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Livro Eletrônico

Aula 00

Microbiologia p/ concursos de biomédicos e farmacêuticos - Curso Regular 2017

Professor: Denise Rodrigues

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Microbiologia
Teoria,e,exercícios,comentados,
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AULA 00: Microbiologia B‡sica Ð Meios de cultura.

SUMçRIO PçGINA

1.! Apresenta•‹o 2

2.! Conceitos b‡sicos em microbiologia 3

2.1 Estrutura dos microrganismos 4

3.! Controle do crescimento microbiano 7


0
4.! Esteriliza•‹o 9

4.1 MŽtodos f’sicos e qu’micos 10

4.1.1 MŽtodos f’sicos 10

4.1.2 MŽtodos qu’micos 16

5.! Coleta de amostras 21

5.1 Locais de coleta 21

6.! Meios de cultura 23

6.1 Principais tipos de meio de cultura 25

7.! Colora•‹o. 35

7.1 Colora•‹o de Gram 36

7.2 Colora•‹o de Zieh-Neelsen 41

8.! Provas de controle de qualidade 42

9. Lista de quest›es apresentadas 57

Refer•ncias

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APRESENTA‚ÌO DO CURSO

Ol‡ pessoal! Sejam bem-vindos ao curso de Microbiologia.


Este Ž um assunto muito relevante para concursos de BiomŽdicos.
No nosso curso falarei sobre os diversos t—picos que s‹o cobrados
dentro da Microbiologia e trarei v‡rias quest›es comentadas que ir‹o nos
ajudar a praticar o conteœdo.
Abordarei o conteœdo de forma clara e objetiva para facilitar o
entendimento da matŽria, que Ž a proposta das aulas em PDF. Nosso curso
abordar‡ os princ’pios que norteiam a microbiologia, coleta de amostra,
meios de cultura, mŽtodos de colora•‹o, isolamento e identifica•‹o de
bactŽrias, fungos e v’rus, sensibilidade das bactŽrias aos antimicrobianos e
a parte de microbiologia da ‡gua e dos alimentos. A divis‹o das nossas
aulas ser‡ da seguinte forma:

Microbiologia geral: esterilizaç‹o - mŽtodos f’sicos, e


qu’micos, princ’pios e tipos. Coleta de amostras para
Aula 00 exames, mŽtodos de coloraç‹o, Meios de cultura,
condiç›es gerais de preparo, armazenamento.
Provas de controle de qualidade.
Bacteriologia: Mecanismo de a•‹o das drogas
Aula 01 antibacterianas, patogenicidade bacteriana,
mecanismos de resist•ncia;
Microbiologia da ‡gua e dos alimentos Ð mŽtodos de
Aula 02
an‡lises e par‰metros legais;
Virologia: propriedades gerais dos v’rus, mŽtodos de
Aula 03 cultivo e isolamento, patogenia das infec•›es virais,
principais viroses humanas;
Micologia: caracter’sticas morfol—gicas dos fungos,
Aula 04 crescimento e reprodu•‹o, isolamento e cultivo,
principais grupos de fungos, fungos patog•nicos;

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Pessoal, qualquer dœvida, sugest‹o, reclama•‹o estarei dispon’vel


para atend•-los atravŽs do nosso f—rum. N‹o hesitem em pedir ajuda!
Estou aqui para ajud‡-los e ser‡ um prazer em fazer parte desse processo
de aprendizagem.

Agora que j‡ fomos apresentados, vamos dar in’cio aos nossos


estudos!

2. Conceitos b‡sicos em microbiologia:

Para darmos in’cio aos nossos estudos, precisamos tra•ar um


panorama geral sobre o que Ž a microbiologia.

O que Ž a microbiologia?

Basicamente, a microbiologia Ž o estudo dos microrganismos e suas


atividades, a esses microrganismos damos os nomes de: bactŽrias, fungos
v’rus, algas e protozo‡rios. Muitos desses microrganismos s‹o causadores
de diversas patologias, e foi ai que surgiu a microbiologia mŽdica, que
estuda os microrganismos patog•nicos respons‡veis pelas doen•as
infecciosas. A microbiologia mŽdica envolve o estudo da bacteriologia, da
virologia e da micologia.

Os agentes causadores de doen•as infecciosas envolvem cinco


principais grupos de organismos: as bactŽrias, os fungos, os protozo‡rios,
os helmintos e os v’rus.

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2.1 Estrutura dos microrganismos:

As bactŽrias s‹o organismos pertencentes ao reino dos procariotos,


j‡ os fungos (divididos em leveduras e bolores) e os protozo‡rios s‹o
membros do reino protista, e os helmintos (vermes) s‹o classificados no
reino animal. Essa classifica•‹o se baseia em diferen•as apresentadas por
esses organismos, j‡ que os protistas s‹o organismos unicelulares ou
multicelulares muito simples, e os helmintos s‹o organismos multicelulares
complexos que junto com os protozo‡rios s‹o comumente denominados
como parasitas.

Dessa forma, podemos citar diversas caracter’sticas essenciais que


cada um desses organismos possui que os diferenciam uns dos outros. Por
exemplo, as bactŽrias, os fungos, os protozo‡rios e os helmintos s‹o
organismos celulares, enquanto os v’rus s‹o organismos acelulares. Essas
diferen•as s‹o baseadas em tr•s principais critŽrios:

¥! Estrutural: Os v’rus n‹o possuem citoplasma, por isso dependem


das cŽlulas hospedeiras para promover a s’ntese proteica.
¥! Mecanismo de replica•‹o: Diferentemente das bactŽrias, que se
replicam por fiss‹o bin‡ria, os v’rus desorganizam-se, e produzem
v‡rias c—pias de seu ‡cido nucleico e prote’nas, e depois se
reorganizam em uma gera•‹o de mœltiplos v’rus. E ainda devem se
replicar no interior de cŽlulas hospedeiras, uma vez que s‹o
desprovidos de sistema de s’ntese de prote’nas, como mencionado
anteriormente.
¥! Natureza do ‡cido nucleico: O v’rus, diferentes das outras cŽlulas
que contŽm DNA e RNA, eles possuem DNA ou RNA, mas n‹o ambos.

AlŽm de todas essas diferen•as, os organismos ainda s‹o


classificamos em eucariontes e procariontes. Os fungos e protozo‡rios
s‹o microrganismos eucari—ticos, j‡ as bactŽrias s‹o microrganismos
procari—ticos. Essa diferencia•‹o baseia-se na presen•a ou aus•ncia de

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nœcleo. Os organismos eucari—ticos s‹o aqueles que possuem um


nœcleo verdadeiro contendo cromossomos, que s‹o circundados por uma
membrana nuclear, j‡ os procari—ticos s‹o aqueles que n‹o
apresentam nœcleo. AlŽm da diferen•a nos tipos de nœcleo, os
procariotos e eucariotos se diferenciam por outras caracter’sticas:

¥! As cŽlulas eucari—ticas apresentam organelas, como mitoc™ndrias,


lisossomos e ribossomos, j‡ procariotos n‹o apresentam organelas,
apenas ribossomos menores.
¥! Os procariotos apresentam parede celular externa que contem
peptideoglicanos, ao contr‡rio, as cŽlulas eucari—ticas n‹o contem
peptideoglicano, elas apresentam uma membrana celular mais
flex’vel.
¥! A membrana da cŽlula eucari—tica contŽm ester—is.
¥! A maioria dos protozo‡rios e algumas bactŽrias s‹o m—veis, enquanto
os fungos e os v’rus s‹o im—veis.

Na tabela abaixo temos um resumo das principais caracter’sticas e


diferen•as entre os microrganismos citados acima.

Tabela 1 Ð Compara•‹o entre os organismos de import‰ncia mŽdica

Caracter’stica V’rus BactŽrias Fungos Protozo‡rios/


Helmintos

CŽlulas Ausentes Presentes Presentes Presentes

Di‰metro 0,02-0,2 1-5 3-10 15-25 (trofozo’ticos)


aproximado (leveduras)
(µm)¹

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çcido nucleico DNA ou Rna Tanto DNA Tanto DNA Tanto DNA como RNA
como RNA como RNA

Ribossomos Ausentes 70S 80S 80S

Tipo de nœcleo Ausente Procari—tico Eucari—tico Eucari—tico

Mitoc™ndrias Ausente Ausente Presente Presente

Natureza da Caps’deo Parede Parede r’gida, Membrana flex’vel


superf’cie proteico e r’gida, contendo
externa envelope contendo quitina.
lipoproteico peptideogli-
cano

Motilidade Nenhum Algumas Nenhum A maioria

MŽtodo de N‹o por Fiss‹o bin‡ria Brotamento Mitose


replica•‹o fiss‹o bin‡ria ou mitose

Pronto, agora que aprendemos os conceitos b‡sicos de microbiologia,


vamos dar in’cio aos nossos estudos sobre os mŽtodos de esteriliza•‹o mais
utilizados no controle do crescimento microbiano.

Lembrando que essa foi uma pequena introdu•‹o sobre a


microbiologia. Ao decorrer do curso ainda falaremos diversos conceitos que
ser‹o extremamente importantes para o nosso estudo. Ent‹o, vamos ao
primeiro t—pico.

3. Controle do crescimento microbiano:

Antes de entrarmos nos mŽtodos de esteriliza•‹o propriamente ditos,


precisamos entender o porqu• utilizar esses mŽtodos, e como se d‡ o
crescimento microbiano, ent‹o fique atento!

!!
!
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Crescimento microbiano: consiste em um aumento do nœmero de


microrganismos, e n‹o do tamanho da cŽlula. Os microrganismos utilizam
alguns fatores para ajudar no seu crescimento. N—s chamamos eles de
fatores f’sicos e fatores qu’micos. Os fatores f’sicos s‹o: pH, temperatura,
press‹o hidrost‡tica e press‹o osm—tica. Os fatores qu’micos s‹o: fontes
de carbono, nitrog•nio, f—sforo, enxofre, oligoelementos (elementos
qu’micos essenciais para a vida do microrganismo), oxig•nio e fatores
org‰nicos de crescimento. A maiorias dos microrganismos crescem em
temperaturas ideais para os seres humanos, mas algumas bactŽrias
crescem em temperaturas extremas, que seria invi‡vel a sobrevida
humana.
!
!
!

Podemos dividi-los em tr•s grupos considerando a temperatura utilizada


por eles:
¥! Psicr—filos: crescem em baixas temperaturas;
¥! Mes—filos: crescem em temperaturas moderadas;!
¥! Term—filos: crescem em altas temperaturas;

Outro fator que influencia o crescimento dos microrganismos Ž o pH. E


a partir disso, podem ser classificados em:

¥! Neutr—filas: crescem em pH perto da neutralidade, entre 6,5 e 7,5.


¥! Acid—filas: crescem em pH ‡cido.
¥! Bas—filas: crescem em pH b‡sico.

E por fim, podem ser divididos de acordo com a necessidade de utilizar


oxig•nio para sobreviver:

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¥! Aer—bicos: necessitam de oxig•nio para sobreviver.


¥! Anaer—bicos: n‹o necessitam de oxig•nio para sobreviver.
¥! Anaer—bicos facultativos: s‹o aqueles que utilizam o oxig•nio
quando dispon’vel, mas na aus•ncia do oxig•nio continuam seu
crescimento atravŽs da fermenta•‹o.
¥! Microaer—bicos: s‹o aqueles que s— conseguem se desenvolver em
concentra•›es muito pequenas de oxig•nio, e atŽ mesmo com
aus•ncia dele.

Pronto! N‹o tem como estudar os mŽtodos de esteriliza•‹o sem antes


passar pelos mecanismos que os organismos utilizam para seu
crescimento, n‹o Ž mesmo? Agora, iremos estudar os mŽtodos utilizados
para controlar o crescimento microbiano ou atŽ mesmo para ajudar no
pr—prio crescimento microbiano, e, posteriormente, isolar esses
microrganismos.

4. Esteriliza•‹o:

Em que consiste a esteriliza•‹o?


A esteriliza•‹o Ž a morte ou remo•‹o DE TODOS os organismos
presentes em um meio de cultura incluindo os esporos, que s‹o estruturas
altamente resistentes. Alguns agentes eliminam totalmente o crescimento
microbiano, porŽm, quando n‹o Ž poss’vel usar algum meio de
esteriliza•‹o, utilizamos meios de inibi•‹o para limitar esse crescimento.

E quais s‹o os meios de inibi•‹o mais utilizados?

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A descontamina•‹o e a desinfec•‹o. A descontamina•‹o consiste no


tratamento de um objeto ou uma superf’cie, de modo que os tornem
seguros ˆ manipula•‹o. Ela est‡ presente atŽ no nosso dia a dia, por
exemplo, o simples ato de limpar a mesa ap—s a refei•‹o remove
microrganismos contaminantes e seus potenciais nutrientes. J‡ a
desinfec•‹o Ž direcionada diretamente contra os pat—genos, porŽm,
n‹o Ž capaz de eliminar todos os microrganismos. Os desinfetantes s‹o
classificados em agentes qu’micos ou f’sicos especiais, que podem matar
os microrganismos ou inibir o crescimento microbiano. Por exemplo, o uso
da ‡gua sanit‡ria (hipoclorito de s—dio) como desinfetante na limpeza
e desinfec•›es de ‡reas utilizadas no preparado de alimentos.
!

Agentes bactericidas, fungicida, viricida: MATAM bactŽrias,


fungos e v’rus.
Agentes bacteriost‡ticos, fungiost‡ticos, viriost‡ticos:
INIBEM o crescimento de bactŽrias, fungos e v’rus.

Agora, vamos estudar cada mŽtodo utilizado para o controle do


crescimento microbiano.

4.1 MŽtodos f’sicos e qu’micos:

4.1.1 MŽtodos F’sicos:

Os mŽtodos f’sicos normalmente s‹o utilizados para promover a


descontamina•‹o microbiana, desinfec•‹o e esteriliza•‹o. Entre os mŽtodos
utilizados podemos citar o calor, a radia•‹o e a filtra•‹o. Esses mŽtodos

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s‹o capazes de impedir o crescimento microbiano e/ou promoverem a


descontamina•‹o de ‡reas ou materiais que abrigam microrganismos.
Vamos analisar cada um dos mŽtodos f’sicos:

4.1.1.1 Calor:

ƒ um dos mŽtodos mais utilizado no processo de esteriliza•‹o. O calor


pode ser aplicado de tr•s maneiras: na forma de calor œmido (por fervura
ou autoclavagem), calor seco ou por pasteuriza•‹o. Alguns fatores devem
ser levados em considera•‹o para a utiliza•‹o do calor, por exemplo, a
temperatura que vai ser utilizada, a dura•‹o do tratamento tŽrmico e o tipo
de calor a ser empregado.
Os microrganismos apresentam uma temperatura m‡xima de
crescimento, ou seja, acima dessa temperatura sua viabilidade Ž reduzida.
Essa perda da viabilidade Ž devido a um processo conhecido como
desnatura•‹o, onde a maioria das macromolŽculas perdem sua estrutura e
sua atividade em temperaturas muito elevadas.
PorŽm, algumas bactŽrias produzem ENDîSPOROS, cŽlulas que s‹o
altamente resistentes e que s‹o capazes de sobreviver a temperaturas que
rapidamente matariam outras cŽlulas vegetativas da mesma espŽcie. Com
isso, os procedimentos de esteriliza•‹o devem ser planejados a fim de
destruir os end—sporos e para isso deve ser conhecer as bactŽrias que
produzem end—sporos.

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Entre as bactŽrias produtoras de esporos importantes para a cl’nica


podemos citar: o Bacillus anthracis, uma bactŽria anaer—bia
facultativa que causa a doen•a conhecida como antraz em gado
bovino, ovino e equino, podendo eventualmente ser transmitida
tambŽm a seres humanos; E as do g•nero Clostridium. Essas s‹o
anaer—bias obrigat—rias e provocam doen•as como tŽtano
(Clostridium tetani), a gangrena gasosa (causada por Clostridium
perfringens) e o botulismo (Clostridium botulinum), transmitida por
alimentos industrializados mal esterilizados (conservas, embutidos,
enlatados).

Como disse acima, o calor pode ser aplicado de tr•s formas: calor
œmido, calor seco ou pasteuriza•‹o. Vamos entender as diferen•as e
aplicabilidade de cada um.

Calor œmido:
As duas principais formas de usar calor œmido s‹o:
a) Autoclave: ƒ o principal equipamento utilizado na esteriliza•‹o
por calor œmido. Consiste em um equipamento selado que permite a

entrada de vapor sob press‹o. A autoclave pode atingir uma press‹o de 15


lb/pol² e uma temperatura de 121¼C, nessas condi•›es Ž poss’vel matar
esporos altamente resistentes de Cloristridium botulinum, mantidos em
autoclavagem por 15-20 minutos. Esses microrganismos s‹o utilizados
tambŽm para testar a efic‡cia do processo de autoclavagem. Com
temperaturas acima de 100¼C, Ž poss’vel promover a morte de end—sporos
termorresistentes, j‡ que os esporos s‹o resistentes ˆ ebuli•‹o (100¼C ao
n’vel do mar), e esse processo Ž realizado com aumento na press‹o.

Figura 1 Ð Estrutura e funcionamento da autoclave

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b) Fervura: A fervura (100¼C ao n’vel do mar) mata as formas


vegetativas dos pat—genos bacterianos, quase todos os v’rus, e os fungos
e seus esporos dentro de aproximadamente 10 minutos. Apesar de nem
sempre ser um procedimento confi‡vel, a fervura mata a maioria dos
microrganismos pat—genos.

!! !

!
Na forma vegetativa, os microrganismos est‹o em condi•›es ativa de
reprodu•‹o e s‹o mais sens’veis ˆs drogas ou mŽtodos f’sicos como calor,
press‹o ou radia•›es ionizantes.

c) Pasteuriza•‹o: Consiste em um aquecimento controlado


precisamente para reduzir a carga microbiana. ƒ bastante utilizado para

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esteriliza•‹o do leite e de outros l’quidos sens’veis ao calor. ATEN‚ÌO:


aqui devemos nos atentar para uma diferen•a essencial entre a autoclave
e a pasteuriza•‹o: a pasteuriza•‹o n‹o mata todos os organismos, ent‹o
NÌO Ž um sin™nimo de esteriliza•‹o. Apesar de n‹o matar todos os
organismos, ela retarda o crescimento de microrganismos deteriorantes,
ent‹o aumentam consideravelmente o prazo de validade de l’quidos
perec’veis.

Por que o calor Ž um agente eficaz de esteriliza•‹o?!

Simples, ele Ž capaz de desnaturar as prote’nas microbianas.

Calor seco:
a) Chama direta ou flambagem: consiste na flambagem em chama
direta no bico de Bunsen. ƒ utilizada para esterilizar al•as de platina
utilizadas em bacteriologia ou na coleta de materiais, e tambŽm pode ser
utilizado para flambagem de boca de tubos e pipetas.

b) Incinera•‹o: na incinera•‹o Ž feita a queima total do material


infectado atŽ se tornarem cinzas. ƒ considerado um mŽtodo bastante
efetivo de esteriliza•‹o para copos de papel, curativos contaminados,
carca•a de animais, sacos, panos de limpeza etc.

c) Esteriliza•‹o com ar quente: utiliza forno de Pasteur (estufa).


O forno de Pasteur possui um aquecedor elŽtrico que aquece a c‰mara e o
conteœdo que tem dentro dela. ƒ um mŽtodo muito efetivo na esteriliza•‹o
do material seco e resistente, como vidros vazios, instrumentos, agulhas e
seringas de vidro. Apesar de ser um mŽtodo muito eficiente, ele requer
temperaturas elevadas e longo per’odo de procedimento
(aproximadamente 170¼C Ð 2 horas).

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Bom, atŽ aqui podemos compreender que o calor Ž uma forma


bastante eficaz de descontamina•‹o da maioria dos l’quidos e atŽ mesmo
de alguns gases. PorŽm, existem subst‰ncias que n‹o s‹o sens’veis ao
calor, ent‹o devemos utilizar outros mŽtodos para que n‹o comprometa
aquela subst‰ncia. Dispomos de um mŽtodo chamado filtra•‹o, um mŽtodo
que promove a descontamina•‹o e atŽ mesmo a esteriliza•‹o, sem expor
ao calor desnaturante.

4.1.1.2 Filtra•‹o:

Como funciona o mŽtodo da filtra•‹o?


A subst‰ncia (g‡s ou l’quido) passa atravŽs de um filtro, um material
semelhante a uma tela, com pequenos poros capazes de reter os
microrganismos. Para esse processo, devemos escolher o filtro ideal de
acordo com a varia•‹o de tamanho dos contaminantes que ser‹o
removidos.
Os principais filtros utilizados s‹o os filtros de membrana, e os filtros
HEPA.

¥! Filtros de membrana: S‹o os filtros mais comumente utilizados


para a esteriliza•‹o de l’quidos em laborat—rios de microbiologia.
Essas membranas s‹o compostas por pol’meros que suportam altas
tens›es, e apresentam inœmeros orif’cios bem pequenos. A filtra•‹o
Ž realizada com o auxilio de uma seringa, um compressor, ou uma
bomba de v‡cuo, que for•am a passagem do l’quido atravŽs do
aparelho de filtra•‹o. Existem v‡rios tamanhos de filtros, e eles ser‹o
utilizados de acordo com o tamanho da subst‰ncia que ser‡ filtrada.
¥! Filtros HEPA (hight-efficiency particulate air): Os filtros HEPA
s‹o conhecidos como filtros de profundidade, muito importantes em
biosseguran•a. ƒ um filtro de alta efici•ncia para ar particulado, que
consiste em uma œnica camada de fibras de borossilicato (vidro),

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tratada com material de liga•‹o que repele a ‡gua. Ele retŽm as


part’culas na rede de fibras que est‹o presentes na estrutura. S‹o
utilizados na esteriliza•‹o do ar em processos industriais, e em
capelas de fluxo laminar, onde ser‹o manipuladas culturas
microbianas. Eles ret•m CERCA DE 99,97%!! de part’culas,
propiciando assim a obten•‹o de Ò‡reas limpasÓ e quartos de
isolamento para casos de quarentena, bastante utilizados em
laborat—rios especializados em seguran•a biol—gica.

E por œltimo, mas n‹o menos importante, vamos detalhar outro


mŽtodo f’sico de esteriliza•‹o, a radia•‹o.

4.1.1.3 Radia•‹o:

¥! Ionizante: Age produzindo ’ons e outras espŽcies moleculares


reativas que s‹o capazes de alterar e degradar
macromolŽculas como DNA e prote’nas. S‹o œteis na

esteriliza•‹o porque levam as cŽlulas irradiadas ˆ morte. Esse tipo


de radia•‹o Ž utilizado para esterilizar produtos farmac•uticos,
suprimentos mŽdicos dent‡rios, materiais descart‡veis de
laborat—rio etc. Apesar de serem bastante eficientes na pr‡tica,
n‹o s‹o muito utilizados porque s‹o equipamentos de alto custo e
possuem riscos inerentes de equipamentos que emitem radia•‹o,
sendo utilizados em opera•›es industriais de larga escala.
A radia•‹o n‹o ionizante Ž pouco utilizada porque n‹o s‹o
muito penetrantes sendo pouco eficaz no processo de
esteriliza•‹o.

Pronto! Acabamos de estudar os principais mŽtodos f’sicos de


esteriliza•‹o! Fiquem atentos as diferen•as entre cada um, porque nas

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provas o examinador costuma colocar uma palavra diferente para cofundir


a cabe•a do candidato. Ent‹o releiam os conceitos e se atendem para as
palavras chaves que diferenciam cada um. Agora vamos estudar os
mŽtodos qu’micos!

4.1.2 MŽtodos qu’micos:

Existem diversos tipos de mŽtodos qu’micos utilizados para


esteriliza•‹o e para controlar o crescimento microbiano em situa•›es
rotineiras, para isso precisamos relembrar alguns conceitos abordados no
in’cio da aula:

!Desinfec•‹o: processo que elimina a

maioria dos microrganismos mediante aplica•‹o de meios qu’micos ou


fisicos, exceto os esporos bacterianos de superf’cies ou artigos
hospitalares;
Descontamina•‹o: ƒ o processo de tornar qualquer objeto ou regi‹o
seguros para o contato de pessoas, ou seja, Ž o processo que tem a
inten•‹o de proteger os profissionais.

Os mŽtodos qu’micos s‹o divididos basicamente em duas categorias:


Primeiro, temos os compostos que s‹o utilizados em alimentos, produtos
t•xteis e de papel, tanques de combust’vel, e outros; Mas, temos que nos
atentar ao fato de que alguns desses compostos qu’micos podem
afetar a saœde de seres humanos! A segunda categoria s‹o aqueles
produtos que foram desenvolvidos para impedir o crescimento de
pat—genos humanos em ambientes inanimados (Òsem vidaÓ), e em
superf’cies corporais externas. N—s temos uma gama de produtos que s‹o

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bastante conhecidos: esterilizantes, desinfetantes, sanitizantes e


antissŽpticos.

Aqui, basicamente precisamos destacar as diferen•as principais entre


cada um deles para entendermos o porqu• de cada um ser utilizado em
diferentes situa•›es. Vamos l‡!

Primeiramente, vamos falar dos esterilizantes, que tambŽm podem


ser chamados de esterilizadores ou esporicidas, porque destroem todas as
formas de vida microbiana, incluindo aquelas formas mais resistente.
Quando temos uma situa•‹o em que o uso de calor ou de radia•‹o s‹o
imposs’veis/invi‡veis de serem utilizados, utilizamos os esterilizantes,
principalmente no ambiente hospitalar onde temos v‡rios equipamentos
que s‹o sens’veis ao calor, como term™metros, cateteres, tubos de
polietileno e outros.
O tipo de esteriliza•‹o mais utilizado Ž a frio, realizado em
equipamentos semelhantes a uma autoclave, mas que utilizam agentes
qu’micos como —xido de etileno, formalde’do, ‡cido peroxiacŽtico ou
per—xido de hidrog•nio. Mas, alguns instrumentos alŽm de n‹o tolerarem
altas temperaturas, tambŽm n‹o toleram gases, e assim utilizamos os
esterilizantes l’quidos, como hipoclorito de s—dio (‡gua sanit‡ria) ou
aminofenol.
Na tabela a seguir temos um resumo do uso de cada agente e do
mecanismo de a•‹o utilizado para obter o efeito desejado.

Tabela 2 Ð Mecanismo de a•‹o dos esterilizantes


Agente Uso Modo de a•‹o
Esterilizantes
îxido de etileno (g‡s) Esterilizantes de materiais Agente alquilante.
termol‡beis, como pl‡sticos
e instrumentos com lentes.

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Formalde’do Solu•‹o a 37% (formalina) Agente alquilante.


ou vapor, utilizado como
esterilizante.
çcido peroxiacŽtico Utilizada como desinfetante Forte agente oxidante.
de alto n’vel ou
esterilizante.
Per—xido de hidrog•nio Vapor utilizado como Agente oxidante.
esterilizante.

Agente alquilante: combina-se com ‡cidos nucleicos e prote’nas,


causando sua inativa•‹o.
Agente oxidante: oxida constituintes celulares e reage com
prote’nas, causando sua inativa•‹o.

Os desinfetantes s‹o aqueles agentes qu’micos que os matam


microrganismos, mas n‹o temos garantia de que eles ir‹o matar os
esporos. S‹o utilizados mais para controle de infec•›es, principalmente em
hospitais e em ambientes mŽdicos.

Tabela 3 Ð Mecanismo de a•‹o dos desinfetantes


Agente Uso Modo de a•‹o

Desinfetantes
Etanol (‡lcool) Desinfetante de Solvente de lip’deos e
instrumentos mŽdicos e desnaturante de prote’nas.
superf’cies laboratoriais.
Detergentes cati™nicos Desinfetante e sanitizantes Interagem com
de instrumentos mŽdicos, fosfolip’dios.
equipamentos de industria
de alimentos e latic’nios.

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Os sanitizantes s‹o agentes capazes de reduzir o nœmero de


microrganismos, porŽm, n‹o os elimina!!!!. Temos dispon’veis os
sanitizantes utilizados na indœstria de alimentos, e temos aqueles que n‹o
entram em contato com alimentos e s‹o utilizados para tratar superf’cies
como balc›es, piso, paredes e etc. Vamos ver na tabela abaixo quais os
sanitizantes mais utilizados e seus respectivos mecanismos de a•‹o.

Tabela 4 Ð Mecanismo de a•‹o dos sanitizantes


Agente Uso Modo de a•‹o

Sanitizante
Detergentes cati™nicos 0
Desinfetantes e Interagem com
sanitizantes de fosfolip’dios.
instrumentos mŽdicos,
equipamentos de indœstrias
de alimentos e latic’nios.
Compostos de cloro Desinfetante e sanitizante Agente oxidante.
de equipamentos das
indœstrias de latic’nios e
alimentos, redes de
distribuidoras de ‡gua.

Por fim, os antissŽpticos. S‹o agentes que matam ou inibem o


crescimento de microrganismos. Como s‹o produtos at—xicos (sem
toxicidade), podem ser utilizados em tecidos vivos. Esses produtos s‹o
muito utilizados na lavagem das m‹os e no tratamento de feridas
superficiais. Na tabela abaixo veremos alguns antissŽpticos comuns.

Tabela 5 Ð Mecanismo de a•‹o dos antissŽpticos


Agente Uso Modo de a•‹o

AntissŽptico
çlcool AntissŽptico t—pico. Solvente de lip’deos e
desnaturante de prote’nas.
Compostos contendo Sab›es, lo•›es, Destroem a membrana
fenol desodorantes corporais. celular.

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Per—xido de hidrog•nio AntissŽptico t—pico. Agente oxidante.


(3%)
Compostos iod—foros, AntissŽptico t—pico. Iodinam res’duos de
contendo iodo em tirosina das prote’nas;
solu•‹o agente oxidante.

CESPE - Perito Criminal - Ci•ncias Biol—gicas e Biomedicina - Pol’cia


Cient’fica/PE - 2016
Os mŽtodos de controle do crescimento microbiano visam inibir o
crescimento, reduzir ou eliminar popula•›es microbianas de determinado
ambiente. Considerando os mŽtodos de controle do crescimento microbiano
e as informa•›es sobre toxinas bacterianas na tabela apresentada, assinale
a op•‹o correta.
A) O tratamento com formalde’do, um mŽtodo de controle qu’mico, Ž eficaz
para eliminar o potencial t—xico de endotoxinas, mas n‹o reduz a toxicidade
de exotoxinas.
B) A esteriliza•‹o por autoclavagem e por filtra•‹o s‹o metodologias
eficientes para eliminar os riscos de toxinas em solu•›es injet‡veis, como
medicamentos endovenosos.
C) Exotoxinas presentes em bactŽrias gram-positivas dos g•neros Bacillus
e Clostridium s‹o problemas em contamina•›es de alimentos enlatados
porque n‹o s‹o inativadas nos processos de pasteuriza•‹o.
D) A resist•ncia ao calor das endotoxinas Ž atribu’da principalmente a suas
propriedades pirog•nicas.
E) MŽtodos de controle f’sicos baseados em calor podem lisar bactŽrias
liberando endotoxinas, endotoxinas essas que, por serem resistentes ao
calor, constituem risco potencial, mesmo em l’quidos esterilizados em
autoclaves.

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Coment‡rio: O calor causa uma lise bacteriana, ou seja, ele atua


desnaturando as prote’nas microbianas, isso far‡ com que liberem as
endotoxinas presentes dentro dos microrganismos, que ir‹o ser ser
degradadas pelo calor. Essas endotoxinas s‹o respons‡veis pela
patogenicidade do microrganismo.

Gabarito: E

AOCP - BiomŽdico - EBSERH/HE-UFSCAR - 2015


O uso do hipoclorito de s—dio no laborat—rio Ž necess‡rio. Sobre o assunto,
assinale a alternativa INCORRETA.
(A) O hipoclorito de s—dio Ž um oxidante poderoso.
(B) O hipoclorito de s—dio pode ser usado para desinfec•‹o de objetos ou
superf’cies de metal.
(C) O uso de hipoclorito de s—dio para a desinfec•‹o de um local
contaminado com sangue, urina e fezes Ž recomendado em uma
concentra•‹o de 0,5%.
(D) Para descontaminar vidrarias (pipetas, bal›es, tubos, etc.), utiliza-se
hipoclorito de s—dio a 2% por 24 horas em recipiente com tampa, de
paredes r’gidas e resistente ˆ autoclava•‹o.
(E) N‹o se deve utilizar hipoclorito de s—dio para descontaminar pin•as.

Coment‡rio: O hipoclorito de s—dio Ž utilizado como esterilizante l’quido


para alguns intrumentos que n‹o toleram altas temperaturas e uso de
gases. PorŽm, o hipoclorito de s—dio pode causar a corros‹o de
alguns metais, por ser um potente agente oxidante.

Gabarito: B

UEPB - BiomŽdico - Pref. CatolŽ do Rocha/PB - 2015


A seguran•a no material de laborat—rio e mŽdico-hospitalar fica a cargo dos
processos de esteriliza•‹o e desinfec•‹o destes materiais,

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cabendo aos profissionais de saœde habilitados promover o controle da


prolifera•‹o de microrganismos atravŽs do uso de variadas tŽcnicas.
Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa ERRADA:
a) Os compostos qu’micos empregados para matar microrganismos na
superf’cie da pele e nas membranas mucosas s‹o denominados
antissŽpticos.
b) A esteriliza•‹o Ž a elimina•‹o ou remo•‹o de todos os microrganismos,
inclusive as formas altamente resistentes, que s‹o os esporos
bacterianos.
c) A desinfec•‹o consiste na morte de muitos microrganismos, mas n‹o de
todos. Para uma desinfec•‹o adequada, os pat—genos devem
ser mortos, apesar de alguns organismos, alŽm de esporos bacterianos,
poderem sobreviver ao processo.
d) A esteriliza•‹o realizada pela autoclavagem consiste na exposi•‹o do
material a ser esterilizado ao vapor de 121 ¼C, sob press‹o de 1
ATM, por 5 minutos.
e) O coeficiente fen—lico Ž a raz‹o entre concentra•‹o de fenol e
concentra•‹o do agente requerida para proporcionar a mesma taxa de
morte nas condi•›es padr‹o do teste.

Coment‡rio: Essa quest‹o nos pede para marcar o item INCORRETO. Na


letra D ele afirma que a esteriliza•‹o na autoclave Ž realizada em 5
minutos. O item est‡ incorreto, pois como vimos na aula, Òautoclave pode
atingir uma press‹o de 15 lb/pol² e uma temperatura de 121¼C, nessas
condi•›es Ž poss’vel matar esporos altamente resistentes de Cloristridium
botulinum, mantidos em autoclavagem por 15-20 minutosÓ.

Gabarito: D

Sobre os procedimentos laboratoriais de controle de qualidade, Ž


INCORRETO afirmar que:

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(A) Desinfec•‹o consiste no processo f’sico ou qu’mico que destr—i todas as


formas de vida microbiana, ou seja, bactŽrias nas formas vegetativas e
esporuladas, fungos e v’rus.
(B) A fase prŽ-anal’tica se inicia com a solicita•‹o da an‡lise, passando pela
obten•‹o da amostra e finda ao se iniciar a an‡lise propriamente dita.
(C) A fase anal’tica consiste do conjunto de opera•›es, com descri•‹o
espec’fica, utilizada na realiza•‹o das an‡lises de acordo com determinado
mŽtodo.
(D) A fase p—s-anal’tica se inicia ap—s a obten•‹o de resultados v‡lidos das
an‡lises e finda com a emiss‹o do laudo, para a interpreta•‹o pelo
solicitante.
(E) A garantia da qualidade Ž o conjunto de atividades planejadas,
sistematizadas e implementadas, com o objetivo de cumprir os requisitos
da qualidade especificados.

Coment‡rio: Como vimos no t—pico de mŽtodos de controle crescimento


microbiano, Òa desinfec•‹o Ž direcionada diretamente contra os
pat—genos, porŽm, n‹o Ž capaz de eliminar todos os microrganismosÓ. Na letra
A diz que a desinfec•‹o elimina todas as formas de vida bacteriana, o que torna a
alternativa incorreta.

Gabarito: A

UFA!! Encerramos a parte de esteriliza•‹o e todos os processos que


est‹o envolvidos. Agora falaremos mais especificamente de bacteriologia,
e principalmente dos t—picos que falam sobre a coleta de amostras para
exames, os mŽtodos de coloraç‹o, os meios de cultura e as condiç›es
gerais de preparo e armazenamento. Pe•o que voc•s deem uma aten•‹o
especial a esses t—picos, principalmente os meios de cultura, pois s‹o
muito cobrados em prova. Vamos l‡!

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Uma das principais atividades da microbiologia Ž a identifica•‹o dos


microrganismos causadores de doen•as infecciosas. O processo de
identifica•‹o desses microrganismos passa pelo isolamento do pat—geno, o
seu cultivo e depois sua identifica•‹o.

Mas como s‹o realizadas essas etapas? Vamos come•ar pelo processo
de isolamento e cultivo dos microrganismos.

O isolomento e o cultivo s‹o feitos a partir de tecidos do hospedeiro


(paciente com suspeita de uma doen•a infecciosa). Essas duas etapas s‹o
fundamentais no sucesso da identifica•‹o do pat—geno e posteriormente
na determina•‹o do tratamento a ser iniciado.

Primeiro, para isolarmos um microrganismo Ž necess‡rio que seja


feita a coleta de amostras de tecidos ou fluidos infectados. Essas
amostras podem ser de sangue, urina, fezes, escarro, fluido
cerebroespinhal ou pus de um ferimento.

5. Coleta de amostras:

A etapa da coleta da amostra Ž essencial para o sucesso da


identifica•‹o do pat—geno. Por isso, devem-se coletar as amostras DIRETO
do s’tio de infec•‹o. AlŽm disso, deve-se coletar a amostra no momento
ideal em que o microrganismo manifestar‡ sua patogenicidade. O volume
de material colhido dever‡ ser suficiente para realizarmos todas as tŽcnicas
necess‡rias ao cultivo, mas sempre tomando cuidado com a coleta de
material excessivo.
Para realizarmos a coleta, utilizamos os swabs, pois s‹o de f‡cil
manipula•‹o.

5.1 Locais da coleta:

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Em primeiro lugar, devemos sempre nos preocupar com o uso de


equipamentos de prote•‹o individual (EPIÕs) adequados a essas atividades
(luvas, m‡scaras).

Vamos destacar os principais s’tios anat™micos de coleta de


amostras:
1.! Trato respirat—rio superior: A microbiota da boca, garganta
e nasofaringe Ž bem numerosa. Na maioria dos casos, os swabs
de orofaringe s‹o realizados para isolar estreptococos
hemol’ticos do grupo A, que causam faringite. Nesse s’tio,
devemos coletar a amostra na cavidade oral, entre os pilares
tonsilares e atr‡s da œvula.
2.! Trato respirat—rio inferior: A coleta Ž feita direto do escarro
das vias respirat—rias inferiores. A coleta do escarro deve ser
feita preferencialmente pela manh‹, quando o paciente se
levanta, e em jejum.
3.! Trato urin‡rio: Para coleta do trato urin‡rio feminino, primeiro
deve ser feito a higieniza•‹o no local, depois descartar o
primeiro jato de urina e coletar o jato mŽdio da mic•‹o em
recipiente estŽril.
4.! Trato genital: As culturas de amostras vaginais podem muitas
vezes n‹o apresentar resultados significativos. Em caso de
vaginite supurativa, devem-se montar l‰minas a fresco logo
ap—s a coleta e examinar.
5.! Sangue: O momento ideal para coleta de sangue Ž quando
ocorre a bacteremia (presen•a de bactŽria no sangue). As
hemoculturas podem ser obtidas utilizando-se agulha e seringa
ou mŽtodos de v‡cuo, como o sistema fechado. O local da
pun•‹o deve ser descontaminado de forma adequada.

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6.! Les›es cut‰neas: Fazer a aspira•‹o do material purulento


localizado nas profundidades da ferida com agulha e seringa
estŽreis.
7.! Trato gastrointestinal: A confirma•‹o laboratorial de uma
infec•‹o intestinal efetua-se, usualmente, pela detec•‹o de
ovos e parasitas, por montagens de material fecal com solu•‹o
salina ou iodada, ou isolando-se bactŽrias de amostras de
fezes.
8.! L’quido cefalorraquidiano (l’quor): Obtido por um medico
neurologista, por pun•‹o lombar, ap—s desinfec•‹o conveniente
da pele e anestesia local.

Ap—s a coleta, devemos garantir as condi•›es necess‡rias para o


armazenamento e transporte dessa amostra.

FAFIPA - Servi•o de Biomedicina - Pref. Londrina/PR - 2015


A coleta de materiais biol—gicos para exames de microbiologia deve
seguir as seguintes recomenda•›es:
(A) Identificar o material do paciente adequadamente.
(B) Informar dificuldades que possam ocorrer durante a coleta, como
material insuficiente para an‡lise adequada.
(C) Informar sobre o uso de antimicrobianos prŽvios ˆ coleta do material
pelo paciente.
(D) No geral, os procedimentos de coleta seguem protocolos espec’ficos
que facilitam o cultivo dos micro-organismos suspeitos, de acordo com o
s’tio a ser investigado.
(E) Todas est‹o corretas.

Coment‡rio: A quest‹o descreve corretamente a ordem que deve ser


seguida para a coleta de materiais biol—gicos para exames de microbiologia.

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¥! A coleta deve sempre ser realizada previamente ˆ introdu•‹o de


terapia antimicrobiana ou de sua modifica•‹o, pois estas interferem
na viabilidade das bactŽrias para a cultura microbiol—gica;
¥! O volume de amostra interfere na sensibilidade dos testes
microbiol—gicos e deve ser suficiente para a execu•‹o dos diversos
procedimentos solicitados. Amostras insuficientes podem levar a
resultados falso-negativos;
¥! Informar claramente ao paciente os procedimentos necess‡rios ˆ
coleta da amostra microbiol—gica;
¥! A identifica•‹o correta da amostra, assim como o s’tio de origem e a
suspeita cl’nica s‹o informa•›es importantes que devem constar na
requisi•‹o para que o microbiologista cl’nico possa executar os
procedimentos recomendados e utilizar os meios de cultura
adequados;

Gabarito: E

6. Meios de cultura:

Agora que j‡ vimos como s‹o feitas as coletas dos s’tios de infec•‹o,
vamos estudar os meios de cultura utilizados para o isolamento e
identifica•‹o dos microrganismos.

O que s‹o os meios de cultura?

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S‹o os meios destinados para reprodu•‹o, isolamento e


an‡lise dos microrganismos de interesse mŽdico. Nesses meios, Ž
utilizado um conjunto de subst‰ncias que s‹o capazes de promover o
crescimento bacteriano de laborat—rio in vitro.

Os meios de cultura precisam de alguns suprimentos que ir‹o permitir


o crescimento dos microrganismos, como fonte de carbono e nitrog•nio,
fonte de energia, sais minerais, fatores de crescimento, condi•›es f’sicas
(pH, temperatura, press‹o osm—tica), e condi•›es ambientais favor‡veis
(ambiente estŽril).

Bom, para escolhermos qual ser‡ o meio mais adequado, vamos


analisar as caracter’sticas que cada um apresenta.
Primeiro, precisamos classificar os meios de cultura quanto ao estado
f’sico, quanto ˆ proced•ncia dos constituintes e quanto ˆ composi•‹o
qu’mica.

¥! Estado f’sico: Podemos classificar os meios em s—lidos, quando


contŽm agentes solidificantes, principalmente Agar (1,00 a 2,00%;
semi-s—lidos, quando a quantidade de Agar e ou gelatina Ž de 0,075
a 05%, formando uma consist•ncia intermedi‡ria; e l’quidos, quando
n‹o possuem agentes solidificantes, apresentando-se como um
caldo.

¥! Proced•ncia dos constituintes: S‹o definidos como naturais ou


complexos quando s‹o utilizados ingredientes que possuem
composi•‹o qu’mica n‹o definida, como extratos de vegetais
(malte, tomate, amido de tubŽrculos), de animais (carne, cŽrebro,
f’gado) e de microrganismos. Quando s‹o utilizados ingredientes
quimicamente definidos chamamos de artificiais ou sintŽticos. Os
artificiais ou sintŽticos s‹o aqueles que oferecem suprimentos

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exigidos pelos microrganismos para favorecer seu crescimento, como


nitrog•nio, sais minerais, vitaminas, dentre outros.

¥! Composi•‹o qu’mica: S‹o divididos em meios b‡sicos ou especiais.


Os b‡sicos permitem o crescimento microbiano, mas sem
satisfazer nenhuma condi•‹o especial. J‡ os especiais, s‹o
aqueles que cumprem as exig•ncias necess‡rias para que
determinado microrganismo cres•a naquele meio.

6.1 Principais tipos de meio de cultura:

Podemos dividir os meios de cultura em v‡rios tipos. Vamos


relacionar aqui aqueles mais cobrados em prova e que s‹o os mais
importantes na an‡lise microbiol—gica.

Podemos dividir os meios em:


¥! Meios para transporte/conserva•‹o;
¥! Meios de crescimento (enriquecidos ou n‹o);
¥! Meios de enriquecimento;
¥! Meios seletivos;
¥! Meios diferenciais;
¥! Meios cromog•nicos;

Vamos nos atentar para cada caracter’stica que diferencia os meios


apresentados, pois as bancas costumam cobrar bastante a composi•‹o
e a defini•‹o de cada meio!!!

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6.1.2 Meios de transporte/conserva•‹o:

S‹o os meios que preservam a viabilidade dos microrganismos nas


amostras coletadas, alŽm de minimizarem a prolifera•‹o bacteriana. Em
geral, s‹o meios semiss—lidos para evitar a disseca•‹o da amostra e s‹o
meios que n‹o possuem fonte de carbono, para evitar que ocorra uma
multiplica•‹o bacteriana, interferindo no resultado do exame.

¥! Amies: modifica•‹o do Stuart: O Stuart Ž um meio que utiliza


glicerosfato de s—dio, porŽm, ele permitia o crescimento de
contaminantes, por isso, foi criado o meio Amies, que utiliza
fosfato inorg‰nico para eliminar o crescimento de contaminantes.
¥! Cary-Blair: Ž o meio utilizado para transporte e preserva•‹o de
amostra de fezes para cultura. Nesse meio, existem componentes
que promovem o tamponamento da amostra, mantendo as
bactŽrias vi‡veis e impedindo sua multiplica•‹o. Conserva a
maioria dos enteropat—genos especialmente Vibrio cholerae e
Campylobacter spp.
¥! TSB (Caldo Soja Tripticase’na): Ž o meio de cultura utilizado para
o crescimento de bactŽrias em geral, pois possui peptonas na
formula, que Ž altamente nutritivo para os microrganismos.
¥! Skim-Milk: Ž utilizado para preserva•‹o de microrganismos e
recomendado para o cultivo e enumera•‹o de microrganismos
encontrados na indœstria de lactic’nios.

6.1.3 Meios de crescimento:

S‹o classificados em: l’quidos, s—lidos e semiss—lidos;


Vamos come•ar pelos meios l’quidos:

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¥! Caldo BHI (Brain Heart Infusion): Ž composto por nutrientes de


cŽrebro e cora•‹o de gado, peptona e dextrose, s‹o utilizados
para cultivo de estreptococcos, pneumococos, meningococos,
enterobactŽrias, n‹o fermentadores, leveduras e fungos.
¥! TSB (Triptic Soy Broth): Ž um meio n‹o enriquecido utilizado
para o crescimento de bactŽrias em geral.

6.1.4 Meios de enriquecimento e enriquecidos:

S‹o aqueles meios l’quidos ricos em nutrientes que permitem que as


bactŽrias contidas na amostra coletada cres•am quantitativamente. Apesar
de serem meios que estimulam o crescimento de determinados
microrganismos, podem inibir o crescimento de outros.

¥! Caldo Tetrationato de Kauffman: Ž um meio composto por sais


de bile que impedem o crescimento de bactŽrias gram-
postivas, e iodo, que cria um ambiente favor‡vel para o
crescimento de espŽcies fecais. ƒ um meio de enriquecimento
para Salmonella.
¥! Selenito-Cistina: Ž um meio utilizado para inibir o crescimento
de estreptococos e coliformes fecais e permite o crescimento
de Salmonella.
¥! Caldo Tioglicolato: Ž um meio de enriquecimento para
Clostridium perfringens.

ATEN‚ÌO!!! Cuidado para NÌO confundir os MEIOS ENRIQUECIDOS


com os MEIOS DE ENRIQUECIMENTO!!! Os meios de enriquecimento,
como os caldos tetrationato de Kauffman e selenito possuem produtos
seletivos ou proporcionam SOMENTE o crescimento de determinado
grupo bacteriano. FIQUE ESPERTO!

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¥! Agar CLED: Ž um meio de cultura enriquecido!! utilizado


para o isolamento e cultivo de diversos microrganismos, sendo
recomendado principalmente para amostrar de urina. Ele
permite o cultivo de bactŽrias gram-negativas e gram-
positivas, e impede a forma•‹o do ÒvŽuÓ de Proteuss spp. A cor
do meio se altera de verde para AMARELO devido a
fermenta•‹o de lactose produzida pelos coliformes presentes.

Agar CLED: permite a diferencia•‹o de bactŽrias


fermentadoras e n‹o fermentadoras de lactose. O
meio suporta o crescimento de Streptococcus
pyogenes e outros organismos fastidiosos que n‹o
necessitam de sangue.

6.1.5 Meios seletivos e diferenciais:

Os MEIOS SELETIVOS s‹o aqueles que


permitem selecionar e isolar organismos
espec’ficos que est‹o misturados com outros
em uma mesma amostra, atravŽs da adi•‹o de
inibidores que ir‹o impedir o crescimento de organismos n‹o desejados e
favorecer o crescimento daqueles organismos que se deseja isolar. Um
exemplo disso Ž adicionar Cristal-Violeta que impede o crescimento de
Gram-positivos, e impede o crescimento de Gram-negativos. TambŽm Ž
bastante comum adicionar antibi—ticos que ir‹o agir sobre as bactŽrias
sens’veis e n‹o ter‹o efeito sobre as bactŽrias resistentes.

Os MEIOS DIFERENCIAIS s‹o meios que devido a adi•‹o de alguns


reagentes ou subst‰ncias resultam em um tipo de crescimento ou rea•‹o

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espec’fica, o que permite estabelecer diferen•as entre microrganismos


muito parecidos. Por exemplo, a incorpora•‹o de lactose e de um
indicador de pH: fermentadores ou n‹o deste a•œcar nos permite
diferenciar as bactŽrias lactose (+) e lactose (-), pois elas formam cores
distintas.

O meio Eosina Azul de Metileno (EBM) Ž


diferencial para coliformes; O Agar MacConkey para a
diferencia•‹o de enterobactŽrias; e o Agar sangue e Agar
Baird-Parker para isolamento e diferencia•‹o de cocos
Gram positivos.

Vamos estudar as caracter’sticas principais de cada meio e assim


escolher corretamente qual meio ser‡ utilizado para o cultivo de cada
amostra.

Na nossa pr—xima aula estudaremos mais a fundo as bactŽrias de


interesse mŽdico, mas para prosseguir nos meios de cultura,
primeiramente, vamos tirar umas dœvidas r‡pidas aqui:

Os estafilococos s‹o microrganismos que comp›e a flora normal


da pele e das mucosas. Os g•neros de import‰ncia mŽdica s‹o S.aureus,
S.epidermidis e S.saprophyticus; Os estreptococos s‹o microrganismos
anaer—bicos tolerantes ao oxig•nio (crescem em ambiente aer—bico, mas
s— processam fermenta•‹o; Esses microrganismos s‹o respons‡veis por
doen•as como c‡rie dent‡ria, erisipela e outras; Os enterococos s‹o
microrganismos que fazem parte da microbiota entŽrica e algumas do
trato geniturin‡rio;

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ATEN‚ÌO para as diferen•as entre as bactŽrias que ser‹o


determinantes na escolha do meio de cultura.

¥! Agar Sal manitol: meio seletivo usado para o isolamento de


estafilococos patog•nicos. Nesse meio tem case’na e tecido
animado, extrato de carne, manitol, sais e vermelho fenol. Os
principais pat—genos isolados nesse meio Ž o S. aureus, que
crescem na presen•a de sais e fermentam manitol,
produzindo col™nias amarelas neste meio.

- Placa de Agar Sal manitol utilizado para


diferenciar S. aureus e o S. n‹o aureus, j‡
que o S. aureus fermenta manitol,
acidificando o meio que passa de rosa para
amarelo.

¥! Agar SS: meio seletivo para detec•‹o de Salmonella e


Shighella, em culturas entŽricas. Encontramos nesse meio
extrato de levedura com xilose, lisina, lactose, sucrose,
desoxicolato de s—dio, tiossulfato de s—dio, citrato de ferro
amoniacal e vermelho de fenol. Quando o meio de cultura
forma col™nias amarelas Ž porque possui a presen•a de
microrganismos que fermentam a lactose, sacarose ou xilose.
A Shighella n‹o fermenta esses carboidratos, portanto, formam
COLïNIAS VERMELHAS. A Salmonella, na
presen•a de citrato de ferro amoniacal,
formam COLïNIAS PRETAS!! Sendo
poss’vel diferenciar Salmonella e Shighella.
ANOTA AI QUE ESSA CAI NA PROVA!

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- Agar SS: a E. coli


fermenta lactose
alterando o meio para
rosa. A Shigella n‹o
fermenta lactose e n‹o
altera a colora•‹o do meio, formando col™nias transparentes. E a
Salmonella n‹o fermenta lactose, mas reagem formando g‡s sulfeto,
alterando a cor do meio para col™nias pretas.

¥! Agar Eosin Methylene Blue (EMB): Ligeiramente seletivo (inibe


Gram positivas em determinado grau) e indica fermenta•‹o de
lactose (meio indicador). As col™nias fermentadoras apresentaram
colora•‹o azul/preto, as que n‹o s‹o fermentadoras ir‹o
apresentar colora•‹o roxo claro ou sem cor. A principal indica•‹o
para o uso desse meio Ž diferencia•‹o dos coliformes.

- EMB: utilizado para diferenciar enterobactŽrias gram-negativas. Os


coliformes produzem col™nias pretas-
azuladas. A E. coli fermenta
rapidamente a lactose, formando
col™nias verde metalizado.

¥! Agar MacConkey: meio seletivo para bactŽrias Gram-negativas


e diferencial para bactŽrias fermentadoras e n‹o
fermentadoras de lactose. A composi•‹o do Agar MacConkey
envolve peptonas, sais biliares, lactose, vermelho neutro e cristal
violeta. Os sais biliares e o cistal violeta presentes no meio inibem
bactŽrias Gram-positivas. As bactŽrias fermentadoras de
lactose produziram ‡cidos que alterando a cor do meio para
vermelha.

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Agar MacConkey: utilizado para diferenciar


bactŽrias fermentadoras e n‹o fermentadoras de
lactose. As bactŽrias que fermentadoras alteram
a colora•‹o do meio para rosa.

¥! Agar Sangue: possuem dois principais componentes: um meio


base (p. ex: triptona de soja, infus‹o de cora•‹o e cŽrebro, base
Brucella); e sangue (de carneiro, cavalo ou coelho). Nesse meio
podem ser adicionados outros suplementos que v‹o permitir
alcan•ar um maior leque de microrganismos. ƒ um meio utilizado
para a diferencia•‹o de Streptococcus spp. e Staphylococcus spp,
pela forma•‹o de halos de hem—lise n’tidos.

¥! Agar chocolate: ƒ um tipo de Agar sangue modificado. No Agar


sangue temos a presen•a de sangue, claro nŽ? Ent‹o, quando o
sangue ou a hemoglobina s‹o adicionados ao meio base ainda
quente, o meio passa a ser marrom (por isso o nome de Agar
chocolate :D). Esse meio favorece o crescimento da maioria
das bactŽrias, incluindo algumas que n‹o crescem em Agar
sangue.

Agar Sangue com a presen•a


de E. coli e Agar chocolate que
permite o crescimento de
diversas bactŽrias como
Haemophilus, Neisseria e
Moraxella.

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¥! Agar Mueller-Hinton: meio utilizado para teste rotineiro de


suscetibilidade das bactŽrias. A sua composi•‹o Ž de extratos de
carne e case’na, sais, c‡tions divalentes e amido solœvel.

¥! Caldo tioglicolato com indicador: Esse meio possui indicadores, a


resazurina e azul de metileno. Esses indicadores avaliam a
presen•a de bactŽrias aer—bias, pois possuem um alto
potencial de oxida•‹o. AlŽm dos aer—bios, avalia a presen•a de
microaer—filos e anaer—bios.

¥! Caldo tioglicolato sem indicador: Usado para cultivo de


microrganismos anaer—bios.

6.1.6 Meios cromog•nicos:

Eles permitem a identifica•‹o dos microrganismos baseada nas


diferentes colora•›es das col™nias, causada pelas rea•›es enzim‡ticas
da espŽcie ou g•nero espec’fico com os substratos que foram incorporados
no meio de cultura. Esses meios permitem a identifica•‹o direta dos
principais uropat—genos (Escherichia coli, Klebsiella pneumonie, Proteus
mirabilis e Enterococcus spp), em 24 horas ap—s incuba•‹o.

(IDECAN Farmac•utico - Bioqu’mico - Pref. SimonŽsia/MG Ð 2016)


ÒO crescimento dos micro-organismos nos diferentes meios de cultura
utilizados fornece as primeiras informa•›es para a sua identifica•‹o. ƒ
importante conhecer o potencial de crescimento de cada meio de cultura e
adequar ao perfil bacteriano esperado para cada material.Ó (Preparo de
materiais em microbiologia; Meios de cultura usados no laborat—rio;

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TŽcnicas de semeadura e colora•›es. Luciana Debortoli de Carvalho.)


Relacione adequadamente o meio de cultura ao tipo de bactŽria.
1. çgar-Chocolate.
2. Caldo tioglicolato com indicador.
3. Caldo tioglicolato sem indicador.
4. çgar-MacConkey.
5. çgar-Manitol.
( ) Diferencial para espŽcies fermentadoras da lactose.
( ) Moraxella spp.
( ) Micro-organismos aer—bios, microaer—filos e anaer—bios.
( ) Diferencial para Staphylococcus aureus.
( ) Micro-organismos anaer—bios.
A sequ•ncia est‡ correta em
A) 3, 5, 1, 4, 2.
B) 5, 3, 2, 4, 1.
C) 2, 1, 5, 3, 4.
D) 4, 1, 2, 5, 3.

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Coment‡rio: Como vimos acima, o agar chocolate Òfavorece o


crescimento da maioria das bactŽrias, incluindo algumas que n‹o
crescem em Agar sangueÓ, ent‹o n‹o pode ser considerado um meio
diferencial. O tioglicolato com indicador Ž utilizado para Òavaliar a
presen•a de bactŽrias aer—biasÓ, e alŽm dos aer—bios, avalia a
presen•a de microaer—filos e anaer—bios, enquanto o tioglicolato sem
indicador Ž Òusado para cultivo de microrganismos anaer—biosÓ. O Agar-
MacConkey Ž Òmeio seletivo para bactŽrias Gram-negativas e
diferencial para bactŽrias fermentadoras e n‹o fermentadoras de
lactoseÓ. E o manitol Ž Òmeio seletivo usado para o isolamento de
estafilococos patog•nicos, e o principal pat—geno isolado nesse meio Ž o
S. aureus.

Gabarito: Letra D

AOCP - BiomŽdico - EBSERH/HU-UFJF - 2015


Quais s‹o os principais componentes de um meio de cultura?
(A) Energia, oxig•nio, elastina e col‡geno.
(B) F—sforo, queratina, glœten e carbono.
(C) Fontes de carbono, a•œcares, nitrog•nio, f—sforo e sais minerais.
(D) Sais minerais, oxig•nio, elastina e carbono.
(E) Fontes de carbono, energia, col‡geno e elastina.

Coment‡rio: Como vimos na nossa aula os meios de cultura s‹o


compostos por diversas subst‰ncias que favorecem o crescimento
microbiano, pois Ž suporte de nutrientes para os microrganismos, Òcomo
fonte de carbono e nitrog•nio, fonte de energia, sais minerais, fatores de
crescimento, condi•›es f’sicas (pH, temperatura, press‹o osm—tica), e condi•›es
ambientais favor‡veis (ambiente estŽril)Ó.

Gabarito: C

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COTEC/UNIMONTES - BiomŽdico - Pref. Guaraciama/MG - 2016


Meio rico e n‹o seletivo, diferencial para a hem—lise, nele crescem a maioria
dos Gram negativo e Gram positivo, alŽm de fungos filamentosos (bolores)
e leveduras, exceto algumas espŽcies de hem—filos e outros fastidiosos. A
descri•‹o do quadro acima est‡ mais bem relacionada com qual meio de
cultura abaixo?
A) çgar chocolate.
B) çgar sangue.
C) çgar CLED.
D)çgar Sabouraud.

Coment‡rio: O çgar Sangue Ž aquele meio utilizado para a diferencia•‹o


de Streptococcus spp. e Staphylococcus spp. pela forma•‹o de halos de
hem—lise n’tidos. AlŽm disso, nesse meio podem ser adicionados outros
suplementos que ir‹o permitir alcan•ar um maior leque de microrganismos.

Gabarito: B

FUNCAB - BiomŽdico - Pref. An‡polis/GO - 2016


Durante a rotina bacteriol—gica, v‡rios meios podem ser utilizados
dependendo do tipo de microrganismo a ser pesquisado. Observe as
caracter’sticas a seguir:
I. Fornece fontes de nitrog•nio, carbono, enxofre e vitaminas.
II. Meio para cultivo de estreptococos, meningococos, penumococos,
enterobactŽrias, n‹o fermentadores, leveduras e fungos.
III. ƒ um meio derivado de nutrientes de cŽrebro, cora•‹o peptona e
dextrose.
Essas caracter’sticas s‹o referentes a qual meio de cultura?
A) Caldo BHI
B) Caldo selenito
C) çgar CLED
D) çgar sangue

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E) çgar Chocolate

Coment‡rio: Vamos recordar a nossa aula: ÒCaldo BHI (Brain Heart


Infusion): Ž composto por nutrientes de cŽrebro e cora•‹o de gado, peptona e
dextrose, s‹o utilizados para cultivo de estreptococcos, pneumococos,
meningococos, enterobactŽrias, n‹o fermentadores, leveduras e fungosÓ.

Gabarito: A

FAFIPA - Servi•o de Biomedicina - Pref. Londrina/PR - 2015


O ‡gar Mueller-Hinton Ž o meio de escolha para realiza•‹o dos testes de
sensibilidade a antimicrobianos, pois:
(A) Demonstra reprodutibilidade reduzida entre os diferentes lotes nos
testes de sensibilidade.
(B) Permite crescimento satisfat—rio dos pat—genos n‹o fastidiosos.
(C) Existe falta de dados e experi•ncia relativos a testes de sensibilidade
realizados com esse meio.
(D) Apresenta elevado custo.
(E) Nunca apresenta contamina•›es ex—genas.

Coment‡rio: ÒAgar Mueller-Hinton: meio utilizado para teste rotineiro


de suscetibilidade das bactŽrias. A sua composi•‹o Ž de extratos de
carne e case’na, sais, c‡tions divalentes e amido solœvelÓ. O agar mueller-
hinton Ž utilizado para o crescimento de diversas bactŽrias, principalmente
aquelas que n‹o exigem muitos suprimentos para crescer.

Gabarito: B

Ano: 2014Banca: INSTITUTO AOCPîrg‹o: UFGDProva: BiomŽdico


Assinale a alternativa que indica o meio de cultura utilizado para identifcar
o crescimento de Staphilococcus aureus, pela fermenta•‹o deste meio
contendo 7,5% de cloreto de s—dio.

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a) çgar Chocolate.
b) Cled.
c) çgar Sangue.
d) Manitol.
e) Mc Conkey.

Coment‡rio: O Agar Sal-Manitol Ž: Òmeio seletivo usado para o


isolamento de estafilococos patog•nicos. Nesse meio tem case’na e tecido
animado, extrato de carne, manitol, sais e vermelho fenol. Os principais
pat—genos isolados nesse meio Ž o S. aureus, que crescem na presen•a de
sais e fermentam manitol, produzindo col™nias amarelas neste meioÓ. O
S. aureus consegue fermentar o manitol, produzindo ‡cido l‡tico. AlŽm
disso, o S. aureus se desenvolve na presen•a de NaCl, que ir‡ estimular a
produ•‹o de coagulase, uma enzima que caracteriza a bactŽria.

Gabarito: D

Pronto, finalizamos nossos estudos sobre os meios de cultura, e como


vimos na quest‹o acima, eles realmente caem em prova! Lembrando que
os meios de cultura devem ser armazenados em locais adequados. Para
armazenar por um per’odo curto, as culturas podem ser mantidas ˆ
temperatura de refrigeradores (4 a 10¼C).

Depois de estudarmos todos esses tipos de meios de cultura, fica a


seguinte pergunta: Qual a import‰ncia e por que temos tantos meios de
cultura dispon’veis?

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A resposta Ž simples, a escolha para o processamento inicial das


amostras Ž muito importante e est‡ condicionada ˆ flora patog•nica do
local da coleta. Em geral, se utiliza mais de um meio porque a maioria
das doen•as s‹o causadas por uma variedade de organismos, ent‹o Ž
importante que o laborat—rio de diagn—stico seja capaz de selecionar os
meios apropriados para o isolamento dos microrganismos mais comuns e
selecionar meios especializados quando o clinico suspeitar de um
organismo espec’fico.

J‡ vimos como Ž feita a coleta das amostras, j‡ vimos os meios que


s‹o utilizados para cultivo e crescimento dos microrganismos, e agora
iremos estudar quais s‹o os meios utilizados para a identifica•‹o do
pat—geno. Ent‹o, vamos come•ar!

7. Colora•‹o:

Bom, como o pr—prio nome diz, a colora•‹o significa corar os


microrganismos com uma subst‰ncia que ir‡ enfatizar certas estruturas e
assim permitir a sua identifica•‹o. Essas subst‰ncias s‹o conhecidas como
corantes. Mas para que os corantes fa•am sua fun•‹o, precisamos primeiro
fixar (aderir) os microrganismos ˆ l‰mina. Para isso, Ž feito um esfrega•o
do material na l‰mina e depois deixar secar. S— depois da l‰mina seca que
poder‡ ser feito o processo de colora•‹o.
Eita, vamos por partes!

Como Ž feito a prepara•‹o do esfrega•o?


Para o esfrega•o, precisaremos pegar uma pequena quantidade da
amostra e coloc‡-la sobre a l‰mina de vidro, esperar secar e fixar o
esfrega•o passando a l‰mina (no lado oposto ao esfrega•o) na chama do
bico de Bunsen. Depois de preparado o esfrega•o, iniciaremos a nossa
colora•‹o. Aqui, vamos abordar os dois tipos de colora•‹o mais utilizados:
colora•‹o de Gram e Colora•‹o de Ziehl-Neelsen.

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7.1 Colora•‹o de Gram:

A colora•‹o de Gram foi desenvolvida em 1884 pelo bacteriologista


dinamarqu•s Hans Christian Gram, da’ o nome colora•‹o de Gram :D. Esse
mŽtodo as bactŽrias em dois grandes grupos: as bactŽrias gram-
negativas e as bactŽrias gram-positivas. Mas para entendermos a
colora•‹o de gram, precisamos diferenciar as bactŽrias em gram-negativas
e gram-positivas.

!
A principal diferen•a entre as bactŽrias gram-negativas e gram-
positivas Ž a composi•‹o da parede celular. Basicamente, a parede
celular de uma bactŽria Ž uma estrutura complexa e semi-r’gida,
respons‡vel pela forma da cŽlula. E a’, vamos ver as diferen•as entre
a parede celular das bactŽrias gram-negativas e gram-positivas:
¥! Gram-positivas: A parede celular das bactŽrias gram-positivas
consiste de muitas camadas de peptideoglicano que formam
uma estrutura espessa e r’gida. AlŽm dos peptideoglicanos, a
parede celular das gram-positivas cont•m ‡cidos teic—icos, que
consistem basicamente em um ‡lcool (glicerol ou ribitol) e fosfato;
¥! Gram-negativas: Em contraste, a parede celular das bactŽrias
gram-negativas contŽm somente uma camada fina de
peptideoglicano, mas apresentam uma membrana externa
lip’dica que n‹o est‡ presente nas gram-positivas. E diferente das
gram-positivas, na parede celular das gram-negativas n‹o cont•m
‡cidos te—icos;

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A parede celular das bactŽrias


gram-negativas Ž quimicamente
mais complexa, porque possui maior quantidade de amino‡cidos e
lip’deos. A membrana externa presente nas bactŽrias gram-negativas
n‹o fornecem uma barreira para todas as subst‰ncias no ambiente,
pois os nutrientes devem atravess‡-la para manter o metabolismo da
cŽlula. O componente lipopolissacar’deo (LPS) da membrana externa
das bactŽrias gram-negativas atua como ant’genos e s‹o œteis para
diferenciar as espŽcies das bactŽrias.

Estrutura da parede Estrutura da parede


celular de bactŽria celular de bactŽria
Gram-positiva Gram-negativa

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O peptideoglicano Ž um dissacar’deo (a•œcar) repetitivo unido por


polipept’deos (amino‡cidos) para formar uma rede que circunda e
protege toda a cŽlula. A por•‹o dissacar’dica Ž composta de
monossacar’deos denominados N-acetilglicosamina (NAG) e ‡cido N-
acetilmur‰mico (NAM), que est‹o relacionados ˆ glicose.

Estrutura qu’mica do pepetidioglicano

Agora que sabemos as diferen•as entre as bactŽrias gram-negativas


e gram-positivas, entenderemos o principio da colora•‹o de Gram.

A colora•‹o de Gram se baseado nas diferen•as estruturais da parede


celular das bactŽrias gram-negativas e gram-positivas, e como cada uma
reage aos v‡rios reagentes.

O corante principal Ž o violeta de genciana, que cora as cŽlulas de


pœrpura, j‡ que o corante entra no citoplasma de ambos os tipos de cŽlulas.
Quando o iodo Ž aplicado, ele forma cristais com o corante, e a’ em

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seguida, aplica-se o ‡lcool, que ir‡ desidratar o peptideoglicano das cŽlulas


gram-positivas, tornando assim as cŽlulas mais imperme‡veis ao cristal
violeta-iodo. Ao contr‡rio, nas bactŽrias gram-negativas, o ‡lcool dissolve
a membrana externa, fazendo com que o corante violeta-iodo entre dentro
da membrana, e a’ as bactŽrias gram-negativas ficam incolores com a
lavagem de ‡lcool, e com a adi•‹o do corante safarina torna as cŽlulas
cor-de-rosa.

AOCP - BiomŽdico - EBSERH/HC-UFG - 2015


ÒAs bactŽrias s‹o classificadas de acordo com sua morfologia, estrutura,
atividade metab—lica e fatores ambientais necess‡rios ˆ sobreviv•nciaÓ
(ARAòJO et al, 2010). Em rela•‹o ˆs bactŽrias, Ž correto afirmar que
(A) as bactŽrias gram-negativas possuem espessa camada que Ž
firmemente aderida ˆ carioteca de sua pr—pria cŽlula.
(B) certos organismos gram-positivos e gramnegativos podem apresentar
tambŽm uma c‡psula, ou camada de glicoc‡lice, internamente ˆ parede
celular. Essa c‡psula torna a bactŽria vulner‡vel ˆ fagocitose por
mon—citos, podendo dificultar sua fixa•‹o tecidos do hospedeiro.
(C) os organismos gram-positivos s‹o assim denominados devido ˆs
caracter’sticas de colora•‹o pr—prias da sua fin’ssima camada externa de
peptidoglicano, alŽm disso, esses micro-organismos possuem amplo
complexo de Golgi e mitoc™ndrias em seu interior.
(D) as bactŽrias s‹o classificadas em Gram-positivas ou Gram-negativas
em fun•‹o da diferen•a na arquitetura da parede celular. A parede celular
Gram-positiva consiste de uma camada espessa de peptidoglicano (~30
nm), enquanto a parede celular da Gram-negativa apresenta camada mais
fina de peptidoglicano (~10nm) e sua estrutura e composi•‹o da
membrana mais complexas.

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(E) bactŽrias como as microbactŽrias t•m glicolip’deos mœltiplos que lhes


conferem uma apar•ncia de bolor, acarretando desvantagens biol—gicas,
impedindo a infec•‹o ao hospedeiro.

Coment‡rio: Mesma justificativa da quest‹o anterior, as bactŽrias Gram-


Positivas e Gram-Negativas se diferenciam pela sua parede celular.
ÒGram-positivas: A parede celular das bactŽrias gram-positivas consiste
de muitas camadas de peptideoglicano que formam uma estrutura espessa
e r’gida. AlŽm dos peptideoglicanos, a parede celular das gram-positivas
cont•m ‡cidos teic—icos, que consistem basicamente em um ‡lcool (glicerol
ou ribitol) e fosfato; Gram-negativas: Em contraste, a parede celular das
bactŽrias gram-negativas contŽm somente uma camada fina de
peptideoglicano, mas apresentam uma membrana externa lip’dica que n‹o
est‡ presente nas gram-positivas. E diferente das gram-positivas, na
parede celular das gram-negativas n‹o cont•m ‡cidos te—icos;Ó.

Gabarito: D

UFT/COPESE-!BiomŽdico - Pref. Guara’/TO-!2016


ÒA Gr‹-Bretanha e a çsia est‹o enfrentando um surto de escarlatina que
intriga especialistas. De acordo com a Autoridade de Saœde Pœblica da
Inglaterra (PHE, na sigla em ingl•s), em 2015, foram registrados 17.586
casos da infec•‹o no pa’s Ð o nœmero s— n‹o ultrapassa os registros de
1967, com 19.305 notifica•›es. A escarlatina Ž uma infec•‹o bacteriana,
causada por estreptococos do grupo A, que atinge principalmente crian•as
com idades entre 5 e 12 anos.Ó Fonte: Adaptado de VEJA.com/Divulga•‹o
(21/03/2016). Referente ˆs caracter’sticas das bactŽrias, Ž CORRETO
afirmar que:
(A) A diferencia•‹o entre as bactŽrias Ž realizada exclusivamente pelas
suas caracter’sticas morfol—gicas.

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(B) Os aspectos microsc—picos, incluindo o tamanho, forma e os arranjos


dos organismos (cocos, bastonetes, curvos ou espiralados), determinam a
capacidade das bactŽrias de resistir a certos antibi—ticos.
(C) Colora•‹o de Gram Ž um teste r‡pido que permite aos cl’nicos a
diferencia•‹o entre as duas mais importantes classes de bactŽrias.
(D) As bactŽrias Gram negativas t•m a camada de peptidoglicano espessa
contendo ‡cido teicoico e ‡cidos lipoteicoicos.

Coment‡rio: Abordamos esse assunto no t—pico sobre colora•‹o: ÒA


colora•‹o de Gram foi desenvolvida em 1884 pelo bacteriologista
dinamarqu•s Hans Christian Gram, da’ o nome colora•‹o de Gram . Esse
mŽtodo as bactŽrias em dois grandes grupos: as bactŽrias gram-
negativas e as bactŽrias gram-positivasÓ.

Gabarito: C

Caracter’sticas Gram-Positiva Gram-Negativa


Rea•‹o de Gram RetŽm o corante violeta de Pode ser descorado para
genciana e cora-se de aceitar contracorante
violeta escuro ou pœrpura. (safarina) e cora-se de
vermelho.
Camada de Espessa (mœltiplas Fina (camada œnica)
peptideoglicana camadas)
çcidos teic—icos Presentes em muitas Ausentes
Espa•o peripl‡smico Ausente Presente
Membrana externa Ausente Presente
Conteœdo de Nenhum Alto
lipopolissacar’deo (LPS)
Conteœdo de lip’deos e Baixo (as bactŽrias ‡lcool- Alto (devido ˆ presen•a da
lipoprote’nas ‡cido resistentes possuem membrana externa)
lip’deos unidos ˆ
pepetideoglicana)
Resist•ncia ˆ ruptura Alta Baixa
f’sica
Inibi•‹o por corantes Alta Baixa
b‡sicos

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Vamos falar detalhadamente como Ž feito o processo da colora•‹o de


Gram.

Procedimento da colora•‹o de Gram:

1.! Coloca-se sobre o esfrega•o realizado um corante b‡sico pœrpura,


normalmente Ž o corante violeta de genciana, essa etapa constitui
a colora•‹o prim‡ria;

2.! Ap—s um minuto, lavar rapidamente com ‡gua destilada;

3.! Cobrir a l‰mina com solu•‹o de lugol (iodo) por um minuto;

4.! Ap—s um minuto, lavar em ‡gua destilada;

5.! Ap—s a lavagem, lavar a l‰mina com ‡lcool-acetona ou ‡lcool


absoluto por 15 segundos, e em seguida lavar com ‡gua correte;

6.! Em seguida, cobrir a l‰mina com fucsina de gram ou safarina e


aguardar por 30 segundos;

7.! Ap—s essa etapa, lavar a l‰mina com ‡gua destilada e deixar secar;

O que acontece no processo de colora•‹o de Gram?

Quando utilizamos o corante violeta de genciana e depois lavamos


com a solu•‹o de iodo (lugol), forma-se um complexo entre os dois de
colora•‹o escura, chamado iodopararosanilina. Esse complexo Ž
fortemente retido nas bactŽrias Gram-Positivas e o ‡lcool n‹o consegue
remover esse complexo, j‡ nas bactŽrias Gram-negativas, esse complexo
Ž removido pelo ‡lcool. Quando realizamos a segunda colora•‹o, com
safarina ou fucsina, as bactŽrias Gram-Negativas apresentar‹o
colora•‹o avermelhada, porque elas ret•m o contracorante, enquanto as
Gram-Positivas apresentam colora•‹o roxa, porque elas conservam
o primeiro corante.

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Esquema da colora•‹o de Gram

Visualiza•‹o das bactŽrias no microsc—pio ap—s a colora•‹o de Gram

IDECAN Farmac•utico - Bioqu’mico - Pref. SimonŽsia/MG 2016


Sobre a tŽcnica de colora•‹o de Gram, assinale a alternativa correta.
A) Os micro-organismos s‹o expostos a uma colora•‹o a quente com
carbolfucsina concentrada por 5 minutos.
B) BactŽrias Gram-negativas n‹o perdem o corante violeta durante a
descolora•‹o e, por isso, adquirem colora•‹o rosa.
C) BactŽrias Gram-positivas ret•m o corante violeta por resistirem ˆ
descolora•‹o e ficam coradas em azul escuro / roxo.
D) BactŽrias Gram-positivas perdem o corante violeta durante a
descolora•‹o e adquirem a colora•‹o azul escuro / roxo.

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Coment‡rio: ÒQuando utilizamos o corante violeta de genciana e depois


lavamos com a solu•‹o de iodo (lugol), forma-se um complexo entre os dois
de colora•‹o escura, chamado iodopararosanilina. Esse complexo Ž
fortemente retido nas bactŽrias Gram-Positivas e o ‡lcool n‹o consegue remover
esse complexo, j‡ nas bactŽriasÓ Como vimos na nossa aula, as bactŽrias gram-
positivas possuem uma parede celular que consiste em muitas camadas de
peptideoglicano, formando uma parede espessa e r’gida, fazendo com que o
corante violeta de genciana fique retido e n‹o sofra descolora•‹o, por isso ela
apresenta colora•‹o roxa/azul escuro.

Gabarito: C

COVEST - BiomŽdico Ð UFPE - 2015


Um estagi‡rio do laborat—rio de Microbiologia Cl’nica recebeu uma l‰mina
contendo esfrega•o de Escherichia coli e uma l‰mina contendo esfrega•o
de Staphylococcus aureus para serem coradas pela colora•‹o de Gram
(cristal violeta, lugol, ‡lcool, fucsina dilu’da). Ap—s fixar os esfrega•os pelo
calor, o estagi‡rio realizou a colora•‹o, porŽm inverteu a ordem da
utiliza•‹o dos corantes (fucsina, ‡lcool dilu’do, cristal violeta, lugol). Qual
foi o resultado da colora•‹o observado ao microsc—pio para E. coli e S.
aureus, respectivamente?
A) Bacilos vermelho claros e cocos vermelho-escuros.
B) Bacilos vermelho-claros e bacilos violeta-escuros.
C) Bacilos e cocos vermelho-claros.
D) Bacilos e cocos violeta-escuros.
E) Cocos vermelho-claros e cocos violeta-escuros.

Coment‡rio: A E. coli Ž um bacilo gram-negativo, ao analisarmos essa


cepa no microsc—pio, ela ir‡ apresentar a forma bacilar e por ser um
microrganismos gram-negativo dever‡ apresentar colora•‹o
avermelhada/vermelho claro. J‡ o S. aureus, Ž uma bactŽria do grupo
cocos gram-positivo, ou seja, apresentaram forma de cocos (ou cachos de
uva) e colora•‹o vermelho-escuro/roxo/azul-escuro.

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Gabarito: A

COVEST - BiomŽdico Ð UFPE - 2015


A tŽcnica de colora•‹o diferencial mais importante em bacteriologia Ž o
mŽtodo de Gram. Este mŽtodo explora o fato de cŽlulas com propriedades
diferentes apresentarem colora•‹o diferente. Assim, as bactŽrias podem se
comportar como Gram-positivas ou como Gram-negativas. Nesse contexto,
analise as afirmativas abaixo.
1) A camada de peptideoglicano Ž muito mais espessa nas bactŽrias Gram-
positivas, e essas bactŽrias podem possuir uma camada de ‡cido teicoico.
2) Os micro-organismos Gram-negativos possuem uma camada externa
composta de lipopolissacar’deos, lipoprote’nas e fosfolip’dios.
3) Apenas os micro-organismos Gram-positivos t•m uma membrana
externa contendo endotoxina (lipopolissacar’deo).
4) Os micro-organismos Gram-positivos e os Gram-negativos cont•m
peptideoglicano; contudo, nos primeiros, a parede Ž œnica e fina e nos
segundos a parede Ž mœltipla e espessa. Est‹o corretas, apenas:
A) 1 e 4.
B) 1 e 3.
C) 2 e 3.
D) 3 e 4.
E) 1 e 2.

Coment‡rio: ÒGram-positivas: A parede celular das bactŽrias gram-


positivas consiste de muitas camadas de peptideoglicano que formam
uma estrutura espessa e r’gida. AlŽm dos peptideoglicanos, a parede
celular das gram-positivas cont•m ‡cidos teic—icos, que consistem
basicamente em um ‡lcool (glicerol ou ribitol) e fosfato;
Gram-negativas: Em contraste, a parede celular das bactŽrias gram-
negativas contŽm somente uma camada fina de peptideoglicano, mas
apresentam uma membrana externa lip’dica que n‹o est‡ presente nas

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gram-positivas. E diferente das gram-positivas, na parede celular das


gram-negativas n‹o cont•m ‡cidos te—icos;Ó.

Gabarito: E

MAKIYAMA - BiomŽdico - Pref. Natal/RN - 2016


A respeito da colora•‹o bacteriana de Gram:
A) As bactŽrias que possuem a camada de lip’dios associados a
polissacar’deos n‹o s‹o coradas pela colora•‹o de Gram.
B) Escherichia coli e Staphylococcus aureus s‹o bactŽrias Gram-negativas.
C) BactŽrias Gram negativas s‹o aquelas que apresentam uma camada
lip’dica n‹o corada pelo corante devido ˆ afinidade entre a pigmenta•‹o e
a camada de fosfolip’deos.
D) As bactŽrias Gram-positivas t•m parede celular espessa e œnica de
peptidoglicanos, que, ao contato com a colora•‹o de Gram, adquire cor
pœrpura ou azul.

Coment‡rio: O que caracteriza as bactŽrias Ž a composi•‹o da parede


celular. ÒGram-positivas: A parede celular das bactŽrias gram-positivas
consiste de muitas camadas de peptideoglicano que formam uma
estrutura espessa e r’gida. AlŽm dos peptideoglicanos, a parede celular
das gram-positivas cont•m ‡cidos teic—icos, que consistem basicamente
em um ‡lcool (glicerol ou ribitol) e fosfato;Ó.

Gabarito: D

7.2 Colora•‹o de Ziehl-Neelsen

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Outro tipo de colora•‹o utilizada na pr‡tica cl’nica foi


desenvolvida pelo bacteriologista Franz Ziehl e pelo patologista
alem‹o Friedrich Carl Adolf Neelsen, em 1882. Eles se basearam nas
propriedades que alguns g•neros bacterianos apresentam de resistir
ao descoramento feito por uma solu•‹o ‡lcool-‡cido, que fazem
com que essas bactŽrias permane•am coradas de vermelho depois
de serem tratadas com fucsina. Chamamos essas bactŽrias de Bacilo-
çlcool-çcido-Resistente Ð BAAR). Elas se diferem das outras bactŽrias
que retŽm a cor do corante de fundo.

Procedimento da colora•‹o de Ziehl-Neelsen:


1.! Cobrir o esfrega•o com solu•‹o de fucsina de Ziehl e deixar agir
por 5-10min, aquecendo com chama branda, atŽ observar o
desprendimento de vapores.
2.! Lavar com ‡gua corrente e descorar com solu•‹o de ‡lcool-
‡cido clor’drico a 1%.
3.! Cobrir o esfrega•o com azul de metileno, por
aproximadamente 30 segundos.
4.! Lavar e deixar secar.
Esquema da colora•‹o de Ziehl-Neelsen

FAFIPA - Servi•o de Biomedicina - Pref. Londrina/PR - 2015

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Sobre o mŽtodo de Ziehl-Nielsen para bacterioscopia direta, pode-se


afirmar que:
(A) Esta metodologia categoriza as bactŽrias em ‡lcool-‡cido-resistentes e
n‹o ‡lcool-‡cido resistentes.
(B) O corante empregado Ž o Albert-Layborn, capaz de penetrar no interior
do Mycobacterium tuberculosis.
(C) ƒ sempre utilizada em associa•‹o com o mŽtodo de impregna•‹o em
prata.
(D) Deve ser confirmado por microscopia de campo escuro ou pelo mŽtodo
de tinta nanquim.
(E) Utiliza um corante que pode se tornar fluorescente na microscopia
—ptica.

Coment‡rio: ÒEles se basearam nas propriedades que alguns g•neros


bacterianos apresentam de resistir ao descoramento feito por uma
solu•‹o ‡lcool-‡cido, que fazem com que essas bactŽrias permane•am
coradas de vermelho depois de serem tratadas com fucsina. Chamamos
essas bactŽrias de Bacilo-çlcool-çcido-Resistente Ð BAAR)Ó.

Gabarito: A

Pronto! Estudamos os principais mŽtodos de colora•‹o


bacteriana! Ap—s o preparo da l‰mina, Ž s— analisar a l‰mina no
microsc—pio!

8. Provas de controle de qualidade:

Para manter um controle de qualidade dentro do laborat—rio


microbiol—gico, utilizamos algumas cepas padr‹o que indicaram se o meio
de cultura est‡ gerando os resultados esperados. Essas cepas apresentam
respostas conhecidas a uma sŽrie de provas laboratoriais. As principais

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cepas utilizadas s‹o ATCC (American Type Culture Collection). Alguns


exemplos de cepas utilizadas s‹o:

¥! E. coli ATCC 25922: Cepa n‹o produtora de beta-lactamase; Utilizada


para testes de sensibilidade para painŽis de gram-negativos;
¥! Klebsiella pneumoniae ATCC 13883: produz um grande nœmero de
provas positivas para controle de painŽis de gram-negativos;
¥! Pseudomonas aeruginosas ATCC 27853: s‹o cepas sens’veis aos
agentes anti-pseudomonas, utilizadas para testes de crescimento de
enterobactŽrias; ==0==

¥! Enterococcus fecalis ATCC 51299: cepas sens’veis ˆ ampicilina,


vancomicina e aminoglicos’deos de alto n’vel; utilizadas para testes
automatizados de identifica•‹o e sensibilidade para painŽis de gram-
positivos;
¥! Staphylococcus aureus ATCC 25927: cepas n‹o produtoras de beta-
lactamase para testes de identifica•‹o de Staphylococcus sp. e
Enterococcus sp.;

E assim, encerramos nossa primeira aula! Agora vamos colocar em


pr‡tica o que n—s aprendemos sobre o conteœdo. E aguardo voc•s na
nossa pr—xima aula!

9. Quest›es utilizadas na aula:

1) IDECAN Farmac•utico - Bioqu’mico - Pref. SimonŽsia/MG 2016


Sobre a tŽcnica de colora•‹o de Gram, assinale a alternativa correta.
A) Os micro-organismos s‹o expostos a uma colora•‹o a quente com
carbolfucsina concentrada por 5 minutos.
B) BactŽrias Gram-negativas n‹o perdem o corante violeta durante a
descolora•‹o e, por isso, adquirem colora•‹o rosa.

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C) BactŽrias Gram-positivas ret•m o corante violeta por resistirem ˆ


descolora•‹o e ficam coradas em azul escuro / roxo.
D) BactŽrias Gram-positivas perdem o corante violeta durante a
descolora•‹o e adquirem a colora•‹o azul escuro / roxo.

2) AOCP - BiomŽdico - EBSERH/HU-UFJF - 2015


Quais s‹o os principais componentes de um meio de cultura?
(A) Energia, oxig•nio, elastina e col‡geno.
(B) F—sforo, queratina, glœten e carbono.
(C) Fontes de carbono, a•œcares, nitrog•nio, f—sforo e sais minerais.
(D) Sais minerais, oxig•nio, elastina e carbono.
(E) Fontes de carbono, energia, col‡geno e elastina.

3) COTEC/UNIMONTES - BiomŽdico - Pref. Guaraciama/MG - 2016


Meio rico e n‹o seletivo, diferencial para a hem—lise, nele crescem a maioria
dos Gram negativo e Gram positivo, alŽm de fungos filamentosos (bolores)
e leveduras, exceto algumas espŽcies de hem—filos e outros fastidiosos. A
descri•‹o do quadro acima est‡ mais bem relacionada com qual meio de
cultura abaixo?
A) çgar chocolate.
B) çgar sangue.
C) çgar CLED.
D)çgar Sabouraud.

4) FUNCAB - BiomŽdico - Pref. An‡polis/GO - 2016


Durante a rotina bacteriol—gica, v‡rios meios podem ser utilizados
dependendo do tipo de microrganismo a ser pesquisado. Observe as
caracter’sticas a seguir:
I. Fornece fontes de nitrog•nio, carbono, enxofre e vitaminas.
II. Meio para cultivo de estreptococos, meningococos, penumococos,
enterobactŽrias, n‹o fermentadores, leveduras e fungos.

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III. ƒ um meio derivado de nutrientes de cŽrebro, cora•‹o peptona e


dextrose.
Essas caracter’sticas s‹o referentes a qual meio de cultura?
A) Caldo BHI
B) Caldo selenito
C) çgar CLED
D) çgar sangue
E) çgar Chocolate

5) CESPE - Perito Criminal - Ci•ncias Biol—gicas e Biomedicina - Pol’cia


Cient’fica/PE - 2016
Os mŽtodos de controle do crescimento microbiano visam inibir o
crescimento, reduzir ou eliminar popula•›es microbianas de determinado
ambiente. Considerando os mŽtodos de controle do crescimento microbiano
e as informa•›es sobre toxinas bacterianas na tabela apresentada, assinale
a op•‹o correta.
A) O tratamento com formalde’do, um mŽtodo de controle qu’mico, Ž eficaz
para eliminar o potencial t—xico de endotoxinas, mas n‹o reduz a toxicidade
de exotoxinas.
B) A esteriliza•‹o por autoclavagem e por filtra•‹o s‹o metodologias
eficientes para eliminar os riscos de toxinas em solu•›es injet‡veis, como
medicamentos endovenosos.
C) Exotoxinas presentes em bactŽrias gram-positivas dos g•neros Bacillus
e Clostridium s‹o problemas em contamina•›es de alimentos enlatados
porque n‹o s‹o inativadas nos processos de pasteuriza•‹o.
D) A resist•ncia ao calor das endotoxinas Ž atribu’da principalmente a suas
propriedades pirog•nicas.
E) MŽtodos de controle f’sicos baseados em calor podem lisar bactŽrias
liberando endotoxinas, endotoxinas essas que, por serem resistentes ao
calor, constituem risco potencial, mesmo em l’quidos esterilizados em
autoclaves.

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6) COVEST - BiomŽdico Ð UFPE - 2015


Um estagi‡rio do laborat—rio de Microbiologia Cl’nica recebeu uma l‰mina
contendo esfrega•o de Escherichia coli e uma l‰mina contendo esfrega•o
de Staphylococcus aureus para serem coradas pela colora•‹o de Gram
(cristal violeta, lugol, ‡lcool, fucsina dilu’da). Ap—s fixar os esfrega•os pelo
calor, o estagi‡rio realizou a colora•‹o, porŽm inverteu a ordem da
utiliza•‹o dos corantes (fucsina, ‡lcool dilu’do, cristal violeta, lugol). Qual
foi o resultado da colora•‹o observado ao microsc—pio para E. coli e S.
aureus, respectivamente?
A) Bacilos vermelho claros e cocos vermelho-escuros.
B) Bacilos vermelho-claros e bacilos violeta-escuros.
C) Bacilos e cocos vermelho-claros.
D) Bacilos e cocos violeta-escuros.
E) Cocos vermelho-claros e cocos violeta-escuros.

7) COVEST - BiomŽdico Ð UFPE - 2015


A tŽcnica de colora•‹o diferencial mais importante em bacteriologia Ž o
mŽtodo de Gram. Este mŽtodo explora o fato de cŽlulas com propriedades
diferentes apresentarem colora•‹o diferente. Assim, as bactŽrias podem se
comportar como Gram-positivas ou como Gram-negativas. Nesse contexto,
analise as afirmativas abaixo.
1) A camada de peptideoglicano Ž muito mais espessa nas bactŽrias Gram-
positivas, e essas bactŽrias podem possuir uma camada de ‡cido teicoico.
2) Os micro-organismos Gram-negativos possuem uma camada externa
composta de lipopolissacar’deos, lipoprote’nas e fosfolip’dios.
3) Apenas os micro-organismos Gram-positivos t•m uma membrana
externa contendo endotoxina (lipopolissacar’deo).
4) Os micro-organismos Gram-positivos e os Gram-negativos cont•m
peptideoglicano; contudo, nos primeiros, a parede Ž œnica e fina e nos
segundos a parede Ž mœltipla e espessa. Est‹o corretas, apenas:
A) 1 e 4.
B) 1 e 3.

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C) 2 e 3.
D) 3 e 4.
E) 1 e 2.

8) AOCP - BiomŽdico - EBSERH/HC-UFG - 2015


ÒAs bactŽrias s‹o classificadas de acordo com sua morfologia, estrutura,
atividade metab—lica e fatores ambientais necess‡rios ˆ sobreviv•nciaÓ
(ARAòJO et al, 2010). Em rela•‹o ˆs bactŽrias, Ž correto afirmar que
(A) as bactŽrias gram-negativas possuem espessa camada que Ž
firmemente aderida ˆ carioteca de sua pr—pria cŽlula.
(B) certos organismos gram-positivos e gramnegativos podem apresentar
tambŽm uma c‡psula, ou camada de glicoc‡lice, internamente ˆ parede
celular. Essa c‡psula torna a bactŽria vulner‡vel ˆ fagocitose por
mon—citos, podendo dificultar sua fixa•‹o tecidos do hospedeiro.
(C) os organismos gram-positivos s‹o assim denominados devido ˆs
caracter’sticas de colora•‹o pr—prias da sua fin’ssima camada externa de
peptidoglicano, alŽm disso, esses micro-organismos possuem amplo
complexo de Golgi e mitoc™ndrias em seu interior.
(D) as bactŽrias s‹o classificadas em Gram-positivas ou Gram-negativas
em fun•‹o da diferen•a na arquitetura da parede celular. A parede celular
Gram-positiva consiste de uma camada espessa de peptidoglicano (~30
nm), enquanto a parede celular da Gram-negativa apresenta camada mais
fina de peptidoglicano (~10nm) e sua estrutura e composi•‹o da
membrana mais complexas.
(E) bactŽrias como as microbactŽrias t•m glicolip’deos mœltiplos que lhes
conferem uma apar•ncia de bolor, acarretando desvantagens biol—gicas,
impedindo a infec•‹o ao hospedeiro.

9)!UFT/COPESE-!BiomŽdico - Pref. Guara’/TO-!2016


ÒA Gr‹-Bretanha e a çsia est‹o enfrentando um surto de escarlatina que
intriga especialistas. De acordo com a Autoridade de Saœde Pœblica da
Inglaterra (PHE, na sigla em ingl•s), em 2015, foram registrados 17.586

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casos da infec•‹o no pa’s Ð o nœmero s— n‹o ultrapassa os registros de


1967, com 19.305 notifica•›es. A escarlatina Ž uma infec•‹o bacteriana,
causada por estreptococos do grupo A, que atinge principalmente crian•as
com idades entre 5 e 12 anos.Ó Fonte: Adaptado de VEJA.com/Divulga•‹o
(21/03/2016). Referente ˆs caracter’sticas das bactŽrias, Ž CORRETO
afirmar que:
(A) A diferencia•‹o entre as bactŽrias Ž realizada exclusivamente pelas
suas caracter’sticas morfol—gicas.
(B) Os aspectos microsc—picos, incluindo o tamanho, forma e os arranjos
dos organismos (cocos, bastonetes, curvos ou espiralados), determinam a
capacidade das bactŽrias de resistir a certos antibi—ticos.
(C) Colora•‹o de Gram Ž um teste r‡pido que permite aos cl’nicos a
diferencia•‹o entre as duas mais importantes classes de bactŽrias.
(D) As bactŽrias Gram negativas t•m a camada de peptidoglicano espessa
contendo ‡cido teicoico e ‡cidos lipoteicoicos.

10) UEPB - BiomŽdico - Pref. CatolŽ do Rocha/PB - 2015


A seguran•a no material de laborat—rio e mŽdico-hospitalar fica a cargo dos
processos de esteriliza•‹o e desinfec•‹o destes materiais,
cabendo aos profissionais de saœde habilitados promover o controle da
prolifera•‹o de microrganismos atravŽs do uso de variadas tŽcnicas.
Analise as assertivas abaixo e marque a alternativa ERRADA:
a) Os compostos qu’micos empregados para matar microrganismos na
superf’cie da pele e nas membranas mucosas s‹o denominados
antissŽpticos.
b) A esteriliza•‹o Ž a elimina•‹o ou remo•‹o de todos os microrganismos,
inclusive as formas altamente resistentes, que s‹o os esporos
bacterianos.
c) A desinfec•‹o consiste na morte de muitos microrganismos, mas n‹o de
todos. Para uma desinfec•‹o adequada, os pat—genos devem
ser mortos, apesar de alguns organismos, alŽm de esporos bacterianos,
poderem sobreviver ao processo.

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d) A esteriliza•‹o realizada pela autoclavagem consiste na exposi•‹o do


material a ser esterilizado ao vapor de 121 ¼C, sob press‹o de 1
ATM, por 5 minutos.
e) O coeficiente fen—lico Ž a raz‹o entre concentra•‹o de fenol e
concentra•‹o do agente requerida para proporcionar a mesma taxa de
morte nas condi•›es padr‹o do teste.

11) Sobre os procedimentos laboratoriais de controle de qualidade, Ž


INCORRETO afirmar que:
(A) Desinfec•‹o consiste no processo f’sico ou qu’mico que destr—i todas as
formas de vida microbiana, ou seja, bactŽrias nas formas vegetativas e
esporuladas, fungos e v’rus.
(B) A fase prŽ-anal’tica se inicia com a solicita•‹o da an‡lise, passando pela
obten•‹o da amostra e finda ao se iniciar a an‡lise propriamente dita.
(C) A fase anal’tica consiste do conjunto de opera•›es, com descri•‹o
espec’fica, utilizada na realiza•‹o das an‡lises de acordo com determinado
mŽtodo.
(D) A fase p—s-anal’tica se inicia ap—s a obten•‹o de resultados v‡lidos das
an‡lises e finda com a emiss‹o do laudo, para a interpreta•‹o pelo
solicitante.
(E) A garantia da qualidade Ž o conjunto de atividades planejadas,
sistematizadas e implementadas, com o objetivo de cumprir os requisitos
da qualidade especificados.

12) FAFIPA - Servi•o de Biomedicina - Pref. Londrina/PR - 2015


A coleta de materiais biol—gicos para exames de microbiologia deve seguir
as seguintes recomenda•›es:
(A) Identificar o material do paciente adequadamente.
(B) Informar dificuldades que possam ocorrer durante a coleta, como
material insuficiente para an‡lise adequada.
(C) Informar sobre o uso de antimicrobianos prŽvios ˆ coleta do material
pelo paciente.

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(D) No geral, os procedimentos de coleta seguem protocolos espec’ficos


que facilitam o cultivo dos micro-organismos suspeitos, de acordo com o
s’tio a ser investigado.
(E) Todas est‹o corretas.

13) AOCP - BiomŽdico - EBSERH/HE-UFSCAR - 2015


O uso do hipoclorito de s—dio no laborat—rio Ž necess‡rio. Sobre o assunto,
assinale a alternativa INCORRETA.
(A) O hipoclorito de s—dio Ž um oxidante poderoso.
(B) O hipoclorito de s—dio pode ser usado para desinfec•‹o de objetos ou
superf’cies de metal.
(C) O uso de hipoclorito de s—dio para a desinfec•‹o de um local
contaminado com sangue, urina e fezes Ž recomendado em uma
concentra•‹o de 0,5%.
(D) Para descontaminar vidrarias (pipetas, bal›es, tubos, etc.), utiliza-se
hipoclorito de s—dio a 2% por 24 horas em recipiente com tampa, de
paredes r’gidas e resistente ˆ autoclava•‹o.
(E) N‹o se deve utilizar hipoclorito de s—dio para descontaminar pin•as.

14) FAFIPA - Servi•o de Biomedicina - Pref. Londrina/PR - 2015


Sobre o mŽtodo de Ziehl-Nielsen para bacterioscopia direta, pode-se
afirmar que:
(A) Esta metodologia categoriza as bactŽrias em ‡lcool-‡cido-resistentes e
n‹o ‡lcool-‡cido resistentes.
(B) O corante empregado Ž o Albert-Layborn, capaz de penetrar no interior
do Mycobacterium tuberculosis.
(C) ƒ sempre utilizada em associa•‹o com o mŽtodo de impregna•‹o em
prata.
(D) Deve ser confirmado por microscopia de campo escuro ou pelo mŽtodo
de tinta nanquim.
(E) Utiliza um corante que pode se tornar fluorescente na microscopia
—ptica.

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15) FAFIPA - Servi•o de Biomedicina - Pref. Londrina/PR - 2015


O ‡gar Mueller-Hinton Ž o meio de escolha para realiza•‹o dos testes de
sensibilidade a antimicrobianos, pois:
(A) Demonstra reprodutibilidade reduzida entre os diferentes lotes nos
testes de sensibilidade.
(B) Permite crescimento satisfat—rio dos pat—genos n‹o fastidiosos.
(C) Existe falta de dados e experi•ncia relativos a testes de sensibilidade
realizados com esse meio.
(D) Apresenta elevado custo.
(E) Nunca apresenta contamina•›es ex—genas.

16) MAKIYAMA - BiomŽdico - Pref. Natal/RN - 2016


A respeito da colora•‹o bacteriana de Gram:
A) As bactŽrias que possuem a camada de lip’dios associados a
polissacar’deos n‹o s‹o coradas pela colora•‹o de Gram.
B) Escherichia coli e Staphylococcus aureus s‹o bactŽrias Gram-negativas.
C) BactŽrias Gram negativas s‹o aquelas que apresentam uma camada
lip’dica n‹o corada pelo corante devido ˆ afinidade entre a pigmenta•‹o e
a camada de fosfolip’deos.
D) As bactŽrias Gram-positivas t•m parede celular espessa e œnica de
peptidoglicanos, que, ao contato com a colora•‹o de Gram, adquire cor
pœrpura ou azul.

11. Gabarito:

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Microbiologia
Teoria,e,exercícios,comentados,
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1) C 2) C 3) B
4) A 5) E 6) A
7) E 8) D 9) C
10) D 11) A 12) E
13) B 14) A 15) B
16) D

REFERæNCIAS:

DAVIS, B. D. ; DULBECCO, R. Microbiologia de Davis – Fisiologia e GenŽtica


Bacterianas. Vol I. 2 a ed., S‹o Paulo: Harbra do Brasil, 1979. 421 p.

DUNLAP; MADIGAN; MARTINKO. Microbiologia de Brock . 12» Ed. Editora:


Artmed. 2010

LUIZ B. TRABULSI e FLçVIO ALTERTHUM. Microbiologia. 5 ed. Atheneu,


2009

MURRAY, PR. et al. Microbiologia MŽdica. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,


2006. 992 p.

TORTORA, G. J. ; FUNKE, B. R. ; CASE, C. L. Microbiologia. 8. ed. Porto


Alegre.

Manual de microbiologia cl’nica para o Controle de infec•‹o em servi•os


hospitalares Ð ANVISA, dispon’vel em
<www.anvisa.gov.br/servicossaude/manuais/microbiologia.asp>.

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