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HOLDING FAMILIAR E O PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO

DIREITO – 9º SEMESTRE/NOTURNO

SILVA, Raiane Almeida, UNIC – ARY COELHO, Rondonópolis, Mato Grosso,


raiane-14_bg@hotmail.com

MAGALHÃES, Neuzimar da Cruz, UNIC – ARY COELHO, Rondonópolis, Mato Grosso,


neuzimar.magalhães@anhanguera.com

RONDONÓPOLIS
2018
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RESUMO

O presente trabalho analisa os benefícios que a holding familiar bem estruturada pode trazer para as pessoas
físicas, mostrar a evolução de seu conceito e algumas modalidades de sociedade, com a finalidade de expor ao
leitor a essência, a filosofia, os objetivos e as inovações da holding, além de demonstrar a importância desta para
as empresas familiares no seu planejamento empresarial, patrimonial e sucessório.Holding é uma sociedade
gestora de participações sociais que administra um conglomerado de empresas de um determinado grupo, ou
seja, ela é formada com o objetivo de administrar. Segundo Lodi e Lodi (2004) a holding é um moderno conceito
filosófico, quando as empresas, chamadas de operadoras, estão de olho no mercado que atuam, com as
tendências, com a concorrência e com outros problemas externos, a holding tem uma visão voltada para dentro.
Seu interesse é a produtividade das empresas que controla e não o produto que elas oferecem. No planejamento
de constituição de uma empresa, deve-se levar em consideração a finalidade de sua criação para analisar a
viabilidade, de ter ou não, como objeto social uma holding. Após a análise das necessidades, deve-se definir o
modelo de holding mais adequado de acordo com o objetivo da organização. A legislação traz dois tipos de
holding, por mais que as holding possuem como principal objetivo a participação em outras sociedades, elas
podem possuir objetivos secundários. Assim, pode-se classificar as holdings em dois tipos, que são eles, puras e
mistas (LODI, LODI, 2004). A constituição de uma holding pode ser interessante, principalmente no aspecto
fiscal e societário. No aspecto fiscal os empresários buscam a redução da carga tributária, planejamento
sucessório e retorno de capital sob forma de lucros e dividendos. Já no aspecto societário, os objetivos podem ser
pelo crescimento do grupo, planejamento, controle e administração dos investimentos gerenciamento dos
interesses internos. Diante do exposto, já possuímos conceito formado sobre o que seria a sociedade holding
bemcomo empresa familiar. Portanto, importante agora que se crie um vínculo entre toda a explanação para
chegarmos à conclusão sobre o que é o holding familiar e como ele deverá contribuir para o processo sucessório
naquelas empresas. Essa também é a interpretação de Gladston Mamede: Como o próprio nome diz, holding
familiar é aquela formada entre os membros de uma determinada família buscando a simplificação do processo
sucessório, a organização do patrimônio e eficiência na gestão administrativa. Entretanto, não devemos entendê-
la como uma espécie única de holding. Poderá ser de ambos os tipos, pura ou mista. Seu diferencial básico é ser
formada exclusivamente por membros da família. (MAMEDE, Gladston, op.cit. p. 5). O que se busca nesse tipo
de sociedade é a manutenção das ações e participações da empresa familiar na própria família, sem a
participação de terceiros. Assim, perpetuam-se os laços sanguíneos no empreendimento, tornando este um legado
de gerações.

Palavra Chave: Holding Familiar. Sociedade. Blindagem Patrimonial . Empresa Familiar.

INTRODUÇÃO
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Desde a década de 90, muito se fala em estratégias de blindagem patrimonial e preservação sucessória
do patrimônio. Essas estratégias têm por objetivo proteger o patrimônio pessoal das instabilidades
inerentes à pessoa física por meio da criação de sociedades jurídicas, implicando na
incomunicabilidade dos bens da sociedade com os do sócio, de acordo com o princípio da autonomia
patrimonial das pessoas jurídicas. As sociedades são pessoas jurídicas de direito privado e possuem
como requisitos a finalidade de exploração comum e específica de determinada atividade econômica,
pluralidade de pessoas ou bens e o devido registro perante o Órgão competente. A finalidade
econômica e o intuito lucrativo é o que diferencia as sociedades das associações. Dividem-se em
simples e empresárias. As primeiras exploram atividades econômicas não empresariais, como
prestação de serviços. Por outro lado, as segundas exercem determinada atividade econômica de
produção ou circulação de serviços e bens, de acordo com o art. 966 do CC, e por isso têm maior
relevância para o Direito Empresarial. Nesse contexto, surgem no ordenamento jurídico as chamadas
holdings, sociedades que têm por finalidade a participação no capital de outras sociedades, com o
objetivo de controla-las, administra-las e planeja-las estrategicamente. Holding vem do verbo inglês to
hold, com o significado de segurar, sustentar, manter. É um instrumento que protege o patrimônio de
seus sócios. Trata-se de uma sociedade jurídica independente, que tem por finalidade adquirir e manter
ações de outras sociedades, juridicamente independentes, como o objetivo de controlálas, sem com
isso praticar atividade comercial ou industrial (LODI; LODI, 2011, p. 4). definem holding (ou holding
company) como uma sociedade que detém participações societárias de outras sociedades, que tenha
sido constituída exclusivamente para isso (sociedade de participação) ou não (holding mista). A
holding tem por finalidade administrar os bens da empresa que controla e, também, o controle
acionário de participação de outras empresas. Uma holding também pode ser uma empresa individual,
sem ter participação em outras empresas, tendo apenas a finalidade de controlar o patrimônio dos
sócios, visando a segurança patrimonial, a organização dos recursos, administração dos bens, o
aproveitamento dos incentivos fiscais e a sucessão hereditária. (MAMEDE; MAMEDE, 2017).

Porém, holding não é um tipo específico de sociedade. Esse tipo deve ser escolhido a partir de sua
finalidade. A sociedade empresária limitada é a mais indicada para este fim, motivada por seu baixo
custo, evitabilidade de intervenção de terceiros e restrita responsabilização dos sócios ao valor de suas
ações. Neste sentido, em caso de fracasso ou falência de alguma das sociedades controladas, a holding
não será afetada pelo fato de não se exigir dela a responsabilidade subsidiária. 1 Discentes do 2º ano
do curso de Direito do Centro Universitário “Antônio Eufrásio de Toledo” de Presidente Prudente.
Contato: lara.sardelari@hotmail.com; fapmgarcia@hotmail.com. As holdings anteriormente eram mal
vistas, pré-julgadas e taxadas de fraude ou instrumentos de burlagem legal, por visar a isenção de
tributação. Tal rótulo só foi perdido com o advento da Lei 6.404/76, pois estas foram conhecidas
legalmente no §3º do art. 2º, onde se admite que as companhias participem de outras sociedades com o
objetivo de obter incentivos fiscais. Ademais, são empresas como quaisquer outras, submetidas às
mesmas imposições legais que as outras pessoas jurídicas, trazendo um diferencial em seu objeto
social e finalidade. A relevância do tema se prova com a crescente procura por esta modalidade, com a
finalidade de se obter um planejamento concreto para o futuro familiar e patrimonial, objetivando
prevenir, ainda, os conflitos sucessórios que possam vir a surgir no âmbito da partilha de bens.

As empresas familiares representam uma parcela significativa dos grandes grupos empresarias.
Diferente do que muitos pensam administrar uma empresa familiar é uma tarefa árdua, pois pode
haver conflitos de interesses, ideias e visão de futuro. Para garantir a perenidade da organização é
necessário ter um bom planejamento, como por exemplo, o planejamento sucessório. Segundo
Bornholdt (2004, p. 2) empresa familiar pode ser definida como: Aquela que nasceu de uma só pessoa,
um empreendedor. Ele a fundou, a desenvolveu, e, com o tempo, a compôs com membros da família a
fim de que, na sua ausência, a família assumisse o comando. É a que tem o controle acionário nas
mãos de uma família, a qual, em função desse poder, mantém o controle da gestão ou de sua direção
estratégica. As empresas familiares possuem o perfil de que duas os mais pessoas, do mesmo grupo
familiar, dirijam os negócios. O tamanho da empresa familiar não é importante para os resultados, mas
sim a capacidade da família para administrá-la. O fato de uma empresa ser familiar, não pode ser
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considerado como indicativo de sucesso, o importante é a entidade se preparar para os desafios e


permanecer no mercado de alta competitividade. (BARRUECO et al., 2007).

A sucessão no direito brasileiro encontra-se regida nos artigos 1.748 a 2.027 do Código Civil. Nesse
contexto, um dos institutos principais adotados pela nossa legislação, é o chamado droit de saisine .
Destarte, Maria Helena Diniz elucida ainda mais o tema e define:

A morte gera automaticamente a abertura da sucessão, transmitindo aos herdeiros os bens de direito da
herança. Aberta esta, no prazo de 30 dias deverá ser instaurado o inventário do patrimônio hereditário
para fins de liquidação e possível partilha de herança. (DINIZ. Maria Helena, 2007 v.6. p. 32).

Importante ainda que se destaque que a sucessão será constituída em duas maneiras: a primeira,
conhecida como legítima, tem bases nos laços sanguíneos e familiares que restam da relação do de
cujus com seus herdeiros. Já a segunda é constituída pela vontade do falecido, que dispõe acerca do
destino da herança ainda em vida, por meio de testamento ou qualquer outro instrumento de expressão
da vontade aceito pelo direito brasileiro. Entretanto, esse processo, nas empresas familiares, pode
muitas vezes acabar por comprometer de maneira vital a continuidade do empreendimento. Em alguns
casos, por inúmeros motivos, sejam eles o despreparo dos herdeiros; a emoção da família; a disputa
pela herança e a demora no processo de inventário, o bom andamento da empresa pode ser obstruído,
o que, na grande maioria das vezes, se torna um passo irreversível para a diminuição na dinâmica e
rendimentos, podendo culminar até na falência.

OBJETIVO

O objetivo geral deste estudo é analisar as holdings, blindagem patrimonial, sucessões e como as
holdings familiares podem contribuir para o planejamento sucessório patrimonial .
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METODOLOGIA

O método de estudo adotado foi o dialético, com caráter bibliográfico, exploratório, qualitativo e
quantitativo, dedutivo-comparativo, já que foram analisadas diferentes posições doutrinárias e
jurisprudenciais, bem como premissas argumentativas, a fim de obter uma conclusão plausível.
Também foram visitados artigos de jornais e revistas especializadas, trabalhos acadêmicos e sites
específicos na internet.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Existem diversos tipos de holding, como a pura, em que se objetiva unicamente a maior titularidade de
quotas ou ações de outras empresas. Essa modalidade ainda se divide em sociedades de controle e
participação. As primeiras consistem em possuir quotas e/ou ações de outras sociedades de maneira
suficiente para que se possa exercer controle sobre ela, e as de participação visam a titularidade das
quotas/ações sem que precise necessariamente deter o controle destas. (MAMEDE; MAMEDE, 2012,
p. 3) Há, também, a denominada holding mista, que não se dedica unicamente à titularidade de ações,
mas também a outras atividades empresariais stricto sensu, mesmo que isso não esteja expressamente
contido em seu estatuto ou contrato social. A holding familiar pode pertencer a qualquer tipo, desde
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que esteja inserida ao seio de determinada família, e possa atender aos anseios e planejamentos desta.
As empresas familiares buscam a sucessão de sua diretoria dentro da linha hereditária da família
administradora, e por isso estão intimamente ligadas com a origem e a história dessa família. Sendo
assim, as holdings familiares visam assegurar a sucessão empresarial, como forma de visão futura da
proteção do patrimônio, otimizar as relações jurídicas e conter riscos e custos. No tocante aos
benefícios, a criação desta holding assegura o isolamento de questões familiares das questões
patrimoniais, mantendo a sociedade afastada de eventuais conflitos internos, por meio da
administração de empresas de um mesmo grupo empresarial e da centralização das decisões relativas a
este grupo. Essa reestruturação societária também pode servir para acomodar os valores das novas
gerações (MAMEDE; MAMEDE, 2012, p. 53). Para tanto, torna-se necessário centralizar a
administração e o planejamento das diversas sociedades abraçadas pela holding, conferindo-lhe
primordial papel de governo da organização. É viável, também, a expansão das atividades e atuação
empresarial. A influência positiva da sociedade de participação é uma realidade comum e proveitosa
para o mercado (MAMEDE; MAMEDE, 2012, p. 55). A holding pode, ainda, atuar como procuradora
de todas as empresas do grupo empresarial junto a órgãos do governo, entidades de classe e,
principalmente, instituições financeiras, reforçando o seu poder de barganha e sua própria imagem
(OLIVEIRA, 2010, p.18). Constituir uma holding implica na oportunidade de se evitar futuros
conflitos familiares que podem até colocar em risco o trabalho construído por uma família durante
muitos anos. No Direito Societário, criam-se regras no que cerne a este ambiente, mesmo que questões
familiares estejam envolvidas. As questões relativas a patrimônio serão solucionadas pelo Direito
Empresarial, e não pelo Direito Civil, obedecendo as normas convencionadas pelo contrato ou estatuto
social. O planejamento sucessório dentro de uma holding familiar pode por vezes substituir o próprio
testamento, pois ficarão regulamentados os montantes a serem transferidos a cada herdeiro,
respectivamente, após o falecimento do genitor proprietário. Concentrar a administração em uma
holding, consolidando a centralização do tratamento familiar, pode causar uma situação insustentável e
altamente problemática no grupo empresarial, pois, em face das divergências de ideias, mistura de
emoções e sentimentos, competitividades pessoais e disputas, o resultado poderá ser a ampliação de
contendas pelo poder e por herança, resultando em sérios problemas para o grupo e embates que não
se podem resolver através da holding. (ANCIOTO, 2017, p. 32). Porém, tudo deve ser constituído de
modo preventivo, ou seja, não se pode constituir uma holding como blindagem patrimonial ilícita e
fraudulenta, como para alegar insolvência ao transferir todo o patrimônio da pessoa física para a
jurídica, sob pena de desconsideração da personalidade jurídica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em uma sociedade competitiva, onde até entre empresas familiares ocorrem disputas patrimoniais,
algumas precauções devem ser feitas para conter eventuais conflitos e proteger o patrimônio familiar.
Nesse sentido, um bom planejamento sucessório patrimonial garante a continuidade dos negócios da
família. Sendo assim, a utilização da holding como ferramenta de planejamento vem ganhando espaço
nas empresas famílias. Estes tipos de sociedade visam outros planos para a sucessão dos bens e
eventuais benefícios fiscais que poderão ser aproveitados com a constituição deste tipo societário.
Contudo, a elaboração de um planejamento sucessório patrimonial, com base na utilização da
constituição de uma holding, exige um estudo minucioso dos objetivos que se pretende alcançar com
este tipo de sociedade. Diante deste exposto, o objetivo geral deste estudo foi analisar como as
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holdings familiares podem contribuir para o planejamento sucessório patrimonial, bem como, os
efeitos do regime tributário para as holdings, visando a prevenção de conflitos entre os herdeiros que
possam inviabilizar a continuidade dos negócios. A Holding Familiar pode ser uma solução para os
empreendedores que pretendem prolongar a existência de suas atividades, com resguardo patrimonial,
planejamento tributário e sucessório, evitando conflitos entre familiares e concentrando todas as forças
para o crescimento e profissionalização do grupo.

De acordo com todo o material abordado, pode-se concluir que a holding familiar é um ótimo
instrumento para aqueles que buscam segurança patrimonial com a potencialidade de estender-se por
diversas gerações dentro do mesmo seio familiar, com o intuito de prevenir e sanar eventuais conflitos
internos no tocante à herança e divisão do patrimônio, além de efetivar a segurança jurídica das
pessoas físicas que a constituem.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANCIOTO, Kleber Luciano. HOLDING FAMILIAR: BENEFÍCIOS E RISCOS DA


ADMINISTRAÇÃO DE PATRIMÔNIO POR INTERMÉDIO DE PESSOA JURÍDICA. 2017. 73 f.
Monografia - Curso de Direito, Centro Universitário Antônio Eufrásio de Toledo, Presidente Prudente,
2017.

LODI, Edna Pires; LODI, João Bosco. Holding. 4.ed. rev. e atual. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
MAMEDE, Gladston;
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MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento jurídico e econômico do
patrimônio e da sucessão familiar. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Holding, administração corporativa e unidade estratégia
de negócio: uma abordagem prática. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2010.

BARRUECO, Fernando Mauro; PERROTTI, Paulo Salvador Ribeiro; LERNER, Walter. Empresas
familiares: aspectos jurídicos e estratégias para uma boa gestão. São Paulo: IOB Thomson, 2007. 171
p.

BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988.Brasília: Senado,


2008.

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