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Introdução

Qual a origem e quais os motivos que culminaram neste estudo?

Tudo começou quando estava estudando a epístola aos hebreus, chamada por alguns estudiosos do
quinto evangelho de Cristo (apresentando Ele como cidadão celestial) e pude encontrar alguns indícios sobre a
questão da lei e de Cristo, e a partir daí passei a pesquisar sobre as divergências que existiam em torno do
Sábado, os adventistas afirmando a necessidade da guarda, os evangélicos por sua vez divergindo entre si, não
guardar, guardar o domingo ou tanto fazia guardar ou não.
Não tenho nenhuma intenção de entrar em méritos que venham a sair deste tema, ou seja, não desejo
aqui colocar se essa ou aquela é uma seita ou esta certa errada, meu objetivo é apenas confrontar as idéias e
mostrar o que se pensa sobre o assunto, para isso busquei os ensinos evangélicos e também adventistas entre
autores conhecidos de ambas as partes a fim de não estabelecer senão a verdade de cada uma, motivo pelo qual
encontraremos muitas citações no corpo deste.
Fica aqui o desejo que esse apanhado de informações seja útil ao amado leitor para ajudá-lo a avaliar
cada uma das interpretações.
Todas as citações terão suas fontes de origens a fim de que caso alguém tenha dúvida do que está
escrito seja verdadeiro possa verificar pessoalmente, digo isto, pois algumas das citações parecem estranha.
Busquei as bases das afirmações verificando suas interpretações sobre a guarda ou não deste
mandamento, analisando os benefícios e os malefícios na visão de cada uma interpretação. Motivo pelo qual
me tornei talvez obsessivo pela busca do que seria verdadeiro sobre tudo que se dizia. Fiquei abismado,
perplexo e até mesmo tive medo de estar caminhando para a perdição quando comecei a pesquisar os ensinos
adventistas, na maneira que procedia sobre. Diante dos ensinos em torno do Sábado, gostaria de fazer uma
breve demonstração de tudo o que foi investigado durante a pesquisa:

Afirmação de alguns grupos de evangélicos:

* Tanto faz guardar ou não, não tem nenhuma importância para Deus.
* Devemos guardar o Domingo como sendo o dia do Senhor, em substituição ao sábado
* Não devemos guardar dia algum, pois esse mandamento foi estabelecido para os judeus.
* Não devemos guardar dia algum, pois esse mandamento abrogado por Cristo na cruz
* O Sábado não influi em salvação, pois ela vem do sacrifício de Cristo.

Afirmações adventistas:
Extraído do O GRANDE CONFLITO Paz e vitória afinal, de autoria da Sra Ellen G. White profetiza
e uma das maiores idealizadora do seguimento Adventista do Sétimo Dia que traz a base das doutrinas
adventistas explicando cada uma delas, encontrei duras afirmativas, vejamos algumas delas:
As igrejas protestantes são a babilônia dos tempos modernos:
* Página 356: “Babilônia é a igreja, decaída em virtude de seus pecados, em vista de sua rejeição da verdade.”
* Página 229: “Babilônia é a “mãe das meretrizes”, Suas filhas devem ser simbolizadas por igrejas que se
apegam as suas doutrinas e tradições, seguindo seu exemplo em sacrificar a verdade de modo a formar uma
aliança com o mundo. A mensagem que anuncia a queda de Babilônia deve ser aplicada aos grupos religiosos
que uma vez foram puros e se tornaram corruptos ... Adicionalmente, o povo de Deus é chamado a sair de
Babilônia. Segundo esse texto, muitos dentre o povo de Deus devem ainda encontrar-se em Babilônia. E em
que corporações religiosas se encontrará hoje a maior parte dos seguidores de Cristo? Nas várias igrejas que
professam a fé protestante”.
* Página 231: “O grande pecado imputado a Babilônia é que “a todas as nações deu a beber do vinho da fúria
da sua prostituição”. Esta taça representa as falsas doutrinas que ela aceitou como resultado da sua amizade
com o mundo. Por seu turno a igreja exerce uma influência corruptora sobre o mundo, ensinando doutrinas que
se opõem às mais claras instruções da bíblia.”

* Página 232: “Apocalipse 18 indica o tempo em que o povo de Deus ainda presente em Babilônia será
chamado a separar-se de sua comunhão. Esta mensagem, a última que será enviada ao mundo, cumprirá a sua
obra. A luz da verdade brilhará então sobre todos aqueles cujo coração estiver aberto para recebê-la, e todos os
filhos do Senhor que permanecem em Babilônia atenderão ao chamado: “Sai dela, povo Meu.” Apocalipse
18:4.”
A igreja protestante é a origem do anticristo:
* Página 229: “O Dr Hopkins declara: “Não há motivo para se considerar o espírito e prática anticristãos como
sendo restritos ao que hoje se chama a igreja de Roma. Nas igrejas protestantes muito se encontra do anticristo,
e longe estão de se acharem completamente reformadas das ... corrupções e impiedades.”
A igreja protestante recebeu a marca da besta:
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* Página 355: “O Sábado, a grande prova de lealdade, é o ponto da verdade especialmente controvertido. Ao
passo que a observância do falso Sábado será uma declaração de fidelidade ao poder que se opõe a Deus (a
besta), a guarda do verdadeiro Sábado será uma prova de lealdade ao Criador. Ao passo que uma classe recebe
o sinal da besta a outra recebe o selo de Deus.”
A perseguição da igreja protestante aos Adventistas:
* Página 268: “Todos estarão divididos em duas grandes classes – os que guardam os mandamentos de Deus e
a fé de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem, e recebem a sua marca. A igreja e o estado unir-se-ão para
obrigar “todos” a receberem a “marca da besta”, mas ainda assim o povo de Deus não a receberá.”
* Página 348: “Os que honram o Sábado bíblico serão denunciados como inimigos da lei e da ordem, como
que a derribar as restrições morais da sociedade, causando anarquia e corrupção atraindo os juízos de Deus
sobre a terra. Serão acusados de deslealdade para com o governo.” Citam como base para essa interpretação
Ap 12.17.
* página 355: “Os poderes da terra, unindo-se para combater os mandamentos de Deus, decretarão que “todos
os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos” (Ap 13:16), se conformem aos
costumes da igreja, através da observância do falso Sábado. Todos os que a isto se recusarem, serão finalmente
declarados como dignos de morte”.
* Página 356: “A igreja apelará ao braço forte do poder civil e, nesta obra, unir-se-ão romanistas e protestantes.
Ao tornar-se mais audaz o movimento em prol da imposição do Domingo, os observadores dos mandamentos
serão ameaçados com multas e prisão. A alguns se oferecerão posições de influência e outras recompensas,
desde que renunciem à fé”.
* Página 357: “ A obediência a Deus será considerada rebeldia”.
* Página 361: “Expedir-se-á, finalmente, um decreto contra todos os que santificam o quarto mandamento,
denunciando-os e concedendo ao povo liberdade, para depois de certo tempo, matá-los”.
A igreja protestante e as alianças com outras seitas:
* Outra afirmação que gostaria de citar é a descrita na página 346, onde relata-se que os protestantes
farão duas grandes alianças: uma com os católicos através da guarda do domingo e a outra com o espiritismo,
através da imortalidade da alma, chegando a seguinte conclusão: “O próprio satanás está “convertido”.
Aparecerá como anjo de luz. Através do espiritismo, milagres serão operados, doentes serão curados, e se
efetuarão muitas inegáveis maravilhas ... e os protestantes, havendo rejeitado o escudo da verdade, serão
iludidos. Romanistas, protestantes e mundanos juntamente verão nesta aliança um grandioso movimento para a
conversão do mundo. Por meio do espiritismo satanás aparece como benfeitor da humanidade, curando
enfermidades e apresentando uma novo sistema de fé religiosa, mas ao mesmo tempo conduzindo o mundo a
ruína.”
Extraído do livro O TERCEIRO MILÊNIO, de autoria da Pr Alejandro bullón e um dos mais
conhecidos nomes do seguimento Adventista do Sétimo Dia:
Hoje já cumpre a profecia de que o povo de Deus seria impedido de comprar ou vender por não Ter o
sinal da besta, dizendo isto da guarda do Domingo:
* Página 113: “Isso é assustador. Aqui a profecia indica que chagará um momento na história deste mundo em
que quem guardar o Sábado não poderá comprar nem vender. parece imaginação doentia? pois então pergunte-
se: hoje, ainda em tempos de paz, todos os jovens que guardam o sábado têm direito de ...”
Insinuação do Domingo como sendo a marca da besta:
* Página 113: “O mais dramático de tudo é fazer a seguinte pergunta: “Se o Sábado é o sinal ou selo de Deus,
qual é a marca da besta?” ...qual é o poder que está por traz do Domingo como dia de repouso?.”
A distinção das igrejas adventistas e evangélicas, levando-se em conta que uma guarda a lei de Deus
(dizendo isto sobre a guarda do Sábado) e a outra mudou a lei, dizendo isto sobre a guarda do Domingo:
* Página 49: “Na bíblia, a igreja de Deus é simbolizada de várias maneiras. Algumas vezes, ela é comparada
ao corpo humano. Noutras, a uma mulher pura que espera pelo noivo. Esse simbolismo é confirmado no
Apocalipse. Uma mulher pura, vestida de sol, é símbolo da igreja de Deus e uma mulher prostituta, vestida de
vermelho, simboliza a igreja que pertence ao inimigo de Deus. Dois comandantes com seus respectivos
exércitos.”
* Página 64: “... existem duas maneiras de colocar-se contra alguém. A primeira, é atacando e perseguindo. E,
quando as medidas de violência não dão resultado, é possível também destruir a pessoa, desvirtuando seu
caráter. Isto é, projetando uma falsa imagem da verdadeira pessoa, fazendo-se passar por ela, ou colocando-se
no lugar dela. João diz mais. Os anticritos ou seja, as pessoa que tentarão perseguir ou desvirtuar o caráter de
Cristo, sairão, inclusive, do coração da igreja chamada cristã.”
A igreja evangélica é a Babilônia:
* Página 65: “O nome dessa igreja é Babilônia...”
* Página 68: “Outra das características da babilônia moderna é que ela é a “mãe das meretrizes e
abominações”. Quer dizer que essa igreja gerou outras igrejas. Se existe mãe, existem filhas, que, de alguma
maneira, assemelham-se à mãe. Algumas das doutrinas das filhas não provem da bíblia, mas da mãe. As puras
doutrinas bíblicas foram contaminadas com o vinho da mãe.”
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a. DIFERENTES INTERPRETAÇÕES SOBRE O SÁBADO

a) O Sábado e a salvação
“Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação eterna.” (Testemunhos Seletos, vol. III, p. 22 –
2ª edição, 1956). Segundo os ADS, o Sábado implica em salvação pois ele é uma demonstração da fidelidade
com Deus através da observação dos dez mandamentos.
Os Adventistas costumam afirmar que não é a guarda do sábado que tem o poder de salvar o pecador,
porém guardando o Sábado ele comprova ter aceitado a obra da redenção, ou seja aquele que negligenciar
demonstra por suas atitudes a rejeição ao redentor, pois disse Alfred Vaucher: “O Sábado é o sinal da
salvação”.
Dizem ainda, que caso algum crente deixe de guardar o Sábado por ignorância (falta de conhecimento
sobre) também estaria isento da culpa, essa afirmativa parece ser perigosa, gostaria de lembrar que a bíblia diz
se alguém pecar um dos mandamentos será réu de todos (Tg 2.10), e caso estejam certos é melhor não
evangelizar ninguém pois assim todos serão salvos por sua falta de conhecimento da lei de Deus não
concordam?

b) A divisão da lei em duas leis


O Pentateuco traz em seu todo um total de 613 mandamentos, e visando justificar a guarda de uns e o
descarte de outros foi estabelecido uma divisão em duas leis: Lei Moral e Lei Cerimonial. Sendo elas
diferenciadas da seguinte forma – a Lei Cerimonial, também chamada lei de Moises, a qual foi abolida na cruz
através do sacrifício de Cristo e a Lei Moral, também chamada de decálogo por ser restrita aos dez
mandamentos, essa sendo imutável e irrevogável.
Segundo os Adv essas seriam suas diferenças:
LEI MORAL
Foi proferida por Deus
Foi escrita em tábuas de pedra
Foi escrita pelo dedo de Deus
Foi colocada dentro da arca
Deverá permanecer firme para sempre
Não foi destruída por Cristo

LEI CERIMONIAL
Foi ditada por Moisés
Foi escrita num livro
Foi escrita por Moisés
Foi posta ao lado da arca
Foi cravada na cruz
Foi ab-rogada por Cristo

Observe os argumentos dos ASD sobre os 10 mandamentos, trazidos pelo rev. Natanael Rinaldi:
“Dizem os ASD: “o que têm os evangélicos contra os 10 mandamentos? Vocês gostariam de ter outro
deus diante de Deus; curvar-se diante de imagens; tomar o nome de Deus em vão? Não desejam vocês honrar
seus pais, ou querem matar alguém, cometer adultério, furtar, testemunhar falsamente, cobiçar? E aguardam
então a nossa resposta, que obviamente é: não! E então prosseguem: o problema não é o sábado?”
podemos devolver a pergunta dos ASD da seguinte forma:
Em Mt 12.5 lemos: “Ou não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o
sábado e ficam sem culpa?”
Podiam os sacerdotes violar o sábado no templo e ficar sem culpa? É de estarrecer o dilema em que se
acham os supostos guardadores do sábado. Titubeiam, se engasgam porque, embora reconheçam a autoridade
de Jesus sobre o sábado, não lhes agrada responder que nove vezes responderam não e agora se vêem
biblicamente obrigados a responder: sim. Os sacerdotes podiam violar o sábado no templo e ficar sem culpa.
Ora, o que levava os sacerdotes a violar o sábado no templo? Nada menos do que a preparação dos holocausto
que, segundo a Bíblia foram abolidos de direito na cruz, quando Jesus bradou “Está consumado” (Jo 19.30).
Se os holocaustos na vigência da lei eram mais importantes que a guarda do sábado e que os
holocaustos terminaram na cruz por um melhor sacrifício oferecido por Jesus e que é permanente (Hb 10.10-
12)”.
Veja a grande confusão: Alguns evangélicos concordam com a idéia dessa divisão, porém acreditam ser
o Sábado parte da lei cerimonial; outros dizem que tanto faz guardar o Sábado ou Domingo não há problema.
Outros ainda discordam totalmente e afirmam que já não estamos debaixo da lei, (Gl 3.10). Afirmam que a lei
foi abolida: Rm 7.4-7; 2 Co 3.6-11; Gl 3.19-25; 5.4; Ef 2.14,15; Cl 2.14-17; Hb 7.18,19; 8.7-13; 9.4, no que
também concordo no que se refere ao julgo da lei, mas temos que cumprir, não como no AT.
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Os adventistas dizem que o sábado não poderia ser um cerimonial se ele faz parte da lei moral o
decálogo esta lei é imutável, porque Deus ordenou pessoalmente. Por isso a idéia dos adventistas de que
devemos guardar o Sábado. Mas é necessário que sejamos mais criteriosos em analisarmos essa questão pois
muito embora ele faça parte dos dez mandamentos, devo dizer que não foi instituído no quarto mandamento e
sim inserido. E por que digo isso? Basta analisarmos quando foi estabelecido a guarda do Sábado, (Gn 2.3),
mas veremos essa análise mais adiante.

c) A abolição do sábado
Uma das questões pelas quais encontramos essa divergência de guardar ou não o Sábado é que nove dos
dez mandamentos do decálogo foram ratificados no Novo Testamento, sendo deixado de fora justamente a
guarda do Sábado (o quarto mandamento), o que para muitos significa sua extinção como ordenança divina,
pois o Novo Testamento não indica nenhum dia da semana em especial para o descanso, trazendo para alguns a
interpretação de que seria o Sábado parte da lei cerimonial e não moral.
Vejamos essa ratificação:
1) "Não terás outros deuses diante de mim" (Êx 20.3) = "Convertei-vos ao Deus vivo"(At 14.15);
2) "Não farás para ti imagem de escultura"(Êx 20.4) = "Filhinhos, guardai-vos dos ídolos"(1 Jo 5.21);
3) "Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão"(Êx 20.7) = "Não jureis nem pelo Céu, nem pela
terra"(Tg 5.12);
4) "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar"(Êx 20.8) = Sem ratificação no NT;
5) "Honra teu pai e a tua mãe"(Êx 20.12) = "Filhos, obedecei vossos pais"(Ef 6.1);
6) "Não matarás"(Êx 20.13) = "Não matarás"(Rm 13.9);
7) "Não adulterarás"(Êx 20.14) = "Não adulterarás"(Rm 13.9);
8) "Não furtarás"(Êx 20.15) = "Não furtarás"(Rm 13.9);
9) "Não dirás falso testemunho"(Êx 20.16) = "Não mintais uns aos outros"(Cl 3.9));
10) "Não cobiçarás"(Êx 20.17) = "Não cobiçarás"(Rm 13.9).
Os cristãos comumente julgam que a profecia concernente a abolição do sábado está em Os 2.11: “E
farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas e os seus sábados; e todas as suas festividades.”
E que o seu cumprimento está em Cl 2.14-17: “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas
ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E,
despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo. Portanto
ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da luz nova, ou dos sábados,
Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.”
Essa linha de raciocínio talvez seja superficial, visto que se lermos todo o contexto veremos que essa
afirmativa estão ligadas ao juízo de Deus pelo povo ter se deixado levar pelo pecado, e juntamente com essa
profecia temos ainda outras afirmativas de juízo Ex: “ninguém a livrará da minha mão..., devastarei a sua
vinde..., castigá-la-ei pelos dias de baalins...”.
Observe os argumentos dos ASD sobre o sábado, trazido pelo rev. Natanael Rinaldi:
“Procurando argumentar contra a abolição do sábado, afirmam os ASD que a palavra ‘sábados’ de Cl
2.16 se refere aos chamados sábados cerimoniais ou anuais de Lv 23 e nãos aos sábados semanais.
A expressão de Cl 2.16 “ dias de festa’ se relaciona com os feriados anuais ou sábados cerimoniais que
eram denominados dias de festa (Lv 23.37). Logo os sábados anuais já estão incluídos nessa frase, ficando a
palavra sábados para se referir aos sábados semanais (Lv 23.38).
Dizem os ASD que “Os termos sábado, sábados e dia de Sábado ocorrem sessenta vezes no Novo
testamento, e em cada caso exceto um, refere-se ao sétimo dia. Em Col. 2.16 e 17 faz-se referência aos
sábados anuais relacionados com as três festas anuais observadas por Israel antes do primeiro advento de
Cristo. ( ESTUDOS BÍBLICOS p. 378 – CASA, edição de 1984).
Perguntamos: Em qual caso fazem exceção? Justamente o de Cl 2.16. Então os termos “sábado,
sábados e dia de sábado” aparecem 60 vezes e sempre se referem ao sétimo dia com exceção de um - o de Cl
2.16. Se dermos à palavra ‘sábados’ o sentido de sábado semanal teremos em apoio da nossa interpretação
59 casos, reconhecidos pelos próprios ASD. Se os ASD derem o sentido de sábado anual ou cerimonial à
palavra ‘sábados’ de Cl 2.16 só terão em apoio de sua interpretação um único caso. Mas provavelmente essa
interpretação vem a ser incoerente, porque é regra de hermenêutica, que a Bíblia com a própria Bíblia se
interpreta.
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Paulo usou o mesmo argumento de Cl 2.16: dias sagrados anuais indicados pela expressão ‘dias de
festa’; dias sagrados mensais, indicados pela expressão ‘lua nova’; dias sagrados semanais pela expressão,
‘sábados’. Se conservamos o verdadeiro sentido de ‘dias de festa’ para os chamados sábados anuais, teremos
dentro da palavra ‘sábados’, mencionada em seguida, o sentido de sábado semanal. Logo, todo ciclo de dias
sagrados do judaísmo anuais, mensais e semanais, indicados pela expressão ‘dias de festa, lua nova e sábados'
terminou na cruz e não devem ser motivo de críticas como fazem os ASD e muito menos que seja necessária a
guarda do sábado para salvação, como erroneamente ensina a Sra. White”.

d) escolha de domingo como dia de adoração


Veja agora a explicação de alguns evangélicos sobre a substituição do Sábado pelo domingo, ensinados,
até mesmo em alguns seminários evangélicos:
Cristo foi rejeitado e crucificado (Jo 19.1-7). Isto se deu numa sexta-feira (Mc 15.42-47). Ressurgiu no
primeiro dia da semana (Mc 16.9; Jo 20.1,19,20; Mt 28.18). Diz a Bíblia do dia da ressurreição de Jesus, “Este
é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos e alegremo-nos nele.” Ao levantar seu Filho dentre os mortos, fez
Deus essa coisa maravilhosa. E essa “coisa maravilhosa” se deu no primeiro dia da semana.
O significado da expressão ‘dia do Senhor’ de Ap 1.10
“Eu fui arrebatado em espírito num dia de domingo...(Tradução de Antônio Pereira de Figueiredo)
“Num Domingo, caindo em êxtase, ouvi atrás de mim uma voz...”(Edições Paulinas)
“Um dia de Domingo, fui arrebatado em espírito.”(tradução de Mattos Soares)
“No dia do Senhor: No Domingo.”(anotação no rodapé da TLH)

- Alguns defensores do domingo como dia do Senhor:


1.“Aqueles que estavam presos as velhas coisas vieram a uma novidade de confiança, não mais
guardando o Sábado, porém vivendo de acordo com o ‘dia do Senhor’.” (Inácio, 100 A D).
2. “No dia chamado Domingo há ma reunião num certo lugar de todos os que habitam nas cidades ou
nos campos, e as memórias dos apóstolos e os escritos dos profetas são lidos.”(Justino Mártir 140 A D.)
3.“Nós guardamos o dia oitavo com alegria, no qual também ressurgiu dos mortos e tendo aparecido
ascendeu ao céu.” Barnabé 120 A D)
4. “Num dia, o primeiro da semana, nós nos reunimos.” Bardesanes, 180 A D.
5. Raimundo F. de Oliveira em seu livro “Seitas e Heresias”, cita os seguintes argumentos:
“Os primeiros cristãos se reuniam e adoravam no domingo (At 20.7; 1 Co 16.1-2); b) Cristo
ressuscitou no primeiro dia da semana (Mc 16.9); c) as aparições de Jesus pós-ressurreição ocorreram cinco
vezes no primeira dia da semana (Mt 28.1-8, Mc 16.9-11, 16.12-13, Lc 24.34, Mc 16.14, Jo 20.26-31); d) o
Espírito Santo desceu sobre a Igreja no domingo (At 2.1-4)”.
6. Veja a idéia de alguns cristãos como Airton Evangelista da Costa, Pastor da Assembléia de Deus
Palavra da Verdade, em Aquiraz (CE)
“As leis do Antigo testamento, de um modo geral, foram feitas para os judeus, especialmente para eles.
São exemplos: a) "Tu, pois, fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis meus sábados, porquanto
isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações"(Êx 31.12-18); b) "O Senhor, nosso Deus, fez conosco
concerto, em Horebe...com todos os que hoje aqui estamos vivos" (Dt 5.2-3).
Sopesados os prós e os contra, entendemos que o dia de descanso e culto pode recair no sábado ou no
domingo, observado o princípio de trabalhar seis dias e descansar um. Não vemos pecado na consagração do
sábado ou do domingo, desde que o dia escolhido não seja apenas um formalismo. Sábado ou domingo, sem
propósito, não passam de mais um dia de lazer. Da mesma forma, jejum sem propósito é dieta. Julgamos que a
opção pela escolha do dia ficou manifesta nas seguintes palavras de Paulo Gl 4.9-10; Cl 2.16-17.”
Estamos vendo aqui um grande equívoco dos evangélicos, tendo em vista que uma hora eles falam que
o Sábado foi abolido, depois dizem que tanto faz o Sábado ou Domingo e noutro lugar afirmam ter sido
transferido para o Domingo. No mínimo isso é intrigante, porém devo dizer que concordo com os evangélicos
quando dizem que o Sábado foi abolido no sentido de que a forma como ele era cumprido no AT, passando a
uma nova interpretação no NT, mas deixo essa explanação para textos a abaixo.
Em primeiro lugar gostaria de dizer que na verdade nenhum cristão jamais guardou dia algum como
sendo o dia do Senhor, pois ainda não vi um se quer que tenha deixado de trabalhar no Domingo, fazer
compras, fazer comida, e outros preceitos que são estabelecidos aos que guardam o Sábado. Os que assim
dizem desconhecem totalmente o que significa. Contudo estranho a afirmativa dos ASD, pois dizem eles saber,
ora dizem eles que nós guardamos o domingo como sendo o dia do Senhor. Uma vez que trabalhamos,
compramos, vendemos, etc, neste dia, logo eles também poderiam fazer tudo isso no sábado, pois nunca vi
crente deixar de servir o quartel por ter que tirar serviço no Domingo, coisa que é previsto em lei para os ASD,
e todo ano acontece.
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Sobre a mudança de dia, gostaria ainda de mencionar as palavras de Samuele Bacchiocchi, (ASD)
Ph.D., professor de História da Igreja e de Teologia, na Universidade Andrews, Estados Unidos: "Nenhuma
das alocuções do Salvador ressurreto revela alguma intenção de instituir o domingo como o novo dia cristão de
repouso e culto. Instituições bíblicas tais como sábado, batismo e ceia têm origem em um ato divino que as
estabeleceu. Mas não existe ato semelhante para sancionar um domingo semanal como memorial da
ressurreição".

e) O que pensam os ASD sobre a idéia da guarda do Domingo?


É um sinal da Besta de Ap 13.18, sendo instituída pelo Papa, segundo os ASD, a guarda do Domingo
pelos cristão como sendo o dia do Senhor, nada mais é do que o sinal da besta, que futuramente só poderão
comprar e vender quem guardar o Domingo e não Sábado, vem a ser, uma aliança dos que negligenciam as leis
de Deus (dizendo isso dos evangélicos) com os católicos, cita também que papa é o próprio anti-cristo, tudo
isto registrado em seu livro “o grande conflito”, e que vamos nos unir aos católicos a fim de caçar e matar a
todos os que verdadeiramente guardam as leis de Deus. (dizendo isso dos ASD).
Os ASD afirmam que a instituição do primeiro dia da semana (domingo) como dia do Senhor é espúria.
Dizem os ASD que uma prova de que o Domingo é de origem pagã é ele ser escrito Sunday em inglês
que significa dia do sol.
Se o Domingo em inglês é Sunday – dia do sol – e por isso é de origem pagã, da mesma forma o
sábado seria de origem pagã porque em inglês se escreve Saturday – dia de Saturno, nome de um deus pagão,
cujo culto era celebrado com orgias sexuais. Foram os caldeus que batizaram os dias da semana com os nomes
dos principais astros então conhecidos: Saturno, o Sol, a Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter e Vênus.

Então vejamos:
Ora, os adventistas acham-se os verdadeiros fiéis da terra, pois são os únicos, segundo eles, que
guardam a lei de Deus. Então vejamos se eles aceitam a palavra de Deus como sendo uma Lei verdadeira e
imutável, mas não apenas o que lhe interessa mas toda ela.
Guardam os ASD realmente o sábado? Encontramos em Gl 3.10 que é maldito quem não guardar
todas as coisas que estão escritas no livro da lei para fazê-las. Dentro da exigência da lei estava a proibição de
acender fogo no dia do sábado (Ex 35.3). Proíbe-se acender um fósforo ou um fogão; proíbe-se andar de carro,
dado que o motor de um carro funciona queimando gasolina. Dar a partida e pisar no acelerador causa a sua
queima. Por isso, é proibido dirigir veículos no sábado. Até acender uma lâmpada. Quando uma lâmpada
elétrica é acesa, o seu filamento é aquecido até ficar incandescente, branco, produzindo luz. Vale dizer que
próximo a minha residência existe uma igreja adventista e sempre vejo luzes acesas bem como vários carros a
porta, isso em dia de sábado.
Não podia locomover-se (salvo para o culto) Ex 16.29 e por isso foi criado a distância de um sábado
que seria cerca de 1.080 até 1.400 m, então os adventistas não podem ir a outro lugar que não seja a igreja no
dia de sábado e os que moram a uma distância acima desta metragem estão em desobediência ao mandamento.
Não podia comercializar (Ne 10.31), então os adventistas não podem pegar ônibus para ir a igreja, pois
isso é comercializar serviços ou os que têm carro, se acabar a gasolina do mesmo não podem comprá-la. Isso
também é comércio.
Não podia carregar carga (Jr 17.21), isso quer dizer que quem tem carro não pode usá-lo pois isso é
transportar carga.
Será que os adventistas conseguem fazer tudo isto? Se a resposta for não, então cai sobre os ASD a
acusação que fazia Paulo em Rm 2,21,22, que se vangloriavam da lei e desonravam a Deus pela transgressão
da lei. Os ASD afirmam que guardam o sábado mas o transgridem semanalmente.
OBS.: E por falar nisso, teve um adepto que teve a coragem de dizer: “Eu vou de carro para a igreja
porque Deus não seria tão radical assim, pois se ele nos deu o carro é para usá-lo”. Ora, e os judeus que tinham
seus jumentos, também não teriam o mesmo direito? para com os adventistas de hoje, Deus seria radical, já
para com os judeus do passado não, ou seja, Deus teria dois pesos e duas medidas. Analise você mesmo.

f) Será que alguém guardou o Sábado no NT?


Observe os argumentos dos ASD sobre a guarda do sábado, trazidos pelo rev. Natanael Rinaldi:
“ASD: Paulo guardou o Sábado e sendo assim devemos também guardá-lo.
As Escrituras não ensinam isso. Havia um número de ocasiões em que Paulo ensinou em sinagogas no
sábado (At 18.4). O sábado era o dia quando pessoas se juntavam na sinagoga e Paulo aproveitou-se dessas
oportunidades para ensinar muitas pessoas procurando ganhá-las para Jesus Cristo. Explicou sua forma de
agir fazendo tudo para ganhá-los (1 Co 9.19-23) Assim, circuncidou Timóteo (At 16.3) e declara que a
circuncisão nada vale (Gl 6.15); observou o Pentecostes (At 20.16); tosquiou a cabeça guardando voto (At
18.18); fez ofertas segundo a lei (At 21.20-26).
ASD: Jesus ordenou ao moço rico que guardasse os mandamentos e nós devemos guardá-los. Entre eles
estava o sábado.
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Argumento cristão: Não mandou Jesus que o moço rico guardasse o sábado (Mt 19.16-22). Jesus citou
mandamentos fora do decálogo. Por exemplo: o mandamento de amar ao nosso próximo como a nós mesmos
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Lv 19.18) e “não defraudarás alguém” que se acha na passagem
paralela de Mc 10.19 e que se encontra em Lv 19.13. Se somos obrigados a guardar o sábado por ter Jesus
citado alguns dos mandamentos do decálogo, seremos obrigados também a guardar toda a lei de Moisés
integrada por 613 mandamentos, pois Jesus citou mandamentos dela.
Em Gl 3.10 encontramos que, quem guarda uma parte da lei, se vê obrigado a guardar toda a lei para
ser justificado por ela (Rm 4.4,5). E é óbvio que ninguém jamais foi justificado pela lei (Gl 3.11; 2.16).
ASD: Jesus afirmou que não veio abolir a lei em Mt 5.17-19
Argumento cristão: A passagem de Mt 5.17-19 não diz que cada jota ou til da lei vão permanecer até
que o céu e a terra passem, mas diz que não passarão ‘sem que tudo seja cumprido.” É o que se ler em Lc
16.16. A permanência da lei dependia de quem a cumprisse e Jesus a cumpriu integralmente (Jo 19.30). O que
Jesus asseverou não foi o tempo que a lei devia permanecer, mas a certeza do seu cumprimento (Lc 24.44,45;
At 13.29; Rm 10.4). A lei de que fala Jesus não é só o decálogo, mas toda a lei ou seja 613 mandamentos e isso
não interessa aos ASD saber, pois para eles só interessam os dez mandamentos para mostrar a obrigatoriedade
da guarda do sábado.
ASD: O sábado é um preceito perpétuo, logo devemos guardá-lo?
Resposta: Se somos obrigados a guardar o sábado por ser denominado perpétuo (Ex 31.16,17),
seremos obrigados também a guardar todos os preceitos denominados perpétuos, porém muitos deste
preceitos são estabelecidos de maneira tipificada, cabendo ao leitor da bíblia saber como cumprir no AT e
como seria no NT, vejamos alguns exemplos”:
A páscoa era mandamento de um concerto perpétuo (Ex 12.14) – hoje é exercida através da conversão a
Cristo (Jo 3.5). Ora sabemos que a páscoa vem a significar a libertação homem/pecado, e, sabemos que isso só
acontece quando alguém se converte ao Senhor. Então posso afirmar com plena convicção que a páscoa é no
NT a conversão, com isso não precisamos passar sangue nos umbrais das portas entre outras coisas que
prefigurava a páscoa;
A circuncisão era mandamento de um concerto perpétuo (Gn 17.1-7,9-11; Lv 12.3) – hoje é exercido
através do batismo Cl 2.11-12. A circuncisão não precisamos nem comentar pois Paulo já o fez, com isso
sabemos que circuncidado ou não, já não é uma demonstração de aliança;
o sacerdócio (Êx 40.15) – todos somos chamados ao sacerdócio real, muito superior aos levitas, pois
temos acesso ao santo dos santos (I Pe 2.9), mas já não andamos com alegorias como os levitas.
ASD: Dizem que Jesus guardou o Sábado e nós devemos também não guardá-lo?
Alguns cristãos refutam equivocadamente essa pergunta dizendo que Jesus guardou o sábado porque
era judeu de nascimento e nasceu sob a lei (Gl 4.4) e portanto obedeceu a todas as leis do Antigo Concerto.
Como exemplo de ser cidadão judeu foi circuncidado, ordenou a entrega de oferendas ao sacerdote pela
purificação, guardou a festa da Páscoa, etc (Lc 2.21-24; 5.12-14; Mt 26.18,19).
Nisto discordo de ambos uma vez que Cristo Jamais guardou o sábado da maneira como dizem os
ASD, na verdade Ele até mandou que fizesse o contrário, veremos depois.
E já que os adventistas alegam ser necessário guardar o sábado, tendo em vista segundo eles, que Jesus
tenha guardado o sábado. Porém quando observamos o texto em que eles citam alegando que Cristo guardou o
sábado: “E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na
sinagoga e levantou-se para ler.” (Lc 4.16). Podemos constatar que Ele ia a sinagoga neste dia conforme seu
costume e não cumprindo a Lei conforme vemos isto acontecer em Lc 2.22-23. Pois quando Jesus foi
circuncidado está escrito assim: “E, cumprindo os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, o levaram a
Jerusalém, para o apresentar ao Senhor. Conforme o que está escrito na Lei do Senhor: Todo primogênito
será consagrado.” Lc 2.22-23. Ora, isso se refere a duas Leis. A primeira a apresentação no templo (lei de
Moisés Ex 22.29-31) e a segunda Lei de Deus (Gn 17.9-12), e não podemos dizer que esse texto possui um
equívoco de escritor, pois as duas citações são verificadas no mesmo livro Lucas.
No AT a circuncisão era mais importante do que a guarda do Sábado, porque o rito da circuncisão
marcava o varão judeu como descendente de Abraão (Gn 17.9-14), ou seja herdeiro da promessa (povo de
Deus), e era um preceito perpétuo além de ser o requisito sine qua nom para a exigência da guarda do Sábado,
pois essa exigência só recaia sobre os descendentes (genéticos, escravos e estrangeiros circuncidados. Não
cabendo a nenhum outro). E o próprio Cristo mencionou que para cumprir os preceitos da circuncisão era
quebrada a guarda do sábado, sem com isto ser considerado pecado (Jo 7.23), caracterizando assim, a
superioridade em relação ao sábado. Se o sábado fosse um preceito moral, não poderia ficar subordinado à
circuncisão, um preceito cerimonial e não obriga mais os cristãos nos dias atuais (Gl 6.15), da mesma forma
que o sábado (Cl 2.14-17). Logo chegamos a conclusão não de que são morais ou cerimonias e sim figuras a
serem substituídas a seu tempo.
Gostaria de desafiar aos adventistas a mostrar uma referência bíblica em que cite Cristo nesses termos e
cumprindo a Lei no que se refere ao sábado. E aí vem a pergunta maliciosa, então o irmão afirma que Jesus
não cumpriu toda a Lei, uma vez que Ele não guardou o sábado? É lógico que Jesus guardou o Sábado, não da
8
maneira como vocês estão ensinando, o que quero afirmar é que já no NT a forma de se posicionar em relação
a este mandamento foi esclarecido ao povo como se deveria guardar o sábado, que seria guardar a comunhão
com o Pai, o que fazia não somente no Sábado mais todos os dias.
Podemos verificar que a Bíblia menciona justamente o contrário do que pesam os ASD, pois está
escrito que Cristo foi perseguido pelos doutores na lei daquela época por não guardar o sábado, conforme
podemos analisar o escritor João afirmar em Jo 5.18, vejamos o texto em si: “Por isso, os judeus procuraram
matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se
igual a Deus.”. Lembre-se que a Bíblia não diz que essa é a interpretação dos perseguidores de Cristo, mas do
escritor do livro, João.
Senão vejamos caso o escritor João quisesse dizer que essa era a visão dos acusadores, teria dito que os
judeus tentavam matá-lo por pensarem que Ele quebrava o Sábado, mas julgamos ainda que João apenas
relatava a idéia dos judeus “logo eles também afirmavam que Jesus era o filho de Deus e que era igual a
Deus”, conforme o final do versículo, mas essa nunca foi a interpretação dos judeus quanto a Cristo.
Mas gostaria de dizer aos adventistas esse desafio baseado na idéia (interpretação deles) como eles não
guardam a circuncisão uma vez que foi guardada por Jesus verdadeiramente (Lc 2.21). Segundo diz a Bíblia,
seria para todo o sempre. Foi ordenada por Deus pessoalmente e acima de tudo, a luz do texto bíblico era o
sinal eminente da comunhão com Deus, ou seja, a aliança, conforme escrito em Gn 17.2-14, sendo dada uma
condição para quem não cumprisse este mandamento: “SERÁ ELIMINADO DO SEU POVO (POVO DE
ABRAÃO, O POVO DA PROMESSA), QUEBROU A MINHA ALIANÇA”. Ora os ASD não afirmam que a
lei de Deus é imutável, seria essa lei de Moisés? Caso acreditemos que fosse, como poderia ela estabelecer
quem seria ou não povo de Deus? sendo essas as palavras do próprio Deus, como os adventistas não atentam
para a circuncisão? É estranho que lembrem-se do sábado que foi um mandamento em que Cristo cumpriu,
porém de maneira muito diferente do AT.

g) Jesus ordena que não guarde o sábado


Aos olhos de alguns pode parecer absurdo este título, porém gostaria que o caro leitor desse texto se
despisse de sua posição em relação a esse tema e avaliasse somente a narrativa bíblica, como sendo as
verdadeiras palavras de Deus e que não precisa de homens para corrigi-la, dizendo às vezes que o escritor da
bíblia se enganou ou que a tradução está errada, vamos tão somente se dedicarmos a compreensão do texto a
ser estudado a seguir: “Assim diz o Senhor: Guardai a vossa alma e não tragais cargas no dia de sábado, nem
as introduza pelas portas de Jerusalém; Nem tireis cargas de vossas casas no dia de sábado, nem façais obra
alguma; antes santificai o dia de sábado, como Eu ordenei a vossos pais” (Jr 17.21-22). Bom certamente o
distinto leitor já leu em sua bíblia e confirmou está correta esta transcrição e então podemos dizer que Deus
ordena ao povo que não realize nenhuma obra no dia de sábado, vamos verificar as atitudes de quem está ao
lado de Jesus: “Naquele tempo, passou Jesus pelas searas, em um sábado; e os seus discípulos, tendo fome,
começaram a colher espigas e a comer” (Mt 12.1). Podemos observar que em nenhum momento Jesus
repreendeu seus alunos de ministério, dando assim entender que eles não faziam nada demais agindo desta
forma e quando citamos esse texto bíblico para um adventista eles logo dizem ser uma necessidade dos
discípulos, que se caso eles deixassem de fazer poderia levá-los a morte, pois os mesmos encontravam-se com
fome. Embora temos conhecimento que Jesus como 100% homem jejuou quarenta dias e quarenta noites, e
nem por isso veio a falecer. Mas vamos supor que os adventistas estejam cobertos de razão. Vamos verificar
agora outra passagem que sem dúvida nenhuma é o motivo do título audacioso acima: “Jesus disse-lhe:
levanta-te, toma a tua cama e anda; logo, aquele homem ficou são, e tomou a sua cama, e partiu. E aquele dia
era sábado; então, os judeus disseram aquele que tinha sido curado: é sábado, não te é lícito levar a cama; ele
respondeu-lhes: aquele que me curou, ele próprio disse: Toma a tua cama e anda” (Jo 5.8-11). Gostaria que
alguém me explicasse a necessidade daquele homem não poder deixar a sua cama e ir embora, pois era sábado
e estaria desobedecendo um mandamento de Deus, mas muito pelo contrário foi o próprio Deus(Jesus) que
determinou que aquele homem quebrasse a guarda do sábado, isso não é no mínimo estranho caro adventista?
A cama a qual o texto se refere é um local aonde o coxo era transportado por outra pessoa
provavelmente, uma vez que ele já havia sido curado de sua mazela, logo a mesma já não era tão necessária
para aquele homem, mas mesmo assim ele foi orientado a transportá-la. Se olharmos para as explicações
adventistas veremos que carregar a cama jamais seria uma necessidade de vida ou morte, e sendo assim qual
seria o motivo imperioso deste abençoado para transgredir ao quarto mandamento, e caso ele tenha
transgredido poderia o próprio Salvador orientar alguém a pecar? Não seria essa interpretação no mínimo
absurda?
Vale ainda mencionar que não só o coxo transgrediu a guarda do sábado como também colocou que
Cristo o mandou que assim fizesse, trazendo ao entendimento do leitor que Ele próprio ensinou que essa
atitude já não era vista como sendo pecado diante do Pai.

b. As alianças, suas tipologias e suas substituições


9
a) Introdução

Segundo o Rev Mauro F. Maister “Quando Deus determinou criar a raça humana, ele estabeleceu
alguns propósitos e parâmetros para um bom relacionamento entre criador e criatura. Esses propósitos e
parâmetros são descritos pela Bíblia e por nossa teologia na forma de alianças. Deus fez uma aliança com a
criatura e estabeleceu pelo menos três diferentes pilares para a humanidade: o pilar espiritual (seu
relacionamento com o Criador), o pilar social (seu relacionamento em família) e o pilar cultural (seu
relacionamento com a sociedade). Não estarei surpreendendo ninguém se disser que quebramos os três! O
homem negou seu Criador, desobedecendo suas ordens, quebrou os seus elos familiares com mentiras,
acusações e esquivando-se de suas responsabilidades (Adão e Eva - marido e esposa - Caim e Abel - irmãos) e
desenvolveu o pilar cultural da pior forma possível (poligamia, assassinato, brutalidade, etc.)”.

Este artigo vai tratar do problema da quebra do primeiro– o espiritual. Como os cristãos podem e
devem relacionar-se com o Senhor.

No início foi muito complicado aos homens entender como seria o desfeche deste relacionamento, haja
vista somos seres terrenos, por isso o Senhor revelou essas aliança no sentido figurado a fim de facilitar o
entendimento humano, vou dar um exemplo:

Vejamos como devemos fazer para que uma pessoa recém alfabetizada desenhe um ângulo de 360º, um
ângulo agudo inverso de 45º e um outro ângulo de 360º. Diante da questão todos concordamos que a pessoa
não saberia como fazer tais figuras, uma vez que ela acabou de dar os primeiros passos no que se refere a
nossa escrita e para que ela pudesse cumprir esse pedido seria necessário vários estudos, como por exemplo
sobre como usar um compasso, o que é um ângulo, entre outros ensinos, o que levaria tempo. Mas para Deus
usando de sua sabedoria divina isso é fácil. Ele diria: “escreva em letras maiúsculas a palavra OVO” e passado
o tempo necessário para que a pessoa ficasse apto para entender o mandamento de Deus, Ele diria para esta
pessoa não mais escrever OVO, mas agora sim que desenhasse as figuras geométricas um ângulo 360º, um
ângulo agudo inverso de 45º e um outro ângulo de 360º. Algumas pessoas poderiam pensar que o Senhor
mudou o mandamento, mas na verdade nunca desejou ou determinou que a pessoa escrevesse a palavra em
maiúscula OVO e isto não quer dizer também que Deus mudou ou até mesmo mentiu quando determinou que
o semi-alfabetizado escrevesse a palavra OVO o que Ele fez foi falar da maneira que a pessoa entenderia. Da
mesma forma para que pudéssemos saber o Senhor criou várias alegorias, a fim de hoje pudéssemos desfrutar
tamanha comunhão, pois somos chamados templo do Espírito Santo.

É fundamental que, antes de mais nada, o cristão conheça a sua cidadania: “Eles continuam no
mundo... Eles não são do mundo...” (João 17:11,16). Nós somos cidadãos dos céus, mas as nossas passagens
para lá ainda não chegaram, e enquanto estamos aqui temos muito o que aprender no que tange a como
relacionar-se com Deus. O problema é que além de sermos pessoas carnais às vezes nos deixamos influenciar
com os erros de exegese de outros, desobedecendo o mandato “Erreis por não conhecer as escrituras e nem o
poder de Deus”.

b) Estudaremos agora dois exemplo dessa tipificação, seus equívocos e suas interpretações:

1. A Circuncisão

A Aliança da circuncisão feita entre Deus e os homens, foi realizada com as seguintes características:
- de maneira pessoal (com cada indivíduo) Gn 17.10;
- hereditária (passando de pai para filho) Gn 17.9-10;
- involuntária (a pessoa não podia decidir sobre aceitar fazer ou não, tendo em vista que era realizada
aos oito dias de nascido, tomando-se assim uma idéia de obrigatoriedade) Gn 17.12;
- de acesso aos estrangeiros e escravos (sendo necessário apenas fazer parte da família de um
integrante do povo de Deus) Gn 17.12;
- sendo realizada apenas uma vez e não mais (uma vez realizada não precisava ser renovada ou
restaurada) Gn 17.13;
- marcada com sinal de sangue, (no ato da aliança a pessoa sangrava, tornando-se assim um pacto de
sangue) Gn 17.11;
– as mulheres não tinham direito (só se realizavam em homens e nunca as mulheres iriam possuir este
sinal) Gn 17.10;
– tinha conseqüências terríveis para o transgressor (o simples fato de alguém negligenciar essa aliança
o destituiria das promessas feitas ao povo e ainda o mesmo deveria ser eliminado do meio do povo) Gn 17.14.
10

Gn 17. “(9) Disse mais Deus a Abraão: Guardarás a minha aliança, tu e a tua descendência no
decurso das suas gerações. (10) Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua descendência:
todo macho entre vós será circuncidado. (11) Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por sinal de
aliança entre mim e vós. (12) O que tem oito dias será circuncidado entre vós, todo macho nas vossas
gerações, tanto o escravo nascido em casa como o comprado a qualquer estrangeiro, que não for da tua
estirpe. (13) Com efeito, será circuncidado o nascido em tua casa e o comprado por teu dinheiro; a minha
aliança estará na vossa carne e será aliança perpétua. (14) O incircunciso, que não for circuncidado na carne
do prepúcio, essa vida será eliminada do seu povo; quebrou a minha aliança. (23) Tomou, pois, Abraão a seu
filho Ismael, e a todos os escravos nascidos em sua casa, e a todos os comprados por seu dinheiro, todo
macho dentre os de sua casa, e lhes circuncidou a carne do prepúcio de cada um, naquele mesmo dia, como
Deus lhe ordenara. (24) Tinha Abraão noventa e nove anos de idade, quando foi circuncidado na carne do seu
prepúcio”.

Ora essa citação parece até de um Deus ditador, porém era necessário que o povo mantivesse um zelo
pela aliança, para que ela permanecesse viva até a chegada da aliança verdadeira e permanente, que iria mudar
toda essa situação, mas que permaneceria nos mesmos moldes da “circuncisão”. Vale ressaltar ainda, que o
povo necessitava de um sinal a típico que diferenciasse fisicamente dos demais povos e que atestasse juntos
aos homens o compromisso de Deus com essas pessoas e vice-versa, isso por que em uma época em que se
serviam a vários deuses (politeísta) as pessoas pudessem identificar um povo que tinha aliança com apenas um
Deus (JEOVÁ) e portanto monoteísta.

1) O motivo da ineficácia da circuncisão

A circuncisão tinha por objetivo de servir de tipologia até que fosse manifesto o ato verdadeiro como
na situação do sacerdote, ele atuava da maneira que atuava fazendo holocaustos e vestindo roupas especiais,
até que foi manifesto o Sumo-Sacerdote Cristo, e hoje mesmo fomos feitos sacerdotes (I Pe 2.9) e já não
temos tal alegoria.

E qual o motivo de uma outra aliança? Um dos motivos é que com o passar dos tempos para os
israelitas foi se criando uma idéia de que bastava ser circunciso para acreditar que era povo de Deus “Agora,
pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade
peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; (6) vós me sereis reino de sacerdotes e nação
santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel”. (Ex 19.5-6); “(28) a quem se dirigiu, dizendo:
Vós bem sabeis que é proibido a um judeu ajuntar-se ou mesmo aproximar-se a alguém de outra raça; mas
Deus me demonstrou que a nenhum homem considerasse comum ou imundo.”(At 10.28). No início o povo
tinha temor a Deus e procuravam observar a sua Lei, sendo que durante o período do Antigo Testamento, o
homem não tinha o pecado perdoado e sim coberto e o que isso quer dizer? Naquela época o sacrifício
oferecido a Deus era de um animal e não o de Cristo isso não era capaz de trazer o perdão ao povo, mas trazia
uma situação transitória até que fosse manifesto o real, o Cordeiro de Deus. Devido a isso o homem
continuava escravo do pecado e era contumaz em negligenciar as orientações do Senhor vivendo em suas
próprias concupiscência, pois não havia mudança de vida ou transformação no ser humano. Daí o
questionamento de Paulo Rm 2.25-29 “(25) Porque a circuncisão tem valor se praticares a lei; se és, porém,
transgressor da lei, a tua circuncisão já se tornou incircuncisão. (26) Se, pois, a incircuncisão observa os
preceitos da lei, não será ela, porventura, considerada como circuncisão? (27) E, se aquele que é incircunciso
por natureza cumpre a lei, certamente, ele te julgará a ti, que, não obstante a letra e a circuncisão, és
transgressor da lei. (28) Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é
somente na carne. (29) Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no
espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus”, e o combate a idéia de
que Deus era somente para os judeus I Co 7.19 “ (19) A circuncisão, em si, não é nada; a incircuncisão
também nada é, mas o que vale é guardar as ordenanças de Deus”. demonstrando que na verdade para ser
povo de Deus era necessário mudança de vida Jo 3.5 “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo:
quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”. e que a circuncisão apenas não o
condicionavam a isto Ef 2.11-14 “(11) Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós, gentios na carne, chamados
incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas, (12) naquele tempo,
estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo
11
esperança e sem Deus no mundo. (13) Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes
aproximados pelo sangue de Cristo. (14) Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo
derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade e passa a alertar ao povo Fp 3.2-3 “ (2)
Acautelai-vos dos cães! Acautelai-vos dos maus obreiros! Acautelai-vos da falsa circuncisão! (3) Porque nós
é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não
confiamos na carne”.

2) A grande aliança a qual tipificava:

A circuncisão tipificava o batismo nas águas Cl 2.11-13, que passa a ser realizado nas seguintes
características:
- é voluntário (a pessoa decidi pelo Mc 16.16, já não ocorre na idade em que o indivíduo desconhece
seu direitos de escolha);
- é individual (procede na pessoa At 8.36)
- é realizado uma só vez (não sendo restaurado ou renovado)
- é feito não por mão humanas, mas por Cristo (na circuncisão o sangue era da pessoa e por isso
impuro, mas o batismo o sangue aspergido é o de Cristo na Cruz do calvário e por isso é realizado em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo Cl 2.11-12).
- Não é mais hereditária (não basta ser filho de cristão para se batizar Mc 16.16);
- Todos tem acesso (independente de nacionalidade, sexo ou situação Mc 16.15-16)
- Possui conseqüência terríveis a violação (traz a condenação eterna Mc 16.16)
- Os pecados são perdoados (no batismo o homem é lavado e remido de seus pecados Hb 10.22 “ (22)
aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência
e lavado o corpo com água pura”.);
- Há um sepultamento do velho homem e o nascimento em Cristo (portanto uma mudança de vida Cl
2.11-12).

Veja o texto a seguir e tire suas conclusões:

Cl 2.11-12 “(11) Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no
despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, (12) tendo sido sepultados, juntamente com
ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou
dentre os mortos. (13) E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da
vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; (14) tendo cancelado o
escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o
inteiramente, encravando-o na cruz;

2. O sábado

Vejamos que esse mandamento foi estabelecido com alguns critérios especiais, o que diferenciava dos
demais em muito, vejamos:
- era para os participantes da primeira aliança (somente para o povo de Deus), mostra que a comunhão
só pode ser restabelecida com o homem que tem um compromisso com o Pai;
- hereditária (passando de pai para filho), isto para que não fosse esquecida a promessa da restauração;
- de acesso aos estrangeiros e escravos (sendo necessário apenas fazer parte da família de um
integrante do povo de Deus), uma vez que o indivíduo tivesse um compromisso com o Pai, também estaria
apto a restauração e isso diz respeito a igreja com certeza;
- involuntária (a pessoa não podia decidir sobre aceitar fazer ou não, tomando assim uma idéia de
obrigatoriedade), essa obrigatoriedade era devido ao povo não possuir uma mudança de vida, sendo impossível
que optassem por fazer a vontade do espírito;
- tinha conseqüências terríveis para o transgressor (o simples fato de alguém negligenciar essa aliança o
mesmo deveria ser eliminado do meio do povo) havia a necessidade de exercer grande juízo aos transgressores
a fim de que todos temessem.
- era coletiva (as pessoas participavam juntas, caracterizando uma comunhão), muito embora que
somente podia participar diretamente o sumo sacerdote, isso porque ele era um tipo de Cristo.
- era realizada periodicamente (demonstrando que se renovava), havia uma representatividade de como
seria a restauração preparada.
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- marcada com sinal de sangue, (no sábado o sacerdote oferecia holocausto a Deus, tornando-se assim
um pacto de sangue também, mas com uma diferença, o sangue era de um animal e não da pessoa que estava
participando da comunhão, bem como quem oferecia era o sumo sacerdote e não a pessoa), isso fala sobre a
necessidade de que somente Cristo poderia ser o cordeiro e o ofertante ao mesmo tempo por toda a
humanidade;
- todos tinham acesso (homens e mulheres);
- não podiam trabalhar (isso para que todos participassem e tivessem comunhão);
- não podiam comercializar;
- não podiam carregar carga;
- não podiam deslocar-se para qualquer lugar;
- não podiam acender fogo;
- quem negligenciasse era morto.

A proibição ao trabalho dar-se pelo fato de que se o povo se ocupasse de outras atividades deixariam de
participar da comunhão no dia para isso separado por Deus. E como podemos dizer que o principal objetivo de
Deus na guarda do Sábado era a comunhão? É somente nós observarmos que toda vez que o Senhor desejava a
santa convocação, ou em outras palavras comunhão entre todos, havia a proibição ao trabalho. Podemos citar
como exemplos as festas páscoa (Lv 23.7-8); Pentecostes (Lv 23.21) tabernáculos (Lv 23.35-36); trombetas
(Nm 29.1); expiação (Nm 29.7) e baseado no comum destas festas observamos a preocupação com a
participação de todos, porém não haviam conseqüências tão graves quanto a violarem estas orientações como
no caso da circuncisão e do sábado. A circuncisão o elemento era banido do meio do povo (Gn 17.14) e no
caso do Sábado o elemento era apedrejado e morto (Nm 15.32.36).

1) Sábado um tipo de Jesus

Passaremos agora a estudar a questão do sábado como sendo um tipo de Cristo, e gostaria de pedir ao
amado leitor que analise o texto de forma despretensiosa a fim de que possamos estudar não com uma idéia
pré-concebida e sim analítica.

Quando analisamos as abordagem da bíblia no que refere-se ao sábado podemos perceber um primazia
em Deus que o homem tivesse esse dia como dia de comunhão criatura/Criador, visando que houvesse um
contato de maneira imperiosa entre ambos.

Gostaria de antes de falar sobre essa aliança, que muito embora ela faça parte dos dez mandamentos,
devo dizer que não foi instituída no quarto mandamento e sim inserida, e por que digo isso? Basta analisarmos
quando foi estabelecido a guarda do Sábado, (Gn 2.3) ora esse fato se deu muito antes da promulgação dos dez
mandamentos, logo essa prática não foi estabelecida na publicação da lei e sim muito antes, e assim sendo
devemos dizer que ela foi inserida na lei.

E qual a importância disto? Isso nos mostra que o Sábado tem um caráter superior aos demais
mandamentos, pois foi promulgado muito antes e ainda visava trazer aos submissos a lei uma promessa de
comunhão, pois ele foi criado antes da queda de Adão, ainda durante a criação.

Ora vamos analisar qual o motivo de Deus determinar que fosse santificado o dia de Sábado, durante o
ato da criação uma vez que tudo o Ele criou era perfeito e sem pecado, sabemos que santificar quer dizer
separar do pecado, purificar-se. E como o Senhor estabeleceu esse mandamento a um ser puro e santo como
era Adão no ato da criação?

É Simples responder essa pergunta partindo do princípio de que Deus é Uniciente e portanto sábia que
o homem haveria de cair em pecado, e provando sua imensa graça, já durante a criação prometeu ao homem
aquele que viria a redimir o pecador, Jesus, criando uma dia para lembrar da comunhão.

No AT a comunhão jamais poderia ser restabelecida uma vez que Deus não tem comunhão com o
pecado e tendo em vista que o pecado naquela época não era perdoado e sim encoberto, logo essa seria fictícia
a fim de fazer com que o povo aguardasse a verdadeira que haveria de ser manifestada no tempo certo.

Qual o objetivo da criação do Sábado? (sábado, do hebraico shabbath, dia de cessação do trabalho, de
descanso). Muitos classificam com a idéia errônea de que foi feito apenas para o descanso dos homens, (Gn
2.3). E observando o texto numa interpretação ipsis litteris até parece está correto, mas digo que chegaremos a
conclusão também de que nosso Deus fica cansado, e isso iria de encontro ao texto de Is 40.28 “Não sabes,
13
não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, não se cansa nem se fatiga? Não
esquadrinhação do seu entendimento” e ao atributo Divino Onipotente.
Porém jamais encontraremos base para essa afirmativa se lermos Is 1.13, aonde Deus rejeita os sábados
entre outras atividades de comunhão devido ao pecado do povo. Em (Ez 20.12-16) Deus mostra que era um
sinal de comunhão (Deus/Homem), e por isso quando povo passou a contaminar-se com outros deuses o
sábado foi rejeitado. Logo observemos o verdadeiro motivo da criação do Sábado. Caso fosse somente o
descanso do cidadão em nada iria irritar ao Criador, porém seu objetivo foi estabelecer a comunhão entre
Criador-criatura, e isto antes da queda era realizado sem nenhum problema. Mas vindo o pecado tornou
impossível de ser realizada visto que a iniquidade formou uma barreira intransponível entre ambos, assim
sendo passou essa comunhão a ser representativa na qual o sumo sacerdote teria o acesso ao santo dos santos
em lugar do povo, enquanto que o povo permanecia aguardando a restauração guardando os preceitos da
aliança.
No AT a comunhão jamais poderia ser restabelecida uma vez que Deus não tem comunhão com o
pecado e tendo em vista que o pecado naquela época não era perdoado e sim encoberto, logo essa seria fictícia
a fim de fazer com que o povo aguardasse a verdadeira que haveria de ser manifestada no tempo certo.

Dito isto perguntamos qual então passou a ser a utilidade do Sábado? Passou a ser uma tipologia
daquele que restituiria a comunhão perdida (um tipo de Cristo), uma promessa de que Deus proveria a
restauração, pois se observarmos bem todas as alianças e pactos do Senhor visava anunciar a vinda do
Salvador, sendo os dez mandamentos um dos pontos mais conhecidos do AT, tenho por convicção que entre os
dez haveria um deles com essa finalidade.

Sábado é um Tipo de Jesus conforme Cl 2.16-17

vejamos as semelhanças as semelhanças de Jesus com o sábado:

A palavra sábado significa descanso. A Bíblia diz que Jesus é o nosso descanso (Is 28.12) e em Mt
11.29 Ele diz que nos dá descanso;
O sábado é santo (Gn 2.3). A Bíblia diz que santo só Jesus (Is 6.3);
Em Mt 11.29 Jesus diz que nos dá descanso;
O sábado é o 4º mandamento da Lei. Jesus diz que é a “verdade”, ou seja, a Lei (Jo 14.6);
O sétimo dia de acordo com estudiosos é o número “perfeito”. Jesus é perfeito (Hb 7.28).
O Sábado foi feito para comunhão. Jesus veio para nos restaurar a comunhão (______)

O ano sabático

No ano sabático ou seja de sete em sete anos:


Não se podia Semear (Ex. 23.10-11; Lv 21.1-7);
Todas as dívidas eram perdoadas (Dt 15.2);
Todos os escravos eram libertos (Dt 15.12-14).

As semelhanças de Jesus com o ano sabático:


Jesus é o Semeador (Mt 13 ).
Jesus pagou nossas dívidas (I Co 6.20).
Jesus é o nosso Libertador (Rm 11.26).

2) Conclusão

Ora se a bíblia diz que a guarda do Sábado seria um preceito perpétuo, e se provo biblicamente que
Jesus mandou que não o fizéssemos, isso parece um paradoxo. Porém digo que o que Ele quis dizer é que não
deveríamos fazer como no AT e sim com a realidade que estava sendo colocada a nossa disposição. E qual
seria essa realidade? Digo, por discernimento, que o sábado passou a ser substituído pela santa ceia, pois tem o
objetivo de realizar a verdadeira comunhão com o Senhor, além de ser realizada com várias prerrogativas
similares e superiores a do Sábado, vejamos:

a) similares

- É somente para os participantes do batismo(antes era da circuncisão), somente para o povo de Deus,
mostra que a comunhão só pode ser restabelecida com o homem que tem um compromisso com o Pai;
14
- de acesso aos estrangeiros e escravos (sendo necessário apenas o batismo), uma vez que o indivíduo
tivesse um compromisso com o Pai, também estaria apto a restauração e isso diz respeito a igreja com certeza;
- Tem conseqüências terríveis para o transgressor (o simples fato de alguém negligenciar essa aliança o
mesmo deveria ser condenado a morte eterna – o inferno)
- É coletiva (as pessoas participavam juntas, caracterizando uma comunhão), uma vez que Cristo
restaurou a comunhão com o Pai
- É realizada periodicamente (demonstrando que se renova), a santa ceia é uma forma de evitar que
sejamos contumaz ao pecado, fazendo com que nos avaliamos de tempo em tempo, a fim de Cristo venha
restaurar nossa comunhão e nos santificar caso estejamos em falta em algum procedimento de nossa vida
- todos tem acesso (homens e mulheres);

b) superiores

- Não é hereditária (passando de pai para filho), isto para que cada um seja responsável por sua
comunhão com Deus;
- É voluntária (a pessoa deve decidir se cabe a ela participar ou não deixando de ser obrigatória),
- marcada com sinal de sangue, (na santa ceia celebramos a morte de Cristo, o sangue que nos purifica
de todo o pecado;
- pode trabalhar; pode comercializar; pode carregar carga; pode deslocar-se para qualquer lugar; pode
acender fogo; esses últimos preceitos tinha a ver com a obra que Cristo já realizou, como pagou por nossas
vidas; carregou nosso fardo; tornou nosso caminho a Deus e queimou a oferta ao Pai.
Esses últimos eram proibidos por se tratar de ser impossível para nós realizá-los sendo somente
possível ao Salvador, e por isso as proibições no AT.

Adicionais

Os adventistas ensinam que a guarda do sábado foi instituída por Deus ainda na criação, assim todos devem
observá-lo.
Vejam algumas afirmações da Sra Ellen G. Write, em seu livro O GRANDE CONFLITO:
As igrejas protestantes são a babilônia dos tempos modernos:

* Página 356: “Babilônia é a igreja, decaída em virtude de seus pecados, em vista de sua rejeição da verdade.”

* Página 229: “Babilônia é a “mãe das meretrizes”, Suas filhas devem ser simbolizadas por igrejas que se
apegam as suas doutrinas e tradições, seguindo seu exemplo em sacrificar a verdade de modo a formar uma
aliança com o mundo. A mensagem que anuncia a queda de Babilônia deve ser aplicada aos grupos religiosos
que uma vez foram puros e se tornaram corruptos ... Adicionalmente, o povo de Deus é chamado a sair de
Babilônia. Segundo esse texto, muitos dentre o povo de Deus devem ainda encontrar-se em Babilônia. E em
que corporações religiosas se encontrará hoje a maior parte dos seguidores de Cristo? Nas várias igrejas que
professam a fé protestante”.

* Página 231: “O grande pecado imputado a Babilônia é que “a todas as nações deu a beber do vinho da fúria
da sua prostituição”. Esta taça representa as falsas doutrinas que ela aceitou como resultado da sua amizade
com o mundo. Por seu turno a igreja exerce uma influência corruptora sobre o mundo, ensinando doutrinas que
se opõem às mais claras instruções da bíblia.”

* Página 232: “Apocalipse 18 indica o tempo em que o povo de Deus ainda presente em Babilônia será
chamado a separar-se de sua comunhão. Esta mensagem, a última que será enviada ao mundo, cumprirá a sua
obra. A luz da verdade brilhará então sobre todos aqueles cujo coração estiver aberto para recebê-la, e todos os
filhos do Senhor que permanecem em Babilônia atenderão ao chamado: “Sai dela, povo Meu.” Apocalipse
18:4.”

A igreja protestante é o anticristo:

* Página 229: “O Dr Hopkins declara: “Não há motivo para se considerar o espírito e prática anticristãos como
sendo restritos ao que hoje se chama a igreja de Roma. Nas igrejas protestantes muito se encontra do anticristo,
e longe estão de se acharem completamente reformadas das ... corrupções e impiedades.”

A igreja protestante recebeu a marca da besta:


15
* Página 268: “Todos estarão divididos em duas grandes classes – os que guardam os mandamentos de Deus e
a fé de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem, e recebem a sua marca. A igreja e o estado unir-se-ão para
obrigar “todos” a receberem a “marca da besta”, mas ainda assim o povo de Deus não a receberá.”

* Página 355: “O Sábado, a grande prova de lealdade, é o ponto da verdade especialmente controvertido. Ao
passo que a observância do falso Sábado será uma declaração de fidelidade ao poder que se opõe a Deus (a
besta), a guarda do verdadeiro Sábado será uma prova de lealdade ao Criador. Ao passo que uma classe recebe
o sinal da besta a outra recebe o selo de Deus.”

A perseguição da igreja protestante aos Adventistas:

* Página 348: “Os que honram o Sábado bíblico serão denunciados como inimigos da lei e da ordem, como
que a derribar as restrições morais da sociedade, causando anarquia e corrupção atraindo os juízos de Deus
sobre a terra. Serão acusados de deslealdade para com o governo.” Citam como base para essa interpretação
Ap 12.17.

* página 355: “Os poderes da terra, unindo-se para combater os mandamentos de Deus, decretarão que “todos
os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos” (Ap 13:16), se conformem aos
costumes da igreja, através da observância do falso Sábado. Todos os que a isto se recusarem, serão finalmente
declarados como dignos de morte”.

* Página 356: “A igreja apelará ao braço forte do poder civil e, nesta obra, unir-se-ão romanistas e protestantes.
Ao tornar-se mais audaz o movimento em prol da imposição do Domingo, os observadores dos mandamentos
serão ameaçados com multas e prisão. A alguns se oferecerão posições de influência e outras recompensas,
desde que renunciem à fé”.

* Página 357: “ A obediência a Deus será considerada rebeldia”.

* Página 361: “Expedir-se-á, finalmente, um decreto contra todos os que santificam o quarto mandamento,
denunciando-os e concedendo ao povo liberdade, para depois de certo tempo, matá-los”.

A igreja protestante e as alianças com outras seitas:

* Outra afirmação que gostaria de citar é a descrita na página 346, onde relata-se que os protestantes
farão duas grandes alianças: uma com os católicos através da guarda do domingo e a outra com o espiritismo,
através da imortalidade da alma, chegando a seguinte conclusão: “O próprio satanás está “convertido”.
Aparecerá como anjo de luz. Através do espiritismo, milagres serão operados, doentes serão curados, e se
efetuarão muitas inegáveis maravilhas ... e os protestantes, havendo rejeitado o escudo da verdade, serão
iludidos. Romanistas, protestantes e mundanos juntamente verão nesta aliança um grandioso movimento para a
conversão do mundo. Por meio do espiritismo satanás aparece como benfeitor da humanidade, curando
enfermidades e apresentando uma novo sistema de fé religiosa, mas ao mesmo tempo conduzindo o mundo a
ruína.”

Página 229: “Adicionalmente, o povo de Deus é chamado a sair de Babilônia. Segundo esse texto, muitos
dentre o povo de Deus devem ainda encontrar-se em Babilônia. E em que corporações religiosas se encontrará
hoje a maior parte dos seguidores de Cristo? Nas várias igrejas que professam a fé protestante”.
Página 229: “Babilônia é a “mãe das meretrizes”, Suas filhas devem ser simbolizadas por igrejas que se
apegam as suas doutrinas e tradições, seguindo seu exemplo em sacrifícar a verdade de modo a formar uma
aliança com o mundo. A mensagem que anuncia a queda de Babilônia deve ser aplicada aos grupos religiosos
que uma vez foram puros e se tornaram corruptos”.
Página 229: “O Dr Hopkins declara: “Não há motivo para se considerar o espírito e prática anticristãos como
sendo restritos ao que hoje se chama a igreja de Roma. Nas igrejas protestantes muito se encontra do anticristo,
e longe estão de se acharem completamente reformadas das ... corrupções e impiedades.”
Página 231: “O grande pecado imputado a Babilônia é que “a todas as nações deu a beber do vinho da fúria da
sua prostituição”. Esta taça representa as falsas doutrinas que ela aceitou como resultado da sua amizade com o
mundo. Por seu turno a igreja exerce uma influência corruptora sobre o mundo, ensinando doutrinas que se
opõem às mais claras instruções da bíblia.”
Página 232: “Apocalipse 18 indica o tempo em que o povo de Deus ainda presente em Babilônia será chamado
a separar-se de sua comunhão. Esta mensagem, a última que será enviada ao mundo, cumprirá a sua obra. A
16
luz da verdade brilhará então sobre todos aqueles cujo coração estiver aberto para recebê-la, e todos os filhos
do Senhor que permanecem em Babilônia atenderão ao chamado: “Sai dela, povo Meu.” Apocalipse 18:4.”
Página 268: “Todos estarão divididos em duas grandes classes – os que guardam os mandamentos de Deus e a
fé de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem, e recebem a sua marca. A igreja e o estado unir-se-ão para
obrigar “todos” a receberem a “marca da besta”, mas ainda assim o povo de Deus não a receberá.”
Página 348: “Os que honram o Sábado bíblico serão denunciados como inimigos da lei e da ordem, como que
a derribar as restrições morais da sociedade, causando anarquia e corrupção atraindo os juízos de Deus sobre a
terra. Serão acusados de deslealdade para com o governo.” Citam como base para essa interpretação Ap 12.17.
página 355: “Os poderes da terra, unindo-se para combater os mandamentos de Deus, decretarão que “todos os
pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos” (Ap 13:16), se conformem aos costumes
da igreja, através da observância do falso Sábado. Todos os que a isto se recusarem, serão finalmente
declarados como dignos de morte”.
Página 355: “O Sábado, a grande prova de lealdade, é o ponto da verdade especialmente controvertido. Ao
passo que a observância do falso Sábado será uma declaração de fidelidade ao poder que se opõe a Deus (a
besta), a guarda do verdadeiro Sábado será uma prova de lealdade ao Criador. Ao passo que uma classe recebe
o sinal da besta a outra recebe o selo de Deus.”
Página 356: “A igreja apelará ao braço forte do poder civil e, nesta obra, unir-se-ão romanistas e protestantes.
Ao tornar-se mais audaz o movimento em prol da imposição do Domingo, os observadores dos mandamentos
serão ameaçados com multas e prisão. A alguns se oferecerão posições de influência e outras recompensas,
desde que renunciem à fé”.
Página 356: “Babilônia é a igreja, decaída em virtude de seus pecados, em vista de sua rejeição da verdade.
Página 357: “ A obediência a Deus será considerada rebeldia”.
Página 361: “Expedir-se-á, finalmente, um decreto contra todos os que santificam o quarto mandamento,
denunciando-os e concedendo ao povo liberdade, para depois de certo tempo, matá-los”, continua o texto
dizendo que essa será a conduta dos católicos e protestantes, sendo encerrado o capítulo com a seguinte
afirmação: “O povo de Deus será então imerso naquelas cenas de aflição descritas como o “tempo de angústia
de Jacó”. Jeremias 30.5-7 e Genesis 32.24-30”.

Outra afirmação que gostaria de citar é a descrita na página 346, onde relata-se que os protestantes
farão duas grandes alianças: uma com os católicos através da guarda do domingo e a outra com o espiritismo,
através da imortalidade da alma, chegando a seguinte conclusão: “O próprio satanás está “convertido”.
Aparecerá como anjo de luz. Através do espiritismo, milagres serão operados, doentes serão curados, e se
efetuarão muitas inegáveis maravilhas ... e os protestantes, havendo rejeitado o escudo da verdade, serão
iludidos. Romanistas, protestantes e mundanos juntamente verão nesta aliança um grandioso movimento para a
conversão do mundo. Por meio do espiritismo satanás aparece como benfeitor da humanidade, curando
enfermidades e apresentando uma novo sistema de fé religiosa, mas ao mesmo tempo conduzindo o mundo a
ruína.”

LIVRO O TERCEIRO MILÊNIO

Página 113: “Isso é assustador. Aqui a profecia indica que chegará um momento na história deste mundo em
que quem guardar o Sábado não poderá comprar nem vender. parece imaginação doentia? pois então pergunte-
se: hoje, ainda em tempos de paz, todos os jovens que guardam o sábado têm direito de ...”
Página 113: “O mais dramático de tudo é fazer a seguinte pergunta: “Se o Sábado é o sinal ou selo de Deus,
qual é a marca da besta?” ...qual é o poder que está por traz do Domingo como dia de repouso?.”
Página 49: “Na bíblia, a igreja de Deus é simbolizada de várias maneiras. Algumas vezes, ela é comparada ao
corpo humano. Noutras, a uma mulher pura que espera pelo noivo. Esse simbolismo é confirmado no
Apocalipse. Uma mulher pura, vestida de sol, é símbolo da igreja de Deus e uma mulher prostituta, vestida de
vermelho, simboliza a igreja que pertence ao inimigo de Deus. Dois comandantes com seus respectivos
exércitos.”
Página 64: “... existem duas maneiras de colocar-se contra alguém. A primeira, é atacando e perseguindo. E,
quando as medidas de violência não dão resultado, é possível também destruir a pessoa, desvirtuando seu
caráter. Isto é, projetando uma falsa imagem da verdadeira pessoa, fazendo-se passar por ela, ou colocando-se
no lugar dela. João diz mais. Os anticritos ou seja, as pessoa que tentarão perseguir ou desvirtuar o caráter de
Cristo, sairão, inclusive, do coração da igreja chamada cristã.”
Página 65: “O nome dessa igreja é Babilônia...”
Página 68: “Outra das características da babilônia moderna é que ela é a “mãe das meretrizes e abominações”.
Quer dizer que essa igreja gerou outras igrejas. Se existe mãe, existem filhas, que, de alguma maneira,
assemelham-se à mãe. Algumas das doutrinas das filhas não provem da bíblia, mas da mãe. As puras doutrinas
bíblicas foram contaminadas com o vinho da mãe.”
17

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LEIS E INTERPRETAÇÕES
CAPÍTULO I

a. Introdução

Quando lemos a Bíblia Sagrada, temos que ter em mente, que ela é um livro espiritual e
terreno. Ora, como isso pode ser realidade?
a) Espiritual, porque nos coloca em situação de encontrarmos a comunhão com
Deus, que outrora havia se perdido;
b) Terreno, pois nos orienta sobre todas as coisas que havemos de fazer ou não, para
que alcancemos o seu objetivo espiritual. E também porque o homem é um ser terreno
e espiritual, logo ele abrange ambas as partes do homem.

Porém agora, após centenas de anos estudando-a, o homem ainda encontra dificuldades
de se relacionar com o seu Criador. Isto ocorre porque a todo o tempo o Senhor desenvolve o
nosso conhecimento sobre a sua palavra, através do Espírito Santo. Estudiosos vêm cada vez
mais buscando o conhecimento sobre as escrituras (I Co 2 7-16; Is 48.6-8; 54.13).

O meu objetivo nessas poucas palavras, vem a ser tão somente aprender mais sobre o
que Deus tem a nos esclarecer nesses últimos dias.

b. Como devemos ver a Bíblia?

A Bíblia não pode ser vista como um único livro, por isto o nome Bíblia vem do grego
“biblion”, que em português quer dizer: “conjunto dos livros sagrados do Antigo e Novo
Testamento. Ela possui em seu conteúdo 66 livros. O Antigo Testamento contém 39 livros e o
Novo Testamento 27 livros. O nascimento de Jesus Cristo é o que define o término do Antigo
Testamento e o início do Novo Testamento.

CAPÍTULO II

a. Qual seria o propósito do AT?

O Antigo tem como tema central anunciar a vinda do Messias(Lc 24.27; Jo 5.39), dando
suas características, personalidade, objetivo, obra, entre outras coisas, mas de forma sempre
figurada, pois procura revelar o desconhecido a fim de que todos pudessem identificá-lo em
sua chegada, exemplos: descendente da mulher Gn 3.15Gl 4.4; nascer de uma virgem Is 7-
14Mt 1.18; sua entrada pública em Jerusalém Zc 9.9Mt 21.1-5; etc. E o Novo trata de
colocar Jesus mais transparente e demonstrar sua realidade. Então no AT Deus nos fala como
seria sua chegada, sua aparência entre outras coisas. Já no NT nós já O identificamos, e então o
Senhor pôde falar de coisas mais detalhadas e claras, inclusive esclarecendo dúvidas
concernentes as interpretações da própria escritura, exemplos Jo 2.22; 4.25; Mt 13.36; Lc
24.27, podemos também ler todo o livro aos Hebreus que por muitos estudiosos é mencionado
como o quinto evangelho, trazendo o ministério de Cristo cidadão celestial, uma vez que os
quatro evangelhos relatam seu ministério terreno.

a) Humanificando o espiritual para dar entendimento aos homens


18

Vejamos detalhadamente um exemplo bem a típico, quando Deus ordena que seja
levantado Arão e seus filhos para o ofício do sacerdócio perpétuo (Ex 40.12-16), Arão tão
somente teria que simbolizar, ou seja, tipificar a Cristo que seria o nosso sumo-sacerdote (Hb
2.17; 3.1). Por esse motivo ele teve que usar uma roupa toda especial, não porque a roupa era
bonita ou até mesmo para destacá-lo dos demais, mas para anunciar algumas das
características de Jesus (Ex 39.1-32), das quais vou mencionar apenas uma. A coroa que era
colocada sobre sua cabeça, ninguém tem dúvida que ela falava da realeza de Jesus, tudo isto no
AT, sendo que quando surge o Cristo, Ele não usava uma coroa, mas todos sabiam que era o
Rei dos Judeus (Mt 2.2) isso por que Ele era de um reino celestial, do reino de Deus, é por isto
que comentei anteriormente sobre a Bíblia ser um livro espiritual e terreno e por causa disto
não podemos simplesmente ler e interpretá-la de maneira apenas literal, mas também de
maneira figurada e espiritual. No AT Arão tinha esta alegoria, porém hoje isto já não se faz
necessário e por esse motivo não vemos ninguém usando uma coroa, embora sejamos
chamados para o ofício sacerdotal (I Pe 2.9), pois já não estamos anunciando a vinda Dele (no
NT) agora Deus falaria do seu ministério (Mt 4.23) de uma forma mais real.

Mas se Deus falou perpetuamente (para todo o sempre) (Ex 40.15) tem alguma coisa
errada com este mandamento, haja vista, não estarmos cumprindo esta ordem divina no que
tange as vestes sacerdotais. A Bíblia é para ser cumprida e isto todos os que crêem em Deus
concordam, as divergências surge nas interpretações uma vez que no AT existem mandamentos
que anunciavam a vinda do Mestre, para que o povo não esquecesse que Ele havia de vir e por
isso eram mandamentos perpétuos. Mas se Deus não muda e também não mente como seriam
perpétuos se eles durariam somente até a chegada do Personagem em si? Ora mas continuamos
exercendo o ofício sacerdotal como já citei em I Pe 2.9, o que deixamos de fazer é anunciar a
vinda de Cristo como se não o conhecêssemos (de maneira alegórica) através das vestes, isso
não é mas necessário o cumprimento deste mandamento hoje é diferente da época do
desconhecimento real.

É por isso que eu falei sobre quando lermos a Bíblia temos que saber que são vários
livros com uma mesma idéia central (o plano de Deus para a salvação do homem, através do
sacrifício de Cristo) sendo que divididos em dois grupo por um evento tremendo: “O
nascimento de Jesus”.

Embora todas as tipologias e profecias tenham sido esclarecidas e cumpridas por Ele,
conforme Cl 1.26-27, os judeus ainda tiveram dúvidas sobre seu Libertador. Ora, e qual foi o
motivo desta ignorância? Vou retornar novamente ao ponto de início de nosso estudo, já
comentei sobre a Bíblia ser um livro espiritual e terreno não podendo ser interpretado apenas
de uma forma literal e terrena. Foi justamente o que aconteceu com os judeus quando viram
Jesus nascer numa manjedoura, em um local pobre e em meio a pessoas como pastores de
ovelhas (Lc 2.7-8); ter como ofício carpinteiro (Mc 6.3); que entrou em Jerusalém montado em
um jumento (Zc 9.9 e Mt 21.5-7). Foi uma grande decepção, pois esperavam um rei terreno
que viesse com um grande exército para os livrar das mãos de seus opressores e não um Rei
de paz, humilde, de um reino celestial. Por esse motivo eles estão sem o seu Prometido até os
dias de hoje e esse é o grande perigo para os que interpretam a Bíblia apenas de maneira literal
e terrena, sempre digo que não precisamos saber somente o que as pessoas falam das
escrituras, mas também precisamos entender o que as escrituras falam para as pessoas.
Enquanto formos apenas aceitadores do que se ensina sobre a palavra, seremos por muitas
vezes meros seguidores de homens, porém se passarmos a pesquisar sobre ela, então creio que
estaríamos cumprindo um mandamento citado por Cristo em Jo 5.39, pois a falta de
conhecimento das escrituras é citado na bíblia como ERRO, ou poderia dizer, pecado Mt
22.29, pois os saduceus nessa passagem interpelavam ao Mestre sobre a ressurreição negando
19
sua possibilidade, justo eles que eram homens ricos e de grande influência sobre o sacerdócio
na época (Pequena Enciclopédia Bíblica de Orlando Boyer, Pág. 675), e por sua posição na
sociedade provavelmente contribuiu para que muitas pessoas viessem ser errantes como eles.
Por isso concito a todos, não apenas aos cristãos, a serem examinadores das escrituras e
ensinos religiosos, seja qual for sua dificuldade em cumprir esse mandamento creio que o
Senhor se alegrará e o ajudará.

CAPÍTULO II

a. Anunciar a Cristo seria o único propósito do AT?

Mas seria apenas anunciar a Cristo o único propósito do AT? Nisso sou taxativo “Não”,
pois o AT também estabelece normas e estatutos sobre o que deveria ser feito para que a
comunhão “Deus/homem” voltasse a ser perfeita. Embora para o homem fosse totalmente
impossível cumprir todas essas normas em que nem um til da Lei poderia ser burlada (Mt
5.18), pois conforme Paulo menciona no capítulo 7 de Romanos: “aquilo que desejo fazer isso
não faço, mas aquilo que não desejo fazer isso faço”. Logo como o homem poderia cumprir a
Lei? Se ele nem mesmo consegue controlar a sua natureza pecaminosa.

Mas a Lei e as profecias foram feitas para que Cristo a cumprisse em nosso lugar (Lc 24
44-45) a nós tão somente é feito o convite para nos assentarmos a mesa (Lc 14 15-24), e por
isso o texto: “tudo está preparado”, e por isso na cruz Ele diz “está consumado” (Jo 19.30).

Hoje paira uma dúvida cumpro ou não a Lei? Cumpre claro, porém Cristo nos ajuda nas
nossas dificuldades, porém devemos saber como é cumprir a Lei no AT e como é isto no NT.

Ora, no AT não tínhamos os pecados perdoados e sim encobertos e hoje os pecados são
perdoados e para explicarmos isso teremos que falar um pouco sobre a Lei, para quem ela foi
estabelecida, por que Deus instituiu a Lei etc:

CAPÍTULO III

CONHECENDO AS LEIS DO CRIADOR

a. a lei antes da queda do homem

a) Uma Lei com Garantia de Vida (primeira lei)

1. Quando se deu a Primeira Lei – A primeira lei foi estabelecida ainda antes da queda,
afirmo isto baseado em dois princípios básicos, a saber:

- Quanto a definição de pecado – segundo a definição bíblica, conforme diz I Jo 3.4


(versão ARA) “... o pecado é a transgressão da lei”, ou seja, nada mais é do que transgredir, e
não há transgressão sem que haja lei, pois Adão não poderia transgredir a lei de Deus sem que
ela não tivesse sido promulgada (Rm 4.15), ora só aconteceu o pecado devido a criação da lei,
se houve uma desobediência é porque havia uma proibição, vejamos os ensinos de Paulo em
Rm 7.9: “Outrora eu vivia sem lei, mas vindo o mandamento reviveu o pecado, e eu morri”.

- Quanto a definição de lei – Preceito que deriva do poder legislativo, obrigação


imposta; norma; regra; etc. Podemos assim dizer que toda lei visa insumo garantir o bem viver
e a preservação da vida do cidadão, seja qual for o país ou povo. Jamais haveria harmonia
20
entre os povos se não houvesse as regras, bem como jamais preservaríamos a espécie humana
sem os benefícios das leis humanas, além de nos proporcionar vivermos relativamente bem.

Tudo isto, estamos falando das leis humanas, muito embora sejam elas por muitas vezes
injustas podemos afirmar que elas são elaboradas baseadas nas citações acima. E quando
falamos da lei divina não seria muito diferente, ela também nos garantia viver bem além de nos
dar direito a viver eternamente, como veremos nos próximos trechos deste estudo.

2. Qual era o objetivo da primeira lei – Não podemos afirmar definitivamente o objetivo
dela, uma vez que a bíblia não cita tal, porém podemos discernir que somente existe o livre
arbítrio, devido ao direito de escolha por aceitar e obedecer a lei ou rejeitar e desobedecer, com
isso creio que objetivo dela acima de tudo era que homem viesse a ser um adorador por
decisão própria e não por falta de opção, ou até mesmo por obrigação. (Jo 4.23).

3. Seria Deus ruim em criar a Lei – Claro que não, todas as Leis são boas, são elas quem
dizem o que é certo e o que é errado, criando liberdade e limites e por isso dizemos: “meu
direito termina aonde o teu começa”, não é correto isto? E isto só é possível por que existem
leis. Principalmente aquela vinda de Deus, pois ela nos garante privilégios e segurança acima
de tudo, além de punição aos que a desobedecerem, logo a atitude de Deus foi boa, pois
baseado na leitura desta primeira lei podemos ver que ela nos dava a segurança da eternidade,
dias sem dor, num ambiente tranqüilo que é o jardim do Éden. O problema é que a lei também
traz conseqüências ruins para os transgressores, e nós a transgredimos (através de Adão
primeiramente, passando a ato de contínua prática por todos os seres humanos seguintes) e isso
se tornou mau para nossas vidas, logo chegamos a conclusão de que a lei é boa, nós é que
somos ruins (Rm 7.16), tendo em vista cedemos ao pecado que atua contra as leis de Deus.

4. E que lei seria essa e quais suas características? - Estou me referindo, ao mandamento
descrito em Gn 2.16-17, vejamos quais suas características (Rm 7.12-16):

1) era santa e totalmente cumprível pelo homem por ser o mesmo também santo, ao
homem bastava tão somente não desobedecer ao mandamento Divino e teríamos cumprido a
toda a lei de Deus sem nenhuma dificuldade.
2) era completa, pois não havia muito a estabelecer a um ser santo semelhante ao
Criador e caso tivéssemos cumprindo-a jamais teríamos perdido o direito a vida eterna.
3) era boa, pois a mesma tinha o objetivo de nos garantir a comunhão com Deus, através
de nossa santidade, que significa separado do pecado, essa lei caso cumprida servia de
aprovação de nossa fidelidade com o Senhor.

b. O que aconteceu com a queda?

Após a queda do homem, além de sermos impedidos de desfrutar das benções


prometidas na lei, expulsos do paraíso, perdermos a comunhão, fomos receptores das
maldições (Gn 2.17; 3.15-19) e entre elas encontrava-se a morte, pois disse o Senhor
“certamente morrerá...”.

Como surgiu a morte e o inferno – A morte e o inferno por mais incrível que pareça, teve
seu início não com o surgimento do pecado de Adão e sim a partir da iniquidade que surgiu em
Lúcifer, a morte nada mais é do uma separação, e pode acontecer em duas circunstâncias:
21
A morte física – Esse tipo de morte é cabida somente aos homens, pois o mesmo tem
relações com dois mundos o físico e o espiritual, e vem a gerar a separação do corpo físico do
espiritual;

Ela visa também estabelecer o fim de toda a carne, isso por que, após acontecê-la todos
receberão corpos espirituais(COLOCAR VERSÍCULO)

A morte Espiritual – É também chamada de segunda morte, pois só pode ser executada
aos homens a partir da morte física, sendo cabida somente a seres estreitamente espiritual e
consiste na separação entre o espirito e Deus (seu Criador) Ap 20.10-14 – 2.8

E o inferno o que será? – O inferno nada mais é do que um lugar onde existem densas
trevas e os espíritos dos que não foram encontrados no livro da vida lá serão lançados,
impedidos de ter acesso ao Criador, passando por grande sofrimento e aflição.

a) Uma Lei Pura para um Homem Impuro (Segunda lei)

Sendo Deus santo, jamais poderia criar alguma coisa ou ser impuro, sendo assim a sua
lei seria para santos e não para pecadores (Rm 7.12), logo podemos chegar a conclusão de que
toda a criação de Deus é pura como Ele próprio, e nesta mesma visão podemos afirmar que o
homem também era santo até que decidiu erradamente (livre arbítrio) e se tornou impuro Rm
7.14 (pecador e escravo do pecado), e isso causou um mal tremendo a toda a criação divina,
vejamos o exemplo a seguir sobre o que aconteceu:

Suponhamos ter um imenso quebra cabeças, cujas peças sejam todas elas de encaixe
arredondado, e por motivo de desgaste a peça central do mesmo tenha se tornado totalmente
quadrada, o que aconteceria com o quebra cabeças, seria impossível encaixar a peça central
não concordam, muito embora a mesma não tenha deixado de fazer parte do mesmo, já não
conseguimos aproveitá-la na montagem correto?

Vejamos como essa parábola tem a ver com a obra da criação de Deus: Como já
dissemos tudo criado pelo Senhor é Santo e faz parte de um grande quebra cabeça, pois toda as
coisas e seres dependem uns dos outros para que haja o equilíbrio total do universo, como por
exemplo os insetos alimentam-se de dejetos eliminando assim as impurezas do meio ambiente,
algumas aves e outros animais por sua vez alimentam-se dos insetos evitando que os mesmos
tenha uma produção desenfreada, logo caso aconteça a extinção de uma dessas criaturas, a
outra se multiplicaria em maior escala trazendo o desequilíbrio no meio ambiente e por isso
tantas preocupação com a preservação de todas as espécies existentes, e o que isto tem a ver
com a queda do homem? como disse todas as peças tem uma característica sine qua nom que a
faz encaixar em perfeita harmonia, a santidade, que foi perdida pelo homem quando pecou
(Rm 8.19-23). Passamos todos a sofrer ardentemente, nos fazendo esperançosos de um dia vir
a se tornar novamente perfeito. Podemos observar que o homem é o único ser que destrói o
meio em que vive assim como os seus semelhantes sem motivo plausível, mata por simples
admiração ou demonstração de força sem objetivo claro, e a cada dia tem demonstrado o
quando é malfeitor em relação as demais criaturas e semelhantes.

Isto foi desencadeando ao longo do tempo tendo em vista que sua condição pecadora se
tornou cada dia mais atuante em sua atitudes não somente em relação ao Criador, mas também
em toda a criação.
22
E qual o motivo dessa explanação humanística? Tendo em vista essa desarmonia da
criação, foi necessário que fosse feita uma nova lei, haja vista agora o homem é um amante e
escravo do pecado, onde a cada dia busca uma forma mais horrenda de praticá-lo (Rm 1.30),
essa mudança deu origem a segunda lei divina, uma forma de evitar a perda total do ser
homem a fim de que fosse preservada a possibilidade de resgatá-lo, haja vista ele não usufruiu
do direito benéfico da lei(o fruto da árvore da vida), muito embora essa edição não gerava o
direito a vida eterna e sim esclarecia o pecado.

b) Uma Lei com Garantia de Morte

Essa segunda lei, gerou um grave problema para o homem, pois como poderíamos
encaixar uma forma quadrada a outra redonda, ou seja, como poderia o homem cumprir uma
lei santa, sendo impuro e contumaz (Rm 7.14).

Tornou-se totalmente impossível obtermos a salvação mediante a lei, uma vez que a lei é
benéfica aos que a cumpre e ruim para os transgressores jamais poderíamos obter algo a nosso
favor, pois éramos não somente pecador, mas também escravo do pecado e assim
continuávamos a transgredir a lei mais e mais e com isso a lei tornou-se para nós não um fator
para sua salvação e sim uma sentença de condenação (“pois o salário do pecado é a morte...”
Rm 6.23). Jamais o código penal brasileiro por exemplo poderá absolver de roubo aquele que
comprovadamente é ladrão, muito embora na lei humana existam muitas injustiças, mas o
correto é o anteriormente mencionado. E na lei divina não poderia ser diferente, diz a lei: “...a
alma que pecar essa morrerá”. Ez 18.4. É por isso que digo que essa segunda lei vem com
garantia de morte a todos os homens, haja vista, está escrito “Se dissermos que não temos
pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós” I Jo 1.10. Logo a única
esperança para a humanidade seria que alguém viesse a cumprir essa sentença para que assim
sendo a justiça fosse feita de forma substitutiva, alguém cumpriria a pena no lugar do homem
dando a ele uma nova chance para viver não mais transgredindo e sendo condenado pela lei e
sim recebendo os benefícios da mesma.

c. Uma lei sem benefícios para o homem

a) Impondo limites às corrupções humanas

A segunda lei para os homens, também chamada biblicamente de “a lei do pecado” e foi
assim denominada por ter sido criada tendo em vista que o homem pecou (Rm 8.2), e caso não
houvesse o pecado ela não existiria. Ela também não foi estabelecida com o objetivo de salvar
o homem, e sim, evitar que ele viesse pecar de maneira desenfreada causando males cada vez
piores. (Rm 1.30; Gl 3.19).

Essa afirmativa é baseada na análise da primeira lei que estabelecia a morte como
condenação aos transgressores, e se todos pecaram (Rm 3.23), logo todos estávamos
condenados a morte e não havia meio de se voltar atrás, pois a lei de Deus é imutável e sendo
assim teria que ser cumprida a condenação (Ez 18.4).

Na promulgação dos dez mandamentos em nenhum momento foi manifestada a


possibilidade de salvação (Rm 8.3), e por que o termo “enferma pela carne?”, simplesmente o
que Paulo quer dizer é que caso o homem tivesse cumprido a primeira lei essa seria suficiente
para sua vida eterna, porém vindo ele a desobedecer nos tornou réus dela, e agora isto só viria
a ser possível através da manifestação da graça divina em Cristo.
23

d. O grande equívoco

Quando dou este subtítulo a essa explanação da lei, faço com convicção a afirmativa no
que concerne a importância que passou a ser dado aos dez mandamentos.

A primeira lei deve ser tão valorizada, ou até mais, do que a segunda isso por que é nela
que encontramos a sentença da vida e da morte, baseado nesta é que o homem pode se
conscientizar do seu estado de rebelião contra o nosso Senhor.

Essa situação tem trazido sérios problemas a divulgação e aceitação do evangelho, ora
quem já não ouviu de uma pessoa evangelizada as seguintes desculpas para não aceitar a
Cristo: “a eu nunca matei, nunca roubei, nunca adulterei, eu iria para o inferno?” dando a idéia
para que possamos ser salvo basta cumprir os dez mandamentos.

Na verdade esses mandamentos visa tão somente estabelecer limites a fim das pessoas
evitar uma vida cada vez mais aplicada a prática do pecado (Rm 1.30; Gl 3.19), estes mesmos
limites foram expandidos por Cristo durante seu ministério ensinando que até mesmo quando
apenas pensamos cometer algum mal já pecamos.

Precisamos analisar mais os atos de nosso primeiro casal (Adão e Eva), esses se
rebelaram contra seu Criador e com isso permitiu que, aquilo que era santo se corrompesse
passando a ser impuro e isto foi por herança transmitido a todos, tornando-se necessário a
purificação.

e. As diferenças entre as leis

Gostaria de mencionar agora aos amados leitores é a diferença entre a primeira lei e a
segunda.

Como estudamos anteriormente, toda lei tem benefícios aos cumpridores e


conseqüências ruins aos transgressores, sendo que Deus criou duas leis independentes, a
primeira continha somente um mandamento uma vez que foi estabelecida a um ser santo. A
segunda vem repleta de artigos e leis complementares, isso por ser estabelecida agora a um ser
pecador e contumaz do pecado, vejamos outras diferenças entre elas:

a) A primeira lei:

Na primeira havia o mais importante de todos os benefícios aos homens, o benefício da


vida eterna. Senão vejamos toda a primeira lei:
Gn 2.16 – “Ordenou Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás
livremente”.
Gn 2 17 – “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás, pois no
dia em que dela comeres, certamente morrerás”.
Fazendo uma breve análise de toda ela podemos observar três preceitos básicos, muito
importante, a saber:
- 1º encontramos o benefício aos que respeitar a lei (Gn 2.16), teríamos
direito(liberdade) de comer os frutos de todas as árvores constantes no Jardim do Éden, e claro
que também do fruto da árvore da vida, como podemos constatar lendo Gn 2.9, e essa
autorização nos garantia não somente a vida eterna, mas também que viveríamos bem.
24
- 2º podemos observar sua base central, parte essa que servia de alicerce para o benefício
e o malefício, a determinação proibitiva da lei Gn 2.17a proibição essa que caso cumprida pelo
homem viria a nos garantir vida eterna, não concordam?
- 3º nos defrontamos com as conseqüências ruins aos transgressores, que abrangia dois
estágios, a morte espiritual (que se deu logo que o homem pecou e por isso foi separado da
comunhão com o Criador) e a morte física a qual o homem ficou escravo por toda existência
terrena.

b) A Segunda lei:

Na Segunda o objetivo era mostrar que enquanto a corrupção reina em nós, somos tão
cegos que ignoramos até mesmo a nossa ignorância (Jo 9.41) e visando evitar apagar a luz que
fora deixada para nós (profecias para salvação), de forma a nos tornar indesculpáveis (Rm
1.20-21; 2.1) pois nos deleitávamos naquilo que deveria nos desagradar. Foi necessária a
Segunda lei a fim de nos fazer enxergar claramente o maldito abismo no qual nos
encontrávamos, e isso não poderia ser feito de melhor maneira, do que nos esclarecendo nossas
transgressões, pois a escuridão é melhor percebida quando colocada ao lado da luz (Rm 3.20;
7.13).

Com isso ela não visa nos conceder a vida eterna, mas pelo contrário para nos condenar
e para mostrar que o inferno está pronto para nos tragar, para aniquilar e degradar totalmente
nosso orgulho, fazendo com que nossa multidão de pecados passe diante de nosso olhos e nos
mostrando a ira de Deus que se revela nos céus contra os pecadores (Rm 1.18; 4.15; Gl
3.10,120). Todavia, os homens tem sido cegos e insensatos, pois não somente buscam a
salvação naquilo que os condena (suas obras, seitas, distorções da Palavra, etc), esquecendo-se
do Único Salvador, buscando com isso condenação após condenação como se a lei de Deus
não os condenasse suficientemente ( Gl 4.9, 10; 5.1; Cl 2.8 16-23).

Logo, podemos afirmar que ela busca produzir o primeiro grau de arrependimento, a fim
de produzir uma completa confissão diante do Senhor, pois aquele que não sabe que está
doente, nunca irá ao médico. Ninguém mais incapaz de receber a luz da salvação, do que
aqueles que pensam já encontrar-se nela, por falta de entendimento sobre quão densa trevas
nas quais se aprofundam cada vez mais.

Dito essas palavras convém entender que essa lei como a primeira, visa com que nós
possamos, não através delas, encontrar a salvação em Cristo, pois concernente a salvação disse
Agostinho: “É verdade que o Senhor Jesus fez muitas coisas que não foram escrita, pois o
próprio evangelista testifica que Ele disse e fez muito mais do que foi escrito. Mas Deus
escolheu registrar aquelas coisas que são suficientes para a salvação dos que crêem”(Jo 20.30-
31).

f. Uma lei sem benefícios para o homem

Tão logo o homem pecou, imediatamente ele perdeu os benefícios da lei, pois diz a
bíblia nos versículos Gn 3.22-24, que Deus tornou impossível que o homem viesse a usufruir
do bem maior da primeira lei que seria comer da árvore da vida, expulsando-o do Jardim e
colocando querubins guardando o caminho da árvore da vida.

A partir deste momento só restou as conseqüências da transgressão tornando-se


impossível algo de bom da lei.
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E por isso quando da promulgação da segunda lei divina não foi estabelecida nenhuma
recompensa a favor dos que a cumprisse e somente responsabilidades, tendo em vista que
agora todos éramos errantes e transgressores, e portanto jamais dignos de benefícios.

Outra coisa interessante entre essas edições é que na primeira foi estabelecido apenas
um mandamento e até parece pouco, porém não havia muito a estabelecer ao homem santo e
imaculado, diferente do que aconteceu após a queda, podemos perceber uma série de
orientações via Deus, Moisés, profetas e até mesmo dos líderes ocacionais, isto por que agora
até que fosse realizada a remissão do homem, ele estava condenado a pecar cada vez mais
sendo alvo somente da condenação eterna.

g. O grande problema para deus

A santidade de Deus é tão grande e tão inimaginável que provavelmente jamais Ele
poderia entender o sentimento pelo pecado e contrapartida sua obra também é tão santa que só
havia um perigo a que pudesse ser exposta a qual buscaremos explicar a seguir:

a) Deus não Criou Satanás e sim Lúcifer – quando as escrituras mencionam sobre o anjo
Lúcifer, sempre nos faz imaginar um ser extremamente belo que conforme seu próprio nome
diz anjo de luz, “Elevou-se a teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua
sabedoria por causa do teu resplendor...” Ez 28.17 e qual foi seu grande problema? (pecado). É
que por ser tão perfeito desejou ser igual a Deus querendo estabelecer seu trono acima do
Senhor, isto é desejou ser igual ao Criador (Is 14.14). O Senhor jamais criou o mal porém
Lúcifer permitiu que seu desejo se corrompesse e com isso toda sua sabedoria e todo os
benefícios de que desposava nas regiões celestiais vieram a se corromper também e com isso
passou a gerar o mal pois grande era em sabedoria, e uma vez voltado para o mal pode
desenvolver grande potencial, essa realidade também se deu com o homem. Então vejamos, o
pecado original se deu por uma desobediência, mas logo ele passou a criar outros tipos de
pecados (inveja, assassinatos, etc). Claro que em nenhum momento vemos a humanidade
sendo ensinada como poderia criar outros tipos de pecados porém hoje sequer poderíamos
contar o número de atrocidades cometidas pela humanidade em desagrado ao Criador, isso
porque nós mesmos corrompemos nossa sabedoria, fazendo com que ela se incline para o mal.

Cabe aqui um adendo interessante, quando Santos Dumont inventou o avião não tinha
por objetivo utilizá-lo em guerra lançando bombas, mas foi assim empregado o invento, e o
levou ao suicídio, tudo isso por que o homem a cada dia busca uma maneira diferente de
destruir-se fruto do pecado original de Adão.

Se fizermos um paralelo entre o que aconteceu a satanás e ao homem poderemos ver


algo em comum. Ambos desfrutavam de todas as dádivas e mesmo assim desejaram ser iguais
ao Criador (Gn 3.5), haja vista eles tinham grande perfeição e santidade, isso nos leva a crer
que de tão perfeita a criação somente poderia haver um abismo a passar, que seria o desejo de
ser igual a Deus, e foi baseado neste princípio que a serpente atuou, para que acontecesse a
queda.

h. Um deus extremamente justo

Podemos comentar sobre a justiça de Deus, sem querer é claro estabelecer aqui ser essa
a essência da verdade e sim incitar o leitor a pensar mais sobre o tema, buscando entender
algumas de suas atitudes tão grandiosas como:
26

a) Por que Deus não Destruiu o Mal? – Devido a sua autojustiça, senão observe, por ser Ele
extremamente Santo, Perfeito e Justo buscou eliminar qualquer sombra de variação de justiça
tanto no que concerne ao homem como no que se refere ao inimigo de nossas almas, como
pois destruiria a Satanás sem antes provar que ele teve e rejeitou as bênçãos divinas.

Quando Cristo abriu mão de seu trono na glória para se tornar um homem, ficou sujeito
as mesmas leis estabelecidas a todos os demais, sendo que para o homem perfeito só lhe havia
um mandamento e agora que se desviara estava sujeito a lei que punia o pecador, logo ele pôde
sentir todas as fraquezas e ficou exposto as tentações do inimigo, e caso Ele fosse aprovado
em toda essa obra seria apto não somente a provar que Deus é justo mas também a recuperar o
homem. Está escrito: “Porque, como, pela desobediência de um só homem muitos foram
feitos pecadores, assim pela obediência de um, muitos serão feitos justos” Rm 5.19.

Ele cumpriu toda a lei e ao final de seu ministério terreno sofreu a sentença da lei como
se pecador fosse, ora uma vez cumprida a sentença de morte que cabia ao pecador, sendo Ele
santo e imaculado a morte não poderia ter direito sobre Cristo pois a ela é o castigo
estabelecido para o pecador e não para os santos. Se Adão não tivesse caído jamais haveria a
morte. Logo todas as pessoas que vierem aceitar esse sacrifício como sendo o cumprimento da
sua própria sentença de morte pela prática do seu pecado (de forma substituitiva, é claro) terá
morrido em Cristo e nele renascerá de novo para viver a uma nova vida não sob os preceitos
da lei do pecado e sim da lei da vida (Rm 8.2).

i. Uma nova oportunidade

A Bíblia nos promete uma nova chance através de Cristo nosso Redentor, uma nova vida
que seria fora da condenação da lei do pecado, como seria ela? Para que possamos entender a
resposta desta pergunta precisamos antes esclarecer alguns princípios:

a) Essa chance está relacionada com o sacrifício substitutivo de Cristo para nos salvar,
cumprindo Ele todo o castigo que a nos caberia, nos isentando de qualquer sentença, porém é
necessário que cada um reconheça seu estado de rebelião em que se encontra, condenado a
morte e sem nenhuma outra forma de salvação a não ser por Cristo, e então a partir daí
reconhecer seu grandioso feito e aceitando-o como seu Redentor, a fim de que possamos ser
recebidos como mortos com Ele, bem como ressuscitado, esquecendo as atitudes do homem
morto e condenado que éramos, passando a buscar viver a vida daquele que nos resgatou;

b) Outra questão interessante é que uma vez que fomos resgatados e vivificados em Cristo e
com Cristo, vivemos não mas a nossa vida pecaminosa e sim sua vida santa. E como santos
temos mais uma vez de Deus a disponibilização das condições perdida por Adão no Éden.
Passamos a ter os mesmos direitos de Adão antes do pecado, a citar: temos de volta a
comunhão (podemos conversar com Deus), acesso a árvore da vida (através de Cristo o Pão da
Vida é nos dado o direito a vida eterna), o direito de voltar a viver num local santo (a
Jerusalém celestial), muito embora digo isto sabendo que ora gozamos desses privilégios em
parte, pois somos ainda ligados ao pecado através da carne, porém por ocasião de nosso
arrebatamento receberemos um corpo incorruptível e ai poderemos desfrutar na plenitude.
Enfim deixamos para trás toda nossa condição de amaldiçoados, passando a ser co-herdeiros
como filhos do Altíssimo.

c) Tudo citado acima só é possível aos que crerem e tiverem fé de que as palavras do
Senhor são fiéis e que a nós basta recebermos a graça divina sem contestação nem
insegurança.
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Dado os princípios acima podemos agora voltar a pergunta: como seria a nova vida?
Essa nossa nova vida é totalmente diferente daquela que vivíamos antes de nos converter, pois
a lei do pecado, como já citamos, tinha o objetivo de impor limites aos pecadores e não foi
criada para os santos, agora sendo santo nada tem haver conosco. Então podemos pecar e não
seremos condenados? Isto jamais, ora se digo que passamos a viver a vida de Cristo e se Ele
nunca pecou e nem contrariou a vontade do Pai, como poderíamos agir dessa maneira?. Caso
isto venha a acontecer estaríamos revivendo o velho homem (nossa antiga vida pecaminosa) e
assim sendo estaríamos deixando de lado a vida que Cristo nos concedeu.
Claro que por vez sinto-me traindo meus princípios de vida Cristã, e logo que percebo
busco imediatamente a reconciliação clamando que Cristo venha a me perdoar intercedendo
junto ao Pai, renovando assim minha vida santa, deixando Cristo viver em mim novamente.

CAPÍTULO IV

ENTENDENDO OS PACTOS OU ALIANÇAS


a. Conceito
O substantivo pacto significa, segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua
Portuguesa,(31) "ajuste", "convenção" ou "contrato". Estes três substantivos são também
usados para definir o significado do substantivo aliança. Diferentes versões da Bíblia em
português usam os substantivos pacto, aliança, acordo e concerto para traduzir o substantivo
hebraico berith que aparece cerca de 290 vezes no Antigo Testamento.(32) Para todos esses
sinônimos a idéia básica que encontramos é a de união entre duas partes, um pacto ou acordo
bilateral.
Vários alianças acontecem entre duas pessoas, nações ou grupos na narrativa bíblica (ver
Js 9.15; 1 Sm 20.16; 2 Sm 3.12-21; 5.1-3; 1 Rs 5.12); em certos casos uma aliança é feita para
resolver uma disputa entre partes (Gn 21.22-32; 26.26-33; 31.43-54).
Centenas de vezes o substantivo aparece no contexto de uma aliança entre Deus e seres
humanos. Como, nesse contexto, entender a bilateralidade? Um pacto implica sempre em
igualdade entre as partes? Certamente que não. A bilateralidade, no contexto do pacto entre
Deus e homens, implica tão somente em que duas partes estão envolvidas, mas não que exista
a igualdade entre essas partes. Pois esse é iniciado e garantido por Deus nos seus termos.
Portanto, estamos falando de uma aliança que não envolve um acordo de duas partes,(35) na
qual não existe negociação de direitos e obrigações. Nesse sentido a aliança divino-humana é
unilateral. É um compromisso feito pela iniciativa de Deus com relação à sua criação. O ser
humano é um receptor da aliança divina. Isso se torna evidente no texto de Gênesis 17.2 O
texto não reflete um acordo de duas partes iguais, com os mesmos direitos.
Esse tipo de pacto não é algo sem precedentes na história. Ele é ilustrado pelos pactos
do antigos povos entre conquistadores e conquistados, reis e vassalos. Nesses casos, os
conquistados, quando entravam em pacto com os conquistadores, não tinham o direito de
propor qualquer coisa nos termos do pacto. Este tipo de pacto pressupõe a figura de uma parte
"soberana". Um dos lados tem a vantagem do domínio e se propõe a cumprir um determinado
papel; o outro, tendo também um papel a cumprir, se submete às exigências pactuais. No pacto
divino-humano encontramos a relação criador-criatura, rei soberano-servo. Um dos exemplos
que podemos citar é a narrativa em Gênesis 15 do pacto com Abrão. Nos primeiros versículos
o texto narra que Iavé aparece a Abrão e faz com ele uma aliança. Depois de colocados os
termos da aliança, o texto narra nos versos 13-17 o desfecho:
Sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à
escravidão, e será afligida por quatrocentos anos. Mas também eu julgarei a gente a que têm de
sujeitar-se; e depois sairão com grandes riquezas. E tu irás para os teus pais em paz; serás
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sepultado em ditosa velhice. Na quarta geração, tornarão para aqui; porque não se encheu
ainda a medida da iniqüidade dos amorreus. E sucedeu que, posto o sol, houve densas trevas; e
eis um fogareiro fumegante e uma tocha de fogo que passou entre aqueles pedaços.
Todas as promessas são feitas por Deus a Abrão, do Rei soberano para o vassalo, do
criador para a criatura, não cabendo a Abrão qualquer ponderação.
A diferença fundamental entre os pactos humanos e o pacto divino-humano encontra-se
na motivação do soberano Criador, que se propôs a criar e sustentar a sua criação,
estabelecendo assim um vínculo que, segundo a própria Escritura, só pode ser um vínculo de
amor.
Portanto, quando se trata do pacto divino-humano pode-se dizer que o pacto é um
vínculo/elo de amor, iniciado e administrado pelo Deus triúno com a sua criação, representada
pelos nossos pais.

Não basta cumprir, tem que amar a lei de Deus

E como seria então cumprir a lei de Deus? Essa pergunta muito embora nos pareça
simples de responder, posso afirmar que muitas pessoas se decepcionarão com a resposta, pois
maneira que o Senhor espera que cumpramos é muito diferente do que humanamente
pensamos disto.

Martinho Lutero dá uma interpretação sobre, dizendo que: “não devemos cumprir a lei
de maneira humana, como se fosse uma doutrina acerca das obras que devem ser feitas ou
evitadas, como é o caso com as leis humanas, as quais são cumpridas por meio de obras,
mesmo que o coração não esteja junto; o que Deus julga é o fundo do coração; por isso
também sua lei reivindicava o fundo do coração e não se dá por satisfeita com obras; ao
contrário, Ele pune aquelas obras que não vêm do fundo do coração, por serem hipocrisia e
mentira. Daí por que todas as pessoas são chamadas de mentirosas (SI 116), porque ninguém
cumpre nem consegue cumprir a lei de Deus do fundo do coração; pois cada um encontrará
dentro de si mesmo a indisposição para o bem e a disposição para o mal. E onde não houver
livre disposição para o bem, o fundo do coração não estará com a lei de Deus, ali com certeza
haverá pecado e merecida ira de Deus, ainda que por fora pareça haver muitas boas obras e
vida honrada”.

São rejeitados atos que apenas externam a nossa gratidão a Deus, que não foram gerados
em nossos pensamentos por amor e sim por interesse ou qualquer outro sentimento mesquinho.
O Senhor espera que tenhamos alegria no cumprimento de sua lei, em fazer a sua obra, enfim
em tudo, tudo temos que realizar com amor para louvor do nome do Senhor. E isso fará com
que muitas pessoas se decepcionem no céu, pois muitas delas realizam grandes obras e até
acreditamos que ela sem dúvida tem agradado ao Senhor muito mais que a gente, mas palavra
diz que julgamos segundo a carne e a aparência, porém o Senhor julga segundo sua reta justiça
(Jo 7.24 e 8.15).

E como encontraremos esse amor? Ele vem do próprio Deus, não pode ser exalado do
homem natural, somente os homens que tem compromisso o recebem, pois está escrito: “...Por
que o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”
(Rm 5.5). E é o Espírito Santo quem nos orienta como devemos realizar nossos atos, nos dando
de saber os que agradam ou não ao Pai. Por haver em nós esse sentimento de amor que a cada
dia desejamos agradá-lo através de nossas obras, pois quando amamos alguém buscamos fazer
as coisas que lhe agradem. Por isso deixo essa reflexão para o prezado leitor. Como tem gerada
as primícias dos atos que ofertamos a Deus?
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Mas sabemos que cumprir a lei desta forma é impossível pelo homem e por isso nossa
salvação é pela graça através da fé em Cristo, pois Ele fez tudo isso em seu ministério terreno
realmente cumpriu a lei em nosso lugar.

Ora e qual a importância dessa explanação haja vista que ninguém conseguiria cumprir a
lei partindo dessa verdade? Precisamos entender que o Senhor conhece a nossa incapacidade
em cumprir a lei, porém Ele espera que não nos acomodemos com nossa fraqueza, dando força
ao pecado, mas busquemos a cada dia realizar não a nossa vontade mas a Dele, revelando
assim a nossa fé de que Deus jamais falhará em suas promessas e justiça. É importante também
para que saibamos quais das nossas ofertas que estão sendo recebidas por Deus.

Deus só recebe as primícias de tudo o que Lhe ofertamos

Por isso digo que o Senhor requer de nós um comprometimento total de nossas vidas
trazendo-nos a responsabilidade de colocá-lo em primeiro lugar em todo o nosso ser. Então
surgirá a pergunta: como seria isto? Vejamos o exemplo do dízimo, quais os critérios para que
seja entregue ao Senhor? É a décima parte daquilo que recebemos, não do é meio ou do resto
que separamos, mas da primícia, e o que isso tem a ver com cumprir a lei? Tudo, pois veja
quais são as etapas de nossos atos: 1º pensamos (o que vou fazer, como vou fazer, por que vou
fazer; para que; para quem, ou seja os motivos que nos levaram a tal pensamento); 2º
decidimos (realizar ou não); 3º realizo o ato - a primícia de nossos atos são nossos
pensamentos (Is 55.7) e baseado neles é que encontraremos galardão ou reprovação da parte
de Deus. Em Mt 15.18-20 encontramos Cristo revelando a origem pessoal de nossos pecados,
uma vez que pensamos mau agiremos mau por que a semente que gera o ato é nosso
pensamento. Muito antes de agir pensamos no que vamos fazer e por isso pecamos até mesmo
quando pensamos e não realizamos (Mt 5.28), pois esse é o ensino de Cristo, se desejarmos
pecar já cometemos o pecado (Mt 5.28).

A salvação

A salvação somente foi estabelecida após Cristo ter cumprido todas as etapas em seu
ministério terreno (a lei, as profecias, nosso sofrimento, receber o nosso castigo, etc) vindo a
culminar no sacrifício na cruz, e sendo Ele aprovado diante de Deus torno-la acessível a todos
os homens, por isso entendemos que só existe salvação pela Graça em Cristo Jesus.

Podemos dizer que existem três pilares básicos, para que o homem possa usufruir dela: o
sacrifício na cruz (englobando todo seu ministério terreno), reconhecimento de Cristo como
salvador e o arrependimento pelo pecado que cometemos, esse processo é melhor
compreendido quando observamos como sendo um pacto a ser cumprido por duas pessoas,
cada um cumpre um parte:

A parte de Deus fora cumprida através de Cristo em seu ministério terreno e encontra-se
totalmente executada e encerrada não necessitando de nenhuma restauração ou qualquer outra
emenda, sendo eficaz perpetuamente para todos os homens, pois está escrito: “ESTÁ
CONSUMADO”;

A parte do homem que diferente da de Deus, necessita de renovação, pois nós somos incapazes
de cumprir os designos que nos cabe, sendo criado mecanismos que viabilizassem essa
manutenção e avaliação periódica, esses mecanismos foram criados tanto no antigo como no
Novo Testamento.
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Antes de falarmos desses mecanismos vamos falar sobre o ato da salvação. Ela se adquiri no
ato da conversão, pois Cristo apaga todos os nossos pecados, tornando-nos aptos a salvação,
pois executamos todos os pilares básicos neste exato momento, e caso venhamos a falecer
temos o livre acesso a salvação eterna, ou seja, como um criminoso que recebe o perdão por
seus crimes e passa a ser um homem isento de qualquer culpa, reabilitado a sociedade, assim
também acontece no ato de nossa conversão, temos nossa ficha criminal totalmente zerada,
passamos a ter comunhão com Deus, não havendo nenhuma condenação sobre nossas vidas,
porém isso requer de nós uma mudança de vida “que não andam segundo a carne, mas segundo
o espírito” (Rm 8.1). Mas caso o criminoso volte a prática criminosa suja novamente a sua
ficha, carecendo novamente do perdão ou fica exposto ao julgamento por seus atos. Mas no
caso de Deus temos o direito de reabilitação em Cristo (I Jo 2.1-2) isso revela uma manutenção
dos pilares cabidos aos homens, demonstrando que Deus espera que sempre tenhamos nossas
fichas zeradas no céu, pois todos seremos julgados segundo nossas obras e caso sejamos como
o criminoso reincidente (sem o perdão) seremos julgados pelos crimes cometidos, melhor
dizendo nossos pecados não perdoados.

A salvação no AT

No AT a salvação foi estabelecida na promessa de Cristo viria e reabilitaria a todos os que cressem na
fidelidade de Deus, ou seja, na fé que Cristo jamais falharia ou deixaria de vir. Essa esperança durante os
longos anos a espera do Salvador, muitas vezes era vista com desânimo pelo povo, motivo pelo qual o Senhor
criou várias maneira de reanimá-los, através dos profetas, festas, costumes e etc, que anunciavam esse
acontecimento futuro, porém havia também a necessidade de se criar um mecanismo de reabilitação para
aqueles que porventura procedesse de maneira diferente das orientações divina, ou seja, que encontravam-se
em pecado, ora Deus não tem comunhão com pecado, e para isto fora estabelecido os holocaustos que também
anunciava a vinda do Senhor, esses holocaustos eram realizados nos sábados, estabelecendo assim o Sábado
como um mecanismo de reabilitação para o povo...

Entendendo Romanos 7

A fim de que possamos entender melhor a relação entre lei e graça proponho ao prezado
uma parábola: Certa feita uma jovem devido a uma atitude errada viu-se obrigada a casar-se,
com um rapaz muito rígido que exigia que ela cumprisse uma relação com vários afazeres,
mesmo que ela não sentisse prazer algum em fazê-lo, e caso ela não casasse, seria deserdada
da família. Isso era para ela um grande sacrifício, pois não amava o rapaz e por mais que
tentasse cumprir sua ordenanças sempre deixava a desejar, o esposo por sua vez não se
comprazia de sua dificuldade e era enérgico nas correções, porém passados anos o moço rígido
veio a falecer, posteriormente a infeliz jovem veio a casar-se com outro rapaz. Esse era
compreensivo, paciente, gentil, realizou grandes obras a fim de lhe restabelecer a alegria que
outrora havia perdido, e acima de tudo a amava, um amor tão grande que o fazia dar sua vida
em prol de sua felicidade. Ela por sua vez também correspondeu seu amor e como forma de
gratidão buscava todos os dias fazer as coisas que deixavam seu esposo feliz, e quando ela
vinha a entristecê-lo, ele a abraçava, com um gesto doce de ser e cheio de carinho lhe ajudava
a reparar os seus erros. Um belo dia enquanto limpava sua casa, a feliz esposa ao abrir a
estante cheia de papéis e documentos antigos, encontrou lista de tarefas estabelecidas pelo
antigo esposo, e curiosamente pode observar que as tarefas que eram tão pesarosas, hoje eram
cumpridas com extremo gozo, pois isso agradava em muito seu amado.

O que quero dizer com essa parábola? A jovem (é o homem que desobedeceu a Deus) o
primeiro esposo (a lei, que estabelece seus preceitos e castiga o infrator), o segundo esposo o
encontro do homem com Cristo, trazendo uma relação de amor e agrado.
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A lei não deixou de existir ela apenas deixou de exercer sobre nós o julgo, hoje somos
levados a cumprir a lei por amor a Deus, (Jo 14.21), um amor especial vindo de Deus (Rm 5.5)
a fim de nos ajudar em tudo, e isso nos leva a um relacionamento não mais forçado como
antes, mas sim como forma de gratidão por ter trazido para nós a alegria da salvação, na
verdade cumprimos muito mais a lei de Deus hoje do que no antigo testamento, uma vez que
outrora éramos coagidos com severos castigos e hoje realizamos por gratidão a todas as
benções de Deus.
Sites consultados para adquirir os livros eletrônicos dos adventistas

http://centrowhite.org.br/downloads/ebooks/

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