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INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA

ISTA
POLO - CAXITO

PSICOLOGIA DIFERENCIAL

TRANSTORNOS MENTAIS E CRITÉRIOS PARA


DIAGNÓSTICOS

MAIO - 2019
TRANSTORNOS MENTAIS E CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICOS

Trabalho de pesquisa Científica apresentado na cadeira


de Psicologia Diferencial.

GRUPO Nº 02

2º ANO

SALA: 01

TURMA: ÚNICA

PERÍODO: TARDE

CURSO: PSICOLOGIA

O DOCENTE

______________________

MAIO - 2019
INTEGRANTES DO GRUPO
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho, primeiramente aos nossos familiares, que nos acompanham
durante este período, dando força e aos colegas, amigos que de forma dierecta ou indirecta estão
sempre disponível para tirarem as nossas dúvidas, ao Professor, que consiste em grande
sacrifício para o melhoramento da nossa formação.
AGRADECIMENTOS

Agradecer à Deus pela oportunidade e privilégio que nos concede em partilhar a


experiência de frequentar o ensino superior e de modo em geral as pessoas mais próximas de
nós, pela paciência e tolerância das nossas ausências, e por terem aceitado privarce-se-a da
nossa companhia
RESUMO

Como se observa, ao longo da história da loucura, as pessoas com transtornos mentais


eram qualificadas como "perigosas", "doentes", "anormais" ou "especiais". Várias eram
e ainda são as concepções atribuídas a essas pessoas, o que concorre para a produção de
pensamentos ambíguos em relação à temática. Contrariamente aos séculos de XV a
XIX, nos quais o conceito de loucura passou de natural a patológico, nos debates desse
século XXI discutem-se pontos nodulares entravantes pela necessidade de
ressignificações sociais/culturais, sob o enfoque do novo objeto: a pessoa com o
transtorno e não mais a doença e o doente mental. Na própria trajetória acerca da
história da loucura, nota-se que a sociedade utilizou diversas denominações para o
fenômeno em questão, conforme as necessidades e os interesses dos membros das
classes dominantes, fazendo com que o termo "loucura" e "louco" fossem adquirindo
conotações divergentes com o passar dos anos. Não bastasse haver mudança em seus
significados, também houve transformações nas práticas de cuidado da saúde, para
aqueles que frequentavam o asilo, o hospital e, mais tarde, hospício ou manicômio. A
loucura que, inicialmente, era considerada fenômeno integrante da natureza humana
mais tarde assumiria o papel causador de malefícios à sociedade, por meio daqueles por
ela acometidos.

Palavras Chaves: Transtornos Mentais, Critério, Disturbio, Doenças.


SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 8
2-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................ 9
2.1- Termos e Conceitos ............................................................................................... 9
2.2- Principais informações .......................................................................................... 9
2.3- Depressão ............................................................................................................ 10
2.4- Transtorno afetivo bipolar ................................................................................... 11
2.5- Esquizofrenia e outras Psicoses ........................................................................... 11
2.6- Demência ............................................................................................................. 12
2.7- Distúrbios de desenvolvimento, incluindo o Autismo ........................................ 12
2.7.1- Quem está em risco de desenvolver transtornos mentais? ............................... 13
2.7.2- Saúde e Apoio ................................................................................................... 13
2.7.3- Resposta da OMS ............................................................................................. 14
3- TRANSTORNOS MENTAIS MAIS COMUNS: COMO IDENTIFICAR E
TRATAR ........................................................................................................................ 14
3.3.1- Ansiedade ......................................................................................................... 14
3.3.2- Depressão ......................................................................................................... 15
3.3.3- Esquizofrenia .................................................................................................... 15
3.3.4- Transtornos alimentares .................................................................................... 16
3.3.5- Estresse pós traumático .................................................................................... 16
3.3.6- Somatização ...................................................................................................... 17
3.3.7- Transtorno bipolar ............................................................................................ 17
3.3.8- Transtorno obsessivo-compulsivo .................................................................... 17
4- CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICOS ..................................................................... 18
4.4.1- Diagnóstico de Transtorno................................................................................ 19
4.4.2- Análise global ................................................................................................... 19
4.4.2- Foco nos Jovens ................................................................................................ 20
4.4.3- Outros Critérios de Diagnóstico ....................................................................... 22
4.4.4- Critérios gerais necessários para o diagnóstico incluem: ................................. 22
4.4.5- O diagnóstico dos Transtornos Mentais ........................................................... 22
5- CONCLUSÃO ........................................................................................................... 24
6- REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 25
Obras Citadas .................................................................................................................. 25
1- INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como desenvolver o tema os transtornos mantai. Durante


séculos as pessoas com sofrimento mental foram afastadas do resto da sociedade,
algumas vezes encarcerados, em condições precárias, sem direito a se manifestar na
condução de suas vidas. Hoje em dia, as atitudes negativas os afastam da sociedade de
maneiras mais sutis, mas com a mesma efetividade. Você provavelmente conhece
alguém que tem problemas mentais.

Transtornos mentais como a ansiedade, depressão, distúrbios alimentares, uso de


drogas e álcool, demência e esquizofrenia, pode afetar qualquer pessoa em qualquer
época da sua vida. Na realidade, elas podem causar mais sofrimento e incapacidade que
qualquer outro tipo de problema de saúde. Apesar disso, pessoas com essas condições,
muitas vezes atraem medo, hostilidade e desaprovação em vez de compaixão, apoio e
compreensão. Tais reações não somente influem para que se sintam isolados e infelizes,
como são impedimentos para que busquem ajuda efetiva e tratamento. A saúde mental é
componente chave de uma vida saudável.

De certo modo procurou-se desenvolver atraves de referências bibliográficas os


conceitos de autores que já trataram sobre o assunto numa vertente psicologica.

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2-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1- Termos e Conceitos

O termo “doença mental” ou transtorno mental engloba um amplo espectro de


condições que afetam a mente. Doença mental provoca sintomas tais como: desconforto
emocional, distúrbio de conduta e enfraquecimento da memória. Algumas vezes,
doenças em outras partes do corpo afetam a mente; outras vezes, desconfortos,
escondidos no fundo da mente podem desencadear outras doenças do corpo ou produzir
sintomas somáticos.

Um grande espectro de fatores – nosso mapa genético, química cerebral,


aspectos do nosso estilo de vida podem causar algum tipo de transtorno mental.
Acontecimentos que nos acometeram no passado e nossas relações com as outras
pessoas – participam de alguma forma. Seja qual for à causa, a pessoa que desenvolve a
“doença mental” ou o transtorno mental, muitas vezes se sente em sofrimento,
desesperançada e incapaz de levar sua vida na sua plenitude. Existem muitos
tratamentos efetivos para a doença mental. Eles podem incluir medicamentos e outros
tratamentos físicos, ou tratamentos pela fala (Psicoterapias) de várias espécies,
aconselhamento e/ou apoio no dia a dia da vida em diferentes formas.

2.2- Principais informações

 Existem diversos transtornos mentais, com apresentações diferentes. Eles


geralmente são caracterizados por uma combinação de pensamentos, percepções,
emoções e comportamento anormais, que também podem afetar as relações com
outras pessoas.
 Entre os transtornos mentais, estão a depressão, o transtorno afetivo bipolar, a
esquizofrenia e outras psicoses, demência, deficiência intelectual e transtornos
de desenvolvimento, incluindo o autismo.
 Existem estratégias eficazes para a prevenção de transtornos mentais como a
depressão.Há tratamentos eficazes para os transtornos mentais e maneiras de
aliviar o sofrimento causado por eles.

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 O acesso aos cuidados de saúde e aos serviços sociais capazes de proporcionar
tratamento e apoio social é fundamental.

A carga dos transtornos mentais continua crescendo, com impactos


significativos sobre a saúde e as principais consequências sociais, de direitos humanos e
econômicas em todos os países do mundo.

2.3- Depressão

A depressão é um transtorno mental comum e uma das principais causas de


incapacidade em todo o mundo. Globalmente, estima-se que 300 milhões de pessoas são
afetadas por essa condição. Mais mulheres sofrem de depressão que homens.

A depressão é caracterizada por tristeza, perda de interesse ou prazer,


sentimentos de culpa ou baixa autoestima, sono e apetite alterados, cansaço e falta de
concentração. Quem sofre com essa condição pode também ter múltiplas queixas físicas
sem nenhuma causa aparente. A depressão pode ser de longa duração ou recorrente,
prejudicando substancialmente a capacidade das pessoas de serem funcionais no
trabalho ou na escola, assim como a capacidade de lidar com a vida diária. Em seu
estado mais grave, a depressão pode levar ao suicídio. Os programas de prevenção têm
demonstrado a redução da depressão, tanto em crianças (proteção e apoio psicológico
após abuso físico e sexual, por exemplo) e adultos (assistência psicossocial após
desastres e conflitos, por exemplo).

Existem também tratamentos eficazes. A depressão em seu estado leve e


moderado pode ser efetivamente tratada com terapias que utilizam o diálogo, como a
cognitivo-comportamental e psicoterapia. Os antidepressivos podem ser uma forma
eficaz de tratamento para a depressão de moderada a grave, mas não são a primeira
linha de tratamento para casos de depressão leve. Eles não devem ser usados para tratar
a depressão em crianças e não são a primeira linha de tratamento em adolescentes,
grupo em que esses medicamentos devem ser usados com cautela.

O tratamento da depressão deve incluir aspectos psicossociais, como a


identificação de fatores de estresse, tais como problemas financeiros, dificuldades no
trabalho ou abuso físico/mental, assim como identificar fontes de apoio, como

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familiares e amigos. A manutenção ou reativação de interações e atividades sociais é
importante.

2.4- Transtorno afetivo bipolar

Esse transtorno afeta cerca de 60 milhões de pessoas em todo o mundo. Consiste


tipicamente em episódios de mania e depressão, separados por períodos de humor
normal. Os episódios de mania envolvem humor elevado ou irritado, excesso de
atividade, pressão de fala, autoestima inflada e uma menor necessidade de sono. As
pessoas que têm episódios de mania, mas não experimentam episódios depressivos,
também são classificadas como tendo transtorno bipolar. Estão disponíveis abordagens
eficazes para o tratamento da fase aguda do transtorno bipolar e para a prevenção de
novas crises. Trata-se de medicamentos que estabilizam o humor. O apoio psicossocial
é um componente importante na linha de tratamento.

2.5- Esquizofrenia e outras Psicoses

A esquizofrenia é um transtorno mental grave que afeta cerca de 23 milhões de


pessoas em todo o mundo. Psicoses, incluindo a esquizofrenia, são caracterizadas por
distorções no pensamento, percepção, emoções, linguagem, consciência do “eu” e
comportamento. As experiências psicóticas comuns incluem alucinações (ouvir, ver ou
sentir coisas que não existem) e delírios (falsas crenças ou suspeitas firmemente
mantidas mesmo quando há provas que mostram o contrário). O transtorno pode tornar
difícil para as pessoas afetadas trabalhar ou estudar normalmente.

A esquizofrenia geralmente tem início ao fim da adolescência ou no começo da


vida adulta. O tratamento com medicamentos e apoio psicossocial é eficaz. Com o
tratamento adequado e suporte social, as pessoas afetadas podem voltar a ter uma vida
produtiva e integrada à sociedade. Ampliar o acesso a formas de assistência cotidiana,
atenção domiciliar e suporte para a inserção no mercado de trabalho são medidas de
apoio para que as pessoas que sofrem com transtornos mentais graves, como a
esquizofrenia, atinjam os objetivos de sua reabilitação, já que enfrentam maiores
dificuldades em acessar empregos ou residência.

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2.6- Demência

Em todo o mundo, cerca de 50 milhões de pessoas têm demência. A condição é


geralmente de natureza crônica ou progressiva, na qual há deterioração da função
cognitiva (isto é, a capacidade de processar o pensamento) para além do que se poderia
esperar no envelhecimento normal. Ela afeta memória, pensamento, orientação,
compreensão, cálculo, capacidade de aprendizagem, linguagem e julgamento. O
comprometimento da função cognitiva é comumente acompanhado, e ocasionalmente
precedido, pela deterioração do controle emocional, comportamento social ou
motivação.

A demência é causada por uma variedade de doenças e lesões que afetam o


cérebro, como o Alzheimer ou acidente vascular cerebral. Embora não haja atualmente
tratamento disponível para curar a demência ou para alterar seu curso progressivo,
muitos tratamentos estão em vários estágios de ensaios clínicos. Muito pode ser feito,
no entanto, para apoiar e melhorar as vidas das pessoas com demência, seus cuidadores
e famílias.

2.7- Distúrbios de desenvolvimento, incluindo o Autismo

O termo transtorno de desenvolvimento abrange deficiência intelectual e


transtornos invasivos de desenvolvimento, incluindo o autismo. Os distúrbios de
desenvolvimento geralmente têm início na infância, mas tendem a persistir na idade
adulta, causando comprometimento ou atraso nas funções relacionadas à maturação do
sistema nervoso central. Eles geralmente seguem um curso constante, em vez de os
períodos de alternância entre estabilizações e crises que caracterizam muitos outros
transtornos mentais.

A deficiência intelectual é caracterizada pela diminuição de habilidades em


várias áreas de desenvolvimento, como o funcionamento cognitivo e o comportamento
adaptativo. Essa condição diminui a capacidade de adaptação às exigências diárias da
vida. Os sintomas de transtornos invasivos de desenvolvimento, como o autismo, são
comportamento social, comunicação e linguagem prejudicados e uma estreita faixa de
interesses e atividades, que são únicas para o indivíduo e realizadas repetidamente. Os
transtornos de desenvolvimento frequentemente se originam na infância ou na primeira

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infância. As pessoas com esses transtornos ocasionalmente possuem algum grau de
deficiência intelectual.

O envolvimento da família no cuidado de pessoas com essa condição é


fundamental. É importante conhecer as situações e atividades que causam tensão e bem-
estar ao indivíduo, assim como descobrir quais ambientes são mais apropriados para
uma melhor aprendizagem. O estabelecimento de rotinas diárias (horários para
alimentação, brincadeiras, contato com outras pessoas e sono) ajuda a prevenir estresse
desnecessário. É essencial também que os serviços de saúde façam um
acompanhamento regular de crianças e adultos com transtornos de desenvolvimento e se
mantenham em contato com seus cuidadores.

2.7.1- Quem está em risco de desenvolver transtornos mentais?

Os determinantes da saúde mental e transtornos mentais incluem não apenas


atributos individuais, como a capacidade de administrar os pensamentos, as emoções, os
comportamentos e as interações com os outros, mas também os fatores sociais,
culturais, econômicos, políticos e ambientais, como as políticas nacionais, a proteção
social, padrões de vida, as condições de trabalho e o apoio comunitário. Estresse,
genética, nutrição, infecções perinatais e exposição a perigos ambientais também são
fatores que contribuem para os transtornos mentais.

2.7.2- Saúde e Apoio

Os sistemas de saúde ainda não responderam adequadamente à carga dos


transtornos mentais. Como consequência, a distância entre a necessidade de tratamento
e sua oferta é ampla em todo o mundo. Em países de baixa e média renda, entre 76% e
85% das pessoas com transtornos mentais não recebem tratamento. Em países de alta
renda, entre 35% e 50% das pessoas com transtornos mentais estão na mesma situação.

Um outro problema é a má qualidade dos cuidados prestados a muitos que


recebem tratamento. Além do apoio dos serviços de saúde, pessoas com transtornos
mentais precisam de apoio e cuidados sociais. Frequentemente necessitam também de
ajuda para acessar programas educativos que se adaptem às suas necessidades e
encontrar emprego e moradia que lhes permitam viver e ser ativos nas suas
comunidades locais.

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2.7.3- Resposta da OMS

O Plano de Ação Integral sobre Saúde Mental 2013-2020 da OMS, aprovado pela
Assembleia Mundial da Saúde em 2013, reconhece o papel essencial da saúde mental na
consecução da saúde para todas as pessoas. O plano inclui quatro grandes objetivos:

 Liderança e governança mais eficazes para a saúde mental;


 Prestação de serviços abrangentes e integrados de saúde mental e assistência
social em contextos comunitários;
 Implementação de estratégias de promoção e prevenção; e
 Sistemas de informação reforçados, evidências e pesquisas.

O Programa de Ação da OMS para Reduzir as Lacunas em Saúde Mental


(mhGAP), lançado em 2008, utiliza orientações técnicas, instrumentos e módulos de
capacitação baseados em evidência para ampliar a prestação de serviços nos países,
especialmente naqueles com recursos escassos. O programa foca em uma série de
condições prioritárias, direcionando a capacitação para provedores de cuidados de saúde
não especializados em uma abordagem integrada que promova a saúde mental em todos
os níveis de cuidados.

3- TRANSTORNOS MENTAIS MAIS COMUNS: COMO IDENTIFICAR E TRATAR

Transtornos mentais são disfunções no funcionamento da mente, que podem


afetar qualquer pessoa e em qualquer idade e, geralmente, são provocados por
complexas alterações do sistema nervoso central. Existem diversos tipos de transtornos
mentais, que são classificados em tipos, e alguns dos mais comuns incluem aqueles
relacionados à ansiedade, depressão, alimentação, personalidade ou movimentos, por
exemplo. A seguir, falaremos dos principais transtornos mentais na população, e ao
final há uma lista completa dos tipos existentes.

3.3.1- Ansiedade
Os transtornos de ansiedade são muito comuns, presentes em cerca de 1 a cada 4
pessoas que vão ao médico. Eles são caracterizados por uma sensação de desconforto,
tensão, medo ou mau pressentimento, que são muito desagradáveis e costumam ser
provocados pela antecipação de um perigo ou algo desconhecido.

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As formas mais comuns de ansiedade são a ansiedade generalizada, a síndrome
do pânico e as fobias, e são muito prejudiciais tanto por afetar a vida social e emocional
da pessoa, como por provocar sintomas desconfortáveis, como palpitação, suor frio,
tremores, falta de ar, sensação de sufocamento, formigamentos ou calafrios, por
exemplo, e pelo maior risco de desenvolver depressão ou vícios pelo álcool e
medicamentos.

O que fazer: é recomendada a realização de psicoterapia, além de


acompanhamento com o psiquiatra que, em alguns casos, poderá indicar o uso de
remédios que aliviam os sintomas, como antidepressivos ou ansiolíticos. Também é
orientada a realização de atividade física e, além disso, pode ser útil o investimento em
métodos naturais ou atividades de lazer como meditação, dança ou yoga, por exemplo.
Saiba mais sobre as formas de tratar a ansiedade.

3.3.2- Depressão
Cerca de 15% das pessoas apresentam depressão em algum momento da vida. A
depressão é definida como o estado de humor deprimido que persiste por mais de 2
semanas, com tristeza e perda do interesse ou do prazer nas atividades, podendo ser
acompanhada de sinais e sintomas como irritabilidade, insônia ou excesso de sono,
apatia, emagrecimento ou ganho de peso, falta de energia ou dificuldade para se
concentrar, por exemplo. Entenda como saber se é tristeza ou depressão.

O que fazer: para tratar a depressão, é indicado o acompanhamento com o


psiquiatra, que irá indicar o tratamento de acordo com a gravidade do quadro e os
sintomas apresentados. A principal forma de tratar a depressão é a combinação de
psicoterapia e uso de medicamentos antidepressivos, que incluem Sertralina,
Amitriptilina ou Venlafaxina, por exemplo.

3.3.3- Esquizofrenia
A esquizofrenia é o principal transtorno psicótico, caracterizado como uma
síndrome que provoca distúrbios da linguagem, pensamento, percepção, atividade
social, afeto e vontade. É mais comum em jovens, no final da adolescência, apesar de
poder surgir ao longo de outras idades, e alguns dos sinais e sintomas mais comuns são
alucinações, alterações do comportamento, delírios, pensamento desorganizado,
alterações do movimento ou afeto superficial, por exemplo.

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Apesar de não se saber exatamente a causa da esquizofrenia, sabe-se que está
relacionada a alterações genéticas que provocam defeitos nos sistemas
neurotransmissores do cérebro, e que pode ser hereditária. Saiba quais são os principais
tipos de esquizofrenia e como confirmar.

O que fazer: é necessário o acompanhamento psiquiátrico, que indicará o uso


de medicamentos antipsicóticos, como Risperidona, Quetiapina, Clozapina e
Olanzapina, por exemplo. Além disso, é fundamental a orientação à família e o
seguimento com outros profissionais da área de saúde, como psicologia, terapia
ocupacional e nutrição, por exemplo, para que o tratamento seja completamente eficaz.

3.3.4- Transtornos alimentares


A Anorexia nervosa é caracterizada pela perda de peso intencional provocada
pela recusa à alimentação, distorção da própria imagem e medo de engordar. Já a
Bulimia consiste em comer grandes quantidades de comida e, em seguida, tentar
eliminar as calorias de formas prejudiciais, como pela indução do vômito, uso de
laxantes, exercícios físicos intensos ou jejum prolongado.

Os distúrbios alimentares são mais comuns em jovens, e têm sido cada vez mais
frequente pela cultura de valorização estética. Apesar da Anorexia e Bulimia serem os
transtornos alimentares mais conhecidos, outros problemas relacionados à alimentação
incluem a Ortorexia, que é a preocupação excessiva por comer alimentos saudáveis, a
Vigorexia, que é a obsessão pelo corpo musculoso, ou a compulsão alimentar, por
exemplo. Saiba quais são os principais transtornos alimentares.

O que fazer: não existe um tratamento simples para curar os transtornos


alimentares, sendo necessário o tratamento psiquiátrico, psicológico e nutricional, e os
medicamentos costumam ser indicados somente em casos de doenças associadas, como
ansiedade ou depressão. Grupos de apoio e aconselhamento podem ser boas formas de
complementar o tratamento e obter bons resultados.

3.3.5- Estresse pós traumático


O estresse pós traumático é a ansiedade que surge após ser exposto a alguma
situação traumática, como um assalto, uma ameaça de morte ou perda de um ente
querido, por exemplo. Geralmente, a pessoa afetada revive persistentemente o ocorrido

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com recordações ou sonhos, e apresenta intensa ansiedade e sofrimento psicológico.
Confira como saber se é estresse pós traumático.

O que fazer: o tratamento é feito com psicoterapia, e o psiquiatra também


poderá indicar medicamentos, como antidepressivos ou ansiolíticos para aliviar os
sintomas.

3.3.6- Somatização
A somatização é um transtorno em que a pessoa apresenta múltiplas queixas
físicas, referentes a diversos órgãos do corpo, mas que não são explicadas por nenhuma
alteração clínica. Geralmente, são pessoas que constantemente vão ao médico com
muitas queixas, e na avaliação médica, exame físico e realização de exames, nada é
detectado. Na maioria dos casos, as pessoas com transtorno de somatização apresentam
ansiedade e alterações do humor, além de poderem apresentar impulsividade. Quando
além de sentir a pessoa chega a simular ou provocar intencionalmente sintomas, a
doença passa a ser chamada de transtorno factício.

O que fazer: é necessário um acompanhamento psiquiátrico e psicológico, de


forma que a pessoa consiga amenizar os sintomas. Remédios como antidepressivos ou
ansiolíticos podem ser necessários em alguns casos. Saiba mais sobre a somatização e
as doenças psicossomáticas.

3.3.7- Transtorno bipolar


O transtorno bipolar é a doença psiquiátrica que provoca oscilações
imprevisíveis no humor, variando entre depressão, que consiste em tristeza e desânimo,
e mania, impulsividade e característica excessivamente extrovertida.

O que fazer: o tratamento costuma ser feito com medicamentos


estabilizadores do humor, como carbonato de lítio, que deve ser recomendado pelo
psiquiatra. Entenda como se identifica e trata esta doença.

3.3.8- Transtorno obsessivo-compulsivo


Também conhecido com o TOC, este transtorno provoca pensamentos
obsessivos e compulsivos que prejudicam a atividade diária da pessoa, como exagero
em limpeza, obsessão por lavar as mãos, necessidade de simetria ou impulsividade por
acumular objetos, por exemplo.

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O que fazer: o tratamento para transtorno obsessivo-compulsivo é orientado
pelo psiquiatra, com a ingestão de remédios antidepressivos, como Clomipramina,
Paroxetina, Fluoxetina ou Sertralina, sendo também recomendado fazer terapia
cognitivo-comportamental.

4- CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICOS


Diferentemente dos outros ramos da Medicina, na Psiquiatria não se fala em
doenças, mas em transtornos, porque as alterações mentais e de comportamento não
possuem um fator etiológico único. Na verdade, transtornos psiquiátricos têm graus
variáveis de fatores biológicos, psicológicos e sociais.

Actualmente, o diagnóstico psiquiátrico é baseado na psicopatologia, que é a


minuciosa observação dos quadros apresentados pelos pacientes. Os sistemas de
classificação atuais, Classificação Internacional de Doenças (10a edição) - CID-10 e a
Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais (5a edição) - DSM-V
apresentam critérios operacionais claros, que possibilita a padronização do diagnóstico
psiquiátrico no mundo todo. Esse tipo de padronização é essencial para a pesquisa, mas
na prática clínica os critérios são parcialmente flexibilizados. O diagnóstico permite
uma prática clínica baseada em evidências científicas, e por isso é essencial para a
psiquiatria. Diferentemente do diagnóstico psicológico, o diagnóstico psiquiátrico não é
interpretativo, e sim fenomenológico. O diagnóstico dos transtornos mentais é realizado
atualmente com base na observação clínica de um conjunto de sinais e sintomas
apresentados pelos pacientes em um determinado período.

Segundo Cuthbert, apesar de útil e estar disseminado amplamente pelos serviços


médico, legal e social, o sistema está defasado por ter sido desenvolvido em uma época
em que o conhecimento em genética, neurociências e ciências do comportamento
humano era limitado. (Cuthbert, 1999).

“É preciso integrar genética, neurobiologia, ambiente, comportamento e outros


componentes fundamentais para desenvolver medidas confiáveis e válidas de
transtornos mentais que possam ser utilizadas em estudos básicos e clínicos para
esclarecer suas causas”, disse (Cuthbert, 1999).

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4.4.1- Diagnóstico de Transtorno
Para ajudar a diagnosticar uma pessoa com TOC, o médico ou especialista em
saúde mental pode solicitar a realização de determinados exames e testes, incluindo:

Exame físico - O exame físico é feito no próprio consultório médico e serve,


principalmente, para excluir possíveis outras causas dos sinais e sintomas que a pessoa
manifestou – além, é claro, de complicações de saúde de um modo geral.

Testes de laboratório - Estes exames podem incluir, por exemplo, um hemograma


completo, triagem para detectar a presença de álcool e outras drogas no organismo,
além de um check-up geral, principalmente para medir a função da tireoide e para poder
iniciar tratamento medicamentoso com segurança.

Avaliação psicológica - Um médico ou profissional de saúde mental poderá lhe fazer


perguntas específicas sobre seus pensamentos, sentimentos, sintomas e padrões de
comportamento. O especialista pode, também, querer falar com familiares e amigos
próximos, a fim de entender melhor o que se passa.

4.4.2- Análise global


De acordo com Cuthbert, atualmente não são exploradas abordagens baseadas
nos circuitos cerebrais para o desenvolvimento de diagnóstico e tratamento relevantes,
que possam indicar a classificação e mensurar um transtorno mental. (Cuthbert, 1999).

A fim de preencher essa lacuna, o novo método, denominado NIHM Research


Domain Criteria Project (RDoc), incluirá a análise dos circuitos cerebrais dos pacientes
como uma das unidades de estudo para diagnosticar e medir seus níveis de transtorno
mental. (Cuthbert, 1999).

“A análise dos circuitos cerebrais dos pacientes com transtorno mental pode
fornecer caminhos para a fisiopatologia [estudo dos mecanismos e causas que levam ao
aparecimento de uma doença]. As doenças mentais são estudadas agora especificamente
como distúrbios de circuitos cerebrais”, disse Cuthbert. Além dos circuitos cerebrais,
outras unidades de análises candidatas a integrar o novo modelo de classificação de
transtornos mentais desenvolvidos pelo NIHM são genes, moléculas, células, fisiologia,
comportamento e relatos pessoais, os quais incluem sintomas.

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Cuthbert explica que estudos têm demonstrado que certas variações genéticas
podem aumentar o risco de desenvolver um transtorno mental. Já influências ambientais
e experiências, como o estresse traumático, podem interagir com variações genéticas
específicas durante períodos sensíveis do desenvolvimento humano. (Cuthbert, 1999)

“A complexa interação entre genética, ambiente, experiências e


desenvolvimento pode agravar risco para transtornos mentais, alterando a estrutura e
função de vias neurais relevantes para algumas formas de comportamento adaptativo”,
disse. (Cuthbert, 1999).

O desafio, no entanto, é demonstrar como as interações entre genes, ambiente,


experiência e trajetória de desenvolvimento pessoal contribuem para a formação e a
função dos circuitos neurais. Ainda se sabe pouco, por exemplo, sobre como a
informação é armazenada nos circuitos neurais. “Melhorar a nossa compreensão das
causas dos transtornos mentais fornecerá a base necessária para aumentar a precisão do
diagnóstico e intervenção clínica”, afirmou Cuthbert. (Cuthbert, 1999).

4.4.2- Foco nos Jovens


Na avaliação de Jair de (MARI, 2009), professor do Departamento de Psiquiatria
da Unifesp e um dos coordenadores da Y Mind, o novo sistema de diagnóstico de
transtornos mentais em desenvolvimento pelo NIHM deverá contribuir para o
dignóstico precoce das doenças mentais que surgem especialmente na adolescência,
quando o cerébro humano está se reorganizando. (MARI, 2009).

Por conta disso, de acordo com Jesus Mari, as ações de prevenção ao transtorno
mental no Brasil – a exemplo do que vem sendo feito em outros países – devem ser
focadas nos jovens. “Estudos realizados no Brasil e no exterior apontam que, se
pudermos intervir mais precocemente nesse grupo populacional nessa fase crítica do
desenvolvimento, em que os transtornos mentais surgem, será possível diminuir a
incidência de transtornos mentais graves, atrasar o seu início ou, pelo menos, reduzir os
prejuízos durante a sua progressão. Por isso, queremos desenvolver um modelo de
saúde mental que priorize mais a questão da adolescência”, disse (MARI, 2009).

Os pesquisadores brasileiros pretendem replicar no Brasil uma experiência


realizada em países como a Austrália, que implementou centros de prevenção a
transtornos mentais em jovens – denominados Headspace Centres –, de modo a

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diagnosticar adolescentes que apresentam ou estão expostos a fatores de risco que
potencializam o desenvolvimento de adicções, estados depressivos e transtornos
mentais graves, como esquizofrenia e transtorno afetivo bipolar.

Outro projeto que pode ser implantado no Brasil, segundo Jesus Mari, é o
desenvolvimento de um currículo sobre o que é saúde mental para jovens, como ocorre
no Canadá. (MARI, 2009).

O plano dos pesquisadores é a criação de um centro de convivência que ofereça


atividades socioeducativas, como oficinas de leitura, teatro, música e esportes, e
concentre diversas ações de prevenção em saúde mental. “A ideia é que nesse espaço
realizemos uma ação articulada com a escola, com agentes de saúde e com as famílias
desses jovens”, disse Jesus (MARI, 2009).

Algumas das ações possíveis são a disseminação de comportamentos sexuais


saudáveis, o estímulo a atividades físicas e esportivas e socioculturais e a
conscientização sobre os riscos do consumo de álcool, drogas e o tabagismo na
adolescência. Por meio da articulação com outros setores, como o de educação e o
judiciário, os especialistas pretendem identificar mais precocemente jovens com maior
probabilidade de desenvolver transtornos mentais e que tenham dificuldade de
adaptação social. (MARI, 2009)

Entre eles, estão estudantes que praticam bullying nas escolas, que são
candidatos a apresentar comportamento agressivo e ter problemas com a justiça, além
de jovens alvos de violência física ou psicológica no ambiente escolar ou que
começaram a usar drogas pesadas. “Precisamos ter um sistema de saúde mais aberto que
permita a esses jovens se comunicar com os profissionais de saúde e estabelecer um
diálogo franco. Isso pode contribuir para a identificação precoce e possível redução da
morbidade associada aos transtornos mentais que se iniciam na infância e adolescência”,
disse Jesus (MARI, 2009).

A Evidências de declínio cognitivo importante a partir de nível anterior de


desempenho em um ou mais domínios cognitivos (atenção complexa, função
executiva, aprendizagem e memória, linguagem, perceptomotor ou cognição social),
com base em:

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1. Preocupação do indivíduo, de um informante com conhecimento ou do clínico
de que há declínio significativo na função cognitiva; e
2. Prejuízo substancial no desempenho cognitivo, de preferência documentado por
teste neuropsicológico padronizado ou, em sua falta, por outra investigação
clínica quantificada.

A. B. Os déficits cognitivos interferem na independência em atividades da


vida diária (i.e., no mínimo, necessita de assistência em atividades
instrumentais complexas da vida diária, tais como pagamento de contas ou
controle medicamentoso).
B. Os déficits cognitivos não ocorrem exclusivamente no contexto de delirium.
C. Os déficits cognitivos não são mais bem explicados por outro transtorno
mental (p. ex., transtorno depressivo maior, esquizofrenia).

4.4.3- Outros Critérios de Diagnóstico


Para ser diagnosticada com TOC, a pessoa deve atender a determinados critérios
estabelecidos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V),
publicado pela Associação Americana de Psiquiatria. Este manual é usado por
profissionais de saúde mental de todo o mundo para diagnosticar doenças mentais e
também por companhias de seguros para reembolsar pacientes e familiares pelos gastos
com tratamentos.

4.4.4- Critérios gerais necessários para o diagnóstico incluem:


 Apresentar obsessões, compulsões ou ambos
 Perceber ou não que as obsessões e compulsões são excessivas e irracionais
 Crises de obsessões e compulsões são longas e persistentes e interferem no
funcionamento geral da rotina e na qualidade de vida, assim como nos
desempenhos no trabalho e na vida social

4.4.5- O diagnóstico dos Transtornos Mentais


Os transtornos mentais e os relacionados ao uso de substâncias são os principais
contribuintes para a carga de incapacitação global de todas as doenças médicas e sua
gravidade está aumentando, especialmente nos países em desenvolvimento.
Considerando a alta incidência das doenças mentais, se faz necessário cada vez mais o
diagnóstico, acompanhamento e tratamento precoce.

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Um problema-chave do diagnóstico é o fato de que os elaborados sistemas de
classificação hoje existentes baseiam-se somente em descrições subjetivas dos sintomas.
Tal fenomenologia detalhada inclui a descrição de múltiplos subtipos clínicos; no
entanto, não existem evidências suficientes de características biológicas que diferenciem
um subtipo do outro. Além disso, reconhece-se que uma variedade de transtornos
podem exibir sintomas clínicos semelhantes, e que um mesmo transtorno pode se
manifestar de forma distinta em pessoas diferentes.

Sendo assim, uma abordagem que descreva achados neurobiológicos confiáveis


baseados na síndrome psicopatológica seria mais consistente do que um sistema não-
etiológico de classificação como os atuais DSM e CID.

Um futuro sistema de critérios diagnósticos em psiquiatria, em que a etiologia e


a fisiopatologia sejam essenciais na tomada de decisões diagnósticas, colocaria a
psiquiatria mais próxima de outras especialidades médicas. O potencial de um enfoque
integrador para contribuir com as melhorias na saúde e bem-estar humano é mais
importante do que os vieses históricos que têm sido associados à abordagem científica.

Os ambientes sociais e físicos têm um enorme impacto em nossa fisiologia e


comportamento e influenciam o processo de adaptação. É correto afirmar, ao mesmo
tempo, que nossas experiências alteram nosso cérebro e pensamentos, isto é,
modificando nossa mente, alteramos nossa neurobiologia.

O modelo interativo está baseado em evidências de que, embora os genes


aumentem a sensibilidade da pessoa ao estresse, também podem moldar fatores de
personalidade que, na realidade, aumentam as chances de a pessoa apresentar depressão.
A vulnerabilidade biológica ou genética envolve múltiplos genes que interagem com as
influências ambientais, moldam a natureza da química cerebral da pessoa e podem
moldar as características da personalidade, como a instabilidade emocional.

A vulnerabilidade psicológica envolve comportamentos moldados por fatores


como timidez e busca excessiva de reasseguramento. Os estudos recentes indicam que a
resolução dos problemas protege as pessoas de eventos estressantes da vida. Os eventos
estressantes da vida, especialmente perdas pessoais, negligência e abuso físico,
emocional ou sexual, aumentam a probabilidade de doença mental ao tornarem a
resposta cerebral ao estresse mais hipersensível e intensa.

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5- CONCLUSÃO

Concluindo, os termos transtorno, distúrbio e doença combinam-se aos termos


mental, psíquico e psiquiátrico para descrever qualquer anormalidade, sofrimento ou
comprometimento de ordem psicológica e/ou mental. Os transtornos mentais são um
campo de investigação interdisciplinar que envolvem áreas como a psicologia, a
psiquiatria e a neurologia. As classificações diagnósticas mais utilizadas como
referências no serviço de saúde e na pesquisa hoje em dia são o Manual Diagnóstico e
Estatístico de Desordens Mentais - DSM IV, DSM V e a Classificação Internacional de
Doenças - CID-10.

Em psiquiatria e em psicologia prefere-se falar em transtornos, perturbações,


disfunções ou distúrbios (ing. disturbs, alem. Störungen) psíquicos e não em doença;
isso porque apenas poucos quadros clínicos mentais apresentam todas as características
de uma doença no sentido tradicional do termo - isto é, o conhecimento exato dos
mecanismos envolvidos e suas causas explícitas. O conceito de transtorno, ao contrário,
implica um comportamento diferente, desviante, "anormal". Portanto podemos
determinar que transtorno mental é o termo adequado para designar o gênero
enfermidade mental, e substitui termos como "alienação mental" e outros equivalentes.

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6- REFERÊNCIAS

 Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais, Paulo Dalgalarrondo, 2ed.


 Nardi, AE, Bueno JR. Diagnóstico e Tratamento em Psiquiatria. Medsi, 2000.
 Frota, LH, Piccinini, W, Bueno, JR. Centenário de nascimento do Professor José
Leme Lopes: notas biográficas e breve homenagem. J Bras Psiquiatr, 2004,
53(5):312-318.
 Soar Filho, EJ. Psiquiatría e pensamento complexo. Revista de Psiquiatria do
Rio Grande do Sul, 2003, 25(2):318-326
 Jervis, Giovanni. Manual Crítico de Psiquiatria. Anagrama, Barcelona, 1977.

Bibliografia

A. Associação Americana de Psiquiatria. Manual Diagnóstico e Estatístico de


Transtornos Mentais, 4a edição (DSM-IV-TR). Artes Médicas, Porto Alegre,
2002.
B. Organização Mundial da Saúde. Classificação dos Transtornos Mentais e de
Comportamento da CID-10. Artes Médicas, Porto Alegre, 1993.

Obras Citadas

Cuthbert. (1999). TRANSTORNOS MENTAIS E CRITERIOS DE DIAGNOSTICOS . SÃO


PAULO.

MARI, J. (2009). TRANSTORNOS MENTAIS. NEW YORK.

Ligações externas

[Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-IV ONLINE]

[Classificação dos Transtornos Mentais e de Comportamento CID-10 ONLINE]

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