Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
SUMÁRIO
1 COMUNICAÇÃO ................................................................................ 3
4.2 Revistas..................................................................................... 27
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 50
2
1 COMUNICAÇÃO
Fonte: thema.net.br
Fonte: wp.com
5
Fonte: negociofeminino.com.br
Fonte: michellyribeiro.files.wordpress.com
6
Cresce o número de profissionais interessados em oferecer serviços
especializados a grandes empresas e indústrias. A Volkswagen é a primeira, em
1961, a montar uma assessoria de imprensa e a utilizar mais intensamente os
recursos de comunicação disponíveis para divulgar notícias, promoções e
reforçar sua marca. Mas somente 15 anos depois é que alguns dos grandes
nomes da imprensa brasileira decidem trocar principalmente os jornais pelas
assessorias.
Os jornalistas percebem ali um promissor nicho de trabalho, com salários
iguais ou melhores que os das redações e com uma qualidade de vida
teoricamente melhor. As assessorias passam a ser comuns a partir dos anos 80
em associações, sindicatos e em empresas. A informação vira moeda forte nas
relações entre os mais diversos públicos. Os cursos de comunicação percebem
o potencial da área e incluem em suas grades disciplinas preocupadas em formar
o jornalista também para suprir essa nova exigência do mercado.
Atualmente no Brasil, cerca de 70% dos profissionais formados em
comunicação têm a assessoria de imprensa como sua primeira oportunidade de
inserção no mercado. E a tendência é de crescimento. A comunicação alcança
status de ferramenta estratégica em todas as corporações. Ela passa a ser
determinante para definir políticas de ação, estratégias para a comercialização
de produtos e serviços, para fortalecer aspectos comunicacionais e,
principalmente, para proteger o assessorado de possíveis crises de imagem.
A contratação de assessorias de comunicação especializadas contribui
para proteger um dos maiores patrimônios da empresa, a sua marca, que em
muitos casos vale mais do que todo o patrimônio físico construído ao longo de
uma trajetória de anos. O conceito mais recente é de que contar com uma
assessoria de comunicação especializada é mais do que custo. É investimento,
e ainda mais: é economia. A informação é o motor do mundo globalizado, por
isso ela precisa ser tratada de forma técnica e competente.
7
2 EDUCAÇÃO, O QUE É ISSO?
Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br
8
processo teve uma presença marcante da Filosofia, minha definição buscará ser
globalizante, interdisciplinar, na tentativa de compreender a perspectiva da qual
as diversas disciplinas procuram explicar a educação.
E a primeira observação que faço é a de que parece existir algo em
comum entre as várias perspectivas, que é uma espécie de definição elicotômica
da educação, na qual está é sempre classificada em dois termos opostos.
Vejamos: pelo ponto de vista meramente descritivo geográfico o processo
educacional é classificado em formal e informal; a Didática fala-nos
seguidamente da educação como processo e como produto; na Moral vamos
encontrar a ênfase na distinção educacional entre o certo e o errado, o bom e o
mau etc.; já a Filosofia tem se esmerado em separar os fins dos meios no
processo educacional; o estudo da educação como prática individual, em
oposição à prática coletiva, parece ser um ponto recorrente em Psicologia.
Quando a perspectiva é a da Política, torna-se comum à distinção entre
educação autoritária e educação democrática; historicamente, a oposição
verifica-se entre a educação opressora e a educação libertadora; finalmente,
talvez possamos identificar como predominantemente sociológica a perspectiva
que coloca em campos opostos a educação produtivista e a educação crítica. A
segunda observação diz respeito a uma definição geral de educação, que seria,
digamos, aplicável a qualquer uma das distinções anteriores. Trata-se da
educação vista como a influência que as gerações consideradas adultas
exercem sobre as gerações mais jovens, com o objetivo de levá-las a
desenvolverem-se fisicamente, intelectualmente e moralmente de acordo com
as expectativas da sociedade ou, por outra, dos grupos sociais dominantes.
Então, a educação, sendo universal, varia de sociedade para sociedade, de um
grupo social a outro, segundo as concepções que cada sociedade e cada grupo
social tenham de mundo, de homem, de vida social e do próprio processo
educativo. Ressalta, desta observação, a enorme importância que tem o estudo
da história da educação, pois nos permite avaliar como foi entendida e praticada
a educação, em épocas e sociedades diferentes.
Possibilita-nos, ainda, entender a educação como um processo dinâmico,
histórico, e por isso mesmo mutável, e cuja compreensão exige a superação das
dicotomias acima citadas.
9
2.1 Educação formal x educação informal
11
do fel do desespero. Ao que, este mundo é muito misturado..." (ROSA, J.
Guimarães, 1984, p. 207).
Trata-se de um moralismo autoritário que continua impregnando nossa
educação, agora sim de maneira formal e informal e como conteúdo e processo.
Mas é um moralismo com endereço certo, que identifica o bom com os valores
burgueses, que contribuem para preservar o poder da burguesia: o poder
econômico camuflado em mérito e capacidade; o espírito pacífico e ordeiro
encobrindo a violência como única alternativa dos marginalizados; a ascensão
social como sonho a entorpecer a luta dos trabalhadores; a crença na felicidade
eterna como meio a estimular a renúncia a esta vida; a pobreza como sendo um
estado de espírito, pois "o dinheiro não traz a felicidade"; e assim por diante.
Mais do que nunca é preciso recuperar a noção de homem como ser
integral, espírito e corpo formando uma unidade individual, um ser em formação
permanente, que engloba as contradições deste mundo. Somos todos feitos do
mesmo pó e caminhamos todos para o mesmo fim, sujeitos aos tropeços que
atingem a todos. Igualmente responsáveis pela construção de um mundo
habitável, cabe à educação papel importante na disseminação da ideia de que
esse mundo só será possível mediante o respeito aos direitos fundamentais da
pessoa humana, em qualquer circunstância em que ela se encontre. A escola
não pode prestar-se à classificação dos indivíduos — bons e maus, sábios e
ignorantes, e outros rótulos. Cabe-lhe, isto sim, servir à sua realização humana,
individual e social.
12
conduz à formação de um ser humano que tem uma teoria e uma prática sociais
determinadas, tenha ou não o educador consciência disso.
Outros enfatizam os fins. Frases do tipo "utilizado por um bom educador
qualquer método funciona" e "o bom educador não precisa de recursos, basta-
se a si mesmo" são ouvidas frequentemente.
Entre os que privilegiam os fins há ainda aqueles que são avessos a
qualquer planejamento, descambando muitas vezes para a doutrinação pura e
simples, procurando inculcar seus próprios conceitos e preconceitos e inibindo
todo e qualquer pluralismo, que é essencial ao processo educativo. Existem,
também, os que se perdem em intermináveis e abstratas discussões acerca da
educação e de suas finalidades, sem que as mesmas tenham qualquer
repercussão em seu exercício profissional como educadores. A discussão em
foco não tem fim. Acredito mais: a excessiva importância que a ela se dá é
prejudicial ao próprio processo educacional e ao entendimento do que ele seja.
Importa, isto sim, darmos mais atenção a outra questão, esta de caráter
verdadeiramente fundamental: como integrar os meios e os fins na atividade
educativa? Pois, desta integração, não meramente teórica e abstrata, mas ao
mesmo tempo prática e concreta, é que depende o sucesso da educação.
Não o sucesso em termos de se atingirem, simplesmente, os objetivos
previamente traçados. Mas o sucesso quanto à possibilidade, inclusive, de se
analisarem estes mesmos objetivos, com vistas à realização humana, individual
e social, de educadores e educandos. É preciso tomar consciência de que
determinados meios levam a certos fins, que nem sempre são os que o educador
tem em mente, e que certos fins pressupõem determinados meios. Assim sendo,
não conseguiremos construir uma escola democrática utilizando meios
antidemocráticos; não poderemos preparar o educando para "o exercício
consciente da cidadania", se não criarmos na escola oportunidades concretas
para tanto.
13
verdadeiro trabalho, que é a educação. Não há como supervalorizar o indivíduo
ou a sociedade, em prejuízo de um ou de outro polo da dicotomia.
Os que assim procedem estão descaracterizando o processo educativo,
que só se realiza mediante a composição dos mesmos, pois há uma Inter
complementaridade entre ambos: o social não existe sem o individual e vice-
versa. O homem é um ser social, é o social que lhe fornece a especificidade, já
escreveu Aristóteles há cerca de 2 500 anos. E Piaget, no século XX, diria que
a reflexão é uma discussão que se tem consigo mesmo, "uma conduta social de
discussão interiorizada", ao passo que a "discussão socializada é apenas uma
reflexão exteriorizada".
O processo educacional pode ter início tanto no indivíduo a curiosidade
acerca de um fenômeno, por exemplo quanto na sociedade, como seria no caso
da transmissão de alguma informação por iniciativa de alguém ou de alguma
instituição. Mas, seja qual for o ponto de partida, o processo só se completa no
outro polo: quando se inicia no indivíduo vai completar-se na sociedade que
fornecerá ou não os elementos para a satisfação da curiosidade; quando se inicia
fora do indivíduo, é nele que vai concluir, na medida em que aprenderá ou não
a informação oferecida. Melhor dizendo, o processo não tem fim, é constante,
pois uma curiosidade satisfeita produz a busca de novos conhecimentos, sempre
mais completos, e a informação aprendida leva à necessidade de novas
informações.
É na integração equilibrada entre o individual e o social que busca a
superação tanto do individualismo exacerbado, que desconhece o social, quanto
do aniquilamento das potencialidades individuais por imposição externa que se
realizam a autêntica educação e a própria vida humana em seu verdadeiro
sentido.
Por extensão, as instituições educativas a família, a escola e outras não
podem fechar-se em si mesmas, sob pena de prejudicarem a educação e o
desenvolvimento do indivíduo, mas devem abrir-se ao mundo circundante,
estabelecendo com ele uma comunicação permanente. Somente dessa maneira
poderão tais instituições acompanhar criticamente a evolução da sociedade,
adaptando-se a suas mudanças, influindo, ao mesmo tempo, na orientação das
mesmas.
14
Indivíduo e escola e escola e sociedade não são entidades estanques,
que se desconhecem, mas dinâmicas, cujo desenvolvimento depende das
relações que mantêm entre si.
15
no ensino propriamente dito. E é para a prática da democracia que os
professores devem preparar-se constantemente, pois é nela que se conhecem
os verdadeiros educadores.
De que maneira? Não há melhor método que o exercício permanente da
democracia. Trata-se, aqui também, de um processo que vai se construindo aos
poucos, na exata medida em que vai sendo vivenciado pela população escolar.
16
Cabe ao educador trabalhar pela libertação, tendo, porém, consciência
permanente de que o processo será contínuo, que algum grau de opressão
sempre existirá e que nunca alcançaremos a libertação total. Mas é exatamente
essa busca constante que dá sentido à vida.
17
a absorver uma considerável e cada dia maior quantidade de informações:
conceitos, nomes, fatos, datas, cores, relações, quantidades, fórmulas,
processos, normas etc., a maioria das quais ele recebe “via professor”.
A emissão, transmissão e recepção de informações, entretanto, é apenas
uma das funções da comunicação entre professor e alunos. Da boa comunicação
dependem não só a aprendizagem, mas também o respeito mútuo, a cooperação
e a criatividade.
Fonte: melhoramiga.com.br
18
-Às vezes, o professor tem suas ideias tão mal, ou tão perfeitamente
organizadas, que não há nelas lugar para a imaginação criativa dos alunos.
Ambos os extremos produzem uma comunicação falha: quando as ideias do
professor estão desorganizadas, sua mensagem é confusa e insegura, e os
alunos não conseguem perceber a estrutura do assunto. Quando estão
demasiadamente organizadas, o professor em geral não gosta de ser
interrompido nem de aceitar contribuições dos alunos. Ele evita tudo o que
ameaça desorganizar o belo edifício mental que traz preparado.
-O professor expõe partindo da premissa de que, se os alunos mais
inteligentes da primeira fila entendem o que ele fala, todos os demais também
entenderão. E não se preocupa em verificar se isto ocorreu ou não.
-O professor utiliza conceitos ou termos que ainda não existem na
experiência dos alunos. Ou, se existem, é provável que cada um lhes atribua um
significado diferente. Vejamos um exemplo: o professor emprega o termo
“conjuntura”. Se perguntasse aos alunos o que entendem por “conjuntura” ficaria
surpreendido com respostas tão variadas como “acontecimentos de curto prazo”,
“situação em um período dado”, “articulação de ossos”, “contexto”, “interseção
de estradas”, “coincidência de opiniões” etc.
-O professor não se preocupa em aumentar o vocabulário dos alunos, o
que poderia ser feito explicando os significados e as diversas aplicações dos
novos termos.
-O professor coloca tantas ideias em cada exposição que somente
algumas delas são compreendidas e retidas. Pela pressa em dar maior
quantidade de matéria possível, o professor não repete as ideias principais, nem
se detém o tempo necessário para que os alunos de raciocínio mais lento as
assimilem.
-Alguns professores falam tão rápido ou articulam as palavras tão mal que
muitas das ideias não são percebidas pelos alunos. Outros professores falam
em voz tão baixa ou em tom tão monótono, que não conseguem manter a
atenção dos alunos.
-O professor não utiliza meios visuais para comunicar conceitos ou
relações que exigem apresentação gráfica. Assim, um professor de Entomologia,
19
por exemplo, descreve apenas verbalmente os insetos do algodão: tamanho,
forma, cor etc., características todas que exigem visualização objetiva.
-O professor utiliza os meios visuais de uma forma inadequada: por
exemplo, emprega o quadro-negro sem planejamento algum, escrevendo e
desenhando ora aqui, ora ali, com muita confusão e desordem. As Letras muito
pequenas ou pouco claras são mal decifradas pelos alunos das últimas fileiras.
Outro exemplo:
O álbum seriado é empregado por alguns professores como um roteiro de
aula e não como uma série de estímulos para o pensamento dos alunos. Outros
projetam filmes, como substituto da aula, sem justificar seu papel na estratégia
didática.
Mas, de todas essas deficiências, a pior é a tendência do professor ao
monólogo, à "salivação" sem diálogo, o que traduz sua falta de interesse pela
participação ativa dos alunos. Quanto mais passivos e "bem disciplinados" forem
os alunos, mais felizes são alguns professores. Entretanto, não é justo
atribuirmos toda a responsabilidade das deficiências da comunicação ao
professor. Os alunos também contribuem com sua importante quota de
problemas:
O aluno tem uma forte tendência a não prestar atenção ao que o professor
está dizendo. Por diversas razões (a força competitiva de outros estímulos
atuantes em sua vida: namoradas, esportes, trabalho, família, saúde; as suas
atitudes negativas contra figuras de autoridade; o seu desinteresse pela matéria
em pauta) o aluno pode passar consideráveis períodos na classe fazendo
qualquer outra coisa em lugar de atender às palavras do professor.
Muitos alunos têm preguiça de pensar e, aplicando de menor esforço,
adotam uma atitude de passividade e desligamento. (É verdade que esta atitude
pode ser um produto de experiências escolares anteriores em que justamente
se estimulava a passividade.) O aluno que, por preguiça, quer confiar em sua
memória, não toma notas das ideias expostas pelo professor. Depois percebe
que esqueceu mais da metade.
O aluno pode manter uma atitude antagônica de rejeição e revolta contra
um determinado professor. Essa disposição mental gera um bloqueio
inconsciente contra a assimilação da matéria ensinada. - Certas matérias difíceis
20
e abstratas, como Matemática, Estatística, Teoria Econômica etc., exigem dos
alunos exercitar uma atividade intelectual fora do comum.
Por falta de prática do pensamento operatório abstrato (J. Piaget) o aluno
não acompanha o raciocínio e apenas memoriza as questões, sem realmente
compreender sua estrutura e alcance. Esse é um produto típico da educação
“bancária”: o professor pensa pelo aluno e quando este se vê obrigado a pensar
por sua conta, sua falta de prática o trai.
-O aluno às vezes pensa que entendeu o que o professor está falando e
não pede esclarecimentos. Porém, mais tarde, comprova que não entendeu
realmente.
-A causa mais séria da ineficiência comunicativa do aluno, entretanto, é
sua falta de desejo de aprender; quando existe esse desejo, todos os demais
obstáculos de ordem física ou psicológica são vencidos pelo aluno.
Mas muitos nunca vão além de uma atitude de "aceitar serem ensinados",
sem jamais chegar a um desejo positivo e entusiasta de aprender. Apesar disto
ser, em parte, um problema para o qual o professor deve ajudar a resolver, cabe
ao aluno a decisão pessoal de sua própria modificação.
Fonte: noticias.universia.com.br
21
3 ENSINAR NÃO É SÓ COMUNICAR
22
- Problemas cibernéticos relacionados com a retro informação e o diálogo,
com a quantidade de ideias transmitidas por diversos canais e com a capacidade
deste para levar sinais.
Esta lista de focos ou áreas de pontos-chave vem demonstrar a
complexidade do processo da comunicação, mas também vem nos oferecer um
caminho para uma solução, que é apelar às ciências básicas: Psicologia.
Semiologia, Semântica, Sintática, Cibernética, na procura de subsídios para
melhorar nossa ação de comunicar.
Neste momento não analisaremos separadamente as contribuições de
cada uma dessas ciências para a compreensão do processo da Comunicação.
3.1 Teorização
23
a comunicação é parte orgânica da própria vida e não consiste apenas na
emissão e recepção de mensagens deliberadas.
Assim, por exemplo, ao mesmo tempo que o professor está comunicando,
ele está recebendo e processando toda classe de sensações internas e externas,
acontecendo a mesma coisa com os alunos.
A seguir apresentam-se algumas considerações sobre os diversos
processos que intervêm na comunicação interpessoal.
As funções da comunicação quanto ao repertório de intenções pensemos
quantas coisas pode pretender conseguir o professor quando se dirige aos
alunos: informar, convencer, disciplinar, ferir, recompensar, perguntar, persuadir,
comover etc. Umberto Eco (41) esclarece que as diversas funções da mensagem
aparecem raramente isoladas. Em geral coexistem todas na mesma mensagem
ainda que uma predominante.
Assim classifica Eco as funções:
Função indicativa ou referencial: A mensagem "indica" algo, seja
um objetivo ou ideia.
Função emotiva: A mensagem quer suscitar emoções
(associações de ideias, projeções, identificações etc.).
Função imperativa: A mensagem tenta impor um comportamento.
Função de contrato: Procura estabelecer vínculo psicológico com
o receptor (Por exemplo a ação de cumprimentar).
Função estética: Pretende criar uma sensação harmoniosa
(Exemplo: um quadro).
Função metalinguística: A mensagem fala de outra mensagem ou
de si mesma.
Os meios de comunicação no seu repertório de meios, o professor pode
contar com meios individuais, tais como a instrução programada e o estudo
orientado; meios grupais, tais como a discussão, o painel, o seminário, a
excursão etc., e meios coletivos, tais como a TV, o rádio, a imprensa e o mais
tradicional de todos: o livro.
Os meios, segundo McLuhan (42) são extensões do homem: foram
inventados para multiplicar a força e o alcance da capacidade humana de emitir
mensagens. A fala individual, por exemplo, não iria muito longe sem o rádio, o
24
telefone, o altofalante, a televisão. O repertório de signos o conceito de signo é
a base da Comunicação.
"Todo objeto material ou a propriedade desse objeto, ou um
acontecimento qualquer, converte-se em signo quando, no processo de
comunicação, serve, dentro da estrutura de uma linguagem adotada pelas
pessoas que se comunicam, ao propósito de transmitir certos pensamentos
sobre a realidade (isto é, concernentes ao mundo exterior ou a experiências
internas, emocionais, estéticas, volitivas etc. de qualquer dos partícipes do
processo de comunicação" (SCHAFF, Adam. 1962, p. 180).
Recentemente está chamando bastante atenção o papel dos signos não-
verbais na comunicação humana, tendo sido observado que às vezes as
palavras de uma pessoa não dão a mesma mensagem que seus olhos ou seus
gestos. Para alguns antropólogos como Hall, a cultura inteira é um sistema de
signos.
A comunicação será efetiva se o comunicador levar sempre em conta os
repertórios correspondentes do receptor. Se ele utilizar uma ideia ou uma
experiência que não existir no repertório respectivo do receptor, este não
entenderá a mensagem. Se o comunicador escolher signos que não figurem no
repertório de signos do receptor, não haverá comunicação.
Vemos logo que a tarefa de comunicar é mais fácil e efetiva quando o
professor conhece bem os seus alunos, pois isto significa que conhece seus
repertórios de objetivos, ideias e experiências, signos e meios. A tarefa do
professor não consiste apenas em conhecer os repertórios dos alunos, mas
principalmente em ajuda-los a modificar e aumentar seus repertórios.
Este crescimento, entretanto, não é somente quantitativo, mas consiste
em uma modificação da estrutura sistêmica dos repertórios. Vejamos, por
exemplo, como está organizado o sistema de signos de um professor:
O professor em si é um conjunto de signos: a cor de sua pele, sua roupa,
sua forma de falar, indicam sua classe social, seu grau de educação, sua origem
geográfica, sua autoimagem, sua atitude para com os outros.
Para comunicar-se, ele utiliza diversos tipos de códigos: O código icônico
compreende as representações visuais dos objetos, tais como fotografias,
desenhos, modelos etc. O código linguístico é o da linguagem em que fala.
25
O código cinético compreende signos que implicam movimentos, tais
como os gestos. O código sonoro compreende os sons quando utilizados para
expressar emoções ou ideias.
Assim, quando o professor bate palmas para chamar os alunos de volta à
atenção, faz um ruído que tem um significado. O professor maneja todos estes
códigos combinadamente, como um sistema. O processo de representar suas
ideias, emoções ou experiências, utilizando estes signos, chama-se processo de
codificação.
Fonte: static.todamateria.com.br
26
4.1 Jornais diários
Fica claro então que caso o repórter não consiga as informações para a
conclusão da sua matéria certamente ele perderá o interesse por ela no dia
seguinte. Por isso deve-se ter as informações sempre à mão, pois o jornalista
quer a informação no menor prazo possível;
Essa regra altera-se, eventualmente, por ocasião de matéria especial
elaborada com mais tempo e com maior flexibilidade.
4.2 Revistas
5 A EDUCAÇÃO E A COMUNICAÇÃO
Fonte: blog.opovo.com.br
28
Os estatutos de cidadania estabelecidos nas jovens repúblicas nunca
estiveram ao alcance das maiorias populares. Além dos aparatos repressivos do
Estado, foram os sistemas educacionais e de comunicação que asseguraram
através de um rigoroso controle ideológico a manutenção de uma cidadania de
papel, como se costuma ouvir nos meios populares. O sistema escolar, além de
se ter mantido inacessível maioria da população, que permaneceu analfabeta,
sempre foi pautado nos ideais dos setores dominantes, indiferente, portanto a
realidade do povo.
A educação era tida como um aparato de preparação de quadros para uso
do sistema. Desde cedo, portanto, a educação É orientada para a heteronômica.
O sistema de Comunicação destinava-se também as elites, permanecendo as
grandes massas à margem da vida pública. Os grandes inventos na área da
Comunicação, sobretudo, após a Segunda Guerra Mundial, foram capazes de
impulsionar profundas transformações sociais com o acesso ao rádio; com o uso
do rádio para o acesso à educação a distância, mais tarde a televisão; foram
difundidos as grandes mobilizações sociais e políticas através do mundo pelas
causas populares; fundaram uma nova democracia que subverte a hegemonia
dos setores dominantes; promoveram o despertar da humanidade em busca da
autonomia. Esse papel libertário dos meios de Comunicação popular é
evidenciado pelo controle que sempre lhe impuseram os setores hegemônicos.
Esse capítulo, portanto, procura contribuir para o aclaramento das ideias
de educação e comunicação na tentativa de remover as névoas que se
depositaram sobre as trilhas que levam os sujeitos a construção da cidadania
ativa e participante.
A ideia de educação assumida é a de que ela se constitui em um
processo intencional, consciente, fundamentado na valorização da vida e que
busca a orientação das pessoas para o conhecimento de si mesmas, como base
para o autodomínio e para reconhecimento dos outros como diversos.
A ideia de Comunicação, por sua vez, é a de que ela é um processo social
básico que expressa toda relação de transmissão e de potencialização de ideias,
de valores, de sentimentos entre as pessoas mediante um infindável acervo de
signos, de certo modo organizados pela linguagem pela qual se faça opção.
29
As ideias de comunicação e de educação, embora sejam distintas, elas
são inseparáveis. Essas reflexões sobre comunicação e educação enfocam
ainda as relações e as inter-relações entre os dois campos do conhecimento,
mediada por processos comunicativos, pelos meios de comunicação, pelas
Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), pela cultura mediática e
pelos processos simbólicos que perpassam as culturas e os coletivos. Tais inter-
relações denotam processos interativos, onde a interatividade e a
disponibilização consciente de um mais comunicacional de modo
expressivamente complexo, ao mesmo tempo atentando para as inter-relações
existentes e promovendo mais e melhores relações não seja entre usuário e
tecnologias digitais ou analógicas, seja nas relações presenciais ou virtuais entre
seres humanos (SILVA, 2001, p. 20).
Desta forma, tratamos os processos comunicativos e educacionais em
outros espaços, além dos espaços delimitados, racionais e homogeneizadores.
Santos (1997, p. 27) destaca que a sociedade seria o ser, e o espaço seria a
existencial. O espaço é uma estrutura social, nela está contida um dinamismo,
nesse dinamismo está contido o movimento que por sua vez é formado por
elementos indissociáveis vida dos sujeitos, em progressiva mudança.
Desta forma, os espaços vividos proporcionam o exercício da curiosidade
que convoca a reflexeis e a capacidade de conjecturar novas possibilidades de
relações humanas, capazes de superar ideais racionais e iluministas na
EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO. Os estudos que contemplam a relação entre
esses dois temas na educação e comunicação não multiplicam-se em
abordagens, as mais diversas.
Diante disso, reconhecendo a polissemia que se abriga sob cada uma
dessas duas expressões, impõe-se, antes de tudo, anunciar o que se quer dizer
sobre cada uma delas em particular, assim como da relação que se pretende
destacar entre as duas é a importância que se atribui a cada uma delas, seja
como fator de construção da autonomia dos sujeitos, seja como nas experiências
de democracia direta, ou de preservação do status quo onde prospera a
heteronômica que, dentre as muitas consequências desastrosas para a
humanidade, mutila os sujeitos.
30
O vertiginoso crescimento populacional e o estabelecimento do arranjo
social societário intensificam cada vez mais a ficção social, ampliando sempre
mais, a cada momento, as ocasiões conflituosas, tanto para os indivíduos entre
si, como entre os indivíduos. Daí a necessidade de que se estabeleçam
processos sociais que resultem em relações sociais que tornem possível a
sobrevivência dos indivíduos marcada pelo respeito mútuo. Prevalece mais o
esforço pessoal para a solução dos conflitos, mas eles devem ser dirimidos com
a assistência ou intervenção do Estado, não prevalece mais o estado de
natureza. Na ordem moderna, além de se intensificar a permanência entre a
vontade individual e a vontade coletiva acrescentam-se, desde cedo, as tensões
com o mundo do trabalho. Daí em diante, não se conta mais o tempo pelos sinais
da natureza, mas pela máquina de medir o tempo é o relógio. Os indivíduos
transformados em mão-de-obra, já não cumprem jornadas adequadas as suas
condições físicas, nem descansam quando sentem necessidade, mas somente
de acordo com as exigências do processo produtivo.
Os processos do viver foram-se tornando cada vez mais distantes das
condições o ontológico dos seres humanos.
As pessoas foram-se tornando artificiais, ou seja, cada vez menos ligadas
a ordem natural (BAUMAN, 1997), nesse contexto de oposição entre a vontade
pessoal e a vontade coletiva, entre identidade e alteridade, entre a consciência
de si e do outro, entre o singular e o plural, entre a liberdade e a opressão, entre
a ordem natural e a ordem historicamente elaborada que se estabelece o campo
da educação. Assim, estabeleceu-se o dilema histórico entre o respeito e a
desconfiança em relação a conduta dos indivíduos.
Para Hobbes (1999), a liberdade sem vigilância é a porta aberta para a
degeneração. Assim, segundo essa linha de pensamento, a conduta humana
desejada deve ser aprendida dos sábios, pois a conduta do homem simples foi
sempre vista como fruto do instinto e por isso passível do descontrole. O
processo histórico, no entanto, produziu diferenças social e historicamente
construídas, como já percebia Rousseau (1994), ainda nos limiares da
modernidade iluminista, antes mesmo de trazer a lume o seu memorável
Contrato Social em 1762.
31
Essas desigualdades, intencionalmente elaboradas ao longo do processo
histórico e dramaticamente aprofundadas na vigência da modernidade,
tornaram-se a inspiração básica sob as quais se legitimaram os diferentes
processos civilizatórios ocidentais. Como essas desigualdades fizeram
prevalecer a heteronômica, a ideia inicial de educação tornou-se refém do projeto
moderno, convertendo-se no processo de adestramento dos sujeitos para a
adequação ao projeto societário engendrado pela modernidade. O pensamento
crítico e o exercício do reflexo como recurso necessário a orientação da vida
tornou-se um ofício de poucos iluminados, restando aos demais, situados fora
das instâncias de poder e de saber, a submisso.
A educação que nasce dessa visão, portanto, não passa de um
adestramento dos indivíduos ao mundo pensado artificialmente pelos sábios. Ela
se constitui para as pessoas como um processo de aprender o que lhes ensinam
sobre o mundo de forma fragmentada e desconexa e não como um processo de
reflexo sobre o mundo e de realização permanente de escolhas.
Diante disso, Morin (2000, p. 42-43) nos adverte: Como nossa educação
nos ensinou a separar, compartimentar, isolar e, não a unir os conhecimentos, o
conjunto deles constitui um quebra-cabeças ininteligível. As interações, as
retroações, os contextos e as complexidades que se encontram entre as
disciplinas se tornam invisíveis. Os grandes problemas humanos desaparecem
em benefício dos problemas técnicos particulares. A incapacidade de organizar
o saber disperso e compartimentado conduz a atrofia da disposição mental
natural de contextualizar e de globalizar. A educação, entendida dessa forma,
acabou produzindo uma sociedade dos desencontros humanos, pois os
indivíduos desencontram-se de seu próprio eu e dos seus semelhantes. Como
diria, há quase meio século, o psicólogo Erich Fromm, prefaciando a obra de Neil
(1960), Liberdade sem medo, foram produzidas gerações cujos gostos passaram
a ser conhecidos por antecipação por uma manipulação do complexo industrial
militar que regia o mundo ocidental e que agora estendeu-se por todo o globo.
Tornamo-nos todos industrializados pelo medo (BAUMAN, 2008).
Sob essa perspectiva educacional heterônoma, temos hoje um mundo em
descontrole, ou seja, não se sabe ao certo onde se situam as bases do poder,
como nos alerta Anthony Giddens (2002a). Vivemos numa sociedade onde se
32
assiste ao dever e a Ética indolor dos novos tempos democráticos, na expressão
de Lipovetsky (2005). Teríamos atravessado, na vigência do arranjo social
moderno, de uma educação autoritária, para educação nenhuma? Da vigência
de valores universais para o laissez-faire? De fato, vivemos num mundo refém
da incerteza e da insegurança. A educação nesse contexto torna-se ela própria
num processo de exclusão social e de acirramento das diferenças sociais.
Embora as possibilidades de acesso aos sistemas educacionais sejam cada vez
mais numerosas, as práticas e os conteúdos educacionais se diferenciam entre
os educandos oriundos das classes dominantes e a maioria oriunda das
camadas populares. Assim, os educandos da segunda categoria além de já não
serem assimilados pela ordem social moderna e além de não terem tido acesso
à educação tal como concebida pela racionalidade moderna, tornam-se
marginalizados, refugos humanos.
Esse contingente de marginalizados, sempre considerados perigosos a
ordem social, foram vistos desde os tempos da Revolução Industrial pelos
críticos do desenvolvimento capitalista como exército industrial de reserva. Hoje,
no entanto, com as profundas transformais tecnológicas ocorridas no sistema
produtivo, já nem são mais reservas, mas apenas refugos humanos,
redundantes, e desperdiçadas (BAUMAN, 2005). Em tempos de adesão
incondicional aos ideais iluministas, todas as instituições, que de certo modo
abrigavam os indivíduos seja como membros da família, como sócios, como
adeptos religiosos, como partidários, como voluntários e outras denominais de
sociabilidades, convergiam para a formação dos indivíduos em alinhamento com
a educação heterônoma do sistema educacional oficial.
Com a emergência de novas sociabilidades, em boa medida sem a
constituição de leis mais duradouros em todas as dimensões da sociedade, a
educação assume o caráter de uma mera referência nos orçamentos públicos e
de desafio para o sistema escolar, retoricamente parafraseado como sistema
educacional.
Está por demais demonstrado que, embora a educação seja portadora
de todas as esperanças que os aflitos diante do mundo em descontrole lhe
devotam, ela não se constitui numa variável independente de um projeto social,
de uma visão de mundo, como não foi sob a racionalidade moderna. Diante
33
desse quadro os pensadores contemporâneos tendem a convergir para a visão
de Boaventura Souza Santos (1999, p. 31). Os riscos que corremos em face da
erosão do contrato social são sérios demais para que, ante eles, cruzemos os
braços. Há, pois, que buscar alternativas de sociabilidade que neutralizem ou
previnam esses riscos e abram o caminho a novas possibilidades democráticas.
Não se trata de tarefa fácil, dado que a desregulação social provocada pela crise
do contrato social é tão profunda que acaba por desregular as próprias
resistências aos fatores de crise e as exigências emancipatórias que lhe dariam
sentido.
Não é fácil hoje saber com equivocidade e convicção em nome de que e
de quem há que resistir, mesmo pressupondo que se conhece aquilo a que se
resiste, o que é igualmente problemático.
Diante de panorama tão sombrio, que alternativas emergem das
experiências de exercícios de autonomia vivenciadas por movimentos sociais,
grupos Étnicos, grupos de sociabilidade juvenil, associações de moradores de
periferia, grupos de apoio e de assessoria dirigidas para a emancipação,
associáveis de pais e mestres que compartilham experiências de educação para
a autonomia e demais experiências que se alinham ao propósito de construção
de um mundo solidário? Já aprendemos com a experiência da modernidade que
não há educação sem projeto de sociedade, sem uma leitura e uma visão de
mundo.
34
6 COMUNICAÇÃO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO E SABEDORIA.
Fonte: bp.blogspot.com
35
Existem várias críticas em relação à utilização dos computadores na
escola, principalmente nos níveis da pré-escola e ensino fundamental, segundo
Seltzer (1994). Para o autor, as máquinas devem ser consideradas como mero
instrumento para uma porção de atividades úteis, mas que estas últimas não
englobam seu uso na educação de matérias que não sejam a computação
propriamente dita, pelo menos até as últimas séries do segundo grau. O autor
comenta que o ensino apresenta um cenário ruim causado não pelo fator
tecnológico, mas sim pelo fato de existir um inter-relacionamento humano, onde,
deveria ser dado maior importância à relação aluno-professor, ou seja, para que
essa relação fosse sensivelmente mais humana.
Mas devemos simplesmente nos esquecer dos computadores na
educação em pleno término do século vinte? Não, acreditamos que devemos sim
participar deste avanço tecnológico com a sociedade em geral e também em
estar utilizando essas tecnologias com as crianças. É claro que a utilização deste
equipamento (computador) não deve, em hipótese alguma, ser utilizado como
um fim em si mesmo, mas sim como uma ferramenta auxiliar no processo de
ensino e aprendizagem, despertando desta maneira algum tipo de interesse
maior na questão do conhecimento.
Em experiências vividas na área acadêmica com alunos de Pedagogia
(primeiros e segundos anos do curso), verificamos que essa é uma preocupação
existente dessa classe de educadores e que as principais vantagens
constatadas na utilização de computadores na educação com os alunos são:
Despertar da curiosidade;
Aumento da criatividade, principalmente nos casos de utilização no
auxilio a aprendizagem de crianças deficientes, até então realizada
de uma forma não tão eficaz, como é o caso de programas
utilizados pela prefeitura da cidade de São Paulo, na gestão de
1992;
Uma ferramenta poderosa como auxílio no aprendizado, como por
exemplo a utilização de softwares educacionais (multimídia);
Uma produtividade maior em relação ao tempo necessário ao
estudo -propriamente dito;
36
Necessidade de treinamento, para o acompanhamento
tecnológico;
E, onde as principais desvantagens seriam:
A falta de preparo dos próprios educadores e educandos;
As influências negativas causadas pela utilização de técnicas
relacionadas com a tecnologia (computadores), ou seja, a
utilização excessiva das máquinas e se realmente a utilização da
tecnologia (computadores) significará um aperfeiçoamento efetivo
do ensino no país. Neste caso comenta-se a eficácia da
viabilização de projetos computacionais internamente nas
instituições de ensino.
De certa maneira, este é um cenário que a cada dia que passa, o processo
de aprendizagem aumenta, causado prontamente pelas aquisições de novos
equipamentos (computadores) pelas instituições de ensino público e privado,
juntamente com os incentivos de treinamentos e uso em geral pelas pessoas,
dentre os quais os próprios professores e alunos.
37
Fonte: image.slidesharecdn.com
38
vista a transmissão cultural do conhecimento acumulado historicamente. No que
se referem à escola as tecnologias sempre estiveram presentes na educação
formal, o que faz necessário é o fato de que as instituições de ensino têm o papel
de formar cidadãos críticos e criativos em relação ao uso dessas tecnologias.
Para tanto é preciso que as mesmas abandonem a prática instrumental
das tecnologias, e faça avaliações sobre o trabalho com a inserção das novas
tecnologias educativas, visto que:
Dessa forma, temos de avaliar o papel das novas tecnologias aplicadas à
educação e pensar que educar utilizando as TICs (e principalmente a internet) é
um grande desafio que, até o momento, ainda tem sido encarado de forma
superficial, apenas com adaptações e mudanças não muito significativas.
Sociedade da informação, era da informação, sociedade do
conhecimento, era do conhecimento, era digital, sociedade da comunicação e
muitos outros termos são utilizados para designar a sociedade atual. Percebe-
se que todos esses termos estão querendo traduzir as características mais
representativas e de comunicação nas relações sociais, culturais e econômicas
de nossa época (SANTOS, 2012, p. 2).
A internet atinge cada vez mais o sistema educacional, a escola, enquanto
instituição social é convocada a atender de modo satisfatório as exigências da
modernidade, seu papel é propiciar esses conhecimentos e habilidades
necessários ao educando para que ele exerça integralmente a sua cidadania,
construindo assim uma relação do homem com a natureza, é o esforço humano
em criar instrumentos que superem as dificuldades das barreiras naturais.
As redes são utilizadas para romper as barreiras impostas pelas paredes
das escolas, tornando possível ao professor e ao aluno conhecer e lidar com um
mundo diferente a partir de culturas e realidades ainda desconhecidas, a partir
de trocas de experiências e de trabalhos colaborativos.
Em uma sociedade com desigualdade social como a que vivemos, a
escola pública em alguns casos torna-se a única fonte de acesso às informações
e aos recursos tecnológicos, das crianças de famílias da classe trabalhadora
baixa. A esse respeito Pretto (1999, 104) vem afirmar que “em sociedades com
desigualdades sociais como a brasileira, a escola deve passar a ter, também, a
função de facilitar o acesso das comunidades carentes às novas tecnologias”. O
39
uso da informática na educação implica em novas formas de comunicar, de
pensar, ensinar/aprender, ajuda aqueles que estão com a aprendizagem muito
aquém da esperada.
A informática na escola não deve ser concebida ou se resumir a disciplina
do currículo, e sim deve ser vista e utilizada como um recurso para auxiliar o
professor na integração dos conteúdos curriculares, sua finalidade não se
encerra nas técnicas de digitações e em conceitos básico de funcionamento do
computador, a tudo um leque de oportunidades que deve ser explorado por aluno
e professores. Valente (1999) ressalta duas possibilidades para se fazer uso do
computador, a primeira é de que o professor deve fazer uso deste para instruir
os alunos e a segunda possibilidade é que o professor deve criar condições para
que os alunos descreva seus pensamentos, reconstrua-os e materialize-os por
meio de novas linguagens, nesse processo o educando é desafiado a
transformar as informações em conhecimentos práticos para a vida.
Pois como diz Valente:
A implantação da informática como auxiliar do processo de construção do
conhecimento implica mudanças na escola que vão além da formação do
professor. É necessário que todos os segmentos da escola – alunos,
professores, administradores e comunidades de pais – estejam preparados e
suportem as mudanças educacionais necessárias para a formação de um novo
profissional.
Nesse sentido, a informática é um dos elementos que deverão fazer parte
da mudança, porém essa mudança é mais profunda do que simplesmente
montar laboratórios de computadores na escola e formar professores para
utilização dos mesmos.
Implantar laboratórios de informática nas escolas não é suficiente para a
educação no Brasil de um salto na qualidade, é necessário que todos os
membros do ambiente escolar inclusive os pais tenham seu papel redesenhado.
Atualmente o mundo dispõe de muitas inovações tecnológicas para se
utilizar em sala de aula, o que condiz com uma sociedade pautada na informação
e no conhecimento, pois através desses meios temos a possibilidade virtual de
ter acesso a todo tipo de informação independente do lugar em que nos
encontramos e do momento, esse desenvolvimento tecnológico trouxe enormes
40
benefícios em termos de avanço científico, educacional, comunicação, lazer,
processamento de dados e conhecimento. Usar tecnologia implica no aumento
da atividade humana em todas as esferas, principalmente na produtiva, pois, “a
tecnologia revela o modo de proceder do homem para com a natureza, o
processo imediato de produção de sua vida social e as concepções mentais que
delas decorrem” (Marx, 1988, 425).
Com toda essa disponibilidades é preciso formar cidadãos capazes de
selecionar o que há de essencial nos milhões de informações contidas na rede,
de forma a enriquecer o conhecimento e as habilidades humanas. Pois segundo
Marchessou (1997):
Excesso nas mídias, onde as performances tecnológicas e o consumo de
informação submergem, “anestesiam” a capacidade de análise dessa
informação e de reflexão tanto individual quanto social. Saturação e
superabundância ameaçam o navegador da internet que, como certas pesquisas
mostram, não tira partido das riquezas de informação pertinente, não estando
formado para ir diretamente ao essencial (Marchessou, 1997, p. 15).
Antes de introduzir as novas mídias interativas nas aulas expositivas é
preciso entender suas funcionalidades e as consequências de seu uso nas
relações sociais, pois somente a partir desse momento é possível utilizá-las de
forma a transformar as aulas em eventos de discussão onde ocorra de maneira
efetiva à participação de todos os indivíduos, bem como professores, alunos e
pesquisadores, propiciando assim a comunicação que só é possível a partir do
momento que todas as partes se envolvem.
Para que os recursos tecnológicos façam parte da vida escolar é preciso
que alunos e professores o utilizem de forma correta, e um componente
fundamental é a formação e atualização de professores, de forma que a
tecnologia seja de fato incorporada no currículo escolar, e não vista apenas como
um acessório ou aparato marginal. É preciso pensar como incorporá-la no dia a
dia da educação de maneira definitiva. Depois, é preciso levar em conta a
construção de conteúdos inovadores, que usem todo o potencial dessas
tecnologias.
A incorporação das TICs deve ajudar gestores, professores, alunos, pais
e funcionários a transformar a escola em um lugar democrático e promotor de
41
ações educativas que ultrapassem os limites da sala de aula, instigando o
educando a enxergar o mundo muito além dos muros da escola, respeitando
sempre os pensamentos e ideais do outro. O professor deve ser capaz de
reconhecer os diferentes modos de pensar e as curiosidades do aluno sem que
aja a imposição do seu ponto de vista, pois com lembra Freire:
Não haveria exercício ético-democrático, nem sequer se poderia falar em
respeito do educador ao pensamento diferente do educando se a educação
fosse neutra – vale dizer, se não houvesse ideologias, política, classes sociais.
Falaríamos apenas de equívocos, de erros, de inadequações, de “obstáculos
epistemológicos” no processo de conhecimento, que envolve ensinar e aprender.
A dimensão ética se restringiria apenas à competência do educador ou da
educadora, à sua formação, ao cumprimento de seus deveres docentes, que se
estenderia ao respeito à pessoa humana dos educandos (2001, p. 38-39).
As escolas são locais onde ocorre a emancipação do estudante, desde
cedo já se molda cidadãos conscientes de suas responsabilidades
socioambientais, formar-se indivíduos empreendedores do conhecimento e
lapidam-se vocações. Portanto a necessidade de que os ambientes educativos
se tornem lugares onde crianças e jovens tenham habilidades de interferir no
conhecimento estabelecido, desenvolver novas soluções e aplicá-las de forma
responsável para o bem-estar da sociedade.
Como Piaget enunciou: “A principal meta da educação é criar homens que
sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras
gerações já fizeram”. Podemos considerar que a educação ao longo da vida será
o único meio de evitar a desqualificação profissional e de atender às exigências
do mercado de trabalho da sociedade tecnológica. Assim segundo BELLONI
(1999) op cit CAPELLO (2011), faz-se necessário uma flexibilização forte de
recursos, tempos, espaços e tecnologias, que abrigam à inovação constante, por
meio de questionamentos e novas experiências.
Nesse processo colaborativo de interatividade, o educador deve assumir
um novo papel no processo educacional, deixar de lado a postura de provedor
de conhecimento e atuar como mediador, até mesmo porque diante dos rápidos
avanços em sua área, somente um profissional pleno e capaz de se ajustar aos
avanços tecnológicos sobreviverá nesse mercado. É fundamental que o
42
professor se torne mediador e principalmente orientador na aprendizagem
mediada pelas novas tecnologias, pois é seu papel criar novas possibilidades
para ensinar e aprender. Segundo Moran (2000) o papel do professor é dividido
em:
Orientador/mediador intelectual- informa, ajuda a escolher as
informações mais importantes, trabalha para que elas sejam significativas para
os alunos, permitindo que eles a compreendam, avaliem conceitual e
eticamente, reelaborem-nas e adaptem-nas aos seus contextos pessoais. Ajuda
a ampliar o grau de o grau de compreensão de tudo, a integrá-lo em novas
sínteses provisórias.
Orientador/mediador emocional - motiva, incentiva, incentiva, estimula,
organiza os limites, com equilíbrio, credibilidade, autenticidade e empatia.
Orientador/mediador gerencial e comunicacional – organiza grupos,
atividades de pesquisa, ritmos, interações. Organiza o processo de avaliação. É
a ponte principal entre a instituição, os alunos e os demais grupos envolvidos
(comunidade). Organiza o equilíbrio entre o planejamento e a criatividade. O
professor atual como orientador comunicacional e tecnológico; ajuda a
desenvolver todas as formas de expressão, interação, de sinergia, de troca de
linguagens, conteúdos e tecnologias.
Orientador ético – ensina a assumir e vivenciar valores construtivos,
individual e socialmente, cada um dos professores colabora com um pequeno
espaço, uma pedra na construção dinâmica do “mosaico” sensorial-intelectual-
emocional-ético de cada aluno. Esse vai valorizando continuamente seu quadro
referencial de valores, ideias, atitudes, tendo por base alguns eixos
fundamentais comuns como a liberdade, a cooperação, a integração pessoal.
Um bom educador faz a diferença.
A educação não pode mais viver sob o modelo antigo, sob o risco de virar
virtual e invisível para a sociedade, às novas tecnologias devem ser exploradas
para servir como meios de construção do conhecimento, e não somente para a
sua difusão. Nos últimos anos a presença dos alunos em sala de aula diminuiu
consideravelmente, sem falar nas universidades onde alunos viraram atores
virtuais, invisíveis para a estrutura acadêmica, eles tem buscado na internet as
43
fontes de conteúdo programáticos das disciplinas, ignoram a oportunidade de
debates e reflexões em sala de aula.
Diferente de anos atrás, hoje os alunos têm acesso muito mais rápido e
fácil às informações, esse fator tornou as aulas expositivas desinteressantes e
assim sua presença se tornou limitada, aos eventos protocolares como: exames
e atividades extraclasses.
O horizonte de uma criança, de um jovem, hoje em dia, ultrapassa
claramente o limite físico da sua escola, da sua cidade ou de seu país, quer se
trate do horizonte cultural, social, pessoal ou profissional.
Diante disso é importante lembrarmos que os professores não nasceram
digitalizados, enquanto seus alunos, sim.
Segundo Xavier (2005), as novas gerações têm adquirido o letramento
digital antes mesmo de ter se apropriado completamente do letramento
alfabético ensinado na escola. Esta intensa utilização do computador para a
interação entre pessoas a distância, tem possibilitado que crianças e jovens se
aperfeiçoem em práticas de leitura e escrita diferentes das formas tradicionais
de letramentos e alfabetizações.
Essas inúmeras modificações nas formas e possibilidades de utilização
da linguagem em geral são reflexos incontestáveis das mudanças tecnológicas
que vem ocorrendo no mundo desde que os equipamentos informáticos e as
novas tecnologias de comunicação começaram a fazer parte intensamente do
cotidiano das pessoas.
A aprendizagem intermediada pelo o computador gera profundas
mudanças no processo de produção do conhecimento, se antes as únicas vias
eram de sala de aula, o professor e os livros didáticos, hoje é permitido ao aluno
navegar por diferentes espaços de informação, que também nos possibilita
enviar, receber e armazenar informações virtualmente.
O trabalho educacional a partir da informática tem papel fundamental na
prática pedagógica das escolas, pois possibilita a transição de um sistema de
ensino fragmentado para uma abordagem de conteúdos integrados. Sendo
possível também o processo de criação, busca, interesse e motivação, através
de atividades que exigem planejamento, tentativas, hipóteses, classificações e
motivações, impulsionando a aprendizagem por meio da exploração que
44
estimula a experiência. Segundo Oliveira (2000), os trabalhos pedagógicos
podem ser coerentes com a visão de conhecimento que integre o sujeito e
objetivo, assim como aprendizagem e ensino. Nessa perspectiva, as tecnologias
tornam-se ferramentas poderosas, capazes de ampliar as chances de
aprendizagem do aluno.
O computador e os demais aparatos tecnológicos são vistos como bens
necessários dentro dos lares e saber operá-los constitui-se em condição de
empregabilidade e domínio da cultura, é impossível fechar-se a esses
acontecimentos.
Quem de nós não se lembra dos ditados de palavras e das regras
gramaticais decoradas sem que soubéssemos qual seria a situação em que um
dia poderíamos usa-las? Sem esquecermos também, das variadas datas
comemorativas, fórmulas de matemáticas, química e física, ossos e órgãos do
corpo humano e acidentes geográficos, todas as atividades decorativas que
fazíamos sem entender qual seria o significado aquilo poderia ter para nossa
vida, muitas vezes ouvíamos de nossos professores que um dia precisaríamos
daquele conhecimento. Mas como incorporá-los se naquele momento eles não
faziam sentido a nós, pareciam apenas regras a serem decoradas para
resolução de exercícios e de avaliações.
Com grande frequência temos ouvido professores reclamarem que seus
alunos não sabem escrever, e da parte dos alunos ouvimos, que a escola os leva
a escrever sobre coisas que não tem significado algum para a sua realidade.
Notemos que atualmente não se trata mais apenas de fazer redações
escolares com começo, meio e fim. Com a era digital, as crianças estão se
tornando especialistas em lidar com o hipertexto, o sistema informação que inclui
textos, fotos, áudio e vídeo, com infinitas possibilidades de navegação. No que
se refere o hipertexto é preciso que o internauta desenvolva habilidades de
avaliar criticamente as informações encontradas e saiba identificar quais são as
fontes mais confiáveis entre as inúmeras apresentadas. Por essa razão é
importante que o professor tenha conhecimento sobre o hipertexto e a linguagem
utilizada na internet, para poder assim melhor orientar seus alunos.
Ferreiro (2000) afirma que o laboratório de computação na escola
possibilita aos jovens o ato de escrever e publicar. Muitas vezes a escrita na
45
escola pode se tornar algo maçante, visto que na maioria das vezes o único a ler
e ter contato com os textos escritos pelos alunos é o professor. O fato de se
escrever apenas por encomenda na escola, onde o professor solicita aos alunos
a produção de uma redação, este a faz e aquele corrige isto é algo que se torna
para o aluno muito sofrido, afinal escrever para quê? Ou melhor, para quem?
Notemos que falta ao aluno motivação para fazer um bom texto, fazer só porque
o professor solicitou torna a atividade desagradável e descontextualizada.
A integração da tecnologia de informação e comunicação na escola
favorece em muito a aprendizagem do aluno e a aproximação de professores e
alunos, pois através deste meio tecnológico ambos tem a possibilidade de
construírem conhecimento através da escrita, reescrita, troca de ideias e
experiências, o computador se tornou um grande aliado na busca do
conhecimento, pois se trata de uma ferramenta que auxilia na resolução de
problemas e até mesmo no desenvolvimento de projetos.
As TICs têm como característica o fazer e o refazer, transformando o erro
em algo que pode ser revisto e reformulado instantaneamente para produzir
novos saberes, cada indivíduo que explora as tecnologias de informação e
comunicação se torna um emissor e receptor de informações, mais
especificamente leitor, escritor e comunicador, esse emaranhado de
possibilidade ocorre graças ao poder persuasivo das informações contidas nas
TICs que envolve o sujeito incitando-o à leitura e à expressão através da escrita
textual e hipertextual.
A internet proporciona ao professor compreender a importância de ser
parceiro de seus alunos, navegar junto com os alunos apontando possibilidades
de percorrer novos caminhos sem a preocupação de ter experimentado passar
por eles algum dia, provocando assim a descoberta de novos significados,
permitindo aos alunos resolverem problemas ou desenvolverem projetos que
tenham sentido para a sua aprendizagem, é nesse processo que a educação
resultaria em um exercício ético-democrático:
Não haveria exercício ético-democrático, nem sequer se poderia falar em
respeito do educador ao pensamento diferente do educando se a educação
fosse neutra – vale dizer, se não houvesse ideologias, política, classe sociais.
Falaríamos apenas de equívocos, de erros, de inadequações, de “obstáculos
46
epistemológicos” no processo de conhecimento, que envolve ensinar e aprender.
A dimensão ética se restringiria apenas à competência do educador ou da
educadora, a sua formação, ao cumprimento de seus deveres docentes, que se
estenderia ao respeito à pessoa humana dos educandos (FREIRE, 2001ª, p. 38-
39).
O processo de incorporação das tecnologias nas ações docentes guia
professores e alunos para uma educação libertadora e humanista, na qual
homens e mulheres imergem na construção do conhecimento, se tornando
sujeitos da condução de sua própria aprendizagem, ou seja, um sujeito
participativo e responsável pela sua própria construção, deixando de lado o
sujeito passivo para se tornar autônomos e cidadãos democráticos do saber, a
esse respeito Freire enfatiza que:
A educação é uma resposta da finitude da infinitude. A educação é
possível para o homem, portanto esse é inacabado. Isso leva a sua perfeição.
A educação, portanto, implica uma busca realizada por um sujeito que é
o homem. O homem deve ser sujeito de sua própria educação. Não pode ser
objeto dela. Por isso, ninguém educa ninguém (FREIRE, 1979, p. 27-28).
Uma educação comprometida é aquela que propicia aos seus indivíduos
o desenvolvimento e auto formação, disponibiliza e oportuniza aos seus
indivíduos o papel de construção de sua própria história, de sua autonomia de
negociar e tomar decisões em defesa de seus direitos e de sua coletividade, pois
é a partir da autonomia que o indivíduo conquista e exerce sua plena cidadania.
É importante frisarmos aqui que a autonomia não é algo que se transmite ao
aluno, mas que se constrói e conquista conforme sua vivencia, cada homem
constrói sua autonomia de acordo com as várias decisões tomadas ao decorrer
de seu dia e de sua vida.
Freire defende que: “o respeito à autonomia e à dignidade de cada um é
um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos
outros” (1996, p. 66). A autonomia ajuda o homem a se tornar um cidadão crítico,
libertar-se do comodismo, da passividade, da omissão e da indecisão.
As TICs também têm papel fundamental no desenvolvimento de projetos,
pois permite o registro desse processo construtivo, funciona como um recurso
que irá diagnosticar o nível de desenvolvimento dos alunos, suas dificuldades e
47
capacidades, favorecendo também a identificação e a correção dos erros e a
constante reelaboração, sem perder aquilo que já foi criado.
Uma inovação é como ver algo novo nas coisas às vezes conhecidas,
deve-se pensar em ações que promovam novos papéis para a escola, ações em
que a utilização das TICs no contexto educacional estabeleça uma rede dialógica
de interação com o intuito de promover a ruptura do distanciamento entre sujeito-
sociedade.
O computador ligado à internet propicia ao professor atuar de forma
diferente em sala de aula, é possível instigar os alunos a desenvolver pesquisas,
investigações, críticas, reflexões, aprimorar e transformar ideias e experiências,
não é preciso que professores se tornem donos da verdade e do conhecimento,
mas sim parceiros de seus alunos, andando juntos em busca de um mesmo
propósito o conhecimento e a aprendizagem.
Essa atuação leva os profissionais da educação a se desprender do livro
didático, que deixa de ser o guia da prática do professor e passa a ser mais uma,
entre outras, fontes de informação e de desenvolvimento do trabalho.
No momento atual em que a sociedade vive é imprescindível que a
educação caminhe no sentido do conhecimento compartilhado, com liberdade
para se expressar e se comunicar. O professor que caminha de forma a tentar
conhecer o aluno e entendê-lo em sua realidade, é um profissional que podemos
considerar ativo, crítico empenhado no seu papel de ensinar, pois a partir do
momento que se sente desafiado pelo aluno, este vive uma busca constante do
aprendizado ao ensino.
Atualmente o professor não é um mero propagador de conhecimento, mas
sim ambos (aluno e professor) são parceiros do ensino-aprendizagem, o
professor tem o papel de planejar a aula de acordo com a necessidade de seus
alunos e estes também têm seu papel que é contribuir com aquilo que deseja
aprender, como por exemplo: curiosidades, indagações, conhecimentos prévios,
valores, descobertas, interesses. O professor é desafiado a conhecer seu aluno,
não é mais apenas aprendiz de conteúdo, mas de individuo, para que possa
respeitar os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem, temos uma situação
que não é mais o professor o único a planejar as aulas para os alunos executar,
48
e sim ambos trabalham em busca de aprendizagem, cada atuando segundo o
seu papel e nível de desenvolvimento.
Notemos que é a partir do respeito e da confiança que aluno e professor
caminharão para uma escola nova e avançada, onde há preocupação com aquilo
que se é proposto para o aluno ler, pois é através de uma leitura prazerosa que
acontece o despertar para outras leituras e para uma escrita criativa. Assuntos
interessantes levam a questionamentos, a participações efetivas, espírito
cooperativo e solidário em ambiente escolar.
A mudança na escola começa a partir de uma mudança pessoal e
profissional, capaz de levantar uma escola que incentive a imaginação, a leitura
prazerosa, a escrita criativa, favoreça a iniciativa, a espontaneidade, o
questionamento, que se torne um ambiente onde promova e vivencie a
cooperação, o diálogo, a partilha e a solidariedade.
Enfim para que todo esse leque de oportunidades aconteça, seja
vivenciado é preciso que professor e aluno andem juntos, trabalhem num mesmo
ritmo de cooperatividade, principalmente falem a mesma língua que é a da era
da informação, pois somente trabalhando os interesses da juventude será
possível um aprendizado de forma gratificante e com resultados positivos para
ambos os envolvidos no ensino-aprendizagem.
49
BIBLIOGRAFIA
FREIRE, P. 1987. Pedagogia do Oprimido. 17ª Ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra.
50
PRETTO, Nelson de Luca (org.). Globalização & Organização: mercado de
trabalho, tecnologias de comunicação, educação a distância e sociedade
planetária. Ijuí: Ed. Uniu, 1999.
ROSA, J. Guimarães. Grande sertão: veredas. 16. ed., Rio de Janeiro, Nova
Fronteira, 1984, p. 207.
51
______. Pesquisa, Comunicação e Aprendizagem com o Computador: o
papel do educador no processo ensino-aprendizagem. In: Tecnologia,
currículo e projetos, s/d.
52