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10/05/2019 A revolução globalista

A revolução globalista
Olavo de Carvalho
Digesto Econômico, setembro/outubro de 2009

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Para quem quer que deseje se orientar na política de hoje – ou


simplesmente compreender algo da história dos séculos passados
–, nada é mais urgente do que obter alguma clareza quanto ao
conceito de “revolução”. Tanto entre a opinião pública quanto na
esfera dos estudos acadêmicos reina a maior confusão a respeito,
pelo simples fato de que a idéia geral de revolução é formada quase
sempre na base das analogias fortuitas e do empirismo cego, em vez
de buscar os fatores estruturais profundos e permanentes que
definem o movimento revolucionário como uma realidade contínua
e avassaladora ao longo de pelo menos três séculos.
1° e 2° Grau
a Distância Só para dar um exemplo ilustre, o historiador Crane Brinton, em
supletivorapidorj.co…
seu clássico The Anatomy of Revolution, busca extrair um conceito
geral de revolução da comparação entre quatro grandes fatos
históricos tidos nominalmente como revolucionários: as revoluções
Rec. pelo MEC -
Publ. D.O. - Sem
inglesa, americana, francesa e russa. O que há de comum entre
frequência de esses quatro processos é que foram momentos de grande
aula - Semana fermentação ideológica, resultando em mudanças substantivas do
Promocional
regime político. Bastaria isso para classificá-los uniformemente
como “revoluções”? Só no sentido popular e impressionista da
palavra. Embora não podendo, nas dimensões deste escrito,
justificar todas as precauções conceptuais e metodológicas que me
ABRIR
levaram a esta conclusão, o que tenho a observar é que as
diferenças estruturais entre os dois primeiros e os dois últimos
fenômenos estudados por Brinton são tão profundas que, apesar
das suas aparências igualmente espetaculares e sangrentas, não
cabe classificá-los sob o mesmo rótulo.

Só se pode falar legitimamente de “revolução” quando uma


proposta de mutação integral da sociedade vem acompanhada da
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exigência da concentração do poder nas mãos de um grupo


1 dirigente como meio de realizar essa mutação. Nesse sentido,
jamais houve revoluções no mundo anglo-saxônico, exceto a de
Cursos grátis Cromwell, que fracassou, e a Reforma Anglicana, um caso muito
com particular que não cabe comentar aqui. Na Inglaterra, tanto a
Certi cado revolta dos nobres contra o rei em 1215 quanto a Revolução
São mais de 2000
Gloriosa de 1688 buscaram antes a limitação do poder central do
cursos online grátis que a sua concentração. O mesmo aconteceu na América em 1786.
com certi cado válido. E em nenhum desses três casos o grupo revolucionário tentou
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mudar a estrutura da sociedade ou os costumes estabelecidos, antes
forçando o governo a conformar-se às tradições populares e ao
direito consuetudinário. Que pode haver de comum entre esses
Cursos ESCON processos, mais restauradores e corretivos do que revolucionários,
e os casos da França e da Rússia, onde um grupo de iluminados,
2 imbuídos do projeto de uma sociedade totalmente inédita em
radical oposição com a anterior, toma o poder firmemente
1° e 2° Grau a resolvido a transformar não somente o sistema de governo, mas a
Distância moral e a cultura, os usos e costumes, a mentalidade da população
Rec. pelo MEC - Publ. e até a natureza humana em geral?
D.O. - Sem frequência
de aula - Semana Não, não houve revoluções no mundo anglo-saxônico e bastaria
Promocional esse fato para explicar a preponderância mundial da Inglaterra e
dos EUA nos últimos séculos. Se, além dos fatores estruturais que
as definem – o projeto de mudança radical da sociedade e a
supletivorapidorj.com.br concentração do poder como meio de realizá-lo –, algo há de
comum entre todas as revoluções, é que elas enfraquecem e
destroem as nações onde ocorrem, deixando atrás de si nada mais
que um rastro de sangue e a nostalgia psicótica das ambições
impossíveis. A França, antes de 1789, era o país mais rico e a
potência dominante da Europa. A revolução inaugura o seu longo
declínio, que hoje, com a invasão islâmica, alcança dimensões
patéticas. A Rússia, após um arremedo de crescimento imperial
artificialmente possibilitado pela ajuda americana, desmantelou-se
numa terra-de-ninguém dominada por bandidos e pela corrupção
irrefreável da sociedade. A China, após realizar o prodígio de matar
de fome trinta milhões de pessoas numa só década, só se salvou ao
renegar os princípios revolucionários que orientavam a sua
economia e entregar-se, gostosamente, às abomináveis delícias do
livre mercado. De Cuba, de Angola, do Vietnã e da Coréia do Norte,
nem digo nada: são teatros de Grand Guignol, onde a violência
estatal crônica não basta para esconder a miséria indescritível.

Todos os equívocos em torno da idéia de “revolução” vêm do


prestígio associado a essa palavra como sinônimo de renovação e
progresso, mas esse prestígio lhe advém precisamente do sucesso
alcançado pelas “revoluções” inglesa e americana que, no sentido
estrito e técnico com que emprego essa palavra, não foram

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revoluções de maneira alguma. Essa mesma ilusão semântica


impede o observador ingênuo – e incluo nisso boa parte da classe
acadêmica especializada – de enxergar a revolução onde ela
acontece sob a camuflagem de transmutações lentas e
aparentemente pacíficas, como, por exemplo, a implantação do
governo mundial que hoje se desenrola ante os olhos cegos das
massas atônitas.

O critério distintivo suficiente para eliminar todas as hesitações e


equívocos é sempre o mesmo: com ou sem transmutações súbitas e
espetaculares, com ou sem violência insurrecional ou
governamental, com ou sem discursos de acusação histéricos e
matança geral dos adversários, uma revolução está presente sempre
que esteja em ascensão ou em curso de implantação um projeto de
transformação profunda da sociedade, se não da humanidade
inteira, por meio da concentração de poder.

É por não compreenderem isso que muitas vezes as correntes


liberais e conservadoras, opondo-se aos aspectos mais vistosos e
repugnantes de algum processo revolucionário, acabam por
fomentá-lo inconscientemente sob algum outro de seus aspectos,
cuja periculosidade lhes escape no momento. No Brasil de hoje, a
concentração exclusiva nos males do petismo, do MST e similares
pode levar liberais e conservadores a cortejar certos “movimentos
sociais”, na ilusão de poder explorá-los eleitoralmente. O que aí
escapa à visão desses falsos espertos é que tais movimentos, ao
menos a longo prazo, desempenham na implantação da nova
ordem mundial socialista um papel ainda mais decisivo que o da
esquerda nominalmente radical.

Outra ilusão perigosa é a de crer que o advento da administração


planetária é uma fatalidade histórica inevitável. A facilidade com
que a pequena Honduras quebrou as pernas do gigante mundialista
mostra que, ao menos por enquanto, o poder desse monstrengo se
constitui apenas de um blefe publicitário monumental. É da
natureza de todo blefe extrair sua substância vital da crença fictícia
que consegue inocular em suas vítimas. Com grande freqüência
vejo liberais e conservadores repetindo os slogans mais estúpidos
do globalismo, como por exemplo o de que certos problemas –
narcotráfico, pedofilia, etc. – não podem ser enfrentados em escala
local, requerendo antes a intervenção de uma autoridade global. O
contrasenso dessa afirmativa é tão patente que só um estado geral
de sonsice hipnótica pode explicar que ela desfrute de alguma
credibilidade. Aristóteles, Descartes e Leibniz ensinavam que,
quando você tem um problema grande, a melhor maneira de
resolvê-lo é subdividi-lo em unidades menores. A retórica
globalista nada pode contra essa regra de método. Ampliar a escala

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de um problema jamais pode ser um bom meio de enfrentá-lo. A


experiência de certas cidades americanas, que praticamente
eliminaram a criminalidade de seus territórios usando apenas seus
recursos locais, é a melhor prova de que, em vez de ampliar, é
preciso diminuir a escala, subdividir o poder, e enfrentar os males
na dimensão do contato direto e local em vez de deixar-se
embriagar pela grandeza das ambições globais.

Que o globalismo é um processo revolucionário, não há como


negar. E é o processo mais vasto e ambicioso de todos. Ele abrange
a mutação radical não só das estruturas de poder, mas da
sociedade, da educação, da moral, e até das reações mais íntimas da
alma humana. É um projeto civilizacional completo e sua demanda
de poder é a mais alta e voraz que já se viu. Tantos são os aspectos
que o compõem, tal a multiplicidade de movimentos que ele
abrange, que sua própria unidade escapa ao horizonte de visão de
muitos liberais e conservadores, levando-os a tomar decisões
desastradas e suicidas no momento mesmo em que se esforçam
para deter o avanço da "esquerda". A idéia do livre comércio, por
exemplo, que é tão cara ao conservadorismo tradicional (e até a
mim mesmo), tem sido usada como instrumento para destruir as
soberanias nacionais e construir sobre suas ruínas um onipotente
Leviatã universal. Um princípio certo sempre pode ser usado da
maneira errada. Se nos apegamos à letra do princípio, sem reparar
nas ambigüidades estratégicas e geopolíticas envolvidas na sua
aplicação, contribuímos para que a idéia criada para ser
instrumento da liberdade se torne uma ferramenta para a
construção da tirania.

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