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Você vê o empreendedorismo como uma meta, mas não sabe por onde começar? Se sente inseguro
quando pensa em abrir e administrar seu próprio negócio? Sem problemas!
Empreendedor algum nasce sabendo todos os truques do mercado e aprender a empreender é muito
importante para alcançar o sucesso. Suas dúvidas só mostram que você está no caminho certo. Vamos
aprender mais?
Índice
O brasileiro nasceu para empreender. Empreender é algo intrínseco ao brasileiro. Nada menos que 60%
da população sonha em abrir uma empresa, conforme pesquisa do Instituto Endeavor. Mas entre o
sonho e a realidade, muitas vezes reside o medo de não dar certo e até a desconfiança da própria
capacidade de enfrentar e vencer o desafio. Não é raro que surjam dúvidas no seu caminho. Por isso,
tranquilize-se.
O que é ser empreendedor? Quais são os ideais empreendedores que podem conduzi-lo ao êxito?
Você vai descobrir nas próximas linhas se existe um perfil do empreendedor que se encaixe bem em
todos os negócios.
E se a ideia for começar devagar e se tornar um microempreendedor individual (MEI), vai entender por
que o empreendedorismo individual é o que mais cresce no país.
E saberá como o Portal do Empreendedor torna a concretização da sua meta muito mais fácil.
Já adianto o seguinte: inspiração e força de vontade são indispensáveis para qualquer um que se
arrisque no desafio do negócio próprio. E como se informar é também uma necessidade básica para
trilhar o melhor caminho, você já está fazendo a coisa certa.
O que é empreendedorismo
“Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões.” Louis Jacques Filion
O empreendedorismo é um conceito que vai muito além da abertura de uma empresa. O Serviço de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) usa a definição do autor Louis Jacques Filion, que diz o
seguinte:
Veja que não aparece no conceito nada sobre ter um negócio próprio. E isso acontece porque, como
comentei, o significado de empreendedorismo é muito mais amplo. Ele se refere a quem tem sonhos e
objetivos, se planeja e trabalha duro para transformar tudo em realidade. Ora, então isso significa que
todo mundo é um pouco empreendedor? Neste sentido da palavra, sim.
Mas há uma razão para o link tradicionalmente estabelecido com o mundo dos negócios. Isso acontece
por causa de um economista austríaco, Joseph A. Schumpeter, que em 1942 usou o termo
“empreendedor” para se referir às pessoas que fazem o capitalismo funcionar. Para o estudioso,
empreendedor é aquela pessoa que realiza a “destruição criativa”. Ou seja: muda os velhos métodos de
produção e comercialização para criar novidades valiosas. E é por isso que até hoje empreendedorismo
e inovação andam de mãos dadas. A definição do Instituto Endeavor para empreendedorismo é
unanimidade, porque contém um pouco de tudo no universo dos negócios.
Vamos Empreender? Marcelo Etiene Nunes 3
Veja só:
“Empreendedorismo é a disposição para identificar problemas e oportunidades, investir recursos e
competências na criação de um negócio, projeto ou movimento que seja capaz de alavancar mudanças e
gerar impacto positivo.”
Viu só? Todas as palavras mais comuns que ouvimos quando tratamos de empreendedorismo estão aí:
Oportunidades, competências, mudanças, impacto positivo. Você se identifica com elas?
OK, vamos ser realistas: começamos bem, mas ainda temos muito a melhorar. Você sabia que o Brasil é
o país mais empreendedor do mundo? Em 2014, o Sebrae divulgou uma pesquisa que revelou que ter
seu próprio negócio é o terceiro sonho mais comum entre os brasileiros, atrás apenas de ter casa
própria e viajar. Esse estudo também mostrou que 34,5% dos brasileiros estão envolvidos de alguma
forma com o empreendedorismo. Em 10 anos cerca de 90% dos negócios próprios fecham, neste
mesmo período apenas 15% das franquias fecham. Ou seja, o risco ainda existe porém ele é bem menor,
então considere no seu radar, empreender em franquias. Isso é muito bom, não é?
É um sinal de que a centelha para empreender existe, embora algumas pedras no meio do caminho por
vezes atrapalhem. Um problema no cenário econômico brasileiro é a falta de inovação, apesar de tão
relevante que é para empreender. Isso acontece por uma série de fatores, mas um em especial é que
mais da metade dos brasileiros empreendedores (56%) só abriram um negócio próprio por necessidade.
Isso significa que eles não se prepararam para gerir o negócio, e muito menos foram educados para
pensar de maneira empreendedora. Por isso muitas vezes cometem graves erros facilmente evitáveis. É
um fato: a minoria das faculdades têm disciplinas relativas a empreendedorismo, mas podemos mudar
isso através da criação de uma cultura empreendedora.
É ambicioso? Tem sede de crescimento e sucesso? Vontade de ser dono de algo seu? Então, você é um
forte candidato ao empreendedorismo. Para ser empreendedor é preciso… empreender!
Muitos empreendedores, em especial os da “velha guarda”, aprenderam por tentativa e erro o que
funcionava no ramo em que trabalhavam. Um problema grande é que a nossa cultura é muitas vezes
avessa ao risco. E um fracasso como empreendedor já é interpretado por muitos como motivo para
desistir, por isso, ser cauteloso e se preparar bem antes de abrir seu negócio ajuda nas suas chances de
sucesso e longevidade no empreendedorismo. Todo empreendedor precisa saber enxergar as
oportunidades, ser proativo, ser criativo e ambicioso. Algumas dessas características nos acompanham
desde o nascimento, enquanto outras podem ser aprendidas.
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Ser proativo significa prever as consequências de um ato. Para isso, a recomendação é se preparar com
muito estudo. Uma boa dica é devorar livros para empreendedores, mas depois da teoria, não se
esqueça de colocar a mão na massa.
É interessante destacar ainda que o “Endeavor” realizou um estudo com 4 mil pessoas no final de 2014
sobre cultura empreendedora e descobriu que existem seis perfis de empreendedor. Conforme o
levantamento, todo empreendedor apresenta um mix de cada um deles.
1. Situacionista
Não é todo dia que uma oportunidade bate à porta. Para o empreendedor situacionista, a oportunidade
bateu, e ele resolveu deixar ela entrar. Esse empreendedor pode estar insatisfeito com o mercado de
trabalho atual. Talvez esteja desempregado, ou empregado, mas querendo algo mais. É aí que surge a
grande chance e ele resolve agarrar, Ou melhor, ela: esse é o perfil que abriga mais mulheres.
O empreendedor situacionista vai aprendendo com os acertos e erros, e raramente tem todas as
características principais apontadas. Muitos têm um ou mais de um fracasso e desistem de empreender,
mas aqueles que obtêm sucesso permanecem por muitos anos no mundo do empreendedorismo. Esse é
o tipo mais comum de empreendedor, mas também o menos otimista e com maior medo de arriscar.
Inovação definitivamente não é com o situacionista.
2. Nato
Esse é o empreendedor mítico que é personagem de filme. É o menino dos longas norte-americanos que
desde cedo quer conquistar seu dinheiro vendendo limonada. É aquele ídolo do Vale do Silício, que
começou em uma garagem e em menos de dez anos construiu um império. O empreendedor nato é
aquele que vê oportunidades de negócios por todos os lados desde cedo. É aquele que não se desespera
com um problema, mas sempre quebra a cabeça até encontrar uma solução – e que seja, de
preferência, lucrativa. Esse perfil é também chamado de “intra-empreendedor”, pois sempre teve o
gene do empreendedorismo no DNA, ainda que ele tenha ficado adormecido durante uma parte da
vida. Quando o empreendedor nato não tem seu próprio negócio, tende a se dedicar de corpo e alma à
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profissão que escolheu, chegando a cargos de gerência. Os empreendedores natos são os que assumem
mais riscos e têm mais autoconfiança. Eles também tendem a ser muito curiosos e perfeccionistas.
3. Meu jeito
“Se você quer bem feito, faça você mesmo”: Se existisse um lema, esse seria o escolhido pelo do
empreendedor “meu jeito”. Ele gosta de seguir seu ritmo, ditar suas próprias regras e tem valores muito
fortes, contra os quais não pode lutar. Isso significa que muitos desses empreendedores abriram seu
próprio negócio após se desligarem de alguma empresa, porque lá dentro viram que teriam de trabalhar
seguindo algo no qual não acreditavam. Crenças e valores significam muito para eles, assim como a
autoconfiança e a sensação de que podem fazer tudo de maneira melhor do que a que já está sendo
feita. Por sua aparente rebeldia e incapacidade de cumprir regras, é comum que o empreendedor “meu
jeito” escolha profissões liberais ou nas quais possa trabalhar como autônomo. Muitas mulheres se
encaixam também nesse perfil.
4. Em busca do milhão
Ambição é o que move esses empreendedores. E aqui o termo ambição não se refere a fama ou
reconhecimento, apenas ao dinheiro mesmo. Este tipo de empreendedor é aquele que estabelece
metas financeiras precisas e se esforça ao máximo para alcançá-las. São os jovens que pretendem
ganhar o primeiro milhão antes dos 30 anos, e a partir daí só multiplicar a fortuna. A maioria dos
empreendedores nesta categoria tem entre 25 e 34 anos.
5. Idealista
Eles querem mudar o mundo e estão prontos para arregaçar as mangas. Sim, o lucro é importante para
eles, mas mais importante é transformar a vida das pessoas. Esse perfil de empreendedor tem grandes
sonhos e considera muito importante seguir suas crenças e, se possível, espalhá-las pelo mundo. Por
isso, são as pessoas certas para inovar, criar negócios alternativos e alimentar nichos até então
ignorados por outros setores da economia.
6. Herdeiro
Ele não necessariamente herdou um negócio lucrativo dos pais, embora isso aconteça em alguns casos
dentro desse perfil. A maioria dos empreendedores herdeiros, na verdade, herdou exemplos e ambições
do pai, da mãe ou dos avós. Nesse perfil, entram as pessoas que viram os pais ou avós terem um sonho
empreendedor e nunca o realizarem e também as pessoas que aprenderam com as gerações passadas
tudo sobre o que eles não queriam para o futuro.
Por exemplo:
Um filho de trabalhadores assalariados que, vendo as reclamações e dificuldades dos pais,
decidiu que não queria aquela vida para si e decidiu ser dono de seu próprio negócio. Por isso, o
empreendedor herdeiro costuma investir bastante em capacitação, afinal, quem herda uma
empresa precisa estar preparado para administrá-la e quem quer ser dono de uma precisa
descobrir tudo sobre seu segmento e sobre como fazer a empresa prosperar.
Microempreendedores individuais
Microempresas
Empresas de pequeno porte
Pequenos produtores rurais.
A categoria MEI é um dos destaques em crescimento.
Em março de 2017, eles somavam 6.772.069. Ou seja, quase 7 milhões de MEI espalhados pelo Brasil.
Em novembro de 2018 já somavam 7.675.761. Em um período de 5 anos, desde março de 2013, quando
o número de formalizados atingia 2.817.128, o crescimento foi de 140,4%. Os dados estão disponíveis
no Portal do Empreendedor.
Uma pesquisa da revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios revelou que o empreendedorismo de
pequeno porte atrai mais as mulheres brasileiras. Em especial por causa da liberdade criativa e a
flexibilidade de horários que empreender proporciona. Há muitas possíveis explicações para que o
empreendedorismo de pequeno porte tenha um crescimento tão expressivo. Entre elas podemos citar
as facilidades para se tornar microempreendedor individual.
A possibilidade de tocar o próprio negócio de casa, a expansão do e-commerce no Brasil e até mesmo a
crise econômica.
Afinal, várias pessoas que ficaram sem emprego (e que já somam quase 13 milhões de brasileiros) viram
na dificuldade a oportunidade para abrir um negócio próprio.
Abrir e gerenciar uma empresa são processos que hoje podem ser realizados pelo computador, o que
torna tudo muito mais simples e rápido. Outro bom exemplo é que, para as pequenas empresas
optantes pelo Simples Nacional, os impostos são cobrados todos juntos, em uma única guia. Enquanto
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as empresas maiores precisam pagá-los separadamente. No caso do MEI, os benefícios são ainda
maiores, pois ele não paga nenhum imposto federal, nem mesmo o temível Imposto de Renda – ao
menos não como pessoa jurídica. Aliás, você sabia que esse perfil de empresa tem vantagens garantidas
por lei em licitações? Para que possam competir de igual para igual nas licitações, os pequenos negócios
podem, por exemplo, vencer concorrências com uma proposta exatamente igual a de uma empresa
maior.
Outra das vantagens é que as pequenas empresas têm uma gestão menos complicada.
O MEI, por exemplo, pode ter até um funcionário. Dessa forma, todas as demandas que envolvem a
gestão de pessoas, incluindo aí a folha de pagamento, são infinitamente menores do que numa média
ou grande empresa. O mesmo se aplica à gestão contábil. O MEI não precisa de contador, embora seja
totalmente recomendável que tenha. Já que não possui conhecimento e nem tempo suficientes para
controlar suas finanças e cumprir com suas obrigações acessórias.
Com o cadastro feito, você já recebe o CNPJ, um alvará de funcionamento provisório e tem acesso ao
número de registro na junta comercial. Além do Certificado da Condição do Microempreendedor
Individual e às guias para recolhimento da sua contribuição mensal. O processo é simples e intuitivo.
Mas, para não restar dúvida alguma, você pode ler o passo a passo para se tornar um MEI e também
acompanhar a seguir as etapas fundamentais para alcançar o sucesso.
Esse documento vai delinear seus próximos passos e já dará uma boa ideia sobre quem são seus
concorrentes, quais serão seus gastos iniciais e quais os recursos necessários para abrir o negócio. E o
planejamento não deve parar por aí. De tempos em tempos, é necessário reavaliar os rumos do negócio,
ver o que está funcionando e o que não está na sua estratégia, realizando os ajustes exigidos a partir
daí.
finanças da sua empresa. Com ela, todas as soluções financeiras para o seu negócio ficam, literalmente,
na palma da sua mão. É o primeiro passo para o primeiro milhão.
E isso vale para a equipe toda: cursos de capacitação são oferecidos a preços mais baixos para times
completos de empresa. Treinar seus funcionários para cargos de gerência ou simplesmente para que
eles não se tornem obsoletos - é uma decisão sábia. E uma das atitudes das empresas mais duradouras
do mundo, segundo sugerem James Collins e Jerry Porras, autores do livro Feitas para Durar.
5. Faça o que você ama – mas, ao mesmo tempo, saia da sua zona de conforto
Parece confuso, mas não é. Todos nós sabemos que temos mais disposição para fazermos aquilo que
amamos, porque é estimulante. Além disso, a felicidade contagia: se você gostar do que faz, isso irá
transparecer para seus clientes, colaboradores e funcionários, e todos eles ficarão mais felizes e à
vontade ao seu lado. Mas não é possível focar apenas naquilo que você tem segurança para fazer. É
preciso arriscar, sair da zona de conforto durante negociações e planos de investimento. Em especial, é
preciso ter a mente aberta e estar pronto para abraçar novas ideias. Aceitar a opinião das outras
pessoas e mudar os rumos do seu negócio.
Inovar é a palavra-chave!
Lemann dá a dica:
“Vocês não podem desanimar na primeira dificuldade, na primeira volta para trás. Vai se dar bem quem
continuar”.
Abilio Diniz
Você já foi a um supermercado? Se a resposta é sim, você deve agradecer ao pai de Abilio Diniz, que
também apresentou o mundo dos negócios ao filho. E foi seguindo um conselho do pai que ele criou o
supermercado Pão de Açúcar. Que deu origem a uma rede e comprou outras redes, como a Sirva-se e,
mais recentemente, o Ponto Frio. Apesar das muitas dificuldades enfrentadas nos anos 80 e 90, Abilio
não desistiu e, à sua maneira, construiu um império.
As TED Talks são palestras muito populares. Só os maiores especialistas são convidados para falar
nessas conferências. Ou seja, assistir a uma delas é como ter uma consultoria exclusiva com uma
autoridade no assunto. Na TED Talk de Michael Porter, você vai aprender mais sobre
empreendedorismo social e sobre como a busca por soluções de problemas deve estar na base de
qualquer negócio. É um vídeo imperdível para qualquer empreendedor.
Conclusão
Empreender requer dedicação, preparo e muitas outras coisas. Se você quer ser um empreendedor de
sucesso, não o faça por modismo, pois o resultado pode ser contrário ao que você idealizou.
Empreender está na moda, e por uma série de motivos. Seja a famigerada crise econômica, a vontade
de mudar de vida ou aquela necessidade de inovar que vem desde pequeno, a verdade é que o
brasileiro está empreendendo cada vez mais. Todo empreendedor tem características em comum, como
o otimismo, a perseverança e a vontade de ser reconhecido. Mas nem todos são iguais, e segundo o
Endeavor, existem seis tipos de empreendedores, que coexistem dentro de cada dono de empresa:
O Brasil é líder mundial em empreendedorismo, e dentro do nosso país, o segmento que mais cresce é
do empreendedorismo de pequeno porte. Isso acontece por uma série de razões, em especial pela
facilidade que hoje se tem para abrir um negócio, em especial como MEI. Todos os empreendedores
podem se beneficiar de um planejamento básico antes de abrir o negócio. Depois de aberto, não podem
ser ignorados elementos obrigatórios, como o investimento em marketing, controle financeiro e a
opinião do cliente.
Ser um empreendedor é um desafio, mas um desafio estimulante, em especial quando você ama o que
faz. Se esse for o seu caso, não tema o risco e permita-se experimentar.