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Fevereiro de 2006
i
Aprovado por:
________________________________________
Andréa Medeiros Salgado, D.Sc.
________________________________________
Carlos Eduardo P. S. Campos, M.Sc.
________________________________________
Gláucia A. da S. Torres, Eng. Química
Orientado por:
________________________________________
Fernando Luiz Pellegrini Pessoa, D.Sc.
AGRADECIMENTOS
à minha família, em especial aos meus pais, aos meus irmãos, à vovó Tita, à
minha madrinha Rita e aos tios Joaquim, Goretti e Orlando, pela paciência,
amizade e companheirismo;
aos amigos Leia, Dalva, Hudson, Elias, Alê, Del, Ujá e Ton, ao longo da minha
caminhada vocês me incentivam, me estimulam e me encorajam;
Resumo do Projeto Final apresentado à Escola de Química como parte dos requisitos
necessários para obtenção do grau de Engenheiro Químico com ênfase na área de
Petróleo e Gás Natural – Refino e Processamento.
Crude oil has become a very important raw material in our society, due to its
several applications of its valuable products. Crude oil is present in our lives as energy,
like gasoline and diesel oil and also as raw material for products like crayons, plastics,
synthetic fibers and tires. However, since its exploration until its consumption, it is
necessary many operations like: separation processes, conversion and finishing, which
demand a lot of specification tests, besides the products high value which can not be
compromised. Therefore, simulation of processes can be a valuable tool for oil industry.
Fractional distillation is useful for separating a mixture of substances with
narrow differences in boiling points, and is the most important step in the whole
refining process. Oil refining process starts with a fractional distillation column that
separate the different fractions of hydrocarbons in several useful products. Distillation
can be characterized by its operation conditions (atmospheric pressure or vacuum) or
process configuration as distillation, stripping, rectification, extractive, azeotropic
among others. There are also side stripper columns and pumparounds, associated to
fractional distillation columns, turning the process more and more complicated.
The objective of the present work was the simulation of an atmospheric
distillation column, using a suitable mathematical model, in a commercial simulator, on
crude oil separation. The main purpose was to enhance crude separation by the
identification of causes of fault or low efficiency in the process.
Traditionally, the simulation of processes has been used to design flowcharts and
to specify important equipment parameters, as number of trays of a distillation column
and the diameter of a drum. Other areas of application which are growing in importance
are: synthesis, design, construction, start up, modifications and shut down procedures.
In order to accomplish the present simulation study it has been used real Data
from a Distillation Unit of a typical oil refinery, referring to a period when the plant was
operating close to a steady state condition. Information about crude oil composition and
process streams have been inserted in the simulator for the model generation.
With the definitive and validated model, a study on the influence of feed point
location on thermal duty of crude oil distillation column has been established.
viii
ÍNDICE
I. Introdução 01
II.1. O Petróleo 02
II.3. Destilação 03
II.4.1.3. Nafta 06
II.5.3. Dessalgadoras 09
II.6.1.1. Pseudocomponentes 13
II.7. Produtos 14
III.1. Dados 20
III.1.1. Petróleo 20
III.1.2. Projeto 22
III.1.4. Dessalgação 25
V. Conclusões e Sugestões 53
Referências Bibliográficas 54
Apêndice A1 55
xi
ÍNDICE DE FIGURAS
ÍNDICE DE TABELAS
ABREVIATURAS
Abreviatura Descrição
1
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
II.1. O Petróleo
2
que vai determinar os processos necessários para a produção das quantidades
e qualidades desejadas aos derivados. Esta distribuição relativa da produção
dos derivados de petróleo, chamada de perfil do refino, exige que as refinarias
estejam capacitadas com processos de refino que permitam produzir os
derivados necessários ao mercado com o menor custo [2].
II.3. Destilação
4
Figura II.1: Frações do petróleo obtidas a partir da destilação [2].
II.4.1.3. Nafta
6
(normalmente em função da otimização da configuração da torre) e por isso
são identificados como leve e pesado. Seu maior uso é como combustível de
motores a diesel, por isso essas frações também são chamadas de diesel leve
(DL) e pesado (DP).
7
II.5. Descrição do fluxo na unidade de destilação
10
retificadoras são retiradas em pratos determinados e os leves, retirados pela
ação de vapor d’água, retornam à torre atmosférica, em geral, um prato acima
do prato de retirada.
11
vapor dos hidrocarbonetos), a pressão de operação da torre será menor ou
maior, respectivamente.
CONSTITUIÇÃO DO
PETRÓLEO
Propriedades Físicas
DENSIDADE VOLATILIDADE
II.6.1.1. Pseudocomponentes
Por ser composto por uma infinidade de componentes, não seria possível
identificá-los ou determinar a sua composição em termos dos componentes
puros. Desta forma, os componentes do petróleo são agrupados em frações
de petróleo que são misturas complexas de hidrocarbonetos sendo
identificadas pela determinação, de maneira indireta e experimental, de
propriedades médias [1]. Estes compostos aparentes, chamados de
pseudocomponentes, são determinados a partir da curva PEV e utilizados
quando se deseja uma composição representativa de um petróleo.
13
A curva de destilação é fundamental para gerar os pseudocomponentes
de um petróleo, além da curva PEV há outras que são obtidas por diferentes
métodos. Outra informação necessária para determinar a pseudocomposição
de um petróleo é a curva de densidades.
141,5
° API = − 131,5
d 15, 6 / 15, 6
II.7. Produtos
14
Os produtos obtidos do petróleo estão divididos em duas classes principais
[2]:
15
Os combustíveis são os derivados de maior demanda e de maior obtenção no
processo de refino, alcançando mais de 80% do consumo no Brasil, como
ilustrado na figura II.4 [2].
Combustíveis
80%
Nafta
Petroquímica
13%
Outros
7%
16
analisar problemas operacionais, detectar origem de falhas e entender as suas
unidades industriais a ponto de poder controlá-las melhor [5].
17
fundamentais da natureza. Embora as leis básicas da termodinâmica sejam
gerais, elas fornecem relações, e não modelos e é destes que são obtidas as
propriedades físico-químicas tão importantes para a simulação de processos
químicos. Por isso, é necessário transformar as relações gerais
termodinâmicas em modelos úteis para a prática de engenharia
18
dados reais com dados obtidos por simulação, inferindo em que grau o
simulador representa o processo em questão [5].
19
III. SIMULAÇÃO DO PROCESSO
III.1. Dados
III.1.1. Petróleo
20
Curva PEV
T (°C)
1000,0
750,0
500,0
250,0
0,0
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0
% (v/v) de Petróleo
Figura III.1: Curva da destilação PEV.
Curva de Densidades
°API
100,0
75,0
50,0
25,0
0,0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0
% (v/v) de Petróleo
Figura III.2: Curva de densidades.
21
Tabela III.1: Teor de leves presentes no petróleo.
III.1.2. Projeto
22
Tabela III.3: Pontos de entrada e saída das correntes da torre atmosférica teórica.
Tabela III.4: Equivalência das correntes da torre retificadora de querosene real e teórica.
Tabela III.5: Equivalência das correntes da torre retificadora de diesel leve real e teórica.
23
Tabela III.6: Equivalência das correntes da torre retificadora de diesel pesado real e teórica.
Tabela III.7: Pontos de entrada e saída das correntes da torre de vácuo teórica.
24
Tabela III.8: Vazões médias a 20/4°C e rendimentos médios dos produtos.
III.1.4. Dessalgação
25
Tabela III.10: Principais temperaturas ao longo do circuito do petróleo pela Unidade.
27
III.1.8. Torre de vácuo
28
III.2. Elaboração do Modelo
• Ambiente WindowsTM;
• Operação modular;
29
• Definição das operações unitárias envolvidas no processo;
• Validação do modelo.
30
PEV, da curva de densidades e pelo teor de leves. Por meio da curva PEV o
simulador define a quantidade e a volatilidade dos pseudocomponentes, após
descontar os leves previamente definidos. Para realizar a determinação das
demais propriedades dos pseudocomponentes o simulador necessita também
dos dados da curva de densidades.
31
Tabela III.20: Pseudocomponentes calculados.
32
Figura III.3: Curva de destilação PEV experimental e calculada.
33
Tabela III.21: Composição da carga.
34
Caracterizada a carga, o simulador oferece facilidades para a
especificação das operações unitárias envolvidas bem como das correntes que
as interligam. A figura III.5 representa o fluxograma simplificado do processo
simulado.
35
Figura III.6: Representação esquemática e simplificada da torre pré-flash.
38
especificações para as torres e demais operações unitárias do processo estão
representadas na tabela III.23.
40
F (m³/d)
Perfis de Vazões
3500,0
2800,0
Vazão de Liquido
Vazão de Vapor
2100,0
1400,0
700,0
0,0
1 3 5 7 9 11
Estágio
p (Kgf/cm²)
Perfil de Pressões
4,00
3,50
3,00
2,50
2,00
1 3 5 7 9 11
Estágio
Figura III.9: Perfil de pressões ao longo da torre pré-flash.
41
Perfil de Temperaturas
T (°C)
300,0
250,0
200,0
150,0
100,0
50,0
0,0
1 3 5 7 9 11
Estágio
Figura III.10: Perfil de temperaturas ao longo da torre pré-flash.
42
Tabela III.25: Pressões, temperaturas e vazões de líquido e vapor nos estágios.
Perfis de Vazões
F (m³/d)
20000
T. Atmosférica - Líquido T. Atmosférica - Vapor
T. Ret. Q - Líquido T. Ret. Q - Vapor
T. Ret. DL - Líquido T. Ret. DL - Vapor
T. Ret. DP - Líquido T. Ret. DP - Vapor
10000
0
1 6 11 16 21 26 Q DL 31DP
Estágio
Figura III.11: Vazões de líquido e vapor por estágio nas T ATM e retificadoras laterais.
43
Perfis de Pressões
p (Kgf/cm²)
1,50
1,00
0,50
T. Atmosférica
T. Retif. Q
T. Ret. DL
T. Ret. DP
0,00
1 6 11 16 21 26 Q DL 31
DP
Estágio
Figura III.12: Perfil de pressões ao longo das torres T ATM e retificadoras laterais.
Perfis de Temperaturas
T (°C)
360,0
240,0
T. Atmosférica
T. Retif. Q
T. Ret. DL
T. Ret. DP
120,0
0,0
1 6 11 16 21 26 Q DL 31DP
Estágio
Figura III.13: Perfil de temperaturas ao longo das torres T ATM e retificadoras laterais.
44
A tabela III.26 apresenta o resultado do ajuste do modelo, onde foi feita
uma comparação entre os resultados partindo do modelo calculado e os
valores retirados da planta. A fim de validar o modelo, foi calculado o erro em
relação ao valor da planta. Foi considerado o mesmo peso para as variáveis
comparadas, sendo assim, o erro de cada torre foi considerado a média
aritmética dos erros relativos. O erro global do ajuste do processo foi calculado
pelo mesmo procedimento.
Tabela III.26: Comparação entre valores do processo com os obtidos pelo simulador.
Uma vez obtido o modelo para o processo, este pode ser utilizado para
realizar estudos, testar alterações, otimização, entre outros.
47
Figura IV.1: Incorporação de um separador de fases ao processo.
48
Tabela IV.1: Cargas térmicas calculadas para os casos estudados.
49
da fração vaporizada no prato vinte e seis, os casos com entrada nos pratos de
vinte a vinte e quatro não levaram a alterações expressivas no consumo
quando comparados com o caso base. O caso sete apresentou o maior
consumo e foi o prato mais alto estudado (dezenove). Os extremos (casos um
e sete) estão em azul.
50
Figura IV.4: Carga térmica enviada às baterias de trocadores de calor.
51
Tabela IV.2: Análise econômica em cada caso estudado.
Figura IV.5: Diferenças entre os ganho de energia nas baterias e as perdas no condensador
em cada caso
52
V. CONCLUSÕES E SUGESTÕES
53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
54
APÊNDICE A1
Tabela A1.1: Legenda com códigos dos equipamentos (figuras A1.1, A1.2 e A1.3).
55
Tabela A1.2: Legenda com códigos das correntes (figuras A1.1, A1.2 e A1.3).
56
Figura A1.1: Fluxograma simplificado da Unidade: Entrada da carga, baterias de
preaquecimento e dessalgação.
57
Figura A1.2: Fluxograma simplificado da Unidade: Torre pré-flash, torre estabilizadora de
nafta e forno atmosférico.
58
Figura A1.3: Fluxograma simplificado da Unidade: Torre atmosférica, forno de vácuo e torre
de vácuo.
59