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Domótica:a casa do futuro jápresente Dezembro/2016

Domótica:a casa do futuro jápresente


Michelle Umbelino Miranda Oliveira–miumbe@gmail.com
Pós-Graduação em Iluminação e Design de Interiores
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Belo Horizonte, MG, 01 de março de 2016

Resumo
Este artigo apresenta a automação residencial como alternativa de bem-estar, conforto e
segurança alinhados à eficiência energética eà máxima utilização dos recursos naturais.
Mostra como o uso da automação pode ajudar a solucionar o problema da falta de
segurança, sem deixar a questão da eficiência energética, do conforto e da comodidade em
segundo plano.Exibe os tipos de protocolos de automação existentes, as funções, os
benefícios e as aplicações da domótica e ainda apresenta um panorama atual desse
segmento. Demonstra, com um pré-projeto de automação e o cálculo das cargas de um
ambiente, como o uso da automação proporciona eficiência energética. Conclui que embora
aautomação residencial já tenha se tornado uma realidade, essa tecnologia ainda não possui
grande disseminação e usodevido a alguns obstáculos ainda existentes e que muito em breve
deixará de ser um símbolo de status e modernidade para se tornar sinônimo de conforto,
bem-estar, segurança e fator de economia, se tornando uma necessidade vital.

Palavras-chave: Domótica. Automação residencial. Iluminação residencial. Segurança.


Conforto.Eficiência energética.

1. Introdução
Uma casa hoje não tem mais apenas a função de proteger o homem das intempéries do meio
ambiente, ela deve ser capaz de se adaptar às diferentes necessidades que o indivíduo requer
em sua contínua evolução.
Quem poderia imaginar que a casa inteligente se tornaria uma realidade?Realidade essa que
está virando quase uma necessidade. O que na década de 1960 se sonhava, a casa do futuro,
hoje se torna completamente possível e natural.Um exemplo de que este assunto já fazia parte
do imaginário das pessoasdesta época é o desenho animado “Os Jetsons”. O desenho que
ficou no ar, primeiramente, em 1962 e 1963 e depois retornou de 1984 a 1987, conta a história
de uma família no futuro, onde a casa era toda automatizada, inclusive os empregados, que no
caso era a robô Rose.
No início do século XX o conceito de casa automatizada já era utilizado como um sonho de
consumo ou um ideal para as donas de casa que gostariam de se verem livres das árduas
tarefas domésticas.
A automação residencial hoje já é uma realidade, mas, embora o mercado ofereça opções para
diversos tipos de consumidores, disponibilizando desde opções mais simples, com preços

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acessíveis, até soluções mais sofisticadas, com custos mais elevados, essa tecnologia ainda
não possui grande disseminação e uso.
Automatizar uma residência significa oferecer aos seus usuários maior conforto, segurança,
bem-estare ainda resulta em eficiência energética.
Este artigo foi desenvolvido através de vasta pesquisa em livros, revistas, internet, artigos,
teses e dissertações. Ele tem como objetivo demonstrar como a domótica proporciona,através
da interação do usuário com os sistemas, bem-estar, conforto, segurança, eficiência
energéticae a máxima utilização dos recursos naturais, além de mostrar como a iluminação se
desenvolveu nesta questão.

2. Um pouco de história
Automação é um “Sistema automático pelo qual os mecanismos controlam seu próprio
funcionamento, quase sem a interferência do homem” (FERREIRA, 2008, p. 155).Não se tem
ao certo uma data precisa para o seu surgimento.
Segundo Teza (2002, p.24), “Automatização é o processo pelo qual utiliza-se dispositivos
automáticos, eletrônicos e inteligentes para dar-se a automação dos processos em
questão”.Ainda segundo o autor, se considerarmos como automação tudo o que auxilia o ser
humano em suas tarefas diárias, não teremos uma data como marco do início desse processo.
Um exemplo seriam as rodas d’água, com as primeiras evidências de sua utilização na Grécia
antiga em 240 a.C.
Já para Miyagi, Barretto e Silva (s.d., p.1), apenas no século XVIII,foram encontrados os
primeiros registros de uma máquina automática e somente a partir de 1960 é que surgem os
primeiros circuitos de controle eletrônico sem contato físico.
Angel e Fraigi (1993, p. 12) narram em seu trabalho que depois da Segunda Guerra Mundial,
no final dos anos 60, o problema habitacional,é traduzido na exigência de um mínimo de
qualidade nas residências commelhores condições de saneamento básico, higiene, iluminação
e ventilação das instalações, entre outras. A partir dos anos 70, o conceito de residênciaé
transformado e as condições do espaço são compreendidas como uma necessidade social.
Sendo assim, em meados desta década, a qualidade arquitetônica do habitat desenvolve-
seconsideravelmente, transformando a relação da arquitetura com a cidade. Paralelamente,
grandes esforços são dirigidos para os meios e condições de construção, sob o ponto de vista
econômico e técnico. No início dos anos 80 surge a necessidade de reduzir o consumo
energético, surgindo assim, equipamentos e sistemas com altodesempenho energético, que
além de gerarem economia também oferecem mais conforto aos usuários.
Para Neves (2002, p. 11), foi no final dos anos 70 que surgiram os primeiros sistemas de
edifícios controlados eletronicamente – ventilação e condicionamento de ar. E apenas nos
anos 80, nos EUA, é que surgiu o conceito de “smart building” ou edifício inteligente e a
automação dos sistemas de segurança e iluminação. A autora define um edifício inteligente
como “aquele que utiliza a tecnologia para diminuir os custos operacionais, eliminar os
desperdícios e criar uma infraestrutura adequada para aumentar a produtividade dos usuários”.

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A automação residencial foi baseada na industrial, mas devido ao fato de que o custo de
implantação inicialmente era muito elevado e a escala de produção reduzida, primeiramente
foi dada maior prioridade ao que traria retorno imediato -a indústria. Em seguida vieramo
comércio, os edifícios comerciais para finalmente chegarem aos edifícios residenciais e às
residências propriamente ditas.
A domótica surgiupara controlar a iluminação, as condições climáticas, a segurança e fazer a
interligação entre os três elementos.
Na iluminação, desde os primórdios da civilização quando o fogo era usado como fonte de
luz, já existia,de certa forma, a preocupação com o seu controle. Quando surge a luz elétrica,
no final do século XIX, o controle da luz passa a ser definido por um botão de liga-desliga.
De acordo com Galhart (2012), a partir de 1890, surge oprimeiro tipo de dimer ou dispositivo
eletromecânicoutilizado para o controle de intensidade da corrente elétrica dos instrumentos
de iluminação, que se tornouineficiente e perigoso, pela produção de cloro gasoso.Ainda
segundo o autor, no início do século XX surgem os primeiros equipamentos redutores de
corrente elétrica. A partir de 1960, segundo Engdahl (1997-2000), surgem os primeiros
dimers eletrônicos e somente a partir de 1970 é que eles ficam disponíveis para o mercado.
Hoje, o controle da luz pode ser feito à distância, com um toque na tela do telefone ou ainda
automaticamente com a programação de um sistema inteligente.

3. A domótica
O termo domótica surgiu da junção da palavra domus (casa em latim) com a palavra robótica
(controle automatizado de algo). Também conhecida como automação residencial ou
automação doméstica, é uma tecnologia recente responsável pela gestão dos recursos
habitacionais e representa o que vem sendo chamado de smart home ou residência inteligente,
casa automática, casa inteligente e tambémretrofitting.
Esta tecnologia não tem limites precisos e estáveis, é o resultado da concentração de três
dimensões que estão em contínua evolução: tecnológica, social e econômica. Tecnológica por
se basear em sistemas eletrônicos. Social por buscar melhor qualidade de vida, comunicação,
conforto e segurança para os seus usuários. Econômica porque a inserção nas residências dos
equipamentos abre um enorme mercado de consumo.
Devido a esta convergência, a domótica se torna uma tecnologia interdisciplinar, pois ao
integrar várias tecnologias à residência, automaticamente são agrupados conhecimentos e
competências de diferentes disciplinas e profissionais.
Prudente (2011, p. 1) defende que “A automação predial e residencial, em poucas palavras,
pretende identificar todas aquelas tecnologias que permitem tornar automática uma série de
operações no interior de um prédio ou habitação”.
De acordo com Angel e Fraigi (1993, p. 14), os norte-americanos, os japoneses e os europeus
não chegaram a um conceito único para tal tecnologia. Para os norte-americanos é usada
principalmente por razões econômicas e de organização. Os japoneses buscam informatizar
tudo que é possível. Os europeus, além dos objetivos econômicos e técnicos, priorizam as
questões ecológicas, de saúde e de bem-estar dos usuários. Para as autoras, a domótica
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permite aos seus usuários uma maior qualidade de vida, redução do trabalho doméstico,
aumento do bem-estar e da segurança dos seus habitantes e ainda racionalização dos
diferentes consumos. E, para elas, uma residência será considerada domótica, se contemplar
serviços avançados, através de sistemas integrados e interativos, que proporcionem melhor
qualidade de vida.
Inicialmente vista como uma tecnologia do futuro, é uma realidade vivida por cada vez mais
pessoas. Deixa de ser um símbolo de status e modernidade para se tornar sinônimo de
conforto, bem-estar, segurança e, num futuro bem próximo, se tornará uma necessidade vital e
fator de economia.
Na busca incessante do homem pela comodidade com sofisticação, os sistemas inteligentes
trazem para dentro das casas:

 Segurança: relacionada à qualidade do ar; à prevenção de acidentes físicos e


materiais; à assistência a saúde; à segurança antintrusos.
 Conforto: térmico; acústico; visual; olfativo; espacial.
 Comodidade:ao facilitar as atividades do dia a dia como: dormir, alimentar,
comunicar, divertir, trabalhar, viajar e a manutenção dos locais e dos materiais.
Estes três importantes itens são fundamentais para a vida das pessoas e para tanto a:

Automação Residencial promove a integração e racionalização dos diversos


sistemas existentes em uma residência, relacionados à comunicação, transmissão de
dados, iluminação, climatização, segurança, áudio e vídeo, irrigação de jardim,
aspiração central, gerando como benefícios: economia, conforto e segurança.
Possibilita ainda uma flexibilidade muito grande com relação à múltipla função de
uma simples tomada, que pode ser para telefone e num momento seguinte funcionar
como ponto de rede, sem a necessidade de passar novos cabos (AURESIDE, 2005).

Segundo Messias (2007, p. 3):

Uma edificação “inteligente” deve promover aos usuários conforto, segurança e


sobretudo economia, tanto em custos diretos (água, luz, telefone etc), quanto em
custos indiretos, tais como manutenção e operação, além de possuir na sua
concepção todos os estudos de questões ambientais, sustentabilidade,
aproveitamento de recursos e de tecnologias de forma eficiente.

Nesse sentido, Bolzani (2004, p.73) diz que “Uma casa inteligente deve, além de prover o
conforto tecnológico, prover mecanismos de máxima utilização dos recursos ambientais”.
Para o autor, a casa inteligente deve possuir mecanismos de troca de materiais líquidos e
sólidos com o meio ambiente através do controle e gerenciamento de água potável e gás
(controle de vazão, pressão e temperatura), do aproveitamento de águas pluviais (lavagem de
quintal, carro, uso em caso de incêndio, descargas de banheiros e resfriamento de sistemas de
ar condicionado), de detecção de vazamentos (através de sensores), de tratamento de esgoto
(remoção, transferência e tratamento) e ainda de coleta seletiva e reciclagem do lixo. “Em

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uma casa inteligente qualquer tipo de recurso deve ser muito bem aproveitado reutilizando-o
várias vezes antes do descarte” (BOLZANI, 2004, p. 73).
Para José Cândido Forti, presidente, em 2006, da Associação Brasileira de Automação
Residencial:
Transformar casas emconfortáveis refúgios capazes de oferecer segurança e
economia de custos é uma dasvantagens da automação residencial. O que antes
parecia ser um privilégio apenas dafamília Jetson, começa a se difundir nos
empreendimentos residenciais de alto nível,transformando o conceito de casa do
futuro em casa do presente (AURESIDEapud TEZA, 2002, p. 23).

Diferentemente da automação comercial ou predial que adota um usuário padrão, ou seja, um


modelo básico para o desenvolvimento de sistemas, a automação residencial deve ser
desenvolvida para cada usuário pois:
O usuário interage e interfere no sistema o tempo todo. Deste modo, tudo deve ser
orientado a ele, daí a necessidade do integrador de participar de todos os processos
de execução da obra junto aos arquitetos e engenheiros, buscando a melhor solução.
Outra grande diferença está no fato do sistema empregado ser comandado e
modificado por pessoas sem conhecimentos técnicos. Donas de casa, crianças,
idosos e deficientes físicos devem controlar e alterar as programações sem que
precisem acessar complexos softwares de gerenciamento (BOLZANI, 2004, p. 61).

Para José Roberto Muratori, membro fundador e diretor executivo da Associação Brasileira
de Automação Residencial, o segredo para um projeto bem-sucedido de automação
residencial é humanizá-lo, isto é, o projeto deverá corresponder exatamente ao que é dele
esperado por seus usuários, transmitindo confiabilidade e privilegiando o uso intuitivo dos
equipamentos utilizados.
Desta forma, surge uma grande preocupação: a implantação de toda a estrutura necessária
para a instalação de um sistema de Automação Residencial deve ser pensada desde a
construção do imóvel ou de sua reforma para que se reduza ou extinga as obras para
adaptação do sistema. Mesmo quando não se possui os recursos necessários para implantação
imediata do sistema pode-se incluir no projeto pontos de controle e acesso para uma futura
automação. A importância da compatibilização dos projetos e dos profissionais se faz cada
vez mais necessária. Uma boa comunicação entre o construtor, os arquitetos, designers de
interiores, instaladores e proprietários é a chave para o sucesso de uma boa instalação e
aplicação de Automação Residencial.
Atualmente podem ser definidos três níveis ou tipos de interação dos sistemas de automação
residencial onde a complexidade está ligada ao grau deautomatização dos sistemas e a
intensidade ao qual o usuário terá que interagir com o sistema:
 Sistemas Autônomosou stand-alone, onde um subsistema ou um dispositivo
específico pode ser ligado ou desligado de acordo com um ajuste pré-definido
que são tratados independentemente, sem que dois dispositivos tenham relação
um com o outro. São baseados em módulos ligados à rede elétrica. São
compostos por módulos transmissores (teclados de mesa ou parede) e

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receptores (ligados ao aparelho que será controlado). Para este sistema,


geralmente é utilizado o protocolo com tecnologia conhecida com X-10 que
por não ser muito estável não há como saber se a tarefa foi realizada.
 Integração de Sistemas, onde um único controlador (uma central) integra os
múltiplos subsistemas com a limitação de que cada subsistema só funciona de
acordo com as pretensões do seu fabricante. Esta integração permite vários
benefícios aos usuários garantindo-lhes máxima eficiência no aproveitamento
dos recursos utilizados. Permite o acionamento de luminárias ou
eletrodomésticos à distância e também a programação de horários para
operações automaticamente. Normalmente é feito o uso de equipamento como
smartphones e tablets como centrais para maior comodidade dos usuários.
 Residência Inteligente, onde tudo é personalizado para atender às
necessidades do usuário. Todos os profissionais envolvidos no projeto
juntamente com o usuário definirão o uso do produto. Sendo assim, o sistema
deixa de ser um controlador remoto e torna-se um gerenciador. Os sistemas
residenciais inteligentes dependem de comunicação de mão-dupla e
realimentação de status entre todos os subsistemas para um bom
desempenho.Necessita de cabeamento estruturado com caixa de distribuição
centralizada,quadro de luz e quadro de conectividade para abrigar
equipamentos de emissão de sinais como voz, dados, TV à cabo e por satélite,
internet, etc.
Um bom sistema de automação, segundo Zanon (s.d.), deve unir 10 importantes requisitos:
 Interoperabilidade: O sistema deve ser capaz de interagir com diversos
aparelhos e recursos eletrônicos de forma correta;
 Acesso remoto: O sistema deve ser capaz de mudar as configurações de
maneira fácil e rápida, para que quando o morador estiver fora de casa, ele possa
se comunicar remotamente com seu sistema de automação, podendo assim, à
distância, alterar as configurações de luz, energia e temperatura, a partir de seu
laptop, celular ou tablet. Além de também, permitir que o instalador ajuste o
sistema sem ter que ir até o local, diminuindo assim os custos com manutenção;
 Capacidade de expansão: incorporação de novos produtos ou ampliação para
mais áreas da casa;
 Atualizações: O fabricante deve oferecer atualizações constantes do software e
o instalador deve ser capaz de entendê-las e aplicá-las;
 Interfaces variadas: Devem existir várias formas de se controlar os sistemas
eletrônicos: apertando botões num controle remoto ou num painel de parede, em
telas touchscreen ou ainda de um celular;
 O teste do tempo:Devem ser instalados por profissionais confiáveis e com
experiência, por empresas que dão suporte e idôneas e ser de marcas largamente
utilizadas e confiáveis;

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 Rede credenciada: Redes de revendedores e instaladores certificados, aos quais


ofereçam treinamento e suporte técnico;
 Economia de energia: o sistema deve possuir sistema liga e desliga, botão
master off; dimerização e fotocélulapara detecção de luz natural;
 Proteção de rede: Sistema de automação com backup apropriado, para que não
perca a programação;
 Projeto sob medida:A automação só é benéfica quando se ajusta ao estilo de
vida do usuário. Os projetos devem ser customizados com sistemas dedicados.
Existem duascategorias de automação:sem fio e com cabeamento.
A rede sem fio é a mais utilizada hoje devido ao seu menor custo de implantação e também
por ser mais fácil quando a residência já está pronta e em uso, pois evita obras para adaptação
do sistema. Mas também é utilizada em residências em construção quando o usuário assim
desejar.
A rede com cabeamento é mais utilizada em construções partindo do zero, em fase ainda de
projeto, e é idealizada em conjunto com arquitetos, designers e integradores. Seu custo é um
pouco mais elevado. Também é utilizada em residências que estão em reforma ou que
pretendem trocar toda a parte elétrica. O projeto de automação com cabeamento pode ser
centralizado ou descentralizado. No projeto centralizado os cabos de acionamentos devem ser
levados para um quadro de automação e nesse caso ocabeamento pode ter dois tipos de
topologia: barramento – onde os cabos são passados pelas paredes da residência – ou estrela –
onde os cabos são passados pelo forro. Já no projeto descentralizado os sistemas são
distribuídos ou stand-alone, onde os cabos são levados para um controlador específico.
Figura 1 – Rede com cabeamento centralizado: 1. Barramento e 2. Estrela.

1. 2.
Fonte: Zanon (s.d., notas de aula)
Figura 2 – Rede com cabeamento descentralizado

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Fonte: Zanon (s.d., notas de aula)

Porém, apenas fazer a conexão dos equipamentos através de cabos não garante o
funcionamento correto de uma rede. “Protocolos, distribuição de tarefas, características de
conectores, cabos, placas e tudo o que envolve um sistema como este deve ser planejado”
(BOLZANI, 2004, p. 7).

3.1. Protocolos de automação


De acordo com Zanon (s.d.), existem 3 tipos de protocolos de automação:Powerline, Sem-fio
e Híbrido.

 Protocolo de automação powerline


Voltado especificamente para residências, é baseado na tecnologia Power Line
Communication ou somente PLC, que utiliza a própria rede elétrica para fazer transmissão
dos comandos ou pacote de dados. Essa tecnologia surgiu da necessidade de controlar a
iluminação e eletrodomésticosem diversos pontos, sem a necessidade de outro cabeamento e
acaba viabilizando os projetos de retrofitting.
Sua ampla utilização como rede de acesso é comprometida devido ao alto nível de ruídos e a
perda significativa de sinal PLC ao longo dos cabos e transformadores. Porém, a aplicação
desta tecnologia torna-se bastante viável em um ambiente doméstico onde o ruído pode ser
controlado e as distâncias dos cabos não são tão grandes.
Bolzani (2004, p. 141) destaca alguns benefícios deste sistema:

 Alta velocidade em transmissão de dados em qualquer tomada da casa.


 Conexão com a internet.
 Compatibilidade através de gateways com outras relevantes soluções de rede.
 Compatibilidade com o sitema telefônico.
 Gerenciamento central de todos os dispositivos.
 Instalação rápida e segura.
 Sem cabeamento adicional.

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Alguns exemplos de protocolos de automação powerline:


 X-10:protocolo de comando remoto projetado para comunicação entre
transmissores e receptores X-10, através da fiação elétrica de uma residência.
Comandos como liga/desliga e dimerização são enviados pelos transmissores
aos receptores. Cada receptor possui identificação própria que responde apenas
aos comandos enviados a ele.
 UPB (Universal Powerline Bus):O UPB foi desenvolvido como alternativa ao
X-10, porém com maior velocidade da transmissão dos dados e melhor
confiabilidade da rede. Funciona através do envio de pulsos de 40 volts na rede
elétrica, numa região onde o ruído é menor.
 Home Plug:Devido às limitações de pontos de acesso que outrossistemas
possuem, a HomePlug Powerline Alliance, um grupo de pesquisas que tem
estudado esse problema desde 2000, lançou o HomePlug 1.0, que permite
velocidades de até 14Mbps, como tecnologia padrão para redes powerline e,
posteriormente, desenvolveu o HomeplugAV, com velocidade de 200 Mbps,
com capacidade de transmitir conteúdo multimídia e HDTV através da rede
elétrica. Sendo assim, taxas de comunicação mais altas são disponíveis nas redes
de transmissão, que oferecem um meio melhor, por operarem com tensões mais
altas, o que permite sinais mais fortes.

 Protocolo de automação sem fio


As tecnologias sem fio, por serem extremamente flexíveis, já estão sendo amplamente
utilizadas em residências. Baseadas em rádio frequência, já possuem muitos sistemas com
grande capacidade de adaptação à mudança de topografia e, com alcances variando de 20 a 30
metros. Com a instalação de antenas, esse alcance pode atingir mais de 500 metros.
O maior problema no uso de rede sem fio é a questão da segurança. O sinal pode ser captado
por um vizinho, aumentando assim a chance da rede ser invadida. Para garantir a segurança
da rede existem vários sistemas que podem ser implementados. Vale salientar que nenhum
sistema é 100% seguro e que o grau de segurança alcançado depende da habilidade do
integrador. Para Bolzani (2004) “Implantar uma rede wireless sem os devidos cuidados de
segurança é o mesmo que que ligar o cabo da residência inteligente no laptop de um hacker”.
Alguns exemplos de protocolos de automação sem fio são:
 ZigBee: Solução de baixo custo e consumo, pode ser utilizado em projetos
comerciais, residenciais e industriais. Segundo Mizusaki (2009), uma rede
Zigbee pode ser muito adequada para uma residência porque permite a
instalação de sensores e controladores por toda a casa aumentando assim, a
inteligência do controle.
 Z-wave:Protocolo muito parecido com o Zigbee, possui uma taxa de
distribuição menor, porém apresenta menor custo. É de fácilinstalação, bastante
confiável, além de apresentar baixo consumo de energia.

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 Infravermelho:Possui uma taxa de transmissão relativamente grande, mas um


alcance muito pequeno para ser utilizado como meio de transmissão em um
sistema de automação residencial. É mais comum em sistemas ponto a ponto ou
ponto a multipontos de curta distância. Constitui-se de um sistema simples e de
baixo custo e seu sinal é facilmente obstruído por qualquer objeto que se
interponha entre o transmissor e o receptor.

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 Protocolo de automação híbrido


Trata-se de um protocolo de sistemas que utilizam mais de um meio físico para comunicação
entre as cargas. Segundo Zanon (s.d.) os principais meios para esta comunicação são: cabos
de pares trançados,a rede elétrica e radiofrequência.
Alguns exemplos de protocolos de automação híbrido são:
 CEBus (Consumer Eletronics Bus):Segundo Prudente (2011), foi criado para
padronizar a utilização e industrialização de produtos de comunicação
infravermelha evitando assim incompatibilidades e interferências.Utiliza como
meios físicos de transmissão cabos coaxiais, cabos de pares trançados, cabosde
fibras óticas, cabos para áudio e vídeo, rede elétrica, radiofrequência e
infravermelho. Caracteriza-se por sua alta flexibilidade e modularidade, porém
não foi muito difundido devido a sua complexidade e o seu alto custo.
 Insteon:Desenvolvido parasuceder o X-10, é baseado na construção de uma
rede de malha, que foi criado a partir da combinação das tecnologias Powerline
e radiofrequência.Todos os dispositivos podem transmitir, receber ou repetir
mensagens, fazendo assim uma comunicação ponto-a-ponto sem a necessidade
de um controlador principal. Para Mizusaki (2009), trata-se de um protocolo
extremamente eficiente que resolve grande parte dos problemas de
conectividade da rede elétrica vistos no X-10 e no UPB e também possui uma
arquitetura eficaz de comunicação que interliga todos os aparelhos possuindo,
aparentemente, as melhores qualidades do UPB e do Z-wave. Ainda segundo
Mizusaki (2009), o Insteon também possui uma banda de comunicação muito
baixa, o que o torna ineficaz para transmissão de dados, mas, sua resistência à
interferência causada por sinais wi-fi, por se basear na comunicação PLC e por
ser retro-compatível, faz com que tenha grande aprovação no mercado.
 LonWorks: Considerada por Bolzani (2004) a principal solução de automação
residencial, refere-se a um sistema aberto com arquitetura distribuída onde não
existe um controlador central. “Dispositivos inteligentes situados em pontos
chamados de nós se comunicam entre si usando um protocolo comum, o
LonTalk” (BOLZANI, 2004, p.180).Estes dispositivos garantem que mensagens
não sejam perdidas o que é muito comum em redes com roteamento. Utiliza
como meio físico de transmissão cabos de pares trançados, cabos coaxiais, cabos
telefônicos, rede elétrica, fibra-óticas, infravermelho e radiofrequência.

Mizusaki (2009, p. 79-80) faz um comparativo entre os mecanismos de comunicação para a


casa inteligente:

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Tabela 1 –Tabela comparativa dos resultados

Fonte: Mizusaki (2009)

3.2. Funções da domótica


Angel e Fraigi (1993, p. 14) destacam três funções da domótica segundo o tipo de "serviço" a
que se dirigem:

3.2.1. Função de gestão

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Esta função tem por objetivo automatizar certo número de ações sistemáticas. As
automatizações se realizam segundo: uma programação, um controle dos consumos e uma
manutenção. As ações sistemáticas dessa função se relacionam principalmente com o
conforto.
 Gestão da iluminação: adequá-la às necessidades de cada usuário de acordo
com sua idade, capacidade físico-motora e o uso dos espaços ao longo do dia.
Também é responsável pela otimização do uso e dos custos de eletricidade.
 Gestão da calefação, ventilação e ar condicionado: aumenta o conforto
doméstico e otimiza o consumo de energia.
 Gestão da qualidade do ar:controle da umidade e identificação de gases
contaminados.
 Gestão da funcionalidade dos espaços:deve tender a aumentar a
produtividade e a segurança dos usuários (com o uso da ergonomia); empregar
todos os recursos de forma mais eficiente; projetar os edifícios de modo
flexível para poder se adequar facilmente a eventuais mudanças das
necessidades de uso.

3.2.2. Função de controle-comando


Esta funçãofornece ao usuário o estado de funcionamentoda residência e das instalações que a
integram além de poder induzir comandos corretivos. Tem por objetivo atuar sobre os
dispositivos de regulagem das instalações, com a finalidade de que as tarefas programadas
sejam respeitadas.
 Controle técnico: auxilia o usuário a tornar mais confiável o uso de
equipamentos, dispositivos e instalações, e alcançar um programa de
manutenção preventiva que permite, além de outras coisas, programar as
despesas.
 Segurança – teletransmissão:considera a segurança dos bens e das pessoas
em relação aos riscos externos e internos, voluntários e involuntários. Os riscos
devem ser cobertos por um rigoroso processo que vai desde a detecção por
dispositivos confiáveis até a ação por alarme e teletransmissão aos serviços
especializados para verificação ou intervenção.
 Assistência – saúde:trata-se de controle e acompanhamento da evolução de
certos casos por centros médicos via internet. Podendo resolver desvantagens
reais de alguns setores da população - incapacidades temporárias e
permanentes, os idosos, etc.

3.2.3. Função de comunicação


Esta funçãotrata de desenvolver sistemas, que pela padronização, podem se comunicar entre si
por intermédio de redes auxiliares. Serviços e aplicativos de comunicação proporcionam a

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troca de mensagens, entre indivíduos e entre indivíduos e equipamentos dentro da própria


residência e da residência com seu exterior.
 Comunicação – controle:a partir de técnicas de controle e com os sinais
digitais, dispositivos diferentes podem se comunicar uns com os outros, seja
para trocar sinais de vídeo, áudio, texto ou comandos.
 Comunicação – propagação:aconcentração em um único controle remoto de
todos os dispositivos traz uma vantagem em relação à multiplicidade de
controles remotos. A facilidadede gestão gerada pela concentração em um
único controle remoto e a possibilidade de usar receptores a partir de
dispositivos múltiplos geram maior conforto.
 Comunicação – serviços:os serviços dentro da residência. Home-office,
ensino à distância, manutenção por acesso remoto, entre outros.

3.3. Benefícios da domótica


Segundo a AURESIDE, a domótica, quando bem integrada às residências, pode trazer
inúmeros benefícios para os seus usuários:
 Economia de energia: a energia apenas será usada quando e onde for
necessária. Controlar o aquecimento, o ar condicionado, a iluminação, os
equipamentos eletrônicos, fará com que se diminua os gatos com eletricidade.
 Conveniência: a interação do usuário com o sistema pode ser feita à distância.
Programar a temperatura do ambiente antes de chegar em casa, controlar a
intensidade da luz ou a altura do som por umaparelho sem sair do lugar.
 Segurança: o sistema pode ser programado para quando os moradores
estiverem ausentes, fazer com que a residência pareça estar ocupada. Os
sistemas de circuito fechado de TV (CFTV) podem ser conectados ao sistema
de automação residencial fazendo com que de qualquer aparelho de TV da casa
se consiga visualizar as câmeras de segurança e ainda consiga acompanhar o
dia-dia de uma babá com uma criança do aparelho celular quando estiver no
trabalho. O sistema também pode, auxiliado por sensores, detectar fuga de gás,
inundações, princípio de incêndio, cortando imediatamente as entradas e
emitindo aviso.
 Economia de tempo e esforço: apagar ou acender as luzes sentada no sofá da
sala, programar a irrigação do jardim, programar para o som da TV ou do
ambiente abaixar quando o telefone ou a campainha tocar.
 Conforto: ajustar a temperatura do ambiente, da piscina, da banheira. Ajustar a
iluminação com o fechamento de cortinas e dimerização da intensidade da luz.
 Acessibilidade: podem ser acionados por comando de voz ou portouch pad
(chaves de toque), o que facilita a vida de pessoas com necessidades especiais.

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 Facilidade de comunicação: comunicações mais fluidas e velozes, tanto


escrita como faladas e por imagem.
 Apelo comercial: residências que possuem tecnologia de automação tem
maior procura para compra reduzindo assim o ciclo da venda e agregando
maior valor ao imóvel, além do lado da sustentabilidade que hoje também é de
grande importância na hora da escolha na compra.

3.4. Aplicações da domótica


A domótica utiliza vários elementos, que normalmente são independentes, de uma forma
sistêmica. Une as vantagens dos meios eletrônicos aos informáticos, obtendo uma utilização e
uma gestão integrada dos diversos equipamentos de uma casa. A domótica, como toda nova
tecnologia, sofre modificações diariamente. Um produto lançado hoje, amanhã já pode ser
considerado como defasado.
Com a utilização da automação atividades do dia a dia podem ser programadas:
 A abertura e o fechamento de portas, janelas, cortinas e persianas;
 Irrigação de jardins;
 Funcionamento de bombas de piscinas;
 Acionamento e desligamento de aparelhos eletrônicos e de luzes;
 Simulação de presença, quando em viagem;
 Controle de temperatura;
 Home care;
 Limpeza de ambientes etc.
Os principais sistemas de Automação Residencial que estão em evidência e estão
efetivamente sendo estudados e utilizados são:
 Segurança: alarmes, monitoramento, circuito fechado de TV e controle de
acesso;
 Entretenimento: home theater, áudio e vídeo distribuídos e TV por assinatura;
 Controle de iluminação;
 Home Office: telefonia e redes;
 Ar condicionado e aquecimento;
 Portas e cortinas automáticas;
 Utilidades: bombas e limpeza de piscinas, controle de sauna, irrigação
automática e aspiração central a vácuo;
 Infraestrutura: cabeamento dedicado, cabeamento estruturado, painéis e

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quadros de distribuição;
 Controladores e centrais de automação;
 Softwares de controle e integração.
Uma pesquisa realizada em novembro de 2015 pela AURESIDE com 100 integradores,
apontou que os sistemas mais solicitados pelos clientes são: controle de iluminação, sistema
de câmeras,home theater, redes sem fio, aplicativos para smartphones, cortinas motorizadas e
fechaduras biométricas.

4. O controle da iluminação
A iluminação é um item fundamental para trazer conforto e segurança para o dia a dia das
pessoas. Em um ambiente doméstico ela pode ser planejada de modo a atender às
necessidades e desejos de seus moradores, o que não acontece em um ambiente aberto ao
público, onde normas devem ser seguidas para se garantir a segurança, em caso de falta de
energia, das pessoas que frequentam tal local.
A iluminação de uma residência pode ser simples ou complexa de acordo com a necessidade
de cada cliente. A complexidade é maior se o cliente desejar pontos de comandos futuros. Por
isso é muito importante um bom entendimento das necessidades dos moradores antes do
início da obra, para que se evitem gastos e quebra-quebra desnecessários no futuro. O controle
da iluminação engloba tanto a luz natural como a luz elétrica. Este controle deve permitir de
maneira fácil, rápida e prática o ajuste individual da intensidade da luz em determinado
ambiente de acordo com o estado de espírito do morador e também com a atividade que será
desenvolvida naquele momento.
A qualidade da iluminação engloba não somente o seu nível, mas também a sua distribuição,
a sua cor, a reprodução da cor da luz, a ausência de ofuscamento e o seu controle.
O primeiro passo para se conseguir uma boa iluminação é fazer a análise do ambiente a ser
iluminado. De que ambiente se trata e para que será o seu uso, são os principais pontos para se
iniciar um estudo. Após este levantamento, parte-se para o cálculo luminotécnico, respeitando
o layout proposto para o ambiente. A iluminação de cada ambiente deve ser bem definida de
acordo com o seu uso para que não seja inadequada, resultando em desconforto para o usuário
e gastos energéticos desnecessários.
O controle da iluminação de uma residência através da automação traz conforto, segurança e
ainda economia de energia. “As luzes acendem-se e apagam-se segundo horários previstos e
programados conforme a estação do ano, a hora, a luminosidade mínima, o tipo de ambiente,
a previsão de horas de ocupação, etc” (BOLZANI, 2004, p.80).
Com os sistemas inteligentes podem ser criadas diversas cenas para um mesmo ambiente, de
acordo com o uso do momento. Diferentes iluminâncias podem ser usadas em diferentes
ocasiões. Em uma sala, por exemplo, podem ser criadas diferentes cenas: para uma festa, para
relaxamento com o uso do home theater, para estudo ou simplesmente para passagem.

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Além da criação de cenas, os sistemas inteligentes podem valorizar os espaços construídos,


auxiliar na composição de layouts através da utilização de luz e sombra, simular presença em
uma residência em caso de viagem e ainda gerenciar todo o sistema apontando problemas ou
prevendo possíveis danos.
Uma iluminação controlada por sensores de presença pode ser uma maneira de se conseguir
economia de energia. Um bom projeto luminotécnico proporciona um melhor aproveitamento
da luz ambiente e também economia energética por normalmente utilizar dimerizadores e
lâmpadas mais econômicas como as fluorescentes e principalmente os LED’s.
O controle da iluminação através da automação permite conseguir grande economia de
energia pois:
 O nível da iluminação no espaço (iluminância) pode ser ajustado de acordo com
a necessidade do usuário;
 Os sensores de presença percebem se o ambiente está ocupado ou desocupado;
 Utiliza a luz natural quando ela está disponível.
Para melhor ilustrar como a automação, especificamente o controle da iluminação, pode
resultar em grande economia de energia, foi feito um pré-projeto com um estudo inicial de
automação, onde foi demonstrado com uma comparação de um mesmo ambiente com e sem o
uso da automação (Apêndice A), os benefícios que podem ser alcançados.
Supondo-se que sem o uso da automação a iluminação é acionada de maneira aleatória, sem
nenhuma preocupação com a criação de cenas e consequentemente sem o uso de dimers, no
ambiente estudado teremos uma carga total de 1340 watts ao se acionar todas as lâmpadas
simultaneamente (Apêndice B). Isso quer dizer que se o morador acionar todas as lâmpadas
ao mesmo tempo durante 8 horas por dia, em 30 dias ele terá consumido um total de 321,6
Kwh, o que atualmente, de acordo com a tabela de tarifas da CEMIG (R$0,55474 x
1,42857142857 = R$0,80/kWh) daria um gasto total de R$257,28 (Apêndice C).
Já com o uso da automação, com a criação de cenas de acordo com a necessidade do morador
(Apêndice D), ele irá acionar as lâmpadas de acordo com o uso do momento. Supondo que
normalmente, durante a semana, utiliza o ambiente apenas para convivência diária com a
família, acionando a cena 5 ele estará utilizando uma carga de apenas 114 watts. Isso durante
8 horas por dia, 5 dias por semana totalizando 22 dias no mês, terá o consumo de 20,07 kWh.
Aos sábados, encontro com amigos, acionando a cena 8, 8 horas por dia, 4 dias no mês, terá o
consumo de 25,22 kWh e, aos domingos, cinema em família, acionando a cena 7, 4 horas por
dia, 4 dias por mês, terá o consumo de 1,33 kWh e acionando a cena 6, 4 horas por dia, 4 dias
por mês, terá o consumo de 5,54 kWh. Chegamos então a um consumo mensal de 52,15 kWh
o que atualmente daria um gasto total de apenas R$41,72, o que equivale a 16,2% do valor
gasto quando sem automação, ou seja, uma economia de 83,8% de energia elétrica.

5. A domótica na atualidade
Calça (2014) traçou em seu trabalho o perfil dos consumidores de automação residencial no
brasil:
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1. Entusiastas: Os também conhecidos como nerds, são atraídos por todos os tipos
de inovação e abrem mão de outras coisas para poder adquirir tal tecnologia.
Homens e mulheres fazem parte desse grupo;
2. Visionários: Conhecem e consomem os produtos assim que eles são lançados
experimentalmente no mercado, antes mesmo de terem sua eficiência comprovada.
Buscam por aparelhos que proporcionem mobilidade e entretenimento;
3. Metropolitanos: Apresentam certa queda por eletrônicos, mas querem soluções
simples que resolvam os desafios da vida urbana. E por isso, só adquirem uma nova
tecnologia após terem certeza de que ela funciona;
4. Heróis do lar: Nesse grupo encontram-se os casais jovens que buscam mais
segurança para sua família, mais conforto e acessibilidade aos parentes idosos,
manuseio mais simples do controle da TV, etc.;
5. Críticos: Não é um grupo fanático por tecnologia, mas podem implantá-la quando
é de fácil manuseio;
6. Sonhadores: Sentem-se deslocados das novidades como leds, wireless, tablets e
outros nomes que costumam confundir. Gostariam que o tempo voltasse ao passado,
onde tudo era mais simples, e só compram algo novo após algum tempo do seu
lançamento;
7. Conservadores e Céticos: Esse grupo é o mais tradicional, e sentem-se
desconfortáveis com tantas mudanças, e se compram algo, é de uma década atrás, e
ainda pedem ajuda no manuseio, pois não fazem ideia da tecnologia que existe
naquele aparelho que acabaram de adquirir.

O avanço extremamente rápido das tecnologias mais recentes envolvidas com a automação
residencial e predial tem enfraquecido um pouco o planejamento estratégico do setor. A falta
desse planejamento reflete no panorama atual onde tudo indica que não houve tempo ou
condições de se estabelecer um caminho e o resultado é que vemos centenas de empresas
atirando para todo lado, querendo ser a pioneira, sem nem saber exatamente do que.
O custo do desenvolvimento de produtos tecnológicos tem caído e com isso empresas
pequenas e ágeis vem entregando novos produtos a cada dia, favorecendo assim esse rápido
desenvolvimento do setor.
Segundo pesquisa feita por Wootton (2016), a internet das coisas (IoT) poderá ser uma
realidade na vida das pessoas em 2016. Mas, segundo matéria publicada no site da Aureside
em dezembro de 2015, enquanto os gadgets e wearables conectados já estão espalhados no
mercado de massa, os dispositivos domésticos inteligentescontinuam a se expandir em ritmo
mais lento. A popularização da casa inteligente só deverá ocorrer se alguns obstáculos forem
superados. O principal obstáculo é a fragmentação do ecossistema tecnológico da casa
inteligente. Os dispositivos de uma casa inteligente devem conversar entre si, mas não é o que
realmente acontece. Hoje os dispositivos são controlados separadamente através de vários
aplicativos móveis ou controles remotos o que torna o uso muito confuso. Esse obstáculo
acaba se tornando um empecilho para o crescimento deste mercado tão promissor, fazendo
com que o seu aumento quase exponencial dependa da capacidade dos dispositivos de
interagirem neste ecossistema.
A pesquisa realizada pela Aureside em novembro de 2015, já citada anteriormente, mostrou
que o nível de negócios no ano de 2015 em relação a 2014, entre os clientes do grupo de
integradores entrevistado, foi igual ou superior para 72% e apenas 28% registraram queda nos
negócios neste período.
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A Revista LUMIERE apresenta na edição de janeiro desse ano uma entrevista concedida a
Luciana Freitas por José Roberto Muratori, ondeaponta que o mercado global de automação
residencial teve um valor estimado de 5,77 bilhões de dólares em 2014 e que esses números
devem chegar a 12,81 bilhões de dólares até 2020. Esses números diferem do que foi previsto
em uma matéria publicada no site veja.com no dia 1 de setembro de 2014,que previa que o
mercado da automação residencial atingiria um faturamento de 50 bilhões de dólares até o
final de 2014 e que esse volume de negócios dobrará até 2018. Isso demonstra que apesar do
grande crescimento do setor, ele está caminhando a passos mais lentos do que foi previsto.
Recentemente publicada no site da Aureside, uma pesquisa mostra um comparativo entre o
total de residências e residências com automação em 6 países – Estados Unidos, Alemanha,
Reino Unido, Espanha, França e Brasil – onde mostra que do total de 63 milhões de
residências brasileiras, apenas 300 mil, ou seja, menos de 0,5%, possuem algum tipo de
automação e que 1,9 milhões, ou seja, 3% são residências em potencial:

Gráfico 1 – Mercado de automação residencial em 2015 - Comparativo

Fonte: AURESIDE - http://www.aureside.org.br/_pdf/potencial_2015.pdf

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Tabela 2 – Mercado de automação residencial em 2015 - Comparativo

Fonte: AURESIDE - http://www.aureside.org.br/_pdf/potencial_2015.pdf

Uma outra pesquisa, publicada em janeiro de 2016, também no site da Aureside, mostra que a
teoria de que a casa inteligente dominaria o mercado nos Estados Unidos até 2020, pode ser
antecipada. Segundo a pesquisa que entrevistou mais de 4000 norte americanos, 45% de todos
os americanos querem adotar tecnologia própria para a casa inteligente ou planejam investir
nisto em 2016.Esta pesquisa também mostrou:
 Entretenimento é o caminho de entrada para a tecnologia de casa inteligente.
 O mais popular tipo de tecnologia de casa inteligente que as pessoas já
possuem: entretenimento inteligente, como SmarTVs e sistemas de som ambiente
(44 por cento das pessoas com a tecnologia de casa inteligente).
 Os próximos mais populares tipos de tecnologia de casa inteligente que as
pessoas atualmente têm instalados em sua casa incluem a segurança inteligente (31
por cento) e controle de climatização (30 por cento).
 A maioria dos americanos acha que uma casa pode ser considerada
"inteligente" se tem segurança inteligente, temperatura, iluminação e prevenção de
acidentes.
 Quando perguntado sobre o que precisa ter uma casa para que possa ser
considerada "inteligente", as melhores opções são a segurança (por exemplo,
fechaduras e sistemas de alarme - 63 por cento), temperatura (por exemplo,
termostatos - 63 por cento), iluminação (por exemplo,controle de iluminação - 58
por cento) e de prevenção (por exemplo, incêndio / detectores de monóxido de
carbono e gás - 56 por cento).
 Mais de três quartos (76 por cento) dos americanos pensam que ter apenas
uma categoria de tecnologia inteligente em sua casa não é suficiente para que possa
ser considerada inteligente.
 Tecnologia de casa inteligente não é mais apenas para os jovens e ricos.
 As gerações mais velhas estão adotando certos tipos de tecnologia de casa
inteligente mais rápido do que os mais jovens. Por exemplo, 40 por cento das

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pessoas com mais de 65 anos possuem estas soluções atualmente com produtos de
temperatura inteligentes, em comparação com apenas 25 por cento dos Millennials
(idades 18 a 34).
 Comprar produtos casa inteligente é em uma palavra - viciante.
 Setenta (70) por cento das pessoas com a tecnologia em sua casa inteligente
disse que sua primeira compra para a casa inteligente tornou-os mais propensos a
comprar outros itens (AURESIDE, 2016).

6. Conclusão
Embora a domótica ou automação residencial já tenha se tornado uma realidade, essa
tecnologia ainda não possui grande disseminação e uso devido a alguns obstáculos ainda
existentes. Um dos principais obstáculos seria o valor de implantação. As pessoas ainda não
se deram conta de que o seu custo caiu bastante e que este se paga a curto prazo com a
economia energética gerada, como foi observado no estudo apresentado. Outro obstáculo, a
falta de comunicação entre os dispositivos existentes, este sim é o maior a ser
superado.Enquanto todos os dispositivos não conversarem entre si, tornando o seu uso menos
confuso e mais atrativo, os usuários não se interessarão pela tecnologia.O setor ainda é uma
grande incógnita. Muitas são as previsões de crescimento apresentadas e algumas muito
diferentes entre si. O que se sabe é que muito em breve, a domótica deixará de ser um símbolo
de status e modernidade para se tornar sinônimo de conforto, bem-estar, segurança e fator de
economia, se tornando uma necessidade vital para os seus usuários. Um bom projeto de
automação, elaborado em conjunto pelos vários profissionais envolvidos na obra e de acordo
com as necessidades dos moradores da residência, trará como resultado grande economia
energética, pois assim a energia somente será utilizada onde e quando for necessária, além de
também proporcionar umamáxima utilização dos recursos naturais.

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Apêndice A– Planta

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Apêndice B – Resumo de Cargas

Apêndice C – Memorial de Cálculos

 Cálculo das cargas do ambiente:


 Sem automação: 321,6kWh = R$257,28

1340 W x 8horas/dia x 30 dias : 1000 = 321,6 kWh


321,6 kWh x R$0,80 = R$257,28

 Com automação na hipótese de uso levantada e de acordo com o pré-projeto:


52,15 kWh = R$41,72

Cena 5 = 114W x 8horas/dia x 22 dias : 1000 = 20,06 kWh

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20,06 kWh x R$0,80 = R$16,05


Cena 6 = 346,4W x 4horas/dia x 4 dias : 1000 = 5,54 kWh
5,54kWh x R$0,80 = R$4,43
Cena 7 = 112W x 4horas/dia x 4 dias : 1000 = 1,33 kWh
1,33kWh x R$0,80 = R$1,06
Cena 8 = 788W x 8horas/dia x 4 dias : 1000 = 25,22 kWh
25,22 kWh x R$0,80 = R$20,18

Consumo total das cenas: 20,06 kWh + 25,22 kWh + 5,54kWh + 1,33kWh = 52,15 kWh

Valor em reais dos consumos das cenas: R$16,05 + R$20,18 + R$4,43 + R$1,06 = R$41,72

 Comparativo entre o valor total encontrado no ambiente sem automação com o


valor total encontrado no ambiente com automação:

Considerando que R$257,28 corresponda a 100% do valor em reais do consumo obtido no


projeto sem automação, R$41,72 obtido no projeto com automação equivale a 16,2% do
primeiro valor encontrado.

R$257,28 -- 100%
257,28X = 4.172 X = 16,2 %
R$41,72-- X

Calculando pelo consumo encontraremos o mesmo resultado: 321,6 kWh corresponde a 100%
do consumo obtido no projeto sem automação, 52,15 kWh obtido no projeto com automação
equivale a 16,2% de consumo sobre o primeiro valor encontrado, ou seja, o consumo integral
de 321,6 kWh.
321,6 kWh -- 100%
321,6X = 5.215 X = 16,2 %
52,15 kWh -- X

 Cálculo das cargas das cenas:

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Domótica:a casa do futuro jápresente Dezembro/2016
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CENA 1 – 268W + 14W + 140W = 422W


CENA 2 – 70W + 70W + 21W + 14W + 140 = 315 a 50% = 157,5W
CENA 3 – 21W + 140W = 161W a 50% = 80,5W
CENA 4 – [268W + 290W + 220W a 70%] + [140W a 50%] = 233,4 + 70 = 303,4W
CENA 5 – 28W + 14W + 36W + 36W = 114W
CENA 6 – [268W + 70W + 70W a 70%] + 12W + 35W + 23W + 140W + 14W = 122,4 +
224 = 346,4W
CENA 7 – [70W + 70W a 70%] + 140 a 50% = 42W + 70W = 112W
CENA 8 – [268W + 290W + 220W a 50%] + 42W + 28W + 70W + 70W + 21W + 14W +
14W + 12W + 35W + 36W + 36W + 14W + 7W = 389W + 399W = 788W

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Apêndice D – Cenas criadas para o ambiente

CENA 1 – Z1, Z10, Z16, AC ligar no verão ou L ligar no inverno


CENA 2 – Z6, Z7, Z8, Z9, Z16 (todas a 50%)
CENA 3 – Z8, Z16 (todas a 50%)
CENA 4 – Z1 (70%), Z2 (70%), Z3 (70%), Z16 (50%)
CENA 5 – Z5, Z10, Z13, Z14, IC1 e IC2 abrir
CENA 6 – Z1 (70%), Z6 (70%), Z7(70%), Z11, Z12, Z15, Z16, Z17, IC1 e IC2 fechar, AC
ligar no verão ou L ligar no inverno
CENA 7 – Z6 (70%), Z7 (70%), Z16 (50%), IC1 e IC2 fechar, IAC ligar no verão ou IL
ligar no inverno
CENA 8 – Z1 (50%), Z2 (50%), Z3 (50%), Z4, Z5, Z6, Z7, Z8, Z9, Z10, Z11, Z12, Z13, Z14,
Z17, Z18, IC1 e IC2 abrir
CENA 9 – MASTER OFF

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