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Antigamente, considerava-se que o lar da consciência era o coração. Com a evolução da ciência,
os estudiosos e neurocientistas acreditam que é no cérebro que está a “voz de nossa razão”. No
entanto, mesmo atualmente, há uma parcela de céticos que contestam essa informação.
O fato é que a neurociência prega que há relações precisas entre a atividade cerebral e funções
mentais, estados ou experiências. O pesquisador Harold Pasher da Universidade da Califórnia
acredita que as relações apresentadas pela neurociência são mais precisas do que deveriam,
devido aos métodos atuais de medição, que não são ideais. Além disso, ele afirma que
dificilmente, em pesquisas da neurociência, o método exato para a obtenção dessas relações é
informado.
Apesar de alguns verem as queixas de Pasher como irrelevantes – já que, com o avanço da
ciência, novos métodos mais exatos poderão ser desenvolvidos e comprovar que a consciência
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12/05/2019 Onde fica a consciência?
realmente está no cérebro – a discussão é um pouco mais profunda. Se a neurociência diz que é
possível relacionar consciência com atividade cerebral, a mesma neurociência, uma ciência
física, pode dizer o que a consciência humana realmente é.
Os céticos acreditam que essas relações não podem provar a consciência. Digamos, a sensação
de frio e uma atividade no hemisfério esquerdo do cérebro (apenas um exemplo não científico)
não são a mesma coisa e nem aspectos da mesma coisa. A própria definição de aspectos depende
de uma consciência independente de atividades cerebrais.
É lógico que a sensação de frio depende de estímulos que acontecem no cérebro, mas esses
estímulos não são a mesma coisa que a sensação de frio.
Além disso, há um problema sobre a memória. Nos acostumamos a pensar em nossas memórias
como arquivos armazenados em algum lugar do nosso cérebro. Mas quando lembramos de
alguma coisa, estamos pensando em algo que é explicitamente do passado. As sinapses, as
ligações que nossos neurônios fazem e que, de acordo com a neurociência, formariam nossos
pensamentos, são estruturas físicas e só possuem seu estado presente. De acordo com os céticos,
elas não podem ter um senso de passado, como nós temos, ou seja, o passado não existe em uma
forma física em nosso cérebro, apenas em nossa consciência, que não seria física.
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