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Aula 03
Aula 03
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................. 3
2. Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) ..................................................... 4
2.1. Introdução .................................................................................................................................. 4
2.2. Diretrizes da PNAN ..................................................................................................................... 4
2.2.1. Organização da Atenção Nutricional ...................................................................................................................... 5
2.2.2. Promoção da Alimentação Adequada e Saudável .................................................................................................. 5
2.2.3. Vigilância Alimentar e Nutricional .......................................................................................................................... 5
2.2.4. Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição ........................................................................................................ 6
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1. INTRODUÇÃO
Olá Pessoal! Sejam todos muito bem-vindos mais uma aula do nosso curso.
Nesta aula vamos estudar os seguintes assuntos:
• Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN);
• Promoção da alimentação saudável nas escolas;
• Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA);
• Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e Direito Humano à Alimentação Adequada;
• Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN).
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2.1. INTRODUÇÃO
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), aprovada no ano de 1999, integra os esforços
do Estado brasileiro, que por meio de um conjunto de políticas públicas propõe respeitar, proteger,
promover e prover os direitos humanos à saúde e à alimentação. A completar-se dez anos de
publicação da PNAN, deu-se início ao processo de atualização e aprimoramento das suas bases e
diretrizes, de forma a consolidar-se como uma referência para os novos desafios a serem
enfrentados no campo da alimentação e nutrição no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em sua nova edição, publicada em 2011, a PNAN apresenta como propósito a melhoria das
condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de
práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o
cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição. Para tanto está organizada em
diretrizes que abrangem o escopo da atenção nutricional no SUS com foco na vigilância, promoção,
prevenção e cuidado integral de agravos relacionados à alimentação e nutrição; atividades, essas,
integradas às demais ações de saúde nas redes de atenção, tendo a atenção básica como ordenadora
das ações.
A população brasileira, nas últimas décadas, experimentou grandes transformações sociais que
resultaram em mudanças no seu padrão de saúde e consumo alimentar. Essas transformações
acarretaram impacto na diminuição da pobreza e exclusão social e, consequentemente, da fome e
desnutrição. Por outro lado, observa-se aumento vertiginoso do excesso de peso em todas as
camadas da população, apontando para um novo cenário de problemas relacionados à alimentação
e nutrição.
As diretrizes que integram a PNAN indicam as linhas de ações para o alcance do seu propósito,
capazes de modificar os determinantes de saúde e promover a saúde da população. Sendo
consolidadas em:
1. Organização da Atenção Nutricional;
2. Promoção da Alimentação Adequada e Saudável;
3. Vigilância Alimentar e Nutricional;
4. Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição;
5. Participação e Controle Social;
6. Qualificação da Força de Trabalho;
7. Controle e Regulação dos Alimentos;
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A atual situação alimentar e nutricional do País torna evidente a necessidade de uma melhor
organização dos serviços de saúde para atender às demandas geradas pelos agravos relacionados à
má alimentação, tanto em relação ao seu diagnóstico e tratamento quanto à sua prevenção e à
promoção da saúde. Incluem-se, ainda, as ações de vigilância para proporcionar a identificação de
seus determinantes e condicionantes, assim como das regiões e populações mais vulneráveis.
Entende-se por alimentação adequada e saudável a prática alimentar apropriada aos aspectos
biológicos e socioculturais dos indivíduos, bem como ao uso sustentável do meio ambiente. Ou seja,
deve estar em acordo com as necessidades de cada fase do curso da vida e com as necessidades
alimentares especiais; referenciada pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia;
acessível do ponto de vista físico e financeiro; harmônica em quantidade e qualidade; baseada em
práticas produtivas adequadas e sustentáveis com quantidades mínimas de contaminantes físicos,
químicos e biológicos.
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A PNAN, além de se constituir como uma referência política e normativa para a realização dos
direitos à alimentação e à saúde, representa uma estratégia que articula dois sistemas: o Sistema
Único de Saúde, seu lócus institucional, e o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN),
espaço de articulação e coordenação intersetorial.
Cabe aos gestores do SUS, nas esferas federal, estadual, distrital e municipal, promover a
implementação da PNAN por meio da viabilização de parcerias e da articulação interinstitucional
necessária para fortalecer a convergência dela com os Planos de Saúde e de Segurança Alimentar e
Nutricional.
O SUS é marco da construção democrática e participativa das políticas públicas no Brasil. Sua
legislação definiu mecanismos para que a participação popular, fundamental para sua constituição,
faça parte do seu funcionamento por meio da prática do controle social nos Conselhos e
Conferências de Saúde nas três esferas de governo.
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O planejamento das ações que garantam a inocuidade e a qualidade nutricional dos alimentos,
controlando e prevenindo riscos à saúde, se faz presente na agenda da promoção da alimentação
adequada e saudável e da proteção à saúde. A preocupação em ofertar o alimento saudável e com
garantia de qualidade biológica, sanitária, nutricional e tecnológica à população é o produto final de
uma cadeia de processos, desde a produção (incluindo a agricultura tradicional e familiar),
processamento, industrialização, comercialização, abastecimento até a distribuição, cuja
responsabilidade é partilhada com diferentes setores de governo e da sociedade.
A atual complexidade da cadeia produtiva de alimentos coloca a sociedade brasileira diante de novos
riscos à saúde, como a presença de agrotóxicos, aditivos, contaminantes, organimos geneticamente
modificados e a inadequação do perfil nutricional dos alimentos. O avanço da tecnologia contribui
para maior oferta e variedade de alimentos no mercado e alto grau de processamento dos alimentos
industrializados - cuja composição é afetada pelo uso excessivo de açúcar, sódio e gorduras, gerando
alimentos de elevada densidade energética. Essas novas formulações, aliadas ao aumento de
consumo de refeições fora do lar, exigem adequações na regulação de alimentos.
Nesse contexto, a segurança sanitária busca a proteção da saúde humana, considerando as
mudanças ocorridas na cadeia de produção até o consumo dos alimentos, nos padrões socioculturais
decorrentes da globalização e as adaptações ao modo de produção de alimentos em escala
internacional. Assim, o risco sanitário deve enfocar a abordagem integral de saúde e considerar,
além de si próprio, o risco nutricional decorrente desse cenário, ampliando a capacidade de o Estado
fazer uso dos instrumentos legais de controle necessários à proteção da saúde da população.
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A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) tem como propósito a melhoria das condições
de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas
alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado
integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição.
A PNAN tem por pressupostos os direitos à Saúde e à Alimentação e é orientada pelos princípios
doutrinários e organizativos do Sistema Único de Saúde (universalidade, integralidade, equidade,
descentralização, regionalização e hierarquização e participação popular), aos quais se somam os
princípios a seguir:
• A Alimentação como elemento de humanização das práticas de saúde: a alimentação
expressa as relações sociais, valores e história do indivíduo e dos grupos populacionais e tem
implicações diretas na saúde e na qualidade de vida. A abordagem relacional da alimentação
e nutrição contribui para o conjunto de práticas ofertadas pelo setor saúde, na valorização do
ser humano, para além da condição biológica e o reconhecimento de sua centralidade no
processo de produção de saúde.
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doenças crônicas não transmissíveis, além de contemplar necessidades alimentares especiais tais
como doença falciforme, hipertensão, diabetes, câncer, doença celíaca, entre outras.
A PAAS corresponde a uma das diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN),
insere-se como eixo estratégico da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), e tem como
enfoque prioritário a realização de um direito humano básico, que proporcione a realização de
práticas alimentares apropriadas dos pontos de vista biológico e sociocultural, bem como o uso
sustentável do meio ambiente.
Considerando-se que o alimento tem funções que transcendem ao suprimento das necessidades
biológicas, pois agrega significados culturais, comportamentais e afetivos singulares que não podem
ser desprezados, a garantia de uma alimentação adequada e saudável deve contemplar o resgate de
hábitos e práticas alimentares regionais que valorizem a produção e o consumo de alimentos locais
de baixo custo e elevado valor nutritivo, livre de contaminantes, bem como os padrões alimentares
mais variados em todos os ciclos de vida.
Diferentes estratégias têm sido pensadas no sentido de estimular a autonomia dos indivíduos para
a realização de escolhas e de favorecer a adoção de práticas alimentares (e de vida) saudáveis. Nesse
sentido, as ações de PAAS fundamentam-se nas dimensões de incentivo, apoio, proteção e
promoção da saúde e devem combinar iniciativas focadas em:
• Políticas públicas;
• Criação de ambientes favoráveis à saúde nos quais o indivíduo e comunidade possam exercer
o comportamento saudável;
• Reforço da ação comunitária;
• Desenvolvimento de habilidades pessoais por meio de processos participativos e
permanentes;
• Reorientação dos serviços na perspectiva da promoção da saúde.
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Os guias alimentares são instrumentos que definem as diretrizes utilizadas na orientação de escolhas
alimentares saudáveis pela população. O Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado em
2006, apresentou as primeiras diretrizes oficiais para a população brasileira. Diante das
transformações sociais vivenciadas pela sociedade brasileira, que impactaram sobre suas condições
de saúde e nutrição se fez necessária à revisão das recomendações.
O material ficou em consulta pública de fevereiro a maio de 2014, recebendo, 3.125 contribuições
de 436 indivíduos/instituições, permitindo seu amplo debate por diversos setores da sociedade e
orientando a construção do seu conteúdo.
O Guia Alimentar aborda os princípios e as recomendações de uma alimentação adequada e
saudável para a população brasileira e, configurando-se como um instrumento de educação
alimentar e nutricional no SUS e também para outros setores.
A publicação apresenta um conjunto de informações, análises, recomendações e orientações sobre
escolha, combinação, preparo e consumo de alimentos que objetivam promover a saúde de pessoas,
famílias e comunidades e da sociedade brasileira como um todo. O Guia é para todas as pessoas,
individualmente e como membros de famílias e comunidades, assim como cidadãos.
Além de fornecer recomendações sobre escolha, preparo e consumo de alimentos, este Guia
considera os fatores do ambiente que favorecem ou dificultam a colocação em prática dessas
recomendações, indicando formas e caminhos para aproveitar vantagens e vencer obstáculos.
O Guia está estruturado em 05 capítulos:
• Capítulo 1: descreve os princípios que nortearam a elaboração do Guia. Esses princípios
justificam a necessidade de um olhar abrangente sobre a alimentação, para além de
nutrientes e alimentos; examinam a natureza das evidências sobre as quais o guia alimentar
foi construído; consideram o impacto socioeconômico, cultural e ambiental das formas de
produção e distribuição dos alimentos e o caráter dinâmico do sistema alimentar, dos padrões
de alimentação e dos problemas de saúde relacionados à alimentação; e, defendem o
compromisso que guias alimentares devem ter com a promoção da autonomia das pessoas e
com a defesa do direito humano à alimentação.
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• Capítulo 3: traz orientações sobre como combinar alimentos na forma de refeições. Essas
orientações são consistentes com as recomendações gerais do capítulo 2 e se baseiam em
refeições consumidas por uma parcela substancial da população brasileira que ainda baseia
sua alimentação em alimentos in natura ou minimamente processados e nas preparações
culinárias feitas com esses alimentos.
• Capítulo 5: examina fatores que podem ser obstáculos para a adesão das pessoas às
recomendações deste Guia informação, oferta, custo, habilidades culinárias, tempo e
publicidade e propõe para sua superação a combinação de ações no plano pessoal e familiar
e no plano do exercício da cidadania.
Uma sínte à à à àG à à à à à à D àP à à àá à
“ àEà à à à à à à à à à à à à
por capítulos, aprofundam os temas abordados e discutidos no Guia.
Entendendo as particulares da alimentação para menores de 2 anos de idade, o Ministério da Saúde
desenvolveu um guia específico para esse grupo, o Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 Anos.
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A base legal adotada para a formulação da estratégia são políticas e programas já existentes como
a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) , a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), a
Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) , a Política Nacional de Aleitamento Materno
(PNAM) e a Rede Cegonha .
A Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN/DAB/SAS) e a Área Técnica de Saúde da
Criança e Aleitamento Materno (ATSCAM/DAPES/SAS), do Ministério da Saúde, em parceria com as
Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, são os responsáveis pela formulação das ações da nova
estratégia, que visa colaborar com as iniciativas para a atenção integral da saúde das crianças.
Elas têm como princípio a educação permanente em saúde e como base a metodologia crítico-
reflexiva que é desenvolvida por meio de atividades teóricas e práticas, leituras e discussões de
texto, troca de experiência, dinâmicas de grupo, conhecimento da realidade local, sínteses e planos
de ação.
A obesidade é decorrente do acúmulo de gordura no organismo, que está associado a riscos para a
saúde, devido à sua relação com várias complicações metabólicas. Pode ser compreendida como um
agravo de caráter multifatorial, pois suas causas estão relacionadas a questões biológicas, históricas,
ecológicas, econômicas, sociais, culturais e políticas.
Trata-se simultaneamente de uma doença e de um dos fatores de risco mais importantes para outras
doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares e Diabetes mellitus.
A prevalência da obesidade vem aumentando entre adultos, tanto nos países desenvolvidos quanto
naqueles em desenvolvimento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que pelo menos 1
bilhão de pessoas apresente excesso de peso, das quais, 300 milhões são obesos. Pesquisas apontam
aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade no Brasil, atingindo os valores de
aproximadamente 49% e 15% da população, respectivamente. Houve, ao longo de 34 anos, um
aumento de sobrepeso de três vezes para homens e duas para mulheres.
A determinação multifatorial do sobrepeso e da obesidade está relacionada ao modo de vida das
populações modernas, que consomem cada vez mais alimentos processados, energeticamente
densos e ricos em açúcares, gorduras e sódio, com uma quantidade de calorias consumidas além da
necessidade individual. Esse desequilíbrio decorre, em parte, pelas mudanças do padrão alimentar
aliadas à reduzida atividade física, tanto no período laboral como no lazer.
Uma vez que as causas do sobrepeso e obesidade não são apenas individuais, mas também
ambientais e sociais, a prevenção e o tratamento desses agravos requerem medidas complexas, uma
atuação articulada entre os vários setores da sociedade que contribuam para que indivíduos e
coletividades possam adotar modos de vida saudáveis.
No âmbito do setor saúde, cabe ao SUS realizar a vigilância alimentar e nutricional, realizar ações de
promoção da saúde, como promoção da alimentação adequada e saudável e atividade física,
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garantir atenção integral à saúde dos indivíduos com sobrepeso e obesidade e atuar no controle e
regulação da qualidade dos alimentos.
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• Ações de promoção da alimentação adequada e saudável para crianças, por meio da divulgação
e utilização do Guia Alimentar para População Brasileira, do Guia Alimentar para Crianças
Menores de 2 anos e dos Alimentos Regionais Brasileiros;
• Discussão junto ao Ministério do Trabalho para atualização das Portarias que regulamentam o
Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT);
• Renovação de Acordo de Cooperação entre o Ministério da Saúde e a Federação Nacional das
Escolas Particulares (FENEP) para promoção da alimentação saudável nas escolas, com enfoque
nas cantinas;
• Ações de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) para monitoramento de práticas alimentares
e estado nutricional da população.
Vale destacar que a elaboração de uma Estratégia, que agrega os diversos setores governamentais,
bem como representantes da sociedade civil, reafirma a importância da participação social na
formulação de políticas e iniciativas no qual o Estado assume o compromisso com a universalidade,
integralidade e equidade no acesso à alimentação adequada e saudável, preservação da autonomia
e respeito à dignidade das pessoas, transparência no uso de recursos públicos, compromisso social,
sustentabilidade e ética na relação entre público e privado.
No âmbito do setor saúde, cabe ao SUS realizar a vigilância alimentar e nutricional, realizar ações de
promoção da saúde, como promoção da alimentação adequada e saudável e atividade física,
garantir atenção integral à saúde dos indivíduos com sobrepeso e obesidade e atuar no controle e
regulação da qualidade dos alimentos.
O Programa Peso Saudável é uma iniciativa que visa prevenir o ganho de peso corporal entre os
colaboradores do Ministério da Saúde. O programa pretende, ainda, incentivar a adoção de uma
rotina de auto monitoramento do peso e estimular práticas alimentares mais saudáveis, bem como
tornar a atividade física parte da rotina do trabalhador.
Para facilitar a pesagem no ambiente de trabalho e obter uma medida de peso mais precisa, balanças
com capacidade de 150 kg e resolução de 100g, novas e calibradas, serão posicionadas em locais de
fácil acesso em todos os prédios do Ministério da Saúde.
Em observância aos princípios do SUS, os gestores de saúde nas três esferas, de forma articulada e
dando cumprimento às suas atribuições comuns e específicas, atuarão no sentido de viabilizar o
alcance do propósito desta Política Nacional de Alimentação e Nutrição.
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àE à à à à à à à à à à à à à à
da PNAN, considerando as questões prioritárias e as especificidades regionais de forma contínua e
articulada com o Plano Nacional de Saúde e instrumentos de planejamento e pactuação do SUS;
àP à àC àI àT à à à as e metas para
implementação de programas e ações de alimentação e nutrição na Rede de Atenção à Saúde,
mantidos os princípios e as diretrizes gerais da PNAN;
àG à à à à à à à à à à à à à à
alimentação e nutrição na Rede de Atenção à Saúde nos Estados, Distrito Federal e Municípios;
àá à à à à à de alimentação e nutrição para o setor saúde, de acordo
com a situação epidemiológica e nutricional e as especificidades regionais;
àP à à à à à à à à à à à à
monitoramento e avaliação de programas e ações de alimentação e nutrição na Rede de Atenção à
Saúde;
àá à à à à à à com as Secretarias Estaduais, Municipais e do
Distrito Federal de Saúde, para capacitação e a educação permanente dos profissionais de saúde
para a gestão, planejamento, execução, monitoramento e avaliação de programas e ações de
alimentação e nutrição no SUS;
àP à à à à à àD àF à à à à à à à
sistemas de informação dos programas de alimentação e nutrição e de outros sistemas de
informação em saúde que contenham indicadores de alimentação e nutrição;
àá à à à à à à àC àC à àá à àN à
fomentando o conhecimento e a construção de evidências no campo da alimentação e nutrição para
o SUS;
àá à à à à à à à àestratégicas no contexto desta Política,
mantendo atualizada uma agenda de prioridades de pesquisa em Alimentação e Nutrição para o
SUS;
àP à à à à à à à à à à à à
à implementação das diretrizes da PNAN e à articulação do SUS com SISAN;
àE à à à à à à à à à à à à m Alimentação e Nutrição
da Rede de Atenção à Saúde, com participação dos setores organizados da sociedade nas instâncias
colegiadas e de controle social, em especial, na Comissão Intersetorial de Alimentação e Nutrição
(CIAN) do Conselho Nacional de Saúde e no Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional;
àV à à à à à à s, organizações governamentais e
não governamentais e com o setor privado, pautadas pelas necessidades da população e pelo
interesse público, avaliando os riscos para o bem comum, com autonomia e respeito aos preceitos
éticos, para a garantia dos direitos à saúde e à alimentação, com vistas à segurança alimentar e
nutricional do povo brasileiro.
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àI à àPNáN à à à à à à à à à à omovendo as
adequações necessárias, de acordo com o perfil epidemiológico e as especificidades regionais e
locais;
àP à àC são Intergestores Bipartite e nas Comissões Intergestores Regionais, prioridades,
objetivos, estratégias e metas para implementação de programas e ações de alimentação e nutrição
na Rede de Atenção à Saúde, mantidos os princípios e as diretrizes gerais da PNAN;
àE à à à à à à à àPNáN à à à à à à
as especificidades regionais de forma contínua e articulada com o Plano Estadual de Saúde e
instrumentos de planejamento e pactuação do SUS;
àD à ursos estaduais para compor o financiamento tripartite das ações de alimentação e
nutrição na Rede de Atenção à Saúde no âmbito estadual;
àP à à à à à à à à à à à à à à à
de gestão, planejamento, execução, monitoramento e avaliação de programas e ações de
alimentação e nutrição;
àD à à cos e estratégias organizacionais de capacitação e educação
permanente dos trabalhadores da saúde para a gestão, planejamento, execução, monitoramento e
avaliação de programas e ações de alimentação e nutrição no âmbito estadual, respeitando as
diversidades locais e consoantes à PNAN;
àP à à à à à à à à à à à à
à implementação das diretrizes da PNAN e à articulação do SUS com o SISAN na esfera estadual;
àV à à à cerias com organismos internacionais, organizações governamentais e
não governamentais e com o setor privado, pautadas pelas necessidades da população da região e
pelo interesse público, avaliando os riscos para o bem comum, com autonomia e respeito aos
preceitos éticos, para a garantia dos direitos à saúde e à alimentação, com vistas à segurança
alimentar e nutricional.
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O conceito ampliado de saúde e a necessidade de criar políticas públicas para promovê-la a partir
do imperativo da participação social são fundamentos para a construção e consolidação do Sistema
Único de Saúde (SUS) e da Política Nacional de Saúde, que reconhecem a impossibilidade do setor
sanitário de responder sozinho à transformação dos determinantes e condicionantes da saúde.
Assim, promover saúde é promover qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde
relacionados aos seus determinantes e condicionantes, compreendendo que, para tal, é
fundamental ampliar a autonomia das pessoas e das coletividades no cuidado integral à saúde,
minimizando ou extinguindo as desigualdades de toda e qualquer ordem.
A promoção da alimentação saudável considera o peso multiplicado das doenças, entendendo que
as políticas e os programas brasileiros de alimentação e nutrição precisam orientar práticas que
promovam a saúde e previnam as doenças relacionadas à alimentação, tais como a desnutrição e as
deficiências por micronutrientes (anemia ferropriva, hipovitaminose A e distúrbios por carência de
iodo), que ainda permanecem sendo desafios da Saúde Pública em nosso país, e as doenças crônicas
não-transmissíveis - DCNT (diabetes, obesidade, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e
câncer), que vêm aumentando vertiginosamente e de forma cada vez mais precoce, processo
caracterizado como transição nutricional.
Esse cenário está associado às mudanças econômicas, sociais e demográficas ocorridas nas últimas
décadas decorrentes da crescente modernização e urbanização que provocaram alterações no estilo
de vida da população e, em particular, dos hábitos alimentares.
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A obesidade infantil é mais preocupante que a adulta, pois cerca de 50% de crianças que
são obesas aos seis meses de idade e 80% das crianças obesas aos cinco anos de idade
permanecerão com esta condição (TROIANO, 1995; GOTMARKER, 1987 apud ABRANTES;
LAMOUNIER; COLOSIMO, 2002).
==12b913==
Além disso, sabe-se que, quanto mais intenso e precoce é seu aparecimento, maior o risco
de persistência no adulto, sendo mais graves as co-morbidades a ela relacionadas
(MAGALHÃES; AZEVEDO; MENDONÇA, 2003).
O número crescente e alarmante dos casos de DCNT ensejou a aprovação da Estratégia Global para
Promoção da Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde, proposta pela OMS durante a 57ª
Assembléia Mundial de Saúde em 2004.
A responsabilidade compartilhada entre sociedade, setor produtivo e setor público é o caminho para
a construção de modos de vida que tenham como objetivo central a promoção da saúde e a
prevenção das doenças.
Desse modo, é necessário construir estratégias intersetoriais de proteção à saúde e à vida,
estimulando e desencadeando ações que favoreçam o compromisso da sociedade de tornar as
escolhas saudáveis mais acessíveis a todos.
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As diretrizes alimentares nacionais estabelecidas pelo Ministério da Saúde no Guia Alimentar para a
População Brasileira apresentam abordagem multifocal e integrada e constituem instrumento
adequado e culturalmente referenciado para a promoção de práticas alimentares saudáveis ao longo
do curso da vida, trazendo recomendações para a ação do governo, do setor produtivo, dos
profissionais de saúde e das famílias (BRASIL, 2006a).
A construção de ambientes favoráveis às escolhas adequadas dos alimentos e refeições é elemento-
chave para o alcance da alimentação saudável para todos.
A escola configura-se como espaço privilegiado para ações de promoção da alimentação saudável,
em virtude de seu potencial para produzir impacto sobre a saúde, auto-estima, comportamentos e
desenvolvimento de habilidades para a vida de todos os membros da comunidade escolar: alunos,
professores, pais, merendeiros, responsáveis pelo fornecimento de refeições e/ou lanches e
funcionários.
Além disso, está comprovado que programas de promoção da saúde na escola favorecem
a ampliação de conhecimentos para as famílias e comunidades, melhoria da situação de
saúde das populações, prevenção de hábitos negativos à saúde, redução dos índices de
absenteísmo escolar e do professorado, conhecimento de utilização dos serviços de
saúde e estímulo aos educadores para o trabalho (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE,
1997; ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE, 1997).
Em função de sua ampla abrangência, escolas podem fazer mais do que outras instituições para a
formação de atitudes mais saudáveis do viver hoje e no futuro.
A escola não pode ser vista apenas como um sistema eficiente para produzir educação, mas como
uma comunidade humana que se preocupa com a saúde de todos os seus membros e com aquelas
pessoas que se relacionam com a comunidade escolar.
A escola saudável precisa, portanto, ser entendida como um espaço vital gerador de
autonomia, participação, crítica e criatividade, dado ao escolar para que tenha a
possibilidade de desenvolver suas potencialidades físicas e intelectuais (SECRETARIA
DISTRITAL DA SAÚDE DE SANTA FÉ DE BOGOTÁ, 1997 apud PELICIONI; TORRES, 1999).
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4.1. INTRODUÇÃO
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4.2.1. O Plenário
Segundo o Regimento Interno, o Consea deve realizar seis reuniões plenárias ordinárias por ano. Os
temas tratados em cada reunião plenária são debatidos previamente pelas instâncias (comissões
permanentes ou grupos de trabalho), que elaboram propostas a serem submetidas à apreciação do
plenário. O Consea busca adotar decisões consensuais, mas, caso seja necessário, as mesmas podem
ser tomadas mediante votações de seus membros. Após aprovação em plenário, as propostas são
encaminhadas à Presidência da República, à Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e
Nutricional (Caisan) e órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário por meio dos seguintes
instrumentos de comunicação:
1. Recomendações: são documentos sucintos com considerações e proposições específicas que se
destinam a um determinado órgão público.
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2. Exposições de Motivos: são documentos analíticos que discorrem sobre temas abrangentes e
apresentam proposições que se destinam à Presidência da República.
3. Resoluções: tratam de assuntos internos ao Consea (ex.: criação de Grupos de Trabalho, criação
de comissão de transição etc.).
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comprometer o acesso a outras necessidades básicas, com base em práticas alimentares que
possibilitem a saudável reprodução do organismo humano, contribuindo, assim, para uma existência
digna (Doc. Final da I Conferência Nacional de Alimentação e Nutrição, 1986) foi proposto em 1986,
na I Conferência Nacional de Alimentação e Nutrição, e posteriormente consolidado na I Conferência
Nacional de Segurança Alimentar, em 1994.
É importante perceber que esse entendimento articula duas dimensões bem definidas: a alimentar
e a nutricional.
A primeira se refere aos processos de disponibilidade (produção, comercialização e acesso ao
alimento) e a segunda diz respeito mais diretamente à escolha, ao preparo, ao consumo alimentar
e sua relação com a saúde e com a utilização biológica do alimento.
É importante ressaltar, no entanto, que o termo Segurança Alimentar e Nutricional somente passou
a ser divulgado com mais força no Brasil após o processo preparatório para a Cúpula Mundial de
Alimentação, de 1996, e com a criação do Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e Nutricional
(FBSAN)3 , em 1998.
Recentemente, outras dimensões vêm sendo associadas ao termo. Considera-se que os países são
soberanos para garantir a Segurança Alimentar e Nutricional de seus povos (soberania alimentar),
devendo respeitar as múltiplas características culturais manifestadas no ato de se alimentar.
O conceito de soberania alimentar defende que cada nação tem o direito de definir políticas que
garantam a Segurança Alimentar e Nutricional de seus povos, incluindo aí o direito à preservação de
práticas de produção e práticas alimentares tradicionais.
Além disso, há o reconhecimento de que tal processo deve ocorrer em bases sustentáveis, do ponto
de vista ambiental, econômico e social. As dimensões anteriormente citadas foram incorporadas por
ocasião da II Conferência Nacional de SAN, realizada em Olinda-PE, em março de 2004. Atualmente,
o Brasil adota o seguinte conceito de SAN:
Esse entendimento foi afirmado na Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN),
aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República em 15 de setembro
de 2006. A LOSAN trouxe um importante avanço ao considerar a promoção e garantia do DHAA
como objetivo e meta da Política de SAN.
No conceito de SAN, consideram-se dois elementos distintos e complementares.
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A dimensão nutricional incorpora as relações entre o ser humano e o alimento, implicando em:
àDisponibilidade de alimentos saudáveis;
àPreparo dos alimentos com técnicas que preservem o seu valor nutricional e sanitário;
àConsumo alimentar adequado e saudável para cada fase do ciclo da vida;
àCondições de promoção da saúde, da higiene e de uma vida saudável para melhorar e garantir a
adequada utilização biológica dos alimentos consumidos;
à Condições de promoção de cuidados com a própria saúde, com a saúde da família e da
comunidade;
àDireito à saúde, com o acesso aos serviços de saúde garantido de forma oportuna e resolutiva;
à Prevenção e controle dos determinantes que interferem na saúde e nutrição, tais como as
condições psicossociais, econômicas, culturais e ambientais;
àBoas oportunidades para o desenvolvimento pessoal e social no local em que se vive e se trabalha.
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custo de produção, transporte e comercialização. Pensando nesses aspectos, temos como fatores
influenciadores as condições dos agricultores para produção, as distâncias percorridas e a
quantidade de àpor que os alimentos devem passar até chegarem às prateleiras de
mercados, feiras e hortifrútis. Quanto maiores o custo para sua produção, a distância percorrida e o
número de pessoas que o comercializa até o consumidor final, maior será o preço do alimento. Assim
como maior será, também, o desperdício, a perda da qualidade e a poluição gerada no processo.
Dessa forma, ações e políticas de incentivo à produção de frutas e hortaliças regionais em áreas
urbanas, periurbanas, ou em áreas rurais perto das cidades podem melhorar o preço e a qualidade
desses alimentos, de modo a incentivar o maior consumo por parte da população local.
Estratégias nesse sentido podem ainda reduzir o desperdício de alimentos e a poluição causados
pelo transporte em longas distâncias.
Combinadas às políticas de compra pública de alimentos em que o Estado os adquire direto dos
produtores para utilização em escolas, hospitais, creches, abrigos e asilos , tais estratégias podem
promover, também, condições dignas de trabalho e de vida no meio rural, além de aumentar o
consumo de frutas e hortaliças pelo público atendido.
Ainda como forma de incentivo ao consumo de frutas e hortaliças, podemos pensar em programas
e campanhas com esse fim, além de ações de educação alimentar e nutricional em diversas
instituições públicas, bem como ações de regulamentação da publicidade excessiva de alimentos
industrializados.
Tal conjunto de iniciativas integradas desde o incentivo à produção até o consumo desses
alimentos poderia promover não apenas uma alimentação mais saudável, como processos de
produção e comercialização de alimentos mais justos social e economicamente, mais sustentáveis e
com maior valorização da cultura e dos alimentos locais.
Este é apenas um exemplo de como as ações em Segurança Alimentar e Nutricional são amplas e
devem contemplar diversos setores (agricultura, abastecimento, saúde, educação, desenvolvimento
e assistência social, entre outros) de forma articulada. A essa característica chamamos
intersetorialidade.
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mercados populares), compra pública direta do produtor e incentivo ao maior consumo desses
alimentos, o programa pode ser menos efetivo, tanto na promoção de melhores condições de vida
às famílias produtoras, como na promoção de uma alimentação mais adequada e saudável à
população de maneira geral. Assim, ainda que não seja um princípio de simples execução, a
intersetorialidade deve ser um objetivo conjunto de diversos setores, tanto do governo como da
sociedade civil, e um valor de fundamental importância para o êxito de políticas de Segurança
Alimentar e Nutricional.
Essa definição incorpora todos os elementos segundo o qual o direito à alimentação adequada se
realiza quando todo homem, mulher e criança, sozinho ou em comunidade, tem acesso físico e
econômico, ininterruptamente, a uma alimentação adequada ou aos meios necessários para sua
obtenção.
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O DHAA começa pela luta contra a fome, mas, caso se limite a isso, esse direito não estará sendo
plenamente realizado. Os seres humanos necessitam de muito mais do que atender suas
necessidades de energia ou de ter uma alimentação nutricionalmente equilibrada. Na realidade,
o DHAA não deve e não pode ser interpretado em um sentido estrito ou restritivo, ou seja, que
o condiciona ou o considera como àmínimas de energia ou
A alimentação para o ser humano deve ser entendida como processo de transformação da natureza
em gente saudável e cidadã.
Assim, o DHAA diz respeito a todas as pessoas, de todas as sociedades, e não apenas àquelas que
não têm acesso aos alimentos. O termo à envolve diversos aspectos, como mostra a
Figura 1 abaixo, e a promoção e plena realização do DHAA envolve elementos de justiça social e
econômica.
As formas como cada um desses fatores são atendidos, no entanto, depende da realidade específica
de cada grupo ou povo.
Por exemplo, a plena realização do DHAA para uma comunidade indígena não é igual à dos
moradores de uma cidade.As comunidades indígenas necessitam de terra para plantar, coletar e
caçar. Os moradores de um bairro necessitam de trabalho, renda e acesso à água.As pessoas
portadoras de necessidades alimentares especiais carecem de acesso e informação sobre os
alimentos adequados para sua necessidade. Aqueles que têm recursos para comprar seus alimentos
precisam de informação adequada para fazerem escolhas saudáveis e seguras (por exemplo, rótulos
confiáveis e de fácil compreensão).
Ou seja, ainda que todos esses grupos tenham características em comum, em determinadas ocasiões
requerem ações específicas para garantir seu direito (LEÃO; RECINE, 2011) alguns conceitos-chave
para a realização do Direto Humano à Alimentação Adequada devem ser compreendidos. São eles:
a disponibilidade, a adequação, o acesso (físico e econômico) e a estabilidade de alimentos.
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Os problemas relacionados com a privação de alimentos devem ser abordados sob a perspectiva do
Direito Humano à Alimentação Adequada. Isso significa que as estratégias de segurança alimentar e
nutricional e as de redução da fome e da pobreza devem incorporar vários princípios de direitos
humanos:
Dignidade humana. Esse princípio exige que todas as pessoas sejam tratadas com respeito e
dignidade. Políticas públicas baseadas em direitos humanos reconhecem o indivíduo não
como mero objeto de uma política, mas sim como titular de direitos humanos, que pode
reivindicá-los;
Prestação de Contas (ou responsabilização). Uma abordagem baseada em direitos humanos
reconhece a fixação de metas e processos transparentes para promover o desenvolvimento
e a redução da pobreza. Os Estados são responsáveis por suas ações perante os indivíduos e
delas devem prestar contas;
Apoderamento. Os indivíduos, por sua vez, precisam apoderar-se das informações e
instrumentos de direitos humanos para que possam reivindicar do Estado ações corretivas e
compensações pelas violações de seus direitos.
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Os compromissos assumidos pelo Governo Federal desde 2003, ao objetivar o combate à fome e à
miséria no país, trilharam a construção da agenda da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN)
enquanto uma política de Estado, num amplo processo intersetorial e com participação da sociedade
civil, definindo os marcos legais e institucionais dessa agenda como a criação do Sistema Nacional
de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN); a recriação do Conselho Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional (CONSEA); a instalação da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e
Nutricional (CAISAN); e a elaboração do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
(PLANSAN 2012/2015).
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O SISAN foi instituído em 2006 pela Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional com o
objetivo de assegurar o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Desde a sua criação,
avanços legais e institucionais têm garantido a sua construção como estrutura responsável pela
implementação e gestão participativa da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional em
âmbito federal, estadual e municipal. Esta construção se dá de forma paulatina, num trabalho
contínuo de dedicação, articulação e priorização política dos setores envolvidos.
O SISAN está cada vez mais forte. As suas instâncias interagem e funcionam plenamente na esfera
Nacional (CAISAN, CONSEA e Conferências de Segurança Alimentar e Nutricional).
Todas as Unidades Federativas possuem CAISAN, CONSEA, fizeram a adesão ao SISAN e realizam
suas conferências. Parte delas já elaborou seus Planos Estaduais de Segurança Alimentar e
Nutricional e as outras estão em diferentes fases de elaboração
Todas as pessoas têm direito a uma alimentação saudável, acessível, de qualidade, em quantidade
suficiente e de modo permanente.
A alimentação adequada e saudável deve ser baseada em práticas alimentares promotoras da saúde,
sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais. Deve também ser produzida de forma
sustentável, garantindo a proteção ao meio ambiente, a justiça social e o direito à terra e ao
território.
Esse é um direito de todas as pessoas residentes no Brasil, nascidas ou não aqui, respeitando-se as
dimensões socioculturais e regionais, a agrobiodiversidade, a ancestralidade negra e indígena, a
africanidade e as tradições de todos os povos e comunidades tradicionais e todas as identidades e
culturas alimentares, as quais são patrimônio imaterial da nação brasileira.
Nos termos da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional Losan, temos que:
Art. 3º A segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e
permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras
necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras da saúde que respeitem a
diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis.
Art. 4º A segurança alimentar e nutricional abrange:
I a ampliação das condições de acesso aos alimentos por meio da produção, em especial da agricultura
tradicional e familiar, do processamento, da industrialização, da comercialização, incluindo-se os acordos
internacionais, do abastecimento e da distribuição dos alimentos, incluindo-se a água, bem como da geração
de emprego e da redistribuição da renda;
II a conservação da biodiversidade e a utilização sustentável dos recursos;
III a promoção da saúde, da nutrição e da alimentação da população, incluindo-se grupos populacionais
específicos e populações em situação de vulnerabilidade social;
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IV a garantia da qualidade biológica, sanitária, nutricional e tecnológica dos alimentos, bem como seu
aproveitamento, estimulando práticas alimentares e estilos de vida saudáveis que respeitem a diversidade
étnica e racial e cultural da população;
V a produção de conhecimento e o acesso à informação; e
VI a implementação de políticas públicas e estratégias sustentáveis e participativas de produção,
comercialização e consumo de alimentos, respeitando-se as múltiplas características culturais do País.
O Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) realiza-se quando todo homem, mulher, criança,
jovem e idoso têm acesso garantido e ininterrupto à alimentação adequada e suficiente, por meios
próprios e sustentáveis.
O DHAA está intrinsecamente ligado ao direito à vida, na medida em que a alimentação constitui-se
em condição fundamental para a sobrevivência do ser humano. O Direito Humano à Alimentação
Adequada é parte dos direitos fundamentais da humanidade, que foram definidos por um pacto
mundial, do qual o Brasil é signatário.
Esses direitos referem-se a um conjunto de condições necessárias e essenciais para que todos os
seres humanos, de forma igualitária e sem nenhum tipo de discriminação, existam, desenvolvam
suas capacidades e participem plenamente e dignamente da vida em sociedade.
O direito à alimentação é um direito assegurado pela Emenda Constitucional nº 64, aprovada em 4
de fevereiro de 2010, que inseriu no art. 6º a àcomo um direito social.
A aprovação dessa Emenda Constitucional é uma conquista da sociedade civil que participa do
Consea. Juntos, diversos atores sociais e organizações mobilizaram-se numa expressiva campanha
social pela sua aprovação, o que reforçou as possibilidades para que qualquer pessoa privada desse
direito essencial possa exigir do Estado medidas que corrijam esta violação. Com isso, o Estado
Brasileiro tem a obrigação de prover, promover e proteger o direito humano à alimentação
adequada e saudável.
Nos termos da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional Losan, temos que:
Art. 2º A alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana
e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder público adotar
as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da
população.
§ 1º A adoção dessas políticas e ações deverá levar em conta as dimensões ambientais, culturais, econômicas,
regionais e sociais.
(...)
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Ninguém pode privar qualquer pessoa dos seus direitos, que são universais, indivisíveis,
interdependentes e inter-relacionados. Sempre que se define um direito humano, estabelece-se um
titular de direitos e um portador de obrigações.
A exigibilidade é a possibilidade de reclamar e exigir a realização de um direito humano junto ao
Estado.
No conceito de exigibilidade está incluído, além do direito de reclamar, o direito de obter uma
resposta e uma ação do poder público, para a garantia efetiva do direito, em tempo oportuno.
A Losan regula as obrigações do Estado Brasileiro e prevê a adoção de mecanismos de exigibilidade,
conforme disposto no parágrafo 2ª do artigo 2º.
Art. 2. (...)
§ 2º É dever do poder público respeitar, proteger, promover, prover, informar, monitorar, fiscalizar e avaliar a
realização do direito humano à alimentação adequada, bem como garantir os mecanismos para sua
exigibilidade.
Cada país tem o direito de definir suas próprias políticas e estratégias sustentáveis de produção,
distribuição e consumo de alimentos que garantam o direito à alimentação para toda população,
respeitando as múltiplas características culturais dos povos, a diversidade dos modos de produção
de alimentos da agricultura familiar e camponesa, pesqueiros, povos indígenas, povos e
comunidades tradicionais, nos quais a mulher desempenha um papel protagonista.
A soberania alimentar favorece a soberania econômica, política e cultural dos povos. É o direito dos
povos de decidir sobre os seus próprios sistemas alimentares, pautado por alimentos saudáveis
produzidos de forma sustentável e com respeito à agrobiodiversidade e ao ser humano.
Nos termos da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional Losan, temos que:
Art. 5º A consecução do direito humano à alimentação adequada e da segurança alimentar e nutricional requer
o respeito à soberania, que confere aos países a primazia de suas decisões sobre a produção e o consumo de
alimentos.
A Losan criou um sistema público para assegurar o DHAA. O Sisan é o sistema público que assegura
a todas as pessoas que vivem em território nacional estarem livres da fome e terem direito a comida
de verdade, por meio da gestão intersetorial das políticas públicas.
Nos termos da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional Losan, temos que:
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Art. 1º Esta Lei estabelece as definições, princípios, diretrizes, objetivos e composição do Sistema Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional Sisan, por meio do qual o poder público, com a participação da sociedade
civil organizada, formulará e implementará políticas, planos, programas e ações com vistas a assegurar o direito
humano à alimentação adequada.
Integram o SISAN:
àA Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CNSAN), que aprova as diretrizes e
prioridades para a Política e o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional;
àO Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), órgão de assessoramento
imediato à Presidência da República;
àA Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) integrada por ministros
de Estado e secretários Especiais responsáveis pelas pastas relacionadas à promoção da segurança
alimentar e nutricional;
à Os órgãos e entidades de segurança alimentar e nutricional da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios; e
àAs instituições privadas, com ou sem fins lucrativos, que manifestem interesse na adesão e que
respeitem os critérios, princípios e diretrizes do Sisan.
Nos termos da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional Losan, temos que:
Art. 8º O SISAN reger-se-á pelos seguintes princípios:
I universalidade e eqüidade no acesso à alimentação adequada, sem qualquer espécie de discriminação;
II preservação da autonomia e respeito à dignidade das pessoas;
III participação social na formulação, execução, acompanhamento, monitoramento e controle das políticas e
dos planos de segurança alimentar e nutricional em todas as esferas de governo; e
IV transparência dos programas, das ações e dos recursos públicos e privados e dos critérios para sua
concessão.
Art. 9º O SISAN tem como base as seguintes diretrizes:
I promoção da intersetorialidade das políticas, programas e ações governamentais e não-governamentais;
II descentralização das ações e articulação, em regime de colaboração, entre as esferas de governo;
III monitoramento da situação alimentar e nutricional, visando a subsidiar o ciclo de gestão das políticas para
a área nas diferentes esferas de governo;
IV conjugação de medidas diretas e imediatas de garantia de acesso à alimentação adequada, com ações que
ampliem a capacidade de subsistência autônoma da população;
V articulação entre orçamento e gestão; e
VI estímulo ao desenvolvimento de pesquisas e à capacitação de recursos humanos.
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8. RESUMO DA AULA
As diretrizes que integram a PNAN indicam as linhas de ações para o alcance do seu propósito,
capazes de modificar os determinantes de saúde e promover a saúde da população. Sendo
consolidadas em:
o Organização da Atenção Nutricional;
o Promoção da Alimentação Adequada e Saudável;
o Vigilância Alimentar e Nutricional;
o Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição;
o Participação e Controle Social;
o Qualificação da Força de Trabalho;
o Controle e Regulação dos Alimentos;
o Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição;
o Cooperação e articulação para a Segurança Alimentar e Nutricional.
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) tem como propósito a melhoria das
condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção
de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a
prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição.
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Diferentes estratégias têm sido pensadas no sentido de estimular a autonomia dos indivíduos
para a realização de escolhas e de favorecer a adoção de práticas alimentares (e de vida)
saudáveis. Nesse sentido, as ações de PAAS fundamentam-se nas dimensões de incentivo,
apoio, proteção e promoção da saúde e devem combinar iniciativas focadas em:
o Políticas públicas;
o Criação de ambientes favoráveis à saúde nos quais o indivíduo e comunidade possam
exercer o comportamento saudável;
o Reforço da ação comunitária;
o Desenvolvimento de habilidades pessoais por meio de processos participativos e
permanentes;
o Reorientação dos serviços na perspectiva da promoção da saúde.
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A Soberania Alimentar é àdireito dos povos de definir suas próprias políticas e estratégias
sustentáveis de produção, distribuição e consumo de alimentos que garantam o direito à
alimentação para toda a àIncluem-se neste conceito: a priorização da produção
agrícola local para alimentação da população e o acesso dos campesinos a terra, água,
sementes e crédito para produção; a autonomia dos campesinos para produção de alimentos
e dos consumidores para escolherem o que consumir; a preservação da agrobiodiversidade e
da cultura alimentar dos diversos povos. O modelo agroecológico de produção baseia-se no
desenvolvimento da agricultura sustentável, sem insumos químicos, pautada nos saberes e
métodos tradicionais de manejo e gestão ambientais produzidos ao longo de muitas
gerações.
O Direito Humano à Alimentação Adequada tem duas dimensões: o direito de estar livre da
fome e o direito à alimentação adequada. A realização das duas dimensões é de crucial
importância para a fruição de todos os direitos humanos.
Os principais conceitos empregados na definição de Direito Humano à Alimentação Adequada
são: disponibilidade de alimentos, adequação, acessibilidade e estabilidade do fornecimento.
Segundo a definição do Direito Humano à Alimentação Adequada, indivíduos e gerações
futuras devem ter acesso físico e econômico, ininterruptamente, à alimentação adequada.
A promoção do DHAA demanda a realização de ações específicas para diferentes grupos e
passa pela promoção da reforma agrária, da agricultura familiar, de políticas de
abastecimento, de incentivo às práticas agroecológicas, de vigilância sanitária dos alimentos,
de abastecimento de água e saneamento básico, de alimentação escolar, do atendimento
pré-natal de qualidade, da não discriminação de povos, etnia e gênero, entre outros.
Uma abordagem de SAN e de redução da pobreza baseada em direitos está centrada em
vários princípios dos direitos humanos: dignidade humana, prestação de contas,
apoderamento, não discriminação e participação.
É por meio da Política de SAN e da soberania alimentar, articulada a outros programas e
políticas públicas, que o Estado deve respeitar, proteger, promover e prover o DHAA.
Portanto, a Segurança Alimentar e Nutricional refere-se à forma como uma sociedade
organizada, por meio de políticas públicas, pode e deve garantir o DHAA a todos os cidadãos.
O Direito Humano à Alimentação Adequada fundamenta e complementa o conceito e os
programas de Segurança Alimentar e Nutricional com os aspectos jurídicos e os princípios dos
direitos humanos.
A perspectiva dos direitos humanos define claramente que o respeito, a proteção, a
promoção e o provimento dos direitos de todos os habitantes do território nacional é uma
obrigação do Estado. Assim, é obrigação do Estado garantir que os programas públicos sejam
vistos como forma de cumprimento de obrigações e de garantias de direitos, tanto pelos
gestores e servidores públicos como pelos titulares de direitos.
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O SISAN foi instituído em 2006 pela Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional com o
objetivo de assegurar o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). Desde a sua
criação, avanços legais e institucionais têm garantido a sua construção como estrutura
responsável pela implementação e gestão participativa da Política Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional em âmbito federal, estadual e municipal. Esta construção se dá de
forma paulatina, num trabalho contínuo de dedicação, articulação e priorização política dos
setores envolvidos.
O Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) realiza-se quando todo homem, mulher,
criança, jovem e idoso têm acesso garantido e ininterrupto à alimentação adequada e
suficiente, por meios próprios e sustentáveis.
O DHAA está intrinsecamente ligado ao direito à vida, na medida em que a alimentação
constitui-se em condição fundamental para a sobrevivência do ser humano. O Direito
Humano à Alimentação Adequada é parte dos direitos fundamentais da humanidade, que
foram definidos por um pacto mundial, do qual o Brasil é signatário.
Esses direitos referem-se a um conjunto de condições necessárias e essenciais para que todos
os seres humanos, de forma igualitária e sem nenhum tipo de discriminação, existam,
desenvolvam suas capacidades e participem plenamente e dignamente da vida em sociedade.
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9. LISTA DE EXERCÍCIOS
Em breve será disponibilizada uma lista de questões comentadas de provas anteriores, para treino
e retenção de conteúdo. Outrossim, além das questões que serão disponibilizadas em nosso material
extra, recomendo que utilizem a plataforma do TecConcursos (www.tecconcursos.com.br) para
complementar seus estudos por meio da resolução de questões de todas as matérias, podendo
filtrar as questões por disciplina, por banca, por ano, por assunto, etc.
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