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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA

2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS


Processo Nº. : 0118145-41.2016.8.05.0001

Classe : RECURSO INOMINADO


Recorrente(s) : ANALU GISELE DE JESUS DAS MERCES BORGES

Recorrido(s) : BANCO BRADESCARD S A ADMINISTRADORA DE


CARTOES DE CREDITO

Origem : 2ª VSJE DO CONSUMIDOR (VESPERTINO


Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

VOTO- E M E N T A

RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. NEGATIVAÇÃO INDEVIDA.


ALEGAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA. AUSÊNCIA
DE CONTRATAÇÃO. RÉU QUE NÃO JUNTA AOS AUTOS
INSTRUMENTO CONTRATUAL, NEM ELEMENTOS INDICATIVOS DA
REGULAR AVENÇA. (ART.373, INCISO I DO CPC). COBRANÇA
INDEVIDA. INSCRIÇÃO DO NOME DA PARTE AUTORA NOS
CADASTROS DE PROTEÇÃO DE CRÉDITO. INAPLICABALIDADE DA
SÚMULA 385 DO STJ. APONTAMENTOS ANTERIORES QUE FORAM
OBJETOS DE DISCUSSÃO JUDICIAL DANO MORAL IN RE IPSA.
HIPÓTESE DE PULVERIZAÇÃO DE DEMANDAS. QUANTUM A SER
ARBITRADO. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA.

1. Trata-se de recurso inominado interposto contra sentença que julgou


parcialmente procedente a ação , declarou a inexigibilidade da dívida que fora
objeto de negativação e julgou improcedente o pedido indenizatório por danos
morais em razão da aplicação da súmula 385 do STJ.
2. Alega a recorrente que tivera o seu nome negativado nos órgãos de
proteção ao crédito em virtude de dívida que desconhece, sustentando portanto a
inexistência de relação jurídica com a parte ré. Fundamenta o recurso alegando
que ajuizara ações contra ad demais inscrições que constam de seu cadastro, o
que afastaria a aplicação da referida súmula, pugnando pela procedência do
pedido indenizatório.
3. A despeito das alegações da acionada sobre a legalidade da anotação
realizada, não apresenta documentação que corrobore suas alegações. Com
efeito, tendo a parte autora alegado que não firmara o contrato em tela, incumbia à
parte ré não somente a prova acera da existência da relação jurídica, através da
juntada do instrumento contratual com a assinatura da parte autora, como também
de que a inclusão do seu nome ocorrera em virtude de dívida regularmente
constituída, o que todavia não fora feito na hipótese.
4. A parte autora, por sua vez, colaciona aos autos consulta do órgão de
proteção ao crédito no evento 01, em que consta o apontamento indevido, por
solicitação da demandada, desincumbindo-se assim do ônus de provar o fato
constitutivo de seu direito , nos termos do art.373, inciso I do NCPC. É
cediço na jurisprudência pátria que a negativação do nome do consumidor
nos cadastros de proteção ao crédito por cobrança indevida gera dano moral
in re ipsa, que prescinde de comprovação.
1. . Insta ressaltar que, em que pese a existência de apontamentos
anteriores no cadastro de proteção ao crédito no nome da parte autora, todos
os apontamentos mais antigos foram objeto de discussão judicial, tendo sido
ajuizadas ações discutindo a legitimidade de cada um deles, conforme
consulta realizada ao sistema projudi, o que afasta a aplicação da súmula 385
do STJ.
5. No tocante à fixação do quantum , dada a pulverização de
demandas, tendo a parte acionante ajuizado diversas ações contra os demais
fornecedores que solicitaram a sua inscrição nos órgãos de proteção ao
crédito, bem como considerando que existem outras restrições que apesar de
posteriores, não há prova cabal de suas ilegitimidades, tais variáveis devem
ser levadas em conta para que haja o correto dimensionamento do mesmo,
em consonância com a jurisprudência que vem sendo aplicada para casos
semelhantes.

6. ISTO POSTO, voto no sentido de CONHECER e DAR PROVIMENTO AO


RECURSO INTERPOSTO, para condenar o réu em R$ 2.000,00 ( dois mil reais) a
título de danos morais, corrigidos desde a data do arbitramento, nos termos da
súmula 362 do STJ e juros de mora desde o evento danoso, nos termos da súmula
54 do STJ, mantendo no mais a sentença objurgada pelos seus próprios
fundamentos. Sem custas processuais e honorários advocatícios pelo êxito
da parte no recurso.

.
Salvador, Sala das Sessões, 13 de Abril de 2017.
BELA. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
Juíza Relatora
BELA CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ
Juíza Presidente
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA

2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Processo Nº. : 0118145-41.2016.8.05.0001

Classe : RECURSO INOMINADO


Recorrente(s) : ANALU GISELE DE JESUS DAS MERCES BORGES

Recorrido(s) : BANCO BRADESCARD S A ADMINISTRADORA DE


CARTOES DE CREDITO

Origem : 2ª VSJE DO CONSUMIDOR (VESPERTINO


Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

ACÓRDÃO
Acordam as Senhoras Juízas da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais
Cíveis e Criminais do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, CÉLIA MARIA
CARDOZO DOS REIS QUEIROZ –Presidente, MARIA AUXILIADORA SOBRAL
LEITE – Relatora e ALBÊNIO LIMA DA SILVA HONÓRIO, em proferir a seguinte
decisão: RECURSO CONHECIDO E PROVIDO . UNÂNIME, de acordo com a ata do
julgamento. Sem custas processuais e honorários advocatícios pelo êxito da parte
no recurso.
Salvador, Sala das Sessões, 13 de Abril de 2017.
BELA. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
Juíza Relatora
BELA CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ
Juíza Presidente

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