atmosférica) ao comprimir o gás contido no
equipamento por uma quantidade ΔV estipulada inicialmente. Para realizar a análise habitual
dos dados é necessário determinar o volume inicial de gás contido nas várias partes conectadas
do equipamento: seringa, mangueira, válvula e interior do manômetro. A escala da seringa
permite a leitura direta exclusivamente do volume de ar contido nela. Deste modo, torna-se
imprescindível um artifício indireto para a determinação do volume total de ar inicialmente
guardado no aparelho. Se V0 for o volume inicial de gás dentro do equipamento antes de iniciar
as medidas, ao apertar a seringa o novo volume será V1 = V0 + ΔV. No caso descompressão do
gás, a variação de volume é negativa, de modo que ΔV = - |ΔV|. Durante este procedimento a
pressão aumenta, e a nova pressão será: P1 = P0 + Δp. Pode-se usar a lei de Boyle, na qual o
produto PV se mantém constante, para estimar a quantidade total de ar dentro do equipamento.
Assim:

(6)
𝑃0 𝑉0 = 𝑃1 𝑉1

(7)
𝑃0 𝑉0 = (𝑃0 + 𝛥𝑝 )(𝑉0 − | 𝛥𝑉|)
8

Isolando V0 obtém-se que:


(𝑃0 + 𝛥𝑝 )| 𝛥𝑉| (8)
𝑉0 =
𝛥𝑝

Desta expressão é possível determinar todos os volumes subsequentes à compressão do


gás no interior do equipamento.
Uma manipulação algébrica que permite relacionar as grandezas as quais são
diretamente medidas por meio do arranjo empregado para a verificação da lei de Boyle. De
acordo com Vertchenko e Dickman (2012) esta análise é possível para obter informações sobre
a pressão atmosférica local, P0; sem a utilização de um barômetro, e a quantidade total de gás,
V0, contida inicialmente no interior do equipamento. Na análise utilizam-se apenas a pressão
relativa lida diretamente no manômetro, Δp = P - P0, e a variação do volume gasoso contido na
seringa, ΔV = V - V0, que é medida através da escala da própria seringa. Analisando que a
compressão do gás no experimento ocorre isotermicamente, pode-se aplicar a lei de Boyle, na
equação (7), resultando em:
𝑃0 | 𝛥𝑉|
𝛥𝑝 = (9)
𝑉0 − | 𝛥𝑉|

O inverso da equação (9) fornece, portanto:


1 𝑉0 1
= − (10)
𝛥𝑝 𝑃0 | 𝛥𝑉| 𝑃0

Verifica-se que a equação (10) uma relação linear entre 1/Δp e 1|ΔV|, que são os inversos
das grandezas diretamente medidas no experimento. A equação da reta que representa esta
relação possui coeficiente linear – 1/P0 e coeficiente angular V0/P0. Dessa maneira, a análise
dos dados obtidos no experimento fornece o valor da pressão atmosférica local e a quantidade
inicial de ar dentro do equipamento.

2 METODOLOGIA
2.1 Materiais
 Aparelho Gaseológico EQ037F
9

2.2 Procedimento Experimental


Primeiramente, a válvula foi aberta e rotacionou-se o manípulo para atingir o maior
volume possível. Fechou-se a válvula, girou-se o manípulo por 3 vezes e foi anotado a pressão
indicada no manômetro, este processo foi repetido até que não fosse mais viável o
rotacionamento do manípulo.
O equipamento utilizado está ilustrado na Figura 2:

Figura 2 - Esquema geral do equipamento utilizado para a verificação da lei de Boyle. Neste diagrama as partes
do arranjo são representadas pelas letras de acordo com a legenda: A - manômetro, B - manípulo, C - seringa, D -
mangueira, E - válvula, F - presilhas, G - suporte.
Fonte: CIDEPE (2011).

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Como se sabe, gases são fluidos que, diferente dos líquidos quando colocados em um
recipiente ocupam todo o espaço. Ao abrir a válvula do gaseológico e elevação do êmbolo do
mesmo, o ar atmosférico adentrou em todo recipiente, porém as moléculas tinham espaço para
se arranjarem como era conveniente.
Em primeira instância não foram notórias as diferenças na pressão manométrica e nem
da dificuldade de rodar a manivela para que diminuísse o volume de ar comprimido. No volume
10

inicial a pressão existente era apenas a atmosférica. Após certo tempo com a redução do volume
e aumento da pressão manométrica, pôde-se constatar que era impossível movimentar a
manivela. Essa impossibilidade se dá pelo fato que dois corpos não ocupam o mesmo espaço.
Assim, em um certo momento não se consegue mais diminuir o volume, as moléculas se
arranjam de forma que ocupem o menor espaço.
Já estabelecido que a cada três voltas completas da manivela corresponde o valor de
1,35 ml, a variação da pressão manométrica era distinguível através do visor do manómetro,
que era devidamente registrado conforme disposto na Tabela 1. Como era difícil o cálculo do
volume inicial da seringa e o tubo da válvula, usa-se a formula abaixo para definir o volume
inicial V0:

Durante o processo experimental foi utilizado temperatura ambiente constante. Para


determinar o novo volume a cada etapa de 3 voltas na manivela, usa-se:
VN = V0 - (K*1,35), onde K corresponde ao valor unitário de a cada 3 voltas completas.
O manômetro media a pressão em kgf/cm², como era de interesse usar como unidade de
medida
1 kPa → 0,0101972 kg/cm²
x → 1,033 kgf/cm² x = 101,304 kPa.

Para determinar a pressão total soma-se a pressão manométrica com a pressão


atmosférica:
PT = PN * P0.
Segundo Boyle o produto da pressão com o volume em temperatura conservada, sempre
é uma constante C. Para completar a tabela como especificado em roteiro segue os cálculos:
PN * VN = C1 ou PT* VN, como exemplo será usado medida N2 da pressão manométrica:
7,845 * 33,85 = C1, logo C1 = 265,55. O mesmo é feito com todos os valores, por serem
cálculos simples serão omitidos do vigente trabalho. Ao final segue a tabela completa.
11

Inverso
Pressão Pressão Pressão
Medida Volume do
manométrica atmosféric total PT PN*VN PT*VN
N VN (ml) volume
PN (kPa) a P0 (kPa) (kPa)
1/VN
0 - - 0 101,304 - -
1 35,20 0,0284 0 101,304 0 3565,90
2 33,85 0,0295 7,845 109,150 265,55 3694,73
3 32,50 0,0307 13,730 101,304 115,034 446,23 3738,61
4 31,15 0,0321 21,575 122,879 672,06 3827,68
5 29,80 0,0355 30,401 131,705 905,95 3924,81
6 28,45 0,0361 40,208 141,512 1143,82 4026,02
7 27,10 0,0369 50,995 152,300 1381,96 4127,33
Tabela 1 – Relação das pressões e volumes obtidos no experimento.
Fonte: Silva (2016).

Por fim, tem-se que a pressão e volume são grandezas inversamente proporcionais, ou
seja, quanto maior o volume menor será a pressão em um mesmo gás sob temperatura constante.

Figura 3 - pressão total versus volume.


Fonte: Silva (2016).
12

150

Pressão total (kPa) 140

130

120

110

100

90
0,025 0,027 0,029 0,031 0,033 0,035 0,037

Inverso do volume (ml¯¹)

Figura 4 - Pressão total versus Inverso do volume.


Fonte: Silva (2016).

Como pode ser observado nos gráficos, há uma grande variação dos resultados em um
pequeno espaço, isso se deve pelo motivo de erro em campo, uma vez que medição em campo
não é totalmente correta pelo fato da dificuldade na leitura precisa, falha na calibragem onde o
ar pode não ser totalmente vedado, o ar usado não ser um gás ideal e também mudanças de
temperatura. Cabe ressaltar que o movimento de comprimir o gás deve ser quase estático, uma
vez que quando as moléculas se colidem com grande velocidade a energia provocada pode
alterar a temperatura interna do gás. Experimentos como esse exigem muito cuidado na
elaboração para não haver discrepância no resultado.
Segundo Fogaça (2016, pág.1) “A representação gráfica de uma transformação
isotérmica será sempre uma hipérbole, independente dos valores da pressão e do volume e da
temperatura em que foi realizado o experimento”. Para o cálculo da inclinação da reta usa-se a
fórmula:
𝑦−𝑦′
𝑡𝑔 ∅ =
𝑥−𝑥′

,ou seja, variação da pressão total sobre a variação do inverso do volume. Toda curva tem
inclinação variável ao longo de sua projeção. Pegar uma pequena parte da curva nos permite
estudar um certo “momento” como ela cresce ou decresce. Como exemplo, através do gráfico
acima deseja calcular a inclinação no intervalo mostrado pelo mesmo, temos:
152,300− 101,304
𝑡𝑔∅ = → 𝑡𝑔 ∅ = 600,
0,0369− 0,0284

aplicando tan-1 , φ = 89,99°. Este valor não condiz muito com o valor esperado na teoria.
13

Analisando p * v = k, o valor de k não é constante ficando difícil escrever uma relação


entre o coeficiente angular do gráfico com as variável (pressão total e o inverso do volume),
para uma simplificação da tendência da curva no gráfico, a linha em vermelho pontilhada na
Figura 4 ilustra como seria o crescimento da pressão em função do inverso do volume.
Extrapolando o valor do inverso do volume (1/V) para uma tendência a zero, significa
que o valor do volume é cada vez maior, com isso menor será a pressão. Isto se deve pois, as
moléculas constituintes terão mais espaço para se arranjarem e menor força sobre área nas
paredes de certo recipiente. Assim se o volume é maio o inverso do volume tende a um valor
cada vez menor.

4 QUESTÕES
1- Após o fechamento da válvula no experimento, qual é a pressão total que o
volume V0 se encontra submetido neste momento em kPa?

Como o ar dentro do recipiente é o mesmo do atmosférico tem-se o mesmo valor da


pressão atmosférica que equivale à 1 atm ou 1,033 kgf/cm². Cabe ressaltar que a pressão é dada
pela relação força aplicada sobre área, em que no recipiente não havia força de outra natureza
atuando de forma significativa.

5 CONCLUSÃO
A lei de Boyle é matematicamente representada pela equação pV = k, onde p é a pressão,
V é o volume e k é uma constate. Essa lei cita que a pressão e o volume de certa quantidade de
gás contido em um sistema fechado são inversamente proporcionais, desde que mantenha a
temperatura constante.
Ao realizar o experimento, foi possível comprovar a veracidade da lei de Boyle. Ao
girar a manivela, o volume do gás contido dentro do recipiente fechado diminuía e a pressão,
que inicialmente era nula, aumentava gradativamente.
É necessário recordar que os erros encontrados podem ter sido acarretados por
condições ambientais e ao modo de utilização e leitura do aparelho.
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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONJORNO, R. A.; et al Física fundamental. – São Paulo: FTD, 1999.

CARRON, W.; GUIMARÃES, O. As faces da física – São Paulo: Moderna, 1997.

CIDEPE, Livro de Atividades. Disponível em <http://www.cidepe.com.br/pt/produtos/fisica/


conjunto-gaseologico-emilia-com-manometro-1> Acesso em 27 de Set. de 2016.

DA SILVA, D. C. M. Transformação isotérmica. Disponível em < http://mundoeducacao.bol.


uol.com.br/fisica/transformacao-isotermica.htm>. Acesso em 27 de Set. de 2016.

FOGAÇA, J. R. V. Transformação isotérmica ou Lei de Boyle; Brasil Escola. Disponível em


<http://brasilescola.uol.com.br/quimica/transformacao-isotermica-ou-lei-boyle.htm>. Acesso em 27 set
2016.

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física, volume 2: gravitação,


ondas e termodinâmica – 8.ed. – Rio de Janeiro: LTC, 2009.

RAMALHO, F.; FERRARO, N. R.; SOARES, P. A. de T. Os fundamentos da Física. 6 ed. –


São Paulo: Moderna, 1993.

VERTCHENKO, L.; DICKMAN, A. G. Verificando a lei de Boyle em um laboratório


didático usando grandezas estritamente mensuráveis. Revista Brasileira de Ensino de
Física, v. 34, n. 4, 4312 (2012).

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