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Aula 1
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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico
Conversa inicial
Durante muito tempo, a contabilidade foi vista apenas como um sistema
de informações tributárias, mas atualmente, com o mercado altamente
competitivo, ela também é vista como um instrumento gerencial que auxilia os
gestores no processo de gestão, planejamento, execução e controle, bem como
no processo de tomada de decisão.
Desse modo, o profissional contábil passou a ter mais destaque e
importância dentro das organizações e, por consequência, na sociedade. A partir
desta constatação, iremos apresentar nesta aula, alguns tópicos como:
A contabilidade e o contador;
Contextualizando
A crescente exigência no mercado de trabalho por indivíduos que buscam
constantemente aprimorar sua formação tem fomentado debates acerca das
futuras perspectivas profissionais nas mais diversas áreas do conhecimento.
Os profissionais da área contábil são exemplos dos que precisam estar
sempre atualizados em sua profissão, uma vez que a contabilidade, na condição
de ciência social, sofre alterações na medida em que o ambiente no qual ela atua
se modifica. Neste entendimento, sabe-se que as mudanças políticas,
econômicas e sociais alteram o comportamento da sociedade, que reflete sobre
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a contabilidade, a qual deve responder adequada e tempestivamente às
demandas advindas destas transformações.
Os fatores relacionados à globalização e às inovações em Tecnologia da
Informação tem influenciado diretamente a atuação do contador e o seu mercado
de trabalho. Desta forma, os profissionais interessados em sobreviver no
mercado precisam aprimorar constantemente suas competências e adquirir
novas habilidades e conhecimentos. Veja quais características precisam ser
buscadas pelo profissional contábil atual.
Habilidades de comunicação;
Habilidades computacionais;
Habilidades analíticas;
Habilidades intelectuais;
Qualidades pessoais;
Pensamento crítico.
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Tema 1: A Contabilidade e o Contador
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O campo de aplicação da ciência contábil são as aziendas (termo italiano
que significa “fazenda”), isto é, entidades que possuem patrimônio sob o controle
de uma administração. Essas unidades econômico-administrativas podem
apresentar-se por duas figuras: pessoas físicas e pessoa jurídica.
Pessoas físicas, em que uma pessoa natural é considerada,
individualmente, passível de direitos e obrigações;
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controle. No tocante às técnicas contábeis, também denominadas ramos de
atuação do contador, há quatro bifurcações: escrituração, demonstrações
financeiras, auditoria e análise das demonstrações contábeis. Mais adiante, cada
uma delas serão explicadas detalhadamente.
Nesse cenário, emerge a figura do contador cujo papel é de suma
relevância para as entidades enquanto responsável pelos registros das
mutações patrimoniais. Por determinação do Art. 1179 do Código Civil, no Brasil,
“o empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de
contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus
livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar
anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico”. O referido
comando legal ainda preconiza a escrituração como competência de um
contabilista legalmente habilitado - bacharéis em Ciências Contábeis registrados
no conselho de classe regional (DECRETO-LEI nº 9.295/1946).
O contador pode desempenhar suas atividades em sociedades anônimas
ou sociedades limitadas. Entenda melhor cada uma delas.
As sociedades anônimas têm o capital composto por ações cujos
proprietários são denominados acionistas, com responsabilidade
limitada ao valor subscrito. Essa sociedade empresária tem como
principal documento e legislação regulatória o estatuto social e a Lei
nº 6.404/1976 (Lei das SA’s).
Cabe ressaltar que todas as informações emitidas pelo contador têm fé-
pública. Sendo assim, o compromisso desse profissional é fornecer informações
úteis, que estão obrigatoriamente vinculadas às características qualitativas
fundamentais e de melhoria da informação contábil-financeira. Nessas
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condições, o contador deve cuidar para que as informações sejam relevantes,
isto é, capazes de fazer diferença no processo de decisão pelos usuários, além
de representarem com fidedignidade o que se dispõe a representar.
A utilidade da informação pode ser ampliada quando esta:
Permite a comparação entre períodos e/ou empresas diferentes;
Panorama geral
Desde antes do surgimento do capitalismo, a contabilidade passou por
inúmeras modificações e o contador passou a ter um papel fundamental na
economia e nas finanças das mais diversas áreas.
No Brasil, mesmo antes de serem organizadas as primeiras escolas
técnicas comerciais, já se praticava a contabilidade por meio do profissional
denominado "guarda-livros", conforme definido no Código Comercial de 1850,
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que era responsável por registrar as transações dos estabelecimentos
comerciais da época. Porém, somente a partir da aprovação do Decreto-
lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, que o Conselho Federal de Contabilidade
(CFC) foi criado. Com a definição das atribuições dos contadores, técnicos de
contabilidade e guarda-livros inicia o desenvolvimento da profissão contábil.
Nesse período, evidenciou-se dois fatos: a expansão da profissão e os
problemas com o nivelamento do "guarda-livros" (praticante de contabilidade
sem escolaridade formal em Ciências Contábeis), e do técnico de contabilidade
(técnico de nível médio formado pelas escolas técnicas comerciais) com o
profissional de formação universitária (contador com escolaridade formal em
Ciências Contábeis) gerou uma perda de prestígio em relação às outras
profissões de nível superior (Direito, Economia etc.), fazendo com que os jovens
que ingressavam nas faculdades não tivessem interesse em abraçar a carreira
contábil, pelo fato dela não conceder o mesmo status das outras profissões.
Esta situação ocasionou sérios prejuízos para o desenvolvimento da
profissão, pois se deixou de receber um grande contingente de jovens talentosos
na área que, por certo, teriam ajudado a mudar aquela visão puramente escritural
da contabilidade de então, para uma mais criativa e superior.
Alguns anos mais tarde, a partir da década de 60, uma série de
acontecimentos impulsionou uma mudança radical no modus operandi dos
profissionais contábeis, cabendo referência, entre outros:
À Lei Orçamentária (Lei nº 4.320);
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Em 1972 ocorre a regulamentação da auditoria por meio da Resolução nº
220 e das Circulares nº178 e nº179, todas do Banco Central do Brasil, que, além
de estabelecerem normas e princípios de auditoria e contabilidade, também
padronizaram os demonstrativos das empresas de capital aberto, com exigência
de demonstrativos certificados por auditores independentes. Quatro anos mais
tarde (1976) foi aprovada a nova Lei das Sociedades Anônimas (Lei nº 6.404/76)
e criada a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que substituiu o Banco
Central no que diz respeito à emissão de parte da legislação contábil e ao
controle do mercado de capitais no Brasil.
Recentemente, no ano de 2007, frente às necessidades da sociedade
brasileira e mundial, foi publicada a Lei nº 11.638/07, introduzindo mudanças
significativas no contexto da contabilidade empresarial e legalizando o processo
de convergência aos padrões contábeis internacionais.
Essa lei trouxe diversas mudanças que alteraram a Lei 6.404/76, dentre
elas aquelas com foco nas estruturas das demonstrações contábeis, como
Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
Demonstração de Origem e Aplicações de Recursos (DOAR), suprimida pela
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); Demonstração do Valor Adicionado
(DVA); Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e
Demonstração e Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA).
Essas recentes alterações, adicionadas à realidade econômica implicam
uma atualização constante do profissional contábil.
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Accounting Association (AAA), American Institute of Certified Public Accountants
(AICPA), Canadian Institute of Chartered Accountants (CICA), European
Accounting Association (EAA), Institute of Chartered Accountants in England and
Wales (ICAEW), Institute of Management Accountants (IMA), Japanese Institute
of Certified Public Accountants (JICPA) e as quatro maiores empresas de
auditoria (PricewaterhouseCoopers, Deloitte Touche Tohmatsu, KPMG e Ernst
& Young), dentre outros organismos profissionais.
Apesar desse panorama internacional, em âmbito brasileiro a situação é
diferente, pois nas últimas décadas houve significativa expansão no ensino
superior favorecendo o ingresso dos jovens nos cursos universitários, em
especial, em Ciências Contábeis. Esta expansão teve seu marco inicial, em
meados da década de 1990 com o redirecionamento educacional dado pela Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN (1996). Nessa época
existiam 262 cursos de graduação em Ciências Contábeis que ofereciam 97.223
vagas. Como você pode observar no gráfico a seguir, houve um significativo
crescimento desses dados anos subsequentes.
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número cresce para 194, de 2001 a 2006 o crescimento eleva-se para 332, e de
2006 a 2011 foi o menor da série, 94 novos cursos. O último dado é do ano de
2013, que conforme o Censo da Educação Superior, o curso de Ciências
Contábeis foi ofertado na modalidade presencial por 1.168 instituições de ensino
em todo o território nacional, sendo que foi quarto curso mais procurado.
Na modalidade de Educação a Distância (EaD), o curso de Ciências
Contábeis foi disponibilizado por 39 instituições e é o quinto no ranking de maior
interesse em território nacional conforme é evidenciado no gráfico a seguir.
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de 10 de fevereiro de 1998; pelo Decreto n.º 2.561, de 27 de abril de 1998 e pela
Portaria Ministerial n.º 301, de 07 de abril de 1998. E assim se iniciou o
credenciamento de várias Universidades para oferecerem cursos à distância.
Junto ao crescimento do ensino superior nacional, em especial o aumento
de vagas nos cursos de contabilidade, observou-se que o mercado de trabalho
para o profissional contábil também se alterou devido ao ambiente de negócios
altamente dinâmico no qual a contabilidade está inserida. Tais mudanças têm
estimulado um repensar da atuação deste profissional nos seus diferentes
papéis e responsabilidades. Nesse contexto, dispõe-se que a procura pela
profissão contábil por parte dos alunos é fortemente influenciada pela percepção
de seu mercado de trabalho, que atualmente é muito bom.
Sabe-se que a prática profissional da contabilidade no Brasil foi
regulamentada com a edição do Decreto-Lei 9.295 de 27 de maio de 1946. O
referido decreto foi à base legal para a constituição dos Conselhos Federal e
Regionais de Contabilidade com o objetivo de fiscalizar e orientar o exercício da
profissão. Ao longo dos anos, foram ocorrendo mudanças nos marcos
regulatórios, de modo a abordar diversos aspectos, dentre eles a definição do
atual perfil dos contabilistas.
São considerados contadores somente os graduados em curso superior
de Ciências Contábeis, já os formados em nível médio, escolas técnicas ou
comerciais, pertencem à categoria de técnicos em contabilidade. Evidentemente,
os privilégios e possibilidades de atuação profissionais são muito mais amplos
para os graduados em Ciências Contábeis, ficando os técnicos em contabilidade
com um campo limitado de atuação. Em relação ao técnico em contabilidade,
que é o indivíduo que possui escolaridade de nível técnico e que já possui seu
registro junto ao CRC, de acordo com a Lei nº 12.249/2010 em seu artigo 12,
continuará o exercício da profissão. Entretanto, em conformidade com esta Lei,
aquele que ainda não solicitou seu registro até o dia 1º de junho de 2015 após
aprovação no Exame de Suficiência, não pode mais solicitar. Após esta data, só
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pode efetuar o cadastro e exercer a profissão aquele que, concluir o curso
superior em Ciências Contábeis e for aprovado no Exame de Suficiência.
Portanto, a profissão contábil tem um mercado de trabalho que precisa de
profissionais altamente gabaritados e muito bem formados para injetar qualidade
em praticamente todas as áreas envolvidas. Dentre as diversas carreiras
voltadas ao mercado de contabilidade na atualidade, as que tem maior destaque
são as seguintes: auditor, contador, analista financeiro, perícia contábil,
consultor contábil (e financeiro), entre outras.
No entanto, apesar da existência dessas carreiras, o mercado de
contabilidade se mostra ainda capaz de abrir muitas perspectivas para o futuro,
com mais condições de crescimento. Dentre alguns exemplos, podemos
destacar: a auditoria ambiental, a contabilidade estratégica, a contabilidade
ecológica e o investigador de fraudes contábeis.
Saiba mais sobre a profissão da contabilidade assistindo à
explicação da professora Edicreia Andrade dos Santos no material online.
Confira!
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que a gestão contábil correta possibilita uma perspectiva sólida do futuro das
entidades. Já para as Ciências Atuariais, o contador colabora na provisão de
informações necessárias para o atuário analisar riscos no segmento de seguros,
conforme exigências de órgãos reguladores. Uma exemplificação disso é a
análise de solvência e das provisões técnicas.
Confira a função do profissional atuário de acordo com a Lei nº 806/69:
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Tema 4: Relevância da Informação Contábil para a Sociedade
A relevância é uma característica fundamental para que a informação
contábil seja capaz de afetar as decisões dos usuários, de modo a reduzir
incertezas (SALOTTI; YAMAMOTO, 2006). Nesse sentido, a relevância torna-se
produto da materialidade, convenção que restringe a aplicação do princípio
contábil da oportunidade, que impõe o registro imediatamente à ocorrência do
fato contábil.
De acordo com a Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de
Relatório Contábil-Financeiro, emitida pelo Comitê de Pronunciamentos
Contábeis, a informação é considerada material “se sua omissão ou sua
divulgação distorcida (misstating) puder influenciar decisões que os usuários
tomam com base na informação contábil-financeira acerca de entidade
específica (...)”. O referido pronunciamento enfatiza também que esse aspecto
da relevância pode decorrer da natureza, da magnitude dos itens associados à
informação, ou mesmo, de ambos.
Em algumas economias consideradas mais fechadas, o conhecimento da
informação contábil-financeira restringe-se ao atendimento das necessidades do
governo. Divergentemente, em cenários econômicos abertos, como por
exemplo, no Brasil, essa informação busca abranger toda a sociedade. Desse
modo, a informação contábil tem sido tratada como “bem de domínio público” e
que pode interferir na percepção não apenas das entidades governamentais,
como também de outros que dela se servem (órgãos reguladores, acionistas,
clientes, fornecedores e credores, investidores, empregados).
Em relação à importância para a sociedade, nota-se que a divulgação da
informação contábil deve exceder exigências apontadas pela legislação, a fim de
que diversos grupos de interesse possam ser providos. Atualmente, observa-se
grande ascensão de informações contábeis socioambientais, no sentido de
demonstrar transparência e responsabilidade das organizações com o meio
ambiente e com os aspectos sociais. Tais divulgações têm, geralmente, forte
contribuição para a visibilidade das empresas no mercado.
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São exemplos desse tipo de divulgação:
Relatórios de Sustentabilidade ou Balanço Social;
Relato Integrado;
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marketing social da organização e, consequentemente, aumenta sua
participação no mercado.
Outro instrumento veiculado pelas empresas que demonstra a relevância
da informação contábil para a sociedade é a Demonstração do Valor Adicionado
(DVA). O objetivo desse demonstrativo financeiro, também chamado de
Demonstração do Valor Agregado, consiste, segundo FERRARI (2012, p. 916)
em “evidenciar a riqueza criada por uma empresa ao longo do exercício social e
a forma como essa riqueza foi distribuída”.
A distribuição da riqueza econômica abrange os seguintes itens:
Empregados;
Governo; sócios;
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Já o Relato Integrado consiste em um processo fundamentado no
“pensamento integrado”, que culmina em um relatório periódico acerca da
geração de valor ao longo do tempo, abrangendo curto, médio e longo prazo. A
grande ênfase desse instrumento de divulgação da informação é adequar
organizações ao modelo de sustentabilidade vigente. A figura a seguir traz um
trecho do Relato Integrado do Banco Itaú.
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Tema 5: Ramos de Atuação do Contador
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Áreas de atuação do profissional contábil
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Os contadores na função gerencial podem executar atividades em
áreas como: controladoria, contabilidade internacional, contabilidade
ambiental, contabilidade estratégica, controladoria estratégica,
balanço social e accountability.
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sistemas, de custos, de controladoria, de qualidade total, de
planejamento estratégico e de orçamento.
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Como parecerista o mesmo pode emitir pareceres atuando nas áreas
de docência e pesquisa, poder judiciário (laudo pericial, causas
judiciais envolvendo empresas, avaliação de empresas, questões
contábeis, perícias) e em análise de teses contábeis.
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Face ao contexto, percebe-se que as áreas de trabalho são bem
diversificadas e oferecem diversas oportunidades para os profissionais e futuros
profissionais, que vai desde abrir o próprio escritório, como trabalhar em uma
grande empresa ou, até mesmo, prestar um concurso público. Ademais,
ressalta-se que uma das áreas que mais emprega e a que melhor paga na
contabilidade é a auditoria.
Aprofunde os seus conhecimentos sobre os ramos de atuação do
contador assistindo à explicação da professora Edicreia Andrade dos
Santos, no material online.
Na Prática
Quais fatores estão presentes no dia a dia do profissional de
contabilidade? Quais são as características necessárias para que esse
profissional se destaque no mercado e obtenha uma boa remuneração pelo seu
trabalho? Acesse os vídeos indicados a seguir e fique por dentro da prática
profissional do contador.
https://www.youtube.com/watch?v=ZHJ_N_ZkcQ0
https://www.youtube.com/watch?v=nspg2VvoP8g
Síntese
O mundo vem passando por diversas transformações, tanto na área
econômica como na tecnológica e social. Deste modo, é preciso que o
profissional contábil acompanhe essa evolução para que produza ciência e
subsídios úteis em sua área de atuação, aprimorando suas relações sociais, e
contribuindo nas relações entre empresas e sociedade.
No Brasil, até a década de 1960, este profissional era chamado de
"guarda-livros", todavia com o milagre econômico na década de 1970, essa
expressão desapareceu e surgiu um excelente e valorizado mercado de trabalho
para os contabilistas.
Atualmente, o mercado contábil cria oportunidades de fundamental
importância para o contador como fornecedor das reais informações contábeis e
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financeiras de uma empresa. Porém, todos os profissionais da contabilidade
devem procurar mudanças no seu desempenho por meio da educação,
buscando permanentemente novos saberes para desempenhar seu trabalho
com competência, habilidade e atitude. Isto porque a contabilidade, como
qualquer outra ciência oferece subsídios necessários para a tomada de
decisões, e por isso deve acompanhar a grande velocidade dos avanços
tecnológicos.
Nesse sentido, seu curso de graduação, por si só, não garante o seu
sucesso profissional. Muito pelo contrário, você está no início de uma longa
caminhada, que tem como pressuposto básico a educação continuada. Afinal,
as organizações estão procurando profissionais cada vez mais especializados e
com uma visão generalista de várias áreas de conhecimento. Também é preciso
mostrar o valor do seu serviço e da profissão, pois por muito tempo o profissional
da contabilidade foi visto como um funcionário indireto do fisco e do governo,
incumbido apenas de cálculos e preenchimento de guias e formulários. Mas, na
nova tendência mundial de internacionalização, o contador tem a obrigação de
mostrar que a contabilidade e as informações prestadas por ela são de uma
importância inquestionável, não apenas para as empresas, mas para a
sociedade como um todo, pois por meio dessas informações é possível analisar
e julgar a real importância de uma determinada empresa ou setor, tanto nos
aspectos econômicos como sociais.
Assista às considerações finais da professora Edicreia Andrade
dos Santos sobre os temas abordados no material online.
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Referências
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BRASIL. Decreto N.º 2.494, DE 10 de fevereiro de 1998. Regulamenta o Art.
80 da LDB (Lei n.º 9.394/96). Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/D2494.pdf>. Acesso
em: 26 set. 2015.
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MARION, J. C. Contabilidade Empresarial. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
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