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SEDUC-CE

Professor de Matemática

1 Números: números inteiros, divisibilidade, números racionais, números irracionais e reais. ............. 1
2 Funções. 2.1 Igualdade de funções. 2.2 Determinação do domínio de uma função. 2.3 Função
injetiva, sobrejetiva e bijetiva. 2.4 Função inversa. 2.5 Composição de funções. 2.6 Funções crescentes,
decrescentes, pares e impares; os zeros e o sinal de uma função. 2.7 Funções lineares, constantes do
1o e 2o graus, modulares, polinomiais, logarítmicas e exponenciais. ..................................................... 36
3 Equações: desigualdades e inequações. ........................................................................................ 83
4 Geometria: plana, espacial e analítica. ......................................................................................... 136
5 Trigonometria: triangulo retângulo, estudo do seno, cosseno e tangente. ..................................... 273
6 Sequências. 6.1 Sequências de Fibonacci, sequências numéricas. 6.2 Progressão aritmética e
geométrica. .......................................................................................................................................... 304
7 Matrizes. 7.1 Determinantes. 7.2 Sistemas lineares. 7.3 Análise combinatória. 7.4 Binômio de
Newton. ................................................................................................................................................ 315
8 Noções de estatística. 8.1 Medidas de tendência central. 8.2 Medidas de dispersão distribuição de
frequência. 8.3 Gráficos. 8.4 Tabelas. .................................................................................................. 366
9 Matemática financeira. 9.1 Proporção, porcentagem, juros e taxas de juros, juro exato e juro
comercial, sistemas de capitalização, descontos simples, desconto racional, desconto bancário. 9.2 Taxa
efetiva, equivalência de capitais. .......................................................................................................... 401
10 Cálculo de probabilidade............................................................................................................. 437
11 Números complexos. .................................................................................................................. 445
12 Cálculo diferencial e integral das funções de uma variável. ........................................................ 452
13 Noções de história da Matemática. ............................................................................................. 474
14 Avaliação e educação matemática: formas e instrumentos. ........................................................ 486
15 Ensino de Matemática. 15.1 Transposição didática. 15.2 Uso de material concreto e aplicativos
digitais. ................................................................................................................................................. 492
16 Competências e habilidades propostas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio
para a disciplina de Matemática. .......................................................................................................... 497

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Candidatos ao Concurso Público,
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom
desempenho na prova.
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar
em contato, informe:
- Apostila (concurso e cargo);
- Disciplina (matéria);
- Número da página onde se encontra a dúvida; e
- Qual a dúvida.
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la.
Bons estudos!

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1 Números: números inteiros, divisibilidade, números racionais, números
irracionais e reais.

Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br

CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS – Z

Definimos o conjunto dos números inteiros1 como a reunião do conjunto dos números naturais N = {0,
1, 2, 3, 4,..., n,...}, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este conjunto é denotado pela
letra Z (Zahlen = número em alemão).

O conjunto dos números inteiros possui alguns subconjuntos notáveis:

Atenção: A nomenclatura utilizada abaixo pode interferir diretamente no contexto de uma


questão, tome muito cuidado ao interpreta-los, pois são todos diferentes (Z+ , Z_ , Z*).

- O conjunto dos números inteiros não nulos:


Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...}
Z* = Z – {0}

- O conjunto dos números inteiros não negativos:


Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N

- O conjunto dos números inteiros positivos:


Z*+ = {1, 2, 3, 4,...}

- O conjunto dos números inteiros não positivos:


Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}

- O conjunto dos números inteiros negativos:


Z*_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1}

Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a distância ou afastamento desse número até o zero,
na reta numérica inteira. Representa-se o módulo por | |.
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de zero, é sempre positivo.

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IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 01 – Conjuntos e Funções

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Números Opostos: Dois números inteiros são ditos opostos um do outro quando apresentam soma
zero; assim, os pontos que os representam distam igualmente da origem.
Exemplo: O oposto do número 3 é -3, e o oposto de -3 é 3, pois 3 + (-3) = (-3) + 3 = 0
No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a é – a, e vice-versa; particularmente o oposto de
zero é o próprio zero.

Operações entre números Inteiros


Adição de Números Inteiros
Para melhor entendimento desta operação, associaremos aos números inteiros positivos a ideia de
ganhar e aos números inteiros negativos a ideia de perder.

Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+ 5) + (+ 3) = (+8)


Perder 3 + perder 4 = perder 7 (- 3) + (- 4) = (- 7)
Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+ 8) + (- 5) = (+ 3)
Perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (- 8) + (+ 5) = (- 3)

O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, mas o sinal (–) antes do número negativo
nunca pode ser dispensado.

Subtração de Números Inteiros


A subtração é empregada quando:
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto uma delas tem a mais que a outra;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto falta a uma delas para atingir a outra.

A subtração é a operação inversa da adição.


Observe que em uma subtração o sinal do resultado é sempre do maior número!!!
4+5=9
4 – 5 = -1

Considere as seguintes situações:

1 - Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a
variação da temperatura?
Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) – (+3) = +3

2 - Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, durante o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura
baixou de 3 graus. Qual a temperatura registrada na noite de terça-feira?
Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) + (–3) = +3

Se compararmos as duas igualdades, verificamos que (+6) – (+3) é o mesmo que (+6) + (–3).
Temos:
(+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
(–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3

Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto
do segundo.

Fique Atento: todos parênteses, colchetes, chaves, números, ..., entre outros, precedidos de sinal
negativo, tem o seu sinal invertido, ou seja, é dado o seu oposto.
Ex.:
10 – (10+5) =
10 – (+15) =

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10 – 15 =
-5

Multiplicação de Números Inteiros


A multiplicação funciona como uma forma simplificada de uma adição quando os números são
repetidos. Poderíamos analisar tal situação como o fato de estarmos ganhando repetidamente alguma
quantidade, como por exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes consecutivas, significa ganhar 30 objetos e
esta repetição pode ser indicada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 + 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: (–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem
nenhum sinal entre as letras.

Divisão de Números Inteiros

- Divisão exata de números inteiros.


Veja o cálculo:
(– 20) : (+ 5) = q  (+ 5) . q = (– 20)  q = (– 4)
Logo (– 20) : (+ 5) = - 4

Considerando os exemplos dados, concluímos que, para efetuar a divisão exata de um número inteiro
por outro número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo pelo módulo do divisor.
Exemplo: (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que não podem ser realizadas em Z, pois o resultado
não é um número inteiro.
- No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa e não tem a propriedade da existência
do elemento neutro.
- Não existe divisão por zero.
- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de zero, é zero, pois o produto de qualquer
número inteiro por zero é igual a zero.
Exemplo: 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1) = 0

Regra de Sinais da Multiplicação e Divisão:


→ Sinais iguais (+) (+); (-) (-) = resultado sempre positivo.
→ Sinais diferentes (+) (-); (-) (+) = resultado sempre negativo.

Potenciação de Números Inteiros


A potência xn do número inteiro a, é definida como um produto de n fatores iguais. O número x é
denominado a base e o número n é o expoente. xn = x . x . x . x ... x, x é multiplicado por x, n vezes.

Exemplos:
33 = (3) x (3) x (3) = 27
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125
(-7)² = (-7) x (-7) = 49
(+9)² = (+9) x (+9) = 81

- Toda potência de base positiva é um número inteiro positivo.


Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9

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- Toda potência de base negativa e expoente par é um número inteiro positivo.
Exemplo: (–8)2 = (–8) . (–8) = +64

- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é um número inteiro negativo.


Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125

- Propriedades da Potenciação:

1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e somam-se os expoentes.


(–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6 = (–7)9

2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e subtraem-se os expoentes.


(-13)8 : (-13)6 = (-13)8 – 6 = (-13)2

3) Potência de Potência: Conserva-se a base e multiplicam-se os expoentes.


[(-8)5]2 = (-8)5 . 2 = (-8)10

4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base.


(-8)1 = -8 e (+70)1 = +70

5) Potência de expoente zero e base diferente de zero: É igual a 1.


(+3)0 = 1 e (–53)0 = 1

Radiciação de Números Inteiros


A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro x é a operação que resulta em outro número inteiro
não negativo b que elevado à potência n fornece o número x. O número n é o índice da raiz enquanto que
o número x é o radicando (que fica sob o sinal do radical).
𝑛
√𝑥 = b
bn = x

A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro x é a operação que resulta em outro número inteiro
não negativo que elevado ao quadrado coincide com o número x.

Atenção: Não existe a raiz quadrada de um número inteiro negativo no conjunto dos números
inteiros.

Erro comum: Frequentemente lemos em materiais didáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas
aparecimento de:
9 = ± 3, mas isto está errado. O certo é: 9 = +3

Observamos que não existe um número inteiro não negativo que multiplicado por ele mesmo resulte
em um número negativo.

A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro x é a operação que resulta em outro número inteiro
que elevado ao cubo seja igual ao número x. Aqui não restringimos os nossos cálculos somente aos
números não negativos.

Exemplos:
3
(a) 8 = 2, pois 2³ = 8
(b)
3
8 = –2, pois (–2)³ = -8
3
(c) 27 = 3, pois 3³ = 27
(d)
3
 27 = –3, pois (–3)³ = -27

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Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o produto de números inteiros, concluímos que:
(1) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número inteiro negativo.
(2) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz de qualquer número inteiro.

Propriedades da Adição e da Multiplicação dos números Inteiros


Para todo a, b e c ∈ 𝑍
1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
2) Comutativa da adição: a + b = b + a
3) Elemento neutro da adição: a + 0 = a
4) Elemento oposto da adição: a + (-a) = 0
5) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a.(b.c)
6) Comutativa da multiplicação: a.b = b.a
7) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
8) Distributiva da multiplicação relativamente à adição: a.(b + c) = ab + ac
9) Distributiva da multiplicação relativamente à subtração: a.(b – c) = ab – ac

Atenção: tanto a adição como a multiplicação de um número natural por outro número natural,
continua como resultado um número natural.

Questões

01. (Fundação Casa – Agente Educacional – VUNESP) Para zelar pelos jovens internados e orientá-
los a respeito do uso adequado dos materiais em geral e dos recursos utilizados em atividades educativas,
bem como da preservação predial, realizou-se uma dinâmica elencando “atitudes positivas” e “atitudes
negativas”, no entendimento dos elementos do grupo. Solicitou-se que cada um classificasse suas
atitudes como positiva ou negativa, atribuindo (+4) pontos a cada atitude positiva e (-1) a cada atitude
negativa. Se um jovem classificou como positiva apenas 20 das 50 atitudes anotadas, o total de pontos
atribuídos foi
(A) 50.
(B) 45.
(C) 42.
(D) 36.
(E) 32.

02. (UEM/PR – Auxiliar Operacional – UEM) Ruth tem somente R$ 2.200,00 e deseja gastar a maior
quantidade possível, sem ficar devendo na loja.
Verificou o preço de alguns produtos:
TV: R$ 562,00
DVD: R$ 399,00
Micro-ondas: R$ 429,00
Geladeira: R$ 1.213,00

Na aquisição dos produtos, conforme as condições mencionadas, e pagando a compra em dinheiro, o


troco recebido será de:
(A) R$ 84,00
(B) R$ 74,00
(C) R$ 36,00
(D) R$ 26,00
(E) R$ 16,00

03. (BNDES – Técnico Administrativo – CESGRANRIO) Multiplicando-se o maior número inteiro


menor do que 8 pelo menor número inteiro maior do que - 8, o resultado encontrado será
(A) - 72
(B) - 63
(C) - 56
(D) - 49
(E) – 42

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04. (Polícia Militar/MG - Assistente Administrativo - FCC) Em um jogo de tabuleiro, Carla e Mateus
obtiveram os seguintes resultados:

Ao término dessas quatro partidas,


(A) Carla perdeu por uma diferença de 150 pontos.
(B) Mateus perdeu por uma diferença de 175 pontos.
(C) Mateus ganhou por uma diferença de 125 pontos.
(D) Carla e Mateus empataram.

05. (Pref. de Palmas/TO – Técnico Administrativo Educacional – COPESE/UFT) Num determinado


estacionamento da cidade de Palmas há vagas para carros e motos. Durante uma ronda dos agentes de
trânsito, foi observado que o número total de rodas nesse estacionamento era de 124 (desconsiderando
os estepes dos veículos). Sabendo que haviam 12 motos no estacionamento naquele momento, é
CORRETO afirmar que estavam estacionados:
(A) 19 carros
(B) 25 carros
(C) 38 carros
(D) 50 carros

06. (Casa da Moeda) O quadro abaixo indica o número de passageiros num voo entre Curitiba e
Belém, com duas escalas, uma no Rio de Janeiro e outra em Brasília. Os números positivos indicam a
quantidade de passageiros que subiram no avião e os negativos, a quantidade dos que desceram em
cada cidade.

O número de passageiros que chegou a Belém foi:


(A) 362
(B) 280
(C) 240
(D) 190
(E) 135

07. (Pref.de Niterói/RJ) As variações de temperatura nos desertos são extremas. Supondo que
durantes o dia a temperatura seja de 45ºC e à noite seja de -10ºC, a diferença de temperatura entre o dia
e noite, em ºC será de:
(A) 10
(B) 35
(C) 45
(D) 50
(E) 55

08. (Pref.de Niterói/RJ) Um trabalhador deseja economizar para adquirir a vista uma televisão que
custa R$ 420,00. Sabendo que o mesmo consegue economizar R$ 35,00 por mês, o número de meses
que ele levará para adquirir a televisão será:
(A) 6
(B) 8
(C) 10
(D) 12
(E) 15

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09. (Pref.de Niterói/RJ) Um estudante empilhou seus livros, obtendo uma única pilha 52cm de altura.
Sabendo que 8 desses livros possui uma espessura de 2cm, e que os livros restantes possuem espessura
de 3cm, o número de livros na pilha é:
(A) 10
(B) 15
(C) 18
(D) 20
(E) 22

10. (FINEP – Assistente – Apoio administrativo – CESGRANRIO) Um menino estava parado no


oitavo degrau de uma escada, contado a partir de sua base (parte mais baixa da escada). A escada tinha
25 degraus. O menino subiu mais 13 degraus. Logo em seguida, desceu 15 degraus e parou novamente.
A quantos degraus do topo da escada ele parou?
(A) 8
(B) 10
(C) 11
(D) 15
(E) 19

Comentários

01. Resposta A
50-20=30 atitudes negativas
20.4=80
30.(-1)=-30
80-30=50

02. Resposta D
Geladeira + Micro-ondas + DVD = 1213 + 429 + 399 = 2041
Geladeira + Micro-ondas + TV = 1213 + 429 + 562 = 2204, extrapola o orçamento
Geladeira + TV + DVD = 1213 + 562 + 399 = 2174, é a maior quantidade gasta possível dentro do
orçamento.
Troco:2200 – 2174 = 26 reais

03. Resposta D
Maior inteiro menor que 8 é o 7
Menor inteiro maior que - 8 é o - 7.
Portanto: 7(- 7) = - 49

04. Resposta C
Carla: 520 – 220 – 485 + 635 = 450 pontos
Mateus: - 280 + 675 + 295 – 115 = 575 pontos
Diferença: 575 – 450 = 125 pontos

05. Resposta B
Moto: 2 rodas
Carro: 4
12.2=24
124-24=100
100/4=25 carros

06. Resposta D
240 - 194 + 158 - 108 + 94 = 190

07. Resposta E
45 – (- 10) = 55

08. Resposta D
420: 35 = 12 meses

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09. Resposta D
São 8 livros de 2 cm: 8.2 = 16 cm
Como eu tenho 52 cm ao todo e os demais livros tem 3 cm, temos:
52 - 16 = 36 cm de altura de livros de 3 cm
36 : 3 = 12 livros de 3 cm
O total de livros da pilha: 8 + 12 = 20 livros ao todo.

10. Resposta E
8 + 13 = 21
21– 15 = 6
25 – 6 = 19

MÚLTIPLOS E DIVISORES

Sabemos que 30 : 6 = 5, porque 5 x 6 = 30.


Podemos dizer então que:

“30 é divisível por 6 porque existe um número natural (5) que multiplicado por 6 dá como resultado 30.”
Um número natural a é divisível por um número natural b, não-nulo, se existir um número natural c, tal
que c . b = a.
Ainda com relação ao exemplo 30 : 6 = 5, temos que:
30 é múltiplo de 6, e 6 é divisor de 30.

Conjunto dos múltiplos de um número natural: É obtido multiplicando-se esse número pela
sucessão dos números naturais: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6,...
Para acharmos o conjunto dos múltiplos de 7, por exemplo, multiplicamos por 7 cada um dos números
da sucessão dos naturais:

O conjunto formado pelos resultados encontrados forma o conjunto dos múltiplos de 7: M(7) = {0, 7,
14, 21, 28,...}.

Observações:
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
- Todo número natural é múltiplo de 1.
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múltiplos.
- O zero é múltiplo de qualquer número natural.
- Os múltiplos do número 2 são chamados de números pares, e a fórmula geral desses números é 2k (k
 N). Os demais são chamados de números ímpares, e a fórmula geral desses números é 2k + 1 (k  N).
O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k  Z.

Critérios de divisibilidade
São regras práticas que nos possibilitam dizer se um número é ou não divisível por outro, sem
efetuarmos a divisão.

Divisibilidade por 2: Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4, 6 ou 8, ou seja, quando


ele é par.

Exemplos
a) 9656 é divisível por 2, pois termina em 6, e é par.
b) 4321 não é divisível por 2, pois termina em 1, e não é par.

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Divisibilidade por 3: Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos de seus
algarismos é divisível por 3.

Exemplos
a) 65385 é divisível por 3, pois 6 + 5 + 3 + 8 + 5 = 27, e 27 é divisível por 3.
b) 15443 não é divisível por 3, pois 1+ 5 + 4 + 4 + 3 = 17, e 17 não é divisível por 3.

Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4 quando seus dois algarismos são 00 ou formam um
número divisível por 4.

Exemplos
a) 536400 é divisível por 4, pois termina em 00.
b) 653524 é divisível por 4, pois termina em 24, e 24 é divisível por 4.
c) 76315 não é divisível por 4, pois termina em 15, e 15 não é divisível por 4.

Divisibilidade por 5: Um número é divisível por 5 quando termina em 0 ou 5.

Exemplos
a) 35040 é divisível por 5, pois termina em 0.
b) 7235 é divisível por 5, pois termina em 5.
c) 6324 não é divisível por 5, pois termina em 4.

Divisibilidade por 6: Um número é divisível por 6 quando é divisível por 2 e por 3 ao mesmo tempo.

Exemplos
a) 430254 é divisível por 6, pois é divisível por 2 e por 3 (4 + 3 + 0 + 2 + 5 + 4 = 18).
b) 80530 não é divisível por 6, pois não é divisível por 3 (8 + 0 + 5 + 3 + 0 = 16).
c) 531561 não é divisível por 6, pois não é divisível por 2.

Divisibilidade por 7: Um número é divisível por 7 quando o último algarismo do número, multiplicado
por 2, subtraído do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo de 7. Neste, o processo será
repetido a fim de diminuir a quantidade de algarismos a serem analisados quanto à divisibilidade por 7.

Exemplo
41909 é divisível por 7 conforme podemos conferir: 9.2 = 18 ; 4190 – 18 = 4172 → 2.2 = 4 ; 417 – 4 =
413 → 3.2 = 6 ; 41 – 6 = 35 ; 35 é multiplo de 7.

Divisibilidade por 8: Um número é divisível por 8 quando seus três últimos algarismos forem 000 ou
formarem um número divisível por 8.

Exemplos
a) 57000 é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos são 000.
b) 67024 é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos formam o número 24, que é divisível por
8.
c) 34125 não é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos formam o número 125, que não é
divisível por 8.

Divisibilidade por 9: Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos de seus
algarismos formam um número divisível por 9.

Exemplos
a) 6253461 é divisível por 9, pois 6 + 2 + 5 + 3 + 4 + 6 + 1 = 27 é divisível por 9.
b) 325103 não é divisível por 9, pois 3 + 2 + 5 + 1 + 0 + 3 = 14 não é divisível por 9.

Divisibilidade por 10: Um número é divisível por 10 quando seu algarismo da unidade termina em
zero.

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Exemplos
a) 563040 é divisível por 10, pois termina em zero.
b) 246321 não é divisível por 10, pois não termina em zero.

Divisibilidade por 11: Um número é divisível por 11 quando a diferença entre a soma dos algarismos
de posição ímpar e a soma dos algarismos de posição par resulta em um número divisível por 11 ou
quando essas somas forem iguais.

Exemplos
- 43813:
a) 1º 3º 5º  Algarismos de posição ímpar.(Soma dos algarismos de posição impar: 4 + 8 + 3 =
15.)
4 3 8 1 3
2º 4º  Algarismos de posição par. (Soma dos algarismos de posição par:3 + 1 = 4)

15 – 4 = 11  diferença divisível por 11. Logo 43813 é divisível por 11.

-83415721:
b) 1º 3º 5º 7º  (Soma dos algarismos de posição ímpar:8 + 4 + 5 + 2 = 19)
8 3 4 1 5 7 2 1
2º 4º 6º 8º  (Soma dos algarismos de posição par:3 + 1 + 7 + 1 = 12)

19 – 12 = 7  diferença que não é divisível por 11. Logo 83415721 não é divisível por 11.

Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12 quando é divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo.

Exemplos
a) 78324 é divisível por 12, pois é divisível por 3 (7 + 8 + 3 + 2 + 4 = 24) e por 4 (termina em 24).
b) 652011 não é divisível por 12, pois não é divisível por 4 (termina em 11).
c) 863104 não é divisível por 12, pois não é divisível por 3 (8 + 6 + 3 +1 + 0 + 4 = 22).

Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15 quando é divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo.

Exemplos
a) 650430 é divisível por 15, pois é divisível por 3 (6 + 5 + 0 + 4 + 3 + 0 =18) e por 5 (termina em 0).
b) 723042 não é divisível por 15, pois não é divisível por 5 (termina em 2).
c) 673225 não é divisível por 15, pois não é divisível por 3 (6 + 7 + 3 + 2 + 2 + 5 = 25).

FATORAÇÃO

Essa fatoração se dá através da decomposição em fatores primos. Para decompormos um número


natural em fatores primos, dividimos o mesmo pelo seu menor divisor primo, após pegamos o quociente
e dividimos o pelo seu menor divisor, e assim sucessivamente até obtermos o quociente 1. O produto de
todos os fatores primos representa o número fatorado.
Exemplo

Divisores de um número natural

Vamos pegar como exemplo o número 12 na sua forma fatorada:


12 = 22 . 31
O número de divisores naturais é igual ao produto dos expoentes dos fatores primos acrescidos de 1.
Logo o número de divisores de 12 são:
⏟2 . ⏟
2 31 → (2 + 1) . (1 + 1) = 3.2 = 6 divisores naturais
(2+1) (1+1)

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Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos cada fator da decomposição e seu
respectivo expoente natural que varia de zero até o expoente com o qual o fator se apresenta na
decomposição do número natural.
Exemplo:
12 = 22 . 31 → 22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos:
20 . 30=1
20 . 31=3
21 . 30=2
21 . 31=2.3=6
22 . 31=4.3=12
22 . 30=4
O conjunto de divisores de 12 são: D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
A soma dos divisores é dada por: 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28

Observação
Para sabermos o conjunto dos divisores inteiros de 12, basta multiplicarmos o resultado por 2 (dois
divisores, um negativo e o outro positivo).
Assim teremos que D(12) = 6.2 = 12 divisores inteiros.

Questões

01. (Fuvest-SP) O número de divisores positivos do número 40 é:


(A) 8
(B) 6
(C) 4
(D) 2
(E) 20

02. (Professor/Pref.Itaboraí) O máximo divisor comum entre dois números naturais é 4 e o produto
dos mesmos 96. O número de divisores positivos do mínimo múltiplo comum desses números é:
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 8
(E) 10

03. (Pedagogia/DEPEN) Considere um número divisível por 6, composto por 3 algarismos distintos e
pertencentes ao conjunto A={3,4,5,6,7}. A quantidade de números que podem ser formados sob tais
condições é:
(A) 6
(B) 7
(C) 9
(D) 8
(E) 10

04. (Pref.de Niterói) No número a=3x4, x representa um algarismo de a. Sabendo-se que a é divisível
por 6, a soma dos valores possíveis para o algarismo x vale:
(A) 2
(B) 5
(C) 8
(D) 12
(E) 15

05. (BANCO DO BRASIL/CESGRANRIO) Em uma caixa há cartões. Em cada um dos cartões está
escrito um múltiplo de 4 compreendido entre 22 e 82. Não há dois cartões com o mesmo número escrito,
e a quantidade de cartões é a maior possível. Se forem retirados dessa caixa todos os cartões nos quais
está escrito um múltiplo de 6 menor que 60, quantos cartões restarão na caixa?
(A)12
(B)11

. 11
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(C)3
(D)5
(E) 10

06. (MP/SP – Auxiliar de Promotoria III – ZAMBINI) Na sequência matemática a seguir, os dois
próximos números são
65 536 ; 16 384 ; 4 096 ; 1 024 ; _________ ; ________
(A) 256 e 64
(B) 256 e 128
(C) 128 e 64
(D) 64 e 32

07. (BRDE-RS) Considere os números abaixo, sendo n um número natural positivo.


I) 10n + 2
II) 2 . 10n + 1
III) 10n+3 – 10n

Quais são divisíveis por 6?


(A) apenas II
(B) apenas III
(C) apenas I e III
(D) apenas II e III
(E) I, II e III

Respostas

01. Resposta: A.
Vamos decompor o número 40 em fatores primos.
40 = 23 . 51; pela regra temos que devemos adicionar 1 a cada expoente:
3 + 1 = 4 e 1 + 1 = 2; então pegamos os resultados e multiplicamos 4.2 = 8, logo temos 8 divisores de
40.

02. Resposta: D.
Sabemos que o produto de MDC pelo MMC é:
MDC (A, B). MMC (A, B) = A.B, temos que MDC (A, B) = 4 e o produto entre eles 96, logo:
4 . MMC (A, B) = 96 → MMC (A, B) = 96/4 → MMC (A, B) = 24, fatorando o número 24 temos:
24 = 23 .3, para determinarmos o número de divisores, pela regra, somamos 1 a cada expoente e
multiplicamos o resultado:
(3 + 1).(1 + 1) = 4.2 = 8

03. Resposta: D.
Para ser divisível por 6 precisa ser divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo, e por isso deverá ser par
também, e a soma dos seus algarismos deve ser um múltiplo de 3.
Logo os finais devem ser 4 e 6:
354, 456, 534, 546, 564, 576, 654, 756, logo temos 8 números.

04. Resposta: E.
Para ser divisível por 6 precisa ser divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo. Um número é divisível por 3
quando a sua soma for múltiplo de 3.
3 + x + 4 = .... Os valores possíveis de x são 2, 5 e 8, logo 2 + 5 + 8 = 15

05. Resposta: A.
Um número é divisível por 4 quando seus dois algarismos são 00 ou formam um número divisível por
4.
Vamos enumerar todos os múltiplos de 4: 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48, 52, 56, 60, 64, 68, 72, 76, 80 (15
ao todo).
Retirando os múltiplos de 6 menores que 60 temos: 24, 36 e 48 (3 ao todo)
Logo: 15 – 3 = 12

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06. Resposta: A.
Se dividimos 4096 por 1024, obtemos como resultado 4. Com isso percebemos que 4096 é o produto
de 1024 x 4, e 4096 x 4 = 16384. Então fica evidente que todos os números são múltiplos de 4. Logo para
sabermos a sequência basta dividirmos 1024/4 = 256 e 256/4 = 64.
Com isso completamos a sequência: 256; 64.

07. Resposta: C.
n ∈ N divisíveis por 6:

I) É divisível por 2 e por 3, logo é por 6. (Verdadeira)


II) Os resultados são ímpares, logo não são por 2. (Falsa)
III) É Verdadeira, pela mesma razão que a I.

MDC

O máximo divisor comum(MDC) de dois ou mais números é o maior número que é divisor comum de
todos os números dados. Consideremos:

- o número 18 e os seus divisores naturais:


D+ (18) = {1, 2, 3, 6, 9, 18}.

- o número 24 e os seus divisores naturais:


D+ (24) = {1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24}.

Podemos descrever, agora, os divisores comuns a 18 e 24:


D+ (18) ∩ D+ (24) = {1, 2, 3, 6}.

Observando os divisores comuns, podemos identificar o maior divisor comum dos números 18 e 24,
ou seja: MDC (18, 24) = 6.

Outra técnica para o cálculo do MDC:

Decomposição em fatores primos


Para obtermos o MDC de dois ou mais números por esse processo, procedemos da seguinte maneira:

- Decompomos cada número dado em fatores primos.


- O MDC é o produto dos fatores comuns obtidos, cada um deles elevado ao seu menor expoente.

Exemplo

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MMC

O mínimo múltiplo comum(MMC) de dois ou mais números é o menor número positivo que é múltiplo
comum de todos os números dados. Consideremos:

- O número 6 e os seus múltiplos positivos:


M*+ (6) = {6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54, ...}

- O número 8 e os seus múltiplos positivos:


M*+ (8) = {8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, 64, ...}

Podemos descrever, agora, os múltiplos positivos comuns:


M*+ (6) M*+ (8) = {24, 48, 72, ...}

Observando os múltiplos comuns, podemos identificar o mínimo múltiplo comum dos números 6 e 8,
ou seja: MMC (6, 8) = 24

Outra técnica para o cálculo do MMC:

Decomposição isolada em fatores primos


Para obter o MMC de dois ou mais números por esse processo, procedemos da seguinte maneira:

- Decompomos cada número dado em fatores primos.


- O MMC é o produto dos fatores comuns e não-comuns, cada um deles elevado ao seu maior
expoente.

Exemplo

O produto do MDC e MMC é dado pela fórmula abaixo:

MDC(A, B).MMC(A,B)= A.B

Questões

01. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – Matemática – GR Consultoria e


Assessoria) Um professor quer guardar 60 provas amarelas, 72 provas verdes e 48 provas roxas, entre
vários envelopes, de modo que cada envelope receba a mesma quantidade e o menor número possível
de cada prova. Qual a quantidade de envelopes, que o professor precisará, para guardar as provas?
(A) 4;
(B) 6;
(C) 12;
(D) 15.

02. (PM/SE – Soldado 3ª Classe – FUNCAB) O policiamento em uma praça da cidade é realizado por
um grupo de policiais, divididos da seguinte maneira:

Grupo Intervalo de passagem


Policiais a pé 40 em 40 minutos
Policiais de moto 60 em 60 minutos
Policiais em viaturas 80 em 80 minutos

. 14
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Toda vez que o grupo completo se encontra, troca informações sobre as ocorrências. O tempo mínimo
em minutos, entre dois encontros desse grupo completo será:
(A) 160
(B) 200
(C) 240
(D) 150
(E) 180

03. (METRÔ/SP – Usinador Ferramenteiro – FCC) Na linha 1 de um sistema de Metrô, os trens


partem de 2,4 em 2,4 minutos. Na linha 2 desse mesmo sistema, os trens partem de 1,8 em 1,8 minutos.
Se dois trens partem, simultaneamente das linhas 1 e 2 às 13 horas, o próximo horário desse dia em que
partirão dois trens simultaneamente dessas duas linhas será às 13 horas,
(A) 10 minutos e 48 segundos.
(B) 7 minutos e 12 segundos.
(C) 6 minutos e 30 segundos.
(D) 7 minutos e 20 segundos.
(E) 6 minutos e 48 segundos.

04. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP) Fernanda divide as despesas de um


apartamento com suas amigas. À Fernanda coube pagar a conta de água a cada três meses, a conta de
luz a cada dois meses e o aluguel a cada quatro meses. Sabendo-se que ela pagou as três contas juntas
em março deste ano, esses três pagamentos irão coincidir, novamente, no ano que vem, em
(A) fevereiro.
(B) março.
(C) abril.
(D) maio.
(E) junho.

05. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB) Marcelo é encarregado de dividir as entregas


da empresa em que trabalha. No início do seu turno, ele observou que todas as entregas do dia poderão
ser divididas igualmente entre 4, 6, 8, 10 ou 12 entregadores, sem deixar sobras.
Assinale a alternativa que representa o menor número de entregas que deverão ser divididas por ele
nesse turno.
(A) 48
(B) 60
(C) 80
(D) 120
(E) 180

06. (Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto/SP – Agente de Administração – VUNESP) Em janeiro


de 2010, três entidades filantrópicas (sem fins lucrativos) A, B e C, realizaram bazares beneficentes para
arrecadação de fundos para obras assistenciais. Sabendo-se que a entidade A realiza bazares a cada 4
meses (isto é, faz o bazar em janeiro, o próximo em maio e assim sucessivamente), a entidade B realiza
bazares a cada 5 meses e C, a cada 6 meses, então a próxima vez que os bazares dessas três entidades
irão coincidir no mesmo mês será no ano de
(A) 2019.
(B) 2018.
(C) 2017.
(D) 2016.
(E) 2015.

07. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB) Osvaldo é responsável pela manutenção das
motocicletas, dos automóveis e dos caminhões de sua empresa. Esses veículos são revisados
periodicamente, com a seguinte frequência:
Todas as motocicletas a cada 3 meses;
Todos os automóveis a cada 6 meses;
Todos os caminhões a cada 8 meses.
Se todos os veículos foram revisados, ao mesmo tempo, no dia 19 de maio de 2014, o número mínimo
de meses para que todos eles sejam revisados juntos novamente é:

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(A) 48
(B) 32
(C) 24
(D) 16
(E) 12

08. (PRODEST/ES – Assistente de Tecnologia da Informação – VUNESP) Dois produtos líquidos A


e B estão armazenados em galões separados. Em um dos galões há 18 litros do produto A e no outro,
há 42 litros do produto B. Carlos precisa distribuir esses líquidos, sem desperdiçá-los e sem misturá-los,
em galões menores, de forma que cada galão menor tenha a mesma quantidade e o maior volume
possível de cada produto. Após essa distribuição, o número total de galões menores será
(A) 6.
(B) 8.
(C) 10.
(D) 12.
(E) 14.

09. (UNIFESP – Mestre em Edificações - Infraestrutura – VUNESP) Uma pessoa comprou um


pedaço de tecido de 3 m de comprimento por 1,40 m de largura para confeccionar lenços. Para isso,
decide cortar esse tecido em pedaços quadrados, todos de mesmo tamanho e de maior lado possível.
Sabendo que não ocorreu nenhuma sobra de tecido e que o tecido todo custou R$ 31,50, então o preço
de custo, em tecido, de cada lenço foi de
(A) R$ 0,30.
(B) R$ 0,25.
(C) R$ 0,20.
(D) R$ 0,15.
(E) R$ 0,10.

10. (UNIFESP – Engenheiro Mecânico – VUNESP) Iniciando seu treinamento, dois ciclistas partem
simultaneamente de um mesmo ponto de uma pista. Mantendo velocidades constantes, Lucas demora
18 minutos para completar cada volta, enquanto Daniel completa cada volta em 15 minutos. Sabe-se que
às 9 h 10 min eles passaram juntos pelo ponto de partida pela primeira vez, desde o início do treinamento.
Desse modo, é correto afirmar que às 8 h 25 min, Daniel já havia completado um número de voltas igual
a
(A) 2.
(B) 3.
(C) 4.
(D) 5
(E) 7.

Respostas

01. Resposta: D.
Fazendo o mdc entre os números teremos:
60 = 2².3.5
72 = 2³.3³
48 = 24.3
Mdc(60,72,48) = 2².3 = 12
60/12 = 5
72/12 = 6
48/12 = 4
Somando a quantidade de envelopes por provas teremos: 5 + 6 + 4 = 15 envelopes ao todo.

02. Resposta: C.
Devemos achar o mmc (40,60,80)

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𝑚𝑚𝑐(40,60,80) = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 3 ∙ 5 = 240

03. Resposta: B.
Como os trens passam de 2,4 e 1,8 minutos, vamos achar o mmc(18,24) e dividir por 10, assim
acharemos os minutos

Mmc(18,24)=72
Portanto, será 7,2 minutos
1 minuto---60s
0,2--------x
x = 12 segundos
Portanto se encontrarão depois de 7 minutos e 12 segundos

04. Resposta: B.
Devemos fazer o m.m.c. (3, 2, 4) = 12 meses
Como ela pagou as três contas juntas em MARÇO, após 12 meses, pagará as três contas juntas
novamente em MARÇO.

05. Resposta: D.
m.m.c. (4, 6, 8, 10, 12) = 120

06. Resposta: E.
m.m.c. (4, 5, 6) = 60 meses
60 meses / 12 = 5 anos
Portanto, 2010 + 5 = 2015

07. Resposta: C.
m.m.c. (3, 6, 8) = 24 meses

08. Resposta: C.
m.d.c. (18, 42) = 6
Assim:
* Produto A: 18 / 6 = 3 galões
* Produto B: 42 / 6 = 7 galões
Total = 3 + 7 = 10 galões

09. Resposta: A.
m.d.c. (140, 300) = 20 cm
* Área de cada lenço: 20 . 20 = 400 cm²
* Área Total: 300 . 140 = 42000 cm²
42000 / 400 = 105 lenços
31,50 / 105 = R$ 0,30 (preço de 1 lenço)

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10. Resposta: B.
m.m.c. (15, 18) = 90 min = 1h30
Portanto, às 9h10, Daniel completou: 90 / 15 = 6 voltas.
Como 9h10 – 8h25 = 45 min, equivale à metade do que Daniel percorreu, temos que:
6 / 2 = 3 voltas.

CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS – Q

m
Um número racional2 é o que pode ser escrito na forma , onde m e n são números inteiros, sendo que
n
n deve ser diferente de zero. Frequentemente utilizamos m/n para significar a divisão de m por n.
Como podemos observar, números racionais podem ser obtidos através da razão entre dois números
inteiros, razão pela qual, o conjunto de todos os números racionais é denotado por Q. Assim, é comum
encontrarmos na literatura a notação:
m
Q = { : m e n em Z, n diferente de zero}
n

No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos:

Atenção: A nomenclatura utilizada abaixo pode interferir diretamente no contexto de uma


questão, tome muito cuidado ao interpreta-los, pois são todos diferentes (Q+ , Q_ , Q*).

- Q* = conjunto dos racionais não nulos;


- Q+ = conjunto dos racionais não negativos;
- Q*+ = conjunto dos racionais positivos;
- Q _ = conjunto dos racionais não positivos;
- Q*_ = conjunto dos racionais negativos.

Representação Decimal das Frações


p
Tomemos um número racional , tal que p não seja múltiplo de q. Para escrevê-lo na forma decimal,
q
basta efetuar a divisão do numerador pelo denominador.

Nessa divisão podem ocorrer dois casos:


1º - O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um número finito de algarismos. Decimais Exatos:

2
IEZZI, Gelson - Matemática- Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 1 – Conjuntos e Funções
http://mat.ufrgs.br

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2º - O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-
se periodicamente Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:

Existem frações muito simples que são representadas por formas decimais infinitas, com uma
característica especial:

Aproveitando o exemplo acima temos 0,333... = 3. 1/101 + 3 . 1/102 + 3 . 1/103 + 3 . 1/104 ...

Representação Fracionária dos Números Decimais


Trata-se do problema inverso, estando o número racional escrito na forma decimal, procuremos
escrevê-lo na forma de fração. Temos dois casos:
1º Transformamos o número em uma fração cujo numerador é o número decimal sem a vírgula e o
denominador é composto pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do
número decimal dado:

2º Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; para tanto, vamos apresentar o procedimento
através de alguns exemplos:

a) Seja a dízima 0, 333...


Veja que o período que se repete é apenas 1(formado pelo 3)  então vamos colocar um 9 no
denominador e repetir no numerador o período.

3
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração .
9
b) Seja a dízima 5, 1717...
O período que se repete é o 17, logo dois noves no denominador (99). Observe também que o 5 é a
parte inteira, logo ele vem na frente:

17 512
5 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 → (5.99 + 17) = 512, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
99 99

512
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração .
99

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Neste caso para transformarmos uma dízima periódica simples em fração, basta utilizarmos o
dígito 9 no denominador de acordo com a quantidade de dígitos que tiver o período da dízima.

c) Seja a dízima 1, 23434...


O número 234 é a junção do anteperíodo com o período. Neste caso dizemos que a dízima periódica
é composta, pois existe uma parte que não se repete e outra que se repete. Temos então um anteperíodo
(2) e o período (34). Ao subtrairmos deste número o anteperíodo (234-2), obtemos 232 no qual será o
numerador. O denominador é formado por tantos dígitos 9 – que correspondem ao período, neste caso
99 (dois noves) – e pelo dígito 0 – que correspondem a tantos dígitos tiverem o anteperíodo, neste caso
0 (um zero).

232 1222
1 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 − 𝑎 → (1.990 + 232) = 1222, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
990 990

611
Simplificando por 2, obtemos x = , que será a fração geratriz da dízima 1, 23434...
495

Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que representa esse número ao ponto de abscissa
zero.

Exemplos:
3 3
. Indica-se  =
3 3
1) Módulo de – é
2 2 2 2

3 3
. Indica-se  =
3 3
2) Módulo de + é
2 2 2 2

3 3
Números Opostos: Dizemos que – e são números racionais opostos ou simétricos e cada um
2 2
3 3
deles é o oposto do outro. As distâncias dos pontos – e ao ponto zero da reta são iguais.
2 2

Inverso de um Número Racional

𝒂 −𝒏 𝒃 𝒏
( ) ,𝒂 ≠ 𝟎 = ( ) ,𝒃 ≠ 𝟎
𝒃 𝒂

Representação geométrica dos Números Racionais

Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem infinitos números racionais.

. 20
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Soma (Adição) de Números Racionais
Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos a adição
a c
entre os números racionais e , da mesma forma que a soma de frações, através de:
b d

Subtração de Números Racionais


A subtração de dois números racionais p e q é a própria operação de adição do número p com o oposto
a c
de q, isto é: p – q = p + (–q), onde p = e q = .
b d

Multiplicação (Produto) de Números Racionais


Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos o produto
a c
de dois números racionais e , da mesma forma que o produto de frações, através de:
b d

Para realizar a multiplicação de números racionais, devemos obedecer à mesma regra de sinais que
vale em toda a Matemática:
Podemos assim concluir que o produto de dois números com o mesmo sinal é positivo, mas o
produto de dois números com sinais diferentes é negativo.

Divisão (Quociente) de Números Racionais


A divisão de dois números racionais p e q é a própria operação de multiplicação do número p pelo
inverso de q, isto é: p ÷ q = p × q-1
𝒂 𝒄 𝒂 𝒅
: = .
𝒃 𝒅 𝒃 𝒄

Potenciação de Números Racionais


A potência qn do número racional q é um produto de n fatores iguais. O número q é denominado a
base e o número n é o expoente.
qn = q × q × q × q × ... × q, (q aparece n vezes)

Exemplos:

. 21
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Propriedades da Potenciação:
1) Toda potência com expoente 0 é igual a 1.

2) Toda potência com expoente 1 é igual à própria base.

3) Toda potência com expoente negativo de um número racional diferente de zero é igual a outra
potência que tem a base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual ao oposto do expoente
anterior.

4) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal da base.

5) Toda potência com expoente par é um número positivo.

6) Produto de potências de mesma base. Para reduzir um produto de potências de mesma base a uma
só potência, conservamos a base e somamos os expoentes.

7) Divisão de potências de mesma base. Para reduzir uma divisão de potências de mesma base a uma
só potência, conservamos a base e subtraímos os expoentes.

8) Potência de Potência. Para reduzir uma potência de potência a uma potência de um só expoente,
conservamos a base e multiplicamos os expoentes.

Radiciação de Números Racionais


Se um número representa um produto de dois ou mais fatores iguais, então cada fator é chamado raiz
do número.
Exemplos:
2
1 1 1 1 1 1
1) Representa o produto . ou   .Logo, é a raiz quadrada de .
9 3 3 3 3 9
1 1
Indica-se =
9 3

2) 0,216 Representa o produto 0,6 . 0,6 . 0,6 ou (0,6)3. Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se
3
0,216 = 0,6.

Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o número zero ou um número racional positivo.
Logo, os números racionais negativos não têm raiz quadrada no conjunto dos números racionais.

. 22
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100 10 10
Por exemplo, o número  não tem raiz quadrada em Q, pois tanto  como  , quando elevados
9 3 3
100
ao quadrado, dão .
9
Já um número racional positivo, só tem raiz quadrada no conjunto dos números racionais se ele for um
quadrado perfeito.
2
E o número não tem raiz quadrada em Q, pois não existe número racional que elevado ao quadrado
3
2
dê .
3
Questões

01. (Pref. Jundiaí/SP– Agente de Serviços Operacionais – MAKIYAMA) Na escola onde estudo, ¼
dos alunos tem a língua portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm a matemática como favorita e os
demais têm ciências como favorita. Sendo assim, qual fração representa os alunos que têm ciências como
disciplina favorita?
(A) 1/4
(B) 3/10
(C) 2/9
(D) 4/5
(E) 3/2

02. (UEM/PR – Auxiliar Operacional – UEM) Dirce comprou 7 lapiseiras e pagou R$ 8,30, em cada
uma delas. Pagou com uma nota de 100 reais e obteve um desconto de 10 centavos. Quantos reais ela
recebeu de troco?
(A) R$ 40,00
(B) R$ 42,00
(C) R$ 44,00
(D) R$ 46,00
(E) R$ 48,00

03. (Fundação CASA – Agente de Apoio Operacional – VUNESP) De um total de 180 candidatos,
2/5 estudam inglês, 2/9 estudam francês, 1/3estuda espanhol e o restante estuda alemão. O número de
candidatos que estuda alemão é:
(A) 6.
(B) 7.
(C) 8.
(D) 9.
(E) 10.

04. (Fundação CASA – Agente de Apoio Operacional – VUNESP) Em um estado do Sudeste, um


Agente de Apoio Operacional tem um salário mensal de: salário-base R$ 617,16 e uma gratificação de
R$ 185,15. No mês passado, ele fez 8 horas extras a R$ 8,50 cada hora, mas precisou faltar um dia e foi
descontado em R$ 28,40. No mês passado, seu salário totalizou
(A) R$ 810,81.
(B) R$ 821,31.
(C) R$ 838,51.
(D) R$ 841,91.
(E) R$ 870,31.

05. (Pref. Niterói) Simplificando a expressão abaixo:


3
1,3333…+
2
4
1,5+
3

Obtém-se
(A) ½.
(B) 1.

. 23
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(C) 3/2.
(D) 2.
(E) 3.

06. (SABESP – Aprendiz – FCC) Em um jogo matemático, cada jogador tem direito a 5 cartões
marcados com um número, sendo que todos os jogadores recebem os mesmos números. Após todos os
jogadores receberem seus cartões, aleatoriamente, realizam uma determinada tarefa que também é
sorteada. Vence o jogo quem cumprir a tarefa corretamente. Em uma rodada em que a tarefa era colocar
os números marcados nos cartões em ordem crescente, venceu o jogador que apresentou a sequência
14
(A) −4; −1; √16; √25; 3
14
(B) −1; −4; √16; ; √25
3
14
(C) −1; −4; ; √16; √25
3
14
(D) −4; −1; √16; ; √25
3
14
(E)−4; −1; 3
; √16; √25

07. (SABESP – Agente de Saneamento Ambiental – FCC) Somando-se certo número positivo x ao
numerador, e subtraindo-se o mesmo número x do denominador da fração 2/3 obtém-se como resultado,
o número 5. Sendo assim, x é igual a
(A) 52/25.
(B) 13/6.
(C) 7/3.
(D) 5/2.
(E) 47/23.

08. (SABESP – Aprendiz – FCC) Mariana abriu seu cofrinho com 120 moedas e separou-as:
− 1 real: ¼ das moedas
− 50 centavos: 1/3 das moedas
− 25 centavos: 2/5 das moedas
− 10 centavos: as restantes
Mariana totalizou a quantia contida no cofre em
(A) R$ 62,20.
(B) R$ 52,20.
(C) R$ 50,20.
(D) R$ 56,20.
(E) R$ 66,20.

09. (PM/SE – Soldado 3ªclasse – FUNCAB) Numa operação policial de rotina, que abordou 800
pessoas, verificou-se que 3/4 dessas pessoas eram homens e 1/5 deles foram detidos. Já entre as
mulheres abordadas, 1/8 foram detidas.
Qual o total de pessoas detidas nessa operação policial?
(A) 145
(B) 185
(C) 220
(D) 260
(E) 120

10. (Pref. Jundiaí/SP – Agente de Serviços Operacionais – MAKIYAMA) Quando perguntado sobre
qual era a sua idade, o professor de matemática respondeu:
“O produto das frações 9/5 e 75/3 fornece a minha idade!”.
Sendo assim, podemos afirmar que o professor tem:
(A) 40 anos.
(B) 35 anos.
(C) 45 anos.
(D) 30 anos.
(E) 42 anos.

. 24
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Comentários

01. Alternativa: B.
Somando português e matemática:
1 9 5 + 9 14 7
+ = = =
4 20 20 20 10
O que resta gosta de ciências:
7 3
1− =
10 10

02. Alternativa: B.
8,3 ∙ 7 = 58,1
Como recebeu um desconto de 10 centavos, Dirce pagou 58 reais
Troco:100 – 58 = 42 reais

03. Alternativa: C.
2 2 1
5
+9+3
Mmc(3,5,9)=45
18+10+15 43
45
= 45
O restante estuda alemão: 2/45
2
180 ∙ = 8
45

04. Alternativa: D.
𝑠𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙: 617,16 + 185,15 = 802,31
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑎𝑠: 8,5 ∙ 8 = 68
𝑚ê𝑠 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑑𝑜: 802,31 + 68,00 − 28,40 = 841,91
Salário foi R$ 841,91.

05. Alternativa: B.
1,3333...= 12/9 = 4/3
1,5 = 15/10 = 3/2
4 3 17
3+2= 6 =1
3 4 17
2+3 6

06. Alternativa: D.
√16 = 4
√25 = 5
14
3
= 4,67
14
A ordem crescente é: −4; −1; √16; 3
; √25

07. Alternativa: B.
2+𝑥
=5
3−𝑥
15 − 5𝑥 = 2 + 𝑥
6𝑥 = 13
13
𝑥=
6

08. Alternativa: A.
1
1 𝑟𝑒𝑎𝑙: 120 ∙ = 30 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
4

. 25
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1
50 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑣𝑜𝑠: 3 ∙ 120 = 40 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
2
25 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑣𝑜𝑠: 5 ∙ 120 = 48 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
10 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑣𝑜𝑠: 120 − 118 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠 = 2 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
30 + 40 ∙ 0,5 + 48 ∙ 0,25 + 2 ∙ 0,10 = 62,20

Mariana totalizou R$ 62,20.

09. Alternativa: A.
3
800 ∙ 4 = 600 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠

1
600 ∙ = 120 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 𝑑𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜𝑠
5
Como 3/4 eram homens, 1/4 eram mulheres
1
800 ∙ 4 = 200 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 ou 800-600=200 mulheres

1
200 ∙ 8 = 25 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑠 𝑑𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠

Total de pessoas detidas: 120+25=145

10. Alternativa: C.

9 75 675
∙ = = 45 𝑎𝑛𝑜𝑠
5 3 15

CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRACIONAIS - I

Os números racionais, são aqueles que podem ser escritos na forma de uma fração a/b onde a e b são
dois números inteiros, com a condição de que b seja diferente de zero, uma vez que sabemos
da impossibilidade matemática da divisão por zero.
Em algum momento em nossas vidas vimos também, que todo número racional pode ser escrito na
forma de um número decimal periódico, também conhecido como dízima periódica.

Vejam os exemplos de números racionais a seguir:


3 / 4 = 0,75 = 0, 750000...
- 2 / 3 = - 0, 666666...
1 / 3 = 0, 333333...
2 / 1 = 2 = 2, 0000...
4 / 3 = 1, 333333...
- 3 / 2 = - 1,5 = - 1, 50000...
0 = 0, 000...

Existe, entretanto, outra classe de números que não podem ser escritos na forma de fração a/b,
conhecidos como números irracionais.

Exemplo:
O número real abaixo é um número irracional, embora pareça uma dízima periódica:
x = 0,10100100010000100000...

Observe que o número de zeros após o algarismo 1 aumenta a cada passo. Existem infinitos números
reais que não são dízimas periódicas e dois números irracionais muito importantes, são:
e = 2,718281828459045...,
Pi (𝜋) = 3,141592653589793238462643...

Que são utilizados nas mais diversas aplicações práticas como: cálculos de áreas, volumes, centros
de gravidade, previsão populacional, etc.

. 26
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Classificação dos Números Irracionais

- Números reais algébricos irracionais: são raízes de polinômios com coeficientes inteiros. Todo
número real que pode ser representado através de uma quantidade finita de somas, subtrações,
multiplicações, divisões e raízes de grau inteiro a partir dos números inteiros é um número algébrico, por
exemplo:

.
A recíproca não é verdadeira: existem números algébricos que não podem ser expressos através de
radicais, conforme o teorema de Abel-Ruffini.

- Números reais transcendentes: não são raízes de polinômios com coeficientes inteiros. Várias
constantes matemáticas são transcendentes, como pi ( ) e o número de Euler ( ). Pode-se dizer que
existem mais números transcendentes do que números algébricos (a comparação entre conjuntos infinitos
pode ser feita na teoria dos conjuntos).
A definição mais genérica de números algébricos e transcendentes é feito usando-se números
complexos.

Identificação de números irracionais


Fundamentado nas explanações anteriores, podemos afirmar que:
- Todas as dízimas periódicas são números racionais.
- Todos os números inteiros são racionais.
- Todas as frações ordinárias são números racionais.
- Todas as dízimas não periódicas são números irracionais.
- Todas as raízes inexatas são números irracionais.
- A soma de um número racional com um número irracional é sempre um número irracional.
- A diferença de dois números irracionais, pode ser um número racional.

Exemplos:
1) √3 - √3 = 0 e 0 é um número racional.
- O quociente de dois números irracionais, pode ser um número racional.

2) √8 : √2 = √4 = 2 e 2 é um número racional.
- O produto de dois números irracionais, pode ser um número racional.

3) √5 . √5 = √25 = 5 e 5 é um número racional.

- A união do conjunto dos números irracionais com o conjunto dos números racionais, resulta num
conjunto denominado conjunto R dos números reais.
- A interseção do conjunto dos números racionais com o conjunto dos números irracionais, não possui
elementos comuns e, portanto, é igual ao conjunto vazio ( ∅ ).
Simbolicamente, teremos:

Q∪I=R
Q∩I=∅

. 27
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Questões

01. (TRF 2ª – Técnico Judiciário – FCC) Considere as seguintes afirmações:


I. Para todo número inteiro x, tem-se
4𝑥−1 + 4𝑥 + 4𝑥+1
= 16,8
4𝑥−2 + 4𝑥−1
1
11
II. (83 + 0,4444 … ) : 135 = 30

4 4
III. Efetuando-se ( √6 + 2√5) 𝑥( √6 − 2√5) obtém-se um número maior que 5.

Relativamente a essas afirmações, é certo que


(A) I,II, e III são verdadeiras.
(B) Apenas I e II são verdadeiras.
(C) Apenas II e III são verdadeiras.
(D) Apenas uma é verdadeira.
(E) I,II e III são falsas.

02. (DPE/RS – Analista Administração – FCC) A soma S é dada por:


𝑆 = √2 + √8 + 2√2 + 2√8 + 3√2 + 3√8 + 4√2 + 4√8 + 5√2 + 5√8
Dessa forma, S é igual a
(A) √90
(B) √405
(C) √900
(D) √4050
(E) √9000

03. (Câmara de Canitar/SP – Recepcionista – INDEC) O resultado do produto: (2√2 + 1) ∙ (√2 − 1)


é:
(A) √2 − 1
(B) 2
(C) 2√2
(D) 3 − √2

04. (CBTU – METROREC – Analista de Gestão – Advogado – CONSULPLAN) Sejam os números


irracionais: x = √3, y = √6, z = √12 e w = √24. Qual das expressões apresenta como resultado um número
natural?
(A) yw – xz.
(B) xw + yz.
(C) xy(w – z).
(D) xz(y + w).

05. (DETRAN/RJ- Assistente Técnico de identificação Civil - MAKIYAMA) Assinale a seguir o


conjunto a que pertence o número √2:
(A) Números inteiros.
(B) Números racionais.
(C) Números inteiros e naturais.
(D) Números racionais e irracionais.
(E) Números irracionais.

06. (UFES – Técnico em Contabilidade – UFES) Sejam x e y números reais. É CORRETO afirmar:
(A) Se x e y são números racionais e não inteiros, então y. x é um número racional e não inteiro.
(B) Se x é um número irracional e y é um número racional, então y+ x é um número irracional.
(C) Se x e y são números racionais e não inteiros, então y + x é um número racional e não inteiro.
(D) Se x é um número irracional e y é um número racional, então y. x é um número irracional.
(E) Se x e y são números irracionais, então y. x é um número irracional.

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Comentários

01. Alternativa: B.

4𝑥 (4−1 +1+4)
I 4 𝑥 (4 −2 +4 −1 )

1 1+20 21
+5 21 16 21∙4
4 4 4
1 1 = 1+4 = 5 = 4
∙ 5 = 5
= 16,8
+
16 4 16 16

II
1
3
83 = √8 = 2
10x = 4,4444...
- x = 0,4444.....
9x = 4
x = 4/9

4 11 18+4 135 22 135 2∙135


(2 + 9) : 135 = 9
∙ 11 = 9
∙ 11 = 9
= 30

III
4 4
√62 − 20 = √16 = 2
Portanto, apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.

02. Alternativa: D.
𝑆 = 15√2 + 15√8
√8 = 2√2
𝑆 = 15√2 + 30√2 = 45√2
𝑆 = √452 . 2
𝑆 = √4050

03. Alternativa: D.
2
(2√2 + 1) ∙ (√2 − 1) = 2(√2) − 2√2 + √2 − 1
= 4 − √2 − 1 = 3 − √2

04. Alternativa: A.
Vamos testar as alternativas:
A) √6 . √24 − √3 . √12 = √6 . 24 − √3 . 12 = √144 − √36 = 12 − 6 = 6

05. Alternativa: E.
Como √2, não tem raiz exata, logo é um número Irracional

06. Alternativa: B.
Esta questão pede as propriedades dos números irracionais:
-A soma de um número racional r com um número irracional i é um número irracional r'.
-O produto de um número racional r, não nulo, por um número irracional i é um número irracional r'.
-Vejam que a D só estaria correta se cita-se "não nulo".
-Na letra E não é aplicável a propriedade do fechamento para os irracionais.

CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS - R

O conjunto dos números reais3 R é uma expansão do conjunto dos números racionais que engloba
não só os inteiros e os fracionários, positivos e negativos, mas também todos os números irracionais.
Assim temos:

3
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática Elementar – Vol. 01 – Conjuntos e Funções

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
R = Q U I , sendo Q ∩ I = Ø ( Se um número real é racional, não será irracional, e vice-versa).

Lembrando que N Ϲ Z Ϲ Q , podemos construir o diagrama abaixo:

O conjunto dos números reais apresenta outros subconjuntos importantes:


- Conjunto dos números reais não nulos: R* = {x ϵ R| x ≠ 0}
- Conjunto dos números reais não negativos: R+ = {x ϵ R| x ≥ 0}
- Conjunto dos números reais positivos: R*+ = {x ϵ R| x > 0}
- Conjunto dos números reais não positivos: R- = {x ϵ R| x ≤ 0}
- Conjunto dos números reais negativos: R*- = {x ϵ R| x < 0}

Representação Geométrica dos números reais

Ordenação dos números reais

A representação dos números reais permite definir uma relação de ordem entre eles. Os números reais
positivos, são maiores que zero e os negativos, menores que zero. Expressamos a relação de ordem da
seguinte maneira:
Dados dois números Reais a e b,

a≤b↔b–a≥0

Exemplo: -15 ≤ 5 ↔ 5 - ( - 15) ≥ 0


5 + 15 ≥ 0

Intervalos reais

O conjunto dos números reais possui também subconjuntos, denominados intervalos, que são
determinados por meio de desiguladades. Sejam os números a e b , com a < b.

Em termos gerais temos:


- A bolinha aberta = a intervalo aberto (estamos excluindo aquele número), utilizamos os símbolos:

> ;< ou ] ; [

- A bolinha fechada = a intervalo fechado (estamos incluindo aquele número), utilizamos os símbolos:
≥ ; ≤ ou [ ; ]

Podemos utilizar ( ) no lugar dos [ ] , para indicar as extremidades abertas dos intervalos.

. 30
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Às vezes, aparecem situações em que é necessário registrar numericamente variações de valores em
sentidos opostos, ou seja, maiores ou acima de zero (positivos), como as medidas de temperatura ou
reais em débito, em haver e etc. Esses números, que se estendem indefinidamente, tanto para o lado
direito (positivos) como para o lado esquerdo (negativos), são chamados números relativos.

Valor absoluto de um número relativo é o valor do número que faz parte de sua representação, sem o
sinal.

Valor simétrico de um número é o mesmo numeral, diferindo apenas o sinal.

Operações com números relativos

1) Adição e subtração de números relativos


a) Se os numerais possuem o mesmo sinal, basta adicionar os valores absolutos e conservar o sinal.
b) Se os numerais possuem sinais diferentes, subtrai-se o numeral de menor valor e dá-se o sinal do
maior numeral.
Exemplos:
3+5=8
4-8=-4
- 6 - 4 = - 10
-2+7=5

2) Multiplicação e divisão de números relativos


a) O produto e o quociente de dois números relativos de mesmo sinal são sempre positivos.
b) O produto e o quociente de dois números relativos de sinais diferentes são sempre negativos.
Exemplos:
- 3 x 8 = - 24
- 20 (-4) = + 5
- 6 x (-7) = + 42
28 2 = 14
Questões

01. (EBSERH/ HUPAA – UFAL – Analista Administrativo – Administração – IDECAN) Mário


começou a praticar um novo jogo que adquiriu para seu videogame. Considere que a cada partida ele
conseguiu melhorar sua pontuação, equivalendo sempre a 15 pontos a menos que o dobro marcado na
partida anterior. Se na quinta partida ele marcou 3.791 pontos, então, a soma dos algarismos da
quantidade de pontos adquiridos na primeira partida foi igual a
(A) 4.
(B) 5.
(C) 7.
(D) 8.
(E) 10.

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02. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES) Considere m um número
real menor que 20 e avalie as afirmações I, II e III:
I- (20 – m) é um número menor que 20.
II- (20 m) é um número maior que 20.
III- (20 m) é um número menor que 20.
É correto afirmar que:
(A) I, II e III são verdadeiras.
(B) apenas I e II são verdadeiras.
(C) I, II e III são falsas.
(D) apenas II e III são falsas.

03. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES) Na figura abaixo, o ponto
3 1
que melhor representa a diferença − na reta dos números reais é:
4 2

(A) P.
(B) Q.
(C) R.
(D) S.

04. (TJ/PR - Técnico Judiciário – TJ/PR) Uma caixa contém certa quantidade de lâmpadas. Ao retirá-
las de 3 em 3 ou de 5 em 5, sobram 2 lâmpadas na caixa.
Entretanto, se as lâmpadas forem removidas de 7 em 7, sobrará uma única lâmpada. Assinale a
alternativa correspondente à quantidade de lâmpadas que há na caixa, sabendo que esta comporta um
máximo de 100 lâmpadas.
(A) 36.
(B) 57.
(C) 78.
(D) 92.

05. (MP/SP – Auxiliar de Promotoria I – Administrativo – VUNESP) Para ir de sua casa à escola,
3
Zeca percorre uma distância igual a 4 da distância percorrida na volta, que é feita por um trajeto diferente.
7
Se a distância percorrida por Zeca para ir de sua casa à escola e dela voltar é igual a 5 de um quilômetro,
então a distância percorrida por Zeca na ida de sua casa à escola corresponde, de um quilômetro, a
2
(A)
3

3
(B) 4

1
(C) 2

4
(D) 5

3
(E) 5

06. (TJ/SP - Auxiliar de Saúde Judiciário - Auxiliar em Saúde Bucal – VUNESP) Para numerar as
páginas de um livro, uma impressora gasta 0,001 mL por cada algarismo impresso. Por exemplo, para
numerar as páginas 7, 58 e 290 gasta-se, respectivamente, 0,001 mL, 0,002 mL e 0,003 mL de tinta. O
total de tinta que será gasto para numerar da página 1 até a página 1 000 de um livro, em mL, será
(A) 1,111.
(B) 2,003.
(C) 2,893.
(D) 1,003.
(E) 2,561.

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07. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Um funcionário de uma empresa
deve executar uma tarefa em 4 semanas. Esse funcionário executou 3/8 da tarefa na 1a semana. Na 2 a
semana, ele executou 1/3 do que havia executado na 1a semana. Na 3a e 4a semanas, o funcionário
termina a execução da tarefa e verifica que na 3a semana executou o dobro do que havia executado na
4 a semana. Sendo assim, a fração de toda a tarefa que esse funcionário executou na 4ª semana é igual
a
(A) 5/16.
(B) 1/6.
(C) 8/24.
(D)1/ 4.
(E) 2/5.

08. (CODAR – Coletor de lixo reciclável – EXATUS/2016) Numa divisão com números inteiros, o
resto vale 5, o divisor é igual ao resto somado a 3 unidades e o quociente é igual ao dobro do divisor.
Assim, é correto afirmar que o valor do dividendo é igual a:
(A) 145.
(B) 133.
(C) 127.
(D) 118.

09. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC) Quatro números inteiros serão sorteados.
Se o número sorteado for par, ele deve ser dividido por 2 e ao quociente deve ser acrescido 17. Se o
número sorteado for ímpar, ele deve ser dividido por seu maior divisor e do quociente deve ser subtraído
15. Após esse procedimento, os quatro resultados obtidos deverão ser somados. Sabendo que os
números sorteados foram 40, 35, 66 e 27, a soma obtida ao final é igual a
(A) 87.
(B) 59.
(C) 28.
(D) 65.
(E) 63.

10. (UNESP – Assistente de Informática I – VUNESP) O valor de uma aposta em certa loteria foi
repartido em cotas iguais. Sabe-se que a terça parte das cotas foi dividida igualmente entre Alex e Breno,
que Carlos ficou com a quarta parte das cotas, e que Denis ficou com as 5 cotas restantes. Essa aposta
foi premiada com um determinado valor, que foi repartido entre eles de forma diretamente proporcional
ao número de cotas de cada um. Dessa forma, se Breno recebeu R$ 62.000,00, então Carlos recebeu
(A) R$ 74.000,00.
(B) R$ 93.000,00.
(C) R$ 98.000,00.
(D) R$ 102.000,00.
(E) R$ 106.000,00.

Comentários

01. Alternativa: D.
Pontuação atual = 2 . partida anterior – 15
* 4ª partida: 3791 = 2.x – 15
2.x = 3791 + 15
x = 3806 / 2
x = 1903

* 3ª partida: 1903 = 2.x – 15


2.x = 1903 + 15
x = 1918 / 2
x = 959

* 2ª partida: 959 = 2.x – 15


2.x = 959 + 15
x = 974 / 2

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x = 487
* 1ª partida: 487 = 2.x – 15
2.x = 487 + 15
x = 502 / 2
x = 251
Portanto, a soma dos algarismos da 1ª partida é 2 + 5 + 1 = 8.

02. Alternativa: C.
I. Falso, pois m é Real e pode ser negativo.
II. Falso, pois m é Real e pode ser negativo.
III. Falso, pois m é Real e pode ser positivo.

03. Alternativa: A.
3 1 3−2 1
− = = = 0,25
4 2 4 4

04. Alternativa: D.
Vamos chamar as retiradas de r, s e w: e de T o total de lâmpadas.
Precisamos calcular os múltiplos de 3, 5 e de 7, separando um múltiplo menor do que 100 que sirva
nas três equações abaixo:
De 3 em 3: 3 . r + 2 = Total
De 5 em 5: 5 . s + 2 = Total
De 7 em 7: 7 . w + 1 = Total
Primeiramente, vamos calcular o valor de w, sem que o total ultrapasse 100:
7 . 14 + 1 = 99, mas 3 . r + 2 = 99 vai dar que r = 32,333... (não convém)
7 . 13 + 1 = 92, e 3 . r + 2 = 92 vai dar r = 30 e 5 . s + 2 = 92 vai dar s = 18.

05. Alternativa: E.
Ida + volta = 7/5 . 1
3 7
4
.𝑥 + 𝑥 = 5

5.3𝑥+ 20𝑥=7.4
20

15𝑥 + 20𝑥 = 28
35𝑥 = 28
28
𝑥 = 35 (: 7/7)

4
𝑥 = 5 (volta)

3 4 3
Ida: 4 . 5 = 5

06. Alternativa: C.
1 a 9 = 9 algarismos = 0,0019 = 0,009 ml
De 10 a 99, temos que saber quantos números tem.
99 – 10 + 1 = 90.
OBS: soma 1, pois quanto subtraímos exclui-se o primeiro número.
90 números de 2 algarismos: 0,00290 = 0,18ml
De 100 a 999
999 – 100 + 1 = 900 números
9000,003 = 2,7 ml
1000 = 0,004ml
Somando: 0,009 + 0,18 + 2,7 + 0,004 = 2,893

. 34
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07. Alternativa: B.
Tarefa: x
Primeira semana: 3/8x
1 3 1
2 semana:3 ∙ 8 𝑥 = 8 𝑥
3 1 4 1
1ª e 2ª semana:8 𝑥 + 8 𝑥 = 8 𝑥 = 2 𝑥
Na 3ª e 4ª semana devem ser feito a outra metade.
3ªsemana: 2y
4ª semana: y
1
2𝑦 + 𝑦 = 𝑥
2
1
3𝑦 = 𝑥
2
1
𝑦= 𝑥
6

08. Alternativa: B.
Tendo D = dividendo; d = divisor; Q = quociente e R = resto, podemos escrever essa divisão como:
D = d.Q + R
Sabemos que o R = 5
O divisor é o R + 3 → d = R + 3 = 5 + 3 = 8
E o quociente o dobro do divisor → Q = 2d = 2.8 = 16
Montando temos: D = 8.16 + 5 = 128 + 5 = 133.

09. Alternativa: B.
* número 40: é par.
40 / 2 + 17 = 20 + 17 = 37
* número 35: é ímpar.
Seu maior divisor é 35.
35 / 35 – 15 = 1 – 15 = – 14
* número 66: é par.
66 / 2 + 17 = 33 + 17 = 50
* número 27: é ímpar.
Seu maior divisor é 27.
27 / 27 – 15 = 1 – 15 = – 14
* Por fim, vamos somar os resultados:
37 – 14 + 50 – 14 = 87 – 28 = 59

10. Alternativa: B.
Vamos chamar o valor de cada cota de ( x ). Assim:
* Breno:
𝟏 𝟏
. . 𝒙 = 𝟔𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟐 𝟑

𝟏
𝟔
. 𝒙 = 𝟔𝟐𝟎𝟎𝟎

x = 62000 . 6
x = R$ 372000,00
* Carlos:
𝟏
𝟒
. 𝟑𝟕𝟐𝟎𝟎𝟎 = 𝑹$ 𝟗𝟑𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎

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2 Funções. 2.1 Igualdade de funções. 2.2 Determinação do domínio de uma
função. 2.3 Função injetiva, sobrejetiva e bijetiva. 2.4 Função inversa. 2.5
Composição de funções. 2.6 Funções crescentes, decrescentes, pares e
impares; os zeros e o sinal de uma função. 2.7 Funções lineares, constantes do
1o e 2o graus, modulares, polinomiais, logarítmicas e exponenciais.

RELAÇÃO

Plano Cartesiano Ortogonal de Coordenadas

Foi criado por René Descartes, ao qual consiste em dois eixos perpendiculares:
1 - Horizontal denominado eixo das abscissas e
2 - Vertical denominado eixo das ordenadas.

Tem como objetivo localizarmos pontos determinados em um determinado espaço. Além do mais, o
plano cartesiano foi dividido em quadrantes aos quais apresentam as seguintes propriedades em relação
ao par ordenado (x, y) ou (a, b).

Par Ordenado

Quando representamos o conjunto (a, b) ou (b, a) estamos, na verdade, representando o mesmo


conjunto, sem nos preocuparmos com a ordem dos elementos. Porém, em alguns casos, é conveniente
distinguir a ordem destes elementos.
Para isso, usamos a ideia de par ordenado que é conjunto formado por dois elementos, onde o
primeiro é a ou x e o segundo é b ou y.

Exemplos:
1) (a,b) = (2,5) → a = 2 e b = 5.
2) (a + 1,6) = (5,2b) → a + 1 = 5 e 6 = 2b → a = 5 -1 e b = 6/2 → a = 4 e b = 3.

Gráfico cartesiano do par ordenado


Todo par ordenado de números reais pode ser representado por um ponto no plano cartesiano.

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Temos que:
- P é o ponto de coordenadas a e b;
- o número a é chamado de abscissa de P;
- o número b é chamado ordenada de P;
- a origem do sistema é o ponto O (0,0).

Vejamos a representação dos pontos abaixo:

A (4,3)
B (1,2)
C (-2,4)
D (-3,-4)
E (3,-3)
F (-4,0)
G (0,-2)

Produto Cartesiano

Dados dois conjuntos A e B, chamamos de produto cartesiano A x B ao conjunto de todos os possíveis


pares ordenados, de tal maneira que o 1º elemento pertença ao 1º conjunto (A) e o 2º elemento pertença
ao 2º conjunto (B).

𝐀 𝐱 𝐁 = {(𝐱, 𝐲)|𝐱 ∈ 𝐀 𝐞 𝐲 ∈ 𝐁}

Quando o produto cartesiano for efetuado entre o conjunto A e o conjunto A, podemos representar A
x A = A2. Vejamos, por meio de o exemplo a seguir, as formas de apresentação do produto cartesiano.

Exemplo
Sejam A = {2,3,4} e B = {3,5}. Podemos efetuar o produto cartesiano A x B, também chamado A
cartesiano B, e apresentá-lo de várias formas.

a) Listagem dos elementos


Apresentamos o produto cartesiano por meio da listagem, quando escrevemos todos os pares
ordenados que constituam o conjunto. Assim, no exemplo dado, teremos:

A x B = {(2,3),(2,5),(3,3),(3,5),(4,3),(4,5)}

Vamos aproveitar os mesmo conjuntos A e B e efetuar o produto B e A (B cartesiano A):


B x A = {(3,2),(3,3),(3,4),(5,2),(5,3),(5,4)}.

Observando A x B e B x A, podemos notar que o produto cartesiano não tem o privilégio da propriedade
comutativa, ou seja, A x B é diferente de B x A. Só teremos a igualdade A x B = B x A quando A e B forem
conjuntos iguais.

Observação: Considerando que para cada elemento do conjunto A o número de pares ordenados
obtidos é igual ao número de elementos do conjunto B, teremos: n (A x B) = n(A) x n(B).
No nosso exemplo temos: n (A x B) = n (A) x n (B) = 3 x 2 = 6

b) Diagrama de flechas
Apresentamos o produto cartesiano por meio do diagrama de flechas, quando representamos cada um
dos conjuntos no diagrama de Euler-Venn, e os pares ordenados por “flechas” que partem do 1º elemento
do par ordenado (no 1º conjunto) e chegam ao 2º elemento do par ordenado (no 2º conjunto).
Considerando os conjuntos A e B do nosso exemplo, o produto cartesiano A x B fica assim
representado no diagrama de flechas:

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c) Plano cartesiano
Apresentamos o produto cartesiano, no plano cartesiano, quando representamos o 1º conjunto num
eixo horizontal, e o 2º conjunto num eixo vertical de mesma origem e, por meio de pontos, marcamos os
elementos desses conjuntos. Em cada um dos pontos que representam os elementos passamos retas
(horizontais ou verticais). Nos cruzamentos dessas retas, teremos pontos que estarão representando, no
plano cartesiano, cada um dos pares ordenados do conjunto A cartesiano B (B x A).

Noção de Relação

Dado os conjuntos A = {4,5,6} e B = {5,6,7,8}, temos:


A x B = {(4,5), (4,6), (4,7), (4,8), (5,5), (5,6), (5,7), (5,8), (6,5), (6,6), (6,7), (6,8)}

Destacando o conjunto A x B, por exemplo, o conjunto R formado pelos pares (x,y) que satisfaçam a
seguinte lei de formação: x + y = 10, ou seja:
R = {(x,y) ϵ A x B| x + y = 10}
Vamos montar uma tabela para facilitar os cálculos.

Destacamos os pares que satisfazem a lei de formação:


R = {(4,6), (5,5)}, podemos com isso observar que R ⊂ A x B.

Dados dois conjuntos A e B, chama-se relação de A em B qualquer subconjunto de A x B, isto é:

R é uma relação de A em B ↔ R ⊂ A x B

Noção de Função

Dados os conjuntos A = {4,5,6} e B = {5,6,7,8}, considerando o conjunto de pares (x,y), tais que x ϵ A
e y ϵ B.
Qualquer um desses conjuntos é chamado relação de A em B, mas se cada elemento dessa relação
associar cada elemento de A um único elemento de B, dizemos que ela é uma função de A em B.
Vale ressaltar que toda função é uma relação, mas nem toda relação é uma função.

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Analisemos através dos diagramas de Venn.

Analisemos agora através dos gráficos:

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Um jeito prático de descobrirmos se o gráfico apresentado é ou não função, é traçarmos retas
paralelas ao eixo do y e se verificarmos se no eixo do x existem elementos com mais de uma
correspondência, aí podemos dizer se é ou não uma função, conforme os exemplos acima.

Elementos da função
Como já vimos nos conceitos acima, temos que dado dois conjuntos não vazios A e B chamamos de
função a relação que associa a cada elemento de x (ou a) de A um único elemento y (ou b) de B,
conhecida também como função de A em B.
Na figura abaixo está ilustrado os elementos de uma função.

Pelo diagrama de Venn:

Representado no gráfico:

- Ao conjunto A dá-se o nome de domínio, ou conjunto partida, representado pela letra D.


Logo, D(f) = A.
- Ao conjunto B dá-se o nome de contradomínio, ou conjunto chegada, representado pelas letras CD
ou somente C. Logo, CD(f) = B ou C(f) = B.
- A cada elemento y de B que está associado a um x de A, denominamos imagem de x. Logo, y = f(x).
(Lê-se: y é igual a f de x).
- Ao conjunto dos elementos y de B, que são imagens dos elementos x de A dos elementos x de A,
dá-se o nome de conjunto imagem ou apenas imagem, representado por Im ou Im(f). Têm:-se que Im ⊂
B.

A notação para representar função é dada por:

Exemplo:
Dado A = {-2, -1, 0, 1, 2} vamos determinar o conjunto imagem da função f:A→ R, definida por f(x) =
x+3.
Vamos pegar cada elemento do conjunto A, aplicarmos a lei de associação e acharmos a imagem
deste conjunto.
F(-2) = -2 + 3 = 1
F(-1) = -1 + 3 = 2
F(0) = 0 + 3 = 3
F(1) = 1 + 3 = 4
F(2) = 2 + 3 = 5

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Domínio de uma função real de variável real
Para definirmos uma função precisamos conhecer dois conjuntos (não vazios) A e B e a lei que associa
cada elemento x de A um único elemento y de B. Para nosso caso vamos considerar A e B sendo
subconjuntos de R e diremos que f é uma função real de variável real.
O conjunto A, domínio da função f, será formado por todos os elementos do conjunto real de x, para
os quais as operações indicadas na lei de associação sejam possíveis em R.

Exemplos:
1) y = x2 + 3x
Vamos substituir x por qualquer número real obtermos para y um valor real. Logo D(f) = R.
1
2) 𝑦 = 𝑥
Neste caso como o nosso denominador não pode ser igual a zero, temos que D(f) = R*
𝒙
3) 𝒇(𝒙) = 𝒙−𝟐

Como sabemos que o denominador tem que ser diferente de zero, logo x – 2 ≠ 0  x ≠ 2.
D(f) = R – {2} ou D(f) = {x ϵ R| x ≠ 2}

Questão

01. Dado o conjunto A= {0, 1, 2, 3, 4}, e seja a função f: A→ R, da função f(x) = 2x + 3. O conjunto
imagem desta função será?
(A) Im = {3, 5, 7, 9, 11}
(B) Im = {0, 1, 2, 3, 4}
(C) Im = {0, 5, 7, 9, 11}
(D) Im = {5, 7, 9,11}
(E) Im = {3, 4, 5, 6, 7}

Comentário

01. Resposta A.
Basta substituirmos o x da função f(x) = 2x + 3 pelos elementos de A.
Então:
f(0) = 2.0 + 3 = 0 + 3 = 3
f(1) = 2.1 + 3 = 2 + 3 = 5
f(2) = 2.2 + 3 = 4 + 3 = 7
f(3) = 2.3 + 3 = 6 + 3 = 9
f(4) = 2.4 + 3 = 8 + 3 = 11
Assim Im = {3, 5, 7, 9, 11}

FUNÇÃO DO 1º GRAU OU FUNÇÃO AFIM OU POLINOMIAL DO 1º GRAU

Função do 1º grau ou função afim ou polinomial do 1º grau recebe ou é conhecida por um desses
nomes, sendo por definição4: Toda função f: R → R, definida por:

4
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora Moderna
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora Saraiva:1996

. 41
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Com a ϵ R* e b ϵ R.

O domínio e o contradomínio é o conjunto dos números reais (R) e o conjunto imagem coincide com o
contradomínio, Im = R.
Quando b = 0, chamamos de função linear.

Gráfico de uma função

Dada a função y = 2x + 3 (a = 2 > 0). Vamos montar o gráfico dessa função.


Para montarmos o gráfico vamos atribuir valores a x para acharmos y.

x y (x,y)
0 y = 2 .0 + 3 = 3 (0,3)
-2 y = 2 . (-2) + 3 = - 4 + 3 = -1 (-2,-1)
-1 y = 2 .(-1) + 3 = -2 + 3 = 1 (-1,1)

Vamos construir o gráfico no plano cartesiano

Observe que a reta de uma função afim é sempre


uma reta.
E como a > 0 ela é função crescente, que
veremos mais à frente

Vejamos outro exemplo: f(x) = –x + 1. Montando o gráfico temos:

Observe que a < 0, logo é uma função decrescente

Tipos de Função

Função constante: é toda função definida f: R → R, para cada elemento de x, temos a mesma
imagem, ou seja, o mesmo f(x) = y. Podemos dizer que y = f(x) = k.

Observe os gráficos abaixo da função constante

. 42
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A representação gráfica de uma função do constante, é uma reta paralela ao eixo das abscissas ou
sobre o eixo (igual ao eixo abscissas).

Função Identidade
Se a = 1 e b = 0, então y = x. Quando temos este caso chamamos a função de identidade, notamos
que os valores de x e y são iguais, quando a reta corta os quadrantes ímpares e y = - x, quando corta
os quadrantes pares.
A reta que representa a função identidade é denominada de bissetriz dos quadrantes ímpares:

E no caso abaixo a reta é a bissetriz dos quadrantes pares.

Função Injetora
Quando para n elementos distintos do domínio apresentam imagens também distintas no
contradomínio.

Reconhecemos, graficamente, uma função injetora quando, uma reta horizontal, qualquer que seja
interceptar o gráfico da função, uma única vez.

Se traçarmos retas horizontais, paralelas ao eixo


x, notaremos que o mesmo cortará a reta
formada pela função em um único ponto (o que
representa uma imagem distinta), logo
concluímos que se trata de uma função injetora.

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Função Sobrejetora
Quando todos os elementos do contradomínio forem imagens de pelo menos um elemento do domínio.

Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora quando, qualquer que seja a reta horizontal
que interceptar o eixo no contradomínio, interceptar, também, pelo menos uma vez o gráfico da função.

Observe que todos os elementos do


contradomínio tem um correspondente em x.
Logo é sobrejetora.
Im(f) = B

Observe que nem todos os elementos do


contradomínio tem um correspondente em x.
Logo não é sobrejetora.
Im(f) ≠ B

Função Bijetora
uma função é dita bijetora quando é injetora e sobrejetora ao mesmo tempo.

Exemplo:
A função f : [1; 3] → [3; 5], definida por f(x) = x + 2, é uma função bijetora.

. 44
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Função Ímpar e Função Par
Dizemos que uma função é par quando para todo elemento x pertencente ao domínio temos 𝑓(𝑥) =
𝑓(−𝑥), ∀ 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓). Ou seja os valores simétricos devem possuir a mesma imagem. Par melhor
compreensão observe o diagrama abaixo:

A função é dita ímpar quando para todo elemento x pertencente ao domínio, temos f(-x) = -f(x) ∀ x є
D(f). Ou seja os elementos simétricos do domínio terão imagens simétricas. Observe o diagrama abaixo:

Função crescente e decrescente


A função pode ser classificada de acordo com o valor do coeficiente a (coeficiente angular da reta),
se a > 0, a função é crescente, caso a < 0, a função é decrescente. A função é caracterizada por uma
reta.

Observe que medida que os valores de x


aumentam, os valores de y ou f(x) também
aumentam.

Observe que medida que os valores de x


aumentam, os valores de y ou f(x) diminuem.

Através do gráfico da função notamos que:


-Para função é crescente o ângulo formado entre a reta da função e o eixo x (horizontal) é agudo (<
90º) e
- Para função decrescente o ângulo formado é obtuso (> 90º).

. 45
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Zero ou Raiz da Função
Chama-se zero ou raiz da função y = ax + b, o valor de x que anula a função, isto é, o valor de x para
que y ou f(x) seja igual à zero.

Para achar o zero da função y = ax + b, basta igualarmos y ou f(x) a valor de zero, então assim teremos
uma equação do 1º grau, ax + b = 0.

Exemplo:
Determinar o zero da função:
f(x) = x + 3
Igualamos f(x) = 0 → 0 = x + 3 → x = -3

Graficamente temos:

No plano cartesiano, o zero da função é representado pela abscissa do ponto onde a reta corta o eixo
x.
Observe que a reta f(x) = x+3 intercepta o eixo x no ponto (-3,0), ou seja, no ponto de abscissa -3,
que é o zero da função. Observamos que como a > 0, temos que a função é crescente.
Partindo equação ax + b = 0 podemos também escrever de forma simplificada uma outra maneira de
acharmos a raiz da função utilizando apenas os valores de a e b.

−𝒃
𝒂𝒙 + 𝒃 = 𝟎 → 𝒂𝒙 = −𝒃 → 𝒙 =
𝒂
Podemos expressar a fórmula acima graficamente:

Estudo do sinal da função


Estudar o sinal da função y = ax + b é determinar os valores reais de x para que:
- A função se anule (y = 0);
- A função seja positiva (y > 0);
- A função seja negativa (y < 0).

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Vejamos abaixo o estudo do sinal:

Exemplo:
Estudar o sinal da função y = 2x – 4 (a = 2 > 0).
1) Qual o valor de x que anula a função?
y=0
2x – 4 = 0
2x = 4
4
x=
2
x=2
A função se anula para x = 2.

2) Quais valores de x tornam positiva a função?


y>0
2x – 4 > 0
2x > 4
4
x>
2
x>2
A função é positiva para todo x real maior que 2.

3) Quais valores de x tornam negativa a função?


y<0
2x – 4 < 0
2x < 4
4
x<
2
x<2
A função é negativa para todo x real menor que 2.

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Podemos também estudar o sinal da função por meio de seu gráfico:

- Para x = 2 temos y = 0;
- Para x > 2 temos y > 0;
- Para x < 2 temos y < 0.

Questões

01. (MPE/SP – Geógrafo – VUNESP) O gráfico apresenta informações do lucro, em reais, sobre a
venda de uma quantidade, em centenas, de um produto em um hipermercado.

Sabendo-se que é constante a razão entre a variação do lucro e a variação da quantidade vendida e
que se pretende ter um lucro total não menor que R$ 90.500,00 em 10 dias de venda desse produto,
então a média diária de unidades que deverão ser vendidas, nesse período, deverá ser, no mínimo, de:
(A) 8 900.
(B) 8 950.
(C) 9 000.
(D) 9 050.
(E) 9 150.

02. (Pref. Jundiaí/SP – Eletricista – MAKIYAMA) Em determinado estacionamento cobra-se R$ 3,00


por hora que o veículo permanece estacionado. Além disso, uma taxa fixa de R$ 2,50 é somada à tarifa
final. Seja t o número de horas que um veículo permanece estacionado e T a tarifa final, assinale a seguir
a equação que descreve, em reais, o valor de T:
(A) T = 3t
(B) T = 3t + 2,50
(C) T = 3t + 2.50t
(D) T = 3t + 7,50
(E) T = 7,50t + 3

03. (PM/SP – Sargento CFS – CETRO) Dada a função f(x) = −4x +15 , sabendo que f(x) = 35, então
(A) x = 5.
(B) x = 6.
(C) x = -6.
(D) x = -5.

. 48
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04. (BNDES – Técnico Administrativo – CESGRANRIO) O gráfico abaixo apresenta o consumo
médio de oxigênio, em função do tempo, de um atleta de 70 kg ao praticar natação.

Considere que o consumo médio de oxigênio seja diretamente proporcional à massa do atleta.
Qual será, em litros, o consumo médio de oxigênio de um atleta de 80 kg, durante 10 minutos de prática
de natação?
(A) 50,0
(B) 52,5
(C) 55,0
(D) 57,5
(E) 60,0

05. (PETROBRAS – Técnico Ambiental Júnior – CESGRANRIO)

de domínio real, então, m − p é igual a


(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 64
(E) 7

06. (CBTU/RJ - Assistente Operacional – CONSULPLAN) A função inversa de uma função f(x) do
1º grau passa pelos pontos (2, 5) e (3, 0). A raiz de f(x) é
(A) 2.
(B) 9.
(C) 12.
(D) 15.
𝑥
07. (BRDE-RS - Adaptada) Numa firma, o custo para produzir x unidades de um produto é C(x) = 2 +
2
10000, e o faturamento obtido com a comercialização dessas x unidades é f(x) = 3 𝑥. Para que a firma
não tenha prejuízo, o faturamento mínimo com a comercialização do produto deverá ser de:
(A) R$ 20.000,00
(B) R$ 33.000,00
(C) R$ 35.000,00
(D) R$ 38.000,00
(E) R$ 40.000,00

08. (CBTU/RJ - Assistente Operacional – CONSULPLAN) Qual dos pares de pontos a seguir
pertencem a uma função do 1º grau decrescente?
(A) Q(3, 3) e R(5, 5).
(B) N(0, –2) e P(2, 0).
(C) S(–1, 1) e T(1, –1).
(D) L(–2, –3) e M(2, 3).

. 49
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09. (CBTU/RJ - Assistente Operacional – CONSULPLAN) A reta que representa a função f(x) = ax
+ b intercepta o eixo y no ponto (0, 4) e passa pelo ponto (–1, 3). A raiz dessa função é
(A) –4.
(B) –2.
(C) 1.
(D) 2.

10. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – UNEMAT) O planeta Terra já foi
um planeta incandescente segundo estudos e está se resfriando com o passar dos anos, mas seu núcleo
ainda está incandescente.
Em certa região da terra onde se encontra uma mina de carvão mineral, foi constatado que, a cada 80
metros da superfície, a temperatura no interior da Terra aumenta 2 graus Celsius.
Se a temperatura ambiente na região da mina é de 23° Celsius, qual a temperatura no interior da mina
num ponto a 1200 metros da superfície?
(A) 15º C
(B) 38º C
(C) 53º C
(D) 30º C
(E) 61º C
Comentários

01. Resposta: E
Pelo enunciado temos que, a razão constante entre variação de lucro (ΔL) e variação de quantidade
(ΔQ) vendida:
∆𝐿 7000 − (−1000) 8000
𝑅= →𝑅= →𝑅= → 𝑅 = 100
∆𝑄 80 − 0 80

Como se pretende ter um lucro maior ou igual a R$ 90.500,00, logo o lucro final tem que ser pelo
menos 90.500,00
Então fazendo a variação do lucro para este valor temos:
ΔL = 90500 – (-1000) = 90500 + 1000 = 91500
Como é constante a razão entre a variação de lucro (ΔL) e variação de quantidade (ΔQ) vendida,
vamos usar o valor encontrado para acharmos a quantidade de peças que precisam ser produzidas:

∆𝐿 91500 91500
𝑅= → 100 = → 100∆𝑄 = 91500 → ∆𝑄 = → ∆𝑄 = 915
∆𝑄 ∆𝑄 100

Como são em 10 dias, termos 915 x 10 = 9150 peças que deverão ser vendidas, em 10 dias, para que
se obtenha como lucro pelo menos um lucro total não menor que R$ 90.500,00

02. Resposta: B
Equacionando as informações temos: 3 deve ser multiplicado por t, pois depende da quantidade de
tempo, e acrescentado 2,50 fixo
T = 3t + 2,50

03. Resposta: D
35 = - 4x + 15 → - 4x = 20 → x = - 5

04. Resposta: E
A proporção de oxigênio/tempo:

10,5 21,0 𝑥
= =
2 4 10

4x = 210
x = 52,5 litros de oxigênio em 10 minutos para uma pessoa de 70 kg
52,5litros----70kg
x-------------80kg
x = 60 litros

. 50
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05. Resposta: C
Aplicando segundo as condições mencionadas:
x=1
f(1) = 2.1 - p
f(1) = m - 1
x=6
f(6) = 6m - 1
7.6+4 42+4
𝑓(6) = 2 = 2 = 23 ; igualando as duas equações:
23 = 6m - 1
m=4
Como queremos m – p , temos:
2 - p = m - 1 ; igualando as duas novamente.
2 – p = 4 – 1 → p = - 1 → m – p = 4 - (- 1) = 5

06. Resposta: D
Primeiramente, vamos calcular os valores de a e b:
Sabendo que f(x) = y , temos que y = ax + b.
* a: basta substituir os pontos T (2, 5) e V (3, 0) na equação. Assim:
( T ) 5 = a.2 + b , ou seja, 2.a + b = 5 ( I )
( V ) 0 = a.3 + b , ou seja, 3.a + b = 0 , que fica b = – 3.a ( II )
Substituindo a equação ( II ) na equação ( I ), temos:
2.a + (– 3.a) = 5 → 2.a – 3.a = 5 → – a = 5 . (– 1) → a = – 5
Para calcular o valor de b, vamos substituir os valores de um dos pontos e o valor de a na equação.
Vamos pegar o ponto V (3, 0) para facilitar os cálculos:
y = a.x + b
0 = – 5.3 + b
b = 15
Portanto, a função fica: y = – 5.x + 15 .
Agora, precisamos calcular a função inversa: basta trocar x por y e vice-versa. Assim:
x = – 5.y + 15
5.y = – x +15
y = – x / 5 + 15/5
y = – x / 5 + 3 (função inversa)
Por fim, a raiz é calculada fazendo y = 0. Assim:
0 = – x / 5 + 3 → x / 5 = 3 → x = 3 . 5 → x = 15

07. Resposta: E
𝑥
C(x) = 2 + 10000
2
F(x) = 3 𝑥
F(x) ≥ C(x)
2 𝑥
3
𝑥 ≥ 2 + 10000

2 𝑥 4𝑥−3𝑥 4𝑥−3𝑥 10000


3
𝑥 − 2 ≥ 10000  6
≥ 10000  6
≥ 10000 x = 1  x ≥ 60000, como ele quer o menor
6
valor.

Substituindo no faturamento as 60000 unidades temos:


2
F(x) = 3 60000 = 40.000

Portanto o resultado final é de R$ 40.000,00.

08. Resposta: C
Para pertencer a uma função polinomial do 1º grau decrescente, o primeiro ponto deve estar em uma
posição “mais alta” do que o 2º ponto.
Vamos analisar as alternativas:

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( A ) os pontos Q e R estão no 1º quadrante, mas Q está em uma posição mais baixa que o ponto R,
e, assim, a função é crescente.
( B ) o ponto N está no eixo y abaixo do zero, e o ponto P está no eixo x à direita do zero, mas N está
em uma posição mais baixa que o ponto P, e, assim, a função é crescente.
( D ) o ponto L está no 3º quadrante e o ponto M está no 1º quadrante, e L está em uma posição mais
baixa do que o ponto M, sendo, assim, crescente.
( C ) o ponto S está no 2º quadrante e o ponto T está no 4º quadrante, e S está em uma posição mais
alta do que o ponto T, sendo, assim, decrescente.

09. Resposta: A
Primeiramente, vamos calcular os valores de a e b:
Sabendo que f(x) = y , temos que y = ax + b.
* a: basta substituir os pontos T (0, 4) e V (–1, 3) na equação. Assim:
( T ) 4 = a.0 + b , ou seja, b = 4
( V ) 3 = a.( – 1) + b
a=4–3=1
Portanto, a função fica: y = x + 4
Por fim, a raiz é calculada fazendo y = 0. Assim:
0 = x + 4 , ou seja, x = – 4

10. Resposta: C
Vamos utilizar a função T(h) = 23 + 2.h, onde T é a temperatura e h é a profundidade. Assim:
A temperatura aumenta: 1200 / 80 = 15 partes
Assim: 15 . 2 = 30º C
Assim: 23º C + 30º C = 53º C

FUNÇÃO INVERSA

A inversa5 de uma função f, denotada por f-1, é a função que desfaz a operação executada pela função
f. Vejamos a figura abaixo:

Observe que:
1 - a função f "leva" o valor - 2 até o valor - 16, enquanto que a inversa f-1, "traz de volta" o valor - 16
até o valor - 2, desfazendo assim o efeito de f sobre - 2.
2 - outra maneira de entender essa ideia é: a função f associa o valor -16 ao valor -2, enquanto que a
inversa, f-1, associa o valor -2 ao valor -16.
3 - dada uma tabela de valores funcionais para f(x), podemos obter uma tabela para a inversa f-1,
invertendo as colunas x e y.
4 - se aplicarmos, em qualquer ordem, f e também f -1 a um número qualquer, obtemos esse número
de volta.

Definição:
Seja uma função bijetora com domínio A e imagem B. A função inversa f-1 é a função
, com domínio B e imagem A tal que:

f-1(f(a)) = a para a ∈ A e f(f-1(b)) = b para b∈ B

5
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática Elementar – Vol. 01 – Conjuntos e Funções
http://www.calculo.iq.unesp.br

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Assim, podemos definir a função inversa f-1 por: , para y em B.

Exemplo
A ideia de trocar x por y para escrever a função inversa, nos fornece um método para obter o gráfico
de f-1 a partir do gráfico de f. Vejamos então como isso é possível...Levando em conta que:

Podemos concluir que:

Propriedade:
Os gráficos cartesianos de f e f -1 são simétricos em relação a bissetriz dos quadrantes 1 e 3 do plano
cartesiano.

Regra prática para determinar a inversa de uma função:


- primeiramente temos que toda função ( f(x), g(x), h(x), ....) representa o “y”.

Para determinar a inversa temos dois passos:

1° Passo: isolamos o x.
2° passo: trocamos x por y e y por x.

Exemplo: Determinar a inversa da função f(x) = 3x + 1, sabendo que é bijetora.

Então, temos que:


y = 3x + 1

1° passo:
y−1
y – 1 = 3x → x = 3
(isolamos o x)

2º passo:
x−1 𝑥−1
y= 3
(trocamos x por y e y por x), temos a inversa de f(x) → 𝑓 −1 (𝑥) = 3
.

Questões

01. (PUC-SP) Estudando a viabilidade de uma campanha de vacinação, os técnicos da Secretaria de


Saúde de um município verificaram que o custo de vacinação de x por cento da população era de,
300𝑥
aproximadamente, 𝑦 = milhares de reais. Nessa expressão, escrevendo-se x em função de y,
400−𝑥
obtém-se x igual a:
4
(A) 3
300𝑦
(B) 400−𝑦
300𝑦
(C) 400+𝑦

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400𝑦
(D)
300−𝑦
400𝑦
(E)
300+𝑦

02. (RECEITA FEDERAL – Auditor Fiscal da Receita Federal – ESAEF) Considere a função bijetora f,
de em é definida por em que é o conjunto de
números reais. Então os valores da função inversa de f, quando x = -8 e x = 8 são, respectivamente,
iguais a:
(A) -7 ; 3
(B) -7; -3
(C) 1/9; -1/63
(D) -1/9; -1/63
(E) -63; 9
Respostas

01. Resposta: E.
Basta isolar o x:
y 300x
= (multiplicando em cruz)
1 400 − x
300x = y(400 − x)
300x = 400y − xy
300x + xy = 400y (colocando − se o x em evidência)
x(300 + y) = 400y
400y
x=
300 + y

02. Resposta: A.
Vamos calcular as duas funções inversas

F(x) = (x² - 1)
Y= x² - 1
Y + 1 = x²
X = √𝑦 + 1
Y = √𝑥 + 1
f-1(x) = √𝑥 + 1

e a outra
f(x) = x – 1
y=x–1
y+1=x
x+1=y
f-1(x) = x + 1

para x = -8 < 0

f-1(x) = x + 1
f-1(-8) = -8 + 1 = -7

para x = 8 >0

f-1(x) = √𝑥 + 1
f-1(8) = √8 + 1 = √9 = 3

. 54
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FUNÇÃO COMPOSTA

Função composta6 pode ser entendida pela determinação de uma terceira função C, formada pela
junção das funções A e B. Matematicamente falando, temos que f: A → B e g: B → C, denomina a
formação da função composta de g com f, h: A → C. Dizemos função g composta com a função f,
representada por gof.

Exemplos
1) Dado uma função f(x) = x + 1 e g(x) = x2. Qual será o resultado final se tomarmos um x real e a ele
aplicarmos sucessivamente a lei de f e a lei de g?

O resultado final é que x é levado a (x +1)2. Essa função h de R em R que leva x até (x+1)2 é chamada
de função composta.

2) Dada f (x) = 2x – 3 e f (g (x)) = 6x + 11, calcular g (x).


Como f(g(x) = 6x + 11, então 2g(x) – 3 = 6x + 11  2g(x) = 6x + 14  g(x) = 3x + 7

Na função composta você aplica as propriedades da primeira na segunda ou vice-versa, ou até


mesmo ambas juntas.
Se observamos o exemplo 1 vemos que somamos: +1, a segunda função, como o exemplo pedia que
fosse aplicada as propriedades da segunda, então elevamos tudo ao quadrado.

Questões

01. (Pref. Cariacica/ES – Agente Trânsito – FAFIPA) Sejam f e g funções reais, tais que
f(x)= 2x + 3
g(x)= x3

Então f(g(2)) é igual a:


(A) 8
(B) 9
(C) 7
(D) 17
(E) 19

02. (SEDUC/RJ – Professor de Matemática – CEPERJ) O gráfico da função f, uma parábola cujo
vértice é o ponto (2, 3), é mostrado a seguir:

6
IEZZI, Gelson - Matemática- Volume Único
http://www.brasilescola.com

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O gráfico que representa a função g, cuja lei de formação é g(x) = 2f(x–3) – 4, é:

03. (Pref. São Paulo – Professor de Ensino Fundamental II e Médio – FCC) Sejam as funções f: R
→ R, definida por f(x) = ax + b, cujo gráfico é esboçado abaixo, e g: R → R, definida por g(x) = 3x – 2.

O valor de f (g(–2)) é
(A) –12
(B) –10
(C) –8
(D) –6
(E) –5

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04. (FEI/SP) Dadas as funções reais f(x) = 2x + 3 e g(x) = ax + b, se f(g(x)) = 8x + 7, o valor de a + b
é:
(A) 13
(B) 12
(C) 15
(D) 6
(E) 5

05. (MACK/SP) As funções f(x) = 3 – 4x e g(x) = 3x + m são tais que f(g(x)) = g(f(x)), qualquer que
seja x real. O valor de m é:
(A) 9/4
(B) 5/4
(C) – 6/5
(D) 9/5
(E) – 2/3

x2 −1
06. (PUC/PR) Considere f(x) = x−2
e g(x) = x – 1. Calcule f(g(x)) para x = 4:
(A) 6
(B) 8
(C) 2
(D) 1
(E) 4

07. (Pref. Cariacica/ES – Agente Administrativo – FAFIPA) Sendo e Calcule f(x)=2x-10 e g(x)=x2-
100. Calcule x para que a igualdade (g(f(x)))=0 seja satisfeita:
(A) x=1 ou x=√10.
(B) x=0 ou x=5.
(C) x=0 ou x=10.
(D) x=1 ou x=10.
(E) x=0 ou x=√10.

08. (Acafe-SC) Dadas as funções f(x) = 2x – 6 e g(x) = ax + b, se f(g(x)) = 12x + 8, o valor de a + b é:


(A) 10
(B) 13
(C) 12
(D) 20

09. (CBTU/ METROREC – Técnico de Gestão – CONSUPLAN) Sejam f(x) e g(x) funções do 1º grau
representadas no gráfico a seguir. A raiz da função composta f(g(x)) é

(A) 3.
(B) 6.
(C) 9.
(D) 12.

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10. (CBTU/RJ - Assistente Operacional – CONSULPLAN) Sejam as funções f(x) = 2x – 4 e g(x) = x
+ 5. A raiz da função composta f(g(x)) é igual a
(A) –3.
(B) –1.
(C) 2.
(D) 4.
Comentários

01. Resposta: E
G(2)=2³=8
F(8)=2.8+3=16+3=19

02. Resposta: C
Observe que a função f é quadrática, logo é da forma f(x) = ax² + bx + c
−𝑏 −∆
E o vértice é dado por Xv = e Yv = , assim de acordo com o gráfico Xv = 2 e Yv = 3, logo
2𝑎 4𝑎

−𝑏 −∆
2𝑎
=2𝑒 4𝑎
= 3;
-b = 4a
b= -4a
−∆
=3
4𝑎
−(b2 −4𝑎𝑐)
4𝑎
=3
−((−4𝑎)2 −4𝑎𝑐)
= 3
4𝑎
−16𝑎2 +4𝑎𝑐
=3
4𝑎
-4a + c = 3
c = 4a + 3

Então f(x) = ax² + bx + c


f(x) = ax² - 4ax + 4a +3
Se g(x) = 2f(x–3) – 4, e
f(x-3) = a.(x-3)² -4a(x-3) + 4a + 3
f(x-3) = a.(x² -6x + 9) -4a(x-3) + 4a + 3
f(x-3) = ax² -6ax + 9a -4ax +12a + 4a + 3
f(x-3) = ax² -10ax +25a + 3

g(x) = 2f(x–3) – 4
g(x) = 2(ax² -10ax +25a + 3) – 4
g(x) = 2ax² -20ax + 50a + 6 – 4
g(x) = 2ax² -20ax + 50a + 2,
encontrando o vértice dessa equação teremos:
−(−20𝑎) −((−20a)2 −4.2𝑎.(50𝑎+2)
Xv = 2.2𝑎
e Yv=
4.2𝑎
20𝑎)
Xv = 4𝑎
= 5e

−400𝑎2 + 400𝑎 +16𝑎 16𝑎


Yv = = =2
8𝑎 8𝑎
Assim o vértice da função será:
Xv =5 e Yv =2

E o gráfico que mostra esse vértice está na alternativa C.

03. Resposta: E
a=1/2
b=-1
f(x)=1/2 x-1
G(-2)=3(-2)-2=-8

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F(-8)=-4-1=-5

04. Resposta: D
Temos que f(x) = 2x + 3 e f(g(x)) = 8x + 7
Para calcular f(g(x)) temos que substituir g(x) no lugar de x na função f:
2.g(x) + 3 = 8x + 7 (agora isolamos g(x))
2.g(x) = 8x + 7 – 3
2.g(x) = 8x + 4 (dividindo por 2)
g(x) = 4x + 2, onde a = 4 e b = 2
a+b=4+2=6

05. Resposta: C
Temos que substituir g(x) no lugar de x na função f e substituir f(x) no lugar de x na função g:
f(g(x)) = g(f(x))
3 – 4.g(x) = 3.f(x) + m
3 – 4.(3x + m) = 3.(3 – 4x) + m
3 – 12x – 4m = 9 – 12x + m
3 – 12x – 9 + 12x = m + 4m
- 6 = 5m
m = - 6/5

06. Resposta: B
Calcular f(g(x)) para x = 4, temos f(g(4)):
então, calculamos primeiro g(4) = 4 – 1 = 3, substituindo:
32 −1 9−1
f(3) = = =8
3−2 1

07. Resposta: C
G(f(x))=(2x-10)²-100=0
4x²-40x+100-100=0
4x²-40x=0
X²-10x=0
X(x-10)=0
X=0 ou x-10=0
X=10

08. Resposta: B
f(g(x)) = 12x + 8
substituindo g(x) em f:
2.g(x) – 6 = 12 + 8
2.(ax + b) – 6 = 12x + 8
2ax + 2b – 6 = 12x + 8, dois polinômios são iguais quando tem os mesmos coeficientes. Então:
2a = 12 → a = 12/2 → a = 6
2b – 6 = 8 → 2b = 8 + 6 → b = 14/2 → b = 7
a + b = 6 + 7 = 13

09. Resposta: C
O gráfico representa as funções do 1º grau. Como sabemos que a fórmula geral da função é:
f(x) = ax + b, vamos descobrir os valores de a e b para que possamos montar a sentença matemática
que expresse a função f(x)
Analisando o gráfico de f(x), temos que b = 1 (onde x = 0 e y = 1) a = -b/x → a = ¼ e b = 1, montando
temos: f(x) = 1/4x + 1
Agora vamos equacionar g(x) , b = 2 e a = -2/3 → g(x) = -2/3x + 2
Fazendo f(gx) → ¼.(-2/3x + 2) + 1 → -2/12x + 2/4 + 1 → fazendo o mmc entre 4 e 12→
−2𝑥 + 3.2 + 12.1
= −2𝑥 + 6 + 12, 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑞𝑢𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑎 𝑟𝑎í𝑧 𝑑𝑎 𝑓𝑢𝑛çã𝑜, 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑎 𝑧𝑒𝑟𝑜
12

-2x + 6 + 12 = 0 → -2x = -18 → x = 9


Logo a raiz da função composta é 9.

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10. Resposta: A
f(g(x)) = f (x + 5) = 2 . (x + 5) – 4 = 2.x + 10 – 4 = 2.x + 6
Por fim, a raiz é calculada fazendo f(g(x)) = 0. Assim:
0 = 2.x + 6
2.x = – 6
x=–6/2
x=–3

FUNÇÃO DO 2º GRAU

Chama-se função do 2º grau7, função quadrática, função polinomial do 2º grau ou função trinômio do
2º grau, toda função f de R em R definida por um polinômio do 2º grau da forma:

Com a, b e c reais e a ≠ 0.

Onde:
a é o coeficiente de x2
b é o coeficiente de x
c é o termo independente

Exemplos:
y = x2 – 5x + 6, sendo a = 1, b = – 5 e c = 6
y = x2 – 16, sendo a = 1, b = 0 e c = – 16
f(x) = x2, sendo a = 1, b = 0 e c = 0
f(x) = 3x2 + 3x, sendo a = 3 , b = 3 e c = 0

Representação gráfica da Função


O gráfico da função é constituído de uma curva aberta chamada de parábola.
Vejamos a trajetória de um projétil lançado obliquamente em relação ao solo horizontal, ela é uma
parábola cuja concavidade está voltada para baixo.

7
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora Moderna
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora Saraiva:1996

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Exemplo
Se a função f de R em R definida pela equação y = x2 + x. Atribuindo à variável x qualquer valor real,
obteremos em correspondência os valores de y, vamos construir o gráfico da função:

1) Como o valor de a > 0 a concavidade está voltada para cima;


2) -1 e 0 são as raízes de f(x);
3) c é o valor onde a curva corta o eixo y neste caso, no 0 (zero)
4) O valor do mínimo pode ser observado nas extremidades (vértice) de cada parábola: -1/2 e -1/4

Concavidade da Parábola
No caso das funções definida por um polinômio do 2º grau, a parábola pode ter sua concavidade
voltada para cima (a > 0) ou voltada para baixo (a < 0). A concavidade é determinada pelo valor do a
(positivo ou maior que zero / negativo ou menor que zero). Esta é uma característica geral para a função
definida por um polinômio do 2º grau.

Vértice da parábola
Toda parábola tem um ponto de ordenada máxima ou ponto de ordenada mínima, a esse ponto
denominamos vértice. Dado por V (xv , yv).

Eixo de simetria
É aquele que dado o domínio a imagem é a mesma. Isso faz com que possamos dizer que a parábola
é simétrica a reta que passa por xv, paralela ao eixo y, na qual denominamos eixo de simetria. Vamos
entender melhor o conceito analisando o exemplo: y = x2 + 2x – 3 (início do assunto).
Atribuímos valores a x, achamos valores para y. Temos que:
f (-3) = f (1) = 0
f (-2) = f (0) = -3

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Conjunto Domínio e Imagem
Toda função com Domínio nos Reais (R) que possui a > 0, sua concavidade está voltada para cima, e
o seu conjunto imagem é dado por:

Logo se a < 0, a concavidade estará voltada para baixo, o seu conjunto imagem é dado por:

Coordenadas do vértice da parábola


Como visto anteriormente a função apresenta como eixo de simetria uma reta vertical que intercepta
o gráfico num ponto chamado de vértice.
As coordenadas do vértice são dadas por:

Onde:
x1 e x2 são as raízes da função.

Valor máximo e valor mínimo da função definida por um polinômio do 2º grau


- Se a > 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada mínima. Nesse caso, o vértice é chamado
ponto de mínimo e a ordenada do vértice é chamada valor mínimo da função;
- Se a < 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada máxima. Nesse caso, o vértice é ponto
de máximo e a ordenada do vértice é chamada valor máximo da função.

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Exemplo
Dado a função y = x2 – 2x – 3 vamos construir a tabela e o gráfico desta função, determinando também
o valor máximo ou mínimo da mesma.

Como a = 1 > 0, então a função possui um valor mínimo como pode ser observado pelo gráfico. O
valor de mínimo ocorre para x = 1 e y = -4. Logo o valor de mínimo é -4 e a imagem da função é dada
por: Im = { y ϵ R | y ≥ -4}.

Raízes ou zeros da função definida por um polinômio do 2º grau


As raízes ou zeros da função quadrática f(x) = ax2 + bx + c são os valores de x reais tais que f(x) = 0,
ou seja são valores que deixam a função nula. Com isso aplicamos o método de resolução da equação
do 2º grau.
ax2 + bx + c = 0

A resolução de uma equação do 2º grau é feita com o auxílio da chamada “fórmula de Bháskara”.

b 
x , onde, = b2 – 4.a.c
2.a

As raízes (quando são reais), o vértice e a intersecção com o eixo y são fundamentais para traçarmos
um esboço do gráfico de uma função do 2º grau.

Forma fatorada das raízes: f (x) = a (x – x1) (x – x2).


Esta fórmula é muito útil quando temos as raízes e precisamos montar a sentença matemática que
expresse a função.

Estudo da variação do sinal da função


Estudar o sinal de uma função quadrática é determinar os valores reais de x que tornam a função
positiva, negativa ou nula.
Abaixo podemos resumir todos os valores assumidos pela função dado a e Δ (delta).

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Observe que:

Quando Δ > 0, o gráfico corta e tangencia o eixo x em dois pontos distintos, e temos duas raízes reais
distintas.
Quando Δ = 0, o gráfico corta e tangencia o eixo x em um ponto e temos duas raízes iguais.
Quando Δ < 0, o gráfico não corta e não tangencia o eixo x em nenhum ponto e não temos raízes
reais.

Exemplos
1) Considere a função quadrática representada pelo gráfico abaixo, vamos determinar a sentença
matemática que a define.

Resolução:
Como conhecemos as raízes x1 e x2 (x1= -4 e x2 = 0), podemos nos da forma fatorada temos:
f (x) = a.[ x – (-4)].[x – 0] ou f (x) = a(x + 4).x .
O vértice da parábola é (-2,4), temos:
4 = a.(-2 + 4).(-2) → a = -1
Logo, f(x) = - 1.(x + 4).x → (-x – 4x).x → -x2 – 4x

2) Vamos determinar o valor de k para que o gráfico cartesiano de f(x) = -x2 + (k + 4). x – 5 ,passe pelo
ponto (2;3).
Resolução:
Como x = 2 e f(x) = y = 3, temos:
3 = -(2)2 + (k + 4).2 – 5 → 3 = -4 + 2k + 8 – 5 → 2k + 8 – 9 = 3 → 2 k – 1 = 3 → 2k = 3 + 1 → 2k = 4
→ k = 2.

Questões

01. (CBM/MG – Oficial Bombeiro Militar – FUMARC) Duas cidades A e B estão separadas por uma
distância d. Considere um ciclista que parte da cidade A em direção à cidade B. A distância d, em
quilômetros, que o ciclista ainda precisa percorrer para chegar ao seu destino em função do tempo t, em
100−𝑡 2
horas, é dada pela função 𝑑(𝑡) = 𝑡+1 . Sendo assim, a velocidade média desenvolvida pelo ciclista em
todo o percurso da cidade A até a cidade B é igual a
(A) 10 Km/h
(B) 20 Km/h
(C) 90 Km/h
(D) 100 Km/h

02. (ESPCEX – Cadetes do Exército – Exército Brasileiro) Uma indústria produz mensalmente x
lotes de um produto. O valor mensal resultante da venda deste produto é V(x)=3x²-12x e o custo mensal
da produção é dado por C(x)=5x²-40x-40. Sabendo que o lucro é obtido pela diferença entre o valor
resultante das vendas e o custo da produção, então o número de lotes mensais que essa indústria deve
vender para obter lucro máximo é igual a
(A) 4 lotes.
(B) 5 lotes.
(C) 6 lotes.
(D) 7 lotes.
(E) 8 lotes.

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03. (IPEM – Técnico em Metrologia e Qualidade – VUNESP) A figura ilustra um arco decorativo de
parábola AB sobre a porta da entrada de um salão:

Considere um sistema de coordenadas cartesianas com centro em O, de modo que o eixo vertical (y)
passe pelo ponto mais alto do arco (V), e o horizontal (x) passe pelos dois pontos de apoio desse arco
sobre a porta (A e B).
Sabendo-se que a função quadrática que descreve esse arco é f(x) = – x²+ c, e que V = (0; 0,81), pode-
̅̅̅̅, em metros, é igual a
se afirmar que a distância 𝐴𝐵
(A) 2,1.
(B) 1,8.
(C) 1,6.
(D) 1,9.
(E) 1,4.

04. (Polícia Militar/MG – Soldado – Polícia Militar) A interseção entre os gráficos das funções y = -
2x + 3 e y = x² + 5x – 6 se localiza:
(A) no 1º e 2º quadrantes
(B) no 1º quadrante
(C) no 1º e 3º quadrantes
(D) no 2º e 4º quadrantes

Comentários

01. Resposta: A
Vamos calcular a distância total, fazendo t = 0:
100−02
𝑑(0) = 0+1
= 100𝑘𝑚

Agora, vamos substituir na função:


100−𝑡 2
0= 𝑡+1

100 – t² = 0
– t² = – 100 . (– 1)
t² = 100
𝑡 = √100 = 10𝑘𝑚/ℎ

02. Resposta: D
L(x)=3x²-12x-5x²+40x+40
L(x)=-2x²+28x+40
𝑏 28
𝑥𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 = − 2𝑎 = − −4 = 7 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠

03. Resposta: B
C=0,81, pois é exatamente a distância de V
F(x)=-x²+0,81
0=-x²+0,81
X²=0,81
X=0,9
A distância AB é 0,9+0,9=1,8

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04. Resposta: A
-2x+3=x²+5x-6
X²+7x-9=0
=49+36=85
−7 ± √85
𝑥=
2
−7 + 9,21
𝑥1 = = 1,105
2
−7 − 9,21
𝑥2 = = −8,105
2
Para x=1,105
Y=-2.1,105+3=0,79
Para x=-8,105
Y=19,21
Então a interseção ocorre no 1º e no 2º quadrante.

FUNÇÃO MODULAR

Chama-se função modular a função f: R  R, definida por: f(x) = |x|.


Por definição:
𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0 𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0
|𝑥| = { , 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠: 𝑓(𝑥) = |𝑥| = {
−𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 < 0 −𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 < 0

A função modular é definida por duas sentenças: f(x) = x, se x≥0 e f(x) = -x, se x<0.

Módulo de um número
- O módulo de um número real não negativo é igual ao próprio número;
- O módulo de um número real negativo é igual ao oposto desse número;
- O módulo de um número real qualquer é sempre maior ou igual a zero: |x|≥0, para todo x.

- Construção do Gráfico da f(x) = |x|.

Imagem de uma função Modular


O conjunto imagem da função Modular é R+, isto é, a função assume valores reais não negativos.

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Questões

01. (Pref. de São Borja/RS – Agente Administrativo Auxiliar/Agente Operacional da Saúde/


Monitor – MS CONCURSOS) Observe a figura:

Este gráfico é representação de uma função:


(A) Quadrática.
(B) Exponencial.
(C) Modular.
(D) Afim.

02. (UFJF) O número de soluções negativas da equação | 5x-6 | = x² é:


(A) 0
(B) 1
(C) 2
(D) 3
(E) 4

03. (UTP) As raízes reais da equação |xl² + |x| - 6 = 0 são tais que:
(A) a soma delas é – 1.
(B) o produto delas é – 6.
(C) ambas são positivas.
(D) o produto delas é – 4.
(E) n.d.a.

04. (UFCE) Sendo f(x) = |x² - 2x|, o gráfico que melhor representa f é:

(A)

(B)

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(C)

(D)

05. (Prefeitura de Osasco – Atendente – FGV) Assinale a única função, dentre as opções seguintes,
que pode estar representada no gráfico a seguir:

(A) y = 1 - |x-1|;
(B) y = 1 - |x + 1|;
(C) y = 1 + |x + 1|;
(D) y = 1 + |x + 1|;
(E) y = |x-1| + |x+1|.

Comentários

01. Resposta: C.
O gráfico é simétrico o caracteriza a uma função modular.

02. Resposta: B.
Temos então que 5x-6 = x² ou 5x-6 = -x². Assim, temos que resolver cada uma dessas equações:
5x – 6 = x²
x² - 5x + 6 = 0
S = -5 , P = 6
(x - 2)(x - 3) = 0
x = 2 ou x = 3
5x – 6 = -x²
x² + 5x – 6 = 0
S = 5, P = -6
(x + 6)(x - 1) = 0
x = -6 ou x = 1
Assim, teremos uma solução negativa: -6.

03. Resposta: D.
Aqui, usamos um recurso muito comum na Matemática, chame |x| de y. Então a equação ficará y² +
y – 6 = 0. Resolvendo-a:
y² + y – 6 = 0
S = 1, P = -6
(y + 3)(y - 2) = 0

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y = -3 ou y = 2
Assim, |x| = -3 ou |x| = 2. Como não existe módulo negativo, |x| = 2. Então, x = -2 ou x = 2. Portanto,
seu produto (2 multiplicado por -2) é igual a 4.

04. Resposta: A.
Repare que a função, sem o módulo, é do segundo grau. Portanto, as letras c e d não podem ser. A
diferença entre as alternativas a e b são as raízes, com isso, basta calcularmos:
|x²-2x| = 0
x² - 2x = 0
x (x-2) = 0
x = 0 ou x = 2

05. Resposta: A.
Observando o gráfico temos:
Quando x = 1, temos que y = 1;
Quando x = 2, temos que y = 0;
Quando x= 0, temos que y = 0,
Logo, a única alternativa que satisfaz estas condições é a "A".

FUNÇÃO RACIONAL

Uma função racional8, y = f(x), é uma função que pode ser expressa como uma razão (quociente) de
dois polinômios P(x) e Q(x).

Considerações:
- O domínio de uma função racional consiste de todos os números reais x tais que Q(x) 0.

- Ao contrário dos polinômios, cujos gráficos são curvas contínuas (sem interrupções), o gráfico de
uma função racional pode apresentar interrupções (descontinuidades) nos pontos onde o denominador é
igual a zero.

- Ao contrário dos polinômios, uma função racional pode não estar definida para determinados valores
de x. Próximo desses valores, algumas funções racionais têm gráficos que se aproximam bastante de
uma reta vertical (assíntota vertical) que é representada por linhas tracejadas.

8
http://www.calculo.iq.unesp.br

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Uma exceção é o caso em que, apesar do denominador ser igual a zero para um determinado valor
de x, este pode ser cancelado no processo de fatoração e simplificação. Nesse caso, a função racional
apresenta um "furo" no ponto onde o denominador é igual a zero.

- Outra característica de algumas funções racionais, é o fato de algumas funções começar e/ou
terminar cada vez mais perto de uma reta horizontal (assíntota horizontal).

Questão

01. Determine o Domínio das funções abaixo, sendo x pertencente ao conjunto dos números reais.
2𝑥+3
(A) 𝑥−2
(B) √3𝑥 + 18
3𝑥
(C) 2𝑥−4

Resposta
01.
(A) Observe que a única restrição dar-se-á no denominador, logo x – 2 ≠0
x≠2
S = { xϵR/ x ≠ 2}
(B) 3x + 18 ≥0
3x ≥ -18
x ≥ -18/3
x ≥ -6
S = { xϵR/ x ≥ -6}
(C) 2x – 4 >0
2x > 4
x> 4/2
x>2
S = { xϵR/ x>2}
FUNÇÃO EXPONENCIAL

Definição

A função exponencial é a definida como sendo a inversa da função logarítmica natural, isto é:

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Podemos concluir, então, que a função exponencial é definida por:

Gráficos da Função Exponencial

Propriedades da Função Exponencial


Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um número racional, então:
- ax ay= ax + y
- ax / ay= ax - y
- (ax) y= ax.y
- (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx
- a-x = 1 / ax

Estas relações também são válidas para exponenciais de base e (e = número de Euller = 2,718...)
- y = ex se, e somente se, x = ln(y)
- ln(ex) =x
- ex+y= ex.ey
- ex-y = ex/ey
- ex.k = (ex)k

A Constante de Euler
Existe uma importantíssima constante matemática definida por
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em função da definição da função exponencial, temos
que:
Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um
dos primeiros a estudar as propriedades desse número.
O valor deste número expresso com 40 dígitos decimais, é:
e = 2,718281828459045235360287471352662497757
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser escrita como a potência de base e com
expoente x, isto é:
ex = exp(x)

Construção do Gráfico de uma Função Exponencial


Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função 𝑦 = 2𝑥
Vamos atribuir valores a x, para que possamos traçar os pontos no gráfico.

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X Y
-3 1
8
-2 1
4
-1 1
2
0 1
1 2
2 4
3 8

Questões

01. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT) As funções
exponenciais são muito usadas para modelar o crescimento ou o decaimento populacional de uma
determinada região em um determinado período de tempo. A função 𝑃(𝑡) = 234 . (1,023)𝑡 modela o
comportamento de uma determinada cidade quanto ao seu crescimento populacional em um determinado
período de tempo, em que P é a população em milhares de habitantes e t é o número de anos desde
1980.

Qual a taxa média de crescimento populacional anual dessa cidade?


(A) 1,023%
(B) 1,23%
(C) 2,3%
(D) 0,023%
(E) 0,23%

02. (Polícia Civil/SP – Desenhista Técnico-Pericial – VUNESP) Uma população P cresce em função
do tempo t (em anos), segundo a sentença 𝑷 = 𝟐𝟎𝟎𝟎 . 𝟓𝟎,𝟏 .𝒕. Hoje, no instante t = 0, a população é de 2
000 indivíduos. A população será de 50 000 indivíduos daqui a
(A) 20 anos.
(B) 25 anos.
(C) 50 anos.
(D) 15 anos.
(E) 10 anos.

03. (IF/BA – Pedagogo – IF/BA) Em um período longo de seca, o valor médio de água presente em
um reservatório pode ser estimado de acordo com a função: Q(t) = 4000 . 2 -0,5 . t, onde t é medido em
meses e Q(t) em metros cúbicos. Para um valor de Q(t) = 500, pode-se dizer que o valor de t é:
(A) 6 meses
(B) 8 meses
(C) 5 meses
(D) 10 meses
(E) 4 meses

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04. (CBTU- Assistente Operacional – FUMARC) Uma substância se decompõe segundo a lei Q(t)
= K.2 – 0,5 t, sendo K uma constante, t é o tempo medido em minutos e Q(t) é a quantidade de
substância medida em gramas no instante t. O gráfico a seguir representa os dados desse processo
de decomposição. Baseando-se na lei e no gráfico de decomposição dessa substância,
é CORRETO afirmar que o valor da constante K e o valor de a (indicado no gráfico)
são, respectivamente, iguais a:

(A) 2048 e 4
(B) 1024 e 4
(C) 2048 e 2
(D) 1024 e 2
(E) 1024 e 8

Comentários

01. Resposta: C.
𝑃(𝑡) = 234 . (1,023)𝑡
Primeiramente, vamos calcular a população inicial, fazendo t = 0:
𝑃(0) = 234 . (1,023)0 = 234 . 1 = 234 mil
Agora, vamos calcular a população após 1 ano, fazendo t = 1:
𝑃(1) = 234 . (1,023)1 = 234 . 1,023 = 239,382
Por fim, vamos utilizar a Regra de Três Simples:
População %
234 --------------- 100
239,382 ------------ x
234.x = 239,382 . 100
x = 23938,2 / 234
x = 102,3%
102,3% = 100% (população já existente) + 2,3% (crescimento)

02. Resposta: A.
50000 = 2000 . 50,1 .𝑡
50000
50,1 .𝑡 = 2000
50,1 .𝑡 = 52
Vamos simplificar as bases (5), sobrando somente os expoentes. Assim:
0,1 . t = 2
t = 2 / 0,1
t = 20 anos

03. Resposta: A.
500 = 4000 * 2-0.5t
500/4000 = 2 -0.5t
simplificando,
1/8 = 2 -0.5t
deixando o expoente positivo, invertemos a base:
1/8 = 1/2 0.5t
(½)3 = (½)0,5t

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0,5t=3
t = 3/0,5 = 6.

04. Resposta: A.
Calcular o valor de K, ou seja, o valor inicial
Q(t) = K . 2-0,5t. Perceba que o K ocupa a posição referente à quantidade inicial, t=0. Q(t) = 2048
Assim, temos para o ponto (0, 2048), temos tempo zero e quantidade final 2048.

Calcular o valor de a, o seja, o tempo quando a quantidade final for 512.


Quantidade final = quantidade inicial x (crescimento)período
512 = 2048 x (2)-0,5t
512 = 2048 x (2)-0,5t
512/2048 = (2)-0,5t
¼ = (2)-0,5t
(1/2)2 = (1/2)0,5t
0,5t = 2
t = 2/0,5 = 4
Assim temos 2048 e 4.

FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Toda equação que contém a incógnita na base ou no logaritmando de um logaritmo é denominada


equação logarítmica. Abaixo temos alguns exemplos de equações logarítmicas:
log 2 𝑥 = 3
log 𝑥 100 = 2
7log 5 625𝑥 = 42
3log 2𝑥 64 = 9
log −6−𝑥 2𝑥 = 1

Perceba que nestas equações a incógnita encontra-se ou no logaritmando, ou na base de um


logaritmo. Para solucionarmos equações logarítmicas recorremos a muitas das propriedades dos
logaritmos.

Solucionando Equações Logarítmicas


Vamos solucionar cada uma das equações acima, começando pela primeira:
log 2 𝑥 = 3

Segundo a definição de logaritmo nós sabemos que:


log 2 𝑥 = 3 ⟺ 23 = 𝑥

Logo x é igual a 8: 23 = x ⇒ x = 2.2.2 ⇒ x = 8

De acordo com a definição de logaritmo o logaritmando deve ser um número real positivo e já que 8
é um número real positivo, podemos aceitá-lo como solução da equação. A esta restrição damos o nome
de condição de existência.

log 𝑥 100 = 2

Pela definição de logaritmo a base deve ser um número real e positivo além de ser diferente de 1.
Então a nossa condição de existência da equação acima é que: x ϵ R*+ - {1}

Em relação a esta segunda equação nós podemos escrever a seguinte sentença:


log 𝑥 100 = 2 ⟺ 𝑥 2 = 100

Que nos leva aos seguintes valores de x:


𝑥 = −10
𝑥 2 = 100 ⟹ 𝑥 = ±√100 ⟹ {
𝑥 = 10

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Note que x = -10 não pode ser solução desta equação, pois este valor de x não satisfaz a condição de
existência, já que -10 é um número negativo.
Já no caso de x = 10 temos uma solução da equação, pois 10 é um valor que atribuído a x satisfaz a
condição de existência, visto que 10 é positivo e diferente de 1.

7log 5 625𝑥 = 42

Neste caso temos a seguinte condição de existência:


0
625𝑥 > 0 ⟹ 𝑥 > ⟹𝑥>0
625
Voltando à equação temos:
42
7log 5 625𝑥 = 42 ⟹ log 5 625𝑥 = ⟹ log 5 625𝑥 = 6
7

Aplicando a mesma propriedade que aplicamos nos casos anteriores e desenvolvendo os cálculos
temos: Como 25 satisfaz a condição de existência, então S = {25} é o conjunto solução da equação. Se
quisermos recorrer a outras propriedades dos logaritmos também podemos resolver este exercício assim:
⇒ log 5 𝑥 = 2 ⟺ 52 = 𝑥 ⟺ 𝑥 = 25

Lembre-se que:
log 𝑏 (𝑀. 𝑁) = log 𝑏 𝑀 + log 𝑏 𝑁 e que log5 625 = 4, pois 54 = 625.
3 log 2𝑥 64 = 9

Neste caso a condição de existência em função da base do logaritmo é um pouco mais complexa:
1
2𝑥 > 0 ⟹ 𝑥 > ⟹ 𝑥 > 0
2

E, além disto, temos também a seguinte condição: 2x ≠ 1 ⇒ x ≠ 1/2

Portanto a condição de existência é: x ϵ R*+ - {1/2}

Agora podemos proceder de forma semelhante ao exemplo anterior: Como x = 2 satisfaz a condição
de existência da equação logarítmica, então 2 é solução da equação. Assim como no exercício anterior,
este também pode ser solucionado recorrendo-se à outra propriedade dos logaritmos:
log −6−𝑥 2𝑥 = 1

Neste caso vamos fazer um pouco diferente. Primeiro vamos solucionar a equação e depois vamos
verificar quais são as condições de existência: Então x = -2 é um valor candidato à solução da equação.
Vamos analisar as condições de existência da base -6 - x:
Veja que embora x ≠ -7, x não é menor que -6, portanto x = -2 não satisfaz a condição de existência e
não pode ser solução da equação. Embora não seja necessário, vamos analisar a condição de existência
do logaritmando 2x: 2x > 0 ⇒ x > 0

Como x = -2, então x também não satisfaz esta condição de existência, mas não é isto que eu quero
que você veja. O que eu quero que você perceba, é que enquanto uma condição diz que x < -6, a outra
diz que x > 0. Qual é o número real que além de ser menor que -6 é também maior que 0?
Como não existe um número real negativo, que sendo menor que -6, também seja positivo para que
seja maior que zero, então sem solucionarmos a equação nós podemos perceber que a mesma não
possui solução, já que nunca conseguiremos satisfazer as duas condições simultaneamente. O conjunto
solução da equação é portanto S = { }, já que não existe nenhuma solução real que satisfaça as condições
de existência da equação.

Função Logarítmica
A função logaritmo natural mais simples é a função y=f0(x)=lnx. Cada ponto do gráfico é da forma (x,
lnx) pois a ordenada é sempre igual ao logaritmo natural da abscissa.

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O domínio da função ln é R*+=]0,∞[ e a imagem é o conjunto R=]-∞,+∞[.
O eixo vertical é uma assíntota ao gráfico da função. De fato, o gráfico se aproxima cada vez mais da reta
x=0
O que queremos aqui é descobrir como é o gráfico de uma função logarítmica natural geral, quando
comparado ao gráfico de y=ln x, a partir das transformações sofridas por esta função. Consideremos uma
função logarítmica cuja expressão é dada por y=f 1(x)=ln x+k, onde k é uma constante real. A pergunta
natural a ser feita é: qual a ação da constante k no gráfico dessa nova função quando comparado ao
gráfico da função inicial y=f0(x)=ln x ?
Ainda podemos pensar numa função logarítmica que seja dada pela expressão y=f 2(x)=a.ln x onde a é
uma constante real, a 0. Observe que se a=0, a função obtida não será logarítmica, pois será a
constante real nula. Uma questão que ainda se coloca é a consideração de funções logarítmicas do tipo
y=f3(x)=ln(x+m), onde m é um número real não nulo. Se g(x)=3.ln(x-2) + 2/3, desenhe seu gráfico, fazendo
os gráficos intermediários, todos num mesmo par de eixos.
y=a.ln(x+m)+k

Conclusão: Podemos, portanto, considerar funções logarítmicas do tipo y = f 4(x) = a In (x + m) + k,


onde o coeficiente a não é zero, examinando as transformações do gráfico da função mais simples y = f 0
(x) = In x, quando fazemos, em primeiro lugar, y=ln(x+m); em seguida, y=a.ln(x+m) e, finalmente,
y=a.ln(x+m)+k.

Analisemos o que aconteceu:


- em primeiro lugar, y=ln(x+m) sofreu uma translação horizontal de -m unidades, pois x=-m exerce o
papel que x=0 exercia em y=ln x;
- a seguir, no gráfico de y=a.ln(x+m) ocorreu mudança de inclinação pois, em cada ponto, a ordenada
é igual àquela do ponto de mesma abscissa em y=ln(x+m) multiplicada pelo coeficiente a;
- por fim, o gráfico de y=a.ln(x+m)+k sofreu uma translação vertical de k unidades, pois, para cada
abscissa, as ordenadas dos pontos do gráfico de y=a.ln(x+m)+k ficaram acrescidas de k, quando
comparadas às ordenadas dos pontos do gráfico de y=a.ln(x+m).

O estudo dos gráficos das funções envolvidas auxilia na resolução de equações ou inequações, pois
as operações algébricas a serem realizadas adquirem um significado que é visível nos gráficos das
funções esboçados no mesmo referencial cartesiano.

Função logarítmica de base a é toda função f:R*+ → R, definida por 𝑓(𝑥) = log 𝑎 𝑥 com a ϵ R*+ e a ≠
1.
Podemos observar neste tipo de função que a variável independente x é um logaritmando, por isto a
denominamos função logarítmica. Observe que a base a é um valor real constante, não é uma variável,
mas sim um número real.
A função logarítmica de R*+ → R é inversa da função exponencial de R*+ → R e vice-versa, pois:
log 𝑏 𝑎 = 𝑥 ⟺ 𝑏 𝑥 = 𝑎

Representação da Função Logarítmica no Plano Cartesiano


Podemos representar graficamente uma função logarítmica da mesma forma que fizemos com a
função exponencial, ou seja, escolhendo alguns valores para x e montando uma tabela com os
respectivos valores de f(x). Depois localizamos os pontos no plano cartesiano e traçamos a curva do
gráfico. Vamos representar graficamente a função 𝑓(𝑥) = log 𝑥 e como estamos trabalhando com um
logaritmo de base 10, para simplificar os cálculos vamos escolher para x alguns valores que são potências
de 10:
0,001, 0,01, 0,1, 1, 10 e 2.

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Temos então seguinte a tabela:

x y = log x
0,001 y = log 0,001 = -3
0,01 y = log 0,01 = -2
0,1 y = log 0,1 = -1
1 y = log 1 = 0
10 y = log 10 = 1

Ao lado temos o gráfico desta função logarítmica, no qual localizamos cada um dos pontos obtidos
da tabela e os interligamos através da curva da função: Veja que para valores de y < 0,01 os pontos estão
quase sobre o eixo das ordenadas, mas de fato nunca chegam a estar. Note também que neste tipo de
função uma grande variação no valor de x implica numa variação bem inferior no valor de y. Por exemplo,
se passarmos de x = 100 para x = 1000000, a variação de y será apenas de 2 para 6. Isto porque:

𝑓(100) = log 100 = 2


{
𝑓(1000000) = log 1000000 = 6

Função Crescente e Decrescente


Assim como no caso das funções exponenciais, as funções logarítmicas também podem ser
classificadas como função crescente ou função decrescente. Isto se dará em função da base a ser
maior ou menor que 1. Lembre-se que segundo a definição da função logarítmica f:R*+ → R, definida
por 𝑓(𝑥) = log 𝑎 𝑥 , temos que a > 0 e a ≠ 1.

- Função Logarítmica Crescente

Se a > 1 temos uma função logarítmica crescente, qualquer que seja o valor real positivo de x. No
gráfico da função ao lado podemos observar que à medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y.
Graficamente vemos que a curva da função é crescente. Também podemos observar através do gráfico,
que para dois valor de x (x1 e x2), que log 𝑎 𝑥2 > log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 > 𝑥1 , isto para x1, x2 e a números reais
positivos, com a > 1.

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- Função Logarítmica Decrescente

Se 0 < a < 1 temos uma função logarítmica decrescente em todo o domínio da função. Neste outro
gráfico podemos observar que à medida que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos que a curva
da função é decrescente. No gráfico também observamos que para dois valores de x (x1 e x2), que
log 𝑎 𝑥2 < log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 > 𝑥1 , isto para x1, x2 e a números reais positivos, com 0 < a < 1. É importante
frisar que independentemente de a função ser crescente ou decrescente, o gráfico da função sempre
cruza o eixo das abscissas no ponto (1, 0), além de nunca cruzar o eixo das ordenadas e que o log 𝑎 𝑥2 =
log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 = 𝑥1 , isto para x1, x2 e a números reais positivos, com a ≠ 1.

Questões

01. (PETROBRAS - Geofísico Junior – CESGRANRIO) Se log x representa o logaritmo na base 10


de x, então o valor de n tal que log n = 3 - log 2 é:
(A) 2000
(B) 1000
(C) 500
(D) 100
(E) 10

02. (MF – Assistente Técnico Administrativo – ESAF) Sabendo-se que log x representa o logaritmo
de x na base 10, calcule o valor da expressão log 20 + log 5.
(A) 5
(B) 4
(C) 1
(D) 2
(E) 3

03. (SEE/AC – Professor de Matemática e Física – FUNCAB) Assinale a alternativa correta,


considerando a função a seguir.

(A) O domínio da função é o conjunto dos números reais.


(B) O gráfico da função passa pelo ponto (0, 0).
(C) O gráfico da função tem como assíntota vertical a reta x = 2.
(D) Seu gráfico toca o eixo Y.
(E) Seu gráfico toca o eixo X em dois pontos distintos.

04. (PETROBRAS-ANALISTA DE COMERCIALIZAÇÃO E LOGÍSTICA JÚNIOR - TRANSPORTE


MARÍTIMO-CESGRANRIO) Ao resolver um exercício, um aluno encontrou as expressões 8p = 3 e 3q =
5. Quando perguntou ao professor se suas expressões estavam certas, o professor respondeu que sim e
disse ainda que a resposta à pergunta era dada por

Se log x representa o logaritmo na base 10 de x, qual é a resposta correta, segundo o professor?


(A)log 8
(B)log 5
(C)log 3

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(D)log 2
(E)log 0,125

05. ( TRT - 13ª REGIÃO (PB) -ANALISTA JUDICIÁRIO - ESTATÍSTICA-FCC) Com base em um
levantamento histórico e utilizando o método dos mínimos quadrados, uma empresa obteve a

equação para estimar a probabilidade (p) de ser realizada a venda de determinado


equipamento em função do tempo (t), em minutos, em que as propriedades do equipamento são
divulgadas na mídia. Considerando que ln (0,60) = - 0,51, tem-se que se as propriedades do equipamento
forem divulgadas por um tempo de 15 minutos na mídia, então a probabilidade do equipamento ser
vendido é, em %, de
Observação: ln é o logaritmo neperiano tal que ln(e) = 1.
(A)62,50
(B)80,25.
(C) 72,00.
(D)75,00.
(E)64,25.

06. (PETROBRAS - Conhecimentos Básicos - Todos Os Cargos De Nível Médio - CESGRANRIO)


Quanto maior for a profundidade de um lago, menor será a luminosidade em seu fundo, pois a luz que
incide em sua superfície vai perdendo a intensidade em função da profundidade do mesmo. Considere
que, em determinado lago, a intensidade y da luz a x cm de profundidade seja dada pela função y = i0 . (
0,6 )x/88, onde i0 representa a intensidade da luz na sua superfície. No ponto mais profundo desse lago, a
intensidade da luz corresponde a i0/3

A profundidade desse lago, em cm, está entre.


Dados
log 2 = 0,30
log 3 = 0,48

(A)150 e 160
(B)160 e 170
(C)170 e 180
(D)180 e 190
(E)190 e 200

07. (DNIT - Analista em Infraestrutura de Transportes - ESAF) Suponha que um técnico efetuou
seis medições de uma variável V1, cujos dados são mostrados na tabela abaixo. Ao perceber que os
valores cresciam de forma exponencial, o técnico aplicou uma transformação matemática (logaritmo na
base 10) para ajustar os valores originais em um intervalo de valores menor. A referida transformação
logarítmica vai gerar novos valores cujo intervalo varia de:

(A) 0 a 1.
(B)0 a 5.
(C)0 a 10.
(D)0 a 100.
(E)1 a 6.

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08. (PETROBRAS-TÉCNICO DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO JÚNIOR-CESGRANRIO) Se y =
log81 (1⁄27) e x ∈ IR+ são tais que xy = 8 , então x é igual a
(A)1⁄16
(B)1⁄2
(C)log38
(D) 2
(E)16

09. (PETROBRAS-GEOFÍSICO JUNIOR-GEOLOGIA-CESGRANRIO) Se log x representa o logaritmo


na base 10 de x, então o valor de n tal que log n = 3 - log 2 é
(A)2000
(B)1000
(C)500
(D)100
(E)10

10. (PETROBRAS-TODOS OS CARGOS-CESGRANRIO) Em calculadoras científicas, a


tecla log serve para calcular logaritmos de base 10. Por exemplo, se digitamos 100 e, em seguida,
apertamos a tecla log, o resultado obtido é 2. A tabela a seguir apresenta alguns resultados, com
aproximação de três casas decimais, obtidos por Pedro ao utilizar a tecla log de sua calculadora científica.

Utilizando-se os valores anotados por Pedro na tabela acima, a solução da equação log6+x=log28 é
(A)0,563
(B)0,669
(C)0,966
(D)1,623
(E)2,402

Respostas

01. Resposta: C.
log n = 3 - log 2
log n + log 2 = 3 * 1
onde 1 = log 10 então:
log (n * 2) = 3 * log 10
log(n*2) = log 10 ^3
2n = 10^3
2n = 1000
n = 1000 / 2
n = 500

02. Resposta: D.
E = log20 + log5
E = log(2 x 10) + log5
E = log2 + log10 + log5
E = log10 + log (2 x 5)
E = log10 + log10
E = 2 log10
E=2

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03. Resposta: C.
(x)=log2(x-2)
Verificamos a condição de existência, daí x-2>0
x>2
Logo a reta x=2 é uma assíntota vertical.

04. Resposta: B.
8p=3
23p=3
log23p=log3
3p=(log3/log2)
p=(log3/log2).1/3
3q=5
q.log3=log5
q=log5/log3
3.p.q= 3. (log3/log2).1/3.log5/log3 = log5/log2
3.p.q/(1+3.p.q)
log5/log2/(1+log5/log2)
(log5/log2)/( log2/log2+ log5/log2)
(log5/log2)/(log2+log5)/log2)
(log5/log2)/( log10)/log2)
(log5/ log10)=
log5

05. Resposta: A
Como sabemos que ln (0,60) = -0,51
então ln (1 / 0,60) = 0,51
Substituindo t = 15 minutos em 0,06 + 0,03*t, teremos 0,06 + 0,03*15 = 0,51
logo 1 / 0,60 = p / (1 - p)
1 - p = 0,60. p
p = 0,625

06. Resposta: E
onde y = i0 . 0,6 (x/88)
então:
i0/ 3 = i0.0,6 (x/88)
(i / 3) . (1/ i) = 0,6 (x/88)
1/3 = 0,6 (x/88)
log 1/3 = log 0,6 (x/88)
log 1 - log 3 = x/88 * log 6/10
0 - 0,48 = x/88 *. log 6/10
88 . (- 0,48) = X . [ log 6 - log 10 ]
6 = 3 . 2 ===> log 3 + log 2
como log10 na base 10 = 1.
- 42,24 = X . [ log 3 + log 2 - (1)]
- 42,24 = X . [ 0,48 + 0,30 - 1 ]
X = - 42,24 / - 0,22
X = (42,24 / 0,22) = 192
X = 192 cm

07. Resposta: B
A transformação logarítmica vai gerar novos valores, através dos seguintes cálculos:
medida 1 = log 1 = 0
medida 2 = log 10 = 1
medida 3 = log 100 = 2
medida 4 = log 1000 = 3
medida 5 = log 10000 = 4
medida 6 = log 100000 = 5

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logo os valores (1,10,100,1000,10000,100000) transformados em logaritmos reduziu o intervalo de
valores para (0,1,2,3,4,5), ou seja, 0-5.

08. Resposta: A.
y = log (81) (1/27)
y = -3log(81)(3)
y = -3. 1/4
y = -3/4
x(-3/4) = 8
Elevando os dois termos à quarta potência:
x-3 = 84
1/x3 = 84
Agora raiz cubica dos dois termos:
1/x = 8 4/3
Como 3√8=2
1/x = 24
1/x = 16
x = 1/16

09. Resposta: C.
De acordo com o enunciado:
log n = 3 - log 2
log n + log 2 = 3 . 1,
onde 1 = log 10
então:
log (n .2) = 3 . log 10
log(n.2) = log 10 3
2n = 103
2n = 1000
n = 1000 / 2
n = 500

10. Resposta: B.
Log 6 = Log (2. 3)
De acordo com uma das propriedades:
Log (A*B) = Log A + Log B
Então, Log (2*3) = Log 2 + Log 3.
Fatorando o número 28 temos que
28=2x2x7
Temos que:
Log 28 = Log (2x2x7)
ou seja,
Log 28 = Log 2+Log 2+ Log 7
Portanto:
Log 2+ Log 3 + X = Log 2 + Log 2 +Log 7
Cortando o Log 2 dos dois lados temos:
Log 3 + X = Log 2 + Log 7
Dados os valores da tabela, e substituindo-os, temos que:
0,477 + X = 0,301+0,845
X = 0,669

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3 Equações: desigualdades e inequações.

EQUAÇÃO DO 1º GRAU OU LINEAR

Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma relação de igualdade e uma incógnita
ou variável (x, y, z,..).

Observe a figura:

A figura acima mostra uma equação (uma igualdade), onde precisamos achar o valor da variável x,
para manter a balança equilibrada. Equacionando temos:
x + x + 500 + 100 = x + 250 + 500 → 2x + 600 = x + 750.

Exemplos
2x + 8 = 0
5x – 4 = 6x + 8
3a – b – c = 0

- Não são equações:


4 + 8 = 7 + 5 (Não é uma sentença aberta)
x– 5<3 (Não é igualdade)
5≠7 (Não é sentença aberta, nem igualdade)

Termo Geral da equação do 1º grau


Onde a e b (a ≠ 0) são números conhecidos e a diferença de 0, se resolve de maneira simples,
subtraindo b dos dois lados obtemos:

ax + b – b = 0 – b → ax = - b → x = - b/a

Termos da equação do 1º grau

Nesta equação cada membro possui dois termos:


1º membro composto por 5x e -1.
2º membro composto pelo termo x e +7.

Resolução da equação do 1º grau


O método que usamos para resolver a equação de 1º grau é isolando a incógnita, isto é, deixar a
incógnita sozinha em um dos lados da igualdade. O método mais utilizado para isso é invertermos as
operações. Vejamos:

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Resolvendo a equação 2x + 600 = x + 750, passamos os termos que tem x para um lado e os números
para o outro invertendo as operações.
2x – x = 750 – 600, com isso eu posso resolver minha equação → x = 150

Outros exemplos
1) Resolução da equação 3x – 2 = 16, invertendo operações.

Procedimento e justificativa: Se 3x – 2 dá 16, conclui-se que 3x dá 16 + 2, isto é, 18 (invertemos a


subtração). Se 3x é igual a 18, é claro que x é igual a 18 : 3, ou seja, 6 (invertemos a multiplicação por 3).

Registro

2 1
2) Resolução da equação: 1 – 3x + = x + , efetuando a mesma operação nos dois lados da
5 2
igualdade(outro método de resolução).

Procedimento e justificativa: Multiplicamos os dois lados da equação pelo mmc (2;5) = 10. Dessa
forma, são eliminados os denominadores. Fazemos as simplificações, os cálculos necessários e isolamos
o x, sempre efetuando a mesma operação nos dois lados da igualdade.

Registro:

Há também um processo prático, bastante usado, que se baseia nessas ideias e na percepção de um
padrão visual.

- Se a + b = c, conclui-se que a = c – b.
Na primeira igualdade, a parcela b aparece somando no lado esquerdo; na segunda, a parcela b
aparece subtraindo no lado direito da igualdade.

- Se a . b = c, conclui-se que a = c : b, desde que b ≠ 0.


Na primeira igualdade, o número b aparece multiplicando no lado esquerdo; na segunda, ele aparece
dividindo no lado direito da igualdade.

O processo prático pode ser formulado assim:


- Para isolar a incógnita, coloque todos os termos com incógnita de um lado da igualdade e os demais
termos do outro lado;
- Sempre que mudar um termo de lado, inverta a operação.

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Questões

01. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) O gráfico mostra o número de gols marcados, por
jogo, de um determinado time de futebol, durante um torneio.

Sabendo que esse time marcou, durante esse torneio, um total de 28 gols, então, o número de jogos
em que foram marcados 2 gols é:
(A) 3.
(B) 4.
(C) 5.
(D) 6.
(E) 7.

02. (Pref. Imaruí – Agente Educador – Pref. Imaruí) Certa quantia em dinheiro foi dividida igualmente
entre três pessoas, cada pessoa gastou a metade do dinheiro que ganhou e 1/3(um terço) do restante de
cada uma foi colocado em um recipiente totalizando R$900,00(novecentos reais), qual foi a quantia
dividida inicialmente?
(A) R$900,00
(B) R$1.800,00
(C) R$2.700,00
(D) R$5.400,00

03. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB) Um grupo formado por 16 motoristas


organizou um churrasco para suas famílias. Na semana do evento, seis deles desistiram de participar.
Para manter o churrasco, cada um dos motoristas restantes pagou R$ 57,00 a mais.
O valor total pago por eles, pelo churrasco, foi:
(A) R$ 570,00
(B) R$ 980,50
(C) R$ 1.350,00
(D) R$ 1.480,00
(E) R$ 1.520,00

04. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC) Uma linha de Metrô inicia-se na 1ª estação
e termina na 18ª estação. Sabe-se que a distância dentre duas estações vizinhas é sempre a mesma,
exceto da 1ª para a 2ª, e da 17ª para a 18ª, cuja distância é o dobro do padrão das demais estações
vizinhas. Se a distância da 5ª até a 12ª estação é de 8 km e 750 m, o comprimento total dessa linha de
Metrô, da primeira à última estação, é de
(A) 23 km e 750 m.
(B) 21 km e 250 m.
(C) 25 km.
(D) 22 km e 500 m.
(E) 26 km e 250 m.

05. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Um funcionário de uma empresa
deve executar uma tarefa em 4 semanas. Esse funcionário executou 3/8 da tarefa na 1a semana. Na 2a
semana, ele executou 1/3 do que havia executado na 1a semana. Na 3a e 4a semanas, o funcionário
termina a execução da tarefa e verifica que na 3a semana executou o dobro do que havia executado na
4a semana. Sendo assim, a fração de toda a tarefa que esse funcionário executou na 4ª semana é igual
a

. 85
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(A) 5/16.
(B) 1/6.
(C) 8/24.
(D)1/ 4.
(E) 2/5.

06. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Bia tem 10 anos a mais que Luana,
que tem 7 anos a menos que Felícia. Qual é a diferença de idades entre Bia e Felícia?
(A) 3 anos.
(B) 7 anos.
(C) 5 anos.
(D) 10 anos.
(E) 17 anos.

07. (DAE Americana/SP – Analista Administrativo – SHDIAS) Em uma praça, Graziela estava
conversando com Rodrigo. Graziela perguntou a Rodrigo qual era sua idade, e ele respondeu da seguinte
forma:
- 2/5 de minha idade adicionados de 3 anos correspondem à metade de minha idade.
Qual é a idade de Rodrigo?
(A) Rodrigo tem 25 anos.
(B) Rodrigo tem 30 anos.
(C) Rodrigo tem 35 anos.
(D) Rodrigo tem 40 anos.

08. (METRÔ/SP - Agente de Segurança Metroviária I - FCC) Dois amigos foram a uma pizzaria. O
3 7
mais velho comeu 8 da pizza que compraram. Ainda da mesma pizza o mais novo comeu 5 da
quantidade que seu amigo havia comido. Sendo assim, e sabendo que mais nada dessa pizza foi comido,
a fração da pizza que restou foi
3
(𝐴)
5
7
(𝐵)
8
1
(𝐶)
10
3
(𝐷)
10
36
(𝐸)
40

09. (METRÔ/SP - Agente de Segurança Metroviária I - FCC) Glauco foi à livraria e comprou 3
exemplares do livro J. Comprou 4 exemplares do livro K, com preço unitário de 15 reais a mais que o
preço unitário do livro J. Comprou também um álbum de fotografias que custou a terça parte do preço
unitário do livro K.

Glauco pagou com duas cédulas de 100 reais e recebeu o troco de 3 reais. Glauco pagou pelo álbum
o valor, em reais, igual a
(A) 33.
(B) 132.
(C) 54.
(D) 44.
(E) 11.

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10. (METRÔ/SP - Agente de Segurança Metroviária I - FCC) Hoje, a soma das idades de três irmãos
é 65 anos. Exatamente dez anos antes, a idade do mais velho era o dobro da idade do irmão do meio,
que por sua vez tinha o dobro da idade do irmão mais novo. Daqui a dez anos, a idade do irmão mais
velho será, em anos, igual a
(A) 55.
(B) 25.
(C) 40.
(D) 50.
(E) 35.

Comentários

01. Alternativa: E
0.2 + 1.8 + 2.x + 3.2 = 28
0 + 8 + 2x + 6 = 28 → 2x = 28 – 14 → x = 14 / 2 → x = 7

02. Alternativa: D
Quantidade a ser recebida por cada um: x
Se 1/3 de cada um foi colocado em um recipiente e deu R$900,00, quer dizer que cada uma colocou
R$300,00.
𝑥
𝑥 3
= + 300
3 2
𝑥 𝑥
= + 300
3 6
𝑥 𝑥
− = 300
3 6
2𝑥 − 𝑥
= 300
6
𝑥
= 300
6
x = 1800
Recebida: 1800.3=5400

03. Alternativa: E
Vamos chamar de ( x ) o valor para cada motorista. Assim:
16 . x = Total
Total = 10 . (x + 57) (pois 6 desistiram)
Combinando as duas equações, temos:
16.x = 10.x + 570 → 16.x – 10.x = 570
6.x = 570 → x = 570 / 6 → x = 95
O valor total é: 16 . 95 = R$ 1520,00.

04. Alternativa: A

Sabemos que da 5ª até a 12ª estação = 8 km + 750 m = 8750 m.


A quantidade de “espaços” da 5ª até a 12ª estação é: (12 – 5). x = 7.x
Assim: 7.x = 8750
x = 8750 / 7
x = 1250 m
Por fim, vamos calcular o comprimento total:
17 – 2 = 15 espaços
2.x + 2.x + 15.x =

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= 2.1250 + 2.1250 + 15.1250 =
= 2500 + 2500 + 18750 = 23750 m 23 km + 750 m

05. Alternativa: B
Tarefa: x
Primeira semana: 3/8x
1 3 1
2 semana:3 ∙ 8 𝑥 = 8 𝑥

3 1 4 1
1ª e 2ª semana:8 𝑥 + 8 𝑥 = 8 𝑥 = 2 𝑥

Na 3ª e 4ª semana devem ser feito a outra metade, pois ele executou a metade na 1ª e 2ª semana
como consta na fração acima (1/2x).
3ªsemana: 2y
4ª semana: y
1
2𝑦 + 𝑦 = 2 𝑥
1
3𝑦 = 2 𝑥
1
𝑦 = 6𝑥

06. Alternativa: A
Luana: x
Bia: x + 10
Felícia: x + 7
Bia – Felícia = x + 10 – x – 7 = 3 anos.

07. Alternativa: B
Idade de Rodrigo: x
2 1
𝑥 +3 = 𝑥
5 2
2 1
5
𝑥 − 2 𝑥 = −3

Mmc(2,5)=10
4𝑥−5𝑥
= −3
10

4𝑥 − 5𝑥 = −30
𝑥 = 30

08. Alternativa: C
𝑝𝑖𝑧𝑧𝑎: 𝑥 ∴ 𝑦: 𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜𝑢 𝑑𝑎 𝑝𝑖𝑧𝑧𝑎

3
𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑣𝑒𝑙ℎ𝑜: 𝑥
8
7 3 21
𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑜 ∶ ∙ 𝑥= 𝑥
5 8 40
3 21
𝑥+ 𝑥+𝑦 = 𝑥
8 40
3 21
𝑦=𝑥− 𝑥− 𝑥
8 40
40𝑥 − 15𝑥 − 21𝑥 4𝑥 1
𝑦= = = 𝑥
40 40 10

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Sobrou 1/10 da pizza.

09. Alternativa: E
Preço livro J: x
Preço do livro K: x+15
𝑥 + 15
á𝑙𝑏𝑢𝑚:
3
Valor pago:197 reais (2.100 – 3)

𝑥 + 15
3𝑥 + 4(𝑥 + 15) + = 197
3

9𝑥 + 12(𝑥 + 15) + 𝑥 + 15
= 197
3

9𝑥 + 12𝑥 + 180 + 𝑥 + 15 = 591


22𝑥 = 396
𝑥 = 18
𝑥 + 15 18 + 15
á𝑙𝑏𝑢𝑚: = = 11
3 3

O valor pago pelo álbum é de R$ 11,00.

10. Alternativa: C
Irmão mais novo: x
Irmão do meio: 2x
Irmão mais velho:4x
Hoje:
Irmão mais novo: x + 10
Irmão do meio: 2x + 10
Irmão mais velho:4x + 10
x + 10 + 2x + 10 + 4x + 10 = 65
7x = 65 – 30 → 7x = 35 → x = 5
Hoje:
Irmão mais novo: x + 10 = 5 + 10 = 15
Irmão do meio: 2x + 10 = 10 + 10 = 20
Irmão mais velho:4x + 10 = 20 + 10 = 30
Daqui a dez anos
Irmão mais novo: 15 + 10 = 25
Irmão do meio: 20 + 10 = 30
Irmão mais velho: 30 + 10 = 40
O irmão mais velho terá 40 anos.

INEQUAÇÃO DO 1º GRAU

Inequação9 é toda sentença aberta expressa por uma desigualdade.


Uma inequação do 1º grau pode ser expressa por:

ax + b > 0 ; ax + b ≥ 0 ; ax + b < 0 ; ax + b ≤ 0 , onde a ∈ R* e b ∈ R.

A expressão à esquerda do sinal de desigualdade chama-se primeiro membro da inequação. A


expressão à direita do sinal de desigualdade chama-se segundo membro da inequação.

Propriedades
- Aditiva: Uma desigualdade não muda de sentido quando adicionamos ou subtraímos um mesmo
número aos seus dois membros.

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- Multiplicativa: Aqui teremos duas situações que devemos ficar atentos:
1º) Uma desigualdade não muda de sentido quando multiplicamos ou dividimos seus dois membros
por um mesmo número positivo.

2º) Uma desigualdade muda de sentido quando multiplicamos ou dividimos seus dois membros por um
mesmo número negativo.

O que é falso, pois -15 < -6.

Resolução prática de inequações do 1º grau: resolver uma inequação é determinar o seu conjunto
verdade a partir de um conjunto universo dado. A resolução de inequações do 1º grau é feita procedendo
de maneira semelhante à resolução de equações, ou seja, transformando cada inequação em outra
inequação equivalente mais simples, até se obter o conjunto verdade.

Exemplo:
Resolver a inequação 4(x – 2) ≤ 2 (3x + 1) + 5, sendo U = Q.
1º passo: vamos aplicar a propriedade distributiva
4(x – 2) ≤ 2 (3x + 1) + 5 → 4x – 8 ≤ 6x + 2 + 5

2º passo: agrupamos os termos semelhantes da desigualdade e reduzimos os mesmos.


4x – 6x ≤ 2 + 5 + 8 → -2x ≤ 15

3º passo: multiplicamos por -1, e invertemos o sentido da desigualdade.


-2x ≤ 15 → -2x ≥ 15

4º passo: passamos o -2 para o outro lado da desigualdade dividindo


15
𝑥≥−
2

Logo:
U = {x ϵ Q | x ≥ -15/2}

Vejamos mais um exemplo:

Resolver a inequação – 5x + 10 ≥ 0 em U = R
-5x + 10 ≥ 0 → -5x ≥ -10, como o sinal do algarismo que acompanha x é negativo, multiplicamos por (
-1) ambos os lados da desigualdade → 5x ≤ 10 (ao multiplicarmos por -1 invertemos o sinal da
desigualdade) → x ≤ 2.
S = {x є R | x ≤ 2}

Um outro modo de resolver o mesmo exemplo é através do estudo do sinal da função:


y = -5x + 10, fazemos y = 0 (como se fossemos achar o zero da função)
-5x + 10 = 0 → -5x = -10 → 5x = 10 → x = 2.

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Temos uma função do 1º grau decrescente, pois a < 0 (a = -5 < 0).

Como queremos os valores maiores e iguais, pegamos os valores onde no gráfico temos o sinal de (
+ ) , ou seja os valores que na reta são menores e iguais a 2; x ≤ 2.

- Inequações do 1º grau com duas variáveis

Denominamos inequação toda sentença matemática aberta por uma desigualdade.


As inequações podem ser escritas das seguintes formas:
ax + b > 0;
ax + b < 0;
ax + b ≥ 0;
ax + b ≤ 0.
Onde a, b são números reais com a ≠ 0.

- Representação gráfica de uma inequação do 1º grau com duas variáveis Método prático:

1) Substituímos a desigualdade por uma igualdade.


2) Traçamos a reta no plano cartesiano.
3) Escolhemos um ponto auxiliar, de preferência o ponto (0, 0) e verificamos se o mesmo satisfaz ou
não a desigualdade inicial.

3.1) Em caso positivo, a solução da inequação corresponde ao semiplano ao qual pertence o ponto
auxiliar.

3.2) Em caso negativo, a solução da inequação corresponde ao semiplano oposto aquele ao qual
pertence o ponto auxiliar.

Exemplo:
Vamos representar graficamente a inequação 2x + y ≤ 4.

Substituindo o ponto auxiliar (0, 0) na inequação 2x + y ≤ 4.


Verificamos:
2.0 + 0 ≤ 4 → 0 ≤ 4, a afirmativa é positiva, pois o ponto auxiliar satisfaz a inequação. A solução da
inequação corresponde ao semiplano ao qual pertence o ponto auxiliar (0, 0).

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Questões

01. (OBM) Quantos são os números inteiros x que satisfazem à inequação 3 < √x < 7?
(A) 13;
(B) 26;
(C) 38;
(D) 39;
(E) 40.

02. (ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) A pontuação numa prova de 25 questões é a seguinte: + 4 por


questão respondida corretamente e –1 por questão respondida de forma errada. Para que um aluno
receba nota correspondente a um número positivo, deverá acertar no mínimo:
(A) 3 questões
(B) 4 questões
(C) 5 questões
(D) 6 questões
(E) 7 questões

03. (Tec. enfermagem/PM) O menor número inteiro que satisfaz a inequação 4x + 2 (x-1) > x – 12 é:
(A) -2.
(B) -3.
(C) -1.
(D) 4.
(E) 5.

04. (AUX. TRT 6ª/FCC) Uma pessoa, brincando com uma calculadora, digitou o número 525. A seguir,
foi subtraindo 6, sucessivamente, só parando quando obteve um número negativo. Quantas vezes ela
apertou a tecla correspondente ao 6?
(A) 88.
(B) 87.
(C) 54.
(D) 53.
(E) 42.

05. (CFSD/PM) Baseado na figura abaixo, o menor valor inteiro par que o número x pode assumir para
que o perímetro dessa figura seja maior que 80 unidades de comprimento é:

(A) 06.
(B) 08.
(C) 10.
(D) 12.
(E) 14.

06. (MACK) – Em N, o produto das soluções da inequação 2x – 3 ≤ 3 é:


(A) maior que 8.
(B) 6.
(C) 2.
(D) 1.
(E) 0.

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07. (SEE/AC – Professor de Ciências da Natureza Matemática e suas Tecnologias – FUNCAB)
Determine os valores de que satisfazem a seguinte inequação:
3𝑥 𝑥
+2≤ −3
2 2

(A) x > 2
(B) x ≤ - 5
(C) x > - 5
(D) x < 2
(E) x ≤ 2

08. (UEAP – Técnico em Planejamento, Orçamento e Finanças – Ciências Contábeis – CS-


UFG) O dono de um restaurante dispõe de, no máximo, R$ 100,00 para uma compra de batata e
feijão. Indicando por X e Y os valores gastos, respectivamente, na compra de batata e de feijão, a
inequação que representa esta situação é:
(A) X + Y > 100
(B) X + Y ≤ 100
𝑋
(C) > 100
𝑌
𝑋
(D) ≤ 100
𝑌
Respostas

01. Alternativa: D.
Como só estamos trabalhando com valores positivos, podemos elevar ao quadrado todo mundo e ter
9 < x < 49, sendo então que x será 10, 11, 12, 13, 14, ..., 48.
Ou seja, poderá ser 39 valores diferentes.

02. Alternativa: D.
Se a cada x questões certas ele ganha 4x pontos então quando erra (25 – x) questões ele perde (25 –
x)(-1) pontos, a soma desses valores será positiva quando:
4X + (25 -1 )(-1) > 0 → 4X – 25 + x > 0 → 5x > 25 → x > 5
O aluno deverá acertar no mínimo 6 questões.

03. Alternativa: C.
4x + 2 – 2 > x -12
4x + 2x – x > -12 +2
5x > -10
x > -2
Se enumerarmos nosso conjunto verdade teremos: V= {-1,0,1, 2,...}, logo nosso menor número inteiro
é -1.

04. Alternativa: A.
Vamos chamar de x o número de vezes que ele apertou a calculadora
525 – 6x < 0 (pois o resultado é negativo)
-6x < -525. (-1) → 6x > 525 → x > 87,5; logo a resposta seria 88(maior do que 87,5).

05. Alternativa: B.
Perímetro soma de todos os lados de uma figura:
6x – 8 + 2. (x+5) + 3x + 8 > 80
6x – 8 + 2x + 10 + 3x + 8 > 80
11x + 10 > 80
11x > 80 -10
x > 70/11
x > 6,36
Como tem que ser o menor número inteiro e par, logo teremos 8.

06. Alternativa: E.
2x ≤ 3+3
2x ≤ 6

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x≤3
Como ele pede o produto das soluções, teremos: 3.2.1.0,...= 0; pois todo número multiplicado por zero
será ele mesmo.

07. Alternativa: B.
3𝑥 𝑥 3𝑥 𝑥 2𝑥
+2 ≤ −3 → − ≤ −3 − 2 → ≤ −5 → 𝑥 ≤ −5
2 2 2 2 2

08. Alternativa: B.
Batata = X
Feijão = Y
O dono não pode gastar mais do que R$ 100,00(ele pode gastar todo o valor e menos do que o valor),
logo:
X + Y ≤ 100

EQUAÇÃO DO 2º GRAU

Uma equação é uma expressão matemática que possui em sua composição incógnitas, coeficientes,
expoentes e um sinal de igualdade. As equações são caracterizadas de acordo com o maior expoente de
uma das incógnitas.

Em que a, b, c são números reais e a ≠ 0.

Nas equações de 2º grau com uma incógnita10, os números reais expressos por a, b, c são chamados
coeficientes da equação.

Equação completa e incompleta

- Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz completa.

Exemplos
x2 - 5x + 6 = 0 = 0 é uma equação completa (a = 1, b = – 5, c = 6).
- 3y2 + 2y - 15 = 0 é uma equação completa (a = - 3, b = 2, c = - 15).

- Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se diz incompleta.

Exemplos
x² - 36 = 0 é uma equação incompleta (b=0).
x² - 10x = 0 é uma equação incompleta (c = 0).
4x² = 0 é uma equação incompleta (b = c = 0).

Todas essas equações estão escritas na forma ax2 + bx + c = 0, que é denominada forma normal ou
forma reduzida de uma equação do 2º grau com uma incógnita.
Há, porém, algumas equações do 2º grau que não estão escritas na forma ax2 + bx + c = 0; por meio
de transformações convenientes, em que aplicamos o princípio aditivo e o multiplicativo, podemos reduzi-
las a essa forma.

Exemplo
Pelo princípio aditivo.
2x2 – 7x + 4 = 1 – x2
10
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IEZZI, Gelson. DOLCE, Osvaldo. Matemática: ciência e aplicações. 9ª ed. Saraiva. São Paulo. 2017.

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2x2 – 7x + 4 – 1 + x2 = 0
2x2 + x2 – 7x + 4 – 1 = 0
3x2 – 7x + 3 = 0

Exemplo
Pelo princípio multiplicativo.

Raízes de uma equação do 2º grau


Raiz é o número real que, ao substituir a incógnita de uma equação, transforma-a numa sentença
verdadeira. As raízes formam o conjunto verdade ou solução de uma equação.

Resolução das equações incompletas do 2º grau com uma incógnita


Primeiramente devemos saber duas importantes propriedades dos números Reais que é o nosso
conjunto Universo.

1°) A equação é da forma ax2 + bx = 0.


x2 – 9x = 0  colocamos x em evidência
x . (x – 9) = 0 , aplicando a 1º propriedade dos Reais temos:
x=0 ou x–9=0
x=9
Logo, S = {0, 9} e os números 0 e 9 são as raízes da equação.

2º) A equação é da forma ax2 + c = 0.


x2 – 16 = 0  Fatoramos o primeiro membro, que é uma diferença de dois quadrados.
(x + 4) . (x – 4) = 0, aplicando a 1º propriedade dos Reais temos:
x+4=0 x–4=0
x=–4 x=4
ou
x2 – 16 = 0 → x2 = 16 → √x2 = √16 → x = ± 4, (aplicando a segunda propriedade).
Logo, S = {–4, 4}.

Resolução das equações completas do 2º grau com uma incógnita

Para este tipo de equação utilizaremos a Fórmula de Bháskara.


Usando o processo de Bháskara e partindo da equação escrita na sua forma normal, foi possível
chegar a uma fórmula que vai nos permitir determinar o conjunto solução de qualquer equação do 2º grau
de maneira mais simples.

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Essa fórmula é chamada fórmula resolutiva ou fórmula de Bháskara.

Nesta fórmula, o fato de x ser ou não número real vai depender do discriminante Δ; temos então, três
casos a estudar.

A existência ou não de raízes reais e o fato de elas serem duas ou uma única dependem,
exclusivamente, do discriminante Δ = b2 – 4.a.c; daí o nome que se dá a essa expressão.

Exemplos
1) Resolver a equação 3x2 + 7x + 9 = 0 no conjunto R.
Temos: a = 3, b = 7 e c = 9

−7 ± √−59
𝑥=
6

Como Δ < 0, a equação não tem raízes reais.


Então: S = ᴓ

2) Resolver a equação 5x2 – 12x + 4=0


Temos que a= 5, b= -12 e c = 4.
Aplicando na fórmula de Bháskara:

−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 −(−12) ± √(−12)2 − 4.5.4 12 ± √144 − 80 12 ± √64


𝑥= = = =
2𝑎 2.5 10 10

Como Δ > 0, logo temos duas raízes reais distintas:

12 ± 8 12 + 8 20 12 − 8 4: 2 2
𝑥= → 𝑥′ = = = 2 𝑒 𝑥 ′′ = = =
10 10 10 10 10: 2 5

S= {2/5, 2}

Relação entre os coeficientes e as raízes


As equações do 2º grau possuem duas relações entre suas raízes, são as chamadas relações de
Girard, que são a Soma (S) e o Produto (P).

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𝒃
1) Soma das raízes é dada por: 𝑺 = 𝒙𝟏 + 𝒙𝟐 = − 𝒂

𝒄
2) Produto das raízes é dada por: 𝑷 = 𝒙𝟏 . 𝒙𝟐 = 𝒂

Logo podemos reescrever a equação da seguinte forma:

x2 – Sx + P = 0
Exemplos
1) Determine uma equação do 2º grau cujas raízes sejam os números 2 e 7.
Resolução:
Pela relação acima temos:
S = 2+7 = 9
P = 2.7 = 14
Com esses valores montamos a equação: x2 - 9x + 14 = 0

2) Resolver a equação do 2º grau: x2 - 7x + 12 = 0


Observe que S = 7 e P = 12, basta agora pegarmos dois números aos quais somando obtemos 7 e
multiplicados obtemos 12.
S= 3 + 4 = 7 e P = 4.3 = 12, logo o conjunto solução é: S = {3,4}

Questões

01. (Pref. Jundiaí/SP – Eletricista – MAKIYAMA) Para que a equação (3m-9)x²-7x+6=0 seja uma
equação de segundo grau, o valor de m deverá, necessariamente, ser diferente de:
(A) 1.
(B) 2.
(C) 3.
(D) 0.
(E) 9.

02. (Câmara de Canitar/SP – Recepcionista – INDEC) Qual a equação do 2º grau cujas raízes são
1 e 3/2?
(A) x²-3x+4=0
(B) -3x²-5x+1=0
(C) 3x²+5x+2=0
(D) 2x²-5x+3=0

03. (Câmara de Canitar/SP – Recepcionista – INDEC) O dobro da menor raiz da equação de 2º grau
dada por x²-6x=-8 é:
(A) 2
(B) 4
(C) 8
(D) 12

04. (CGU – Administrativa – ESAF) Um segmento de reta de tamanho unitário é dividido em duas
partes com comprimentos x e 1-x respectivamente.
Calcule o valor mais próximo de x de maneira que
x = (1-x) / x, usando 5=2,24.
(A) 0,62
(B) 0,38
(C) 1,62
(D) 0,5
(E) 1/ 𝜋

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05. (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Hoje João tem oito anos a mais que sua irmã, e o produto
das suas idades é 153. Daqui a dez anos, a soma da idade de ambos será:
(A) 48 anos.
(B) 46 anos.
(C) 38 anos.
(D) 36 anos.
(E) 32 anos.

06. (Pref. Paulistana/PI – Professor de Matemática – IMA) Temos que a raiz do polinômio p(x) = x²
– mx + 6 é igual a 6. O valor de m é:
(A) 15
(B) 7
(C) 10
(D) 8
(E) 5

07. (CBTU – Analista de Gestão – CONSULPLAN) Considere a seguinte equação do 2º grau: ax2 +
bx + c = 0. Sabendo que as raízes dessa equação são x’ = 6 e x’’ = –10 e que a + b = 5, então o
discriminante dessa equação é igual a
(A) 196.
(B) 225.
(C) 256.
(D) 289.

08. (SAAE/SP - Fiscal Leiturista – VUNESP) O dono de uma papelaria comprou 98 cadernos e ao
formar pilhas, todas com o mesmo número de cadernos, notou que o número de cadernos de uma pilha
era igual ao dobro do número de pilhas. O número de cadernos de uma pilha era
(A) 12.
(B) 14.
(C) 16.
(D) 18.
(E) 20.

09. (Pref. de São Paulo/SP - Guarda Civil Metropolitano - MS CONCURSOS) Se x1 > x2 são as
1 1
raízes da equação x2 - 27x + 182 = 0, então o valor de - é:
𝑥2 𝑥1
1
(A) 27
.

1
(B) 13.

(C) 1.
1
(D) 182.

1
(E) 14.

10. (Pref. de Mogeiro/PB - Professor – EXAMES) A soma das raízes da equação (k - 2)x² - 3kx + 1
= 0, com k ≠ 2, é igual ao produto dessas raízes. Nessas condições. Temos:
(A) k = 1/2.
(B) k = 3/2.
(C) k = 1/3.
(D) k = 2/3.
(E) k = -2.

. 98
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Comentários

01. Resposta: C
Neste caso o valor de a ≠ 0, 𝑙𝑜𝑔𝑜:
3m - 9 ≠ 0 → 3m ≠ 9 → m ≠ 3

02. Resposta: D
Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação:
x² - Sx +P=0, usando o método da soma e produto; S= duas raízes somadas resultam no valor
numérico de b; e P= duas raízes multiplicadas resultam no valor de c.

3 5
𝑆 =1+ = =𝑏
2 2
3 3
𝑃 =1∙ = = 𝑐 ; 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑛𝑑𝑜
2 2
5 3
𝑥2 − 𝑥 + = 0
2 2

2𝑥 2 − 5𝑥 + 3 = 0

03. Resposta: B
x²-6x+8=0
∆= (−6)2 − 4.1.8 ⇒ 36 − 32 = 4

−(−6)±√4 6±2
𝑥= 2.1
⇒ 𝑥= 2
6+2
𝑥1 = 2 = 4

6−2
𝑥2 = 2
=2

Dobro da menor raiz: 22=4

04. Resposta: A
1−𝑥
𝑥=
𝑥
x² = 1-x
x² + x -1 =0
∆= (1)2 − 4.1. (−1) ⇒ ∆= 1 + 4 = 5
−1 ± √5
𝑥=
2
(−1 + 2,24)
𝑥1 = = 0,62
2
−1 − 2,24
𝑥2 = = −1,62 (𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑣é𝑚)
2

05. Resposta: B
Hoje:
J = IR + 8 ( I )
J . IR = 153 ( II )
Substituir ( I ) em ( II ):
(IR + 8). IR = 153
IR² + 8.IR – 153 = 0 (Equação do 2º Grau)
𝛥 = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
𝛥 = 82 − 4.1. (−153)

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
𝛥 = 64 + 612
𝛥 = 676

−𝑏±√𝛥
𝑥= 2𝑎

−8±√676 −8±26
𝑥= 2.1
= 2

−8+26 18
𝑥1 = 2
= 2
=9

−8−26 −34
𝑥2 = 2
= 2
= −17 (Não Convém)

Portanto, hoje, as idades são 9 anos e 17 anos.


Daqui a 10 anos, serão 19 anos e 27 anos, cuja soma será 19 + 27 = 46 anos.

06. Resposta: B
Lembrando que a fórmula pode ser escrita como :x²-Sx+P, temos que P(produto)=6 e se uma das
raízes é 6, a outra é 1.
Então a soma é 6+1=7
S=m=7

07. Resposta: C
O discriminante é calculado por ∆ = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
Antes, precisamos calcular a, b e c.
* Soma das raízes = – b / a
– b / a = 6 + (– 10)
– b / a = – 4 . (– 1)
b=4.a
Como foi dado que a + b = 5, temos que: a + 4.a = 5. Assim:
5.a = 5 e a = 1
*b=4.1=4
Falta calcular o valor de c:
* Produto das raízes = c / a
c / 1 = 6 . (– 10)
c = – 60
Por fim, vamos calcular o discriminante:
∆ = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
∆ = 42 − 4.1. (−60) = 16 + 240 = 256

08. Resposta: B
Chamando de (c o número de cadernos em cada pilha, e de ( p ) o número de pilhas, temos:
c = 2.p (I)
p.c = 98 (II)
Substituindo a equação (I) na equação (II), temos:
p.2p = 98
2.p² = 98
p² = 98 / 2
p = √49
p = 7 pilhas
Assim, temos 2.7 = 14 cadernos por pilha.

09. Resposta: D
Primeiro temos que resolver a equação:
a = 1, b = - 27 e c = 182
∆ = b2 – 4.a.c
∆ = (-27)2 – 4.1.182
∆ = 729 – 728

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∆=1

−𝑏±√∆ −(−27)±√1 27±1


𝑥= 2𝑎
= 2.1
= 2
→ x1 = 14 ou x2 = 13

O mmc entre x1 e x2 é o produto x1.x2

1 1 𝑥1 − 𝑥2 14 − 13 1
− = = =
𝑥2 𝑥1 𝑥2 . 𝑥1 14.13 182

10. Resposta: C
−𝑏 𝑐
Vamos usar as fórmulas da soma e do produto: S = 𝑎 e P = 𝑎.
(k – 2)x2 – 3kx + 1 = 0; a = k – 2, b = - 3k e c = 1
S=P
−𝑏 𝑐
𝑎
= 𝑎 → - b = c → -(-3k) = 1 → 3k = 1 → k = 1/3

INEQUAÇÃO DO 2º GRAU

Chamamos de inequação do 2º toda desigualdade pode ser representada da seguinte forma:

ax2 + bx + c > 0 , ax2 + bx + c < 0 , ax2 + bx + c ≥ 0 ou ax2 + bx + c ≤ 0

A sua resolução depende do estudo do sinal da função y = ax2 + bx + c, para que possamos determinar
os valores reais de x para que tenhamos, respectivamente:
y > 0 , y < 0 , y ≥ 0 ou y ≤ 0.

E para o estudo do sinal, temos os gráficos abaixo:

Para melhor entendimento vejamos alguns exemplos:

1) Resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.


Δ = b2 – 4.a.c → Δ = 102 – 4.3.7 = 100 – 84 = 16
−10 + 4 −6
−10 ± √16 −10 ± 4 𝑥′ = = = −1
𝑥= →𝑥= →{ 6 6
2.3 6 −10 − 6 14 7
𝑥 ′′ = =− =−
6 6 3

Agora vamos montar graficamente o valor para que assim achemos os valores que satisfaçam a
mesma.

. 101
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Como queremos valores menores que zero, vamos utilizar o intervalo onde os mesmos satisfaçam a
inequação, logo a solução para equação é:
S = {x ϵ R | -7/3 < x < -1}

2) Determine a solução da inequação x² – 4x ≥ 0.


4+4
−(−4) ± √16 4 ± 4 𝑥′ = 2 = 4
𝑥= →𝑥= {
2 2 4−4
𝑥 ′′ = =0
2
Graficamente temos:

Observe que ao montarmos no gráfico conseguimos visualizar o intervalo que corresponde a solução
que procuramos. Logo:
S = {x ϵ R | x ≤ 0 ou x ≥ 4}

Questões

01. (VUNESP) O conjunto solução da inequação 9x2 – 6x + 1 ≤ 0, no universo do números reais é:


(A) ∅
(B) R
1
(C) {3}
1
(D) {𝑥 ∈ 𝑅|𝑥 ≥ 3}
1
(E) {𝑥 ∈ 𝑅|𝑥 ≠ 3}

02. (PUC-MG) O produto dos elementos do conjunto 𝐴 = {𝑥 ∈ 𝑁|(𝑥 − 2). (7 − 𝑥) > 0} é:


(A) 60
(B) 90
(C) 120
(D) 180
(E) 360
1
03. Em R, o domínio mais amplo possível da função, dada por 𝑓(𝑥) = , é o intervalo:
√9−𝑥 2
(A) [0; 9]
(B) ]0; 3[
(C) ]- 3; 3[
(D) ]- 9; 9[
(E) ]- 9; 0[
Comentários

01. Resposta: C.
Resolvendo por Bháskara:
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
∆= (−6)2 − 4.9.1

. 102
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
∆= 36 − 36 = 0
−𝑏±√∆
𝑥=
2𝑎
−(−6)±√0
𝑥=
2.9
6±0 6 1
𝑥= 18
= 18 = 3 (delta igual a zero, duas raízes iguais)

Fazendo o gráfico, a > 0 parábola voltada para cima:

1
S = {3}

02. Resposta: E.
(x – 2).(7 – x) > 0 (aplicando a distributiva)
7x – x2 – 14 + 2x > 0
- x2 + 9x – 14 > 0
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
∆= 92 − 4. (−1). (−14)
∆= 81 − 56 = 25
−9±√25
𝑥= 2.(−1)
−9±5 −9+5 −4 −9−5 −14
𝑥= 
𝑥1 = = = 2 ou 𝑥2 = = =7
−2 −2 −2 −2 −2
Fazendo o gráfico, a < 0 parábola voltada para baixo:

a solução é 2 < x < 7, neste intervalo os números naturais são: 3, 4, 5 e 6.


3.4.5.6 = 360

03. Resposta: C.
Para que exista a raiz quadrada da função temos que ter 9 – x2 ≥ 0. Porém como o denominador da
fração tem que ser diferente de zero temos que 9 – x2 > 0.
- x2 + 9 >0
As soluções desta equação do 2° grau são 3 e – 3.
Fazendo o gráfico, a < 0, parábola voltada para baixo:

A solução é – 3 < x < 3 ou ]- 3; 3[

. 103
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EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES MODULARES

O módulo11 é conhecido como o valor absoluto do número. Por definição temos:

Seja x um número real. O módulo de x, denotado por |x|, é definido por

Interpretando geometricamente o módulo de um número real x, na reta, com a distância de x a origem,


temos:

Observamos que as distâncias são sempre positivas ou 0, logo: |x| ≥ 0.

Propriedades: Sendo a um número real positivo e x e y números reais quaisquer, demonstra-se que:
a) √𝒙𝟐 = |𝒙|

b) |x| = a  x = - a ou x = a

c) |x| < a  - a < x < a

d) |x| > a  x < - a ou x > a

e) |x| = | - x|

f) x2 = |x|2 = |x2|

g) |x.y| = |x|.|y|

𝐱 |𝐱|
h) |𝐲| = |𝐲|

i) |x + y| ≤ |x| + |y| (Desigualdade Triangular)

Equação modular

Sua resolução está baseada nas seguintes propriedades:

Tendo como conjunto universo: U = R.

Exemplos
a) Resolver a equação |2x + 1| = 5.
De acordo com as propriedades, temos:
2x + 1 = 5  2x = 4  x = 2 ou
2x + 1 = -5  2x = -6  x = -3
S = {-3,2}.

BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática – Volume 1 – Versão beta – Editora Moderna
11

. 104
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b) |9x + 2| = -3
Sabemos que o módulo é sempre positivo, como o valor do módulo é igual a -3, não podemos ter |9x
+ 2| < 0. Portanto o conjunto solução da equação é S = ᶲ

Inequação Modular

A resolução de inequações modulares se baseia nas seguintes propriedades:

Exemplo
Resolvendo a inequação |2x + 1| > 5.
De acordo com P1, podemos escrever:
2x + 1 < -5  2x < -6  x < -3 (I) ou
2x + 1 > 5  2x > 4  x > 2 (II)
Fazendo a união:

Questões

01.O valor em R, da equação |2x – 3| = 5, é?


(A) -1 e 4.
(B) 3 e 5
(C) -5 e 5.
(D) -4 e 4.
(E) -1 e 1.

02. O valor em R, da inequação |2x – 5| < 3, é?


(A) {x ∈ R| 3 < x < 5}
(B) {x ∈ R| -1 < x < 1}
(C) {x ∈ R| 1 < x < 4}
(D) {x ∈ R| -4< x < 4}
(E) {x ∈ R| 4 < x < 8}

03. Resolvendo em R, os valores da inequação√(2𝑥 − 5)2 ≥ 1 será?


(A) {x ∈ R| x = 2 ou x = 3}
(B) {x ∈ R| 4 ≤ x ≤ 9}
(C) {x ∈ R| 2 ≤ x ≤ 3}
(D) {x ∈ R| x ≤ 4 ou x ≥ 9}
(E) {x ∈ R| x ≤ 2 ou x ≥ 3}

. 105
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
04. (UEL) Quaisquer que sejam os números reais x e y:
(A) se |x| < |y|, então x < y.
(B) |x.y| = |x|.|y|
(C) |x + y| = |x| + |y|
(D) | - |x|| = - x
(E) se x < 0, então |x| < x

05. (FEI) Os valores reais de x que satisfazem a inequação |2x – 1| < 3 são tais que:
(A) x < 2
(B) x > - 1
(C) ½ < x < 2
(D) x > 2
(E) – 1 < x < 2

Comentários

01. Resposta: A
|2x – 3| = 5
2x – 3 = 5 ou 2x – 3 = - 5
2x = 5 + 3 2x = - 5 + 3
2x = 8 2x = - 2
x=8:2 x=-2:2
x=4 x=-1
V = {- 1, 4}

02. Resposta: C
|2x – 5| < 3
Pela propriedade c:

- 3 < 2x – 5 < 3
- 3 + 5 < 2x < 3 + 5
2 < 2x < 8 (dividindo por 2)
1<x<4

V = {x ∈ R| 1 < x < 4}
03. Resposta: E
Pela propriedade:

√(2𝑥 − 5)2 ≥ 1 → |2x – 5| ≥ 1


Por propriedade:
2x – 5 ≤ - 1 ou 2x – 5 ≥ 1
2x ≤ - 1 + 5 2x ≥ 1 + 5
2x ≤ 4 2x ≥ 6
x≤4:2 x≥6:2
x≤2 x≥3
V = {x ∈ R| x ≤ 2 ou x ≥ 3}

04. Resposta: B
Resolução: teórico, basta observar as propriedades.

05. Resposta: E
|2x – 1| < 3
Pela propriedade c:
- 3 < 2x – 1 < 3
- 3 + 1 < 2x < 3 + 1
- 2 < 2x < 4 (dividindo por 2)
-1<x<2

. 106
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
EQUAÇÃO EXPONENCIAL

Chama-se equação exponencial12, toda equação onde a variável x se encontra no expoente.

Exemplos
3𝑥 = 1 ; 5.22𝑥+2 = 20

Para resolução precisamos encontrar os valores da variável que a torna uma sentença numérica
verdadeira. Vamos relembrar algumas das propriedades da potenciação para darmos continuidade:

Vamos ver o passo a passo para resolução de uma equação exponencial:

Exemplos

1) 2x = 8
1º) Algumas equações podem ser transformadas em outras equivalentes, as quais possuem nos dois
membros potências de mesma base. Neste caso o 8 pode ser transformado em potência de base 2.
Fatorando o 8 obtemos 23 = 8
2º) Aplicando a propriedade da potenciação:  base iguais, igualamos os expoentes, logo
x=3

2) 2m . 24 = 210
2 m + 4 = 210  m + 4 = 10  m = 10 - 4  m = 6
S = {6}

3) 6 2m – 1 : 6 m – 3 = 64
6 (2m – 1 ) – (m – 3) = 64  2m – 1 – m + 3 = 4  2m – m = 4 + 1 – 3  m = 5 – 3  m = 2
S = {2}

4) 32x - 4.3x + 3 = 0.
A expressão dada pode ser escrita na forma:
(3x)2 – 4.3x + 3 = 0
Criamos argumentos para resolução da equação exponencial.
Fazendo 3x = y, temos:
y2 – 4y + 3 = 0 y = 1 ou y = 3 (Foi resolvida a equação do segundo grau)
Como 3x= y, então 3x = 1 = 0 ou
3x = 3 x = 1
S = {0,1}

Questões

01. (PM/SP – Cabo – CETRO) O valor de x na equação é 5 ∙ 3𝑥+1 + 3𝑥−2 = 408 é


(A) 1.
(B) 2.
(C) 3.
(D) 4.

12
colegioweb.com.br
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática – Volume 1
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único

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02. (PM/SP – Sargento CFS – CETRO) É correto afirmar que a solução da equação exponencial 3 ∙
9 − 4 ∙ 3x + 1 = 0 é
x

(A) S = {0, 1}.


(B) S = {-1, 0}.
(C) S = {-2, 1}.
(D) S = {1/3,1}

03. (Escola de Sargento Das Armas – Combatente/Logística – Exército Brasileiro) Se 5x+2=100,


então 52x é igual a:
(A) 4.
(B) 8.
(C) 10.
(D) 16.
(E) 100.

04. (Escola De Sargento Das Armas –Música– Exército Brasileiro) O conjunto solução da equação
exponencial 4x-2x=56 é:
(A) {-7,8}
(B) {3,8}
(C) {3}
(D) {2,3}
(E) {8}

05. (BANESE – Técnico Bancário I – FCC) Uma empresa utiliza a função y = (1,2)x − 1 para estimar
o volume de vendas de um produto em um determinado dia. A variável y representa o volume de vendas
em milhares de reais. A variável x é um número real e representa a quantidade de horas que a empresa
dedicou no dia para vender o produto (0 ≤ x ≤ 6). Em um dia em que o volume de vendas estimado foi de
R$ 500,00, o valor utilizado para x, em horas, é tal que
(A) 1 < x ≤ 2.
(B) 2 < x ≤ 3.
(C) 3 < x ≤ 4.
(D) 4 < x ≤ 5.
(E) 5 < x ≤ 6.
06. (Pref. de Araraquara/SP – Agente da Administração dos Serviços de Saneamento – CETRO)
2
O conjunto solução da equação:(16𝑥−1 )𝑥+1 = 4𝑥 +𝑥+4 é
(A) S = {-2, 3}
(B) S = {-1, 4}
(C) S = {0, 6}
(D) S = {-4, 1}

07. (TJ/PR - Técnico Judiciário – TJ/PR) Após o processo de recuperação de uma reserva ambiental,
uma espécie de aves, que havia sido extinta nessa reserva, foi reintroduzida. Os biólogos responsáveis
por essa área estimam que o número P de aves dessa espécie, t anos após ser reintroduzida na reserva,
possa ser calculado pela expressão

300
𝑃=
7 + 8 × (0,5)𝑡

De acordo com essa estimativa, quantos anos serão necessários para dobrar a população inicialmente
reintroduzida?
(A) 2 anos.
(B) 4 anos.
(C) 8 anos.
(D) 16 anos.

. 108
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
08. (CREA/PR – Administrador – FUNDATEC) Se 5n + 5-n = 10, o valor de 25n + 25-n é
(A) 100.
(B) 98.
(C) 75.
(D) 50.
(E) 68.

09. (SANEAR – Fiscal - FUNCAB) Sendo 23X+1 = 128 e y = 5 . x - 3, o valor de y² , é:


(A) 49
(B) 36
(C) 25
(D) 16
(E) 9
Comentários

01. Resposta: C
3𝑥+1 (5 + 3−3 ) = 408
1
3𝑥+1 (5 + 27) = 408
136
3𝑥+1 ( 27 ) = 408
27
3𝑥+1 = 408 ∙ 136
3𝑥+1 = 81
3𝑥 . 3 = 81
3𝑥 = 27
3 𝑥 = 33
𝑥=3

02. Resposta: B
3. (3𝑥 )² − 4 ∙ 3𝑥 + 1 = 0
3𝑥 = 𝑦
3𝑦 2 − 4𝑦 + 1 = 0
∆= 16 − 12 = 4
(4 ± 2)
𝑦=
6
1
𝑦1 = 1 𝑦2 =
3
Voltando:
3𝑥 = 1
3 𝑥 = 30
𝑥=0
1
3𝑥 =
3
3𝑥 = 3−1
𝑥 = −1

03. Resposta: D
5𝑥 ∙ 25 = 100
5𝑥 = 4
52𝑥 = (5𝑥 )2 = 42 = 16

04. Resposta: C
Podemos simplificar 4x = 22x
Substituindo:
(2x)2 – 2x = 56
Fazendo 2x = y
y² - y – 56 = 0
∆ =(-1)² -4.1.(-56) = 1 + 224 = 225

. 109
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
1 ± 15
𝑦=
, 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚 𝑦 = 8 𝑜𝑢 𝑦 = −7
2
O resultado y = -7 não convém, pois 2x é sempre positivo, assim:
2x = 8  2x = 2³  x = 3  S = {3}

05. Resposta: B
0,5 = (1,2)x − 1
1,5 = 1,2x
1,2²=1,44
1,2³=1,728
Portanto, 2 < x ≤ 3.

06. Resposta: A
2
(42𝑥−2 )𝑥+1 = 4𝑥 +𝑥+4
(2x-2)(x+1)=x²+x+4
2x²+2x-2x-2=x²+x+4
x²-x-6=0
=1+24=25
1±5
𝑥= 2
1+5
𝑥1 = =3
2
1−5
𝑥2 = = −2
2

07. Resposta: B
Vamos verificar quantos animais foram reintroduzidos inicialmente (t = 0):
300 300 300
𝑃= 0 = = = 20 (população inicial)
7+8×(0,5) 7+8 𝑋 1 15

População dobrada: 2 . 20 = 40
Assim:
300
40 = 7+8×(0,5)𝑡
40 . (7 + 8 . 0,5𝑡 ) = 300
300
7 + 8 . 0,5𝑡 = 40
8 . 0,5𝑡 = 7,5 − 7
0,5
0,5𝑡 = 8
0,5𝑡 = 0,0625 = 0,54
Excluindo as bases (0,5), temos que t = 4 anos.

08. Resposta: B
Elevando ao quadrado:
(5𝑛 + 5−𝑛 )2 = 102
52𝑛 + 2.5𝑛 . 5−𝑛 + 5−2𝑛 = 100
5𝑛 . 5−𝑛 = 50 = 1
52𝑛 + 5−2𝑛 = 100 − 2
52𝑛 + 5−2𝑛 = 98
25 = 5²

09. Resposta: A
128=27
23X+1 = 27
3X-1=7
X=2
Y=5.2-3=7
Y²=7²=49

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INEQUAÇÂO EXPONENCIAL

Assim como as equações exponenciais, as inequações são aquelas cujo a variável se encontra no
expoente. São representadas por uma desigualdade > , < , ≤ ou ≥.

Exemplos

Resolução de inequação exponencial

Resolver uma inequação exponencial é achar valores para variável que satisfaça a sentença
matemática.
Antes de resolver uma inequação exponencial, deve-se observar a situação das bases nos dois
membros, caso as bases sejam diferentes, reduza-as a uma mesma base e, em seguida, forme uma
inequação com os expoentes. Atente-se as regras dos sinais:

Caso a > 1, mantenha o sinal original.

Caso 0 < a < 1, inverta o sinal.

Exemplos

A) 2x ≥ 128
Por fatoração, 128 = 27.
2x ≥ 27  como as bases são iguais e a > 1, basta formar uma inequação com os expoentes  x ≥ 7
S = {x ∈ R | x ≥ 7}

𝟏 𝒙 𝟏 𝟐
B) ( ) < ( )
𝟑 𝟑

Como as bases são iguais então igualamos os expoentes: x < 2. E como as bases estão
compreendidas entre 0 e 1, inverte-se o sinal, logo: x > 2.
S = {x ϵ R | x > 2}

C) 4x + 4 > 5 . 2x
Perceba que, por fatoração, 4x = 22x e 22x é o mesmo que (2x)². Vamos reescrever a inequação, temos:
(2x)² + 4 > 5 . 2x
Chamando 2x de t, para facilitar a resolução, ficamos com:
t2 + 4 > 5t
t2 – 5t + 4 > 0, observe que caímos em uma equação do 2º grau, resolvendo a equação encontramos
as raízes da mesma t’ = 1 e t’’ = 4. Como a > 0, concavidade fica para cima; e isto também significa que
estamos procurando valores que tornem a inequação positiva, ficamos com:
t < 1 ou t > 4
Retornando a equação inicial:
t = 2x
2x < 1  x < 0  lembre-se que todo número elevado a 1 é igual ao próprio número, e que todo
número elevado a zero é igual a 1.
2x > 4  2x > 22  x > 2.
S = {x ∈ R | x < 0 ou x > 2}

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Questões

01. A soma das raízes da equação 5x2– 2x+1 = 5625 é:


(A) -4
(B) -2
(C) -1
(D) 2
(E) 4

02. (PUC-SP) Na função exponencial


y = 2x2 – 4x , determine os valores reais de x para os quais 1<y<32.
(A) S = { x ϵ R| 0<x<4}
(B) S = { x ϵ R| x < -2 e x > 4}
(C) S = { x ϵ R| x < 0 e x > 5}
(D) S = { x ϵ R| x < 8 e x > 4}
(E) S = { x ϵ R| x < 0 e x > 4}

Comentários

01. Resposta: D.
2 𝑏 −2
5𝑥 −2𝑥+1 = 54 → 𝑥 2 − 2𝑥 + 1 = 4 → 𝑥 2 − 2𝑥 − 3 = 0 → 𝐴 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑟𝑎í𝑧𝑒𝑠 é 𝑑𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟 − 𝑎 → − 1 = 2

02 . Resposta: E.
Devemos determinar esta inequação obtendo números em mesma base numérica.

Como agora temos somente números na base numérica 2, podemos escrever essa desigualdade em
relação aos expoentes.
0 < x2 – 4x < 5  Vamos fazer cada desigualdade separadamente:
0 < x2 – 4x  Devemos encontrar as raízes da equação do segundo grau x2-4x=0 e comparar o
intervalo de valores em relação à desigualdade.
x2 – 4x = 0  x’ = 0 e x’’ = 4
Devemos comparar a desigualdade em três intervalos, (o intervalo menor que o x’, o intervalo entre x’
e x’’ e o intervalo maior que x’’).
Para valores menores que x’’, teremos o seguinte:

Portanto, os valores menores que x = 0 satisfazem essa inequação. Vejamos valores entre 0 e 4.

Portanto, não é um intervalo válido. Agora os valores maiores que 4.

Portanto para a desigualdade 0 < x2 – 4x a solução é:


S = { x ϵ R| x < 0 e x > 4}

LOGARITMO

Sendo a um número real, positivo e diferente de 1 e N um número real positivo, chama-se logaritmo
de N na base a o número ao qual devemos elevar a base a para obtermos N.

Definição: log a N = x ⇔ ax = N, onde:


- N é chamado de logaritmando e N > 0.
- a é chamado de base e a > 0 e a ≠ 1.

Exemplo: log 8 64 = 2 ⇔ 82 = 64

Casos particulares
1) log 𝑎 𝑎 = 1, pois a1 = a

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2) log 𝑎 𝑎𝑛 = 𝑛, pois na = na

3) log 𝑎 1 = 0, pois a0 = 1

Propriedades dos logaritmos


I) Logaritmo do Produto: o logaritmo de um produto é igual à soma de logaritmos.

Log 𝑎 𝑀. 𝑁 = log 𝑎 𝑀 + log 𝑎 𝑁

II) Logaritmo da Divisão: o logaritmo da divisão é igual à subtração de dois logaritmos.

𝑀
Log 𝑎 = log 𝑎 𝑀 − log 𝑎 𝑁
𝑁

III) Logaritmo da Potência: o expoente passa multiplicando.

Log 𝑎 𝑁 𝑚 = 𝑚. log 𝑎 𝑁

Mudança de Base
Em alguns casos é necessário efetuar uma mudança na base que foi dada, para isto temos a seguinte
fórmula:

log 𝑏 𝑁
log 𝑎 𝑁 =
log 𝑏 𝑎

Questões

01. (CPTM - Médico do trabalho – Makiyama) Uma bactéria se espalhava no ambiente em que estava
seguindo uma função logarítmica 𝑓(𝑥) = log 2 𝑥, (x >1), em que x é o tempo medido em minutos e F(x) é
a área que possui a presença da bactéria em m². Após 32 minutos, a área ocupada será de:
(A) 1 m².
(B) 2 m².
(C) 3 m².
(D) 4 m².
(E) 5 m².
02. (BRB – Escriturário – CESPE) Um estudo constatou que a população de uma comunidade é
expressa pela função P(t) = 5.000e0,18t, em que P(t) é a população t anos após a contagem inicial, que
ocorreu em determinado ano, e considerado t = 0. Com referência a esse estudo e considerando 1,2 e
1,8 como os valores aproximados para e0,18e ln 6, respectivamente, julgue o item a seguir. A população
será de 30.000 indivíduos 5 anos após a contagem inicial.
( )Certo ( )Errado

03. (BRB – Escriturário – CESPE) Um estudo constatou que a população de uma comunidade é
expressa pela função P(t) = 5.000e0,18t, em que P(t) é a população t anos após a contagem inicial, que
ocorreu em determinado ano, e considerado t = 0. Com referência a esse estudo e considerando 1,2 e
1,8 como os valores aproximados para e0,18e ln 6, respectivamente, julgue o item a seguir.
Um ano após a contagem inicial, a população da comunidade aumentou em 20%.
( )Certo ( )Errado

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04. (SAEB-BA – Professor – CESPE)

A obra acima foi pintada por Pablo Picasso em um único dia do ano de 1932. Em 1951, a tela foi
adquirida por US$ 20 milhões e, em maio de 2010, foi vendida, em Nova Iorque, em um leilão que durou
apenas 9 minutos, por US$ 95 milhões, sem incluir as comissões.
A respeito dessa situação, considere que o investimento tenha evoluído a uma taxa de juros R,
compostos continuamente, de acordo com o modelo C (t) =C0eRt , em que C(t) é o valor da tela, em
milhões de dólares, t anos após 1951. Nesse caso, assumindo 1,56 como o valor aproximado de ln(4,75),
é correto afirmar que a taxa de juros de tal investimento foi
(A) superior a 5% e inferior a 10%.
(B) inferior a 5%.
(C) superior a 20%.
(D) superior a 10% e inferior a 20%.

05. (CBM/ES – Oficial Bombeiro Militar Combatente – CESPE) A soma dos logaritmos na base 10
de 2 números é 6, e o dobro de um desses logaritmos é 4. Com relação a esses números, julgue o item
a seguir.

O produto desses números é igual a 1 milhão.


( )Certo ( )Errado

06. (CBM/ES - Oficial Bombeiro Militar Combatente – CESPE) A soma dos logaritmos na base 10
de 2 números é 6, e o dobro de um desses logaritmos é 4. Com relação a esses números, julgue o item
a seguir.

A soma desses números é igual a 2.000.


( )Certo ( )Errado

07. (ESSA - Sargento – EB) Se 𝑓(𝑥) = log √5 𝑥 2 , com x real e maior que zero, então o valor de f(f(5))
é:
2𝑙𝑜𝑔2
(A) 1+𝑙𝑜𝑔2

𝑙𝑜𝑔2
(B)
𝑙𝑜𝑔2+2

5𝑙𝑜𝑔2
(C) 𝑙𝑜𝑔2+1

8𝑙𝑜𝑔2
(D) 1−𝑙𝑜𝑔2

5𝑙𝑜𝑔2
(E)
1−𝑙𝑜𝑔2

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08. (PREVIC – Técnico Administrativo – CESPE) Com o objetivo de despertar mais interesse de
seus alunos para a resolução das expressões algébricas que com frequência ocorrem nos problemas,
um professor de matemática propôs uma atividade em forma de desafio. Os estudantes deveriam
preencher retângulos dispostos em forma triangular de modo que cada retângulo fosse o resultado da
soma das expressões contidas nos dois retângulos imediatamente embaixo dele, exceto para aqueles da
base do triângulo. Portanto, na figura a seguir, D = A + B, E = B + C e F = D + E.

Com base nos dados acima, julgue o item que se segue.


Os estudantes que preencheram corretamente os retângulos em branco encontraram F = In (4x) + 4x
√x.
( )Certo ( )Errado

09. (Petrobras – Engenheiro de Petróleo Júnior – CESGRANRIO) Dado log3(2) = 0,63, tem-se que
log6(24) é igual a
(A) 1,89.
(B) 1,77.
(C) 1,63.
(D) 1,51.
(E) 1,43.

10.(Pref. Chupinguaia/RO - Professor – MSCONCURSOS) O conjunto solução da equação log (x² -


8) = 0:
(A) ∅.
(B) {0}.
(C) {– 3, 3}.
(D) {– 9, 9}.
Comentários

01. Resposta: E
Fazendo x = 32, temos:
𝐹(𝑥) = log 2 32 , fatorando o 32 temos 25. Então:
𝐹(𝑥) = log 2 25 , pela propriedade log 𝑎 𝑎𝑛 = 𝑛, temos que F(x) = 5 m2
02. Resposta: CERTO
Pelo enunciado que saber o valor de t quando P(t) = 30.000:
P(t) = 30.000

5.000.𝑒 0,18𝑡 = 30.000


30.000
𝑒 0,18𝑡 = 5.000

𝑒 0,18𝑡 = 6 , colocando logaritmo (ln) nos dois membros:


ln 𝑒 0,18𝑡 = ln 6 , pela propriedade log 𝑏 𝑎𝑛 = 𝑛. log 𝑏 𝑎

0,18t = 1,8 → t = 1,8: 0,18 = 10

03. Resposta: CERTO


Se após u 1 ano houve um aumento de 20% temos 100% + 20% = 120% = 120: 100 = 1,2. Fazendo t
= 1 nós teremos:
P(1) = 1.2.P(0)

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5000 e0,18.1 = 5000 e0,18.0
e0,18 = 1,2.e0
1,2 = 1,2 – Certo

04. Resposta: B
Do enunciado: preço em 2010 (final) 95 mi, preço em 1951 (inicial) 20 mi, tempo t = 2010 – 1951 = 59
anos e C(t) é preço final e C0 preço inicial.
C(t) = C0.eRt
95 = 20.eR.59
95 : 20 = e59R
4,75 = e59R , neste ponto para calcularmos o valor de R temos que utilizar logaritmo, já que temos a
seguinte propriedade log 𝑎 𝑁 𝑚 = 𝑚. log 𝑎 𝑁, então colocaremos logaritmo nos dois membros da equação.
E, pelo enunciado, usaremos ln (log. Neperiano de base e). Então:
ln4,75 = lne59R
1,56 = 59R
R = 1,56 : 59 = 0,02644 (x100) → R = 2,644%

05. Resposta: CERTO


Sendo x e y os logaritmandos, temos:
log 𝑥 + log 𝑦 = 6
2. log 𝑥 = 4
Para esta questão só precisamos para soma (1ª equação) e da propriedade que diz: a soma de dois
logaritmos é igual ao logaritmo do produto. Então:
log 𝑥 + log 𝑦 = 6 → log 𝑥𝑦 = 6 → como a base é 10 → 106 = x.y
x.y = 1.000.000

06. Resposta: ERRADO


Sendo x e y os logaritmandos, temos:
log 𝑥 + log 𝑦 = 6
2. log 𝑥 = 4
4
log 𝑥 = → log 𝑥 = 2 → 102 = x → x = 100
2

Da questão anterior xy = 1.000.000, então:


100.y = 1.000.000 → y = 1.000.000 : 100 → y = 10.000
x + y = 100 + 10.000 = 10.100

07. Resposta: D
f(x) = log √5 𝑥 2 calcular f(f(5)), primeiro vamos calcular f(5):
2
f(5) = log √5 52 = log 1 52 = 1 = 2.2 = 4
52 2
log𝑏 𝑁
f(f(5)) = f(4) = log √5 42 = 2. log √5 4, agora usamos a mudança de base log 𝑎 𝑁 = log𝑏 𝑎
, mudando para
base 10:
log 4 log 22 2.log 2 2.log 2 2
2. log √5 4 = 2. (log ) = 2. ( 1 ) = 2. ( 1 ) = 2. (1 10 ) → lembrando que 1 = 4:
√5 52 .log 5 .log
2 2 2 2

4.log 2 8.log 2
2. (log 10−log 2) = 1−log 2

08. Resposta: CERTO


x
D = A + B → D = ln( ) + x√x + B
2
E=B+C
-x√x + 2.ln(2) = B – 5x√x + ln(2)
-x√x + 2.ln(2) + 5x√x - ln(2) = B
B = 4x√x + ln(2)
F = D +E
𝑥
𝐹 = 𝑙𝑛 ( ) + 𝑥 √𝑥 + 𝐵 − 𝑥 √𝑥 + 2. ln(2) → 𝐹 = ln(𝑥) − ln(2) + 4𝑥 √𝑥 + ln(2) + ln(22 )
2

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F = 4x√x + ln(x) + ln(4)
F = ln(4x) + 4x√x

09. Resposta: B
Sabemos que log 3 2 = 0,6. O log que foi dado está na base 3 e o que pede para calcular na base 6.
log 𝑁
Primeiro precisamos mudar de base e para isto temos a fórmula log 𝑎 𝑁 = 𝑏 .
log𝑏 𝑎
log3 24
log 6 24 = =
log3 6

log3 23 .3 log3 23 +log3 3


= = =
log6 2.3 log3 2+log3 3

3.log3 2+1 3.0,63+1 2,89


= = = ≅ 1,77
0,63+1 1,63 1,63

10. Resposta: C
Temos um logaritmo de base 10.
log10 (𝑥 2 − 8) = 0 , pela definição de logaritmo, temos:
100 = x2 – 8
1 = x2 – 8
1 + 8 = x2
x2 = 9 → x = ±√9 → x = 3 ou x = - 3.

EQUAÇÃO LOGARÍTMICA13

Existem equações que não podem ser reduzidas a uma igualdade de mesma base pela simples
aplicação das propriedades das potências. A resolução de uma equação desse tipo baseia-se na
definição de logaritmo.

𝒂𝒙 = 𝒃 → 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒃 , 𝒄𝒐𝒎 𝟎 < 𝒂 ≠ 𝟏 𝒆 𝒃 > 𝟎.

Existem quatro tipos de equações logarítmicas:

1º) Equações redutíveis a uma igualdade entre dois logaritmos de mesma base:
𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒈(𝒙)

A solução pode ser obtida impondo-se f(x) = g(x) > 0.


Exemplo
𝐥𝐨𝐠 𝟓 𝟐𝒙 + 𝟒 = 𝐥𝐨𝐠 𝟓 𝟑𝒙 + 𝟏
Temos que:
2x + 4 = 3x + 1
2x – 3x = 1 – 4
–x=–3
x=3
Portanto, S = {3}

2º) Equações redutíveis a uma igualdade entre dois logaritmos e um número real:
𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) = 𝒓

A solução pode ser obtida impondo-se f(x) = ar.

Exemplo
𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝟓𝒙 + 𝟐 = 𝟑
Pela definição de logaritmo temos:
5x + 2 = 33
5x + 2 = 27
13
brasilescola.com
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática – Volume 1
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Ùnico

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5x = 27 – 2
5x = 25
x=5
Portanto S = {5}.

3º) Equações que são resolvidas por meio de uma mudança de incógnita:

Exemplo
(𝐥𝐨𝐠 𝟒 𝒙)𝟐 − 𝟑. 𝐥𝐨𝐠 𝟒 𝒙 = 𝟒
Vamos fazer a seguinte mudança de incógnita:
𝐥𝐨𝐠 𝟒 𝒙 = 𝒚

Substituindo na equação inicial, ficaremos com:

4º) Equações que envolvem utilização de propriedades ou de mudança de base:

Exemplo
𝐥𝐨𝐠(𝟐𝒙 + 𝟑) + 𝐥𝐨𝐠(𝒙 + 𝟐) = 𝟐 𝐥𝐨𝐠 𝒙

Usando as propriedades do logaritmo, podemos reescrever a equação acima da seguinte forma:


log[(2𝑥 + 3)(𝑥 + 2)] = log 𝑥 2

Note que para isso utilizamos as seguintes propriedades:


log 𝑥. 𝑦 = log 𝑥 + log 𝑦
log 𝑥 𝑛 = 𝑛. log 𝑥
Vamos retornar à equação:

Como ficamos com uma igualdade entre dois logaritmos, segue que:
(2x +3)(x + 2) = x2
ou
2x2 + 4x + 3x + 6 = x2
2x2 – x2 + 7x + 6 = 0
x2 + 7x + 6 = 0

x = -1 ou x = - 6

Lembre-se que para o logaritmo existir o logaritmando e a base devem ser positivos. Com os valores
encontrados para x, o logaritmando ficará negativo. Sendo assim, a equação não tem solução ou S = ø.

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Questões

01. (Escola de Sargento das Armas – Combatente/Logística – Exército Brasileiro) O logaritmo de


um produto de dois fatores é igual à soma dos logaritmos de cada fator, mantendo-se a mesma base.
Identifique a alternativa que representa a propriedade do logaritmo anunciada.
(A) Logb(a.c )= logba + logbc
(B) Logb(a.c) = logb(a + c)
(C) Logb(a + c) = logba.logbc
(D) Logb(a + c) = logb(a.c)
(E) Loge(a.c) = logba + logfc

02. (FUSA/PR – Agente Comunitário de Saúde – UNIUV) Aplicando as propriedades de logaritmo


na equação log A - log B = 0, teremos:
(A) A . B = 0
(B) A . B > 0
(C) A = B
(D) A / B = 0
(E) A é o inverso de B

03. (Escola de Sargento das Armas – Música – Exército Brasileiro) Sabendo que log P = 3loga -
4logb + 1/2logc, assinale a alternativa que representa o valor de P.
(dados: a = 4, b = 2 e c = 16)
(A) 12
(B) 52
(C) 16
(D) 24
(E) 73

04. (SESI/PA – Nutricionista – FIDESA) Para calcular o pH de um efluente, os técnicos do


1
departamento de controle ambiental utilizam a fórmula: 𝑝𝐻 = log (|𝐻 +|), onde |H+|é a concentração de
íons H+ nas amostras do efluente. Considerando que a concentração de íons é |H+|=5x10-5 e log 2 = 0,3,
o pH das amostras coletadas desse efluente é de:
(A) 3,6
(B) 4,3
(C) 6,4
(D) 7,2

05. (LIQUIGÁS – Assistente Administrativo – CESGRANRIO) Qual é o produto das raízes da


equação [log(x)]² - log(x²) - 3 = 0 ?
(A) - 3.000
(B) - 3
(C) 0,001
(D) 100
(E) 1.000
Comentários

01. Resposta: A
Logb(a.c )= logba + logbc

02. Resposta: C
log(A/B)=0
Pela propriedade do log:
A/B=1
A=B

03. Resposta: C
1
log P = log a3 − logb4 + logc 2

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1
c2 3
log P = log (a . 4 )
b
43 √16
P= 24
= 16

04. Resposta: B

1
pH = log ( )
|5x10−5 |

pH = log(0,2x105 )
pH = log 0,2 + log105

2
pH = log ( ) + 5log10
10

pH = log 2 − log 10 + 5log10


pH=0,3-1+5=4,3

05. Resposta: D
[log(x)]²- 2logx - 3 = 0
Fazendo logx=y
y²-2y-3=0
=4+12=16

2±4
𝑦=
2
y1 = 3
y2 = −1

Substituindo:
Log x=3
X=10³=1000
Log x=-1
X=10-1=0,1
Produto das raízes: 10000,1=100

INEQUAÇÃO LOGARITMICA

A forma de se resolver a inequação logarítmica é a mesma da equação, mas é preciso ter muito
cuidado quando a base for 0 < a < 1.
São dois tipos de inequação logarítmica.

1º) Inequações redutíveis a uma desigualdade entre logaritmos de mesma base:


𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) < 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒈(𝒙)

Neste caso há ainda dois casos a considerar

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Exemplo
Log3 (2x+1)≤1
Condição de existência:
2x + 1 > 0 → 2x > – 1 → x > -1/2 (S1)
Veja que no 2º membro da desigualdade não temos um logaritmo. Porém, podemos escrever o número
1 em forma de logaritmo, dessa forma igualando as bases: 1=log3 31. A Base 3 foi escrita
intencionalmente, para se igualar a base do logaritmo escrito no 1º membro. Reescrevendo a inequação:
Log3 (2x+1)≤log3 31 → como a > 1 mantem-se a direção inicial do sinal.
2x + 1 ≤ 31 → 2x ≤ 3 – 1
2x ≤ 2 → x ≤ 1.
S = S1 ∩ S2 → a solução final é a interseção das soluções 1 e 2.
S = {x ∈ R | −12 < x ≤ 1}

2º) Inequações redutíveis a uma desigualdade entre um logaritmo e um número real:


𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) > 𝒓 𝒐𝒖 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) < 𝒓

Para resolver uma inequação desse tipo, basta substituir r por log 𝑎 𝑎𝑟 ; assim teremos:
𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) < 𝒓 𝒆𝒒𝒖𝒊𝒗𝒂𝒍𝒆 𝒂 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) < 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒂𝒓
𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) > 𝒓 𝒆𝒒𝒖𝒊𝒗𝒂𝒍𝒆 𝒂 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) > 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒂𝒓

Exemplo
log1/2 (x−7)>log1/2(3x+1)
Condições de existência:
x – 7 > 0 → x > 7 (S1)
3x + 1 > 0 → 3x > – 1 → x > −13 (S2)

log1/2(x−7)>log1/2(3x+1) → como 0 < a <1 inverte-se a direção inicial do sinal.


x – 7 < 3x + 1 → x – 3x < 1 + 7
–2x < 8 → 2x > – 8 → x > – 4 (S3)
S = S1 ∩ S2 ∩ S3 → a solução final é a interseção das soluções 1, 2 e 3.
S = {x ∈ R | x > 7}

Questões

01. (SEE/AC – Professor de Matemática e Física – FUNCAB) Resolva a inequação abaixo

(A) ]1,5/4[
(B) ]1, 8[
(C) ]- ∞, 5/4[
(D)] -∞, 1[
(E) ]5/4,8[

02. (SEDUC/SP – Professor de Matemática – FGV) Considere a desigualdade:


log 2013 (log 2014 ( log 2015 𝑥)) > 0

o menor valor inteiro de x que satisfaz essa desigualdade é:


(A) 20132014 + 1
(B) 20142013 + 1
(C) 20142015 + 1
(D) 20152014 + 1
(E) 2016

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Comentários

01. Resposta: A
A condição de existência (C.E.).

C.E.: x - 1 > 0,
x>1

Obs.: a função é decrescente (0 < x < 1).

Assim, inverte-se o sinal.

log1/2 (x-1) > 2


log1/2 (x-1) > log1/2 (1/2)2
x – 1 < 1/4
x < 1 + 1/4
x < 5/4
S = {x E R / 1< x < 5/4}
]1, 5/4[

02. Resposta: D
log 2013 (log 2014 ( log 2015 𝑥)) > 0
log 2013 (log 2014 ( log 2015 𝑥)) > log 2013 1
log 2014 (log 2015 𝑥) > 1
log 2014 (log 2015 𝑥) > log 2014 2014¹
log 2015 𝑥 > 2014
log 2015 𝑥 > log 2015 20152014
x > 20152014 , logo o menor inteiro será: x > 20152014 + 1.

EQUAÇÕES POLINOMIAIS

Denominamos equação polinomial14 ou equação algébrica toda equação que pode ser escrita na forma
p(x)=0, em que p(x)=anxn + an-1xn-1 + na-2xn-2 + an-3xn-3 + ... +a2x2 + a1x + a0 é um polinômio de grau n, com
n≥1 e an≠0.
O grau e as raízes de uma equação polinomial p(x)=0 são, respectivamente, iguais ao grau e às raízes
do polinômio p(x). O conjunto solução será o conjunto de todas as suas raízes.

Exemplos
a) x² - 4x + 4 = 0
grau: 2
Raízes: -2 e 2.
Conjunto solução: S = {-2; 2}

b) 3x – 6 = 0
Grau: 1
Raiz: 2
Conjunto solução: S = {2}
c) 3x³ + 8x² - 15x + 4 = 0
Grau: 3
Raízes: -4, 1/3 e 1
Conjunto solução: S = {-4, 1/3, 1}

Teorema Fundamental da Álgebra

O Teorema fundamental da álgebra foi demonstrado satisfatoriamente pela primeira vez em 1798, na
tese de doutorado de Carl Friedrich Gauss (1777-1855), que na época tinha apenas 20 anos.

14
Souza, Joamir. Garcia, Jacqueline. Contato Matemática. Volume 3. 1ªed. FTD. 2016. PNLD 2018.

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Definição: Toda equação polinomial de grau n, com n≥1, admite pelo menos uma raiz complexa.

Como consequência temos o Teorema da decomposição em fatores:

Uma equação polinomial de grau n tem raízes complexas (não necessariamente distintas).

Exemplo
Escreva o polinômio p(x) de raízes -1, 2+i e 2-i, tal que p(2)=9.

Pelo teorema da decomposição em fatores, o polinômio p(x) pode ser escrito como:
P(x)=an.[x-(-1)].[x-(2+i)].[x-(2-i)]
= an.(x+1).(x-2-i).(x-2+i)
= an.(x+1).(x²-4x+5)
= an.(x³-3x²+x+5)
Como p(2)=9, segue que:
P(2) = 9 = an.(2³-32²+2+5)
= an.3 = 9
an = 3
Portanto p(x)=3(x³-3x²+x+5) = 3x³-9x²+3x+15

Multiplicidade de Uma Raiz

Podemos decompor a equação polinomial 2x6 + 14x5 + 12x4 - 68x3 - 38x2 + 150x - 72=0 da seguinte
maneira:
2( x -1)( x -1)( x -1)( x +3)(x +3)( x + 4) = 0 ⇒ 2( x - 1)3 (x + 3)2 (x + 4)= 0

Temos que as raízes dessa equação são: 1, 1, 1, -3, -3 e -4.

Dizemos que: a raiz 1 tem multiplicidade 3 ou que 1 é raiz tripla da equação; a raiz -3 tem multiplicidade
2 ou que -3 é raiz dupla da equação; a raiz -4 tem rnultiplicidade 1 ou que -4 é raiz simples da equação.

Note que a multiplicidade de cada raiz da equação corresponde ao expoente do fator que contém essa
raiz. Por exemplo, a raiz -3 tem multiplicidade 2, e o expoente do fator que a contém é igual a 2. Como a
raiz -3 tem multiplicidade 2, a equação inicial é divisível por (x + 3) e (x + 3)², porém não é divisível por (x
+ 3)³, por exemplo.

DICA: A quantidade de vezes que um número aparece como raiz de uma equação polinomial indica a
multiplicidade dessa raiz.

Exemplos
A) x2 -10x+25= 0 ⇒ (x-5)(x-5)= 0 ⇒ (x – 5)² =0
Como há dois fatores (x-5), dizemos que a raiz 5 tem multiplicidade 2.

B) x7 -11x6 +48x5 -100x4 +80x3 +48x2 -128x + 64=0


⇒ (x - 2)( x - 2)( x - 2)( x - 2)( x - 2)( x - 2)( x + 1) = 0
⇒ (x - 2)6 . (x + 1) = 0
Como há seis fatores (x - 2), dizemos que a raiz 2 tem multiplicidade 6, e como há um fator (x + 1),
dizemos que a raiz -1 é simples.

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Raízes Complexas

A seguir está enunciado um teorema que trata das raízes complexas não reais de uma equação
polinomial de coeficientes reais, ou seja, das raízes complexas da forma z=a+bi, com a∈IR e b∈IR*.
Se o número complexo z e a+bi, com a∈IR e b∈IR*, é raiz de uma equação polinomial com coeficientes
reais, então o conjugado de z, dado por 𝑧̅ =a-bi, também é raiz dessa equação.

Como consequência desse teorema, temos:

Se uma equação polinomial de coeficientes reais possui uma raiz complexa não real z de multiplicidade
m, então 𝑧̅ (conjugado de z) também é uma raiz complexa não real de multiplicidade m dessa equação.

Uma equação polinomial de coeficientes reais possui um número par de raízes complexas não reais.
Portanto, caso o grau de uma equação polinomial de coeficientes reais seja ímpar, essa equação
necessariamente possui um número ímpar de raízes reais.

Exemplos
01. Qual é o grau mínimo de uma equação polinomial de coeficientes reais que possui 2 como raiz
simples, 2 + i como raiz dupla e 1 – i como raiz tripla.
(A) 6
(B) 9
(C) 10
(D) 11
(E) 12

Resolução
Como a equação polinomial possui coeficientes reais, o conjugado de cada raiz complexa não real
também é raiz da equação. Logo:
2 é raiz
2 + i é raiz dupla, então 2 – i também é raiz dupla
1 – i é raiz tripla, então 1 + i também é raiz tripla.
Portanto, a equação polinomial possui no mínimo 1 + 2 + 2 + 3 + 3 = 11 raízes, ou seja, o grau mínimo
da equação é 11, logo alternativa D.

02. Qual é o conjunto solução da equação x4 - 7x3 + 10x2 + 26x – 60 = 0, sabendo que 3+i é uma das
raízes da equação.
(A) S = {3 + i, 3 - i,-2, 3}
(B) S = {3 + i, 3 - i}
(C) S = {3 + i,-2, 3}
(D) S = {3 + i, 3 - i,-3, 2}
(E) S = {3 + i, 3 - i, 0, -1}

Resolução
Como a equação tem coeficientes reais e 3 + i é uma raiz, então 3 - i também é raiz, então podemos
escrever:
(x –(3 + i)) . (x – (3 – i)) = (x – 3 – i) . (x – 3 + i) = x² - 3x +ix - 3x +9 – 3i – ix + 3i – i² = x² - 6x + 9 + 1 =
x² - 6x + 10, portanto para encontrar as outras raízes basta dividirmos o polinômio x4 - 7x3 + 10x2 + 26x
– 60 por x² - 6x + 10, ou seja:

x4 - 7x3 + 10x2 + 26x – 60 = (x² - 6x + 10) . q(x)

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e assim as raízes de q(x) = x² - x – 6 serão:
-2 e 3.
Portanto a solução da equação x4 - 7x3 + 10x2 + 26x – 60 = 0 será:
S = {3 + i, 3 - i,-2, 3}, alternativa A.

Questões

01. (IF/BA – Professor de Matemática - AOPC) Para que a equação x5 - 2x4 + 4x3 - 11x2 + 9x + (m -
3) tenha pelo menos uma raiz real compreendida entre 0 e 2, devemos ter
(A) m > 2 ou m < - 2.
(B) - 2 < m < 2.
(C) m > 3 ou m < - 3.
(D) - 3 < m < 3.
(E) m múltiplo de 3.

02. (IF/BA – Professor de Matemática - AOPC) A equação x3 - 147x + 686 = 0 tem por raízes os
números m e n, sendo m raiz dupla e n = - 2 m. Nessas condições, o valor de (m + n) é
(A) 7.
(B) -7 .
(C) -7 ou 7.
(D) 7 - i.
(E) -7 + i.

03. (Pref. de Fortaleza/CE – Matemática – Pref. de Fortaleza) Considere a expressão E = n.(n + 1)


. (2n + 1), onde n é um número inteiro. A única afirmativa falsa é:
(A) a expressão E é divisível por 2 para todo n ≥ 1.
(B) a expressão E é divisível por 3 para todo n ≥ 1.
(C) a expressão E é divisível por 2 e por 3 para todo n ≥ 1.
(D) a expressão E é divisível por 5 para todo n ≥ 2.

Comentários

01. Resposta: D
Para que uma raiz real esteja entre 0 e 2 basta tomarmos com ponto de partida que; f(0)<0 e f(2)>0,
para assim saber que entre 0 e 2 teremos uma raiz, a partir daí descobrir os possíveis valores de m para
que isto ocorra.
f(0) = 05-2.04+4.03 – 11.02 + 9.0+ (m-3) < 0
m–3<0
m<3

f(2) = 25 – 2.24 + 4.23 – 11.22 + 9.2+ (m-3)>0


32 – 32 + 32 – 44 + 18 + m – 3 >0
- 47 + 50 + m > 0
m>-3
Assim
-3 < m < 3.

02. Resposta: B
Produto das raízes, utilizando uma fórmula é dada por:
Sendo o polinômio do 3º grau podemos ter:
ax³ + bx² + cx + d = 0
x1 . x2 . x3= -d/a , temos

m . m . n = -686/1 , como n = -2m teremos

m² . (-2m) = -681

-2m³3 = -681

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m³ = 681/2

m³ = 343
3
m = √343

m = 7 , logo as raízes são, 7, 7 e -14 , portanto m + n = 7 - 14 = - 7

03. Resposta: D
Vamos testar para alguns valores de n:

para n = 1 ; f(1) = 6
para n = 2 ; f(2) = 30
para n = 3 ; f(3) = 84 Não é múltiplo de 5
Assim f(n) não é divisível por 5 para todo n ≥ 2

POLINÔMIOS

Para polinômios podemos encontrar várias definições diferentes como:


Polinômio é uma expressão algébrica com todos os termos semelhantes reduzidos.
- 3xy é monômio, mas também considerado polinômio, assim podemos dividir os polinômios em
monômios (apenas um monômio), binômio (dois monômios) e trinômio (três monômios).
- 3x + 5 é um polinômio e uma expressão algébrica.

Grau de um polinômio
Como os monômios, os polinômios também possuem grau e é assim que eles são separados. Para
identificar o seu grau, basta observar o grau do maior monômio, esse será o grau do polinômio.
Exemplos
5x2 – 9x – 8 possui grau 2, logo é um polinômio do 2º grau.
4x4 – 10x² – 5x¹ possui grau 4, logo é um polinômio do 4º grau.

Com os polinômios podemos efetuar todas as operações: adição, subtração, divisão, multiplicação,
potenciação e radiciação.

Em resumo:
- Polinômio é uma expressão algébrica racional e inteira, por exemplo:
x2y
3x – 2y
x + y5 + ab

- Monômio é um tipo de polinômio que possui apenas um termo, ou seja, que possui apenas coeficiente
e parte literal. Por exemplo:
a2 → 1 é o coeficiente e a2 parte literal.
3x2y → 3 é o coeficiente e x2y parte literal.
- 5xy6 → -5 é o coeficiente e xy6 parte literal

Operações com Polinômios

- Adição
O procedimento utilizado na adição e subtração de polinômios envolve técnicas de redução de termos
semelhantes, jogo de sinal, operações envolvendo sinais iguais e sinais diferentes.

Exemplos:
1 - Adicionar x2 – 3x – 1 com –3x2 + 8x – 6.
(x2 – 3x – 1) + (– 3x2 + 8x – 6) → eliminar o segundo parênteses através do jogo de sinal.
+ (– 3x2) = – 3x2
+ (+ 8x) = + 8x
+ (– 6) = – 6

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x2 – 3x – 1 –3x2 + 8x – 6 → reduzir os termos semelhantes.
x2 – 3x2 – 3x + 8x – 1 – 6
– 2x2 + 5x – 7
Portanto: (x2 – 3x – 1) + (– 3x2 + 8x – 6) = – 2x2 + 5x – 7

2 - Adicionando 4x2 – 10x – 5 e 6x + 12, teremos:


(4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) → eliminar os parênteses utilizando o jogo de sinal.
4x2 – 10x – 5 + 6x + 12 → reduzir os termos semelhantes.
4x2 – 10x + 6x – 5 + 12
4x2 – 4x + 7
Portanto: (4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) = 4x2 – 4x + 7

- Subtração
Exemplos:
1 - Subtraindo – 3x2 + 10x – 6 de 5x2 – 9x – 8.
(5x2 – 9x – 8) – (– 3x2 + 10x – 6) → eliminar os parênteses utilizando o jogo de sinal.
– (– 3x2) = + 3x2
– (+ 10x) = – 10x
– (– 6) = + 6
5x2 – 9x – 8 + 3x2 –10x +6 → reduzir os termos semelhantes.
5x2 + 3x2 – 9x –10x – 8 + 6
8x2 – 19x – 2
Portanto: (5x2 – 9x – 8) – (– 3x2 + 10x – 6) = 8x2 – 19x – 2

2 - Se subtrairmos 2x³ – 5x² – x + 21 e 2x³ + x² – 2x + 5 teremos:


(2x³ – 5x² – x + 21) – (2x³ + x² – 2x + 5) → eliminando os parênteses através do jogo de sinais.
2x³ – 5x² – x + 21 – 2x³ – x² + 2x – 5 → redução de termos semelhantes.
2x³ – 2x³ – 5x² – x² – x + 2x + 21 – 5
0x³ – 6x² + x + 16
– 6x² + x + 16
Portanto: (2x³ – 5x² – x + 21) – (2x³ + x² – 2x + 5) = – 6x² + x + 16

3 - Considerando os polinômios A = 6x³ + 5x² – 8x + 15, B = 2x³ – 6x² – 9x + 10 e C = x³ + 7x² + 9x +


20. Calcule:
a) A + B + C
(6x³ + 5x² – 8x + 15) + (2x³ – 6x² – 9x + 10) + (x³ + 7x² + 9x + 20)
6x³ + 5x² – 8x + 15 + 2x³ – 6x² – 9x + 10 + x³ + 7x² + 9x + 20
6x³ + 2x³ + x³ + 5x² – 6x² + 7x² – 8x – 9x + 9x + 15 + 10 + 20
9x³ + 6x² – 8x + 45
A + B + C = 9x³ + 6x² – 8x + 45

b) A – B – C
(6x³ + 5x² – 8x + 15) – (2x³ – 6x² – 9x + 10) – (x³ + 7x² + 9x + 20)
6x³ + 5x² – 8x + 15 – 2x³ + 6x² + 9x – 10 – x³ – 7x² – 9x – 20
6x³ – 2x³ – x³ + 5x² + 6x² – 7x² – 8x + 9x – 9x + 15 – 10 – 20
6x³ – 3x³ + 11x² – 7x² – 17x + 9x + 15 – 30
3x³ + 4x² – 8x – 15
A – B – C = 3x³ + 4x² – 8x – 15

- Multiplicação
A multiplicação com polinômio (com dois ou mais monômios) pode ser realizada de três formas:
1) Multiplicação de monômio com polinômio.
2) Multiplicação de número natural com polinômio.
3) Multiplicação de polinômio com polinômio.

As multiplicações serão efetuadas utilizando as seguintes propriedades:


- Propriedade da base igual e expoente diferente: an . am = a n + m
- Monômio multiplicado por monômio é o mesmo que multiplicar parte literal com parte literal e
coeficiente com coeficiente.

. 127
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1) Multiplicação de monômio com polinômio
- Se multiplicarmos 3x por (5x2 + 3x – 1), teremos:
3x.(5x2 + 3x – 1) → aplicar a propriedade distributiva.
3x.5x2 + 3x.3x + 3x.(-1)
15x3 + 9x2 – 3x
Portanto: 3x (5x2 + 3x – 1) = 15x3 + 9x2 – 3x

- Se multiplicarmos -2x2 por (5x – 1), teremos:


-2x2 (5x – 1) → aplicando a propriedade distributiva.
-2x2 . 5x – 2x2 . (-1)
- 10x3 + 2x2
Portanto: -2x2 (5x – 1) = - 10x3 + 2x2

2) Multiplicação de número natural


- Se multiplicarmos 3 por (2x2 + x + 5), teremos:
3 (2x2 + x + 5) → aplicar a propriedade distributiva.
3 . 2x2 + 3 . x + 3 . 5
6x2 + 3x + 15.
Portanto: 3 (2x2 + x + 5) = 6x2 + 3x + 15.

3) Multiplicação de polinômio com polinômio


- Se multiplicarmos (3x – 1) por (5x2 + 2)
(3x – 1) . (5x2 + 2) → aplicar a propriedade distributiva.
3x . 5x2 + 3x . 2 – 1 . 5x2 – 1 . 2
15x3 + 6x – 5x2 – 2
Portanto: (3x – 1) . (5x2 + 2) = 15x3 + 6x – 5x2 – 2

- Multiplicando (2x2 + x + 1) por (5x – 2), teremos:


(2x2 + x + 1) (5x – 2) → aplicar a propriedade distributiva.
2x2 . (5x) + 2x2 . (-2) + x . 5x + x . (-2) + 1 . 5x + 1 . (-2)
10x3 – 4x2 + 5x2 – 2x + 5x – 2
10x3+ x2 + 3x – 2
Portanto: (2x2 + x + 1) (5x – 2) = 10x3+ x2 + 3x – 2

- Divisão

1) Divisão de monômio por monômio


Ao resolvermos uma divisão onde o dividendo e o divisor são monômios devemos seguir a regra:
dividimos coeficiente com coeficiente e parte literal com parte literal. Exemplos: 6x3 ÷ 3x = 6 . x3 = 2x2 3x2
−10 𝑥 2 𝑦 4
−10𝑥 2 𝑦 4 : 2𝑥𝑦 2 = = −5𝑥𝑦 2
2 𝑥 𝑦2

Observação: ao dividirmos as partes literais temos que estar atentos à propriedade que diz que base
igual na divisão, repete a base e subtrai os expoentes.
Depois de relembrar essas definições veja alguns exemplos de como resolver divisões de polinômio
por monômio.
Exemplo 1: (10a3b3 + 8ab2) ÷ (2ab2)

O dividendo 10a3b3 + 8ab2 é formado por dois monômios. Dessa forma, o divisor 2ab2, que é um
monômio, irá dividir cada um deles, veja:
(10a3b3 + 8ab2) ÷ (2ab2)

10𝑎3 𝑏3 8𝑎𝑏 2
+
2𝑎𝑏 2 2𝑎𝑏 2

Assim, transformamos a divisão de polinômio por monômio em duas divisões de monômio por
monômio. Portanto, para concluir essa divisão é preciso dividir coeficiente por coeficiente e parte literal
por parte literal.

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10𝑎3 𝑏3 8𝑎𝑏 2
+
⏟2𝑎𝑏 2 ⏟
2𝑎𝑏 2
5𝑎 2 𝑏 4

ou

Portanto, (10a3b3 + 8ab2) ÷ (2ab2) = 5a2b + 4

Exemplo 2: (9x2y3 – 6x3y2 – xy) ÷ (3x2y)

O dividendo 9x2y3 – 6x3y2 – xy é formado por três monômios. Dessa forma, o divisor 3x2y, que é um
monômio irá dividir cada um deles, veja:
9𝑥 2 𝑦 3 6𝑥 3 𝑦 2 𝑥𝑦
2
− 2
− 2
3𝑥 𝑦 3𝑥 𝑦 3𝑥 𝑦

Assim, transformamos a divisão de polinômio por monômio em três divisões de monômio por monômio.
Portanto, para concluir essa divisão é preciso dividir coeficiente por coeficiente e parte literal por parte
literal.
9𝑥 2 𝑦 3 6𝑥 3 𝑦 2 𝑥𝑦 1
2
− 2
− 2 ⟶ 3𝑦 2 − 2𝑥𝑦 −
3𝑥 𝑦 3𝑥 𝑦 3𝑥 𝑦 3𝑥

Portanto,
1 1𝑥 −1
(9𝑥 2 𝑦 3 − 6𝑥 3 𝑦 2 − 𝑥𝑦): (3𝑥 2 𝑦) = 3𝑦 2 − 2𝑥𝑦 − 𝑜𝑢 3𝑦 2 − 2𝑥𝑦 −
3𝑥 3

2) Divisão de Polinômio por polinômio


Sejam dois polinômios P(x) e D(x), com D(x) não nulo.
Efetuar a divisão de P por D é determinar dois polinômios Q(x) e R(x), que satisfaçam as duas
condições abaixo:

1ª) Q(x).D(x) + R(x) = P(x)

2ª) gr(R) < gr(D) ou R(x)=0

Nessa divisão:
P(x) é o dividendo.
D(x) é o divisor.
Q(x) é o quociente.
R(x) é o resto da divisão.

Obs: Quando temos R(x) = 0 dizemos que a divisão é exata, ou seja, P(x) é divisível por D(x) ou D(x)
é divisor de P(x).

Se D(x) é divisor de P(x)  R(x)=0

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Exemplo:
Determinar o quociente de P(x) = x4 + x3 – 7x2 + 9x – 1 por D(x) = x2 + 3x – 2.
Resolução: Aplicando o método da chave, temos:

Verificamos que:

x

4

x 3
- 2
7x 9x
- 1  (x 2  3x - 2) (x 2 - 2x  1)  (2x  1)
    
P(x) D(x) Q(x) R(x)

O dispositivo de Briot-Ruffini
Utiliza-se para efetuar a divisão de um polinômio P(x) por um binômio da forma (ax + b).
Exemplo: Determinar o quociente e o resto da divisão do polinômio P(x) = 3x3 – 5x2 + x – 2 por (x – 2).
Resolução:

Para resolvermos este problema, vamos seguir o passo a passo abaixo:


1) Vamos achar a raiz do divisor: x – 2 = 0 → x = 2;
2) Colocamos a raiz do divisor e os coeficientes do dividendo ordenadamente na parte de cima da reta,
como mostra a figura acima;
3) O primeiro coeficiente do dividendo é repetido abaixo;
4) Multiplicamos a raiz do divisor por esse coeficiente repetido abaixo e somamos o produto com o 2º
coeficiente do dividendo, colocando o resultado abaixo deste;
5) Multiplicamos a raiz do divisor pelo número colocado abaixo do 2º coeficiente e somamos o produto
com o 3º coeficiente, colocando o resultado abaixo deste, e assim sucessivamente;
6) Separamos o último número formado, que é igual ao resto da divisão, e os números que ficam à
esquerda deste serão os coeficientes do quociente.
Observe que o grau de Q(x) é uma unidade inferior ao de P(x), pois o divisor é de grau 1.
Resposta: Q(x) = 3x2 + x + 3 e R(x) = 4.
O teorema das divisões sucessivas é aplicado em várias divisões utilizando este método citado
acima.

Máximo divisor comum de um polinômio


Um máximo divisor comum de um grupo de dois ou mais polinômios não nulos, de coeficientes
racionais, P1(x), P2(x), ... , Pm(x) é um polinômio de maior grau M(x) que divide todos os polinômios
P1(x), P2(x), ... , Pm(x) .

M(x) também deve só conter coeficientes racionais.

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Saiba: P(x) = 2x3 + x – 1 é um polinômio de coeficientes racionais porque todos os coeficientes das
potências xn (n = 1, 2, 3, ...) e o termo independente são números racionais. O grau deste polinômio é 3.

Saiba:
P(x) = 140x5 + √2 x3 – x2 + 3 NÃO é um polinômio de coeficientes racionais porque há pelo menos
um coeficiente das potências xn (n = 1, 2, 3, ...) ou do termo independente que não é um número racional.
No caso, o coeficiente irracional (que é um número real não racional) é √2 da potência cúbica. Preste
atenção: P(x) não deixa de ser um polinômio! Apenas não é um polinômio racional.

Um polinômio D(x) divide um polinômio A(x) - não nulo - se existe um polinômio Q(x) tal que

A(x) ≡ Q(x)D(x)

Por exemplo, D(x) = x + 2 divide A(x) = x3 + 2x2 – 9x – 18 pois existe um Q(x) = x2 – 9 tal que A(x) ≡
Q(x)D(x). Veja:

x3 + 2x2 – 9x – 18 ≡ (x + 2)(x2 – 9)

Denotamos D(x) | A(x) e lemos: D(x) divide A(x) ou A(x) é divisível por D(x). Q(x) é o quociente.

Procedimento
Obtendo um mdc usando FATORAÇÃO:
Obter a fatoração de P1, P2, etc... Isso quer dizer, decomponha P1, P2, etc... em fatores com menor
grau possível onde os fatores ainda sejam polinômios racionais.
1) Um mdc entre os polinômios é igual produto dos fatores comuns dos polinômios.
2) Caso não existam fatores comuns, o maior divisor comum é 1, logo o mdc(P1, P2, ...) = 1

Exemplos:
1) Obter um mdc entre (x2 – 2x + 1) e (x2 – 1)
x2– 2x + 1 = (x – 1)( x – 1)
x2– 1 = (x – 1)(x + 1)
Um mdc é (x – 1) já que é fator comum entre os polinômios x2– 2x + 1 e x2– 1.

2) Obter um mdc entre (x2 – 2x + 1) e (5x2 – 5)


x2– 2x + 1 = (x – 1)( x – 1)
5x2– 5 = 5(x – 1)(x + 1)
Um mdc é (x – 1) já que é fator comum entre os polinômios x2– 2x + 1 e 5x2– 5 .
Entretanto, em se tratando de polinômios, temos sempre a EXISTÊNCIA de mdc (entre polinômios não
nulos); e isso é garantido, uma vez que 1 divide qualquer polinômio. Mas não temos a unicidade de mdc
para polinômios.
Pela definição, para que um polinômio M(x) seja mdc entre A(x) e B(x) - não nulos - basta que M(x)
divida A(x) e B(x).

Perceba, por exemplo, que A(x) = x2 – 2x + 1 e B(x) = x2 – 1 são ambos divisíveis por x – 1,
2x – 2, 3x – 3, – 4x + 4, ... enfim! A(x) e B(x) são divisíveis por qualquer polinômio da forma
a(x – 1) onde a é uma constante não nula.

Pelo Teorema de D'Alembert, (x – 1) | A(x) assim como (x – 1) | B(x), pois A(1) = B(1) = 0.

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Dica → O MDC entre polinômios não é único.
Mas se P é um mdc entre os polinômios considerados, todo mdc entre eles pode ser escrito como a·P
(a é uma constante não nula).
Não se esqueça que para ser mdc é OBRIGATÓRIO que ele seja o produto de TODOS os divisores
dos polinômios dados (desconsiderando as constantes multiplicativas). O grau do mdc é único.

Teorema do resto
O resto da divisão de um polinômio P(x) pelo binômio ax + b é igual ao

valor numérico desse polinômio para , ou seja, .

Exemplo
Calcule o resto da divisão de P(x) = x² + 5x - 1 por B(x) = x + 1:
Resolução
Achamos a raiz do divisor:
x + 1= 0 x=-1
Pelo teorema do resto, sabemos que o resto é igual a P(-1):
P(-1) = (-1)² + 5.(-1) -1 P(- 1) = - 5 = r
Portanto, o resto da divisão de x² + 5x - 1 por x + 1 é - 5.

Note que P(x) é divisível por ax + b quando r = 0, ou seja, quando . Daí vem o enunciado
do seguinte teorema:

Teorema de D’Alembert
Um polinômio P(x) é divisível pelo binômio 1 se e somente

se .

O caso mais importante da divisão de um polinômio P(x) é aquele em que o divisor é da forma (x - ).
Note que é a raiz do divisor. Então o resto da divisão de P(x) por (x – ) é:
r = P( )
Assim:
P(x) é divisível por (x – ) quando r = 0, ou seja, quando P( ) = 0.

Exemplo

Determine o valor de p, para que o polinômio seja divisível por x – 2:


,
Resolução
Para que P(x) seja divisível por x – 2 devemos ter P(2) = 0, pois 2 é a raiz do divisor:

Assim, para que seja divisível por x – 2 devemos ter p = 19.

Questões

01. (Guarda Civil SP) O resto da divisão do polinômio x³ + 3x² – 5x + 1 por x – 2 é:


(A)1
(B)2
(C)10
(D)11
(E) 12

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02. (Guarda Civil SP) Considere o polinômio
P(x) = 4x4 + 3x3 – 2x2 + x + k
Sabendo que P(1) = 2, então o valor de P(3) é:
(A) 386.
(B) 405.
(C) 324.
(D) 81.
(E) 368.

03. (UESP) Se o polinômio P(x) = x3 + mx2 - 1 é divisível por x2 + x - 1, então m é igual a:


(A)-3
(B)-2
(C)-1
(D)1
(E) 2

04. (UF/AL) Seja o polinômio do 3° grau p = ax³ + bx² + cx + d cujos coeficientes são todos positivos.
O n° real k é solução da equação p(x) = p(- x) se, e somente se, k é igual a:
(A) 0
(B) 0 ou 1
(C) - 1 ou 1
(D) ± √c/a
(E) 0 ou ± √-c/a

05 . (UFSM) Considere os polinômios, de coeficientes reais:


A(x)= x3 + ax2 + bx + c
B(x)= bx3 + 2x2 + cx +2
Teremos que A(k)=B(k), qualquer que seja o número real k, quando:
(A) a=c=2 e b=1
(B) b=c=1 e a=2
(C) a=b=c=1
(D) a=b=c=2
(E) nunca

06. (FUVEST) Um polinômio P(x) = x3 + ax2 + bx + c, satisfaz as seguintes condições:


P(1) = 0; P(–x) + P(x) = 0, qualquer que seja x real. Qual o valor de P(2)?
(A) 2
(B) 3
(C) 4
(D) 5
(E) 6

07. (MACK)

Considerando as divisões de polinômios acima, podemos afirmar que o resto da divisão de P(x) por x2
– 8x + 12 é:
(A) 3x – 2
(B) x + 1
(C) 2x + 2
(D) 2x + 1
(E) x + 2

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08. (FGV) Sabe-se que o polinômio f = x4 – x3 – 3x2 + x + 2 é divisível por x2 – 1. Um outro divisor de f
é o polinômio:
(A) x2 – 4
(B) x2 + 1
(C) (x + 1)2
(D) (x – 2)2
(E) (x – 1)2

09. (FGV) Um polinômio P (x) do 4o grau é divisível por (x – 3)3. Sendo P (0) = 27 e P (2) = –1, então
o valor de P (5) é:
(A) 48
(B) 32
(C) 27
(D) 16
(E) 12
𝑘
10. (MACK) Se P (x) = x3 – 8 x2 + kx – m é divisível por (x – 2) (x + 1) então 𝑚 , (m≠ 0), vale:
(A) 2/5
(B) – 5/14
(C) 7/2
(D) 2/7
(E) 1/2
Comentários

01. Resposta: D.

02. Resposta: A.
P(1) = 4.1 + 3.1 – 2.1 + 1 + k =2
P(1) = 4 + 3 – 2 + 1+ k = 2
10 + k = 2
k=2–6
k=–4
Substituindo k, e fazendo P(3), teremos:
P(3) = 4x4 + 3x³ + 2x² + x – 4
P(3) = 4.(3)4 + 3.(3)3 + 2.(3)2 + 3 -4
P(3) = 4.81 + 3.27 – 2.9 + 3 – 4
P(3) = 324 + 81 – 18 + 3 – 4
P(3) = 386

03. Resposta: E.

o resto deve ser igual a zero, assim teremos que


m-2=0
m=2

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04. Resposta: E.
p(x) = p(- x)
ax³ + bx² + cx + d = - ax³ + bx² - cx + d
2ax³ + 2cx = 0
2(ax³ + cx) = 0
ax³+cx=0
Como k é solução da equação ax³ + cx = 0, teremos
p(k) = ak³ + ck = 0
ak³ + ck = 0
k(ak² + c) = 0
k = 0 ou
ak² + c = 0
k² = - c/a
k = ± √−𝑐/𝑎

05. Resposta: E.
A(x) = B(x)  x3 + ax2 + bx + c = bx3 + 2x2 + cx + 2  x3 +ax2 + bx +c - bx3 - 2x2 – cx - 2 = 0
x3 (1 - b) + x2(a - 2) + x(b - c) + c – 2 = 0, daí tiramos:
b = 1 ; a = 2 ; b = c ; c = 2 , b = 2 , então se b = 1 e b = 2 , b não pode ter dois valores, logo não existe
resposta correta.

06. Resposta: E.
P(x) = x3 + ax2 + bx + c
P(1) = 13+ a12 + b1 + c  a + b + c = - 1
P(- x) + P(x) = - x3 + ax2 – bx + c + x3 + ax2 + bx + c  2ax2 + 2c = 0  ax2 + c = 0  a = 0 ; c = 0
Substituindo em a + b + c = - 1, b = - 1
P(2) = 23 - 1.2 = 8 - 2 = 6

07. Resposta: E.
P(x) = Q(x) (x – 2) + 4; Q(x) = Q1 (x) (x – 6) + 1
P(x) = (Q1 (x) (x – 6) + 1) (x – 2) + 4
P(x) = Q1 (x) (x2 – 8x + 12) + x – 2 + 4
P(x) = Q1 (x) (x2 – 8x + 12) + (x + 2)
R(x) = x + 2

08. Resposta: C.

09. Resposta: E.
P(x) = (x – 3)3 . Q(x) + R(x)
P(0) = – 27 . Q(0) = 27 ⟹ Q(0) = – 1
P(2) = – 1 . Q(2) = – 1 ⇒ Q(2) = 1
P(5) = ?
Q(x) = ax + b
Q(0) = b = – 1
Q(2) = 2a – 1 = 1  a = 1  Q(x) = x – 1
P(5) = (5 – 3)3 . Q(5)  P(5) = 8 . (5 – 1) = 32

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10. Resposta: B.
Resolução:

4 Geometria: plana, espacial e analítica.

GEOMETRIA PLANA

Ângulo: É uma região limitada por duas semirretas de mesma origem.

Elementos de um ângulo

⃗⃗⃗⃗⃗ e 𝑂𝐵
- LADOS: são as duas semirretas 𝑂𝐴 ⃗⃗⃗⃗⃗ .
-VÉRTICE: é o ponto de intersecção das duas semirretas, no exemplo o ponto O.

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do que 90º.

Ângulo Central
- Da circunferência: é o ângulo cujo vértice é o centro da circunferência;
- Do polígono: é o ângulo, cujo vértice é o centro do polígono regular e cujos lados passam por
vértices consecutivos do polígono.

Ângulo Circunscrito: É o ângulo, cujo vértice não pertence à circunferência e os lados são
tangentes a ela.

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Ângulo Inscrito: É o ângulo cujo vértice pertence a uma circunferência.

Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do que 90º.

Ângulo Raso:
- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semirretas opostas.

Ângulo Reto:
- É o ângulo cuja medida é 90º;
- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendiculares.

0
Ângulos Complementares: Dois ângulos são complementares se a soma das suas medidas é 90 .

0
Ângulos Replementares: Dois ângulos são ditos replementares se a soma das suas medidas é 360 .

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Ângulos Suplementares: Dois ângulos são ditos suplementares se a soma das suas medidas de dois
ângulos é 180º.

Então, se x e y são dois ângulos, temos:


- se x + y = 90° → x e y são Complementares.
- se x + y = 180° → e y são Suplementares.
- se x + y = 360° → x e y são Replementares.

Ângulos Congruentes: São ângulos que possuem a mesma medida.

Ângulos Opostos pelo Vértice: Dois ângulos são opostos pelo vértice se os lados de um são as
respectivas semirretas opostas aos lados do outro.

Ângulos consecutivos: são ângulos que tem um lado em comum.

Ângulos adjacentes: são ângulos consecutivos que não tem ponto interno em comum.

- Os ângulos AÔ B e BO
̂ C, AÔ B e AO
̂ C, BO
̂ C e AO
̂ C são pares de ângulos consecutivos.
- Os ângulos AÔ B e BO
̂ C são ângulos adjacentes.
Unidades de medida de ângulos:
Grado: (gr.): dividindo a circunferência em 400 partes iguais, a cada arco unitário que corresponde a
1/400 da circunferência denominamos de grado.

Grau: (º): dividindo a circunferência em 360 partes iguais, cada arco unitário que corresponde a 1/360
da circunferência denominamos de grau.
- o grau tem dois submúltiplos: minuto e segundo. E temos que 1° = 60’ (1 grau equivale a 60 minutos)
e 1’ = 60” (1 minuto equivale a 60 segundos).

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Exemplos:
01. As retas f e g são paralelas (f // g). Determine a medida do ângulo â, nos seguintes casos:

a)

b)

c)

02. As retas a e b são paralelas. Quanto mede o ângulo î?

03. Obtenha as medidas dos ângulos assinalados:

a)

b)

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c)

d)

Resoluções
01. Respostas:
a) 55˚
b) 74˚
c) 33˚

02. Resposta: 130.


Imagine uma linha cortando o ângulo î, formando uma linha paralela às retas "a" e "b".
Fica então decomposto nos ângulos ê e ô.

Sendo assim, ê = 80° e ô = 50°, pois o ângulo ô é igual ao complemento de 130° na reta b.
Logo, î = 80° + 50° = 130°.

03. Respostas:
a) 160° - 3x = x + 100°
160° - 100° = x + 3x
60° = 4x
x = 60°/4
x = 15°
Então 15°+100° = 115° e 160°-3*15° = 115°

b) 6x + 15° + 2x + 5º = 180°
6x + 2x = 180° -15° - 5°
8x = 160°
x = 160°/8
x = 20°
Então, 6*20°+15° = 135° e 2*20°+5° = 45°

c) Sabemos que a figura tem 90°.

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Então x + (x + 10°) + (x + 20°) + (x + 20°) = 90°
4x + 50° = 90°
4x = 40°
x = 40°/4
x = 10°

d) Sabemos que os ângulos laranja + verde formam 180°, pois são exatamente a metade de um círculo.
Então, 138° + x = 180°
x = 180° - 138°
x = 42°
Logo, o ângulo x mede 42°.

Questões

01. Quantos segundos tem um ângulo que mede 6° 15’?


(A) 375’’.
(B) 22.500”.
(C) 3.615’’
(D) 2.950’’
(E) 25.000’’

02. A medida de um ângulo é igual à metade da medida do seu suplemento. Qual é a medida desse
ângulo?
(A) 60°
(B) 90°
(C) 45°
(D) 120°
(E) 135°

03. O complemento de um ângulo é igual a um quarto do seu suplemento. Qual é o complemento


desse ângulo?
(A) 60°
(B) 30°
(C) 90°
(D) 120°
(E) 150°

04. Dois ângulos que medem x e x + 20° são adjacentes e complementares. Qual a medida desses
dois ângulos?
(A) 35° e 55°
(B) 40° e 50°
(C) 20° e 70°
(D) 45° e 45°
(E) 40° e 55°

05. Na figura, o ângulo x mede a sexta parte do ângulo y, mais a metade do ângulo z. Qual é p valor
do ângulo y?

(A) 45°
(B) 90°
(C) 135°

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(D) 120°
(E) 155°

06. Observe a figura abaixo e determine o valor de m e n.

(A) 11º; 159º.


(B) 12º; 158º.
(C) 10º; 160º.
(D) 15º; 155º.
(E) 16º; 150º.

07. Determine o valor de a na figura seguinte:

(A) 135°
(B) 40°
(C) 90°
(D) 100°
(E) 45°

Comentários

01. Resposta: B.
Sabemos que 1° = 60’ e 1’ = 60”, temos:
6°.60 = 360’ (multiplicamos os graus por 60 para converter em minutos).
360’ + 15’ = 375’ (somamos os minutos)
375’.60 = 22.500” (multiplicamos os minutos por 60 para converter em segundos).
Portanto 6° 15’ equivale a 22.500”.

02. Resposta: A.
- sendo x o ângulo, o seu suplemento é 180° - x, então pelo enunciado temos a seguinte equação:
180°−x
x= 2 (multiplicando em “cruz”)

2x = 180° - x
2x + x = 180°
3x = 180°
x = 180° : 3 = 60°

03. Resposta: B.
- sendo x o ângulo, o seu complemento será 90° – x e o seu suplemento é 180° – x. Então, temos:
180°−x
90° - x = 4 (o 4 passa multiplicando o primeiro membro da equação)
4.(90° - x) = 180° - x (aplicando a distributiva)
360° - 4x = 180° - x
360° - 180° = - x + 4x
180° = 3x
x = 180° : 3 = 60º
- o ângulo x mede 60º, o seu complemento é 90° - 60° = 30°

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04. Resposta: A.
- do enunciado temos a seguintes figura:

Então:
x + x + 20° = 90°
2x = 90° - 20°
2x = 70°
x = 70° : 2 = 35°
- os ângulos são: 35° e 35° + 20° = 55°

05. Resposta: C.
Na figura, o ângulo x mede a sexta parte do ângulo y, mais a metade do ângulo z. Calcule y.
Então vale lembrar que:
x + y = 180 então y = 180 – x.

E também como x e z são opostos pelo vértice, x = z


E de acordo com a figura: o ângulo x mede a sexta parte do ângulo y, mais a metade do ângulo z.
Calcule y.
x=y/6+z/2
Agora vamos substituir lembrando que y = 180 - x e x = z
Então:
x = 180° - x/6 + x/2 agora resolvendo fatoração:
6x = 180°- x + 3x | 6x = 180° + 2x
6x – 2x = 180°
4x = 180°
x=180°/4
x=45º
Agora achar y, sabendo que y = 180° - x
y=180º - 45°
y=135°.

06. Resposta: A.
3m - 12º e m + 10º, são ângulos opostos pelo vértice logo são iguais.
3m - 12º = m + 10º
3m - m = 10º + 12º
2m = 22º
m = 22º/2
m = 11º
m + 10º e n são ângulos suplementares logo a soma entre eles é igual a 180º.
(m + 10º) + n = 180º
(11º + 10º) + n = 180º
21º + n = 180º
n = 180º - 21º
n = 159º

07. Resposta: E.
É um ângulo oposto pelo vértice, logo, são ângulos iguais.

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POLÍGONOS

Um polígono15 é uma figura geométrica fechada, simples, formada por segmentos consecutivos e não
colineares.

Elementos de um polígono

Um polígono possui os seguintes elementos:

- Lados: cada um dos segmentos de reta que une vértices consecutivos: ̅̅̅̅ ̅̅̅̅, CD
AB, BC ̅̅̅̅, DE ̅̅̅̅.
̅̅̅̅ e AE

- Vértices: ponto de intersecção de dois lados consecutivos: A, B, C, D e E.

- Diagonais: Segmentos que unem dois vértices não consecutivos: ̅̅̅̅


AC, ̅̅̅̅ ̅̅̅̅, ̅̅
AD, BD CE̅̅ e BE
̅̅̅̅.

- Ângulos internos: ângulos formados por dois lados consecutivos (assinalados em azul na figura): ,
, , , .

- Ângulos externos: ângulos formados por um lado e pelo prolongamento do lado a ele consecutivo
(assinalados em vermelho na figura): , , , , .

Classificação: os polígonos são classificados de acordo com o número de lados, conforme a tabela
abaixo.
Fórmulas: na relação de fórmulas abaixo temos a letra n que representa o número de lados ou de
ângulos ou de vértices de um polígono.
1 – Diagonais de um vértice: dv = n – 3.

(𝐧−𝟑).𝐧
2 - Total de diagonais: 𝐝 = 𝟐
.

3 – Soma dos ângulos internos: Si = (n – 2).180°.

4 – Soma dos ângulos externos: para qualquer polígono o valor da soma dos ângulos externos é uma
constante, isto é, Se = 360°.

Polígonos Regulares: um polígono é chamado de regular quando tem todos os lados congruentes
(iguais) e todos os ângulos congruentes. Exemplo: o quadrado tem os 4 lados iguais e os 4 ângulos de
90°, por isso é um polígono regular. E para polígonos regulares temos as seguintes fórmulas, além das
quatro acima:

(𝐧−𝟐).𝟏𝟖𝟎° 𝐒
1 – Ângulo interno: 𝐚𝐢 = 𝐧
ou 𝐚𝐢 = 𝐧𝐢.

𝟑𝟔𝟎° 𝐒𝐞
2 - Ângulo externo: 𝐚𝐞 = 𝐧
ou 𝐚𝐞 = 𝐧
.

Semelhança de Polígonos: Dois polígonos são semelhantes quando os ângulos correspondentes


são congruentes e os lados correspondentes são proporcionais.

DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da Matemática – Vol. 09 – Geometria Plana – 7ª edição – Editora Atual
15

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Vejamos:
Fonte: http://www.somatematica.com.br

1) Os ângulos correspondentes são congruentes:

2) Os lados correspondentes (homólogos) são proporcionais:


𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐶𝐷 𝐷𝐴
= = = 𝑜𝑢
𝐴′𝐵′ 𝐵′𝐶′ 𝐶′𝐷′ 𝐷′𝐴′
3,8 4 2,4 2
= = =
5,7 6 3,6 3

Podemos dizer que os polígonos são semelhantes. Mas a semelhança só


será válida se ambas condições existirem simultaneamente.

A razão entre dois lados correspondentes em polígonos semelhante denomina-se razão de


semelhança, ou seja:
𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐶𝐷 𝐷𝐴 2
= = = = 𝑘 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑘 =
𝐴′𝐵′ 𝐵′𝐶′ 𝐶′𝐷′ 𝐷′𝐴′ 3

Questões

01. A soma dos ângulos internos de um heptágono é:


(A) 360°
(B) 540°
(C) 1400°
(D) 900°
(E) 180°

02. Qual é o número de diagonais de um icoságono?


(A) 20
(B) 70
(C) 160
(D) 170
(E) 200

03. O valor de x na figura abaixo é:


(A) 80°
(B) 90°
(C) 100°
(D) 70°
(E) 50°

04. Um joalheiro recebe uma encomenda para uma joia poligonal. O comprador exige que o número
de diagonais seja igual ao número de lados. Sendo assim, o joalheiro deve produzir uma joia:
(A) Triangular
(B) Quadrangular
(C) Pentagonal
(D) Hexagonal
(E) Decagonal

05. Num polígono convexo, a soma dos ângulos internos é cinco vezes a soma dos ângulos externos.
O número de lados e diagonais desse polígono, respectivamente, são:
(A) 54 e 12
(B) 18 e 60
(C) 12 e 54
(D) 60 e 18
(E) 15 e 30

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06. Cada um dos ângulos externos de um polígono regular mede 15°. Quantos lados tem esse
polígono?
(A) 20
(B) 24
(C) 26
(D) 30
(E) 32

07. ( Pref. de Cerrito/SC – Técnico em Enfermagem – IESES/2017) Um eneágono tem um de seus


lados com 125 cm, como todos os lados são iguais o seu perímetro será de:
(A) 625cm.
(B) 750cm.
(C) 1.500cm.
(D) 1.125 cm.
(E) 900 cm.

Comentários

01. Resposta: D.
Heptágono (7 lados) → n = 7
Si = (n – 2).180°
Si = (7 – 2).180°
Si = 5.180° = 900°

02. Resposta: D.
Icoságono (20 lados) → n = 20

(𝑛−3).𝑛
𝑑=
2

(20−3).20
𝑑= 2
= 17.10

d = 170

03. Resposta: A.
A soma dos ângulos internos do pentágono é:
Si = (n – 2).180º
Si = (5 – 2).180º
Si = 3.180º → Si = 540º
540º = x + 3x / 2 + x + 15º + 2x – 20º + x + 25º
540º = 5x + 3x / 2 + 20º
520º = 10x + 3x / 2
1040º = 13x
X = 1040º / 13 → x = 80º

04. Resposta: C.
Sendo d o números de diagonais e n o número de lados, devemos ter:
d=n

(𝑛−3).𝑛
2
= 𝑛 (passando o 2 multiplicando)

(n – 3).n = 2n
n–3=2
n=2+3
n = 5 → pentagonal

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05. Resposta: C.
Do enunciado, temos:
Si = 5.Se
(n – 2).180º = 5.360°
(n – 2).180° = 1800°
1800
n – 2 = 180
n – 2 = 10
n = 10 + 2 = 12 lados

(𝑛−3).𝑛
𝑑= 2

(12−3).12
𝑑= 2

d = 9.6 = 54 diagonais

06. Resposta: B.
Temos que ae = 15°

360°
𝑎𝑒 =
𝑛
360°
15° =
𝑛

15n = 360
n = 360 : 15
n = 24 lados

07. Resposta: D.
Um eneágono possui 9 lado, portanto 9x125 = 1.125cm.

POLÍGONOS REGULARES

Todo polígono regular16 pode ser inscrito em uma circunferência. E temos fórmulas para calcular o lado
e o apótema desse triângulo em função do raio da circunferência. Apótema e um segmento que sai do
centro das figuras regulares e divide o lado em duas partes iguais.

I) Triângulo Equilátero:
- Lado: l = r√3
r
- Apótema: a = 2

DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da Matemática – Vol. 09 – Geometria Plana – 7ª edição – Editora Atual
16

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II) Quadrado:
- Lado: l = r√2
r√2
- Apótema: a = 2

III) Hexágono Regular

- Lado: l = r
r√3
- Apótema: a =
2

Questões

01. O apótema de um hexágono regular inscrito numa circunferência de raio 8 cm, vale, em
centímetros:
(A) 4
(B) 4√3
(C) 8
(D) 8√2
(E) 12

02. O apótema de um triângulo equilátero inscrito em uma circunferência mede 10 cm, o raio dessa
circunferência é:
(A) 15 cm
(B) 10 cm
(C) 8 cm
(D) 20 cm
(E) 25 cm

03. O apótema de um quadrado mede 6 dm. A medida do raio da circunferência em que esse quadrado
está inscrito, em dm, vale:
(A) 4√2 dm
(B) 5√2 dm
(C) 6√2 dm
(D) 7√2 dm
(E) 8√2 dm
Comentários

01. Resposta: B.
Basta substituir r = 8 na fórmula do hexágono
𝑟√3 8√3
𝑎= →𝑎 = = 4√3 cm
2 2

02. Resposta: D.
Basta substituir a = 10 na fórmula do triangulo equilátero.
𝑟 𝑟
𝑎 = 2 → 10 = 2 → r = 2.10 → r = 20 cm

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03. Resposta: C.
Sendo a = 6, temos:
𝑟√2
𝑎= 2

𝑟 √2
6= 2
→ 𝑟√2 = 2.6 → 𝑟√2 = 12 (√2 passa dividindo)
12
r= (temos que racionalizar, multiplicando em cima e em baixo por √2)
√2

12.√2 12√2
𝑟= →𝑟= → 𝑟 = 6√2 dm
√2.√2 2

RAZÃO ENTRE ÁREAS

Razão entre áreas de dois triângulos semelhantes

Vamos chamar de S1 a área do triângulo ABC = S1 e de S2 a do triângulo A’B’C’ = S2


𝑏1 ℎ1
Δ ABC ~ Δ A’B’C’ → 𝑏2 = ℎ2 = 𝑘 (𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎𝑛ç𝑎)

𝑏.ℎ
Sabemos que a área do triângulo é dada por 𝑆 =
2

Aplicando as razões temos que:


𝑏1. ℎ1
𝑆1 𝑏1 ℎ1 𝑆1
= 2 = . = 𝑘. 𝑘 = 𝑘 2 → = 𝑘2
𝑆2 𝑏2. ℎ2 𝑏2 ℎ2 𝑆2
2

A razão entre as áreas de dois triângulos semelhantes é


igual ao quadrado da razão de semelhança.

Razão entre áreas de dois polígonos semelhantes

Área de ABCDE ... MN = S1 Área de A’B’C’D’ ... M’N’ = S2

ABCDE ... MN = S1 ~ A’B’C’D’ ... M’N’ = S2 → ΔABC ~ ΔA’B’C’ e ΔACD ~ ΔAMN →


𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝑀𝑁
= ′ ′ = ⋯ = ′ ′ = 𝑘 (𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎𝑛ç𝑎)
𝐴′𝐵′ 𝐵 𝐶 𝑀𝑁

Fazendo:

Área ΔABC = t1, Área ΔACD = t2, ..., Área ΔAMN = tn-2

Área ΔA’B’C’ = T1, Área ΔA’C’D’ = T2, ..., Área ΔA’M’N’ = Tn-2

Anteriormente vimos que:


𝑡𝑖
= 𝑘 2 → 𝑡𝑖 = 𝑘 2 𝑇𝑖 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖 = 1,2,3, … , 𝑛 − 2
𝑇𝑖

Então:

𝑆1 𝑡1 + 𝑡2 + 𝑡3 + ⋯ + 𝑡𝑛−2 𝑆1
= → = 𝑘2
𝑆2 𝑇1 + 𝑇2 + 𝑇3 + ⋯ + 𝑇𝑛−2 𝑆2

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A razão entre as áreas de dois polígonos semelhantes é
igual ao quadrado da razão de semelhança.

Observação: A propriedade acima é extensiva a quaisquer superfícies semelhantes e, por isso, vale

A razão entre as áreas de duas superfícies semelhantes é igual ao


quadrado da razão de semelhança.

Questão

01. (TJ/RS – Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Considere um triângulo retângulo de catetos


medindo 3m e 5m. Um segundo triângulo retângulo, semelhante ao primeiro, cuja área é o dobro da área
do primeiro, terá como medidas dos catetos, em metros:
(A) 3 e 10.
(B) 3√2 e 5√2.
(C) 3√2 e 10√2.
(D) 5 e 6.
(E) 6 e 10.

Comentários

01. Resposta: B.
A razão entre as Áreas =e igual ao quadrado da razão entre os lados.
O triângulo de catetos 3 e 5 possui área igual a 7,5. Já o outro triângulo possui o dobro de área,
conforme o enunciado. Assim sendo teremos:
A1/A2 = 7,5/15 = ½
½ = 3²/x²
X = 3√2
E A1/A2 = 7,5/15 = ½
½ = 5²/y²
Y= 5√2.

TRIÂNGULOS

Triângulo é um polígono de três lados. É o polígono que possui o menor número de lados. É o único
polígono que não tem diagonais. Todo triângulo possui alguns elementos e os principais são: vértices,
lados, ângulos, alturas, medianas e bissetrizes.

1. Vértices: A, B e C.
2. Lados: ̅̅̅̅
AB,BC̅̅̅̅ e AC
̅̅̅̅.
3. Ângulos internos: a, b e c.

Altura: É um segmento de reta traçada a partir de um vértice de forma a encontrar o lado oposto ao
̅̅̅̅ é uma altura do triângulo.
vértice formando um ângulo reto. BH

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̅̅̅̅ é uma mediana.
Mediana: É o segmento que une um vértice ao ponto médio do lado oposto. BM

̂ está dividido ao meio


Bissetriz: É a semirreta que divide um ângulo em duas partes iguais. O ângulo B
e neste caso Ê = Ô.

̂, B
Ângulo Interno: Todo triângulo possui três ângulos internos, na figura são A ̂ e Ĉ

Ângulo Externo: É formado por um dos lados do triângulo e pelo prolongamento do lado adjacente a
̂, E
este lado, na figura são D ̂ e F̂ (na cor em destaque).

Classificação
O triângulo pode ser classificado de duas maneiras:

1- Quanto aos lados:

̅̅̅̅) = m(BC
Triângulo Equilátero: Os três lados têm medidas iguais, m(AB ̅̅̅̅) = m(AC
̅̅̅̅) e os três ângulos
iguais.

̅̅̅̅) = m(AC
Triângulo Isósceles: Tem dois lados com medidas iguais, m(AB ̅̅̅̅) e dois ângulos iguais.

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̅̅̅̅) ≠ m(AC
Triângulo Escaleno: Todos os três lados têm medidas diferentes, m(AB ̅̅̅̅) ≠ m(BC
̅̅̅̅) e os três
ângulos diferentes.

2 - Quanto aos ângulos:

Triângulo Acutângulo: Todos os ângulos internos são agudos, isto é, as medidas dos ângulos são
menores do que 90º.

Triângulo Obtusângulo: Um ângulo interno é obtuso, isto é, possui um ângulo com medida maior do
que 90º.

Triângulo Retângulo: Possui um ângulo interno reto (90° graus).

Propriedade dos ângulos

1- Ângulos Internos: a soma dos três ângulos internos de qualquer triângulo é igual a 180°.

a + b + c = 180º

2- Ângulos Externos: Consideremos o triângulo ABC onde as letras minúsculas representam os


ângulos internos e as respectivas letras maiúsculas os ângulos externos. Temos que em todo triângulo
cada ângulo externo é igual à soma de dois ângulos internos apostos.

̂ = b̂ + ĉ; B
A ̂ = â + ĉ e Ĉ = â + b̂

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Semelhança de triângulos
Dois triângulos são semelhantes se tiverem, entre si, os lados correspondentes proporcionais e os
ângulos congruentes (iguais).

Dados os triângulos acima, onde:


̅̅̅̅
AB BC ̅̅̅̅ AC
̅̅̅̅
= =
̅̅̅̅ EF
DE ̅̅̅̅ DF
̅̅̅̅

̂=D
eA ̂ ̂=E
B ̂ Ĉ = F̂, então os triângulos ABC e DEF são semelhantes e escrevemos
ABC~DEF.

Critérios de semelhança
1- Dois ângulos congruentes: Se dois triângulos tem, entre si, dois ângulos correspondentes
congruentes iguais, então os triângulos são semelhantes.

̂=D
Nas figuras ao lado: A ̂ e Ĉ = F̂

então: ABC ~ DEF

2- Dois lados congruentes: Se dois triângulos tem dois lados correspondentes proporcionais e os
ângulos formados por esses lados também são congruentes, então os triângulos são semelhantes.

Nas figuras ao lado:


̅̅̅̅
AB ̅̅̅̅BC 6 8
= → = =2
̅̅̅ ̅̅̅̅
̅EF FG 3 4
então: ABC ~ EFG

3- Três lados proporcionais: Se dois triângulos têm os três lados correspondentes proporcionais,
então os triângulos são semelhantes.

Nas figuras ao lado:


̅̅̅̅ 𝐴𝐵
𝐴𝐶 ̅̅̅̅ 𝐵𝐶
̅̅̅̅ 3 5 4
= = → = = =2
̅̅̅̅ 𝑆𝑇
̅̅̅̅ 𝑅𝑆
𝑅𝑇 ̅̅̅̅ 1,5 2,5 2

então: ABC ~ RST

Observação: temos três critérios de semelhança, porém o mais utilizado para resolução de exercícios,
isto é, para provar que dois triângulos são semelhantes, basta provar que eles tem dois ângulos
correspondentes congruentes (iguais).

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Casos de congruência

1º LAL (lado, ângulo, lado): dois lados congruentes e ângulos formados também congruentes.

2º LLL (lado, lado, lado): três lados congruentes.

3º ALA (ângulo, lado, ângulo): dois ângulos congruentes e lado entre os ângulos congruente.

4º LAA (lado, ângulo, ângulo): congruência do ângulo adjacente ao lado, e congruência do ângulo
oposto ao lado.

Questões

01. (PC/PR – Perito Criminal – IBFC/2017) Com relação à semelhança de triângulos, analise as
afirmativas a seguir:
I. Dois triângulos são semelhantes se, e se somente se, possuem os três ângulos ordenadamente
congruentes.
II. Dois triângulos são semelhantes se, e se somente se, possuem os lados homólogos proporcionais.
III. Dois triângulos são semelhantes se, e se somente se, possuem os três ângulos ordenadamente
congruentes e os lados homólogos proporcionais.
Nessas condições, está correto o que se afirma em:
(A) I e II, apenas
(B) II e III, apenas
(C) I e III, apenas
(D) I, II e III
(E) II, apenas

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02. Na figura abaixo ̅̅̅̅
AB = ̅̅̅̅
AC, ̅̅̅̅
CB = ̅̅̅̅
CD, a medida do ângulo DĈB é:

(A) 34°
(B) 72°
(C) 36°
(D) 45°
(E) 30°

̂ C é reto. O valor em graus do ângulo CB


03. Na figura seguinte, o ângulo AD ̂D é igual a:

(A) 120°
(B) 110°
(C) 105°
(D) 100°
(E) 95°

04. Na figura abaixo, o triângulo ABC é retângulo em A, ADEF é um quadrado, AB = 1 e AC = 3. Quanto


mede o lado do quadrado?

(A) 0,70
(B) 0,75
(C) 0,80
(D) 0,85
(E) 0,90

05. Em uma cidade do interior, à noite, surgiu um objeto voador não identificado, em forma de disco,
que estacionou a aproximadamente 50 m do solo. Um helicóptero do Exército, situado a
aproximadamente 30 m acima do objeto iluminou-o com um holofote, conforme mostra a figura seguinte.
A sombra projetada pelo disco no solo tinha em torno de 16 m de diâmetro.

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Sendo assim, pode-se concluir que a medida, em metros, do raio desse disco-voador é
aproximadamente:
(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 6
(E) 7

Comentários

01. Resposta: D.
Todas as afirmações estão corretas pois em todos os casos os triângulos são semelhantes.

02. Resposta: C.
Na figura dada, temos três triângulos: ABC, ACD e BCD. Do enunciado AB = AC, o triângulo ABC
tem dois lados iguais, então ele é isósceles e tem dois ângulos iguais:
AĈB = AB̂C = x. A soma dos três ângulos é igual a 180°.
36° + x + x = 180°
2x = 180° - 36°
2x = 144
x = 144 : 2
x = 72
Logo: AĈB = AB̂C = 72°
Também temos que CB = CD, o triângulo BCD é isósceles:
CB̂D = CD̂ B = 72°, sendo y o ângulo DĈB, a soma é igual a 180°.
72° + 72° + y = 180°
144° + y = 180°
y = 180° - 144°
y = 36º

03. Resposta: D.
̂ C = 90° (reto).
Na figura temos três triângulos. Do enunciado o ângulo AD
̂ ̂
O ângulo BDC = 30° → ADB = 60º.

O ângulo CB̂D (x) é ângulo externo do triângulo ABD, então:


x = 60º + 40° (propriedade do ângulo externo)
x = 100°

04. Resposta: B.
Sendo x o lado do quadrado:

Temos que provar que dois dos triângulos da figura são semelhantes.

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O ângulo BA ̂ C é reto, o ângulo CF̂E é reto e o ângulo AĈB é comum aos triângulos ABC e CEF, logo
estes dois triângulos são semelhantes. As medidas de seus lados correspondentes são proporcionais:
̅̅̅̅
AB ̅̅̅̅
AC
̅̅̅̅
EF
= ̅̅̅̅
CF
1 3
= (multiplicando em “cruz”)
x 3−x

3x = 1.(3 – x)
3x = 3 – x
3x + x = 3
4x = 3
x=¾
x = 0,75

05. Resposta: A.
Da figura dada, podemos observar os seguintes triângulos:

Os triângulos ABC e ADE são isósceles. A altura divide as bases em duas partes iguais. E esses dois
triângulos são semelhantes, pois os dois ângulos das bases de cada um são congruentes. Então:
̅̅̅̅
CG ̅̅̅̅
AG
̅̅̅̅
EF
= ̅̅̅̅
AF

8 80
r
= 30

8r = 8.3
r=3m

PONTOS NOTÁVEIS DO TRIÂNGULO

Em um triângulo qualquer nós temos alguns elementos chamados de cevianas. Estes elementos são:
- Altura: segmento que sai do vértice e forma um ângulo de 90° com o lado oposto a esse vértice.
- Mediana: segmento que sai do vértice e vai até o ponto médio do lado oposto a esse vértice, isto é,
divide o lado oposto em duas partes iguais.
- Bissetriz do ângulo interno: semirreta que divide o ângulo em duas partes iguais.
- Mediatriz: reta que passa pelo ponto médio do lado formando um ângulo de 90°

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E todo triângulo tem três desses elementos, isto é, o triângulo tem três alturas, três medianas, três
bissetrizes e três mediatrizes. Os pontos de intersecção desses elementos são chamados de pontos
notáveis do triângulo.

- Baricentro: é o ponto de intersecção das três medianas de um triângulo. É sempre um ponto interno.
E divide as medianas na razão de 2:1. É ponto de gravidade do triângulo.

- Incentro: é o ponto de intersecção das três bissetrizes de um triângulo. É sempre um ponto interno.
É o centro da circunferência circunscrita (está dentro do triângulo tangenciando seus três lados).

- Circuncentro: é o ponto de intersecção das três mediatrizes de um triângulo. É o centro da


circunferência circunscrita (está por fora do triângulo passando por seus três vértices). No triângulo
acutângulo o circuncentro é um ponto interno, no triângulo obtusângulo é um ponto externo e no triângulo
retângulo é o ponto médio da hipotenusa.

- Ortocentro: é o ponto de intersecção das três alturas de um triângulo. No triângulo acutângulo é um


ponto interno, no triângulo retângulo é o vértice do ângulo reto e no triângulo obtusângulo é um ponto
externo.

Um triângulo cujos vértices são os “pés” das alturas de um outro triângulo chama-se triângulo órtico
do primeiro triângulo.

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Observações:
1) Num triângulo isósceles (dois lados iguais) os quatro pontos notáveis são colineares (estão numa
alinhados).
2) Num triângulo equilátero (três lados iguais) os quatro pontos notáveis são coincidentes, isto é, um
só ponto já é o Baricentro, Incentro, Circuncentro e Ortocentro.
3) As iniciais dos quatro pontos formam a palavra BICO.

Questões

01. Assinale a afirmação falsa:


(A) Os pontos notáveis de um triângulo equilátero são coincidentes.
(B) O encentro de qualquer triângulo é sempre um ponto interno.
(C) O ortocentro de um triângulo retângulo é o vértice do ângulo reto.
(D) O circuncentro de um triângulo retângulo é o ponto médio da hipotenusa.
(E) O baricentro de qualquer triângulo é o ponto médio de cada mediana.

02. (UC-MG) Na figura, o triângulo ABC é equilátero e está circunscrito ao círculo de centro O e raio 2
̅̅̅̅ é altura do triângulo. Sendo E ponto de tangência, a medida de AE
cm. AD ̅̅̅̅, em centímetros, é:

(A) 2√3
(B) 2√5
(C) 3
(D) 5
(E) √26

03. Qual das afirmações a seguir é verdadeira?


(A) O baricentro pode ser um ponto exterior ao triângulo e isto ocorre no triângulo acutângulo.
(B) O baricentro pode ser um ponto de um dos lados do triângulo e isto ocorre no triângulo escaleno.
(C) O baricentro pode ser um ponto exterior ao triângulo e isto ocorre no triângulo retângulo.
(D) O baricentro pode ser um ponto dos vértices do triângulo e isto ocorre no triângulo retângulo.
(E) O baricentro sempre será um ponto interior ao triângulo.

04. Na figura a seguir, H é o ortocentro do triângulo ABC, AĈH = 30° e BĈH = 40°. Determine as
medidas dos ângulos de vértices A e B.
(A) A = 30° e B = 50°
(B) A = 60° e B = 50°
(C) A = 40° e B = 50°
(D) A = 30° e B = 60°
(E) A = 50° e B = 60°

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05. O ponto de intersecção das três mediatrizes de um triângulo é o:
(A) Baricentro
(B) Incentro
(C) Circuncentro
(D) Ortocentro
Comentários

01. Resposta: E.
O baricentro divide as medianas na razão de 2 para 1, logo não é ponto médio.

02. Resposta: A.
Do enunciado temos que O é o circuncentro (centro da circunferência inscrita) então O também é
baricentro (no triângulo equilátero os 4 pontos notáveis são coincidentes), logo pela propriedade do
baricentro temos que ̅̅̅̅ AO é o dobro de ̅̅̅̅
OD. Se ̅̅̅̅
OD = 2 (raio da circunferência) → ̅̅̅̅
AO = 4 cm.
O ponto E é ponto de tangência, logo o raio traçado no ponto de tangência forma ângulo reto (90°) e
̅̅̅̅ = 2 cm. Portanto o triângulo AEO é retângulo, basta aplicar o Teorema de Pitágoras e sendo AE
OE ̅̅̅̅ = x:
̅̅̅̅)2 = (AE
(AO ̅̅̅̅)2 + (OE
̅̅̅̅)2
42 = x 2 + 22
16 − 4 = x 2
x 2 = 12
x = √12
x = 2√3 cm

03. Resposta: E.
O baricentro é sempre interno, pois as 3 medianas de um triângulo são segmentos internos.

04. Respostas: B.
Ortocentro é ponto de intersecção das alturas de um triângulo, então se prolongarmos o segmento CH
até a base formará um ângulo de 90° (reto). Formando dois triângulos retângulos ACD e BCD, de acordo
com a figura abaixo:

A soma do ângulos internos de um triângulo é igual a 180°.


No triângulo ACD: A + 90° + 30° = 180° → A = 180° - 90° - 30° = 60°
No triângulo BCD: B + 90° + 40° = 180° → B = 180° - 90° - 40° = 50°

05. Resposta: C.

TEOREMA DE PITÁGORAS

Em todo triângulo retângulo, o maior lado é chamado de hipotenusa e os outros dois lados são os
catetos.

No exemplo ao lado:
- a é a hipotenusa.
- b e c são os catetos.

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- “Em todo triângulo retângulo o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos”.

a2 = b2 + c2

Exemplos

01. Millôr Fernandes, em uma bela homenagem à Matemática, escreveu um poema do qual extraímos
o fragmento abaixo:
Às folhas tantas de um livro de Matemática, um Quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma
Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do Ápice à Base: uma figura Ímpar; olhos romboides, boca
trapezoide, corpo retangular, seios esferoides.
Fez da sua uma vida paralela à dela, até que se encontraram no Infinito.
“Quem és tu” – indagou ele em ânsia Radical.
“Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.” (Millôr Fernandes –
Trinta Anos de Mim Mesmo).
A Incógnita se enganou ao dizer quem era. Para atender ao Teorema de Pitágoras, deveria dar a
seguinte resposta:
(A) “Sou a soma dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
(B) “Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
(C) “Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me chamar de quadrado da Hipotenusa.”
(D) “Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me chamar de quadrado da Hipotenusa.”
(E) Nenhuma das anteriores.

Resposta: D.

02. Um barco partiu de um ponto A e navegou 10 milhas para o oeste chegando a um ponto B, depois
5 milhas para o sul chegando a um ponto C, depois 13 milhas para o leste chagando a um ponto D e
finalmente 9 milhas para o norte chegando a um ponto E. Onde o barco parou relativamente ao ponto de
partida?
(A) 3 milhas a sudoeste.
(B) 3 milhas a sudeste.
(C) 4 milhas ao sul.
(D) 5 milhas ao norte.
(E) 5 milhas a nordeste.

Resposta:

x2 = 32 + 42
x2 = 9 + 16
x2 = 25
x = √25 = 5

03. Em um triângulo retângulo a hipotenusa mede 13 cm e um dos catetos mede 5 cm, qual é a medida
do outro cateto?
(A) 10
(B) 11
(C) 12
(D) 13
(E) 14

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Resposta:

132 = x2 + 52
169 = x2 + 25
169 – 25 = x2
x2 = 144
x = √144 = 12 cm

04. A diagonal de um quadrado de lado l é igual a:


(A) 𝑙√2
(B) 𝑙√3
(C) 𝑙√5
(D) 𝑙√6
(E) Nenhuma das anteriores.

Resposta:

𝑑2 = 𝑙2 + 𝑙2
𝑑 2 = 2𝑙 2
𝑑 = √2𝑙 2
𝑑 = 𝑙√2

05. Durante um vendaval, um poste de iluminação de 9 m de altura quebrou-se em um ponto a certa


altura do solo. A parte do poste acima da fratura inclinou-se e sua extremidade superior encostou no solo
a uma distância de 3 m da base dele, conforme a figura abaixo. A que altura do solo se quebrou o poste?

(A) 4 m
(B) 4,5 m
(C) 5 m
(D) 5,5 m
(E) 6 m

Resposta:

(9 – x)2 = x2 + 33
92 – 2.9.x + x2 = x2 + 9
81 – 18x = 9
81 – 9 = 18x
72 = 18x
72
x = 18
x=4m

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Questões

01. (Pref. de Jacundá/PA – Psicólogo – INAZ) Em fase treino, um maratonista parte de um ponto
inicial A percorrendo 2 km em linha reta até o ponto B, girando 90° para a esquerda e percorre mais 1,5
km parando no ponto C. Se o maratonista percorresse em linha reta do ponto A até o ponto C, percorreria:
(A) 3500 m
(B) 500 m
(C) 2500 m
(D) 3000 m
(E) 1800 m

02. (IBGE – Agente de Pesquisas e Mapeamento – CESGRANRIO) Na Figura a seguir, PQ mede 6


cm, QR mede 12 cm, RS mede 9 cm, e ST mede 4 cm.

A distância entre os pontos P e T, em cm, mede:


(A) 17
(B) 21
(C) 18
(D) 20
(E) 19

03. (UNIFESP – Técnico de Segurança do Trabalho – VUNESP) Um muro com 3,2 m de altura está
sendo escorado por uma barra de ferro, de comprimento AB, conforme mostra a figura.

O comprimento, em metros, da barra de ferro


(A) 3,2.
(B) 3,0.
(C) 2,8.
(D) 2,6.
(E) 2,4.

04. (Pref. de Marilândia/ES – Auxiliar Administrativo – IDECAN) Tales desenhou um triângulo


retângulo com as seguintes medidas, todas dadas em centímetros.

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Qual é o perímetro deste triângulo?
(A) 6 cm
(B) 9 cm
(C) 12 cm
(D) 15 cm
(E) 18 cm
Comentários

01. Resposta: C.
AC representa a hipotenusa do triângulo retângulo cujos catetos são 2Km = 2000 m e 1,5Km = 1500m.
AC² = 2² + 1,5²
AC² = 4 + 2,25
AC = 2,5Km = 2500 m.

02. Resposta: A.
Observe que PQ = 6 e RS= 9 e também são retas paralelas então podemos somar elas como se
puxasse a reta RS pra cima formando uma reta só. Total 15cm. Ortogonalmente a reta QR fecha um
triângulo retângulo com essa reta que fechamos juntando PQ e RS. Assim, ficamos com um triângulo
retângulo com catetos 15 e 8. Aplicando Pitágoras, teremos a medida da hipotenusa que é a reta PT =
17cm, que representa a distância ente P e T.

03. Resposta: B.
Observe que a altura do solo até o ponto B é dada por 3,2 -0,80 = 2,4m, agora basta utilizar o Teorema
de Pitágoras para resolvermos esta questão:
AB² = 1,8² + 2,4²
AB² = 3,24 + 5,76 = 9
AB = 3m.

04. Resposta: C.
Basta resolver pelo teorema de Pitágoras e depois resolver a equação que será formada.
(x+1)² = (x-1)² + x²
x² + 2x + 1 = x² - 2x +1 + x²
x²-4x = 0
x(x-4) = 0
x = 0 (não convém utilizarmos pois o lado de um triângulo não pode ser nulo)
ou x – 4 = 0
x = 4.
Assim os lados são:
3, 4, 5, logo o perímetro será a soma de todos os lados: 3+ 4 + 5 = 12.

TEOREMA DE TALES

- Feixe de paralelas: é todo conjunto de três ou mais retas e paralelas entre si.
- Transversal: é qualquer reta que intercepta todas as retas de um feixe de paralelas.
- Teorema de Tales17: Se duas retas são transversais de um feixe de retas paralelas então a razão
entre as medidas de dois segmentos quaisquer de uma delas é igual à razão entre as medidas dos
segmentos correspondentes da outra.

SOUZA, Joamir Roberto; PATARO, Patricia Moreno – Vontade de Saber Matemática 6º Ano – FTD – 2ª edição – São Paulo: 2012
17

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conteudoonline.objetivo.br

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r//s//t//u (// → símbolo de paralelas); a e b são retas transversais. Então, temos que os segmentos
correspondentes são proporcionais.

̅̅̅̅ 𝐵𝐶
𝐴𝐵 ̅̅̅̅ 𝐶𝐷
̅̅̅̅ 𝐴𝐷
̅̅̅̅
= = = = ⋯.
̅̅̅̅
𝐸𝐹 𝐹𝐺 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
𝐺𝐻 ̅̅̅̅
𝐸𝐻

Teorema da bissetriz interna

“Em todo triângulo a bissetriz de um ângulo interno divide o lado oposto em dois segmentos
proporcionais ao outros dois lados do triângulo”.

Teorema da bissetriz externa

Se a bissetriz BE de um ângulo externo de um triângulo ABC, não isósceles, intercepta a reta suporte
̅̅̅̅ e ̅̅
do lado oposto, então a bissetriz determina nessa reta dois segmentos proporcionais (AE CE̅̅) aos lados
̅̅̅̅ ̅̅̅̅
adjacentes (AB e BC) ao ângulo interno.

Questões

01. (Pref. de Fortaleza – Matemática – Pref. de Fortaleza) Na figura abaixo, as retas são
paralelas. Sabendo que o valor de x é:

(A) 3
(B) 2
(C) 4
(D) 5

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02. Na figura abaixo, qual é o valor de x?

(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 6
(E) 7

03. Calcular o valor de x na figura abaixo.

(A) 6
(B) 5
(C) 4
(D) 3
(E) 2

04. Os valores de x e y, respectivamente, na figura seguinte é:

(A) 30 e 8
(B) 8 e 30
(C) 20 e 10
(D) 10 e 20
(E) 5 e 25

05. Na figura abaixo, qual é o valor de x?

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(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 6
(E) 7

06. (PUC-RJ) Considere um triângulo ABC retângulo em A, onde ̅̅̅̅


AB = 21 e ̅̅̅̅
AC = 20. ̅̅̅̅
BD é a bissetriz
̂ ̅̅̅̅
do ângulo ABC. Quanto mede AD?
(A) 42/5
(B) 21/10
(C) 20/21
(D) 9
(E) 8

Comentários

01. Resposta: B.
5/10 = (5-x)/3x
15x = 50 - 10x
25x = 50
x=2

02. Resposta: B.
2𝑥 − 3 5
=
𝑥+2 6
6.(2x – 3) = 5(x + 2)
12x – 18 = 5x + 10
12x – 5x = 10 + 18
7x = 28
x = 28 : 7 = 4

03. Resposta: A.
10 𝑥
=
30 18

30x = 10.18
30x = 180
x = 180 : 30 = 6

04. Resposta: A.
𝑥 20
=
45 30
3x = 45.2
3x = 90
x = 90 : 3 = 30
𝑦 12
=
30 45
45y = 12.30
45y = 360
y = 360 : 45 = 8

05. Resposta: D.
𝑥−3 𝑥
=
𝑥−2 𝑥+2
(x – 3). (x + 2) = x.(x – 2)
x2 + 2x – 3x – 6 = x2 – 2x
-x – 6 = - 2x
-x + 2x = 6 → x = 6

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06. Resposta: A.
Do enunciado temos um triângulo retângulo em A, o vértice A é do ângulo reto. B e C pode ser em
qualquer posição. E primeiro temos que determinar a hipotenusa.

Teorema de Pitágoras:
y2 = 212 + 202
y2 = 441 + 400
y2 = 841
𝑦 = √841
y = 29
Pelo teorema da bissetriz interna:
̅̅̅̅ 𝐵𝐶
𝐴𝐵 ̅̅̅̅
=
̅̅̅̅ 𝐶𝐷
𝐴𝐷 ̅̅̅̅

21 29
=
𝑥 20 − 𝑥

29. 𝑥 = 21(20 − 𝑥)
29𝑥 = 420 − 21𝑥
29𝑥 + 21𝑥 = 420
50𝑥 = 420
420 42
𝑥= =
50 5

RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

Na figura abaixo temos um triângulo retângulo cuja hipotenusa é a base e h é a altura relativa a essa
hipotenusa:

Sendo:
A= hipotenusa
b e c = catetos
h= altura
m e n = projeções do catetos
Por semelhança de triângulos temos quatro relações métricas válidas somente para triângulos
retângulos que são:

I) Teorema de Pitágoras: O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.
HIP2 = CAT2 + CAT2
a² = b² + c²

II) O quadrado de um cateto é igual ao produto da hipotenusa pela projeção do cateto.


CAT2 = HIP.PROJ
c² = a.m
b² = a.n

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III) O quadrado da altura é igual ao produto das projeções dos catetos.
ALT2 = PROJ.PROJ
h² = m.n

IV) O produto da hipotenusa pela altura é igual ao produto dos catetos.


HIP.ALT = CAT.CAT
a.h = b.c

Exemplo
A área de um triângulo retângulo é 12 dm2. Se um dos catetos é 2/3 do outro, calcule a medida da
hipotenusa desse triângulo.
2𝑥
Do enunciado se um cateto é x o outro é , e em um triângulo retângulo para calcular a área, uma
3
𝑏.ℎ
cateto é a base e o outro é a altura, e a fórmula da área é 𝐴 = , então:
2
A = 12
2𝑥
𝑥.
3
= 12
2
2𝑥 2
6
= 12 → 2x2 = 12.6 → 2x2 = 72 → x2 = 72 : 2
x2 = 36 → 𝑥 = √36 = 6
2.6
Uma cateto mede 6 e o outro 3 = 4, pelo teorema de Pitágoras, sendo a a hipotenusa:
a2 = 62 + 42
a2 = 36 + 16
a2 = 52
𝑎 = √52
𝑎 = √13.4
𝑎 = 2√13

Questões

01. (Polícia Científica/PR – Perito Criminal – IBFC/2017) A medida da altura relativa à hipotenusa
de um triângulo retângulo de catetos 6 cm e 8 cm é igual a:
(A) 2
(B) 4
(C) 4,8
(D) 6
(E) 10

02. (UEL) Pedrinho não sabia nadar e queria descobrir a medida da parte mais extensa (AC) da "Lagoa
Funda". Depois de muito pensar, colocou 3 estacas nas margens da lagoa, esticou cordas de A até B e
de B até C, conforme figura abaixo. Medindo essas cordas, obteve: AB = 24 m e BC = 18 m. Usando
seus conhecimentos matemáticos, Pedrinho concluiu que a parte mais extensa da lagoa mede:

(A) 30
(B) 28
(C) 26
(D) 35
(E) 42

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03. Em um triângulo retângulo a hipotenusa mede 10 cm e um dos catetos mede 6 cm, pede-se
determinar as medidas do outro cateto, a altura e as projeções dos catetos.
(A) 24cm
(B) 8cm
(C) 64cm
(D) 16cm
(E) 6cm

04. Em um triângulo ABC, figura a seguir, as medianas que partem de A e de B são perpendiculares. Se
BC = 8 e AC = 6, o valor de AB é:

(A) 3 6
(B) 4 3
(C) 12 7
(D) 2 5
(E) 4 2

05. Em um triângulo retângulo os catetos medem 6 cm e 8 cm. Determinar a medida da hipotenusa,


da altura e das projeções dos catetos desse triângulo.
(A) 12 cm, 5 cm, 3,6 cm e 6,4 cm
(B) 10 cm, 4,8 cm, 3,6 cm e 6,4 cm
(C) 10 cm, 5 cm, 3,6 cm e 7 cm
(D) 10 cm, 4,8 cm, 4 cm e 6,4 cm
(E) 15 cm, 4,8 cm, 3,6 cm e 6,4 cm

Comentários

01. Resposta: C.
Primeiramente devemos calcular o valor da hipotenusa deste triângulo, para posteriormente calcular
a altura (utilizando a relação ALT.HIP = CAT.CAT).
HIP² = CAT² + CAT²
X² = 6² + 8²
X² = 36 + 64 = 100
X = 10.
ALT.10 = 6.8
ALT = 48/10 = 4,8

02. Resposta: A.
Pelo teorema de Pitágoras:
̅̅̅̅
𝐴𝐶 2 = 242 + 182
̅̅̅̅ 2 = 576 + 324
𝐴𝐶
̅̅̅̅
𝐴𝐶 2 = 900
̅̅̅̅ = √900
𝐴𝐶
̅̅̅̅ = 30
𝐴𝐶

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03. Resposta B.
Do enunciado um cateto mede 6 cm e a hipotenusa 10 cm, pelo teorema de Pitágoras:
102 = x2 + 62
100 = x2 + 36
100 – 36 = x2
x2 = 64
x = √64
x = 8 cm

04. Resposta: D.
Mediana divide o lado oposto em duas partes iguais.

Pelo teorema de Pitágoras:


x2 = (2a)2 + (2b)2
x2 = 4a2 + 4b2 (colocando o 4 em evidência)
x2 = 4.(a2 + b2) (I)

32 = (2a2) +b2
9 = 4a2 + b2 (II)

42 = a2 + (2b)2
16 = a2 + 4b2 (III)

Somando, membro a membro, as equações (II) e (III):

5 = a2 + b2 (substituindo em (I)):
x2 = 4.5
x2 = 20
x = √20
x = 2√5

05. Respostas: B.
Utilizando as relações métricas, temos:

Teorema de Pitágoras:
a2 = 82 + 62
a2 = 64 + 36
a2 = 100
a = √100
a = 10 cm
HIP.ALT = CAT.CAT
10.h = 8.6

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10h = 48 → h = 48 : 10 = 4,8 cm
CAT2 = HIP.PROJ
62 = 10.n
36 = 10 n
n = 36 : 10 = 3,6 cm
82 = 10.m
64 = 10m
m = 64 : 10 = 6,4 cm

QUADRILÁTEROS

Quadrilátero é todo polígono com as seguintes propriedades:


- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º

Observação: é o único polígono em que Si = Se

No quadrilátero acima, observamos alguns elementos geométricos:


- Os vértices são os pontos: A, B, C e D.
- Os ângulos internos são A, B, C e D.
- Os lados são os segmentos: ̅̅̅̅ ̅̅̅̅, CD
AB, BC ̅̅̅̅ e AD
̅̅̅̅.

Observação: Ao unir os vértices opostos de um quadrilátero qualquer, obtemos sempre dois triângulos
e como a soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é 180 graus, concluímos que a soma
dos ângulos internos de um quadrilátero é igual a 360 graus.

Quadriláteros Notáveis:
Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.

- ̅̅̅̅
AB é paralelo a ̅̅̅̅
CD

Os trapézios podem ser:


- Retângulo: dois ângulos retos.
- Isósceles: lados não paralelos congruentes (iguais).

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- Escaleno: os quatro lados diferentes.

Paralelogramo: É o quadrilátero que tem lados opostos paralelos. Num paralelogramo, os ângulos
opostos são congruentes e os lados apostos também são congruentes.

- ̅̅̅̅
AB//CD̅̅̅̅ e AD
̅̅̅̅//BC
̅̅̅̅
- AB = CD e AD = ̅̅̅̅
̅̅̅̅ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ BC (lados opostos iguais)
-Â = Ĉ e B ̂=D ̂ (ângulos opostos iguais)
̅̅̅̅ ≠ BD
- AC ̅̅̅̅ (duas diagonais diferentes)

Os paralelogramos mais importantes recebem nomes especiais:

- Losango: 4 lados congruentes


- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

Observações:
- No retângulo e no quadrado as diagonais são congruentes (iguais)
- No losango e no quadrado as diagonais são perpendiculares entre si (formam ângulo de 90°) e são
bissetrizes dos ângulos internos (dividem os ângulos ao meio).

Fórmulas da área dos quadriláteros:


(B+b).h
1 - Trapézio: A = , onde B é a medida da base maior, b é a medida da base menor e h é medida
2
da altura.
2 - Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da base e h é a medida da altura.
3 - Retângulo: A = b.h
D.d
4 - Losango: A = 2 , onde D é a medida da diagonal maior e d é a medida da diagonal menor.
5 - Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado.

Exemplos

01. Determine a medida dos ângulos indicados:


a)

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b)

c)

Resolução
01. Respostas: a = 70º; b = 162º e c = 18º.
a) x + 105° + 98º + 87º = 360º
x + 290° = 360°
x = 360° - 290°
x = 70º

b) x + 80° + 82° = 180°


x + 162° = 180°
x = 180º - 162º
x = 18°
18º + 90º + y + 90º = 360°
y + 198° = 360°
y = 360º - 198°
y = 162º

c) 3a / 2 + 2a + a / 2 + a = 360º
(3a + 4a + a + 2a) / 2 = 720° /2
10a = 720º
a = 720° / 10
a = 72°
72° + b + 90° = 180°
b + 162° = 180°
b = 180° - 162°
b = 18°.
Questões

01. Com relação aos quadriláteros, assinale a alternativa incorreta:


(A) Todo quadrado é um trapézio.
(B) Todo retângulo é um paralelogramo.
(C) Todo quadrado é um losango.
(D) Todo trapézio é um paralelogramo.
(E) Todo losango é um paralelogramo.

02. Na figura, ABCD é um trapézio isósceles, onde AD = 4, CD = 1, A = 60° e a altura vale 2√3. A área
desse trapézio é

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(A) 4.
(B) (4√3)/3.
(C) 5√3.
(D) 6√3.
(E) 7.

03. A figura abaixo é um trapézio isósceles, onde a, b, c representam medidas dos ângulos internos
desse trapézio. Determine a medida de a, b, c.

(A) a = 63°, b = 117° e c = 63°


(B) a = 117°, b = 63° e c = 117°
(C) a = 63°, b = 63° e c = 117°
(D) a = 117°, b = 117° e c = 63°
(E) a = b = c = 63°

04. Sabendo que x é a medida da base maior, y é a medida da base menor, 5,5 cm é a medida da
base média de um trapézio e que x - y = 5 cm, as medidas de x e y são, respectivamente:
(A) 3 e 8
(B) 5 e 6
(C) 4 e 7
(D) 6 e 5
(E) 8 e 3

05. (Câmara de Sumaré – Escriturário – VUNESP/2017) A figura, com dimensões indicadas em


centímetros, mostra um painel informativo ABCD, de formato retangular, no qual se destaca a região
retangular R, onde x > y.

Sabendo-se que a razão entre as medidas dos lados correspondentes do retângulo ABCD e da região
R é igual a 5/2, é correto afirmar que as medidas, em centímetros, dos lados da região R, indicadas por
x e y na figura, são, respectivamente,
(A) 80 e 64.
(B) 80 e 62.
(C) 62 e 80.
(D) 60 e 80.
(E) 60 e 78.

06. (UEM – Técnico Administrativo – UEM/2017) Rui fez um canteiro retangular de 12,5 m de
comprimento por 6 m de largura. Então a área deste canteiro, em m², é igual a
(A) 18,5.
(B) 37.
(C) 72.
(D) 74.
(E) 75.

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Comentários

01. Resposta: D.
Trata-se de uma pergunta teórica.
a) V → o quadrado tem dois lados paralelos, portanto é um trapézio.
b) V → o retângulo tem os lados opostos paralelos, portanto é um paralelogramo.
c) V → o quadrado tem os lados opostos paralelos e os 4 lados congruentes, portanto é um losango.
d) F
e) V → o losango tem lados opostos paralelos, portanto é um paralelogramo.

02. Resposta: D.
De acordo com e enunciado, temos:

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 √3 ℎ
- sen60º = ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎
→ 2
= 4 → 2h = 4√3 → h = 2√3

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 1 𝑥
- cos60º = → = → 2x = 4 → x = 2
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎 2 4

- base maior AB = x + 1 + x = 2 + 1 + 2 = 5

- base menor CD = 1

(𝐵+𝑏).ℎ (5+1).2√3
A= →A= → A = 6√3
2 2

03. Resposta: C.
Em um trapézio isósceles como o da figura, os ângulos da base são congruentes e os ângulos
superiores também são congruentes. E a soma de uma superior mais um da base é igual a 180°.
c = 117°
a + 117° = 180°
a = 180° - 117°
a = 63°
b = 63°

04. Resposta: E.

x + y = 11
x-y=5
_________
2x + 0 = 16
2x = 16/2

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x=8
x + y = 11
8 + y = 11
y = 11 – 8
y=3

05. Resposta: A.
Pelo critério de razões temos:
200/x = 5/2
5x = 400
x = 400/5
x = 80
160/y = 5/2
5y= 320
y = 320/5
y = 64

06. Resposta: E.
A área de um retângulo é comprimento x largura, então:
12,5 x 6 = 75,0

CIRCUNFERÊNCIA E CÍRCULO

Circunferência: A circunferência é o lugar geométrico de todos os pontos de um plano que estão


localizados a uma mesma distância r de um ponto fixo denominado o centro da circunferência. Esta talvez
seja a curva mais importante no contexto das aplicações.

Círculo: (ou disco) é o conjunto de todos os pontos de um plano cuja distância a um ponto fixo O é
menor ou igual que uma distância r dada. Quando a distância é nula, o círculo se reduz a um ponto. O
círculo é a reunião da circunferência com o conjunto de pontos localizados dentro da mesma. No gráfico
acima, a circunferência é a linha de cor verde escuro que envolve a região verde claro, enquanto o círculo
é toda a região pintada de verde reunida com a circunferência.

Pontos interiores de um círculo e exteriores a um círculo

Pontos interiores: Os pontos interiores de um círculo são os pontos do círculo que não estão na
circunferência.

Pontos exteriores: Os pontos exteriores a um círculo são os pontos localizados fora do círculo.

Raio, Corda e Diâmetro

Raio: Raio de uma circunferência (ou de um círculo) é um segmento de reta com uma extremidade no
centro da circunferência (ou do círculo) e a outra extremidade num ponto qualquer da circunferência. Na
figura abaixo, os segmentos de reta ̅̅̅̅
OA, ̅̅̅̅
OB e ̅̅̅̅
OC são raios.

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Corda: Corda de uma circunferência é um segmento de reta cujas extremidades pertencem à
circunferência (ou seja, um segmento que une dois pontos de uma circunferência). Na figura abaixo, os
segmentos de reta ̅̅̅̅
AC e ̅̅̅̅
DE são cordas.

Diâmetro: Diâmetro de uma circunferência (ou de um círculo) é uma corda que passa pelo centro da
circunferência. Observamos que o diâmetro é a maior corda da circunferência. Na figura abaixo, o
segmento de reta ̅̅̅̅
AC é um diâmetro.

Posições relativas de uma reta e uma circunferência

Reta secante: Uma reta é secante a uma circunferência se essa reta intercepta a circunferência em
dois pontos quaisquer, podemos dizer também que é a reta que contém uma corda.

Reta tangente: Uma reta tangente a uma circunferência é uma reta que intercepta a circunferência
em um único ponto P. Este ponto é conhecido como ponto de tangência ou ponto de contato. Na figura
ao lado, o ponto P é o ponto de tangência e a reta que passa pelos pontos E e F é uma reta tangente à
circunferência.

Reta externa (ou exterior): é uma reta que não tem ponto em comum com a circunferência. Na figura
abaixo a reta t é externa.

Propriedades das secantes e tangentes


Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O, intercepta a circunferência em dois pontos
distintos A e B e se M é o ponto médio da corda AB, então o segmento de reta OM é perpendicular à reta
secante s.

Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O, intercepta a circunferência em dois pontos
distintos A e B, a perpendicular às retas que passam pelo centro O da circunferência, passa também pelo
ponto médio da corda AB.

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Seja OP um raio de uma circunferência, onde O é o centro e P um ponto da circunferência. Toda reta
perpendicular ao raio OP é tangente à circunferência no ponto de tangência P.

Toda reta tangente a uma circunferência é perpendicular ao raio no ponto de tangência.

Posições relativas de duas circunferências

Reta tangente comum: Uma reta que é tangente a duas circunferências ao mesmo tempo é
denominada uma tangente comum. Há duas possíveis retas tangentes comuns: a interna e a externa.

Ao traçar uma reta ligando os centros de duas circunferências no plano, esta reta separa o plano em
dois semiplanos. Se os pontos de tangência, um em cada circunferência, estão no mesmo semiplano,
temos uma reta tangente comum externa. Se os pontos de tangência, um em cada circunferência, estão
em semiplanos diferentes, temos uma reta tangente comum interna.

Circunferências internas: Uma circunferência C1 é interna a uma circunferência C2, se todos os


pontos do círculo C1 estão contidos no círculo C2. Uma circunferência é externa à outra se todos os seus
pontos são pontos externos à outra.

Circunferências concêntricas: Duas ou mais circunferências com o mesmo centro, mas com raios
diferentes são circunferências concêntricas.

Circunferências tangentes: Duas circunferências que estão no mesmo plano, são tangentes uma à
outra, se elas são tangentes à mesma reta no mesmo ponto de tangência.

As circunferências são tangentes externas uma à outra se os seus centros estão em lados opostos da
reta tangente comum e elas são tangentes internas uma à outra se os seus centros estão do mesmo lado
da reta tangente comum.

Circunferências secantes: são aquelas que possuem somente dois pontos distintos em comum.

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Segmentos tangentes: Se AP e BP são segmentos de reta tangentes à circunferência nos ponto A e
B, então esses segmentos AP e BP são congruentes.

ÂNGULOS (OU ARCOS) NA CIRCURFERÊNCIA

Ângulo central: é um ângulo cujo vértice coincide com o centro da circunferência. Este ângulo
determina um arco na circunferência, e a medida do ângulo central e do arco são iguais.

̂ e sua medida é igual a esse arco.


O ângulo central determina na circunferência um arco 𝐴𝐵

̂
α = AB
Ângulo Inscrito: é um ângulo cujo vértice está sobre a circunferência.

̂ e sua medida é igual à metade do arco.


O ângulo inscrito determina na circunferência um arco 𝐴𝐵
̂
AB
α=
2

Ângulo Excêntrico Interno: é formado por duas cordas da circunferência.

O ângulo excêntrico interno determina na circunferência dois arcos AB e CD e sua medida é igual à
metade da soma dos dois arcos.
̂ + CD
AB ̂
α=
2

Ângulo Excêntrico Externo: é formado por duas retas secantes à circunferência.

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̂ e 𝐶𝐷
O ângulo excêntrico externo determina na circunferência dois arcos 𝐴𝐵 ̂ e sua medida é igual à
metade da diferença dos dois arcos.

̂ − CD
AB ̂
α=
2

Questões

01. O valor de x na figura abaixo é:

(A) 90°
(B) 92°
(C) 96°
(D) 98°
(E) 100°

02. Na figura abaixo, qual é o valor de y?

(A) 30°
(B) 45°
(C) 60°
(D) 35°
(E) 25°

03. Na figura seguinte, a medida do ângulo x, em graus, é:

(A) 80°
(B) 82°
(C) 84°
(D) 86°
(E) 90°

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04. A medida do arco x na figura abaixo é:

(A) 15°
(B) 20°
(C) 25°
(D) 30°
(E) 45°

05. Uma reta é tangente a uma circunferência quando:


(A) tem dois pontos em comum.
(B) tem três pontos em comum.
(C) não tem ponto em comum.
(D) tem um único ponto em comum.
(E) nda

Comentários

01. Resposta: B.
O ângulo dado na figura (46°) é um ângulo inscrito, portanto é igual à metade do arco x:
𝑥
46° =
2

x = 46°.2
x = 92°

02. Resposta: D.
O ângulo da figura é um ângulo excêntrico externo, portanto é igual à metade da diferença dos dois
arcos dados.
110°−40°
𝑦=
2

70°
𝑦= 2
= 35°

03. Resposta: C.
O ângulo x é um ângulo excêntrico interno, portanto é igual à metade da soma dos dois arcos.
108°+60°
𝑥=
2
168°
𝑥= 2
= 84°

04. Resposta: A.
O ângulo de 55 é um ângulo excêntrico interno, portanto é igual à metade da soma dos dois arcos.
95°+𝑥
55° = 2
55°. 2 = 95° + 𝑥
110° − 95° = 𝑥
𝑥 = 15°

05. Resposta: D.
Questão teórica

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MEDIDAS DE ARCOS E ÂNGULOS

Arcos (e ângulos) na circunferência

Se forem tomados dois pontos A e B sobre uma circunferência, ela ficará dividida em duas partes
chamadas arcos. Estes dois pontos A e B são as extremidades dos arcos.

Usamos a seguinte representação: AB.


Observação: quando A e B são pontos coincidentes, um arco é chamado de nulo e o outro arco de
uma volta.

Unidades de medidas de arcos (e ângulos)

I) Grau: para medir ângulos a circunferência foi dividida em 360° partes iguais, e cada uma dessas
partes passou a ser chamada de 1 grau (1°).
1
1° = (𝑢𝑚 𝑡𝑟𝑒𝑧𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑒 𝑠𝑒𝑠𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑎𝑣𝑜𝑠) 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑛𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎.
360

Submúltiplos do grau
O grau tem dois submúltiplos (medidas menores que o grau). São o minuto e o segundo, de forma que:
1° = 60′ ou seja 1 minutos é igual a 1/60 do grau.
1’ = 60” ou seja 1 segundo é igual a 1/60 do minuto.

II) Radiano
A medida de um arco, em radianos, é a razão (divisão) entre o comprimento do arco e o raio da
circunferência sobre a qual está arco está determinado.

Sendo α o ângulo (ou arco), r o raio e l o comprimento do arco, temos:


l
α=
r
O arco l terá seu comprimento máximo (ou maior) quando for igual ao comprimento total de uma
circunferência (C = 2πr – fórmula do comprimento da circunferência), ou seja lmáximo = C → lmax = 2πr.
Então, o valor máximo do ângulo α em radianos será:
2πr
α= ==> α = 2π rad
r

Observação: uma volta na circunferência é igual a 360° ou 2π rad.

Conversões
- graus para radianos: para converter grau para radianos usamos uma regra de três simples.

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Exemplo:
Converter 150° para radianos.
180° π rad
150° x rad
180° π
=
150° x
180𝑥 = 150𝜋
150π
x = 180 (simplificando)

x= 6
rad

- radianos para graus: basta substituir o π por 180°.

Exemplo:

Converter 2 rad para graus (ou podemos usar regra de três simples também).
3𝜋 3.180 540
= = = 270°
2 2 2

Questões

01. Um ângulo de 120° equivale a quantos radianos?


7𝜋
(A) 6 𝑟𝑎𝑑

5𝜋
(B) 6
𝑟𝑎𝑑

𝜋
(C) 𝑟𝑎𝑑
6

𝜋
(D) 3
𝑟𝑎𝑑

2𝜋
(E) 3
𝑟𝑎𝑑

5𝜋
02. Um ângulo de rad equivale a quantos graus?
4
(A) 180°
(B) 210°
(C) 300°
(D) 270°
(E) 225°

03. (FUVEST) Quantos graus, mede aproximadamente, um arco de 0,105 rad? (usar π = 3,14)
(A) 6°
(B) 5°
(C) 4°
(D) 3°
(E) 2°
Comentários

01. Resposta: E.
180° π rad
120° x rad
180° 𝜋
120°
=𝑥

180x = 120π
120𝜋
𝑥 = 180 (simplificando)

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2𝜋
𝑥= 3
𝑟𝑎𝑑

02. Resposta: E.
5𝜋 5.180° 900°
= = = 225°
4 4 4

03. Resposta: A.
Neste caso, usamos regra de três:
180° π rad
x 0,105 rad
180° 𝜋
𝑥
= 0,105

π.x = 180°.0,105
3,14x = 18,9
x = 18,9 : 3,14 ≅ 6,01
x ≅ 6°

SISTEMA DE MEDIDAS

Sistema de Medidas Decimais: Área, volume, comprimento, capacidade, massa

Um sistema de medidas é um conjunto de unidades de medida que mantém algumas relações entre
si. O sistema métrico decimal é hoje o mais conhecido e usado no mundo todo. Na tabela seguinte,
listamos as unidades de medida de comprimento do sistema métrico. A unidade fundamental é o metro,
porque dele derivam as demais.

Há, de fato, unidades quase sem uso prático, mas elas têm uma função. Servem para que o sistema
tenha um padrão: cada unidade vale sempre 10 vezes a unidade menor seguinte.
Por isso, o sistema é chamado decimal.

E há mais um detalhe: embora o decímetro não seja útil na prática, o decímetro cúbico é muito usado
com o nome popular de litro.
As unidades de área do sistema métrico correspondem às unidades de comprimento da tabela anterior.
São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são
o quilômetro quadrado, o metro quadrado e o hectômetro quadrado, este muito importante nas atividades
rurais com o nome de hectare (há): 1 hm2 = 1 ha.
No caso das unidades de área, o padrão muda: uma unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10
vezes, como nos comprimentos. Entretanto, consideramos que o sistema continua decimal, porque 100
= 102.
Existem outras unidades de medida mas que não pertencem ao sistema métrico decimal. Vejamos
as relações entre algumas essas unidades e as do sistema métrico decimal (valores aproximados):
1 polegada = 25 milímetros
1 milha = 1 609 metros
1 légua = 5 555 metros
1 pé = 30 centímetros

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A nomenclatura é a mesma das unidades de comprimento acrescidas de quadrado.

Agora, vejamos as unidades de volume. De novo, temos a lista: quilômetro cúbico (km 3), hectômetro
cúbico (hm3), etc. Na prática, são muitos usados o metro cúbico(m3) e o centímetro cúbico(cm3).
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade vale 1000 vezes a unidade menor
seguinte. Como 1000 = 103, o sistema continua sendo decimal.

A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. Se o volume da água que enche um tanque é
de 7.000 litros, dizemos que essa é a capacidade do tanque. A unidade fundamental para medir
capacidade é o litro (l); 1l equivale a 1 dm3 e 1m³ = 1000l.
Cada unidade vale 10 vezes a unidade menor seguinte.

O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o
grama(g).

Nomenclatura:
Kg – Quilograma
hg – hectograma
dag – decagrama
g – grama
dg – decigrama
cg – centigrama
mg – miligrama

Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda
a tonelada (t).
Medidas Especiais:
1 Tonelada(t) = 1000 Kg
1 Arroba = 15 Kg
1 Quilate = 0,2 g

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Relações entre unidades

Temos que:
1 kg = 1l = 1 dm3
1 hm2 = 1 ha = 10.000m2
1 m3 = 1000 l

Questões

01. (SESAP-RN – Administrador – COMPERVE/2018) Uma criança desenvolveu uma infecção cujo
tratamento deve ser feito com antibióticos. O antibiótico utilizado no tratamento tem recomendação diária
de 1,5 mg por um quilograma de massa corpórea, devendo ser administrado três vezes ao dia, em doses
iguais. Se a criança tem massa equivalente a 12 kg, cada dose administrada deve ser de
(A) 7,5 mg.
(B) 9,0 mg.
(C) 4,5 mg.
(D) 6,0 mg.

02. (MP/SP – Auxiliar de Promotoria I – Administrativo – VUNESP) O suco existente em uma jarra
3
preenchia da sua capacidade total. Após o consumo de 495 mL, a quantidade de suco restante na jarra
4
1
passou a preencher da sua capacidade total. Em seguida, foi adicionada certa quantidade de suco na
5
jarra, que ficou completamente cheia. Nessas condições, é correto afirmar que a quantidade de suco
adicionada foi igual, em mililitros, a
(A) 580.
(B) 720.
(C) 900.
(D) 660.
(E) 840.

03. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em uma casa há um filtro de barro que contém, no
início da manhã, 4 litros de água. Desse filtro foram retirados 800 mL para o preparo da comida e meio
litro para consumo próprio. No início da tarde, foram colocados 700 mL de água dentro desse filtro e, até
o final do dia, mais 1,2 litros foram utilizados para consumo próprio. Em relação à quantidade de água
que havia no filtro no início da manhã, pode-se concluir que a água que restou dentro dele, no final do
dia, corresponde a uma porcentagem de
(A) 60%.
(B) 55%.
(C) 50%.
(D) 45%.
(E) 40%.

04. (UFPE – Assistente em Administração – COVEST) Admita que cada pessoa use, semanalmente,
4 bolsas plásticas para embrulhar suas compras, e que cada bolsa é composta de 3 g de plástico. Em um
país com 200 milhões de pessoas, quanto plástico será utilizado pela população em um ano, para
embrulhar suas compras? Dado: admita que o ano é formado por 52 semanas. Indique o valor mais
próximo do obtido.
(A) 108 toneladas
(B) 107 toneladas
(C) 106 toneladas

. 187
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(D) 105 toneladas
(E) 104 toneladas

05. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Uma chapa de alumínio com 1,3 m2 de área será
totalmente recortada em pedaços, cada um deles com 25 cm2 de área. Supondo que não ocorra nenhuma
perda durante os cortes, o número de pedaços obtidos com 25 cm2 de área cada um, será:
(A) 52000.
(B) 5200.
(C) 520.
(D) 52.
(E) 5,2.

06. (CLIN/RJ - Gari e Operador de Roçadeira - COSEAC) Uma peça de um determinado tecido tem
30 metros, e para se confeccionar uma camisa desse tecido são necessários 15 decímetros. Com duas
peças desse tecido é possível serem confeccionadas:
(A) 10 camisas
(B) 20 camisas
(C) 40 camisas
(D) 80 camisas

07. (CLIN/RJ - Gari e Operador de Roçadeira - COSEAC) Um veículo tem capacidade para
transportar duas toneladas de carga. Se a carga a ser transportada é de caixas que pesam 4 quilogramas
cada uma, o veículo tem capacidade de transportar no máximo:
(A) 50 caixas
(B) 100 caixas
(C) 500 caixas
(D) 1000 caixas

08. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Um trecho de uma estrada com 5,6 km de
3
comprimento está sendo reparado. A empresa A, responsável pelo serviço, já concluiu 7 do total a ser
2
reparado e, por motivos técnicos, do trecho que ainda faltam reparar serão feitos por uma empresa B.
5
O número total de metros que a empresa A ainda terá que reparar é
(A) 1920.
(B) 1980.
(C) 2070.
(D) 2150.
(E) 2230.

Comentários

01. Resposta: D
Observe que 1,5mg é a dose diária para cada quilograma da criança, como ele é aplicado 3x ao dia,
teremos 0,5mg por aplicação, a criança possui 12kg, assim a quantidade de remédio por aplicação será
de:
0,5 . 12 = 6,0mg

02. Resposta: B.
Vamos chamar de x a capacidade total da jarra. Assim:
3 1
4
. 𝑥 − 495 = 5 . 𝑥

3 1
4
.𝑥 − 5
. 𝑥 = 495

5.3.𝑥 − 4.𝑥=20.495
20

15x – 4x = 9900
11x = 9900

. 188
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
x = 9900 / 11
x = 900 mL (capacidade total)
Como havia 1/5 do total (1/5 . 900 = 180 mL), a quantidade adicionada foi de 900 – 180 = 720 mL

03. Resposta: B.
4 litros = 4000 ml; 1,2 litros = 1200 ml; meio litro = 500 ml
4000 – 800 – 500 + 700 – 1200 = 2200 ml (final do dia)
Utilizaremos uma regra de três simples:
ml %
4000 ------- 100
2200 ------- x
4000.x = 2200 . 100 x = 220000 / 4000 = 55%

04. Resposta: D.
4 . 3 . 200000000 . 52 = 1,248 . 1011 g = 1,248 . 105 t

05. Resposta: C.
1,3 m2 = 13000 cm2
13000 / 25 = 520 pedaços

06. Resposta: C.
Como eu quero 2 peças desse tecido e 1 peça possui 30 metros logo:
30 . 2 = 60 m. Temos que trabalhar com todas na mesma unidade: 1 m é 10dm assim temos 60m . 10
= 600 dm, como cada camisa gasta um total de 15 dm, temos então:
600/15 = 40 camisas.

07. Resposta: C.
Uma tonelada(ton) é 1000 kg, logo 2 ton. 1000kg= 2000 kg
Cada caixa pesa 4kg  2000 kg/ 4kg = 500 caixas.

08. Resposta: A.
Primeiramente, vamos transformar Km em metros: 5,6 Km = 5600 m (.1000)
7 3 4 4 4.5600
Faltam − = do total, ou seja, 𝑑𝑒 5600 = = 3200𝑚
7 7 7 7 7
2 2.3200
A empresa B vai reparar 5 𝑑𝑒 3200 = 5 = 1280𝑚
Então, a empresa A vai reparar 3200 – 1280 = 1920m

SISTEMA DE MEDIDAS NÃO DECIMAIS (TEMPO E ÂNGULO)

Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo, que mede intervalos de tempo, é o mais conhecido.
A unidade utilizada como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo.

1h → 60 minutos → 3 600 segundos

Para passar de uma unidade para a menor seguinte, multiplica-se por 60.

Exemplo:
0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos, quantos minutos indica 0,3 horas?

1 hora 60 minutos
0,3 x

. 189
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Efetuando temos: 0,3 . 60 = 1. x → x = 18 minutos. Concluímos que 0,3horas = 18 minutos.

Adição e Subtração de Medida de tempo


Ao adicionarmos ou subtrairmos medidas de tempo, precisamos estar atentos as unidades. Vejamos
os exemplos:

A) 1 h 50 min + 30 min

Observe que ao somar 50 + 30, obtemos 80 minutos, como sabemos que 1 hora tem 60 minutos, então
acrescentamos a hora +1, e subtraímos 80 – 60 = 20 minutos, é o que resta nos minutos:

Logo o valor encontrado é de 2 h 20 min.

B) 2 h 20 min – 1 h 30 min

Observe que não podemos subtrair 20 min de 30 min, então devemos passar uma hora (+1) das 2
para a coluna minutos.

Então teremos novos valores para fazermos nossa subtração, 20 + 60 = 80:

Logo o valor encontrado é de 50 min.

. 190
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Para medir ângulos, também temos um sistema não decimal. Nesse caso, a unidade básica é o grau.
Na astronomia, na cartografia e na navegação são necessárias medidas inferiores a 1º. Temos, então:

1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)


1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)

Os minutos e os segundos dos ângulos não são, é claro, os mesmos do sistema de tempo – hora,
minuto e segundo. Há uma coincidência de nomes, mas até os símbolos que os indicam são diferentes:

1h 32min 24s é um intervalo de tempo ou um instante do dia.


1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.

Por motivos óbvios, cálculos no sistema hora – minuto – segundo são similares a cálculos no sistema
grau – minuto – segundo, embora esses sistemas correspondam a grandezas distintas.

Questões

01. (SESAP – RN – Técnico em Enfermagem – COMPERVE/2018) Uma profissional de enfermagem


deve administrar 250 ml de soro fisiológico em um paciente durante 90 minutos. Para obter a vazão
correta do soro em gotas por minuto, ela deverá utilizar a fórmula de gotejamento, dividindo o volume do
soro em mililitros pelo triplo do tempo em horas. De acordo com essa fórmula, a quantidade de gotas por
minuto dever ser de, aproximadamente,
(A) 28.
(B) 42.
(C) 56.
(D) 70.

02. (Pref. Camaçari/BA – Téc. Vigilância Em Saúde NM – AOCP) Joana levou 3 horas e 53 minutos
para resolver uma prova de concurso, já Ana levou 2 horas e 25 minutos para resolver a mesma prova.
Comparando o tempo das duas candidatas, qual foi a diferença encontrada?
(A) 67 minutos.
(B) 75 minutos.
(C) 88 minutos.
(D) 91 minutos.
(E) 94 minutos.

03. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP) A tabela a seguir mostra o tempo,
aproximado, que um professor leva para elaborar cada questão de matemática.

O gráfico a seguir mostra o número de questões de matemática que ele elaborou.

. 191
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O tempo, aproximado, gasto na elaboração dessas questões foi
(A) 4h e 48min.
(B) 5h e 12min.
(C) 5h e 28min.
(D) 5h e 42min.
(E) 6h e 08min.

04. (CEFET – Auxiliar em Administração – CESGRANRIO) Para obter um bom acabamento, um


pintor precisa dar duas demãos de tinta em cada parede que pinta. Sr. Luís utiliza uma tinta de secagem
rápida, que permite que a segunda demão seja aplicada 50 minutos após a primeira. Ao terminar a
aplicação da primeira demão nas paredes de uma sala, Sr. Luís pensou: “a segunda demão poderá ser
aplicada a partir das 15h 40min.”
Se a aplicação da primeira demão demorou 2 horas e 15 minutos, que horas eram quando Sr. Luís
iniciou o serviço?
(A) 12h 25 min
(B) 12h 35 min
(C) 12h 45 min
(D) 13h 15 min
(E) 13h 25 min

Comentários

01. Resposta: C.
Para resolver esta questão temos que estar atentos ao enunciado, pois é dividir a quantidade em ml
pelo tempo em horas, então 90min = 1,5hora.
Logo, 250 : 1,5 = 55,555... que é aproximadamente 56.

02. Resposta: C.

Como 1h tem 60 minutos.


Então a diferença entre as duas é de 60+28=88 minutos.

03. Resposta: D.
T = 8 . 4 + 10 . 6 + 15 . 10 + 20 . 5 =
= 32 + 60 + 150 + 100 = 342 min
Fazendo: 342 / 60 = 5 h, com 42 min (resto)

04. Resposta: B.
15 h 40 – 2 h 15 – 50 min = 12 h 35min

UNIDADES DE MEDIDA – VELOCIDADE

A velocidade de um corpo é dada pela relação entre o deslocamento de um corpo em determinado


tempo. Pode ser considerada a grandeza que mede o quão rápido um corpo se desloca.
Segundo o S.I (Sistema Internacional de medidas) as unidades mais utilizadas para se medir a
velocidade é Km/h (Quilômetro por hora) e o m/s (metro por segundo).

Quando ouvimos que carro se desloca a uma velocidade de 20 km/h, isto significa que ele percorre 20
km em 1 hora.
Muitas questões pedem para que passemos de km/h para m/s, para efetuarmos essa transformação,
basta utilizarmos o que segue na figura abaixo:

. 192
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Exemplo:
Um carro se desloca de Florianópolis – SC a Curitiba – PR. Sabendo que a distância entre as duas
cidades é de 300 km e que o percurso iniciou as 7 horas e terminou ao meio dia, calcule a velocidade
média do carro durante a viagem, em m/s.
A velocidade média é dada por:
∆𝑆 ∆𝑆𝑓 − ∆𝑆𝑖
𝑉𝑚 = =
∆𝑡 ∆𝑡𝑓 − ∆𝑡𝑖

Ou seja, a variação da distância ΔS (final menos inicial) dividido por Δt, variação do tempo (final menos
inicial).
Montando de acordo com as informações do enunciado temos:
ΔS = 300 Km
Δt = 12 – 7 = 5 horas de percurso.
Então:
300
𝑉𝑚 = = 60𝑘𝑚/ℎ
5

Transformando para m/s teremos apenas que dividir por 3,6:


60 : 3,6 = 16,67 m/s

Questões

01. (CPTM/SP – Técnico de Manutenção – RBO/2017) Com velocidade média de 70 km/h, Natália
foi de trem da cidade A para a cidade B em 50 minutos. Se o percurso de volta foi feito em 40 minutos, a
velocidade média na volta, em km/h, foi de aproximadamente
(A) 80,0
(B) 84,0
(C) 85,5
(D) 87,5
(E) 92,5

02. (PM/SC – Soldado – IESES) Dois automóveis percorreram a distância entre as cidades A e B.
Ambos saíram da cidade A e não realizaram paradas durante as viagens. O primeiro partiu às 9 horas e
o segundo às 10 horas, chegando juntos na cidade B às 14 horas. Se a velocidade média do primeiro foi
de 50 km/h, qual é a velocidade média do segundo automóvel?
(A) 72,5Km/h
(B) 60km/h
(C) 65 km/h
(D) 62,5 km/h
(E) 125 km/h

Comentários

01. Resposta: D.
Trajeto de IDA: 50m min = 5/6hora
Vm = 70 = x/(5/6)
70 = 6x/5
X = 350/6 km
Trajeto de VOLTA: 40 min = 40/60 = 2/3
Vm = (350/6)/(2/3) = 350.3/6.2 = 87,5 km/h

. 193
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02. Resposta: D.
Primeiro automóvel:
Vm = variação espaço/variação tempo
50 = x/5
X = 250 km
Segundo Automóvel:
Vm = 250/4 = 62,5 km/h

PERÍMETRO E ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

Perímetro: é a soma de todos os lados de uma figura plana.


Exemplo:

Perímetro = 10 + 10 + 9 + 9 = 38 cm

Perímetros de algumas das figuras planas:

Área é a medida da superfície de uma figura plana.


A unidade básica de área é o m2 (metro quadrado), isto é, uma superfície correspondente a um
quadrado que tem 1 m de lado.

Fórmulas de área das principais figuras planas:

1) Retângulo
- sendo b a base e h a altura:

. 194
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2. Paralelogramo
- sendo b a base e h a altura:

3. Trapézio
- sendo B a base maior, b a base menor e h a altura:

4. Losango
- sendo D a diagonal maior e d a diagonal menor:

5. Quadrado
- sendo l o lado:

6. Triângulo: essa figura tem 6 fórmulas de área, dependendo dos dados do problema a ser resolvido.

I) sendo dados a base b e a altura h:

II) sendo dados as medidas dos três lados a, b e c:

III) sendo dados as medidas de dois lados e o ângulo formado entre eles:

IV) triângulo equilátero (tem os três lados iguais):

. 195
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V) circunferência inscrita:

VI) circunferência circunscrita:

Questões

01. A área de um quadrado cuja diagonal mede 2√7 cm é, em cm2, igual a:


(A) 12
(B) 13
(C) 14
(D) 15
(E) 16

02. (BDMG - Analista de Desenvolvimento – FUMARC) Corta-se um arame de 30 metros em duas


partes. Com cada uma das partes constrói-se um quadrado. Se S é a soma das áreas dos dois quadrados,
assim construídos, então o menor valor possível para S é obtido quando:
(A) o arame é cortado em duas partes iguais.
(B) uma parte é o dobro da outra.
(C) uma parte é o triplo da outra.
(D) uma parte mede 16 metros de comprimento.

03. (TJM-SP - Oficial de Justiça – VUNESP) Um grande terreno foi dividido em 6 lotes retangulares
congruentes, conforme mostra a figura, cujas dimensões indicadas estão em metros.

Sabendo-se que o perímetro do terreno original, delineado em negrito na figura, mede x + 285, conclui-
se que a área total desse terreno é, em m2, igual a:
(A) 2 400.
(B) 2 600.
(C) 2 800.
(D) 3000.
(E) 3 200.

04. (TRT/4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária – FCC) Ultimamente tem havido muito
interesse no aproveitamento da energia solar para suprir outras fontes de energia. Isso fez com que, após
uma reforma, parte do teto de um salão de uma empresa fosse substituída por uma superfície retangular
totalmente revestida por células solares, todas feitas de um mesmo material. Considere que:
- células solares podem converter a energia solar em energia elétrica e que para cada centímetro
quadrado de célula solar que recebe diretamente a luz do sol é gerada 0,01 watt de potência elétrica;

. 196
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- a superfície revestida pelas células solares tem 3,5m de largura por 8,4m de comprimento.
Assim sendo, se a luz do sol incidir diretamente sobre tais células, a potência elétrica que elas serão
capazes de gerar em conjunto, em watts, é:
(A) 294000.
(B) 38200.
(C) 29400.
(D) 3820.
(E) 2940.

05. (CPTM - Médico do trabalho – MAKIYAMA) Um terreno retangular de perímetro 200m está à
venda em uma imobiliária. Sabe-se que sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento. Se o metro
quadrado cobrado nesta região é de R$ 50,00, qual será o valor pago por este terreno?
(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 100.000,00.
(C) R$ 125.000,00.
(D) R$ 115.200,00.
(E) R$ 100.500,00.

06. Uma pessoa comprou 30 m2 de piso para colocar em uma sala retangular de 4 m de largura, porém,
ao medir novamente a sala, percebeu que havia comprado 3,6 m2 de piso a mais do que o necessário. O
perímetro dessa sala, em metros, é de:
(A) 21,2.
(B) 22,1.
(C) 23,4.
(D) 24,3.
(E) 25,6

07. (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática – EXAMES) A pipa, também conhecida como
papagaio ou quadrado, foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. Para
montar a pipa, representada na figura, foram utilizados uma vareta de 40 cm de comprimento, duas
varetas de 32 cm de comprimento, tesoura, papel de seda, cola e linha.
As varetas são fixadas conforme a figura, formando a estrutura da pipa. A linha é passada em todas
as pontas da estrutura, e o papel é colado de modo que a extremidade menor da estrutura da pipa fique
de fora.

Na figura, a superfície sombreada corresponde ao papel de seda que forma o corpo da pipa. A área
dessa superfície sombreada, em centímetros quadrados, é:
(A) 576.
(B) 704.
(C) 832.
(D) 1 150.
(E) 1 472.

. 197
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
08. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP) Para efeito decorativo, um arquiteto
dividiu o piso de rascunho um salão quadrado em 8 regiões com o formato de trapézios retângulos
congruentes (T), e 4 regiões quadradas congruentes (Q), conforme mostra a figura:

Se a área de cada região com a forma de trapézio retângulo for igual a 24 m², então a área total
desse piso é, em m², igual a
(A) 324
(B) 400
(C) 225
(D) 256
(E) 196

Comentários

01.Resposta: C.
Sendo l o lado do quadrado e d a diagonal:

Utilizando o Teorema de Pitágoras:


d2 = l2 + l2
2
(2√7) = 2l2
4.7 = 2l2
2l2 = 28
28
l2 =
2
A = 14 cm2

02. Resposta: A.
- um quadrado terá perímetro x
x
o lado será l = 4 e o outro quadrado terá perímetro 30 – x
30−x
o lado será l1 = 4
, sabendo que a área de um quadrado é dada por S = l2, temos:
S = S1 + S2
S=l²+l1²
x 2 30−x 2
S = (4) + ( 4
)
x2 (30−x)2
S = 16 + 16
, como temos o mesmo denominador 16:

x2 +302 −2.30.x+x2
S=
16
x2 +900−60x+x2
S= 16
2x2 60x 900
S= 16
− 16 + 16 ,

. 198
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
sendo uma equação do 2º grau onde a = 2/16; b = -60/16 e c = 900/16 e o valor de x será o x do vértice
−b
que e dado pela fórmula: x = 2a , então:

−60 60
−( )
16 16
xv = 2 = 4
2. 16
16
60 16 60
xv = . = = 15,
16 4 4

logo l = 15 e l1 = 30 – 15 = 15.

03. Resposta: D.
Observando a figura temos que cada retângulo tem lados medindo x e 0,8x:
Perímetro = x + 285
8.0,8x + 6x = x + 285
6,4x + 6x – x = 285
11,4x = 285
x = 285:11,4
x = 25
Sendo S a área do retângulo:
S= b.h
S= 0,8x.x
S = 0,8x2
Sendo St a área total da figura:
St = 6.0,8x2
St = 4,8.252
St = 4,8.625
St = 3000

04. Resposta: E.
Retângulo com as seguintes dimensões:
Largura: 3,5 m = 350 cm
Comprimento: 8,4 m = 840 cm
A = 840.350
A = 294.000 cm2
Potência = 294.000.0,01 = 2940

05. Resposta: D.
Comprimento: x
Largura: x – 28
Perímetro = 200
x + x + x – 28 + x – 28 = 200
4x – 56 = 200
4x = 200 + 56
x = 256 : 4
x = 64
Comprimento: 64
Largura: 64 – 28 = 36
Área: A = 64.36 = 2304 m2
Preço = 2304.50,00 = 115.200,00

06. Resposta: A.
Do enunciado temos que foram comprados 30 m2 de piso e que a sala tem 4 m de largura. Para saber
o perímetro temos que calcular o comprimento desta sala.
- houve uma sobra de 3,6 m2, então a área da sala é:
A = 30 – 3,6
A = 26,4 m2
- sendo x o comprimento:
x.4 = 26,4

. 199
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x = 26,4 : 4
x = 6,6 m (este é o comprimento da sala)

- o perímetro (representado por 2p na geometria) é a soma dos 4 lados da sala:


2p = 4 + 4 + 6,6 + 6,6 = 21,2 m

07. Resposta: C.
A área procurada é igual a área de um triângulo mais a área de um retângulo.

A = AT + AR
32.20
A= + 16.32
2

A = 320 + 512 = 832

08. Resposta: D.

O destaque da figura corresponde a base maior do nosso trapézio, e podemos perceber que equivale
a 2x e a base menor x, portanto:
𝑏+𝐵
𝐴= ∙ℎ
2
𝑥 + 2𝑥
24 = ∙𝑥
2

48 = 3𝑥 2
X²=16
Substituindo: A total =4x 4x=16x²=1616=256 m²

ÁREA DO CIRCULO E SUAS PARTES

I- Círculo:
Quem primeiro descreveu a área de um círculo foi o matemático grego Arquimedes (287/212 a.C.), de
Siracusa, mais ou menos por volta do século II antes de Cristo. Ele concluiu que quanto mais lados tem
um polígono regular mais ele se aproxima de uma circunferência e o apótema (a) deste polígono tende
ao raio r. Assim, como a fórmula da área de um polígono regular é dada por A = p.a (onde p é
2𝜇𝑟
semiperímetro e a é o apótema), temos para a área do círculo 𝐴 = 2 . 𝑟, então temos:

II- Coroa circular:


É uma região compreendida entre dois círculos concêntricos (tem o mesmo centro). A área da coroa
circular é igual a diferença entre as áreas do círculo maior e do círculo menor. A = 𝜋R2 – 𝜋r2, como temos
o 𝜋 como fator comum, podemos colocá-lo em evidência, então temos:

. 200
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III- Setor circular:
É uma região compreendida entre dois raios distintos de um círculo. O setor circular tem como
elementos principais o raio r, um ângulo central 𝛼 e o comprimento do arco l, então temos duas fórmulas:

IV- Segmento circular:


É uma região compreendida entre um círculo e uma corda (segmento que une dois pontos de uma
circunferência) deste círculo. Para calcular a área de um segmento circular temos que subtrair a área de
um triângulo da área de um setor circular, então temos:

Questões

01. (SEDUC/RJ – Professor – Matemática – CEPERJ) A figura abaixo mostra três círculos, cada
um com 10 cm de raio, tangentes entre si.

Considerando √3 ≅ 1,73 e 𝜋 ≅ 3,14, o valor da área sombreada, em cm2, é:


(A) 320.
(B) 330.
(C) 340.
(D) 350.
(E) 360.

02. (Câmara Municipal de Catas Altas/MG - Técnico em Contabilidade – FUMARC) A área de um


círculo, cuja circunferência tem comprimento 20𝜋 cm, é:
(A) 100𝜋 cm2.
(B) 80 𝜋 cm2.
(C) 160 𝜋 cm2.
(D) 400 𝜋 cm2.

. 201
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03. (PETROBRÁS - Inspetor de Segurança - CESGRANRIO) Quatro tanques de armazenamento de
óleo, cilíndricos e iguais, estão instalados em uma área retangular de 24,8 m de comprimento por 20,0 m
de largura, como representados na figura abaixo.

2
Se as bases dos quatro tanques ocupam 5
da área retangular, qual é, em metros, o diâmetro da base
de cada tanque?
Dado: use 𝜋=3,1
(A) 2.
(B) 4.
(C) 6.
(D) 8.
(E) 16.

04. (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática – EXAMES) Na figura a seguir, OA = 10 cm, OB =


8 cm e AOB = 30°.

Qual, em cm², a área da superfície hachurada. Considere π = 3,14?


(A) 5,44 cm².
(B) 6,43 cm².
(C) 7,40 cm².
(D) 8,41 cm².
(E) 9,42 cm².

05. (U. F. de Uberlândia-MG) Uma indústria de embalagens fábrica, em sua linha de produção, discos
de papelão circulares conforme indicado na figura. Os discos são produzidos a partir de uma folha
quadrada de lado L cm. Preocupados com o desgaste indireto produzido na natureza pelo desperdício de
papel, a indústria estima que a área do papelão não aproveitado, em cada folha utilizada, é de (100 - 25π)
cm2.

Com base nas informações anteriores, é correto afirmar que o valor de L é:


(A) Primo
(B) Divisível por 3.
(C) Ímpar.
(D) Divisível por 5.

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06. Na figura abaixo está representado um quadrado de lado 4 cm e um arco de circunferência com
centro no vértice do quadrado. Qual é a área da parte sombreada?

(A) 2(4 – π) cm2


(B) 4 – π cm2
(C) 4(4 – π) cm2
(D) 16 cm2
(E) 16π cm2

07. Calcular a área do segmento circular da figura abaixo, sendo r = 6 cm e o ângulo central do setor
igual a 60°:

(A) 6 π - 6√3 cm²


(B) 2. (2 π - 3√3) cm²
(C) 3. (4 π - 3√3) cm²
(D) 3. (1 π - 3√3) cm²
(E) 3. (2 π - 3√3) cm²

Comentários

01. Resposta: B.
Unindo os centros das três circunferências temos um triângulo equilátero de lado 2r ou seja l = 2.10 =
20 cm. Então a área a ser calculada será:

𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐
𝐴 = 𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐 + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔 +
2
𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐
𝐴= + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔
2
2
𝜋𝑟
𝐴= + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔
2

𝜋𝑟 2 𝑙 2 √3
𝐴= +
2 4
(3,14 ∙ 102 ) 202 ∙ 1,73
𝐴= +
2 4
400 ∙ 1,73
𝐴 = 1,57 ∙ 100 +
4
𝐴 = 157 + 100 ∙ 1,73 = 157 + 173 = 330

02. Resposta: A.
A fórmula do comprimento de uma circunferência é C = 2π.r, Então:
C = 20π
2π.r = 20π

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20π
r = 2π
r = 10 cm
A = π.r2 → A = π.102 → A = 100π cm2

03. Resposta: D.
Primeiro calculamos a área do retângulo (A = b.h)
Aret = 24,8.20
Aret = 496 m2
2
4.Acirc = 5.Aret

2
4.πr2 = 5.496
992
4.3,1.r2 =
5
12,4.r2 = 198,4
r2 = 198,4 : 12, 4 → r2 = 16 → r = 4
d = 2r =2.4 = 8

04. Resposta: E.
OA = 10 cm (R = raio da circunferência maior), OB = 8 cm (r = raio da circunferência menor). A área
hachurada é parte de uma coroa circular que é dada pela fórmula Acoroa = π(R2 – r2).
Acoroa = 3,14.(102 – 82)
Acoroa = 3,14.(100 – 64)
Acoroa = 3,14.36 = 113,04 cm2
- como o ângulo dado é 30°
360° : 30° = 12 partes iguais.
Ahachurada = 113,04 : 12 = 9,42 cm2

05. Resposta: D.
A área de papelão não aproveitado é igual a área do quadrado menos a área de 9 círculos. Sendo que
a área do quadrado é A = L2 e a área do círculo A = π.r2. O lado L do quadrado, pela figura dada, é igual
a 6 raios do círculo. Então:
6r = L → r = L/6
A = Aq – 9.Ac
100 - 25π = L² - 9 π r² (substituir o r)
𝐿 2 𝐿2 𝜋𝐿2
100 − 25𝜋 = 𝐿2 − 9𝜋. ( ) → 100 − 25𝜋 = 𝐿2 − 9. 𝜋. → 100 − 25𝜋 = 𝐿2 −
6 36 4

Colocando em evidência o 100 no primeiro membro de e L² no segundo membro:


𝜋 𝜋
100. (1 − ) = 𝐿2 . (1 − ) → 100 = 𝐿2 → 𝐿 = √100 = 10
4 4

06. Resposta: C.
A área da região sombreada é igual a área do quadrado menos ¼ da área do círculo (setor com ângulo
de 90°).
𝐴𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 𝜋. 𝑟 2 𝜋. 42
𝐴 = 𝐴𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜 − → 𝐴 = 𝑙2 − → 𝐴 = 42 − → 𝐴 = 16 − 4𝜋
4 4 4

Colocando o 4 em evidência: A = 4(4 – π) cm²

07. Resposta: E.
Asegmento = Asetor - Atriângulo
Substituindo as fórmulas:
𝑎𝜋𝑟 2 𝑎. 𝑏. 𝑠𝑒𝑛𝑎 60°. 𝜋. 62 6.6. 𝑠𝑒𝑛60° 36𝜋 √3
𝐴𝑠𝑒𝑔 = − → 𝐴𝑠𝑒𝑔 = − → 𝐴𝑠𝑒𝑔 = − 6.3.
360° 2 360° 2 6 2

Aseg = 6 π - 9√3 = 3. (2 π - 3√3) cm²

. 204
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GEOMETRIA ESPACIAL

Iniciaremos o estudo de geometria espacial pela geometria de posição, assim a geometria de posição
estuda os três entes primitivos da geometria: ponto, reta e plano no espaço. Temos o estudo dos
postulado, das posições relativas entre estes entes.
Na matemática nós temos afirmações que são chamadas de postulados e outras são chamadas de
teoremas.
Postulado: são afirmações que são aceitas sem demonstração. Isto é, sabemos que são
verdadeiras, porém não tem como ser demonstradas.
Teorema: são afirmações que tem demonstração.

Estudo dos Postulados


Na Geometria de Posição, os postulados se dividem em quatro categorias:

I) Postulados da existência:

a) No espaço existem infinitos pontos, retas e planos. (este postulado também é chamado de
postulado fundamental da geometria de posição).

b) Numa reta e fora dela existem infinitos pontos.

c) Num plano e fora dele existem infinitos pontos e retas.

d) Entre dois pontos distintos, sempre existe um outro ponto.

II) Postulados da determinação:

a) Dois pontos distintos determinam uma única reta. (Observe que a palavra distintos está
destacada, tem que ser distintos e não somente dois pontos).

b) Três pontos não colineares determinam um único plano. (Observe que as palavras não
colineares estão destacadas, tem que ser não colineares e não somente três pontos).

- como consequência deste postulado, temos também:

b.1) uma reta e um ponto fora dela determinam um único plano.


b.2) duas retas paralelas distintas determinam um único plano.
b.3) duas retas concorrentes determinam um único plano.

III) Postulado da inclusão.

- Se dois pontos distintos de uma reta pertencem a um plano, então a reta está contida no plano.

IV) Postulados da divisão.

a) Um ponto divide uma reta em duas semirretas.

b) Uma reta divide um plano em dois semiplanos.

c) Um plano divide o espaço em dois semiespaços.

Estudo das posições relativas


Vamos estudar, agora, as posições relativas entre duas retas; entre dois planos e entre um plano e
uma reta.

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I) Posições relativas entre duas retas.

𝑑𝑖𝑠𝑡𝑖𝑛𝑡𝑎𝑠
𝐶𝑜𝑝𝑙𝑎𝑛𝑎𝑟𝑒𝑠(𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜) ∶ {𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑎𝑠 {𝑐𝑜𝑖𝑛𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
Não coplanares: - Reversas

No esquema acima, temos:

a) Retas coplanares :estão no mesmo plano. Podem ser:

- Retas paralelas distintas: não tem nenhum ponto em comum.

- Retas paralelas coincidentes: tem todos os pontos em comum. Temos duas retas, sendo uma
sobre a outra.

representamos por r ≡ s

- Retas concorrentes: tem um único ponto em comum.

Observação: duas retas concorrentes que formam entre si um ângulo reto (90°) são chamadas de
perpendiculares.

b) Retas não coplanares: não estão no mesmo plano. São:

- Retas Reversas: não tem ponto em comum.

Observação: duas retas reversas que “formam” entre si um ângulo reto (90°) são chamadas de
ortogonais.

Como podemos verificar, retas paralelas distintas e retas reversas não tem ponto em comum. Então
esta não é uma condição suficiente para diferenciar as posições, porém é uma condição necessária. Para
diferenciar paralelas distintas e reversas temos duas condições:
- Paralelas distintas não tem ponto em comum e estão no mesmo plano (coplanares).
- Reversas não tem ponto em comum e não estão no mesmo plano (não coplanares).

II) Posições relativas entre reta e plano.

a) Reta paralela ao plano: não tem nenhum ponto em comum com o plano. A intersecção da reta com
o plano é um conjunto vazio.

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Observação: uma reta paralela a um plano é paralela com infinitas retas do plano, mas não a todas.

b) Reta contida no plano: tem todos os pontos em comum com o plano. Também obedece ao
postulado da Inclusão. A intersecção da reta com o plano é igual à própria reta.

c) Reta secante (ou incidente) ao plano: tem um único ponto em comum com o plano. A intersecção
da reta com o plano é o ponto P.

III) Posições relativas entre dois planos


a) Planos paralelos: não tem nenhum ponto em comum. A intersecção entre os planos é um conjunto
vazio.
b) Planos coincidentes: tem todos os pontos em comum.
c) Planos secantes (ou incidentes): tem uma única reta em comum. A intersecção entre os planos
é uma reta. Podem ser oblíquos (formam entre si um ângulo diferente de 90°) ou podem ser
perpendiculares (formam entre si um ângulo de 90°).

Questões

01. Dadas as proposições:


I) Dois pontos distintos determinam uma única reta que os contém.
II) Três pontos distintos determinam um único plano que os contém.
III) Se dois pontos de uma reta pertencem a um plano, então a reta está contida no plano.

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É correto afirmar que:
(A) Todas são verdadeiras.
(B) Todas são falsas.
(C) Apenas I e II são falsas.
(D) Apenas II e III são falsas.
(E) Apenas I e III são falsas.

02. Assinale a alternativa verdadeira:


(A) Todas as afirmações podem ser demonstradas.
(B) Plano, por definição, é um conjunto de pontos.
(C) Ponto tem dimensão.
(D) Para se obter um plano basta obter 3 pontos distintos.
(E) Reta não tem definição.

03. Assinala a alternativa falsa:


(A) Duas retas não coplanares são reversas.
(B) Se uma reta não tem ponto em comum com um plano, ela é paralela a ele.
(C) Duas retas que tem ponto em comum são concorrentes.
(D) Dois planos sendo paralelos, toda reta que fura um fura o outro.
(E) Dois planos sendo paralelos, todo plano que intercepta um intercepta o outro.

04. Se a reta r é paralela ao plano α, então:


(A) Todas as retas de α são paralelas a r.
(B) Existem em α retas paralelas a r e retas reversas a r.
(C) Existem em α retas paralelas a r e retas perpendiculares a r.
(D) Todo plano que contém r intercepta α, segundo uma reta paralela a r
(E) Nenhuma das anteriores é verdadeira.

05. Complete a seguinte frase: “Duas retas que não tem pontos em comum são
________________________ ou ____________________________ .
(A) paralelas – reversas.
(B) paralelas distintas – reversas.
(C) paralelas distintas – perpendiculares.
(D) paralelas – perpendiculares.
(E) paralelas – concorrentes.

06. Conforme as sentenças a seguir complete com (V) para verdadeira e (F) para falsa:
( ) Ponto não tem definição.
( ) Dois planos que não tem pontos em comum são paralelos.
( ) Duas retas que são paralelas a um mesmo plano podem ser paralelas entre si.
( ) Teorema é sempre um Postulado.
A alternativa que mostra a ordem assinalada é a alternativa?
(A) V – V – V – V
(B) F – F – F – F
(C) V – F – F – V
(D) F – V – V – F
(E) V – V – V – F

07. Sejam r e s duas retas distintas, paralelas entre si, contidas em um plano α. A reta t, perpendicular
ao plano α, intercepta a reta r em A. As retas t e s são:
(A) Reversas e não ortogonais.
(B) Ortogonais.
(C) Paralelas entre si.
(D) Perpendiculares entre si.
(E) Coplanares.

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08. Assinale a alternativa correta:
(A) Se uma reta é paralela a dois planos, então esses planos são paralelos.
(B) Uma condição suficiente para que dois planos sejam paralelos é que duas retas de um sejam
paralelas ao outro.
(C) Se uma reta é perpendicular a duas retas distintas de um plano, então ela é perpendicular ao plano.
(D) Se duas retas quaisquer são paralelas a um plano, então elas são paralelas uma à outra.
(E) Um plano perpendicular a uma reta de um outro plano é perpendicular a este último plano.

09. Assinale a alternativa falsa:


(A) Dois pontos distintos determinam uma reta.
(B) Três pontos não colineares determinam um plano.
(C) Uma reta divide o espaço em dois semiespaços.
(D) Um ponto divide uma reta em duas semirretas.
(E) Entre dois pontos distintos, sempre existe um outro ponto.

Comentários

01. Resposta: D.

02. Resposta: E.

03. Resposta: C.

04. Resposta: B.

05. Resposta: B.

06. Respostas: E.

07. Resposta: B.

08. Resposta: E.

09. Resposta: C.

POLIEDROS

Diedros
Sendo dois planos secantes (planos que se cruzam) α e β, o espaço entre eles é chamado de diedro.
A medida de um diedro é feita em graus, dependendo do ângulo formado entre os planos.

Poliedros
São sólidos geométricos18 ou figuras geométricas espaciais formadas por três elementos básicos:
faces, arestas e vértices. Chamamos de poliedro o sólido limitado por quatro ou mais polígonos planos,
pertencentes a planos diferentes e que têm dois a dois somente uma aresta em comum. Veja alguns
exemplos:

18
educacao.uol.com.br
www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_19t.php
http://www.infoescola.com

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Os polígonos são as faces do poliedro; os lados e os vértices dos polígonos são as arestas e os vértices
do poliedro.
Cada vértice pode ser a interseção de três ou mais arestas. Observando a figura abaixo temos que em
torno de cada um dos vértices forma-se um triedro.

Convexidade
Um poliedro é convexo se qualquer reta (não paralela a nenhuma de suas faces) o corta em, no
máximo, dois pontos. Ele não possuí “reentrâncias”. E caso contrário é dito não convexo.

Relação de Euler
Em todo poliedro convexo sendo V o número de vértices, A o número de arestas e F o número de
faces, valem as seguintes relações de Euler:

1) Poliedro Fechado: V – A + F = 2

2) Poliedro Aberto: V – A + F = 1

Observação: Para calcular o número de arestas de um poliedro temos que multiplicar o número de
faces F pelo número de lados de cada face n e dividir por dois. Quando temos mais de um tipo de face,
basta somar os resultados.
𝑛. 𝐹
𝐴=
2

Podemos verificar a relação de Euler para alguns poliedros não convexos. Assim dizemos:

Todo poliedro convexo é euleriano, mas nem todo poliedro euleriano é


convexo.

Exemplos:
1) O número de faces de um poliedro convexo que possui exatamente oito ângulos triédricos é?
A cada 8 vértices do poliedro concorrem 3 arestas, assim o número de arestas é dado por

𝑛. 𝐹 3.8
𝐴= →𝐴= = 12
2 2

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Pela relação de Euler: V – A + F = 2 → 8 - 12 + F = 2 → F = 6 (o poliedro possui 6 faces). Assim o
poliedro com essas características é:

Soma dos ângulos poliédricos: as faces de um poliedro são polígonos. Sabemos que a soma das
medidas dos ângulos das faces de um poliedro convexo é dada por:
S = (v – 2).360º

Poliedros de Platão
São poliedros que satisfazem as seguintes condições:
- todas as faces têm o mesmo número n de arestas;
- todos os ângulos poliédricos têm o mesmo número m de arestas;
- for válida a relação de Euler (V – A + F = 2).

Exemplos:
1) O prisma quadrangular da figura a seguir é um poliedro de Platão.

Vejamos se ele atende as condições:


- todas as 6 faces são quadriláteros (n = 4);
- todos os ângulos são triédricos (m = 3);
- sendo V = 8, F = 6 e A = 12, temos: 8 – 12 + 6 = 14 -12 = 2

2) O prisma triangular da figura abaixo é poliedro de Platão?

As faces são 2 triangulares e 3 faces são quadrangulares, logo não é um poliedro de Platão, uma vez
que atende a uma das condições.

- Propriedade: existem exatamente cinco poliedros de Platão (pois atendem as 3 condições).


Determinados apenas pelos pares ordenados (m,n) como mostra a tabela abaixo.

m n A V F Poliedro
3 3 6 4 4 Tetraedro
3 4 12 8 6 Hexaedro
4 3 12 6 8 Octaedro
3 5 30 20 12 Dodecaedro
5 3 30 12 20 Icosaedro

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Poliedros Regulares
Um poliedro e dito regular quando:
- suas faces são polígonos regulares congruentes;
- seus ângulos poliédricos são congruentes;
Por essas condições e observações podemos afirmar que todos os poliedros de Platão são ditos
Poliedros Regulares.
Observação:

Todo poliedro regular é poliedro de Platão, mas nem todo poliedro de Platão é poliedro regular.

Por exemplo, uma caixa de bombom, como a da figura a seguir, é um poliedro de Platão (hexaedro),
mas não é um poliedro regular, pois as faces não são polígonos regulares e congruentes.

A figura se compara ao paralelepípedo que é um hexaedro, e é um poliedro de Platão, mas não é


considerado um poliedro regular:

- Não Poliedros

Os sólidos acima são: Cilindro, Cone e Esfera, são considerados não planos pois possuem suas
superfícies curvas.
Cilindro: tem duas bases geometricamente iguais definidas por curvas fechadas em superfície lateral
curva.

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Cone: tem uma só base definida por uma linha curva fechada e uma superfície lateral curva.
Esfera: é formada por uma única superfície curva.

- Planificações de alguns Sólidos Geométricos

Poliedro Planificação Elementos

- 4 faces triangulares
- 4 vértices
- 6 arestas

Tetraedro

- 6 faces quadrangulares
- 8 vértices
- 12 arestas

Hexaedro

- 8 faces triangulares
- 6 vértices
- 12 arestas

Octaedro

-12 faces pentagonais


- 20 vértices
- 30 arestas

Dodecaedro

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- 20 faces triangulares
- 12 vértices
- 30 arestas

Icosaedro

Questões

01. (POLÍCIA CIENTÍFICA/PR – Perito Criminal – IFBC/2017) A alternativa que apresenta o número
total de faces, vértices e arestas de um tetraedro é:
(A) 4 faces triangulares, 5 vértices e 6 arestas
(B) 5 faces triangulares, 4 vértices e 6 arestas
(C) 4 faces triangulares, 4 vértices e 7 arestas
(D) 4 faces triangulares, 4 vértices e 6 arestas
(E) 4 faces triangulares, 4 vértices e 5 arestas

02. (ITA – SP) Considere um prisma regular em que a soma dos ângulos internos de todas as faces
é 7200°. O número de vértices deste prisma é igual a:
(A) 11
(B) 32
(C) 10
(D) 22
(E) 20

03. (CEFET – PR) Um poliedro convexo possui duas faces triangulares, duas quadrangulares e quatro
pentagonais. Logo a soma dos ângulos internos de todas as faces será:
(A) 3240°
(B) 3640°
(C) 3840°
(D) 4000°
(E) 4060°

04. Entre as alternativas abaixo, a relação de Euller para poliedros fechados é:


(A) V – A + F = 1
(B) V + A + F = 2
(C) V – A + F = 2
(D) V – A – F = 2
(E) V + F – 2 = 2

05. (Unitau) A soma dos ângulos das faces de um poliedro convexo vale 720°. Sabendo-se que o
número de faces vale 2/3 do número de arestas, pode-se dizer que o número de faces vale:
(A) 6.
(B) 4.
(C) 5.
(D) 12.
(E) 9.
Comentários
01. Resposta: D.
4 faces triangulares
- 4 vértices
- 6 arestas

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02. Resposta: D.
Basta utilizar a fórmula da soma dos ângulos poliédricos.
S = (V – 2).360°
7200° = (V – 2).360° (passamos o 360° dividindo)
7200° : 360° = V – 2
20 = V – 2
V = 20 + 2
V = 22

03. Resposta: A.
Temos 2 faces triangulares, 2 faces quadrangulares e 4 faces pentagonais.
F=2+2+4
F=8

𝟐.𝟑+𝟐.𝟒+𝟒.𝟓 𝟔+𝟖+𝟐𝟎 𝟑𝟒
𝑨= 𝟐
= 𝟐
= 𝟐
= 𝟏𝟕

V–A+F=2
V – 17 + 8 = 2
V = 2 + 17 – 8
V = 11
A soma é:
S = (v – 2).260°
S = (11 – 2).360°
S = 9.360°
S = 3240°

04. Resposta: C.

05. Resposta: B.
𝟐𝑨
Do enunciado temos S = 720° e que 𝑭 = 𝟑 .
S = 720°
(V – 2).360° = 720°
V – 2 = 720° : 360°
V–2=2
V=2+2
V=4
V–A+F=2
𝟐𝑨
𝟒 − 𝑨 + = 𝟐 (o mmc é igual a 3)
𝟑

𝟏𝟐−𝟑𝑨+𝟐𝑨 𝟔
=
𝟑 𝟑

- 3A + 2A = 6 – 12
-A=-6 x(- 1) multiplicando por -1
A=6
𝟐.𝟔 𝟏𝟐
Se A = 6  𝑭 = 𝟑
= 𝟑
=𝟒

SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

Sólidos Geométricos19 são figuras geométricas que possui três dimensões. Um sólido é limitado por
um ou mais planos. Os mais conhecidos são: prisma, pirâmide, cilindro, cone e esfera, dessas figuras
podemos encontrar o seu volume, pois são figuras geométricas espaciais.

19
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da matemática elementar – Vol 10 – Geometria Espacial, Posição e Métrica – 5ª edição – Atual
Editora
www.brasilescola.com.br

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- Principio de Cavalieri
Bonaventura Cavalieri foi um matemático italiano, discípulo de Galileu, que criou um método capaz de
determinar áreas e volumes de sólidos com muita facilidade, denominado princípio de Cavalieri. Este
princípio consiste em estabelecer que dois sólidos com a mesma altura têm volumes iguais se as secções
planas de iguais altura possuírem a mesma área.
Vejamos:
Suponhamos a existência de uma coleção de chapas retangulares (paralelepípedos retângulos) de
mesmas dimensões, e consequentemente, de mesmo volume. Imaginemos ainda a formação de dois
sólidos com essa coleção de chapas.

Tanto em A como em B, a parte do espaço ocupado, ou seja, o volume ocupado, pela coleção de
chapas é o mesmo, isto é, os sólidos A e B tem o mesmo volume.
Mas se imaginarmos esses sólidos com base num mesmo plano α e situados num mesmo semiespaço
dos determinados por α.

Qualquer plano β, secante aos sólidos A e B, paralelo a α, determina em A e em B superfícies de áreas


iguais (superfícies equivalentes). A mesma ideia pode ser estendida para duas pilhas com igual número
de moedas congruentes.

Dois sólidos, nos quais todo plano secante, paralelo a um dado


plano, determina superfícies de áreas iguais (superfícies
equivalentes), são sólidos de volumes iguais (sólidos equivalentes).

A aplicação do princípio de Cavalieri, em geral, implica na colocação dos sólidos com base num mesmo
plano, paralelo ao qual estão as secções de áreas iguais (que é possível usando a congruência).

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Sólidos geométricos

I) PRISMA: é um sólido geométrico que possui duas bases iguais e paralelas.

Elementos de um prisma:
a) Base: pode ser qualquer polígono.
b) Arestas da base: são os segmentos que formam as bases.
c) Face Lateral: é sempre um paralelogramo.
d) Arestas Laterais: são os segmentos que formam as faces laterais.
e) Vértice: ponto de intersecção (encontro) de arestas.
f) Altura: distância entre as duas bases.

Classificação:
Um prisma pode ser classificado de duas maneiras:

1- Quanto à base:
- Prisma triangular...........................................................a base é um triângulo.
- Prisma quadrangular.....................................................a base é um quadrilátero.
- Prisma pentagonal........................................................a base é um pentágono.
- Prisma hexagonal.........................................................a base é um hexágono.
E, assim por diante.

2- Quanta à inclinação:
- Prisma Reto: a aresta lateral forma com a base um ângulo reto (90°).
- Prisma Obliquo: a aresta lateral forma com a base um ângulo diferente de 90°.

Fórmulas:
- Área da Base
Como a base pode ser qualquer polígono não existe uma fórmula fixa. Se a base é um triângulo
calculamos a área desse triângulo; se a base é um quadrado calculamos a área desse quadrado, e assim
por diante.
- Área Lateral:
Soma das áreas das faces laterais
- Área Total:
At=Al+2Ab
- Volume:
V = Abh

Prismas especiais: temos dois prismas estudados a parte e que são chamados de prismas especiais,
que são:

a) Hexaedro (Paralelepípedo reto-retângulo): é um prisma que tem as seis faces retangulares.

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Temos três dimensões: a= comprimento, b = largura e c = altura.

Fórmulas:
- Área Total: At = 2.(ab + ac + bc)

- Volume: V = a.b.c

- Diagonal: D = √a2 + b 2 + c 2

b) Hexaedro Regular (Cubo): é um prisma que tem as 6 faces quadradas.

As três dimensões de um cubo: comprimento, largura e altura são iguais.

Fórmulas:
- Área Total: At = 6.a2

- Volume: V = a3

- Diagonal: D = a√3

II) PIRÂMIDE: é um sólido geométrico que tem uma base e um vértice superior.

Elementos de uma pirâmide:

A pirâmide tem os mesmos elementos de um prisma: base, arestas da base, face lateral, arestas
laterais, vértice e altura. Além destes, ela também tem um apótema lateral e um apótema da base.
Na figura acima podemos ver que entre a altura, o apótema da base e o apótema lateral forma um
triângulo retângulo, então pelo Teorema de Pitágoras temos: ap2 = h2 + ab2.

Classificação:
Uma pirâmide pode ser classificado de duas maneiras:
1- Quanto à base:
- Pirâmide triangular...........................................................a base é um triângulo.
- Pirâmide quadrangular.....................................................a base é um quadrilátero.
- Pirâmide pentagonal........................................................a base é um pentágono.
- Pirâmide hexagonal.........................................................a base é um hexágono.
E, assim por diante.

2- Quanta à inclinação:
- Pirâmide Reta: tem o vértice superior na direção do centro da base.
- Pirâmide Obliqua: o vértice superior esta deslocado em relação ao centro da base.

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Fórmulas:
- Área da Base: 𝐴𝑏 = 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑙í𝑔𝑜𝑛𝑜, como a base pode ser qualquer polígono não existe uma
fórmula fixa. Se a base é um triângulo calculamos a área desse triângulo; se a base é um quadrado
calculamos a área desse quadrado, e assim por diante.
- Área Lateral: 𝐴𝑙 = 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑎𝑠 á𝑟𝑒𝑎𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑎𝑐𝑒𝑠 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑖𝑠

- Área Total: At = Al + Ab
1
- Volume: 𝑉 = 3 . 𝐴𝑏 . ℎ

- TRONCO DE PIRÂMIDE
O tronco de pirâmide é obtido ao se realizar uma secção transversal numa pirâmide, como mostra a
figura:

O tronco da pirâmide é a parte da figura que apresenta as arestas destacadas em vermelho.


É interessante observar que no tronco de pirâmide as arestas laterais são congruentes entre si; as
bases são polígonos regulares semelhantes; as faces laterais são trapézios isósceles, congruentes entre
si; e a altura de qualquer face lateral denomina-se apótema do tronco.

Cálculo das áreas do tronco de pirâmide.


Num tronco de pirâmide temos duas bases, base maior e base menor, e a área da superfície lateral.
De acordo com a base da pirâmide, teremos variações nessas áreas. Mas observe que na superfície
lateral sempre teremos trapézios isósceles, independente do formato da base da pirâmide. Por exemplo,
se a base da pirâmide for um hexágono regular, teremos seis trapézios isósceles na superfície lateral.
A área total do tronco de pirâmide é dada por:
St = Sl + SB + Sb
Onde:
St → é a área total
Sl → é a área da superfície lateral
SB → é a área da base maior
Sb → é a área da base menor

Cálculo do volume do tronco de pirâmide.


A fórmula para o cálculo do volume do tronco de pirâmide é obtida fazendo a diferença entre o volume
de pirâmide maior e o volume da pirâmide obtida após a secção transversal que produziu o tronco.
Colocando em função de sua altura e das áreas de suas bases, o modelo matemático para o volume do
tronco é:

Onde,
V → é o volume do tronco
h → é a altura do tronco

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SB → é a área da base maior
Sb → é a área da base menor

III) CILINDRO: é um sólido geométrico que tem duas bases iguais, paralelas e circulares.

Elementos de um cilindro:
a) Base: é sempre um círculo.
b) Raio
c) Altura: distância entre as duas bases.
d) Geratriz: são os segmentos que formam a face lateral, isto é, a face lateral é formada por infinitas
geratrizes.

Classificação: como a base de um cilindro é um círculo, ele só pode ser classificado de acordo com
a inclinação:
- Cilindro Reto: a geratriz forma com o plano da base um ângulo reto (90°).
- Cilindro Obliquo: a geratriz forma com a base um ângulo diferente de 90°.

Fórmulas:
- Área da Base: Ab = π.r2

- Área Lateral: Al = 2.π.r.h

- Área Total: At = 2.π.r.(h + r) ou At = Al + 2.Ab

- Volume: V = π.r2.h ou V = Ab.h

Secção Meridiana de um cilindro: é um “corte” feito pelo centro do cilindro. O retângulo obtido através
desse corte é chamado de secção meridiana e tem como medidas 2r e h. Logo a área da secção meridiana
é dada pela fórmula: ASM = 2r.h.

Cilindro Equilátero: um cilindro é chamado de equilátero quando a secção meridiana for um


quadrado, para isto temos que: h = 2r.

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IV) CONE: é um sólido geométrico que tem uma base circular e vértice superior.

Elementos de um cone:
a) Base: é sempre um círculo.
b) Raio
c) Altura: distância entre o vértice superior e a base.
d) Geratriz: segmentos que formam a face lateral, isto é, a face lateral e formada por infinitas
geratrizes.

Classificação: como a base de um cone é um círculo, ele só tem classificação quanto à inclinação.
- Cone Reto: o vértice superior está na direção do centro da base.
- Cone Obliquo: o vértice superior esta deslocado em relação ao centro da base.

Fórmulas:
- Área da base: Ab = π.r2

- Área Lateral: Al = π.r.g

- Área total: At = π.r.(g + r) ou At = Al + Ab


1 1
- Volume: 𝑉 = 3 . 𝜋. 𝑟 2 . ℎ ou 𝑉 = 3 . 𝐴𝑏 . ℎ

- Entre a geratriz, o raio e a altura temos um triângulo retângulo, então: g2 = h2 + r2.

Secção Meridiana: é um “corte” feito pelo centro do cone. O triângulo obtido através desse corte é
chamado de secção meridiana e tem como medidas, base é 2r e h. Logo a área da secção meridiana é
dada pela fórmula: ASM = r.h.

Cone Equilátero: um cone é chamado de equilátero quando a secção meridiana for um triângulo
equilátero, para isto temos que: g = 2r.

TRONCO DE CONE
Se um cone sofrer a intersecção de um plano paralelo à sua base circular, a uma determinada altura,
teremos a constituição de uma nova figura geométrica espacial denominada Tronco de Cone.

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Elementos
- A base do cone é a base maior do tronco, e a seção transversal é a base menor;
- A distância entre os planos das bases é a altura do tronco.

Diferentemente do cone, o tronco de cone possui duas bases circulares em que uma delas é maior
que a outra, dessa forma, os cálculos envolvendo a área superficial e o volume do tronco envolverão a
medida dos dois raios. A geratriz, que é a medida da altura lateral do cone, também está presente na
composição do tronco de cone.
Não devemos confundir a medida da altura do tronco de cone com a medida da altura de sua lateral
(geratriz), pois são elementos distintos. A altura do cone forma com as bases um ângulo de 90º. No caso
da geratriz os ângulos formados são um agudo e um obtuso.

Área da Superfície e Volume

Onde:
h = altura
g = geratriz

Exemplo:
Os raios das bases de um tronco de cone são 6 m e 4 m. A altura referente a esse tronco é de 10 m.
Determine o volume desse tronco de cone. Lembre-se que π = 3,14.

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V) ESFERA

Elementos da esfera
- Eixo: é um eixo imaginário, passando pelo centro da esfera.
- Polos: ponto de intersecção do eixo com a superfície da esfera.
- Paralelos: são “cortes” feitos na esfera, determinando círculos.
- Equador: “corte” feito pelo centro da esfera, determinando, assim, o maior círculo possível.

Fórmulas

- na figura acima podemos ver que o raio de um paralelo (r), a distância do centro ao paralelo ao centro
da esfera (d) e o raio da esfera (R) formam um triângulo retângulo. Então, podemos aplicar o Teorema
de Pitágoras: R2 = r2 + d2.
- Área: A = 4.π.R2
4
- Volume: V = . π. R3
3

Fuso Esférico:

Fórmula da área do fuso:


𝛼. 𝜋. 𝑅 2
𝐴𝑓𝑢𝑠𝑜 =
90°

Cunha Esférica:

Fórmula do volume da cunha:


𝛼. 𝜋. 𝑅 3
𝑉𝑐𝑢𝑛ℎ𝑎 =
270°

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Questões

01. (IPSM – Analista de gestão Municipal – VUNESP/2018) Um tanque em formato de prisma reto
retangular, cujas dimensões são 3,5 m, 1,2 m e 0,8 m, está completamente cheio de água. Durante 3
horas e 15 minutos, há a vazão de 12 litros por minuto de água para fora do tanque. Lembre-se de que 1
m3 é equivalente a 1000 litros. Após esse tempo, o número de litros de água que ainda permanecem no
tanque é igual a
(A) 980.
(B) 1020.
(C) 1460.
(D) 1580.
(E) 1610.

02. (UFSM – Auxiliar em Administração – UFSM/2017) O número de furtos a bancos tem crescido
muito nos últimos anos. Em um desses furtos, criminosos levaram 20 barras de ouro com dimensões
dadas, em centímetros, pela figura a seguir.

Se a densidade do ouro é de aproximadamente 19g/cm³, aproximadamente quantos quilogramas de


ouro foram furtados?
(A) 0,456
(B) 9,120
(C) 24,000
(D) 45,600
(E) 91,200

03. (DEMAE – Técnico em Informática – CS-UFG/2017) Em um canteiro de obra, para calcular o


volume de areia contida na caçamba de um caminhão, mede-se a altura da areia em cinco pontos
estratégicos (indicados por M), a largura (L) e o comprimento (C) da base da caçamba, conforme ilustra
a figura a seguir.

O volume de areia na caçamba do caminhão é dado pelo produto da área da base da caçamba pela
média aritmética das alturas da areia. Considere um caminhão carregado com 13,25 m³ de areia. A largura
de sua caçamba é 2,4 m e o comprimento, 5,8 m. Assim, a média aritmética das alturas da areia na
caçamba, em metros, é, aproximadamente, de:

(A) 9,5
(B) 2,3
(C) 0,95
(D) 0,23

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04. Dado o cilindro equilátero, sabendo que seu raio é igual a 5 cm, a área lateral desse cilindro, em
cm2, é:
(A) 90π
(B) 100π
(C) 80π
(D) 110π
(E) 120π

05. Um prisma hexagonal regular tem aresta da base igual a 4 cm e altura 12 cm. O volume desse
prisma é:
(A) 288√3 cm3
(B) 144√3 cm3
(C) 200√3 cm3
(D) 100√3 cm3
(E) 300√3 cm3

06. Um cubo tem aresta igual a 3 m, a área total e o volume desse cubo são, respectivamente, iguais
a:
(A) 27 m2 e 54 m3
(B) 9 m2 e 18 m3
(C) 54 m2 e 27 m3
(D) 10 m2 e 20 m3

07. Uma pirâmide triangular regular tem aresta da base igual a 8 cm e altura 15 cm. O volume dessa
pirâmide, em cm3, é igual a:
(A) 60
(B) 60√3
(C) 80
(D) 80√3
(E) 90√3

08. (Pref. SEARA/SC – Adjunto Administrativo – IOPLAN) Um reservatório vertical de água com a
forma de um cilindro circular reto com diâmetro de 6 metros e profundidade de 10 metros tem a
capacidade aproximada de, admitindo-se π=3,14:
(A) 282,60 litros.
(B) 28.260 litros.
(C) 282.600,00 litros.
(D) 28.600,00 litros.

09. Um cone equilátero tem raio igual a 8 cm. A altura desse cone, em cm, é:
(A) 6√3
(B) 6√2
(C) 8√2
(D) 8√3
(E) 8

10. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTICA – TÉCNICA/AVIAÇÃO –


EXÉRCITO BRASILEIRO) O volume de um tronco de pirâmide de 4 dm de altura e cujas áreas das bases
são iguais a 36 dm² e 144 dm² vale:
(A) 330 cm³
(B) 720 dm³
(C) 330 m³
(D) 360 dm³
(E) 336 dm³

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Comentários

01. Resposta: B.
Primeiro devemos encontrar o volume do paralelepípedo, depois a quantidade de água que vaza
para poder descobrir quanto de agua ainda resta, basta subtrair o volume pela quantidade de água que
vazou.
V= a . b . c
V= 3,5 . 1,2 . 0,8
V= 3,36 m³
1 m³__________ 1000 LITROS
3,36__________ x
x= 3.360 L

Aqui precisamos descobrir quanto vazou de água


3 H 15 MIN = 3*60 +15 = 180 +15= 195 MIN
12L ----------- 1 MIN
y ----------- 195 MIN
y= 195 . 12
y= 2.340 L
x-y = 3.360 - 2.340= 1020 LITROS

02. Resposta: B.
Primeiro devemos encontrar o volume de 1 das barras e depois basta multiplicar por 20, logo:
V = 8x3x1 = 24cm³
24x19 = 456 g (pois ele possui 19g por cada cm³)
456 x 20 (foram furtadas) = 9120g, devemos lembrar que 1 kg equivale à 1000g.
9120/1000 = 9,120kg.

03. Resposta: C.
Como ele quer saber a média aritmética das alturas basta substituirmos na fórmula:
V=M.L.C
13,25 = M . 2,4 . 5,8 =
13,92M = 13,25
M = 13,25/13,92
M = 0,95m

04. Resposta: B.
Em um cilindro equilátero temos que h = 2r e do enunciado r = 5 cm.
h = 2r → h = 2.5 = 10 cm
Al = 2.π.r.h
Al = 2.π.5.10 → Al = 100π

05. Resposta: A.
O volume de um prisma é dado pela fórmula V = Ab.h, do enunciado temos que a aresta da base é a
= 4 cm e a altura h = 12 cm.
A área da base desse prisma é igual a área de um hexágono regular
6.𝑎 2 √3
𝐴𝑏 = 4

6.42 √3 6.16√3
𝐴𝑏 = 4
 𝐴𝑏 = 4
 𝐴𝑏 = 6.4√3  𝐴𝑏 = 24√3 cm2

V = 24√3.12
V = 288√3 cm3

06. Resposta: C.
Do enunciado, o cubo tem aresta a = 3 m.
At = 6.a2 V = a3
At = 6.32 V = 33

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At = 6.9 V = 27 m3
At = 54 m2

07. Resposta: D.
𝑙 2 √3
Do enunciado a base é um triângulo equilátero. E a fórmula da área do triângulo equilátero é 𝐴 = 4
.
A aresta da base é a = 8 cm e h = 15 cm.

Cálculo da área da base:


𝑎 2 √3
𝐴𝑏 = 4

82 √3 64√3
𝐴𝑏 = 4
= 4

𝐴𝑏 = 16√3

Cálculo do volume:
1
𝑉 = 3 . 𝐴𝑏 . ℎ

1
𝑉 = 3 . 16√3. 15

𝑉 = 16√3. 5

𝑉 = 80√3

08. Resposta: C.
Pelo enunciado sabemos a altura (h) = 10 m e o Diâmetro da base = 6 m, logo o Raio (R) = 3m.
O volume é Ab.h , onde Ab = π .R² → Ab = 3,14. (3)² → Ab = 28,26
V = Ab. H → V = 28,26. 10 = 282,6 m³
Como o resultado é expresso em litros, sabemos que 1 m³ = 1000 l, Logo 282,26 m³ = x litros
282,26. 1000 = 282 600 litros

09. Resposta: D.
Em um cone equilátero temos que g = 2r. Do enunciado o raio é 8 cm, então a geratriz é g = 2.8 = 16
cm.
g2 = h2 + r2
162 = h2 + 82
256 = h2 + 64
256 – 64 = h2
h2 = 192
h = √192
h = √26 . 3
h = 23√3
h = 8√3 cm

10. Resposta: E.
ℎ𝑡
𝑉 = (𝐴𝐵 + √𝐴𝐵 ∙ 𝐴𝑏 + 𝐴𝑏 )
3
AB=144 dm²
Ab=36 dm²
4 4 4
𝑉 = (144 + √144 ∙ 36 + 36) = (144 + 72 + 36) = 252 = 336 𝑑𝑚3
3 3 3

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INSCRIÇÃO E CIRCUNSCRIÇÃO DE SÓLIDOS20

- ESFERA INSCRITA NUMA PIRÂMIDE REGULAR DE BASE QUADRADA: A esfera inscrita na


pirâmide possui r como raio de uma base quadrada, l como base e h como altura.

Ao dividir um sólido em partes por um plano que


contém o vértice V da pirâmide e os pontos médios
M e N e lados 𝑩𝑪̂ e 𝑨𝑫 ̂ , o mesmo possuirá um
círculo num triângulo com dois lados iguais com
medidas l e h no raio R.

Possuindo um triângulo retângulo VAM, com


𝒍
hipotenusa, apótema g e catetos h e teremos:
𝟐

O triângulo VPO, retângulo em P, é considerado idêntico ao triângulo VAM, retângulo em A. Ao


fazermos esta comparação, percebemos que VM = g e VO = h – r, assim:

- ESFERA INSCRITA NO CONE: Considerando que a esfera inscrita no cone possui r como raio,
altura como h e geratriz como g, temos:

Ao dividir o cone em partes em um plano que contém seu eixo, o mesmo possuirá um círculo de raio r
inscrito num triangulo com dois lados iguais com medidas 2r e altura h proporcionais a g.

DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da Matemática – Vol. 09 – Geometria Plana – 7ª edição – Editora Atual
20

DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da Matemática – Vol. 10 – Geometria Espacial, Posição e Métrica – 5ª edição – Editora Atual
www.colegioweb.com.br

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No triângulo com lados ABC, temos:

Ao comparar o triângulo ADO, retângulo em D pode-se notar uma analogia ao triângulo ABC, retângulo
em B. Da conformidade desses triângulos, notamos que AO= h-r, assim:

- CONE INSCRITO NA ESFERA: A esfera inscrita no cone de raio R possui r como raio e h como
altura.

Ao dividir os sólidos em partes e colocá-lo em um plano, o mesmo possuirá um triângulo com dois
lados iguais VAB de base 2r e altura h no raio R. Assim,

Na figura,
• (O) = o ponto central da esfera.
• (M) = centro da base do cone.
Notando que o triangulo OMA é retângulo, teremos:

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- CILINDRO INSCRITO NO CUBO: R representa o raio da base e h à altura, ambos possuem a como
aresta, assim:

- CUBO INSCRITO NO CILINDRO: A medida (altura) do cilindro é idêntica a aresta do cubo, já o raio
R da base do cilindro representa a metade da diagonal de um quadrado de lado a.
Assim sendo:

- ESFERA INSCRITA NO CILINDRO: A esfera inscrita num cilindro possui r como raio e h como altura.

a) O raio da base do cilindro e igual ao raio da esfera.

b) A altura do cilindro é duas vezes maior que a altura da esfera.

- CILINDRO INSCRITO NA ESFERA: Considerando r e h, a altura do cilindro e o raio da base incluso


na esfera de raio r.
Ao dividir o cilindro em partes e colocá-lo em um plano, o mesmo possuirá um retângulo com medidas
2r e h inscrito no círculo de raio R.
Desta forma:

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- ESFERA INSCRITA NO CUBO: Ao possuir um cubo ABCDEFGH num raio r com aresta a, temos:

- CUBO INSCRITO NA ESFERA: Ao possuir um cubo ABCDEFGH num raio r com aresta a, temos:

Uma seção do cubo possui pontos A, C e o centro possui os pontos ACGE de tamanhos a√2 e a num
círculo com raio r, assim:

O triângulo retângulo possui os pontos EGC de catetos a√2, e a e hipotenusa 2R.


Ao empregarmos o teorema de Pitágoras nesse triangulo teremos:

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Questões

01. PETROBRAS – Técnico de Enfermagem do Trabalho Júnior – CESGRANRIO/2017) A Figura


a seguir mostra um cilindro reto, um cone reto e uma esfera que tangencia a base do cilindro e as
geratrizes do cilindro e do cone. O cone e o cilindro têm como base um círculo de raio 7 cm e a mesma
altura que mede 24 cm.

Qual o volume, em centímetros cúbicos, da região interior ao cilindro e exterior à esfera e ao cone?

(A) 800 π
(B) 784π
(C) 748π
(D) 684π
(E) 648 π

02. Uma esfera está inscrita em um cubo cujo o volume é igual a 64 dm³. Qual é o volume da esfera
em dm³?
32π
(A) 3

(B) 3
48π
(C) 3
64π
(D) 3
16π
(E)
3

03. Em uma esfera, está inscrita um cilindro reto cuja altura mede 20 cm e cujo raio da base mede
8cm. Calcule a área da superfície dessa esfera.
(A) 320π cm2
(B) 160π cm2
(C) 20π cm2
(D) 656π cm2

Comentários

01. Resposta: C.
Observe que o que é pedido no exercício é o volume da região interior ao cilindro e exterior os cone e
a esfera, ou seja,

Vdesejado = Vcilindro – Vcone - Vesfera

Vamos calcular cada um dos volumes então:


Vcilindro = π.r².h = π.7².24 = 49.24. π = 1176 πcm³
Vcone = 1/3 . π.r².h = 1/3.π.7².24 = 1/3.49.24. π = 1176/3 = 392πcm³
Vesfera para encontrar este volor teremos que recordar alguns conceitos, pois não foi dado o valor do
raio da esfera.
Temos um triângulo retângulo, formado pelo raio do cilindro, altura do cilindro e geratriz do cone.

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Pelo teorema de Pitágoras: AC² = AB² + BC²
AC² = 24² + 7²
AC² = 576 + 49
AC = √625 = 25
Pela propriedade de tangência retas no círculo, temos a seguinte propriedade:
BN = BP
PC = CM
MA = AN
Assim se chamarmos BP de x temos PC = CM =7 - x, mas como BP = BN = x então NA = 24 – x = AM,
portanto
AC = AM + MC = 25
25 = 24 – x + 7 – x
x + x = 24 + 7 – 25
2x = 6
x = 6/2 = 3
Podemos concluir então que o raio da esfera vale 3cm.

4 4.27.π
Vesfera = 3 π.3³ = 3
= 36 π

Vdesejado = Vcilindro – Vcone - Vesfera


Vdesejado = 1176 π - 392 π - 36 π = 748 πcm³

02. Resposta: A.
Sendo "a" a medida das arestas do cubo, temos que a3 = 64dm  a = 4dm.

Assim, a medida do raio da esfera é a = 2.R, portanto, R = 2 dm e seu volume é igual:

Então: 

03. Resposta: D.
Na figura, temos que (2R)2 = (20)2 + 162  4R2 = 400 + 256  R2 = 164  R = 2√41 cm
A área da superfície da esfera é igual a 4π.(2√41)2 = 656π cm2

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SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO21

O sólido de revolução é formado pela rotação de 360º presente numa área lisa S em volta de uma
reta r.
Cilindro circular reto = é um sólido de revolução formado pela rotação de 360º em volta de um dos
lados do retângulo.
Cone circular reto = é um sólido de revolução formado pela rotação de 360º em volta de um dos
catetos do triângulo retângulo.
Vejamos:

Outros sólidos de revolução:

RAZÃO ENTRE SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

- Razão de semelhança: é a razão entre dois elementos lineares homólogos. Representaremos por
k.
Assim:

DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da Matemática – Vol. 09 – Geometria Plana – 7ª edição – Editora Atual
21

DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da Matemática – Vol. 10 – Geometria Espacial, Posição e Métrica – 5ª edição – Editora Atual
www.colegioweb.com.br

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𝒂𝒊 𝒍𝒊 𝒉
= = =𝒌
𝑨𝒊 𝑳𝒊 𝑯

Propriedades:

Considerando duas pirâmides semelhantes, temos:

1º) A razão entre as áreas das bases é igual ao quadrado da razão de semelhança.

De fato, as bases são polígonos semelhantes e a razão entre suas áreas é o quadrado da razão de
semelhanças.
𝒃
= 𝒌𝟐
𝑩

𝒉 𝒃 𝒃 𝒉 𝟐
= 𝒌, = 𝒌𝟐 , =( )
𝑯 𝑩 𝑩 𝑯

A propriedade acima é de Geometria Plana, porém sua demonstração acompanha os itens da


propriedade que segue. Basta fazer a analogia.

2º) A razão entre as áreas laterais é igual ao quadrado da razão de semelhança.

Sendo
Área lateral V (ABC ... MN) = AL
Área lateral de V (A’B’C’ ...M’N’) = Al

Temos:
Pirâmide V (ABC ... MN) ~ Pirâmide V (A’B’C’ ... M’N’) → (ΔVAB ~ ΔVA’B’, ΔVBC ~ ΔVB’C’, ... ΔVMN
~ ΔVM’N’, ΔVNA ~ ΔVN’A’) →

𝑉𝐴′ 𝑉𝐵′ 𝑉𝑁 ′ 𝐴′ 𝐵′ 𝐵′ 𝐶 ′ 𝑁 ′ 𝐴′ 𝐻
= =⋯= = = =⋯= = = 𝑘 (𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎𝑛ç𝑎)
𝑉𝐴 𝑉𝐵 𝑉𝑁 𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝑁𝐴 𝐻

. 235
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Considerando

Área do ΔVA’B’ = t1 ΔVAB = T1


Área do ΔVB’C’ = t2 ΔVBC = T2
. .
. .
. .

Área do ΔVN’A’ = t n – 2 Área do ΔVNA = T n - 2

Temos:
𝒕𝟏 𝒕𝟐 𝒕𝒏−𝟐
= =⋯= = 𝒌𝟐
𝑻𝟏 𝑻𝟐 𝑻𝒏−𝟐

Fazendo a razão entre as áreas laterais, vem:

𝐴𝑙 𝑡1 + 𝑡2 + ⋯ + 𝑡𝑛−2 𝐴𝑙 𝑘 2 𝑇1 + 𝑘 2 𝑇2 + ⋯ + 𝑘 2 𝑇𝑛−2
= → = = 𝑘2
𝐴𝐿 𝑇1 + 𝑇2 + ⋯ + 𝑇𝑛−2 𝐴𝐿 𝑇1 + 𝑇2 + ⋯ + 𝑇𝑛−2

𝑨𝒍
= 𝒌𝟐
𝑨𝑳

3º) A razão entre as áreas totais é igual ao quadrado da razão de semelhança.

𝑨𝒕
= 𝒌𝟐
𝑨𝑻
4º) A razão entre os volumes é igual ao cubo da razão da semelhança

𝒗
= 𝒌𝟑
𝑽

Observações:
- As propriedades acima são adaptadas para cones semelhantes.
- Elas podem ser generalizadas para duas superfícies ou dois sólidos semelhantes quaisquer:
a) a razão entre as áreas de duas superfícies é igual ao quadrado da razão de semelhança.
b) a razão entre os volumes de dois sólidos semelhantes é igual ao cubo da razão de semelhança.

Exemplos:

A que distância do vértice se deve passar um plano paralelo à base de uma pirâmide (ou cone) para
que:

1) a razão entre as áreas das bases da nova pirâmide (cone) e da pirâmide (cone) dada seja a / b?

𝐵1 𝑥 2
=( )
𝐵2 𝐻
𝐵1 𝑎
=
𝐵2 𝑏

𝑥 √𝑎 𝐻 √𝑎
= →𝑥=
𝐻 √𝑏 √𝑏

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2) a razão entre os volumes do tronco obtido e da pirâmide (cone) primitiva seja p / q?

Observamos que V2 – V1 é o volume do tronco, com isso temos:


𝑉2 − 𝑉1 𝑝
=
𝑉2 𝑞

Daí vem que:


𝑉 𝑞−𝑝
qV2 – qV1 = pV2 → qV1 = (q – p) V2 → 1 =
𝑉2 𝑞

3) a razão entre as áreas laterais da nova pirâmide (cone) e do tronco obtido seja m / n?
Observando a figura temos que:

Al1 – Al2 é área lateral do tronco, e pelo enunciado temos:

𝐴𝑙1 𝑚 𝐴𝑙 𝑚
= → 𝑛𝐴𝑙1 = 𝑚𝐴𝑙2 − 𝑚𝐴𝑙1 → (𝑚 + 𝑛)𝐴𝑙1 = 𝑚𝐴𝑙2 → 1 =
𝐴𝑙2 − 𝐴𝑙1 𝑛 𝐴𝑙2 𝑚 + 𝑛

Al1 m
=
Al2 m + n x m 𝐦
→ =√ → 𝐱 = 𝐇√
Al1 x 2 H m+n 𝐦+𝐧
=( )
A
{ l2 H

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4) a razão entre os volumes do tronco obtidos e da nova pirâmide (cone) seja r/s?

Observando a figura, vemos que V2 – V1 é o volume do tronco, e pelo enunciado temos:


𝑉2 − 𝑉1 𝑟 𝑉1 𝑠
= → =
𝑉1 𝑠 𝑉2 𝑟 + 𝑠

V1 s
=
V2 r + s x 3 s 𝟑 𝐬
3 → =√ → 𝐱 = 𝐇√
V1 x H r+s 𝐫+𝐬
=( )
{V2 H

- Razão entre paralelepípedo retângulos

A razão entre dois paralelepípedos retângulos de bases


congruentes é igual à razão entre as alturas.

Sejam P(a, b ,h1) e P(a, b, h2) os paralelepípedos em que a, b, h1 e a, b,h2 são as dimensões.

Trata-se de demonstrar que:

𝑃(𝑎, 𝑏, ℎ1) ℎ1
=
𝑃(𝑎, 𝑏, ℎ2) ℎ2

- Demonstração

1º caso: h1 e h2 são comensuráveis (as medidas são semelhantes, e podem ser medidas)

Sendo h1 e h2 comensuráveis, existe um segmento x submúltiplo comum de h1 e h2:

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Construindo os paralelepípedos X (a, b, x), temos:

De (1) e (2) vem:

𝑃(𝑎, 𝑏, ℎ1) ℎ1
=
𝑃(𝑎, 𝑏, ℎ2) ℎ2

2º caso: h1 e h2 são incomensuráveis

Sendo h1 e h2 incomensuráveis, não existe segmento submúltiplo comum de h1 e h2.


Se pegarmos um segmento y submúltiplo de h2 (y “cabe” um certo número inteiro n de vezes em h2,
isto é, h2 = ny).
Por serem h1 e h2 incomensuráveis, marcando sucessivamente y em h1, temos que, chegando a um
certo número inteiro m de vezes, acontece que:
my < h1 < (m + 1)y.

Operando com as relações acima, vem:

Construindo os paralelepípedos Y (a, b, y), temos:

Ora, sendo y submúltiplo de h2, pode variar, e dividindo y, aumentamos n. Nessas condições,

𝑚 𝑚+1
𝑒
𝑛 𝑛

formam um par de classes contíguas que definem um único número real, que é

ℎ1 𝑃(𝑎, 𝑏, ℎ1)
𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑒𝑥𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 (3)𝑒 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑒𝑥𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 (4)
ℎ2 𝑃(𝑎, 𝑏, ℎ2)

Como esse número é único, então:


𝑃(𝑎, 𝑏, ℎ1) ℎ1
=
𝑃(𝑎, 𝑏, ℎ2) ℎ2

- Volume de um sólido: ou medida do sólido é um número real positivo associado ao sólido de forma
que:

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1) sólidos congruentes têm volumes iguais;
2) se um sólido S é reunião de dois sólidos S1 e S2 que não têm pontos interiores comuns, então o
volume de S é a soma dos volumes de S1 com S2.

Dois sólidos são equivalentes se, e somente se, eles têm volumes iguais na mesma unidade de
volume.

Questões

01. Dois paralelepípedos semelhante possuem alturas iguais à 10 cm e 15 cm, sabendo que o volume
do menor é de 220 cm³, qual é o volume do maior em cm³?
(A) 742,5
(B) 74,25
(C) 7425
(D) 742500

02. Dois prismas semelhantes possuem alturas iguais à 5 e 6 cm, se a área total do menor deles é de
30 m², qual é a área do outro em m²?
(A) 432000
(B) 43200
(C) 4320
(D) 432
(E) 43,2
Comentários

01. Resposta: A.
10 3 220
( ) =
15 𝑥
1000 220
( ) =
3375 𝑥
1000x = 3375 . 220
x = 742500/1000
x= 742,5 cm³

02. Resposta: E.
5 2 30
(6) = 𝑥
25 30
(36) = 𝑥
25x = 30 . 36
x = 1080/25
x = 43,2 m²
GEOMETRIA ANALÍTICA

SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL (OU PLANO CARTESIANO)

René Descartes (1596-1650) rompeu com as tradições clássicas da Geometria grega e criou a
Geometria analítica.

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Temos dois eixos orientados, um horizontal e outro vertical, perpendiculares entre si. O eixo horizontal
é chamado de “eixo das abscissas” e o eixo vertical e chamado de “eixo das ordenadas”.
Estes eixos dividem o plano em quatro partes chamadas de “quadrantes”.
O ponto O e chamado de ponto “Zero” ou “Ponto de Origem” do sistema.

- Propriedades do Sistema Cartesiano.


Sendo um ponto p(x, y), temos:

1) Se P ∈ ao 1° quadrante: x > 0 e y > 0


2) Se P ∈ ao 2° quadrante: x < 0 e y > 0
3) Se P ∈ ao 3° quadrante: x < 0 e y < 0
4) Se P ∈ ao 4° quadrante: x > 0 e y < 0
5) Se P ∈ ao eixo das abcissas: y = 0
6) Se P ∈ ao eixo das ordenadas: x = 0
7) Se P ∈ à bissetriz dos quadrantes ímpares (1° e 3° quadrantes): x = y
8) Se P ∈ à bissetriz dos quadrantes pares (2° e 4° quadrantes): x = - y

Ponto médio

Sendo A(xA, yA) e B(xB, yB) dois pontos do sistema cartesiano:

- se M(xM, yM) é ponto médio do


segmento ̅̅̅̅
AB, temos a fórmula do
ponto médio:

xA + xB
xM =
2
𝑦𝐴 + 𝑦𝐵
𝑦𝑀 =
2

Distância entre dois pontos

- de acordo com o Teorema de


Pitágoras, temos a fórmula da
distância:

𝑑𝐴𝐵 = √(𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 )2 + (𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 )2

Área do triângulo e condição de alinhamento de três pontos

Sejam os pontos A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC, yC) os três vértices de um triângulo ABC, para calcular a
área desse triângulo temos a fórmula:

xA yA 1
|D|
A= 2
, onde D = |x B yB 1|
xC yC 1

E a condição para que os três estejam alinhados (mesma linha ou mesma reta) é que D = 0.

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Questões

01. O ponto A(2m + 1, m + 7) pertence à bissetriz dos quadrantes ímpares. Então, o valor de m é:
(A) 5
(B) 6
(C) 7
(D) 8
(E) 9

02. O ponto P(2 + p, 4p – 12) pertence ao eixo das abscissas, então:


(A) P(2 ,0)
(B) P(3, 0)
(C) P(- 5, 0)
(D) P(5, 0)
(E) P(- 2, 0)

03. O ponto médio entre A(4, - 1) e B(2, 5) é:


(A) M(- 3, 2)
(B) M(3, - 2)
(C) M(- 3, - 2)
(D) M(3, 2)
(E) M(1, 2)

04. Se M(4, 5) é ponto médio entre A(6, 1) e B. As coordenadas xB e yB, respectivamente, são iguais
a:
(A) 2 e 9
(B) 2 e 7
(C) 9 e 2
(D) 3 e 9
(E) 1 e 8

05. Qual é a distância entre os pontos A(3, 1) e B(7, 4)?


(A) 5
(B) 25
(C) 4
(D) 16
(E) 0
06. Se a distância entre os pontos A(8, 2) e B(3, y) é igual a 5√2, sendo B é um ponto do 1° quadrante,
então o valor de y é:
(A) 5
(B) 6
(C) 7
(D) 8
(E) 9

07. Quais são os possíveis valores de c para que os pontos (c, 3), (2, c) e (14, - 3) sejam colineares?
(A) 4 e 5
(B) 5 e – 6
(C) – 5 e 6
(D) – 4 e 5
(E) 6 e 5

08. A área de um triângulo que tem vértices nos ponto A(2, 1), B(4, 5) e C(0, 3), em unidades de área,
é igual a:
(A) 5
(B) 6
(C) 7
(D) 8
(E) 2

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09. Se (m + 2n, m – 4) e (2 – m, 2n) representam o mesmo ponto do plano cartesiano, então mn é igual
a:
(A) 2
(B) 0
(C) – 2
(D) 1
(E) ½

Comentários

01. Resposta: B.
Se o ponto pertence à bissetriz dos quadrantes ímpares temos que x = y.
x=y
2m + 1 = m + 7
2m – m = 7 – 1
m=6

02. Resposta: D.
Se P pertence ao eixo das abscissas y = 0.
y=0
4p – 12 = 0
4p = 12
p = 12/4
p=3

x=2+p
x=2+3
x=5
Logo: P(5, 0)

03. Resposta: D.
x +x y +y
xM = A B e yM = A B
2 2

4+2 −1+5
xM = 2
= 3 e yM = 2
=2

04. Resposta: A.
xA +xB yA +yB
xM = yM =
2 2

6+xB 1+yB
4= 2
5= 2

6 + 𝑥𝐵 = 2.4 1 + 𝑦𝐵 = 2.5

𝑥𝐵 = 8 − 6 = 2 𝑦𝐵 = 10 − 1 = 9

05. Respostas: A.

𝑑𝐴𝐵 = √(𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 )2 + (𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 )2

𝑑𝐴𝐵 = √(7 − 3)2 + (4 − 1)2 = √42 + 32 = √16 + 9 = √25 = 5

06. Resposta: C.
𝑑𝐴𝐵 = 5√2

√(𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 )2 + (𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 )2 = 5√2 (elevando os dois membros ao quadrado)

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(3 − 8)2 + (𝑦 − 2)2 = 25.2
(−5)2 + (𝑦 − 2)2 = 50
25 + (𝑦 − 2)2 = 50
(y – 2)2 = 50 – 25
(y – 2)2 = 25
𝑦 − 2 = ±√25
𝑦 − 2 = ±5
y – 2 = 5 ou y – 2 = - 5
y = 5 + 2 ou y = - 5 + 2
y=7 ou y = - 3
como o ponto B está no 1° quadrante, y > 0  y = 7

07. Resposta: E.
Colineares (mesma linha) ou seja, os pontos dados devem estar alinhados. A condição para isto é que
D = 0.

𝑐 3 1
𝐷=|2 𝑐 1| = 0 (para resolver o determinante D, repetimos as 1ª e 2ª colunas)
14 −3 1

= 𝑐 2 + 42 − 6 − 14𝑐 + 3𝑐 − 6 =
= 𝑐 2 − 11𝑐 + 30

Então: 𝐷 = 0  𝑐 2 − 11𝑐 + 30 = 0, equação do 2° grau em que a = 1, b = - 11 e c = 30 (lembrando


que o c que queremos determinar não é o mesmo c da equação).

∆= 𝑏 2 − 4. 𝑎. 𝑐
∆= (−11)2 − 4.1.30
∆= 121 − 120 = 1

−b±√∆
c=
2a

−(−11)±√1 11±1 11+1 12 11−1 10


c= 2.1
= 2
𝑐= 2
= 2
=6 ou 𝑐 = 2
= 2
=5

08. Resposta: B.
|D|
A fórmula da área do triângulo é A = 2 .

= 10 + 0 + 12 – 0 – 6 – 4 = 22 – 10 = 12

|12|
A= 2
=6

09. Resposta: E.
Do enunciado temos que (m + 2n, m – 4) = (2 – m, 2n), se esses dois pontos são iguais:
m + 2n = 2 – m (I) e m – 4 = 2n (II), substituindo (II) em (I), temos:
m+m–4=2–m
2m – 4 = 2 – m
2m + m = 2.+ 4

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3m = 6
m=6:3
m = 2 (substituindo 2 em (II))
2 – 4 = 2n
- 2 = 2n
n=-2:2
n=-1
Logo: mn = 2-1 = ½ (expoente negativo, invertemos a base e o expoente fica positivo.

ESTUDO DA RETA

Inclinação de uma reta


Considere-se no Plano Cartesiano uma reta r. Chama-se inclinação de r à medida de um ângulo α que
r forma com o eixo x no sentido anti-horário, a partir do próprio eixo x.

Coeficiente angular da reta


Definimos o coeficiente angular (ou declividade) da reta r o número m tal que 𝐦 = 𝐭𝐠𝛂.
Então, temos:

- se m = 0
a reta é paralela ao eixo x, isto é, α = 0°.

- se m > 0
temos um ângulo α, tal que 0° < α < 90°. O ângulo α é agudo.

- se m < 0
temos um ângulo α, tal que 90° < α < 180°. O ângulo α é obtuso.

- se m = ∄ (não existe)  a reta é perpendicular ao eixo x, isto é, α = 90°.

Sendo A e B dois pontos pertencentes a uma reta r, temos:

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cateto aposto
No triângulo retângulo: tgα = cateto adjacente, então temos que o coeficiente angular m é:

y −y ∆𝐲
m = xB −xA  m = ∆𝐱
B A

Equação fundamental da reta


Considerando uma reta r e um ponto A(x0, y0) pertencente à reta. Tomamos outro ponto B(x, y) genérico
diferente de A. Com esses dois pontos pertencentes à reta r, podemos calcular o seu coeficiente angular.

∆y m y−y
m = ∆x  1
= x−x0 , multiplicando em “cruz”:
0

y – yo = m(x – xo), fórmula da equação fundamental da reta.

Exemplos:
1- Uma reta tem inclinação de 60° em relação ao eixo x. Qual é o coeficiente angular desta reta?

Solução: m = tgα  m = tg60°  m = √3

2- Uma reta passa pelos pontos A(3, -1) e B(5, 8). Determinar o coeficiente angular dessa reta.

∆y y −y 8−(−1) 9
Solução: m = ∆x = xB −xA  m= 5−3
 m=2
B A

3- Uma reta passa pelo ponto A(2, 4) e tem coeficiente angular m = 5. Determinar a equação
fundamental dessa reta.

Solução: o ponto por onde a reta passa são os valores de xo e yo para substituir na fórmula, então:

y − yo = m. (x − xo )  y − 4 = 5. (x − 2) (esta é a equação fundamental da reta)

Equação geral da reta


Toda reta tem uma Equação Geral do tipo:

𝐚𝐱 + 𝐛𝐲 + 𝐜 = 𝟎 , onde a, b e c são os coeficientes da equação e podem ser qualquer número real,


com a condição de que a e b não sejam nulos ao mesmo tempo. Isto é se a = 0  b ≠ 0 e se b = 0  a
≠ 0.

Exemplos:
(r) 2x – 3y + 8 = 0  a = 2, b = - 3 e c = 8
(s) – x + 10 = 0  a = - 1, b = 0 e c = 10
(t) 3y – 7 = 0  a = 0, b = 3 e c = - 7
(u) x + 5y = 0  a = 1, b = 5 e c = 0
−𝐚
Da equação geral da reta, temos uma nova fórmula para o coeficiente angular: 𝐦 = 𝐛

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Equação reduzida da reta
Para determinar a equação reduzida da reta, basta “isolar” o y.

ax + by + c = 0

by = −ax − c
−ax c
y= b
−b

−a −c
Na equação reduzida da reta temos que b é o coeficiente angular (m) da reta e b
é o coeficiente
linear (q) da reta. Então, a equação reduzida é da forma:

y = mx + q

O coeficiente linear q é o ponto em que a reta “corta” o eixo y.

Observações:
I) A equação reduzida de uma reta fornece diretamente o coeficiente
angular e o coeficiente linear.
II) As retas de inclinação igual a 90° (reta vertical ao eixo x) não possuem
equação reduzida.

Equações paramétricas da reta

Equações paramétricas são equações que representam uma mesma reta por meio de uma incógnita
em comum (parâmetro). Essa variável comum, que é chamada de parâmetro, faz a ligação entre as duas
equações.
Considerando uma reta r que está representada através das seguintes equações paramétricas: x = -6
+ 2t e y = 1 – t, com parâmetro igual a t, pois é a incógnita semelhante às duas equações. Podemos
representá-la na forma geral, seguindo as orientações abaixo:
Das duas equações x = -6 + 2t e y = 1 – t escolhemos uma e isolamos a incógnita semelhante
(parâmetro).
y=1–t
y – 1 = -t
t=-y+1
Agora substituímos na outra equação e igualamos a equação a zero para obter a sua forma geral.
x = -6 + 2t
x = - 6 + 2(- y + 1)
x = - 6 – 2y + 2
x = - 4 – 2y
x + 2y + 4 = 0

Exemplo:
Obtenha a equação reduzida da reta representada pelas equações paramétricas, em que t é um
parâmetro real.
x= t + 9 y= 2t – 1
Das duas equações x= t + 9 y= 2t – 1 escolhemos uma e isolamos a incógnita semelhante (parâmetro).
x= t + 9
x–9=t
Para obter a forma reduzida y = mx + q da reta, basta substituir o valor de t na outra equação.
y= 2t – 1

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y = 2 (x – 9) – 1
y = 2x – 18 – 1
y = 2x – 19; com m = 2 e q = -19.

Bissetrizes dos ângulos de duas retas

A bissetriz de ângulos de
retas, nada mais é a que a
aplicação direta da fórmula
da distância de um ponto a
uma reta

Paralelismo e perpendicularismo
Considere-se no Plano Cartesiano duas reta r e s.

Se as retas são paralelas, o ângulo 𝛼 de inclinação em relação ao eixo x é o mesmo. Este ângulo nos
dá o valor do coeficiente angular da reta e, sendo mr e ms, respectivamente os coeficientes angulares de
r e s, temos:

1) Se r e s são paralelas: mr = ms

2) Se r e s são concorrentes: mr ≠ ms

3) Se r e s são perpendiculares: mr.ms = - 1

Observação: para que o produto de dois números seja igual a – 1, mr e ms devem


ser inversos e opostos.

Distância entre ponto e reta


Seja uma reta (r) de equação geral ax + by + c = 0 e um ponto P(xo, yo):

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Para calcular a distância d entre o ponto P e a reta r temos a seguinte fórmula:

Exemplo: Qual é a distância entre a reta (r) 3x + 4y – 1 = 0 e o ponto P(1, 2)?

Solução: temos uma equação de reta em que a = 3, b = 4 e c = - 1.

|3x+4y−1|
dP,r =  substituindo x = 1 e y = 2 (coordenadas do ponto P)
√32 +42

|3.1+4.2−1| |3+8−1| |10| 10


dP,r = = = = =2
√9+16 √25 5 5

Distância entre duas retas


Só existe distância entre duas retas r e s se elas forem paralelas. E, neste caso, os valores de a e b
na equação geral da reta são iguais ou proporcionais, sendo diferente somente o valor de c. Isto é:

(r) ax + by + c = 0 e (s) ax + by + c’ = 0.

Exemplos:
(r) 2x – 3y + 8 = 0 e (s) 2x – 3y – 7 = 0 são paralelas, pois a = 2 e b = - 3 nas duas equações.

(r) 3x + 2y – 10 = 0 e (s) 6x + 4y + 30 = 0 são paralelas, pois na reta r a = 3 e b = 2 e na reta s a = 6 e


b = 2 são proporcionais (o dobro). Se dividirmos por 2 os coeficientes a e b da reta (s) obtemos valores
iguais.
Então, para calcular a distância entre as retas r e s temos a seguinte fórmula:

Exemplo 1: Calcular a distância entre as retas (r) 4x + 3y – 10 = 0 e (s) 4x + 3y + 5 = 0.

Solução: temos que a = 4 e b = 3 nas duas equações e somente o valor de c é diferente, então, c = -
10 e c’ = 5 (ou c = 5 e c’ = - 10).

|−10−5| |−15| 15 15
dr,s = = = = =3
√4 2 +32 √16+9 √25 5

Exemplo 2: Calcular a distância entre as retas (r) 3x – 2y + 8 = 0 e (s) 6x – 4y – 12 = 0.

Solução: primeiro temos que dividir a equação da reta (s) por dois para que a e b fiquem iguais nas
duas equações.
(s) 6x – 4y – 12 = 0 :(2)  3x – 2y – 6 = 0

Logo, a = 3, b = - 2, c = 8 e c’ = - 6 (ou c = - 6 e c’ = 8)

|8−(−6)| |8+6| |14| 14


dr,s = = = = , neste caso temos que racionalizar o denominador multiplicando em
√32 +(−2)2 √9+4 √13 √13
cima e em embaixo por √13.

14 √13 14√13
dr,s = . =
√13 √13 13

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Questões

01. (FGV-SP) A declividade do segmento de reta que passa pelos pontos A(0, 3) e B(3, 0) é:
(A) 1
(B) – 1
(C) 0
(D) 3
(E) 1/3

𝑘
02. (MACK-SP) Se os pontos (2, - 3), (4, 3) e (5, ) estão numa mesma reta, então k é igual a:
2
(A) – 12
(B) – 6
(C) 6
(D) 12
(E) 18

03. (OSEC-SP) A equação da reta que passa pelo ponto A(- 3, 4) e cujo coeficiente angular é ½ é:
(A) x + 2y + 11 = 0
(B) x – y + 11 = 0
(C) 2x – y + 10 = 0
(D) x – 2y + 11 = 0
(E) nda

04. Uma reta forma com o eixo x um ângulo de 45°. O coeficiente angular dessa reta é:
(A) 1
(B) – 1
(C) 0
(D) √3
(E) – √3

05. (UEPA) O comandante de um barco resolveu acompanhar a procissão fluvial do Círio-2002,


fazendo o percurso em linha reta. Para tanto, fez uso do sistema de eixos cartesianos para melhor
orientação. O barco seguiu a direção que forma 45° com o sentido positivo do eixo x, passando pelo ponto
de coordenadas (3, 5). Este trajeto ficou bem definido através da equação:
(A) y = 2x – 1
(B) y = - 3x + 14
(C) y = x + 2
(D) y = - x + 8
(E) y = 3x – 4

06. A equação geral de uma reta é – 2x + 4y + 12 = 0. A equação geral dessa reta é:


(A) 𝑦 = 𝑥 − 3
𝑥
(B) 𝑦 = 2 − 3
(C) 𝑦 = 𝑥 + 3
𝑥
(D) 𝑦 = 2 + 3
(E) 𝑦 = 2𝑥 + 3

07. Considere a reta (r) de equação 2x – 3y + 7 = 0. O valor de a para que o ponto P(1, a) pertença a
esta reta é:
(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 6
(E) 7

. 250
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08. (CESGRANRIO-RJ) As retas x + ay – 3 = 0 e 2x – y + 5 = 0 são paralelas se a vale:
(A) – 2
(B) – 0,5
(C) 0,5
(D) 2
(E) 8

09. Para qual valor de a as retas (r) ax – 2y + 3 = 0 e (s) 2x + y – 1 = 0 são perpendiculares?


(A) 1
(B) – 1
(C) 2
(D) – 2
(E) 0

10. Dada uma reta r de equação 3x + 4y + 15 = 0, a distância do ponto P(1, 3) à reta r é igual a:
(A) 4
(B) 5
(C) 6
(D) 7
(E) 8

11. Sabendo que o ponto P(a, 2a) pertence ao 1° quadrante e que a distância desse ponto até a reta
(r) 3x + 4y = 0 é igual a 22, o valor de a é:
(A) 11
(B) – 11
(C) – 10
(D) 10
(E) 20
Comentários

01. Resposta: B.
∆y
Como temos dois pontos, o coeficiente angular é dado por m = .
∆x
𝑦𝐵 −𝑦𝐴 0−3 −3
𝑚= 𝑥𝐵 −𝑥𝐴
 𝑚 = 3−0 = 3
=-1

02. Resposta: D.
𝑘
Chamando os pontos, respectivamente, de A(2, - 3), B(4, 3) e C(5, 2 ) e se esses três pontos estão
numa mesma reta, temos:
mAB = mBC (os coeficientes angulares de pontos que estão na mesma reta são iguais)
yB −yA y −y
xB −xA
= xC −xB
C B

k
3−(−3) −3
2
4−2
= 5−4

k−6
6 2
2
= 1

k−6
3= 2
k–6=6
k=6+6
k = 12

03. Resposta: D.
xo = - 3, yo = 4 e m = 1/2. Nesta questão as alternativas estão na forma de equação geral, então temos
que desenvolver a equação fundamental.
y – yo = m(x – xo)

. 251
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1
y – 4 = 2.(x – (-3)) (passamos o 2 multiplicando o 1° membro da equação)
2.(y – 4) = 1(x + 3)
2y – 8 = x + 3
2y – 8 – x – 3 = 0
- x + 2y – 11 = 0 .(- 1)
x – 2y + 11 = 0

04. Resposta: A.
O coeficiente angular é dado por 𝑚 = 𝑡𝑔𝛼.
𝑚 = 𝑡𝑔45°  m = 1

05. Resposta: C.
xo = 3, yo = 5 e 𝑚 = 𝑡𝑔45° = 1. As alternativas estão na forma de equação reduzida, então:
y – yo = m(x – xo)
y – 5 = 1.(x – 3)
y–5=x–3
y=x–3+5
y=x+2

06. Resposta: B.
Dada a equação geral da reta, para determinar a reduzida basta isolar o y.
- 2x + 4y + 12 = 0
4y = 2x – 12 (passamos o 4 dividindo para o segundo membro separadamente cada termo)
2𝑥 12
𝑦= 4
− 4

𝑥
𝑦 = 2−3

07. Resposta: A.
No ponto P x = 1 e y = a, basta substituir esses valores na equação.
2x – 3y + 7 = 0
2.1 – 3.a + 7 = 0
2 – 3a + 7 = 0
- 3a = - 2 – 7
- 3a = - 9 x(-1)
3a = 9
a=9:3
a=3

08. Resposta: B.
−𝑎
Vamos denominar as retas de (r) x + ay – 3 = 0 e (s) 2x – y + 5 = 0 e utilizando a fórmula 𝑚 = 𝑏 para
calcular o coeficiente angular das retas.
−1
(r) a = 1 e b = a  𝑚𝑟 = 𝑎

−2
(s) a = 2 e b = - 1  𝑚𝑠 = −1 = 2

para que r e s sejam paralelas: mr = ms

2a = - 1
−1
𝑎 = 2 = −0,5

. 252
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09. Resposta: A.
Na reta (r)  a = a e b = - 2, na reta (s) a = 2 e b = 1
−𝑎 𝑎 −2
𝑚𝑟 = −2 = 2 e 𝑚𝑠 = 1
= −2

Retas perpendiculares: mr.ms = - 1

- a = - 1 x(-1)  a = 1

10. Resposta: C.
A reta r tem a = 3, b = 4 e c = 15

|3𝑥+4𝑦+15|
𝑑𝑃,𝑟 =  substituindo x = 1 e y = 3 (coordenadas do ponto P)
√𝑎 2 +𝑏2

|3.1+4.3+15| |3+12+15| |30| 30


𝑑𝑃,𝑟 = = = = =6
√32 +42 √9+16 √25 5

11. Resposta: D.
Na reta r (r) a = 3 e b = 4.
𝑑𝑃,𝑟 = 22
|3𝑥+4𝑦|
= 22 (substituindo x = a e y = 2a)
√𝑎 2 +𝑏2
|3.𝑎+4.2𝑎| |3𝑎+8𝑎| |11𝑎| |11𝑎|
= 22  = 22  = 22  = 22  |11𝑎| = 5.22
√32 +42 √9+16 √25 5
|11𝑎| = 110, então:
11a = 110 ou 11a = - 110
a = 110 : 11 a = - 110 : 11
a = 10 a = - 10
Como P pertence ao 1° quadrante, a > 0, portanto a = 10

ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

Os elementos principais de uma circunferência22 são o centro e o raio. Na geometria analítica o raio é
representado por r e o centro por C(a, b).

Equação Reduzida de uma circunferência


Considerando uma circunferência de centro C e raio r; e sendo P(x, y) um ponto genérico dessa
circunferência, temos que a distância entre C e P é igual ao raio.

22
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𝐝𝐂𝐏 = 𝐫
√(𝐱 − 𝐚)𝟐 + (𝐲 − 𝐛)𝟐 = 𝐫
- elevamos os dois membros da equação acima ao quadrado:
𝟐
(√(𝐱 − 𝐚)𝟐 + (𝐲 − 𝐛)𝟐 ) = 𝐫 𝟐
- então, temos a seguinte fórmula:
(𝐱 − 𝐚)𝟐 + (𝐲 − 𝐛)𝟐 = 𝐫 𝟐

Exemplo: Determinar a equação reduzida da circunferência que tem centro C(3, 2) e raio r = 5.

Resolução:
As coordenadas do centro são os valores de a e b para substituir na fórmula.
(𝑥 − 𝑎)2 + (𝑦 − 𝑏)2 = 𝑟 2
(x – 3)2 + (y – 2)2 = 52
(x – 3)2 + (y – 2)2 = 25

Equação Geral de uma circunferência


Para se obter a equação geral de um circunferência basta fazer o desenvolvimento da equação
reduzida:

(x − a)2 + (y − b)2 = r 2
x − 2ax + a2 + y 2 − 2by + b2 = r 2
2

Questões

01. Uma circunferência tem centro C(2, 4) e raio 5. A equação reduzida dessa circunferência é:
(A) (x – 2)2 + (y + 4)2 = 25
(B) (x + 2)2 + (y + 4)2 = 25
(C) (x – 2)2 + (y – 4)2 = 5
(D) (x – 2)2 + (y – 4)2 = 25
(E) (x + 2)2 + (y – 4)2 = 25

02. (VUNESP) A equação da circunferência, com centro no ponto C(2, 1) e que passa pelo ponto P(0,
3), é:
(A) x2 + (y – 3)2 = 0
(B) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 4
(C) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 8
(D) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 16
(E) x2 + (y – 3)2 = 8

03. (CESGRANRIO-RJ) Uma equação da circunferência de centro C(- 3, 4) e que tangencia o eixo x
é:
(A) (x – 3)2 + (y – 4)2 = 16
(B) (x – 3)2 + (y – 4)2 = 9
(C) (x + 3)2 + (y + 4)2 = 16
(D) (x + 3)2 + (y – 4)2 = 9
(E) (x + 3)2 + (y – 4)2 = 16

. 254
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04. Uma circunferência tem equação reduzida (x – 3)2 + (y – 5)2 = 49, o centro e o raio dessa
circunferência igual a:
(A) C(3, 5) e r = 7
(B) C(- 3, 5) e r = 7
(C) C(- 3, - 5) e r = 49
(D) C(3, - 5) e r = 7
(E) C(3, 5) e r = 49

05. Uma circunferência tem equação geral igual a x2 + y2 – 4x + 2y – 31 = 0, determinar o centro e o


raio dessa circunferência.
(A) C(2 ,1) e r = 6
(B) C(- 2 , - 1) e r = 6
(C) C(- 2 , - 1) e r = 36
(D) C(2 , - 1) e r = 6

Comentários

01. Resposta: D.
Temos C(2, 4), então a = 2 e b = 4; e raio r = 5.
(x – a)2 + (y – b)2 = r2
(x – 2)2 + (y – 4)2 = 52
(x – 2)2 + (y – 4)2 = 25

02. Resposta: C.
Temos que C(2, 1), então a = 2 e b = 1. O raio não foi dado no enunciado.
(x – a)2 + (y – b)2 = r2
(x – 2)2 + (y – 1)2 = r2 (como a circunferência passa pelo ponto P, basta substituir o x por 0 e o y por 3
para achar a raio.
(0 – 2)2 + (3 – 1)2 = r2
(- 2)2 + 22 = r2
4 + 4 = r2
r2 = 8
(x – 2)2 + (y – 1)2 = 8

03. Resposta: E.
Neste caso temos que fazer um gráfico para determinar o raio que não foi dado no enunciado. Porém
foi dito que a circunferência tangencia o eixo x.

Através do gráfico, podemos ver que o raio vale 4 (distância do centro ao ponto de tangência no eixo
x), então: a = - 3 e b = 4.
(x – a)2 + (y – b)2 = r2

(x – (-3))2 + (y – 4)2 = 42

(x + 3)2 + (y – 4)2 = 16

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04. Resposta: A.
Através da fórmula (x – a)2 + (y – b)2 = r2.

(x – 3)2 + (y – 5)2 = 49
a = 3 e b = 5  C(3, 5) e r 2 = 49  r = √49  r = 7

05. Resposta: D.
A equação geral é dada por x2 + y2 – 2ax – 2by + a2 + b2 – r2 = 0, para determinar o centro e o raio
temos:
x2 + y2 – 4x + 2y – 31 = 0, o coeficiente de x é – 4 e o coeficiente de y é 2, comparando com a fórmula,
temos que dividir estes coeficientes por – 2 para determinar o centro.

−4 2
C (−2 , −2)  (2, - 1)

Para determinar o raio temos que:


a2 + b2 – r2 = - 31
22 + (-1)2 + 31 = r2
4 + 1 + 31 = r2
r2 = 36
r = √36
r=6

POSIÇÕES RELATIVAS23

- DE UM PONTO E UMA CIRCUNFERÊNCIA

Um ponto pode ser:


- Interno;
- Externo ou
- Pertencer a uma dada circunferência de centro C e raio r.

Para conhecermos a posição de um ponto P em relação a uma circunferência basta calcularmos a sua
distância do ponto P ao centro da circunferência e compará-la com medida do raio.

d(P,C)=r(x-a)²+(y-b)²=r²
(x-a)²+(y-b)²-r²=0 (P)

d(P,C)>r(x-a)²+(y-b)²>r²
(x-a)²+(y-b)²-r²>0 (P é externo a )

d(P,C)>r(x-a)²+(y-b)²<r²
(x-a)²+(y-b)²-r²<0 (P é interno a )

Assim o plano cartesiano fica dividido em três regiões:


- a região dos pontos pertencentes à circunferência representam as soluções de f(x,y) = 0
23
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- a região dos pontos internos à circunferência representam as soluções de f(x,y) < 0
- a região dos pontos externos à circunferência representam de f(x,y) > 0

Exemplo:
Determinar a posição dos pontos A(-2,3), B(-4,6) e C(4,2) em relação à circunferência de equação x2
+ y2 + 8x – 20 = 0.
Substituindo as coordenadas dos pontos A, B e C no 1º membro da equação da circunferência
obtemos:
A(-2,3)  x = -2 e y = 3
x2 + y2 + 8x – 20 = (-2)2 + 32 + 8.(-2) – 20 = -23 < 0
A é ponto interno.

B(-4,6)  x = -4 e y = 6
x2 + y2 + 8x – 20 = (-4)2 + 62 + 8.(-4) – 20 = 0
B pertence à circunferência.

C(4,2)  x = 4 e y = 2
x2 + y2 + 8x – 20 = 42 + 22 + 8 . 4 – 20 = 32 > 0

- DE UMA RETA E UMA CIRCUNFERÊNCIA

Uma reta l e uma circunferência λ podem ocupar as seguintes posições relativas:


l e λ são secantes

A reta l intercepta a
circunferência λ em 2 pontos,
e a distância d entre a reta e o
centro da circunferência é
menor que o raio.

l e λ são tangentes

A reta l intercepta a
circunferência λ em único
ponto de tangência, e a
distância d entre a reta e o
centro da circunferência é
igual ao raio.

l e λ são exteriores

A reta l não intercepta a


circunferência λ, e a
distância d entre a reta e o
centro da circunferência é
maior que o raio.

Resumindo
- Para determinarmos a posição relativa entre uma reta e uma circunferência, basta
comparar a distância d (entre a reta e o centro da circunferência) com o raio r.
d(C,l)<r – reta e circunferência secantes
d(C,l)=r – reta e circunferência tangentes
d(C,l)>r – reta e circunferência exteriores

. 257
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Com isso podemos achar também a posição relativa de uma reta e uma circunferência procurando os
pontos de intersecção da reta com a circunferência. Para isso resolvemos um sistema formado pelas
equações da reta:

𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐 = 0
{ 2
𝑥 + 𝑦 2 + 𝛼𝑥 + 𝛽𝑦 + 𝛾 = 0

Com essa resolução caímos em um sistema de equações do 2º grau e através do discriminante (Δ)
encontramos as seguintes condições:

Para >0 a reta é secante à circunferência (2 pontos comuns)


Para =0 a reta é tangente à circunferência (1 ponto comuns)
Para <0 a reta é exterior à circunferência (nenhum ponto comum)

Exemplo:
1) Verifique a posição relativa entre a reta s: 3x + y – 13 = 0 e a circunferência de equação (x – 3)2 +
(y – 3)2 = 25.
Solução: Devemos calcular a distância entre o centro da circunferência e a reta s e comparar com a
medida do raio. Da equação da circunferência, obtemos:
x0 = 3 e y0 = 3 → O(3, 3)
r2 = 25 → r = 5
Vamos utilizar a fórmula da distância entre ponto e reta para calcular a distância entre O e s.

Da equação geral da reta, obtemos:


a = 3, b = 1 e c = – 13
Assim,

Como a distância entre o centro O e a reta s é menor que o raio, a reta s é secante à circunferência.

Questões
𝑥 𝑦
01. (ITA-SP) A distância entre os pontos de intersecção da reta 10 + 20 = 1 com a circunferência x² +
y² = 400 é:
(A) 16√5
(B) 4√5
(C) 3√3
(D) 4√3
(E) 5√7

02. (UFRS) O valor de k que transforma a equação x² + y² – 8x + 10y + k = 0 na equação de uma


circunferência de raio 7 é:
(A) –4
(B) –8
(C) 5
(D) 7
(E) –5
Comentários

01. Resposta: A.
Resolver o sistema de equações:

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Simplificando a 1ª equação:

Substituindo x na 2ª equação:
x² + y² = 400
x² + (20 – 2x)² = 400
x² + 400 – 80x + 4x² ¬– 400 = 0
5x² – 80x = 0
5x * (x – 16) = 0
5x = 0
x’ = 0
x – 16 = 0
x’’ = 16

Para x = 0, temos:
y = 20 – 2x
y = 20 – 2*0
y = 20
(0; 20)

Para x = 16, temos:


y = 20 – 2x
y = 20 – 2 * 16
y = 20 – 32
y = – 12
(16; –12)

Os pontos de intersecção são (0; 20) e (16; –12).


Determinando a distância entre os pontos:

02. Resposta: B.
x² + y² – 8x + 10y + k = 0
Encontrar a equação reduzida (completar os trinômios)
x² – 8x + y² + 10y = –k
x² – 8x + 16 + y² + 10y + 25 = – k + 16 + 25
(x – 4)² + (x + 5)² = –k + 41
Temos que o raio será dado por:
–k + 41 = 7²
–k = 49 – 41
–k = 8
k=-8

. 259
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ENTRE DUAS CIRCUNFERÊNCIAS

Duas circunferências distintas24, podem ter dois, um ou nenhum ponto em comum.

1. Circunferências tangentes.

a) Tangentes externas
Duas circunferências são tangentes internas quando possuem somente um ponto em comum e uma
exterior à outra. A condição para que isso ocorra é que a distância entre os centros das duas
circunferências seja equivalente à soma das medidas de seus raios.

dOC = r1 + r2

b) Tangentes internas
Duas circunferências são tangentes internas quando possuem apenas um ponto em comum e uma
esteja no interior da outra. A condição para que isso ocorra é que a distância entre os dois centros seja
igual à diferença entre os dois raios.

dOC = r1 . r2

2. Circunferências externas.
Duas circunferências são consideradas externas quando não possuem pontos em comum. A condição
para que isso ocorra é que a distância entre os centros das circunferências deve ser maior que a soma
das medidas de seus raios.

dOC > r1 + r2
3. Circunferências secantes.
Duas circunferências são consideradas secantes quando possuem dois pontos em comum. A condição
para que isso aconteça é que a distância entre os centros das circunferências deve ser menor que a soma
das medidas de seus raios.

dOC < r1 + r2

24
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4. Circunferências internas.
Duas circunferências são consideradas internas quando não possuem pontos em comum e uma está
localizada no interior da outra. A condição para que isso ocorra é que a distância entre os centros das
circunferências deve ser equivalente à diferença entre as medidas de seus raios.

dOC < r1 . r2

5. Circunferências concêntricas.
Duas circunferências são consideradas concêntricas quando possuem o centro em comum. Nesse
caso, a distância entre os centro é nula.

dOC = 0
Exemplo:
1) Dadas as circunferências λ e σ, de equações:
λ: x2 + y2 = 9
σ: (x – 7)2 + y2 = 16
Verifique a posição relativa entre elas.

Para resolução do problema devemos saber as coordenadas do centro e a medida do raio de cada
uma das circunferências. Através da equação de cada uma podemos encontrar esses valores.
Como a equação de toda circunferência é da forma: (x – x0)2 + (y – y0)2 = r2, teremos:

Conhecidos os elementos de cada uma das circunferências, vamos calcular a distância entre os
centros, utilizando a fórmula da distância entre dois pontos.

Questões

01. (PUC-SP) O ponto P(3, b) pertence à circunferência de centro no ponto C(0, 3) e raio 5. Calcule o
valor da coordenada b.
(A) b pode ser -1 ou 7.
(B) b pode ser 0 ou 3.
(C) b pode ser 3 ou 5.
(D) b pode ser -1 ou - 7.
(E) b pode ser 1 ou 7.

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02. (FEI-SP) Determine a equação da circunferência com centro no ponto C(2, 1) e que passa pelo
ponto A(1, 1).
(A) (x + 2)² + (y – 1)² = 1
(B) (x – 2)² + (y – 1)² = 1
(C) (x – 2)² + (y + 1)² = 1
(D) (x – 2)² + (y – 1)² = -1
(E) (x + 2)² + (y + 1)² = 1

03. (ITA-SP) Qual a distância entre os pontos de intersecção da reta com a circunferência x² + y² =
400?
(A) 64√5
(B) 32√5
(C) 16√5
(D) 8√5
(E) 4√5

Comentários

01. Resposta: A.
A equação da circunferência que possui centro C(0, 3) e raio r = 5 é dada por:
(x – 0)² + (y – 3)² = 5² → x² + (y – 3)² = 25.
Sabendo que o ponto (3, b) pertence à circunferência, temos que:
3² + (b – 3)² = 25 → 9 + (b – 3)² = 25 → (b – 3)² = 25 – 9 → (b – 3)² = 16
b–3=4→b=4+3→b=7
b–3=–4→b=–4+3→b=–1
O valor da coordenada b pode ser –1 ou 7.

02. Resposta: B.
Sabendo que o ponto A(1 ,1) pertence à circunferência e que o centro possui coordenadas C(2, 1),
temos que a distância entre A e C é o raio da circunferência. Dessa forma temos que d(A, C) = r.

Se o raio da circunferência é igual a 1 e o centro é dado por (2, 1), temos que a equação da
circunferência é dada por: (x – 2)² + (y – 1)² = 1.

03. Resposta: C.
Vamos obter os pontos de intersecção da reta e da circunferência através da resolução do seguinte
sistema de equações:

Resolvendo o sistema por substituição:


2x + y = 20
y = 20 – 2x
Substituindo y na 2ª equação:
x² + y² = 400
x² + (20 – 2x)² = 400
x² + 400 – 80x + 4x² = 400
5x² – 80x + 400 – 400 = 0
5x² – 80x = 0
5x * (x – 16) = 0
5x = 0

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x’ = 0
x – 16 = 0
x’’ = 16
Substituindo x = 0 e x = 16, na equação y = 20 – 2x:
x=0
y = 20 – 2 * 0
y = 20
S = {0, 20}

x = 16
y = 20 – 2 * 16
y = 20 – 32
y = – 12
S = {16, –12}

Os pontos de intersecção são: {0, 20} e {16, –12}. Vamos agora estabelecer a distância entre eles:

A distância entre os pontos de intersecção da reta e da circunferência é igual a 16√5.

CÔNICAS

As cônicas – hipérbole, parábola, elipse e a circunferência, possuem todas elas, um aspecto singular:
podem ser obtidas através da interseção de um plano convenientemente escolhido com uma superfície
cônica, conforme mostrado na figura a seguir:

A circunferência é, na realidade, uma elipse perfeita, cuja excentricidade é nula. No caso da elipse já
sabemos que:

Excentricidade = e = c/a

Como é válido na elipse que a2 = b2 + c2, vem que:

𝑐 √𝑎2 − 𝑏 2
𝑒= =
𝑎 𝑎

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Ora, como c < a, vem imediatamente que e < 1. Também, como a e c são distâncias e portanto,
positivas, vem que e > 0. Em resumo, no caso da elipse, a excentricidade é um número situado entre 0 e
1 ou seja:

0 < e < 1.

Observa-se que a elipse é tanto mais achatada quanto mais próximo da unidade estiver a sua
excentricidade.
Raciocinando opostamente, se o valor de c se aproxima de zero, os valores de a e de b tendem a
igualar-se e a elipse, no caso extremo de c = 0, (o que implica e = 0) transforma-se numa circunferência.
A circunferência é então, uma elipse de excentricidade nula.

No caso da hipérbole, já sabemos que c2 = a2 + b2 e, portanto,

𝑐 √𝑎2 + 𝑏 2
𝑒= =
𝑎 𝑎

Neste caso, c > a, o que significa que a excentricidade de uma hipérbole é um número real maior do
que a unidade, ou seja e > 1.

Observe na fórmula acima que se as medidas a e b forem iguais, ou seja a = b, teremos uma hipérbole
equilátera, cuja excentricidade será igual a e = Ö 2, resultado obtido fazendo a = b na fórmula acima.

Resumindo, observe que, sendo e a excentricidade de uma cônica:

Cônica e
Circunferência 0
Elipse 0<e<1
Hipérbole e>1

Quanto à parábola, podemos dizer, que a sua excentricidade será igual a 1? Em a realidade, a
excentricidade da parábola é igual a 1; Vamos desenvolver este assunto a seguir:

Equação Geral das Cónicas (eq. de 2° grau em x e y): Ax2 + Bxy + Cy2 + Dx + Ey + F = 0, (1) com A,
B, C, D, E, F ∈ IR, sendo A, B e C não simultaneamente nulos.

- Se B2 − 4AC < 0, (1) é a equação de uma elipse.


- Se B2 − 4AC = 0, (1) é a equação de uma parábola.
- Se B2 − 4AC > 0, (1) é a equação de uma hipérbole.

Elipse: é o conjunto dos pontos do plano cuja soma das distâncias a dois pontos fixos (focos) é
constante e maior que a distância entre eles.

Equação Reduzida

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Focos: (±c, 0), sendo c2 = a2 − b2
Eixo maior = 2a
Eixo menor = 2b
Distância focal =2c
Vértices: (±a, 0), (0,±b)

Equação Reduzida

Focos: (0,±c), sendo c2 = b2 − a2


Eixo maior = 2b
Eixo menor = 2a
Distância focal =2c
Vértices: (±a, 0), (0,±b)

Equação Reduzida da Elipse centrada em (α, β):

Parábola: é o conjunto dos pontos do plano equidistantes de um ponto fixo (foco) e de uma reta
(diretriz), que não contém o ponto.

Equação Reduzida

y2 = 2px (p > 0)

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Equação Reduzida

y2 = −2px (p > 0)

Equação Reduzida

x2 = 2py (p > 0)

Equação Reduzida

x2 = −2py (p > 0)

Equação Reduzida da Parábola com vértice em (α, β):

(y − β)2 = 2p (x − α)

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(x − β)2 = 2p (y − α)

Hipérbole: é o conjunto dos pontos do plano tais que o módulo da diferença das distâncias a dois
pontos fixos (focos) é constante e menor que a distância entre eles.

Equação Reduzida

Equação Reduzida

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Equação Reduzida da Hipérbole centrada em (α, β):

Considere o seguinte problema geral:

Determinar o lugar geométrico dos pontos P(x, y) do plano cartesiano que satisfazem à condição PF =
e. Pd, onde F é um ponto fixo do plano denominado foco e d uma reta denominada diretriz, sendo e uma
constante real.

Veja a figura abaixo, para ilustrar o desenvolvimento do tema

Temos então, pela condição dada, PF = e . Pd, onde e é uma constante real.
Usando a fórmula de distancia entre dois pontos, fica:
√(𝑥 − 𝑓)2 + (𝑦 − 0)2 = 𝑒. √(𝑥 − 𝑑)2 + (𝑦 − 𝑦)2

Quadrando e desenvolvendo ambos os membros da expressão acima, vem:


(x – f)2 + y2 = e2 .(x – d)2
x2 – 2.f.x + f2 + y2 = e2 (x2– 2.d.x + d2)
x2 – e2.x2 – 2.f.x + e2.2.d.x + y2 + f2– e2.d2 = 0
x2(1 – e2) + y2 + (2e2d – 2f)x + f2– e2.d2 = 0

Ou finalmente:
x2(1 – e2) + y2 + 2(e2d – f)x + f2 – e2d2 = 0

Fazendo e = 1 na igualdade acima, obteremos y2 + 2(d – f).x + f2 – d2 = 0

Fazendo d = - f, vem: y2 – 4fx = 0 ou y2 = 4fx, que é uma parábola da forma y2 = 2px, onde f = p/2,
conforme vimos no texto correspondente.
A constante e é denominada excentricidade.

Vê-se pois, que a excentricidade de uma parábola é igual a 1

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Propriedades Refletoras
A elipse, a parábola e a hipérbole são curvas que possuem propriedades que as tornam importantes
em várias aplicações. Aqui vamos ocupar-nos apenas das chamadas propriedades de reflexão dessas
curvas, relacionadas com pontos especiais chamados focos.

O caso da elipse

A elipse é uma curva fechada para a qual existem dois pontos especiais, os focos. A propriedade de
reflexão da elipse é a seguinte: A partir de um dos focos tracemos um segmento de reta qualquer. Este
segmento encontra a elipse num ponto, e se a partir deste traçarmos outro segmento que faça com a
curva um ângulo igual ao do primeiro segmento, o segundo segmento passa pelo outro foco. (Nota: Os
ângulos com as curvas são os ângulos com as respectivas tangentes nos pontos em causa.)

Esta propriedade faz com que a elipse tenha várias aplicações práticas. Uma aplicação óptica vê-se
no dispositivo de iluminação dos dentistas. Este consiste num espelho com a forma de um arco de elipse
e numa lâmpada que se coloca no foco mais próximo. A luz da lâmpada é concentrada pelo espelho no
outro foco, ajustando-se o dispositivo de forma a iluminar o ponto desejado.

Uma ilustração acústica da propriedade de reflexão da elipse pode encontrar-se em salas que têm a
forma de meio elipsoide (um elipsoide é um sólido que se obtém rodando uma elipse em torno do seu
eixo, isto é, da reta definida pelos dois focos). Se duas pessoas se colocarem nos focos e uma delas
falar, mesmo que seja baixo, a outra ouvirá perfeitamente, ainda que a sala seja grande e haja outros
ruídos. Existem salas deste tipo (às vezes chamadas “galerias de murmúrios”) em vários edifícios públicos
na Europa e nos Estados Unidos.

O caso da parábola
A parábola é uma curva com um foco. A propriedade de reflexão da parábola é a seguinte: A partir de
um ponto qualquer tracemos um segmento de reta paralelo ao eixo da parábola. Este segmento encontra
a parábola num ponto, e se a partir deste traçarmos outro segmento que faça com a curva um ângulo
igual ao do primeiro segmento, o segundo segmento passa pelo foco.

Esta propriedade faz com que a parábola tenha várias aplicações práticas. Um exemplo são as
vulgares antenas parabólicas, que concentram num aparelho receptor os sinais vindos de um satélite de
televisão.

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Uma aplicação óptica são os faróis dos automóveis e das motocicletas, que são espelhados por dentro
e em que se coloca a lâmpada no foco.

O caso da hipérbole
A hipérbole é uma curva com dois ramos e dois focos. A propriedade de reflexão da hipérbole é a
seguinte: A partir de um ponto qualquer tracemos um segmento de reta dirigido a um dos focos da
hipérbole. Este segmento encontra o correspondente ramo da hipérbole num ponto, e se a partir deste
traçarmos outro segmento que faça com a curva um ângulo igual ao do primeiro segmento, o segundo
segmento passa pelo outro foco.

Esta propriedade faz com que a hipérbole tenha várias aplicações práticas. Um exemplo de uma
aplicação óptica é o chamado telescópio de reflexão. É constituído basicamente por dois espelhos, um
maior, chamado primário, que é parabólico, e outro menor, que é hiperbólico. Os dois espelhos dispõem-
se de modo que os eixos da parábola e da hipérbole coincidam e que o foco da primeira coincida com um
dos da segunda.

Quando os raios de luz se refletem no espelho parabólico são dirigidos para o foco, pela propriedade
de reflexão da parábola. Como este também é foco da hipérbole, pela propriedade de reflexão desta os
raios de luz refletem-se no espelho hiperbólico e seguem em direção ao outro foco da hipérbole. Os raios
de luz passam através de um orifício no centro do espelho primário, atrás do qual está uma lente-ocular
que permite corrigir ligeiramente a trajetória da luz, que chega finalmente aos olhos do observador ou à
película fotográfica.
A vantagem deste tipo de telescópio reside no fato de ter um comprimento muito menor do que os
telescópios de refração (isto é, de lentes) com o mesmo poder de ampliação. Por exemplo, uma objetiva

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fotográfica com 500 mm de distância focal é muito grande e pesada se for de refração, o que já não
acontece se for de reflexão, sendo pequena e manejável, o que pode ser vantajoso.

Outro exemplo é o telescópio Hubble (em órbita desde 1990 a 600 km da Terra), que se baseia nestas
propriedades de reflexão. O seu espelho primário tem 2.4 metros de diâmetro. Como está fora da
atmosfera, as imagens que o telescópio Hubble recolhe do espaço são muito mais claras e rigorosas do
que as recebidas pelos telescópios utilizados no solo, pois os raios de luz não são absorvidos nem
distorcidos pela atmosfera. Um telescópio de refracção com o mesmo poder de ampliação do Hubble
seria tão grande e pesado que nenhum foguetão seria capaz de o pôr em órbita.

Questões

01. Considere as equações apresentadas na coluna da esquerda e os nomes das curvas planas
descritas na coluna da direita. Associe a 2ª coluna com a 1ª coluna.

𝑥2 𝑦2 ( ) Elipse
(𝐼) + =1
4 3
𝑥 𝑦 ( ) Hipérbole
(𝐼𝐼) + = 1
4 9
𝑥2 𝑦 ( ) Reta
(𝐼𝐼𝐼) + = 1
4 9
𝑦2 𝑥2 ( ) Circunferência
(𝐼𝑉) − =1
3 4
2 2
𝑥 𝑦 ( ) Parábola
(𝑉) + =1
9 9

A associação que relaciona corretamente a equação ao tipo de curva plana na sequencia de cima para
baixo, é:
(A) I, IV, II, V e III
(B) I, V, III, IV e II
(C) II, III, V, I e IV
(D) III, II, IV, I e V
(E) IV, II, V, I e III

02. A distância entre o centro da circunferência de equação x² + y² + 8x – 6y = 0 e o foco de


𝑥2 𝑦²
coordenadas positivas da elipse de equação 25 + 16 = 1 é:
(A) √58
(B) 2√29
(C) 2√14
(D) √8
(E) √28

03. Qual é a equação da elipse que tem como eixo maior a distância entre as raízes da parábola de
equação y = x² - 25 e excentricidade e = 3/5.
𝑥2 𝑦2
(A) 25 + 16 = 1
𝑥2 𝑦2
(B) 16 + 25 = 1

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𝑥2 𝑦2
(C) + =1
25 9
𝑥2 𝑦2
(D) 9 + 25 =1

04. Qual é a equação da parábola que passa pelo ponto P(0,10) e pelos focos da hipérbole de equação
9x² - 16y² = 144
−2
(A) 𝑦 = 𝑥 2 + 10
5
2 2
(B) 𝑦 = 5
𝑥 + 10
−2 2
(C) 𝑦 = 5
𝑥 − 10
2 2
(D) 𝑦 = 5
𝑥 − 10

05. Qual é a equação da reta que passa pelo ponto P(2,3) e é perpendicular à reta que passa pelo
centro da circunferência de equação x² + y² + 8x – 4y + 11 = 0 e pelo foco de coordenadas positivas da
hipérbole de equação x2/64 – y2/36 = 1 .
(A) 7𝑥 − 𝑦 − 11 = 0
(B) −7𝑥 + 𝑦 = −11
(C) 7𝑥 − 𝑦 = −11
(D) −7𝑥 − 𝑦 − 11 = 0
Comentários

01. Reposta: A.
Para determinar que tipo de curva cada equação representa devemos observar algumas
características das equações, observe:
Reta: x e y possuem expoentes iguais a 1, sendo que nem x, nem y podem estar no denominador,
nesse caso item (II)
Circunferência: o número que multiplica x² e y² é sempre o mesmo e temos uma soma de x² e y² nesse
caso o item (V)
Elipse: os números que multiplicam x² e y² são diferentes e temos uma soma de x² e y², item (I)
Hipérbole: temos uma subtração de x² e y², item (IV)
Parábola: temos só x² ou só y², item (III)

02. Resposta: A.

8 −6
C( , )
O centro C da circunferência é { −2 −2
𝐶(−4,3)

𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2
2 2 2
𝑁𝑎 𝑒𝑙𝑖𝑝𝑠𝑒 {𝑎 = 25 𝑒 {𝑏 = 16 , 𝑙𝑜𝑔𝑜 {25 =2 16 + 𝑐 . 𝑂 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑙𝑖𝑝𝑠𝑒 é 𝐶(0,0).
𝑎=5 𝑏=4 𝑐 =9
𝑐=3

A elipse tem eixo maior sobre o eixo x, dessa forma o foco de coordenadas positivas é F(3,0).

𝑑𝐶𝐹 = √(−4 − 3)2 + (3 − 0)2


𝐴 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑛𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒 𝑜 𝑓𝑜𝑐𝑜 é: { 𝑑𝐶𝐹 = √49 + 9
𝑑𝐶𝐹 = √58 𝑢. 𝑐

03. Resposta: Resposta: A.

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(𝑥−𝑥𝑐)2 (𝑦−𝑦𝑐)2
2
𝑎 =𝑏 +𝑐 2 2
𝑎2
+ 𝑏2
=1
25 = 𝑏 2 + 9 , 𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑙𝑖𝑝𝑠𝑒 é 𝐶(0,0)𝑒 𝑠𝑢𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 é: (𝑥−0)2 (𝑦−0)2
+ =1
𝑏 2 = 16 52 42
𝑥2 𝑦2
𝑏=4 + 16 = 1
{ { 25

04. Resposta: Resposta: A.


2
{𝑎 = 16 𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏 2
9𝑥 2 − 16𝑦 2 = 144(÷ 144)
Na hipérbole {
2
⟹ { 𝑎2 = 4 ⟹ { 𝑐 = 16 + 9 ∴ {𝐹1 (−5,0)
𝑥2 𝑦2 2 𝐹2 (5,0)
16
− 9
=1 {𝑏 = 9 𝑐 = 25
𝑏=3 𝑐=5
10 = 𝑎. 0 + 𝑏. 0 + 𝑐
𝑁𝑎 𝑝𝑎𝑟á𝑏𝑜𝑙𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, 𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑃(0,10) ∈ 𝑎 𝑝𝑎𝑟á𝑏𝑜𝑙𝑎 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 {
𝑐 = 10

Se a parábola passa pelos focos da hipérbole temos que:


Sendo y = ax2 + bx + 10, temos:
50𝑎 + 20 = 0
2
𝐹1 (−5,0) → 0 = 25𝑎 − 5𝑏 + 10 25. (− ) + 5𝑏 + 10 = 0
⟹ 2 5
𝐹2 (5,0) → 0 = 25𝑎 + 5𝑏 + 10 𝑎 = − 5 ⟶ { −10 + 5𝑏 + 10 = 0
{ { 𝑏=0

−2
𝑦 = 5 𝑥 2 + 0𝑥 + 10
𝐷𝑒𝑠𝑠𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟á𝑏𝑜𝑙𝑎 é: { −2
𝑦 = 5 𝑥 2 + 10

05. Resposta: Resposta: A.

P(2,3)
r: {
⊥s
2
{𝑎 = 64 𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏 2
𝑥2 𝑦2 2
𝐻𝑖𝑝é𝑟𝑏𝑜𝑙𝑒: {64 − 36 = 1 ⟹ { 𝑎2 = 8 ∴ {𝑐 = 2
64 + 36 → 𝐹(10,0)
{ 𝑏 = 36 𝑐 = 100
𝑏=6 𝑐 = 10

𝑥 2 + 𝑦 2 + 8𝑥 − 4𝑦 + 11 = 0
8 −4
𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑛𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎: { 𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 ( , )
−2 2
𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜(−4,2)

10 −4 𝑥 −10
| |=0
0 2 𝑦 0 𝑦 − 𝑦0 = 𝑚(𝑥 − 𝑥0 )
20 − 4𝑦 − 2𝑥 − 10𝑦 = 0 𝑃(2,3)
−1 𝑦 − 3 = 7. (𝑥 − 2)
𝑠: −2𝑥 − 14𝑦 + 20 = 0 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑟𝑒𝑡𝑎 𝑟 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠: 𝑟 {𝑚𝑟 = 𝑚𝑠 ⟹ 𝑟: { 𝑦 − 3 = 7𝑥 − 14
−(−2) 𝑚𝑟 = 7
𝑚𝑠 = −14 7𝑥 − 𝑦 − 11 = 0
1
{ 𝑚𝑠=−
7

5 Trigonometria: triangulo retângulo, estudo do seno, cosseno e tangente.

RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

A palavra trigonometria significa: tri (três), gono (ângulo) e metria (medida), traduzido mais ou menos
para estudo das medidas de três ângulos. A figura que tem três ângulos chama-se Triângulo.

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Em todo triângulo retângulo os lados recebem nomes especiais. O maior lado (oposto do ângulo de
90°) é chamado de Hipotenusa e os outros dois lados menores (opostos aos dois ângulos agudos) são
chamados de Catetos.
Observe a figura:

- a é a hipotenusa.
- b e c são os catetos.

Para estudo de Trigonometria, são definidos no triângulo retângulo, três razões chamadas
trigonométricas: seno, cosseno e tangente.
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
- 𝑠𝑒𝑛 = 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎 ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎

𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒


- 𝑐𝑜𝑠 =
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎 ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎

𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜


- 𝑡𝑔 = 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒

No triângulo acima, temos:

Como podemos notar, 𝑠𝑒𝑛𝛼 = 𝑐𝑜𝑠𝛽 e 𝑠𝑒𝑛𝛽 = 𝑐𝑜𝑠𝛼.


Em todo triângulo a soma dos ângulos internos é igual a 180°.
No triângulo retângulo um ângulo mede 90°, então:
90° + α + β = 180°
α + β = 180° - 90°
α + β = 90°

Quando a soma de dois ângulos é igual a 90°, eles são chamados de Ângulos Complementares. E,
neste caso, sempre o seno de um será igual ao cosseno do outro.

Valores Notáveis
A tabela a seguir representa os valores de seno, cosseno e tangente dos ângulos de 30°, 45° e 60°,
considerados os três ângulos notáveis da trigonometria.

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30° 45° 60°
sen 1 √2 √3
2 2 2
cos √3 √2 1
2 2 2
tg √3 1 √3
3

Nestas relações, além do senx e cosx, temos: tg (tangente), cotg (cotangente), sec (secante) e cossec
(cossecante).

Questões

01. Um avião levanta voo formando um ângulo de 30° com a horizontal. Sua altura, em metros, após
ter percorrido 600 m será:
(A) 100
(B) 200
(C) 300
(D) 400
(E) 500

02. (UDESC) Sobre um plano inclinado deverá ser construída uma escadaria.

Sabendo-se que cada degrau da escada deverá ter uma altura de 20 cm e que a base do plano
inclinado medem 280√3 cm, conforme mostra a figura acima, então, a escada deverá ter:
(A) 10 degraus
(B) 28 degraus
(C) 14 degraus
(D) 54 degraus
(E) 16 degraus

03. (FUVEST) A uma distância de 40 m, uma torre é vista sob um ângulo 𝛼, como mostra a figura.

Sabendo que sen20° = 0,342 e cos20° = 0,940, a altura da torre, em metros, será aproximadamente:
(A) 14,552
(B) 14,391
(C) 12,552
(D) 12,391
(E) 16,552

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04. (U. Estácio de Sá) Simplificando a expressão 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛17º. 𝑐𝑜𝑡𝑔17°. 𝑐𝑜𝑡𝑔73°. 𝑠𝑒𝑐73°, encontramos:
(A) – 2
(B) – 1
(C) 2
(D) 1
(E) 5

05. Qual das afirmativas abaixo é falsa:


(A) sen3x + cos3x = 1
𝑠𝑒𝑛𝑥
(B) 𝑡𝑔𝑥 = 𝑐𝑜𝑠𝑥
(C) sen2x + cos2x = 1
1
(D) 𝑠𝑒𝑐𝑥 = 𝑐𝑜𝑠𝑥
1
(E) 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐𝑥 = 𝑠𝑒𝑛𝑥

06. (SEDUC/RJ - Professor – Matemática – CEPERJ) A figura abaixo mostra o perfil de um muro
construído para conter uma encosta pouco estável. A primeira parte da rampa tem 10m de comprimento
e inclinação de 25° com a horizontal, e a segunda parte tem 10 m de comprimento e inclinação de 50°
com a horizontal.

Considerando sen25° = 0, 42 e cos25° = 0,91, o valor da altura total do muro (h) é, aproximadamente:
(A) 11,1m.
(B) 11,8m.
(C) 12,5m.
(D) 13,2m.
(E) 13,9m.

07. (EPCAR – Cadete – EPCAR) Uma coruja está pousada em R, ponto mais alto de um poste, a uma
altura h do ponto P, no chão. Ela é vista por um rato no ponto A, no solo, sob um ângulo de 30°, conforme
mostra figura abaixo.

O rato se desloca em linha reta até o ponto B, de onde vê a coruja, agora sob um ângulo de 45° com
o chão e a uma distância BR de medida 6√2 metros. Com base nessas informações, estando os pontos
A, B e P alinhados e desprezando-se a espessura do poste, pode-se afirmar então que a medida do
deslocamento AB do rato, em metros, é um número entre
(A) 3 e 4.
(B) 4 e 5.
(C) 5 e 6.
(D) 6 e 7.

. 276
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
08. (Câmara Municipal de Catas Altas/MG - Técnico em Contabilidade – FUMARC) As medidas
dos catetos de um triângulo retângulo com a hipotenusa medindo 10 cm e com o seno de um dos ângulos
agudos valendo 0,8 são:
(A) 5cm e 4cm.
(B) 3cm e 5cm.
(C) 6cm e 8cm.
(D) 4cm e 6cm.

Respostas

01. Resposta: C.
Do enunciado temos a seguinte figura.

600 m é a hipotenusa e h é o cateto oposto ao ângulo dado, então temos que usar o seno.
cat. oposto
sen30° = hipotenusa

1 h
2
= 600 → 2h = 600 → h = 600 : 2 = 300 m

02. Resposta: C.
Para saber o número de degraus temos que calcular a altura ̅̅̅̅
BC do triângulo e dividir por 20 (altura de
cada degrau). No triângulo ABC, ̅̅̅̅
BC e ̅̅̅̅
AC são catetos, a relação entre os dois catetos é a tangente.
cat.oposto ̅̅̅̅
BC
tg30° = = ̅̅̅̅
cat.adjacente AC

Número de degraus = 280 : 20 = 14

03. Resposta: A.
Observando a figura, nós temos um triângulo retângulo, vamos chamar os vértices de A, B e C.

Como podemos ver h e 40 m são catetos, a relação a ser usada é a tangente. Porém no enunciado
foram dados o sen e o cos. Então, para calcular a tangente, temos que usar a relação fundamental:
𝑠𝑒𝑛𝛼 0,342
𝑡𝑔𝛼 = 𝑐𝑜𝛼𝑥 → 𝑡𝑔𝛼 = 0,940 → tg𝛼 = 0,3638

̅̅̅̅
𝐴𝐶 ℎ
𝑡𝑔𝛼 = ̅̅̅̅
𝐴𝐵
→ 0,363 = 40 → h = 40.0,363 → h = 14,552 m

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04. Resposta: D.
Temos que usar as relações fundamentais.

𝑐𝑜𝑠17°
𝑦=
𝑠𝑒𝑛73°

Sendo 17° + 73° = 90° (ângulos complementares), lembrando que quando dois ângulos são
complementares o seno de um deles é igual ao cosseno do outro, resulta que sen73° = cos17°. Então:
𝑐𝑜𝑠17°
𝑦= =1
𝑐𝑜𝑠17°

05. Resposta: A.

06. Resposta: B.
Observando a figura, temos: h = x + y

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
𝑠𝑒𝑛𝑥 = e 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) = 2. 𝑠𝑒𝑛𝑥. 𝑐𝑜𝑠𝑥
ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎

𝑥 𝑥
𝑠𝑒𝑛𝑥25º = 10 → 0,42 = 10 → x = 10.042 → x = 4,2

𝑦 𝑦 𝑦 𝑦
𝑠𝑒𝑛50º = 10 → 𝑠𝑒𝑛(2.25º) = 10 → 2. 𝑠𝑒𝑛25º. 𝑐𝑜𝑠25º = 10 → 2.0,42.0,91 = 10

𝑦
→0,76 = 10 → y = 10.076 → y = 7,6

h = 4,2 + 7,6 = 11,8

07. Resposta: B.
Do enunciado temos a seguinte figura:

BR = 6√2
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 √2 ℎ
𝑠𝑒𝑛45° = ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎
→ 2
=6 → 2ℎ = 6√2. √2 → 2h = 12 → h = 6
√2

O ângulo BRP = 45º, logo o triângulo BRP é isósceles → BP = PR = h = 6


𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 ℎ
No triângulo APR: 𝑡𝑔30º = 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑥+6

. 278
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√3 6 18
3
= 𝑥+6 → √3. (𝑥 + 6) = 18 → 𝑥 + 6 = . Racionalizando, temos:
√3

18.√3 18√3
𝑥+6= →𝑥+6= → 𝑥 + 6 = 6√3 (√3 ≅ 1,7)
√3.√3 3

x = 6.1,7 – 6
x = 10,2 – 6 = 4,2

08. Resposta: C.
Pelo enunciado a hipotenusa mede 10 e o seno de um dos ângulos (vamos chamar este ângulo de α)
mede 0,8.

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑥
𝑠𝑒𝑛 ∝= ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎
→ 0,8 = 10 → x = 10.0,8 → x = 8 cm

Pelo Teorema de Pitágoras:


x2 + y2 = 102
8 + y2 = 100 → 64 + y2 = 100 → y2 = 100 – 64 → y2 = 36 → y = 6 cm
2

RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS EM UM TRIÂNGULO QUALQUER

As relações trigonométricas se restringem somente a situações que envolvem triângulos retângulos.


Na situação abaixo, PÔR é um triângulo obtusângulo, então não podemos utilizar das relações
trigonométricas conhecidas. Para situações como essa, utilizamos a lei dos senos ou a lei dos cossenos,
de acordo com o mais conveniente.
Importante sabermos que:
sen x = sen (180º - x)
cos x = - cos (180º - x)

Lei dos senos:

Resolvendo a situação da figura, temos:


Iremos aplicar a lei dos senos:

100 𝑥 100 𝑥
= ⟶ =
𝑠𝑒𝑛 120° 𝑠𝑒𝑛 45° 𝑠𝑒𝑛 60° 𝑠𝑒𝑛 45°

Pela tabela de razões trigonométricas:


√2 √3
𝑠𝑒𝑛 45° = ∴ 𝑠𝑒𝑛 60° =
2 2
Lei dos cossenos
a² = b² + c² - 2.b.c.cosA
b² = a² + c² - 2.a.c.cosB

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c² = a² + b² - 2.a.b.cosC

Exemplo:
Analise o esquema abaixo:
Se optarmos pelo bombeamento da água direto para a casa, quantos metros de cano seriam gastos?

x² = 50² + 80² - 2*50*80*cos60º


x² = 2500 + 6400 – 8000*0,5
x² = 8900 – 4000
x² = 4900
x = 70 m
Seriam gastos 70 metros de cano.

Referência
brasilescola.com
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto e aplicações. Vol. Único. 4ª edição. Editora Ática, 2011.
DANTE, Luiz Roberto. Projeto VOAZ Matemática.Vol. Único, 1ª, 2ª e 3ª Parte. 4ª edição. São Paulo:
Ática, 2015 (Coleção Projeto VOAZ).

Questões

01. Em um triângulo, os lados de medidas 6√3 cm e 8 cm formam um ângulo de 30º. Qual é a medida
do terceiro lado?
(A) 4√7 cm
(B) √7 cm
(C) 3√7 cm
(D) 5√7 cm
(E) 2√7 cm

02. Qual é o valor do lado oposto ao ângulo de 60º. Observe figura a seguir:

(A) √13
(B) 2√13
(C) 3√13
(D) 4√13
(E) 5√13

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03. No triângulo abaixo, pede-se determinar o valor de x:

(A) √32 𝑐𝑚
(B) √2 𝑐𝑚
(C) 8√2 𝑐𝑚
(D) 8√256 𝑐𝑚
(E) 8√80 𝑐𝑚

04. (Universidade Federal de Viçosa) Dois lados de um terreno de forma triangular medem 15 m e
10 m, formando um ângulo de 60°, conforme a figura abaixo:

O comprimento do muro necessário para cercar o terreno, em metros, é:


(A) 5(5 + √15)
(B) 5(5 + √5)
(C) 5(5 + √13)
(D) 5(5 + √11)
(E) 5(5 + √7)
Respostas

01. Resposta: E.
De acordo com a situação, o lado a ser determinado é oposto ao ângulo de 30º. Dessa forma,
aplicamos a fórmula da lei dos cossenos da seguinte maneira:
x² = (6√3)² + 8² - 2 * 6√3 * 8 * cos 30º
x² = 36 * 3 + 64 – 2 * 6√3 * 8 * √3/2
x² = 108 + 64 – 96 * √3 * √3/2
x² = 172 – 48 * 3
x² = 172 – 144
x² = 28
x = 2√7 cm

02. Resposta: B.
Pela lei dos cossenos
x² = 6² + 8² - 2 * 6 * 8 * cos 60º
x² = 36 + 64 – 96 * 1/2
x² = 100 – 48
x² = 52
√x² = √52
x = 2√13

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03. Resposta: C.
Pela lei dos senos:

𝑥 8
=
𝑠𝑒𝑛45° 𝑠𝑒𝑛30°

𝑥. 𝑠𝑒𝑛30° = 8. 𝑠𝑒𝑛45°

1 √2
𝑥. = 8.
2 2

𝑥 = 8√2 𝑐𝑚

04. Resposta: E.
O comprimento do muro necessário para cercar o terreno é igual ao seu perímetro. Para esse cálculo,
basta somar os comprimentos do lado do triângulo.
10 + 15 + x
O valor de x pode ser encontrado por meio da lei dos cossenos:
x2 = 102 + 152 – 2·10·15·cos 60°
x2 = 100 + 225 – 2·150·cos 60°
x2 = 325 – 300·1/2
x2 = 325 – 150
x2 = 175
x = √175 (Basta decompor o 175 em fatores primos)
x = √52 . 7
x = 5√7
Logo, a soma que representa o perímetro desse triângulo é:
10 + 15 + x
25 + 5√7
5·5 + 5√7
5(5 + √7)

CICLO TRIGONOMÉTRICO

Dada uma circunferência trigonométrica contendo o ponto A=(1,0) e um número real x, existe sempre
um arco orientado AM sobre esta circunferência, cuja medida algébrica corresponde a x radianos.

Seno: No plano cartesiano, consideremos uma circunferência trigonométrica, de centro em (0,0) e raio
unitário. Seja M=(x',y') um ponto desta circunferência, localizado no primeiro quadrante, este ponto
determina um arco AM que corresponde ao ângulo central a. A projeção ortogonal do ponto M sobre o
eixo OX determina um ponto C=(x',0) e a projeção ortogonal do ponto M sobre o eixo OY determina outro
ponto B=(0,y').
A medida do segmento OB coincide com a ordenada y' do ponto M e é definida como o seno do arco
AM que corresponde ao ângulo a, denotado por sen(AM) ou sen(a).

Como temos várias determinações para o mesmo ângulo, escreveremos sen(AM)=sen(a)=sen(a+2k


)=y'

Para simplificar os enunciados e definições seguintes, escreveremos sen(x) para denotar o seno do
arco de medida x radianos.

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Cosseno: O cosseno do arco AM correspondente ao ângulo a, denotado por cos(AM) ou cos(a), é a
medida do segmento 0C, que coincide com a abscissa x' do ponto M.

Como antes, existem várias determinações para este ângulo, razão pela qual, escrevemos cos(AM) =
cos(a) = cos(a+2k ) = x'

Tangente: Seja a reta t tangente à circunferência trigonométrica no ponto A=(1,0). Tal reta é
perpendicular ao eixo OX. A reta que passa pelo ponto M e pelo centro da circunferência intersecta a reta
tangente t no ponto T=(1,t'). A ordenada deste ponto T, é definida como a tangente do arco AM
correspondente ao ângulo a.

Assim a tangente do ângulo a é dada pelas suas várias determinações: tan(AM) = tan(a) = tan(a+k ) =
µ(AT) = t'
Podemos escrever M=(cos(a),sen(a)) e T=(1,tan(a)), para cada ângulo a do primeiro quadrante. O
seno, o cosseno e a tangente de ângulos do primeiro quadrante são todos positivos.
Um caso particular importante é quando o ponto M está sobre o eixo horizontal OX. Neste caso:
cos(0)=1, sen(0)=0 e tan(0)=0
Ampliaremos estas noções para ângulos nos outros quadrantes

Ângulos no segundo quadrante


Se na circunferência trigonométrica, tomamos o ponto M no segundo quadrante, então o ângulo a entre
o eixo OX e o segmento OM pertence ao intervalo /2<a< . Do mesmo modo que no primeiro
quadrante, o cosseno está relacionado com a abscissa do ponto M e o seno com a ordenada deste ponto.
Como o ponto M=(x,y) possui abscissa negativa e ordenada positiva, o sinal do seno do ângulo a no
segundo quadrante é positivo, o cosseno do ângulo a é negativo e a tangente do ângulo a é negativa.

Outro caso particular importante é quando o ponto M está sobre o eixo vertical OY e neste caso: cos(
/2)=0 e sen( /2)=1
A tangente não está definida, pois a reta OM não intercepta a reta t, pois elas são paralelas.

Ângulos no terceiro quadrante


O ponto M=(x,y) está localizado no terceiro quadrante, o que significa que o ângulo pertence ao intervalo:
<a<3 /2. Este ponto M=(x,y) é simétrico ao ponto M'=(-x,-y) do primeiro quadrante, em relação à
origem do sistema, indicando que tanto a sua abscissa como a sua ordenada são negativos. O seno e o
cosseno de um ângulo no terceiro quadrante são negativos e a tangente é positiva.

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Em particular, se a= radianos, temos que cos( )= - 1, sen( )=0 e tg( )=0

Ângulos no quarto quadrante


O ponto M está no quarto quadrante, 3 /2<a< 2 . O seno de ângulos no quarto quadrante é negativo,
o cosseno é positivo e a tangente é negativa.

Quando o ângulo mede 3 /2, a tangente não está definida pois a reta OP não intercepta a reta t, estas
são paralelas. Quando a=3 /2, temos: cos(3 /2)=0, sen(3 /2)=-1

Simetria em relação ao eixo OX


Em uma circunferência trigonométrica, se M é um ponto no primeiro quadrante e M' o simétrico de M
em relação ao eixo OX, estes pontos M e M' possuem a mesma abscissa e as ordenadas possuem sinais
opostos.

Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo correspondente ao arco AM e b o ângulo


correspondente ao arco AM', obtemos:
sen(a) = - sen(b)
cos(a) = cos(b)
tg(a) = - tg(b)

Simetria em relação ao eixo OY


Seja M um ponto da circunferência trigonométrica localizado no primeiro quadrante, e seja M' simétrico
a M em relação ao eixo OY, estes pontos M e M' possuem a mesma ordenada e as abscissa são
simétricas.

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo correspondente ao arco AM e b o ângulo
correspondente ao arco AM'. Desse modo:
sen(a) = sen(b)
cos(a) = - cos(b)
tg(a) = - tg(b)

Simetria em relação à origem


Seja M um ponto da circunferência trigonométrica localizado no primeiro quadrante, e seja M' simétrico
de M em relação a origem, estes pontos M e M' possuem ordenadas e abscissas simétricas.

Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo correspondente ao arco AM e b o ângulo


correspondente ao arco AM'. Desse modo:
sen(a) = -sen(b)
cos(a) = - cos(b)
tg(a) = tg(b)

Senos e cossenos de alguns ângulos notáveis


Uma maneira de obter o valor do seno e cosseno de alguns ângulos que aparecem com muita
frequência em exercícios e aplicações, sem necessidade de memorização, é através de simples
observação no círculo trigonométrico.

Primeira relação fundamental


Uma identidade fundamental na trigonometria, que realiza um papel muito importante em todas as
áreas da Matemática e também das aplicações é: sin²(a) + cos²(a) = 1 que é verdadeira para todo ângulo
a.
Necessitaremos do conceito de distância entre dois pontos no plano cartesiano, que nada mais é do
que a relação de Pitágoras. Sejam dois pontos, A=(x',y') e B=(x",y").

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Definimos a distância entre A e B, denotando-a por d(A,B), como:

Se M é um ponto da circunferência trigonométrica, cujas coordenadas são indicadas por


(cos(a),sen(a)) e a distância deste ponto até a origem (0,0) é igual a 1. Utilizando a fórmula da distância,
aplicada a estes pontos, d(M,0)=[(cos(a)-0)²+(sen(a)-0)²]1/2, de onde segue que 1=cos²(a)+sin²(a).

Segunda relação fundamental


Outra relação fundamental na trigonometria, muitas vezes tomada como a definição da função
tangente, é dada por:
sen(a)
tg(a) =
cos(a)
Deve ficar claro, que este quociente somente fará sentido quando o denominador não se anular.
Se a=0, a= ou a=2 , temos que sen(a)=0, implicando que tg(a)=0, mas se a= /2 ou a=3 /2, segue
que cos(a)=0 e a divisão acima não tem sentido, assim a relação tg(a)=sen(a)/cos(a) não é verdadeira
para estes últimos valores de a.
Para a 0, a , a 2 , a /2 e a 3 /2, considere novamente a circunferência
trigonométrica na figura seguinte.

Os triângulos OMN e OTA são semelhantes, logo:


AT OA
=
MN ON
Como AT=|tg(a)|, MN=|sen(a)|, AO = 1 e ON = |cos(a)|, para todo ângulo a, 0 < a < 2 com a /2 e
a 3 /2 temos
sen(a)
tg(a) =
cos(a)

Seno, cosseno e tangente da soma e da diferença


Na circunferência trigonométrica, sejam os ângulos a e b com 0<a<2 e 0<b<2 , a>b, então;
sen(a+b) = sen(a)cos(b) + cos(a)sen(b)
cos(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)

Dividindo a expressão de cima pela de baixo, obtemos:


sen(a)cos(b)+cos(a)sen(b)
tg(a+b)=
cos(a)cos(b)-sen(a)sen(b)

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Dividindo todos os quatro termos da fração por cos(a).cos(b), segue a fórmula:
tg(a) + tg(b)
tg(a+b)=
1 - tg(a)tg(b)
Como
sen(a-b) = sen(a).cos(b) - cos(a).sen(b)
cos(a-b) = cos(a).cos(b) + sen(a).sen(b)
podemos dividir a expressão de cima pela de baixo, para obter:

tg(a) - tg(b)
tg(a-b)=
1 + tg(a)tg(b)

Arcos côngruos (ou congruentes)


Os arcos no círculo trigonométrico possuem origem e extremidade. Uma volta completa no círculo
trigonométrico corresponde a 360º ou 2π rad. mas nem todos os arcos possuem o mesmo comprimento,
pois eles podem ter número de voltas completas diferentes. Com isso podemos definir que:

1º quadrante: abscissa positiva e ordenada positiva → 0º < α < 90º.


2º quadrante: abscissa negativa e ordenada positiva → 90º < α < 180º.
3º quadrante: abscissa negativa e ordenada negativa → 180º < α < 270º.
4º quadrante: abscissa positiva e ordenada negativa → 270º < α < 360º.

Dois arcos são côngruos (ou congruentes) quando têm a mesma extremidade e diferem
entre si apenas pelo número de voltas inteiras.

Uma regra prática e eficiente para determinar se dois arcos são côngruos consiste em verificar se a
diferença entre eles é um número divisível ou múltiplo de 360º, isto é, a diferença entre as medidas dos
arcos dividida por 360º precisa ter resto igual a zero.
Exemplo:
Verificar se os arcos de medidas 6230º e 8390º são côngruos.
8390º – 6230º = 2160
2160º / 360º = 6 e resto igual a zero. Portanto, os arcos medindo 6230º e 8390º são côngruos.

De maneira geral:

a) Se um arco mede α graus, a expressão geral dos arcos côngruos a ele é


dada por αº + k.360º, com k ϵ Z.

b) Se um arco mede α radianos, a expressão geral dos arcos côngruos a ele é


dada por α + 2kπ, com k ϵ Z.

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Exemplos:
1) Um móvel partindo do ponto A, origem dos arcos, percorreu um arco de 1690°. Quantas voltas
completas deu e qual quadrante parou?

Logo, o móvel deu 4 voltas completas no sentido anti-horário. Como 180º < 250º < 270º, o móvel parou
no 3º quadrante.

2) Verifique se são côngruos os seguintes arcos: 22π/5 rad e 52π/5 rad.

22𝜋
5 = 22 = 20 + 2 = 2 + 1
2𝜋 10 10 10 5
22𝜋 1 2𝜋 2𝜋
= (2 + ) . 2𝜋 = 4𝜋 + = 2.2𝜋 +
5 5 5 5

52𝜋
5 = 52 = 50 + 2 = 5 + 1
2𝜋 10 10 10 5
52𝜋 1 2𝜋 2𝜋
= (5 + ) . 2𝜋 = 10𝜋 + = 5.2𝜋 +
5 5 5 5
2𝜋
Os arcos são côngruos, pois ambos são expressos pela forma 5
+ 2𝑘𝜋.

Referência
GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto; GIOVANNI JR, José Ruy – Matemática Fundamental – 2º grau Volume Único – FTD - São Paulo: 1994

Questões

01. ( MF – Analista de Finanças e Controle – ESAEF) Se um arco mede α graus, a expressão geral
dos arcos côngruos a ele é dada por α + k 360° , onde k é um número inteiro. Por outro lado, se um arco
mede α radianos, a expressão geral dos arcos côngruos a ele é dada por α + 2 kπ, onde k é um número
inteiro. Um móvel A, partindo do ponto de origem dos arcos de uma circunferência trigonométrica,
percorreu um arco de 1690 graus. O móvel B, partindo deste mesmo ponto de origem, percorreu um arco
de 35π⁄8 radianos. Desse modo, pode-se afirmar que o móvel:
(A) A deu 4 voltas no sentido anti-horário e parou no I quadrante.
(B) A deu 4 voltas no sentido horário e parou no III quadrante.
(C) B deu 2 voltas completas no sentido anti-horário e parou no I quadrante.
(D) B deu 2 voltas completas no sentido horário e parou no I quadrante.
(E) independente do número de voltas, os móveis A e B pararam no primeiro quadrante.

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02. (PETROBRAS – Técnico de Estabilidade Junior – CESGRANRIO) No ciclo trigonométrico de
centro O, representado na figura, os ângulos PÔB e QÔS são congruentes, e o arco AP, tomado no
sentido anti-horário, mede 164°. Reduzindo-se o arco AQ ao primeiro quadrante, o valor encontrado será
igual a

(A) 16°
(B) 24°
(C) 64°
(D) 74°
(E) 86°

03. (Marinha – Fuzileiro Naval – Marinha) Qual é o menor ângulo formado entre os ponteiros de um
relógios quando são exatamente 7 horas?
(A) 210°
(B) 180°
(C) 165°
(D) 150°
(E) 120°

04. (PETROBRAS – Técnico de Estabilidade Junior – CESGRANRIO)

Se o arco AQ mede 294°, o arco PS mede:


(A) 114°
(B) 156°
(C) 164°
(D) 204°
(E) 246°

Respostas

01. Resposta: C.
Basta reduzirmos a primeira volta ambos os ângulos.
1690° = 250° + 4.360, ou seja deu quatro voltas no sentido anti-horário e parou no 3° quadrante.
35π
⁄8 = 32π⁄8 + 3π⁄8 . Ou seja, ele deu 2 voltas completas no sentido anti-horário e parou no 1°
quadrante.

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02. Resposta: D.
Observe que o arco AB possui 180°, Como o arco AP = 164°, nos resta que PB = 180° – 164° = 16°,
portanto QS = 16°, temos que AQ = 270° - 16° = 254°, como a questão pede para encontrar no primeiro
quadrante devemos fazer 254° – 180° = 74°

03. Resposta: D.

Observe que no relógio temos 12 horas, como uma volta completa é de 360°, ao dividirmos por 12
obtemos 30° então para cada hora possuímos 30 graus.
No exercício, o menor ângulo formado pelos ponteiros do relógio de 7 para 12 temos 5 horas, logo 5 .
30 = 150°.

04. Resposta: B.
Como AQ = 294°, QA (no sentido anti-horário) = 360° – 294° = 66°, mas de P até o ponto onde temos
no ciclo 180° possui o mesmo valor (66°) Então o arco PS = 66° + 90° = 156°

FUNÇÃO TRIGONOMÉTRICA

No círculo trigonométrico temos arcos que realizam mais de uma volta, considerando que o intervalo
do círculo é [0, 2π], por exemplo, o arco dado pelo número real x = 5π/2, quando desmembrado temos:
x = 5π/2 = 4π/2 + π/2 = 2π + π/2. Note que o arco dá uma volta completa (2π = 2*180º = 360º), mais
um percurso de 1/4 de volta (π/2 = 180º/2 = 90º). Podemos associar o número x = 5π/2 ao ponto P da
figura, o qual é imagem também do número π/2. Existem outros infinitos números reais maiores que 2π
e que possuem a mesma imagem. Observe:

9π/2 = 2 voltas e 1/4 de volta


13π/2 = 3 voltas e 1/4 de volta
17π/2 = 4 voltas e 1/4 de volta

Podemos generalizar e escrever todos os arcos com essa característica na seguinte forma: π/2 + 2kπ,
onde k Є Z. E de uma forma geral abrangendo todos os arcos com mais de uma volta, x + 2kπ.
Estes arcos são representados no plano cartesiano através de funções circulares como: função seno,
função cosseno e função tangente.

Características da função seno


É uma função f : R → R que associa a cada número real x o seu seno, então f(x) = senx. O sinal da
função f(x) = senx é positivo no 1º e 2º quadrantes, e é negativo quando x pertence ao 3º e 4º quadrantes.
Observe:

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Gráfico da função f(x) = senx

Características da função cosseno


É uma função f : R → R que associa a cada número real x o seu cosseno, então f(x) = cosx. O sinal
da função f(x) = cosx é positivo no 1º e 4º quadrantes, e é negativo quando x pertence ao 2º e 3º
quadrantes. Observe:

Gráfico da função f(x) = cosx

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Características da função tangente
É uma função f : R → R que associa a cada número real x a sua tangente, então f(x) = tgx.
Para os ângulos de 90º, 270º e depois correspondentes a estes fora da primeira volta, a tangente deles
não existe!!!
Sinais da função tangente:
- Valores positivos nos quadrantes ímpares.
- Valores negativos nos quadrantes pares.
- Crescente em cada valor.

Gráfico da função tangente

Função trigonométrica inversa


As funções trigonométricas não são invertíveis em todo o seu domínio. Mas, para cada uma delas,
podemos restringir o domínio de forma conveniente e definir uma função inversa.

- A função inversa do seno, denotada por arcsen, é definida como:

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- Gráfico do Domínio e Imagem do Arsec

- A função inversa do cosseno, denotada por arccos, é definida como:

- Gráfico do Domínio e Imagem do Arccos

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- A função inversa da tangente, denotada por arctan, é definida como:

- Gráfico do Domínio e Imagem do Arctan

Referências
brasilescola.com
uff.br/webmat

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Questões

01. (IFB – Professor de Matemática – IFB/2017) As funções senoides por serem periódicas são muito
utilizadas nos cálculos de movimentos de marés, movimentos de pêndulos, sinais de ondas sonoras e

luminosas, etc. A função representa o movimento de maré de uma localidade


na região norte do Brasil. Em relação à função dada, assinale as afirmações dadas a seguir
como VERDADEIRAS com (V) ou FALSAS com (F).
( ) É uma função periódica e seu período é 2π.
( ) Sua imagem é o intervalo [−1,1].
( ) O domínio é o conjunto dos números reais.
( ) É uma função periódica e seu período é π.
( ) Se anula em infinitos valores para x.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA de cima para baixo.
(A) F, V, V, V, F
(B) F, F, V, V, V
(C) V, F, F, V, V
(D) F, V, F, V, V
(E) V, F, V, F, V

02. (IF/SC – Professor de Matemática – IF/SC) Dada a função f (x) = sen x - cos x, quantos zeros tem a

função no intervalo
(A) nenhum
(B) um
(C) dois
(D) três
(E) quatro

03. Qual o domínio e o conjunto imagem da função y = arcsen 4x?


(A) D = [-1/4, 1/4] e Im = [-pi /2, pi /2].
(B) D = [-1/2, 1/2] e Im = [-pi /4, pi /4].
(C) D = [-1/4, 1/4] e Im = [-pi /4, pi /4].
(D) D = [-1/2, 1/2] e Im = [-pi /6, pi /6].

04. Qual é o valor de y = tg(arcsen 2/3)?


3

5
(A) ( 3 )
(B) (1/2)
1

2
(C) ( 5 )
5

3
(D) ( 5 )

05. Qual é o valor da equação 2*sen(3x) + 1 = 0?


(A) S = {x E R/x = π/3 + kπ/3 ou x = - π/3 + kπ/3, k E Z}
(B) S = {x E R/x = 7π/18 + 2kπ/3 ou x = - π/18 + 2kπ/3, k E Z}
(C) S = {x E R/x = 7π/8 + kπ/3 ou x = - π/8 + kπ/3, k E Z}
(D) S = {x E R/x = 7π/18 + 2kπ/6 ou x = - π/18 + 2kπ/6, k E Z}

06. Qual é o conjunto solução da equação sen (5x) + sen (2x) = 0?


(A) x = π/ 6 + 2kπ/ 3, k E Z.
(B) x = π/ 6 + kπ/ 3, k E Z.
(C) x = π/ 3 + kπ/ 3, k E Z.
(D) x = π/ 3 + 2kπ/ 3, k E Z.

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Respostas

01. Resposta: B.
O período de uma função y = a+b*sen(cx+d) é simplesmente 2pi/c, assim o período da função em
específico é pi. Logo a primeira afirmativa é FALSA.
A imagem da função pode ser encontrada considerando que toda função seno está entre -1 e 1. Veja:
-1 ≤ sen(2x+pi/2) ≤ 1

-3 ≤ 3sen(2x+pi/2) ≤ 3

-2 ≤ 1+3sen(2x+pi/2) ≤ 4

Assim, Im(f(x)) = [-2, 4]. Ou seja, a segunda afirmação também é FALSA. Analisando as afirmações
só nos resta a alternativa B como resposta.

02. Resposta: D.

Observe que para a função dar zero, temos que ter senx = cosx, assim temos o ângulo de 45° e seus
correspondentes no 2°, 3° e 4° quadrantes, mas precisamos ficar atentos a alguns fatos:
- A função é no intervalo de 0 à 3pi, ou seja, uma volta e meia no círculo;
- os sinais de seno e cosseno variam de acordo com o quadrante:
1ºQ: senx = + e cosx = +
2°Q: senx = + e cosx = - (não serve pois o seno e cosseno devem ser iguais)
3ºQ: senx = - e cosx = -
4°Q: senx = - e cosx = + (não serve, pois o seno e cosseno devem ser iguais)

Então as soluções estão no 1° e 3° quadrantes, mas o intervalo é de uma volta e meia, assim passa
pelo primeiro quadrante 2 vezes e 1 vez pelo terceiro quadrante, portanto possui 3 soluções.

03. Resposta: A.

Podemos escrever: 4x = seny. Daí, vem:


Para x: -1 < 4x < 1, ou seja, -1/4 < x < 1/4. Portanto, Domínio = D = [-1/4, 1/4].Para y: Da definição
vista acima, deveremos ter -pi /2 < y < pi /2.
Resposta: D = [-1/4, 1/4] e Im = [-pi /2, pi /2].

04. Resposta: D.
Seja w = arcsen 2/3.
Podemos escrever senw = 2/3. Precisamos calcular o cosw. Vem: sen2w + cos2w = 1 (Relação
Fundamental da Trigonometria). Substituindo o valor de senw vem:
(2/3)2 + cos2w = 1 de onde conclui-se: cos2w = 1 – 4/9 = 5/9.
Logo:
cosw = ± √5 / 3. Mas como w = arcsen 2/3, sabemos que o arco w pode variar de –90º a +90º, intervalo
no qual o coseno é positivo. Logo: cosw = +√5 / 3.
Temos então: y = tg(arcsen 2/3) = tgw = senw / cosw = [(2/3) / (√5 / 3)] = 2/√5 / 3
Racionalizando o denominador, vem finalmente y = (√5 / 3)/ 5 que é o valor de y procurado.

05. Resposta: B.
Seja 2*sen(3x) + 1 = 0
A solução é 3x = 7π/6 rad, pois sen 7π/6 = - 1/2. Assim, temos: sen 3x = sen 7π/6
Então: 3x = 7π/6 + 2kπ ou 3x = - π/6 + 2kπ , k E R.
x = 7π/18 + 2kπ/3 ou x = - π/18 + 2kπ/3
Concluímos que o conjunto solução é:
S = {x E R/x = 7π/18 + 2kπ/3 ou x = - π/18 + 2kπ/3, k E Z}

06. Resposta: D.
Observe que é possível transformar o 1º membro em um produto; além disso, o 2º membro é zero.
Assim sendo, lembrando que sen p + sen q = 2*sen p + q / 2* cos p - q / 2, temos:

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2*sen 5x + 2x /2*cos 5x - 2x /2 = 0  sen 7x / 2*cos3x /2 = 0  sen 7x/ 2 = 0 ou cos 3x /2 = 0
Para sen 7x/ 2 = sen 0, temos: 7x/ 2 = kπ, k E Z. Portanto: 7x = 2kπ  x = 2kπ / 7, k E Z
Para cos 3x/ 2 = cos π/2, temos: 3x / 2 = π/ 2 + kπ, k E Z.
Então: 3x = π + 2kπ  x = π/ 3 + 2kπ/ 3, k E Z.
O conjunto solução é: S = {x E R/ x = π/3 + 2kπ/ 3 ou x = 2kπ/ 7, k E Z}
Obs.: esse mesmo problema poderia ser resolvido assim:
sen (5x) + sen (2x) = 0  sen (5x) = - sen (2x)
como: - sen (2x) = sen (- 2x) desse modo temos:
5x = - 2x + 2kπ ou 5x = π - (-2x) + 2kπ, k E Z, daí obtemos:
x = 2kπ/ 7 ou x = π/ 3 + 2kπ/ 3, k E Z

EQUAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

Para que exista uma equação qualquer é preciso que tenha pelo menos uma incógnita e uma
igualdade.
Agora, para ser uma equação trigonométrica é preciso que, além de ter essas características gerais,
é preciso que a função trigonométrica seja a função de uma incógnita.
sen x = cos 2x
sen 2x – cos 4x = 0
4 . sen3 x – 3 . sen x = 0

São exemplos de equações trigonométricas, pois a incógnita pertence à função trigonométrica.


x2 + sen 30° . (x + 1) = 15
Esse é um exemplo de equação do segundo grau e não de uma equação trigonométrica, pois a
incógnita não pertence à função trigonométrica.

Grande parte das equações trigonométricas é escrita na forma de equações trigonométricas


elementares ou equações trigonométricas fundamentais, representadas da seguinte forma:
sen x = sen α
cos x = cos α
tg x = tg α

Cada uma dessas equações acima possui um tipo de solução, ou seja, de um conjunto de valores que
a incógnita deverá assumir em cada equação.

Resolução da 1ª equação fundamental


- sen x = sen α
Para que dois arcos x e α da primeira volta possuam o mesmo seno, é necessário que suas
extremidades estejam sobre uma única horizontal. Podemos dizer também que basta que suas
extremidades coincidam ou sejam simétricas em relação ao eixo dos senos.
Assim, os valores de x que resolvem a equação sen x = sen α (com α conhecido) são x = α ou x = π-
α. Veja a figura:

- cos x = cos α
Para que x e α possuam o mesmo cosseno, é necessário que suas extremidades coincidam ou sejam
simétricas em relação ao eixo dos cossenos, ou, em outras palavras, que ocupem no ciclo a mesma
vertical.

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Nessas condições, com α dado, os valores de x que resolvem a equação cos x = cos α são: x = a ou
x = 2π- α.

- tg x = tg α
Dois arcos possuem a mesma tangente quando são iguais ou diferem π radianos, ou seja, têm as
extremidades coincidentes ou simétricas em relação ao centro do ciclo.

Assim temos x = α ou x = α ±π como raízes da equação tg x = tg α

Solução geral de uma equação


Quando resolvemos uma equação considerando o conjunto universo mais amplo possível,
encontramos a sua solução geral. Essa solução é composta de todos os valores que podem ser atribuído
à incógnita de modo que a sentença se torne verdadeira.
Exemplo:
Ao resolver a equação sen x = ½ no conjunto dos reais ( U=R), fazemos:
𝜋 5𝜋
sen x = ½  sen x = sen π/6  ⌊𝑥 = + 2𝑘𝜋 𝑜𝑢 𝑥 = + 2𝑘𝜋, 𝑘 ∈ 𝑍
6 6
Obtendo todos os arcos x (por meio da expressão geral dos arcos x) que tornam verdadeira a sentença
sen x = ½

Portanto: S = { x ϵ R | x = π/6 + 2kπ ou x = 5π/6 + 2kπ, k ϵ Z)

Referências
IEZZI, Gelson - Matemática- Volume Único
http://www.mundoeducacao.com
www.brasilescola.com.br

Questões

01. (Bombeiros MG) As soluções da equação trigonométrica sem(2x) – 1/2 = 0, que estão na primeira
determinação são:
(A) x = π/12 ou x = 3π/24
(B) x = π/12 ou x = 5π/12
(C) x = π/6 ou x = 3π/12
(D) x = π/6 ou x = 5π/24

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02. (PC/ES - Perito Criminal Especial – CESPEUnB) Considerando a função f(x) = senx - √3 cosx,
em que o ângulo x é medido em graus, julgue o item seguinte:
f(x) = 0 para algum valor de x tal que 230º < x < 250º.
( ) Certo ( )Errado

03. (PREVIC - Técnico Administrativo – Básicos – CESPEUnB) Em um estudo da interação entre


caça e predador, tanto a quantidade de predador quanto a quantidade de caça foram modeladas por
funções periódicas do tempo. No início dos anos 2000, a quantidade de predadores em certa região, em
𝜋𝑡
milhares, era dada pela função P(t) = 5 + 2cos( )em que o tempo t é considerado em meses. A partir
12
dessa situação, julgue o item seguinte.
O gráfico abaixo corresponde à função: P (t), 0 ≤ t ≤ 35.

( )Certo ( )Errado
3
04. (UNIPAR) A soma de todas as raízes da equação 1−𝑐𝑜𝑠2 𝑥 = 4, no intervalo 0 ≤ x ≤ 2π, é igual a:
(A) 5π
(B) 4π
(C) 3π
(D) 2π
(E) π

05. (FGV) Estima-se que, em 2009, a receita mensal de um hotel tenha sido dada (em milhares de
𝜋𝑡
reais) por 𝑅(𝑡) = 3000 + 1500. 𝑐𝑜𝑠 ( 6 ), em que t = 1 representa o mês de janeiro, t = 2 o mês de fevereiro
e assim por diante. A receita de março foi inferior à de fevereiro em:
(A) R$ 850.000,00
(B) R$ 800.000,00
(C) R$ 700.000,00
(D) R$ 750.000,00
(E) R$ 650.000,00
Resposta

01. Resposta: B
Temos então: sem(2x) = 1/2
Os arcos cujo seno é 1/2 são π/6 e 5π/6.
Resolvendo:
2x = π/6
x = π/12
ou
2x = 5π/6
x = 5π/12

02. Resposta: Certo


Sendo 𝑓(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛𝑥 − √3. 𝑐𝑜𝑠𝑥, então para f(x) = 0, temos:
𝑠𝑒𝑛𝑥 − √3. 𝑐𝑜𝑠𝑥 = 0

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𝑠𝑒𝑛𝑥 = √3. 𝑐𝑜𝑠𝑥  (passar o 𝑐𝑜𝑠𝑥 dividindo para o 1° membro)
𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑥
𝑐𝑜𝑥
= √3  (das relações fundamentais temos que 𝑡𝑔𝑥 = 𝑐𝑜𝑠𝑥 )
𝑡𝑔𝑥 = √3
Verificando no ciclo quais ângulos tem este valor de tangente:

x = 60° ou x = 240°

03. Resposta: Errado


πt
P(t) = 5 + 2. cos (12)
Se t = 0:
π.0
P(0) = 5 + 2. cos ( 12 )
P(0) = 5 + 2. cos0 , sabendo que cos0 = 1:
P(0) = 5 + 2.1
P(0) = 5 + 2 = 7

se t = 0  P = 7, temos o ponto de início do gráfico sendo (0, 7) e não (0, 5) como está no gráfico.

04. Resposta: B
3
=4
1−𝑐𝑜𝑠2 𝑥
3 = 4. (1 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥)
3 = 4 − 4𝑐𝑜𝑠 2 𝑥
4𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 4 − 3
4𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1
1
𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 4
1
𝑐𝑜𝑠𝑥 = ±√4
1
𝑐𝑜𝑠𝑥 = ± 2

Os ângulos que tem cosseno igual a mais ou menos ½ são: π/3, 2π/3, 4π/3 e 5π/3.
𝜋 2𝜋 4𝜋 5𝜋
+ + + =
3 3 3 3
𝜋+2𝜋+4𝜋+5𝜋 12π
= 3
= 3
= 4𝜋

05. Resposta: D
𝜋 180°
Lembrando que 6 = 6 = 30°  R(t) = 3000 + 1500.cos(30°.t)
No mês de fevereiro: t = 2
R(2) = 3000 + 1500.cos(30°.2)
R(2) = 3000 + 1500. cos60°
R(2) = 3000 + 1500.1/2
R(2) = 3000 + 750 = 3.750

. 300
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No mês de março: t = 3
R(3) = 3000 + 1500.cos(30°.3)
R(3) = 3000 + 1500.cos90°
R(3) = 3000 + 1500.0
R(3) = 3.000

Logo, a receita em março foi menor em: 3.750 – 3.000 = 750.


No enunciado foi dito que a fórmulas está em milhares de reais, portanto, R$ 750.000,0

INEQUAÇÃO TRIGONOMÉTRICA

Inequação trigonométrica será onde teremos os sinais da desigualdades, e algum valor trigonométrico,
por exemplo:
Senx> -1
Cosx≤ 1
tgx≥-2

Vejamos os seis tipos de inequações trigonométricas fundamentais:

1° tipo) sen x > n (sen x ≥ n)


Seja n o seno de um arco y qualquer, tal que 0 ≤ n < 1. Se sen x > n, então todo x entre y e π – y é
solução da inequação, assim como podemos ver na parte destacada de azul na figura a seguir:

Representação da solução da inequação trigonométrica do tipo sen x > n

A solução dessa inequação pode ser dada na primeira volta do ciclo trigonométrico como S = { x |
y < x < π – y}. Para estender essa solução para o conjunto dos reais, podemos afirmar que S = { x |
y + 2kπ < x < π – y + 2kπ, k } ou S = { x | y + 2kπ < x < (2k + 1)π – y, k }

2° tipo) sen x < n (sen x ≤ n)


Se sen x < n, então a solução é dada por dois intervalos. A figura a seguir representa essa situação:

Representação da solução da inequação trigonométrica do tipo sen x < n

Na primeira volta do ciclo, a solução pode ser dada como S = { x | 0 ≤ x ≤ y ou π – y ≤ x ≤ 2π} .


No conjunto dos reais, podemos afirmar que S = { x | 2kπ ≤ x < y + 2kπ ou π – y + 2kπ ≤ x ≤ (k +
1).2π, k }.

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3° tipo) cos x > n (cos x ≥ n)
Seja n o cosseno de um arco y, tal que – 1 < n < 1. A solução deve ser dada a partir de dois intervalos: 0
≤ n < 1 ou – 1 < n ≤ 0. Veja a figura a seguir:

Representação da solução da inequação trigonométrica do tipo cos x > n

Para que a solução dessa inequação esteja na primeira volta do ciclo trigonométrico, devemos
apresentar S = { x | 0 ≤ x < y ou 2π – y ≤ x < 2π }. Para estender essa solução para o conjunto
dos reais, podemos dizer que S = { x | 2kπ ≤ x < π + 2kπ ou 2π – y + 2kπ < x < (k + 1).2π,
k }.

4° tipo) cos x < n (cos x ≤ n)


Nesses casos, há apenas um intervalo e uma única solução. Observe a figura a seguir:

Representação da solução da inequação trigonométrica do tipo cos x < n

Na primeira volta do ciclo, a solução é S = { x | y < x < 2π – y}. No conjunto dos reais, a solução
éS={x | y + 2kπ < x < 2π – y + 2kπ, k }.

5° tipo) tg x > n (tg x ≥ n)


Seja n a tangente de um arco y qualquer, tal que n > 0. Se tg x > n, há duas soluções como podemos
ver na figura:

Representação da solução da inequação trigonométrica do tipo tg x > n

. 302
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A solução dessa inequação pode ser dada no conjunto dos reais como S = { x | y + 2kπ < x < π/2 +
2kπ ou y + π + 2kπ < x < 3π/2 + 2kπ}. Na primeira volta do ciclo, temos: S = { x | y < x < π/2 ou y +
π < x < 3π/2, k }.

6° tipo) tg x < n (tg x ≤ n)


Esse caso é semelhante ao anterior. Se n > 0, temos:

Representação da solução da inequação trigonométrica do tipo tg x < n

Na primeira volta do ciclo, temos como solução: S = { x | 0 ≤ x < y ou π/2 < x < y + π ou 3π/2 < x <
2π}. No conjunto dos reais a solução é S = { x | kπ ≤ x < y + kπou π/2 + kπ < x < (k + 1).π, k }.

Questões

Considere o intervalo [0;2π], para resolver as inequações em “x” nos exercícios 01 e 02

01. O conjunto solução da inequação 2cosx ≤ 1 é?


π 5π
(A) S = {x IR/ 3 ≥ x ≥ 3 }
π 5π
(B) S = {x IR/ ≤ x ≤ }
3 3
π 5π
(C) S = {x IR/ ≤ x ≤ }
6 6
π 5π
(D) S = {x IR/ 4 ≤ x ≤ 4 }
2π π
(E) S = {x IR/ ≤ x ≤ }
3 3

1
02. O conjunto solução da inequação senx ≥ é?
2
π 5π
(A) S = {x IR/ ≤ x ≤ }
3 3
5π π
(B) S = {x IR/ 4 ≤ x ≤ 4 }
π 5π
(C) S = {x IR/ 4 ≤ x ≤ 4 }
5π π
(D) S = {x IR/ ≤ x ≤ }
6 6
π 5π
(E) S = {x IR/ 6 ≤ x ≤ 6 }

Respostas

01. Resposta: B.
2cosx ≤ 1, então
1 1
cosx ≤ 2, se observarmos no círculo trigonométrico, nos ângulos notáveis, no 1 quadrante, cos60° = 2,
π 1 π 5π
portanto em radianos teremos cos = , e no 4º quadrante será 2π - = , então a solução dessa
3 2 3 3
inequação será:

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π 5π
S = {x IR/ 3 ≤ x ≤ 3
}

02. Resposta: E.
1
senx ≥2
Observe que se imaginarmos o círculo trigonométrico, nos ângulos notáveis, no 1° quadrante,
1 π 1 π 5π
sen30°= 2, portanto em radianos teremos sen 6 = 2, e no 2° quadrante o correspondente de 6 será 6 ,
assim a inequação será da seguinte forma: para valores maiores que ½ no seno.

Assim a solução será:


π 5π
S = {x IR/ 6 ≤ x ≤ 6 }

6 Sequências. 6.1 Sequências de Fibonacci, sequências numéricas. 6.2


Progressão aritmética e geométrica.

SEQUÊNCIAS

Podemos, no nosso dia-a-dia, estabelecer diversas sequências como, por exemplo, a sucessão de
cidades que temos numa viagem de automóvel entre Brasília e São Paulo ou a sucessão das datas de
aniversário dos alunos de uma determinada escola.
Podemos, também, adotar para essas sequências uma ordem numérica, ou seja, adotando a 1 para o
1º termo, a2 para o 2º termo até an para o n-ésimo termo. Dizemos que o termo an é também chamado
termo geral das sequências, em que n é um número natural diferente de zero. Evidentemente, daremos
atenção ao estudo das sequências numéricas.
As sequências podem ser finitas, quando apresentam um último termo, ou, infinitas, quando não
apresentam um último termo. As sequências infinitas são indicadas por reticências no final.

Exemplos:
- Sequência dos números primos positivos: (2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, ...). Notemos que esta é uma
sequência infinita com a1 = 2; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 11; a6 = 13 etc.
- Sequência dos números ímpares positivos: (1, 3, 5, 7, 9, 11, ...). Notemos que esta é uma sequência
infinita com a1 = 1; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 9; a6 = 11 etc.
- Sequência dos algarismos do sistema decimal de numeração: (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Notemos
que esta é uma sequência finita com a1 = 0; a2 = 1; a3 = 2; a4 = 3; a5 = 4; a6 = 5; a7 = 6; a8 = 7; a9 = 8; a10
= 9.

1. Igualdade
As sequências são apresentadas com os seus termos entre parênteses colocados de forma ordenada.
Sucessões que apresentarem os mesmos termos em ordem diferente serão consideradas sucessões
diferentes.

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Duas sequências só poderão ser consideradas iguais se, e somente se, apresentarem os mesmos
termos, na mesma ordem.

Exemplo
A sequência (x, y, z, t) poderá ser considerada igual à sequência (5, 8, 15, 17) se, e somente se, x =
5; y = 8; z = 15; e t = 17.

Notemos que as sequências (0, 1, 2, 3, 4, 5) e (5, 4, 3, 2, 1, 0) são diferentes, pois, embora apresentem
os mesmos elementos, eles estão em ordem diferente.

2. Fórmula Termo Geral


Podemos apresentar uma sequência através de um determinado valor atribuído a cada termo an em
função do valor de n, ou seja, dependendo da posição do termo. Esta fórmula que determina o valor do
termo an é chamada fórmula do termo geral da sucessão.

Exemplos:
- Determinar os cincos primeiros termos da sequência cujo termo geral é igual a:
an = n2 – 2n, com n ∈ N*.

Teremos:
- se n = 1 ⇒ a1 = 12 – 2. 1 ⇒ a1 = 1 – 2 = - 1
- se n = 2 ⇒ a2 = 22 – 2. 2 ⇒ a2 = 4 – 4 = 0
- se n = 3 ⇒ a3 = 32 – 2. 3 ⇒ a3 = 9 – 6 = 3
- se n = 4 ⇒ a4 = 42 – 4. 2 ⇒ a4 =16 – 8 = 8
- se n = 5 ⇒ a5 = 52 – 5. 2 ⇒ a5 = 25 – 10 = 15

- Determinar os cinco primeiros termos da sequência cujo termo geral é igual a:


an = 3n + 2, com n ∈ N*.

- se n = 1 ⇒ a1 = 3.1 + 2 ⇒ a1 = 3 + 2 = 5
- se n = 2 ⇒ a2 = 3.2 + 2 ⇒ a2 = 6 + 2 = 8
- se n = 3 ⇒ a3 = 3.3 + 2 ⇒ a3 = 9 + 2 = 11
- se n = 4 ⇒ a4 = 3.4 + 2 ⇒ a4 = 12 + 2 = 14
- se n = 5 ⇒ a5 = 3.5 + 2 ⇒ a5 = 15 + 2 = 17

- Determinar os termos a12 e a23 da sequência cujo termo geral é igual a:

an = 45 – 4n, com n ∈ N*.

Teremos:
- se n = 12 ⇒ a12 = 45 – 4.12 ⇒ a12 = 45 – 48 = - 3
- se n = 23 ⇒ a23 = 45 – 4.23 ⇒ a23 = 45 – 92 = - 47

3. Lei de Recorrências
Uma sequência pode ser definida quando oferecemos o valor do primeiro termo e um “caminho” (uma
fórmula) que permite a determinação de cada termo conhecendo-se o seu antecedente. Essa forma de
apresentação de uma sucessão é chamada lei de recorrências.

Exemplos:
- Escrever os cinco primeiros termos de uma sequência em que:
a1 = 3 e an+1 = 2an – 4, em que n ∈ N*.

Teremos: o primeiro termo já foi dado.


- a1 = 3
- se n = 1 ⇒ a1+1 = 2.a1 – 4 ⇒ a2 = 2.3 – 4 ⇒ a2 = 6 – 4 = 2
- se n = 2 ⇒ a2+1 = 2.a2 – 4 ⇒ a3 = 2.2 – 4 ⇒ a3 = 4 – 4 = 0
- se n = 3 ⇒ a3+1 = 2.a3 – 4 ⇒ a4 = 2.0 – 4 ⇒ a4 = 0 – 4 = - 4
- se n = 4 ⇒ a4+1 = 2.a4 – 4 ⇒ a5 = 2.(-4) – 4 ⇒ a5 = - 8 – 4 = - 12

. 305
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
- Determinar o termo a5 de uma sequência em que:
a1 = 12 e an+ 1 = an – 2, em que n ∈ N*.

- a1 = 12
- se n = 1 ⇒ a1+1 = a1 – 2 ⇒ a2 = 12 – 2 ⇒ a2=10
- se n = 2 ⇒ a2+1 = a2 – 2 ⇒ a3 = 10 – 2 ⇒ a3 = 8
- se n = 3 ⇒ a3+1 = a3 – 2 ⇒ a4 = 8 – 2 ⇒ a4 = 6
- se n = 4 ⇒ a4+1 = a4 – 2 ⇒ a5 = 6 – 2 ⇒ a5 = 4

Observação 1
Devemos observar que a apresentação de uma sequência através do termo geral é mais pratica, visto
que podemos determinar um termo no “meio” da sequência sem a necessidade de determinarmos os
termos intermediários, como ocorre na apresentação da sequência através da lei de recorrências.

Observação 2
Algumas sequências não podem, pela sua forma “desorganizada” de se apresentarem, ser definidas
nem pela lei das recorrências, nem pela fórmula do termo geral. Um exemplo de uma sequência como
esta é a sucessão de números naturais primos que já “destruiu” todas as tentativas de se encontrar uma
fórmula geral para seus termos.

Observação 3
Em todo exercício de sequência em que n ∈ N*, o primeiro valor adotado é n = 1. No entanto de no
enunciado estiver n > 3, temos que o primeiro valor adotado é n = 4. Lembrando que n é sempre um
número natural.
A Matemática estuda dois tipos especiais de sequências, uma delas a Progressão Aritmética.

Sequência de Fibonacci

O matemático Leonardo Pisa, conhecido como Fibonacci, propôs no século XIII, a sequência numérica:
(1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, …). Essa sequência tem uma lei de formação simples: cada elemento,
a partir do terceiro, é obtido somando-se os dois anteriores. Veja: 1 + 1 = 2, 2 + 1 = 3, 3 + 2 = 5 e assim
por diante. Desde o século XIII, muitos matemáticos, além do próprio Fibonacci, dedicaram-se ao estudo
da sequência que foi proposta, e foram encontradas inúmeras aplicações para ela no desenvolvimento
de modelos explicativos de fenômenos naturais.
Veja alguns exemplos das aplicações da sequência de Fibonacci e entenda porque ela é conhecida
como uma das maravilhas da Matemática. A partir de dois quadrados de lado 1, podemos obter um
retângulo de lados 2 e 1. Se adicionarmos a esse retângulo um quadrado de lado 2, obtemos um novo
retângulo 3 x 2. Se adicionarmos agora um quadrado de lado 3, obtemos um retângulo 5 x 3. Observe a
figura a seguir e veja que os lados dos quadrados que adicionamos para determinar os retângulos formam
a sequência de Fibonacci.

Se utilizarmos um compasso e traçarmos o quarto de circunferência inscrito em cada quadrado,


encontraremos uma espiral formada pela concordância de arcos cujos raios são os elementos da
sequência de Fibonacci.

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O Partenon que foi construído em Atenas pelo célebre arquiteto grego Fidias. A fachada principal do
edifício, hoje em ruínas, era um retângulo que continha um quadrado de lado igual à altura. Essa forma
sempre foi considerada satisfatória do ponto de vista estético por suas proporções sendo chamada
retângulo áureo ou retângulo de ouro.

𝑦 𝑎
Como os dois retângulos indicados na figura são semelhantes temos: = (1).
𝑎 𝑏

Como: b = y – a (2).
Substituindo (2) em (1) temos: y2 – ay – a2 = 0.
Resolvendo a equação:

𝑎(1±√5 1−√5
𝑦= 2
em que ( 2
< 0) não convém.

𝑦 (1+√5
Logo: 𝑎 = 2
= 1,61803398875

Esse número é conhecido como número de ouro e pode ser representado por:

1 + √5
𝜃=
2

Todo retângulo e que a razão entre o maior e o menor lado for igual a 𝜃 é chamado retângulo áureo
como o caso da fachada do Partenon.

PROGRESSÃO ARITMÉTICA (P.A.)

Definição: é uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo termo, é igual ao termo
anterior somado com uma constante que é chamada de razão (r).
Como em qualquer sequência os termos são chamados de a1, a2, a3, a4, ......., an, ....

Cálculo da razão: a razão de uma P.A. é dada pela diferença de um termo qualquer pelo termo
imediatamente anterior a ele.
r = a2 – a1 = a3 – a2 = a4 – a3 = a5 – a4 = .......... = an – an – 1

Exemplos:
- (5, 9, 13, 17, 21, 25, ......) é uma P.A. onde a1 = 5 e razão r = 4
- (2, 9, 16, 23, 30, …) é uma P.A. onde a1 = 2 e razão r = 7
- (23, 21, 19, 17, 15, …) é uma P.A. onde a1 = 23 e razão r = - 2.

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Classificação: uma P.A. é classificada de acordo com a razão.

1- Se r > 0 ⇒ a P.A. é crescente.


2- Se r < 0 ⇒ a P.A. é decrescente.
3- Se r = 0 ⇒ a P.A. é constante.

Fórmula do Termo Geral


Em toda P.A., cada termo é o anterior somado com a razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1 + r
3° termo: a3 = a2 + r = a1 + r + r = a1 + 2r
4° termo: a4 = a3 + r = a1 + 2r + r = a1 + 3r
5° termo: a5 = a4 + r = a1 + 3r + r = a1 + 4r
6° termo: a6 = a5 + r = a1 + 4r + r = a1 + 5r
. . . . . .
. . . . . .
. . . . . .
n° termo é:

Fórmula da soma dos n primeiros termos

Propriedades:
1- Numa P.A. a soma dos termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos extremos.

Exemplo 1: (1, 3, 5, 7, 9, 11, ......)

Exemplo 2: (2, 8, 14, 20, 26, 32, 38, ......)

Como podemos observar neste exemplo, temos um número ímpar de termos. Neste caso sobrou um
termo no meio (20) que é chamado de termo médio e é igual a metade da soma dos extremos. Porém,
só existe termos médios se houver um número ímpar de termos.

2- Numa P.A. se tivermos três termos consecutivos, o termo médio é igual à média aritmética dos
a
anterior com o posterior. Ou seja, (a1, a2, a3, ...) <==> a2 = 3.
a1
Exemplo:

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P.G. – PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

Definição: é uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo termo, é igual ao termo
anterior multiplicado por uma constante que é chamada de razão (q).
Como em qualquer sequência os termos são chamados de a1, a2, a3, a4, ......., an,...

Cálculo da razão: a razão de uma P.G. é dada pelo quociente de um termo qualquer pelo termo
imediatamente anterior a ele.
𝑎 𝑎 𝑎 𝑎
𝑞 = 2 = 3 = 4 = ⋯……… = 𝑛
𝑎1 𝑎2 𝑎3 𝑎𝑛−1

Exemplos:
- (3, 6, 12, 24, 48, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 3 e razão q = 2
−9 −9 1
- (-36, -18, -9, 2 , 4 ,...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 36 e razão q = 2
5 5 1
- (15, 5, 3, 9,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 15 e razão q = 3
- (- 2, - 6, -18, - 54, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 2 e razão q = 3
- (1, - 3, 9, - 27, 81, - 243, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 1 e razão q = - 3
- (5, 5, 5, 5, 5, 5, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 5 e razão q = 1
- (7, 0, 0, 0, 0, 0, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 7 e razão q = 0
- (0, 0, 0, 0, 0, 0, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 0 e razão q indeterminada

Classificação: uma P.G. é classificada de acordo com o primeiro termo e a razão.

1- Crescente: quando cada termo é maior que o anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando
a1 < 0 e 0 < q < 1.
2- Decrescente: quando cada termo é menor que o anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou
quando a1 < 0 e q > 1.
3- Alternante: quando cada termo apresenta sinal contrário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
4- Constante: quando todos os termos são iguais. Isto ocorre quando q = 1. Uma PG constante é
também uma PA de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG estacionária.
5- Singular: quando zero é um dos seus termos. Isto ocorre quando a1 = 0 ou q = 0.

Fórmula do termo geral

Em toda P.G. cada termo é o anterior multiplicado pela razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1.q
3° termo: a3 = a2.q = a1.q.q = a1q2
4° termo: a4 = a3.q = a1.q2.q = a1.q3
5° termo: a5 = a4.q = a1.q3.q = a1.q4
. . . . .
. . . . .
. . . . .

n° termo é:

Soma dos n primeiros termos

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Soma dos infinitos termos (ou Limite da soma)
Vamos ver um exemplo:
1
Seja a P.G. (2, 1, ½, ¼, 1/8, 1/16, 1/32, …) de a1 = 2 e q = 2 se colocarmos na forma decimal, temos
(2; 1; 0,5; 0,25; 0,125; 0,0625; 0,03125; ….) se efetuarmos a somas destes termos:
2+1=3
3 + 0,5 = 3,5
3,5 + 0,25 = 3,75
3,75 + 0,125 = 3,875
3,875 + 0,0625 = 3,9375
3,9375 + 0,03125 = 3,96875
.
Como podemos observar o número somado vai ficando cada vez menor e a soma tende a um certo
limite. Então temos a seguinte fórmula:

2 2
Utilizando no exemplo acima: 𝑆 = 1 = 1 = 4, logo dizemos que esta P.G. tem um limite que tenda a
1−
2 2
4.

Produto da soma de n termos

Temos as seguintes regras para o produto, já que esta fórmula está em módulo:
1- O produto de n números positivos é sempre positivo.
2- No produto de n números negativos:
a) se n é par: o produto é positivo.
b) se n é ímpar: o produto é negativo.

Propriedades
1- Numa P.G., com n termos, o produto de dois termos equidistantes dos extremos é igual ao produto
destes extremos.

Exemplos 1: (3, 6, 12, 24, 48, 96, 192, 384, ...)

Exemplo 2: (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, …)

- como podemos observar neste exemplo, temos um número ímpar de termos. Neste caso sobrou um
termo no meio (8) que é chamado de termo médio e é igual a raiz quadrada do produto dos extremos.
Porém, só existe termo médio se houver um número ímpar de termos.

2- Numa P.G. se tivermos três termos consecutivos, o termo médio é igual à média geométrica do
termo anterior com o termo posterior. Ou seja, (a1, a2, a3, ...) <==> a2 = √a3 . a1 .

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Exemplo:

Questões

01. (Pref. Amparo/SP – Agente Escolar – CONRIO) Descubra o 99º termo da P.A. (45, 48, 51, ...)
(A) 339
(B) 337
(C) 333
(D) 331

02. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Uma sequência inicia-se com o
número 0,3. A partir do 2º termo, a regra de obtenção dos novos termos é o termo anterior menos 0,07.
Dessa maneira o número que corresponde à soma do 4º e do 7º termos dessa sequência é
(A) –6,7.
(B) 0,23.
(C) –3,1.
(D) –0,03.
(E) –0,23.

03. Os termos da sequência (10; 8; 11; 9; 12; 10; 13; …) obedecem a uma lei de formação. Se an, em
que n pertence a N*, é o termo de ordem n dessa sequência, então a30 + a55 é igual a:
(A) 58
(B) 59
(C) 60
(D) 61
(E) 62

04. A soma dos elementos da sequência numérica infinita (3; 0,9; 0,09; 0,009; …) é:
(A) 3,1
(B) 3,9
(C) 3,99
(D) 3, 999
(E) 4

05. (EBSERH/ HUSM – UFSM/RS – Analista Administrativo – Administração – AOCP) Observe a


sequência:
1; 2; 4; 8;...

Qual é a soma do sexto termo com o oitavo termo?


(A) 192
(B) 184
(C) 160
(D) 128
(E) 64

06. (Pref. Nepomuceno/MG – Técnico em Segurança do Trabalho – CONSULPLAN) O primeiro e


o terceiro termos de uma progressão geométrica crescente são, respectivamente, 4 e 100. A soma do
segundo e quarto termos dessa sequência é igual a
(A) 210.
(B) 250.
(C) 360.
(D) 480.
(E) 520.

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07. (TRF 3ª – Analista Judiciário - Informática – FCC) Um tabuleiro de xadrez possui 64 casas. Se
fosse possível colocar 1 grão de arroz na primeira casa, 4 grãos na segunda, 16 grãos na terceira, 64
grãos na quarta, 256 na quinta, e assim sucessivamente, o total de grãos de arroz que deveria ser
colocado na 64ª casa desse tabuleiro seria igual a
(A) 264.
(B) 2126.
(C) 266.
(D) 2128.
(E) 2256.

08. (Polícia Militar/SP – Aluno – Oficial – VUNESP) Planejando uma operação de policiamento
ostensivo, um oficial desenhou em um mapa três círculos concêntricos de centro P, conforme mostrado
na figura.

Sabe-se que as medidas dos raios r, r1 e r2 estão, nessa ordem, em progressão geométrica. Se r + r1
+ r2 = 52 cm, e r . r2 = 144 cm, então r + r2 é igual, em centímetros, a
(A) 36.
(B) 38.
(C) 39.
(D) 40.
(E) 42.

09. (EBSERH/HU-UFGD – Técnico em Informática – AOCP) Observe a sequência numérica a seguir:


11; 15; 19; 23;...
Qual é o sétimo termo desta sequência?
(A) 27.
(B) 31.
(C) 35.
(D) 37.
(E) 39

10. (METRÔ/SP – Usinador Ferramenteiro – FCC) O setor de almoxarifado do Metrô necessita


numerar peças de 1 até 100 com adesivos. Cada adesivo utilizado no processo tem um único algarismo
de 0 a 9. Por exemplo, para fazer a numeração da peça número 100 são gastos três adesivos (um
algarismo 1 e dois algarismos 0). Sendo assim, o total de algarismos 9 que serão usados no processo
completo de numeração das peças é igual a
(A) 20.
(B) 10.
(C) 19.
(D) 18.
(E) 9.

11. (MPE/AM – Agente de Apoio- Administrativo – FCC) Considere a sequência numérica formada
pelos números inteiros positivos que são divisíveis por 4, cujos oito primeiros elementos são dados a
seguir. (4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32,...)
O último algarismo do 234º elemento dessa sequência é
(A) 0
(B) 2
(C) 4
(D) 6
(E) 8

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Comentários

01. Resposta: A.
r = 48 – 45 = 3
𝑎1 = 45
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎99 = 45 + 98 ∙ 3 = 339

02. Resposta: D.
𝑎𝑛 = 𝑎1 − (𝑛 − 1)𝑟
𝑎4 = 0,3 − 3.0,07 = 0,09
𝑎7 = 0,3 − 6.0,07 = −0,12
𝑆 = 𝑎4 + 𝑎7 = 0,09 − 0,12 = −0,03

03. Resposta: B.
Primeiro, observe que os termos ímpares da sequência é uma PA de razão 1 e primeiro termo 10 -
(10; 11; 12; 13; …). Da mesma forma os termos pares é uma PA de razão 1 e primeiro termo igual a 8 -
(8; 9; 10; 11; …).
Assim, as duas PA têm como termo geral o seguinte formato:
(1) ai = a1 + (i - 1).1 = a1 + i – 1
Para determinar a30 + a55 precisamos estabelecer a regra geral de formação da sequência, que está
intrinsecamente relacionada às duas progressões da seguinte forma:
- Se n (índice da sucessão) é ímpar temos que n = 2i - 1, ou seja, i = (n + 1)/2;
- Se n é par temos n = 2i ou i = n/2.
Daqui e de (1) obtemos que:
an = 10 + [(n + 1)/2] - 1 se n é ímpar
an = 8 + (n/2) - 1 se n é par
Logo:
a30 = 8 + (30/2) - 1 = 8 + 15 - 1 = 22 e
a55 = 10 + [(55 + 1)/2] - 1 = 37
E, portanto:
a30 + a55 = 22 + 37 = 59.

04. Resposta: E.
Sejam S as somas dos elementos da sequência e S1 a soma da PG infinita (0,9; 0,09; 0,009; …) de
razão q = 0,09/0,9 = 0,1. Assim:
S = 3 + S1
Como -1 < q < 1 podemos aplicar a fórmula da soma de uma PG infinita para obter S1:
S1 = 0,9/(1 - 0,1) = 0,9/0,9 = 1 → S = 3 + 1 = 4

05. Resposta: C.
Esta sequência é do tipo 𝑎𝑛 = 2𝑛−1 .
Assim:
𝑎6 = 26−1 = 25 = 32
𝑎8 = 28−1 = 27 = 128
A soma fica: 32 + 128 = 160.

06. Resposta: E.
𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞 𝑛−1
𝑎3 = 𝑎1 ∙ 𝑞 2
100 = 4 ∙ 𝑞 2
𝑞 2 = 25
𝑞=5
𝑎2 = 𝑎1 ∙ 𝑞 = 4 ∙ 5 = 20
𝑎4 = 𝑎3 ∙ 𝑞 = 100 ∙ 5 = 500
𝑎2 + 𝑎4 = 20 + 500 = 520

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07. Resposta: B.
Pelos valores apresentados, é uma PG de razão 4
A64 = ?
a1 = 1
q=4
n = 64
𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞 𝑛−1

𝑎𝑛 = 1 ∙ 463 = (22 )63 = 2126

08. Resposta: D.
𝑟1 𝑟2
Se estão em Progressão Geométrica, então: = , ou seja, 𝑟1 . 𝑟1 = 𝑟 . 𝑟2 .
𝑟 𝑟1
2
Assim: 𝑟1 = 144
𝑟1 = √144 = 12 𝑐𝑚
Sabemos que r + r1 + r2 = 52. Assim:
𝑟 + 12 + 𝑟2 = 52
𝑟 + 𝑟2 = 52 − 12
𝑟 + 𝑟2 = 40

09. Resposta: C.
Trata-se de uma Progressão Aritmética, cuja fórmula do termo geral é
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1). 𝑟
𝑛 = 7; 𝑎1 = 11; 𝑟 = 15 − 11 = 4
Assim, 𝑎7 = 11 + (7 − 1). 4 = 11 + 6.4 = 11 + 24 = 35

10. Resposta: A.
99 = 9 + (𝑛 − 1)10
10𝑛 − 10 + 9 = 99
𝑛 = 10
Vamos tirar o 99 pra ser contato a parte: 10-1=9
99 = 90 + (𝑛 − 1)
𝑛 = 99 − 90 + 1 = 10
São 19 números que possuem o algarismo 9, mas o 99 possui 2
19+1=20

11. Resposta: D.
r=4
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎234 = 4 + 233 ∙ 4 = 936
Portanto, o último algarismo é 6.

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7 Matrizes. 7.1 Determinantes. 7.2 Sistemas lineares. 7.3 Análise combinatória.
7.4 Binômio de Newton.

MATRIZES

Em jornais, revistas e na internet vemos frequentemente informações numéricas organizadas em


tabelas, colunas e linhas. Exemplos:

Em matemática essas tabelas são exemplos de matrizes25. O crescente uso dos computadores tem
feito com que a teoria das matrizes seja cada vez mais aplicada em áreas como Economia, Engenharia,
Matemática, Física, dentre outras.

Definição
Seja m e n números naturais não nulos. Uma matriz do tipo m x n, é uma tabela de m.n números reais
dispostos em m linhas e n colunas. Exemplo:

Um elemento qualquer dessa matriz será representado pelo símbolo: aij, no qual o índice i refere-se à
linha, o índice j refere-se à coluna em que se encontram tais elementos. As linhas são enumeradas de
cima para baixo e as colunas, da esquerda para direita.

IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único


25

FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume Único - FTD


mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/equacoes-envolvendo-matrizes.html

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Exemplo

Representamos uma matriz colocando seus elementos (números) entre parêntese ou colchetes ou
também (menos utilizado) duas barras verticais à esquerda e direita.

Exemplos
1
𝐴 = (5 −1 ) é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 1 𝑥 3
2
7 −2
𝐵=[ ] é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 2 𝑥 2
3 4

√5 1/3 1
𝐶=‖ 7 2 −5‖ é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 3 𝑥 3
−4 1/5 2

−1 5 8
𝐷=[ ] é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 2 𝑥 3
−1 2 −3

Exemplo
Escrever a matriz A = (aij)2 x 3, em que aij = i – j
A matriz é do tipo 2 x 3 (duas linhas e três colunas), podemos representa-la por:

Matrizes Especiais
Algumas matrizes recebem nomes especiais. Vejamos:

- Matriz Linha: é uma matriz formada por uma única linha.

Exemplo
𝐴 = [1 7 −5] , 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 1𝑥3

- Matriz coluna: é uma matriz formada por uma única coluna.

Exemplo
1
𝐵 = [−5] , 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 3𝑥1
7

- Matriz nula: é matriz que possui todos os elementos iguais a zero.

Exemplo
0 0
𝐶 = (0 0) , 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑛𝑢𝑙𝑎 3𝑥2
0 0

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- Matriz quadrada: é a matriz que possui o número de linhas igual ao número de colunas. Podemos,
neste caso, chamar de matriz quadrada de ordem n.

Exemplo
3 2
𝐷=( ) , 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 2𝑥2 𝑜𝑢 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 2.
−4 1

A diagonal principal de D é formada pelos elementos cujo índice é igual ao índice da coluna (a11 e a22).
A outra diagonal recebe o nome de diagonal secundária de D.

- Matriz identidade: é a matriz quadrada em que cada elemento da diagonal principal é igual a 1, e os
demais têm o valor 0. Representamos a matriz identidade pela seguinte notação: In.

Exemplos

Também podemos definir uma matriz identidade da seguinte forma:

𝑎𝑖𝑗 = 1, 𝑠𝑒 𝑖 = 𝑗
𝐼𝑛 = [𝑎𝑖𝑗 ]𝑛 𝑥 𝑛 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 {
𝑎𝑖𝑗 = 0, 𝑠𝑒 𝑖 ≠ 𝑗

- Matriz transposta: é a matriz onde as linhas são ordenadamente iguais a colunas desta mesma
matriz e vice e versa. Ou seja:
Dada uma matriz A de ordem m x n, chama-se matriz transposta de A, indicada por At, a matriz cuja a
ordem é n x m, sendo as suas linhas ordenadamente iguais às colunas da matriz A.

Exemplo

2 −1 2 7
𝐴=[ ] , 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝐴𝑡 = [ ]
7 10 − 10

Observe que:
- a 1ª linha da matriz A é igual à 1ª coluna da matriz At.
- a 2ª linha da matriz A é igual a 2ª coluna da matriz At.

Generalizando, temos:

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- Matriz oposta: é a matriz obtida a partir de A, trocando-se o sinal de todos os seus elementos.
Representamos por -A tal que A + (-A) = O, em que O é a matriz nula do tipo m x n.

Exemplo

- Matriz simétrica: é uma matriz quadrada cujo At = A; ou ainda aij = aji

Exemplo

- Matriz antissimétrica: é uma matriz quadrada cujo At = - A; ou ainda aij = - aij.

Exemplo

Classificação de acordo com os elementos da matriz

- Real: se todos os seus elementos são reais.

Exemplo
1 −5
𝐴= [ ]
3 2

- Imaginária: se pelo menos um dos seus elementos é complexo.

Exemplo
1 −5
𝐵= [ ]
3 𝑖

- Triangular superior: é uma matriz quadrada em que os elementos abaixo da diagonal principal são
nulos.

Exemplo

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- Triangular inferior: é uma matriz quadrada em que os elementos acima da diagonal principal são
nulos.

Exemplo

Igualdade de matrizes
Dizemos que duas matrizes A e B, de mesma ordem, são iguais (A = B) se, e somente se, os seus
elementos de mesma posição forem iguais, ou seja:
A = [aij] m x n e B = [bij] p x q

Sendo A = B, temos:
m=pen=q

Operações com matrizes

- Adição: a soma de duas matrizes A e B de mesma ordem é matriz também de mesma ordem, obtida
com a adição dos elementos de mesma posição das matrizes A e B.

Exemplo

Propriedades: considerando as matrizes de mesma ordem, algumas propriedades são válidas:


Comutativa: A + B = B + A
Associativa: A + (B + C) = (A + B) + C
Elemento simétrico: A + (-A) = 0
Elemento neutro: A + 0 = A

- Subtração: a diferença entre duas matrizes A e B, de mesma ordem, é a matriz obtida pela adição
da matriz A com a oposta da matriz B, ou seja:

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Exemplo

- Multiplicação de um número real por uma matriz: o produto de um número real k por uma matriz
A, é dado pela multiplicação de cada elemento da matriz A por esse número real k.

Exemplo

- Multiplicação de matrizes: para multiplicarmos duas matrizes A e B só é possível mediante a uma


condição e uma técnica mais elaborada. Vejamos:

Condição: o número de COLUNAS da A (primeira) têm que ser igual ao número de LINHAS de B
(segunda).

Logo a ordem da matriz resultante é a LINHA de A e a COLUNA DE B.

Técnica: Multiplicamos o 1º elemento da LINHA 1 de A pelo 1º elemento da primeira COLUNA de B,


depois o 2º elemento da LINHA 1 de A pelo 2º elemento da primeira COLUNA de B e somamos esse
produto. Fazemos isso sucessivamente, até termos efetuado a multiplicação de todos os termos.
Exemplo

A matriz C é o resultado da multiplicação de A por B.

Propriedades da multiplicação: admite-se as seguintes propriedades


Associativa: (A.B). C = A.(B.C)
Distributiva: (A + B). C = A. C + B. C e C. (A + B) = C. A + C. B

Observação: a propriedade comutativa NÂO é válida na multiplicação de matrizes, pois geralmente


A.B ≠ B.A

Matriz Inversa
Dizemos que uma matriz é inversa A–1 (toda matriz quadrada de ordem n), se e somente se, A.A-1 = In
e A-1.A = In ou seja:
𝐴 é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑑𝑎𝑑𝑎.
𝑨. 𝑨−𝟏 = 𝑨−𝟏 . 𝑨 = 𝑰𝒏 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 { 𝐴−1 é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝐴.
𝐼𝑛 é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑎 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝐴.

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Exemplos
1
8 −2 −1
1) A matriz 𝐵 = [ ] é inversa da matriz 𝐴 = [23 ] , pois:
3 −1 −4
2

2 5 1 2
2) Vamos verificar se a matriz 𝐴 = ( ) 𝑒𝐵=( ) , são inversas entre si:
1 3 1 1

Portanto elas, não são inversas entre si.

2 1
3) Dada a matriz 𝐴 = [ ], determine a inversa, A-¹.
3 2
𝑎 𝑏
Vamos então montar a matriz 𝐴−1 = [ ] , 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝐴. 𝐴−1 = 𝐼𝑛
𝑐 𝑑
2 1 𝑎 𝑏 1 0 2𝑎 + 𝑐 2𝑏 + 𝑑 1 0
[ ].[ ]=[ ]→[ ]=[ ]
3 2 𝑐 𝑑 0 1 3𝑎 + 2𝑐 3𝑏 + 2𝑑 0 1

Fazendo as igualdades temos:


2𝑎 + 𝑐 = 1 2𝑏 + 𝑑 = 0
{ {
3𝑎 + 2𝑐 = 0 3𝑏 + 2𝑑 = 1

Resolvendo os sistemas temos: a = 2; b = -1; c = -3 e d = 2


Então a matriz inversa da matriz A é:
2 −1
𝐴−1 = [ ]
−3 2

Equação Matricial

No caso das equações com matrizes (equações matriciais), elas são equações cujas incógnitas são
matrizes.
Vejamos um exemplo:
Encontre a matriz X da equação 2.A+B=X, sabendo que:

Neste exemplo, a incógnita já estava isolada.


Vejamos um exemplo em que a incógnita não está isolada na equação. Nestes casos devemos tomar
cuidado ao operarmos as matrizes de um lado para o outro da igualdade.
Exemplo:
Resolva a equação a seguir: X+B=2A, utilizando as mesmas matrizes do exemplo anterior.

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Antes de substituirmos as matrizes, façamos o isolamento da incógnita, lembrando sempre das
propriedades das operações das matrizes.

Note que não passamos a matriz B para o outro lado da igualdade; na verdade operamos a matriz
oposta de B (matriz -B) dos dois lados.
Devemos tomar esse cuidado, pois quando nos depararmos com produto de matrizes, não poderemos
passar a matriz para o outro lado dividindo; deveremos operar a matriz inversa dos dois lados.
O diferencial das equações que conhecíamos para as equações com matrizes está nesse maior
cuidado ao isolarmos a incógnita.
Voltando à resolução da equação, temos que substituir os valores das matrizes A e B na equação.
Sendo assim:

Questões

01. (Pref. de Rio de Janeiro/RJ – Prof. Ensino Fund. – Matemática- Pref. de Rio de Janeiro-
RJ) Considere as matrizes A e B, a seguir.

O elemento que ocupa a terceira linha e a segunda coluna da matriz produto BA vale:
(A) 9
(B) 0
(C) – 9
(D) – 11

02. (BRDE – Analista de Sistemas-Suporte – FUNDATEC) Considere as seguintes matrizes:


2 3
2 3 2 1 0
𝐴=[ ] , 𝐵 = [4 5] 𝑒 𝐶 = [ ], a solução de C x B + A é:
4 6 4 6 7
6 6
(A) Não tem solução, pois as matrizes são de ordem diferentes.

10 14
(B) [ ]
78 90
2 3
(C) [ ]
4 5
6 6
(D) [ ]
20 36
8 11
(E) [ ]
74 84

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03. (PM/SE – Soldado 3ª Classe – FUNCAB) A matriz abaixo registra as ocorrências policiais em uma
das regiões da cidade durante uma semana.

Sendo M=(aij)3x7 com cada elemento aij representando o número de ocorrência no turno i do dia j da
semana.
O número total de ocorrências no 2º turno do 2º dia, somando como 3º turno do 6º dia e com o 1º turno
do 7º dia será:
(A) 61
(B) 59
(C) 58
(D) 60
(E) 62

04. (CPTM – ANALISTA DE COMUNICAÇÃO JÚNIOR – MAKIYAMA) Para que a soma de uma
𝑎 𝑏
matriz 𝐴 = [ ] e sua respectiva matriz transposta At em uma matriz identidade, são condições a serem
𝑐 𝑑
cumpridas:
(A) a=0 e d=0
(B) c=1 e b=1
(C) a=1/c e b=1/d
(D) a²-b²=1 e c²-d²=1
(E) b=-c e a=d=1/2

05. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA) Assinale a alternativa que apresente o resultado da


multiplicação das matrizes A e B abaixo:

2 1 0 4 −2
𝐴=( ) ∙𝐵 =( )
3 −1 1 −3 5
−1 −5 1
(A) ( )
1 15 11

1 5 1
(B) ( )
−1 15 − 11
1 5 −1
(C) ( )
1 −15 11

1 5 1
(D) ( )
1 15 11

−1 5 − 1
(E) ( )
1 15 − 11

06. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO) Considere a seguinte sentença envolvendo matrizes:

6 𝑦 1 −3 7 7
( )+( )=( )
7 2 8 5 15 7

Diante do exposto, assinale a alternativa que apresenta o valor de y que torna a sentença verdadeira.
(A) 4.
(B) 6.
(C) 8.
(D) 10.

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Respostas

01. Resposta: D.
Como as matrizes são quadradas de mesma ordem, podemos então multiplica-las:
5 −2 0 1 2 −2
𝐵. 𝐴 = [−1 2 4] . [−1 3 0 ] →
−3 −2 1 2 1 3

5.1 + (−2). (−1) + 0.2 5.2 + (−2). 3 + 0.1 5. (−2) + (−2). 0 + 0.3 7 4 −10
[ −1.1 + 2. (−1) + 4.2 −1.2 + 2.3 + 4.1 −1. (−2) + 2.0 + 4.3 ] = [5 8 14 ]
−3.1 + (−2). (−1) + 1.2 −3.2 + (−2). 3 + 1.1 −3. (−2) + (−2). 0 + 1.3 1 −11 9

Logo o elemento que ocupa a terceira linha e a segunda coluna é o -11.

02. Resposta: B.
Vamos ver se é possível multiplicar as matrizes.
C(2x3) e B(3x2), como o número de colunas de C é igual ao número de colunas de B, logo é possível
multiplicar, o resultado será uma matriz 2x2(linha de C e coluna de B):
2 3
2 1 0 2.2 + 1.4 + 0.6 2.3 + 1.5 + 0.6 8 11
𝐶 𝑥𝐵 = [ ] . [ 4 5] → [ ]=[ ]
4 6 7 4.2 + 6.4 + 7.6 4.3 + 6.5 + 7.6 74 84
6 6

Agora vamos somar a matriz A(2x2) a matriz resultante da multiplicação que também tem a mesma
ordem:
8 11 8 11 2 3 8 + 2 11 + 3 10 14
[ ]+𝐴 = [ ]+[ ]→[ ]=[ ]
74 84 74 84 4 6 74 + 4 84 + 6 78 90

03. Resposta: E.
Turno i –linha da matriz
Turno j- coluna da matriz
2º turno do 2º dia – a22=18
3º turno do 6º dia-a36=25
1º turno do 7º dia-a17=19
Somando:18+25+19=62

04. Resposta: E.
𝑎 𝑏 𝑎 𝑐 2𝑎 𝑏+𝑐 1 0
𝐴 + 𝐴𝑡 = [ ]+[ ]=[ ]=[ ]
𝑐 𝑑 𝑏 𝑑 𝑏+𝑐 2𝑑 0 1
2a =1 → a =1/2 → b + c = 0 → b = -c
2d=1
D=1/2

05. Resposta: B.

2∙0+1∙1 2 ∙ 4 + 1 ∙ (−3 ) 2 ∙ (−2) + 1 ∙ 5


𝐴∙𝐵 =( )
3 ∙ 0 + (−1) ∙ 1 3 ∙ 4 + (−1) ∙ (−3) 3 ∙ (−2) + (−1) ∙ 5

1 5 1
𝐴∙𝐵 =( )
−1 15 − 11

06. Resposta: D.
6+1=7 𝑦−3=7
( )
7 + 8 = 15 2 + 5 = 7
y=10

DETERMINANTES

Chamamos de determinante a teoria desenvolvida por matemáticos dos séculos XVII e XVIII, como
Leibniz e Seki Shinsuke Kowa, que procuravam uma fórmula para determinar as soluções de um “Sistema
linear”.

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Esta teoria consiste em associar a cada matriz quadrada A, um único número real que denominamos
determinante de A e que indicamos por det A ou colocamos os elementos da matriz A entre duas barras
verticais, como no exemplo abaixo:

Determinante de uma Matriz de Ordem 1

Seja a matriz quadrada de ordem 1: A = [a11]


Chamamos determinante dessa matriz o número:
det A = [ a11] = a11

Exemplos
- A = [-2] → det A = - 2
- B = [5] → det B = 5
- C = [0] → det C = 0

Determinante de uma Matriz de ordem 2

Seja a matriz quadrada de ordem 2:

Chamamos de determinante dessa matriz o número:

Para facilitar a memorização desse número, podemos dizer que o determinante é a diferença entre o
produto dos elementos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundária.
Esquematicamente:

Exemplos

. 325
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Determinante de uma Matriz de Ordem 3

Seja a matriz quadrada de ordem 3:

Chamamos de determinante dessa matriz:

Para memorizarmos a definição de determinante de ordem 3, usamos a regra prática denominada


Regra de Sarrus:

- Repetimos a 1ª e a 2ª colunas à direita da matriz.

- Multiplicando os termos entre si, seguindo os traços em diagonal e associando o sinal indicado dos
produtos, temos:

Observação: A regra de Sarrus também pode ser utilizada repetindo a 1ª e 2ª linhas, ao invés de
repetirmos a 1ª e 2ª colunas.

Propriedades
Apresentamos, a seguir, algumas propriedades que visam a simplificar o cálculo dos determinantes:

- Propriedade 1: O determinante de uma matriz A é igual ao de sua transposta At.

Exemplo

. 326
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- Propriedade 2: Se B é a matriz que se obtém de uma matriz quadrada A, quando trocamos entre si
a posição de duas filas paralelas, então temos:
detB = - detA

Exemplo

B foi obtida trocando-se a 1ª pela 2ª linha de A.


detA = ad - bc
detB = bc - ad = - (ad - bc) = - detA

Assim,
detB = - detA

Consequência da Propriedade 2: Uma matriz A que possui duas filas paralelas “iguais” tem
determinante igual a zero.

Justificativa: A matriz que obtemos de A, quando trocamos entre si as duas filas (linha ou coluna
“iguais”, é igual a A. Assim, de acordo com a propriedade 2, escrevemos que detA = -detA.

Assim: detA = 0

- Propriedade 3: Sendo B uma matriz que obtemos de uma matriz quadrada A, quando multiplicamos
uma de suas filas (linha ou coluna) por uma constante k, então detB = k.detA

Consequência da Propriedade 3: Ao calcularmos um determinante, podemos “colocar em evidência”


um “fator comum” de uma fila (linha ou coluna).

Exemplo

- Sendo A uma matriz quadrada de ordem n, a matriz k. A é obtida multiplicando todos os elementos
de A por k, então:

det(k.A) = kn.detA

Exemplo

Assim:
det(k.A) = k3.detA

- Propriedade 4: Se A, B e C são matrizes quadradas de mesma ordem, tais que os elementos


correspondentes de A, B e C são iguais entre si, exceto os de uma fila, em que os elementos de C são
iguais às somas dos seus elementos correspondentes de A e B, então temos:

detC = detA + detB

. 327
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Exemplos:

- Propriedades 5 (Teorema de Jacobi): O determinante não se altera, quando adicionamos uma fila
qualquer com outra fila paralela multiplicada por um número.

Exemplo:
Considere o determinante detA=

Somando a 3ª coluna com a 1ª multiplicada por m, teremos:

Exemplo:
Vamos calcular o determinante D abaixo.

D = 8 + 0 + 0 – 60 – 0 – 0 = -52

Em seguida, vamos multiplicar a 1ª coluna por 2, somar com a 3ª coluna e calcular:

D1 = 48 + 0 + 0 – 100 – 0 – 0 = -52

Observe que D1 = D, de acordo com a propriedade.

Consequência da propriedade 5: Quando uma fila de um determinante é igual à soma de múltiplos


de filas paralelas (combinação linear de filas paralelas), o determinante é igual a zero.

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Exemplo:
1 2 8
Seja D= 3 2 12
4  1 05

Observe que cada elemento da 3ª coluna é igual à 1ª coluna multiplicada por 2 somada com a 2ª
coluna multiplicada por 3.

8 = 2(1) + 3(2) = 2 + 6
12 = 2(3) + 3(2) = 6 + 6
5 = 2(4) + 3(-1) = 8 - 3
Portanto, pela consequência da propriedade 5, D = 0
Use a regra de Sarrus e verifique.

- Propriedade 6 (Teorema de Binet): Sendo A e B matrizes quadradas de mesma ordem, então:


det(A.B) = detA . detB

Exemplo:

Logo, det(AB) = detA. detB

Consequência da propriedade 6: Sendo A uma matriz quadrada e n  N*, temos:


det(Na) = (detA)n

Sendo A uma matriz inversível, temos:


1
detA-1=
det A

Justificativa: Seja A matriz inversível.


A-1 . A = I
det(A-1. A) = det I
detA-1 . detA = det I
1
detA-1 =
det A

Uma vez que det I = 1, onde i é a matriz identidade.

Determinantes – Teorema de Laplace

- Menor complementar e Cofator: Dada uma matriz quadrada A = (aij)nxn (n  2), chamamos menor
complementar do elemento aij e indicamos por Mij o determinante da matriz quadrada de ordem n-1, que
se obtém suprimindo a linha i e a coluna j da matriz A.

Exemplo:
1 2 3
 1 0 , temos:
Sendo A= 4
2 1 2

. 329
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10
M11= =2
1 2
4 0
M12= =8
2 2
41
M13= =2
2 1

Chamamos cofator do elemento aij e indicamos com Aij o número (-1)i+j.Mij, em que Mij é o menor
complementar de aij.

Exemplo:

Dada uma matriz A=(aij)nxm, com n  2, chamamos matriz cofator de A, a matriz cujos elementos são os
cofatores dos elementos de A e indicamos a matriz cofator por cof A. A transposta da matriz cofator de A
é chamada de matriz adjunta de A, que indicamos por adj A.

Exemplo:

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Determinante de uma Matriz de Ordem n
Vimos até aqui a definição de determinante para matrizes quadradas de ordem 1, 2 e 3.

Seja A uma matriz quadrada de ordem n.

Então:

- Para n = 1
A=[a11]  det A=a11

- Para n  2:

ou seja:
detA = a11.A11+a12.A12+…+a1n.A1n

Então, o determinante de uma matriz quadrada de ordem n, n  2 é a soma dos produtos dos elementos
da primeira linha da matriz pelos respectivos cofatores.

Exemplos:
a a 
Sendo A=  11 12  , temos:
a21 a22 
detA = a11.A11 + a12.A12, onde:
A11 = (-1)1+1.|a22| = a22
A12 = (-1)1+2.|a21| = a21

Assim:
detA = a11.a22 + a12.(-a21)

detA = a11.a22 - a21.a12

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Nota: Observamos que esse valor coincide com a definição vista anteriormente.
- Sendo

Nota: Observamos que quanto mais “zeros” aparecerem na primeira linha, mais o cálculo é facilitado.

- Teorema de Laplace

Seja A uma matriz quadrada de ordem n, n  2, seu determinante é a soma dos produtos dos elementos
de uma fila (linha ou coluna) qualquer pelos respectivos cofatores.

Exemplo:

Devemos escolher a 4ª coluna para a aplicação do teorema de Laplace, pois, neste caso, teremos que
calcular apenas um cofator.

Observações Importantes: No cálculo do determinante de uma matriz de ordem n, recaímos em


determinantes de matrizes de ordem n-1, e no cálculo destes, recaímos em determinantes de ordem n-2,
e assim sucessivamente, até recairmos em determinantes de matrizes de ordem 3, que calculamos com
a regra de Sarrus, por exemplo.
- O cálculo de um determinante fica mais simples, quando escolhemos uma fila com a maior quantidade
de zeros.

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- A aplicação sucessiva e conveniente do teorema de Jacobi pode facilitar o cálculo do determinante
pelo teorema de Laplace.

Exemplo:

A 1ª coluna ou 2ª linha tem a maior quantidade de zeros. Nos dois casos, se aplicarmos o teorema de
Laplace, calcularemos ainda três cofatores.
Para facilitar, vamos “fazer aparecer zero” em A31 = -2 e A41 = 3 multiplicando a 1ª linha por 2 e somando
com a 3ª e multiplicando a 1ª linha por -3 e somando com a 4ª linha; fazendo isso, teremos:

Agora, aplicamos o teorema de Laplace na 1ª coluna:

Aplicamos a regra de Sarrus,

det A = (0 – 16 – 21) - ( - 14 + 12 + 0)
detA = 0 – 16 – 21 + 14 – 12 – 0 = -49 + 14
detA = -35

- Aplicação do Teorema de Laplace

Sendo A uma matriz triangular, o seu determinante é o produto dos elementos da diagonal principal;
podemos verificar isso desenvolvendo o determinante de A através da:
- 1ª coluna, se ela for triangular superior;
- através da 1ª linha, se ela for triangular superior;
- através da 1ª linha, se ela for triangular inferior.
Assim:

1ª. A é triangular superior

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2ª. A é triangular inferior

- Determinante de Vandermonde e Regra de Chió


Uma determinante de ordem n  2 é chamada determinante de Vandermonde ou determinante das
potências se, e somente se, na 1ª linha (coluna) os elementos forem todos iguais a 1; na 2ª, números
quaisquer; na 3ª, os seus quadrados; na 4ª, os seus cubos e assim sucessivamente.

Exemplos:
Determinante de Vandermonde de ordem 3

Determinante de Vandermonde de ordem 4

Os elementos da 2ª linha são denominados elementos característicos.

- Propriedade

Um determinante de Vandermonde é igual ao produto de todas as diferenças que se obtêm subtraindo-


se de cada um dos elementos característicos os elementos precedentes, independente da ordem do
determinante.

Exemplo:
Calcule o determinante;

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Sabemos que detA = detAt, então:

Que é um determinante de Vandermonde de ordem 3, então:


detA = (4 – 2).(7 – 2).(7 – 4)=2 . 5 . 3 = 30

Questões

01. (COBRA Tecnologia S-A (BB) - Analista Administrativo - ESPP) O valor de b para que o
𝑏
𝑥 2
determinante da matriz [ ] seja igual a 8, em que x e y são as coordenadas da solução do sistema
2 𝑦
𝑥 + 2𝑦 = 7
{ , é igual a:
2𝑥 + 𝑦 = 8

(A) 2.
(B) –2.
(C) 4.
(D) –1.

1 𝑥
02. (PM/SP – Sargento Cfs – CETRO) É correto afirmar que o determinante | |é igual a zero
−2 4
para x igual a
(A) 1.
(B) 2.
(C) -2.
(D) -1.

03. (CGU – Administrativa – ESAF) Calcule o determinante da matriz:


𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥
( )
𝑠𝑒𝑛 𝑥 cos 𝑥

(A) 1
(B) 0
(C) cos 2x
(D) sen 2x
(E) sen x/2

04. (Pref. Araraquara/SP – Agente da Administração dos Serviços de Saneamento – CETRO)


2, 𝑠𝑒 𝑖 > 𝑗
Dada a matriz 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )3𝑥3, onde 𝑎𝑖𝑗 = { , assinale a alternativa que apresenta o valor do
−1, 𝑠𝑒 𝑖 ≤ 𝑗
determinante de A é
(A) -9.
(B) -8.
(C) 0.
(D) 4.

05. (Cobra Tecnologia – Técnico De Operações – Documentos/Qualidade - ESPP) O valor de b


𝑏
𝑥 2
para que o determinante da matriz [ ] seja igual a 8, em que x e y são as coordenadas da solução do
2 𝑦
𝑥 + 2𝑦 = 7
sistema { é igual a:
2𝑥 + 𝑦 = 8
(A) 2.
(B) -2.
(C) 4.
(C) -1.

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
06. (SEAP/PR – Professor de Matemática – PUC/PR) As planilhas eletrônicas facilitaram vários
procedimentos em muitas áreas, sejam acadêmicas ou profissionais. Na matemática, para obter o
determinante de uma matriz quadrada, com um simples comando, uma planilha fornece rapidamente esse
valor. Em uma planilha eletrônica, temos os valores armazenados em suas células:

Para obter o determinante de uma matriz utiliza-se o comando “=MATRIZ.DETERM(A1:D4)” e essa


planilha fornece o valor do determinante:

Se em uma outra planilha forem armazenados os valores representados a seguir,

ao acionar o comando “=MATRIZ.DETERM(A1:C3)” o valor do determinante é:


(A) 1512
(B) 7
(C) 4104
(D) 2376
(E) 8424

07. (TRANSPETRO – Engenheiro Júnior – CESGRANRIO) Um sistema dinâmico, utilizado para


controle de uma rede automatizada, forneceu dados processados ao longo do tempo e que permitiram a
construção do quadro abaixo.

1 3 2 0
3 1 0 2
2 3 0 1
0 2 1 3

A partir dos dados assinalados, mantendo-se a mesma disposição, construiu-se uma matriz M. O valor
do determinante associado à matriz M é
(A) 42
(B) 44
(C) 46
(D) 48
(E) 50
Respostas

01. Resposta: B
𝑥 + 2𝑦 = 7 (𝑥 − 2)
{
2𝑥 + 𝑦 = 8

−2𝑥 − 4𝑦 = −14
{
2𝑥 + 𝑦 = 8

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- 3y = - 6
y=2
x = 7 - 2y
x=7–4=3

𝑏
|3 2| = 8
2 2
6–b=8
B=-2

02. Resposta: C
D = 4 - (-2x)
0 = 4 + 2x
x=-2

03. Resposta: C
det = cos²x - sen²x
det = cos(2x)

04. Resposta: A
−1 −1 −1
𝐴 = ( 2 −1 −1 )
2 2 −1
−1 −1 −1
𝐷𝑒𝑡 𝐴 = | 2 −1 −1|
2 2 −1

detA = - 1 – 4 + 2 - (2 + 2 + 2) = - 9

05. Resposta: B
𝑥 + 2𝑦 = 7 (𝑥 − 2)
{
2𝑥 + 𝑦 = 8

−2𝑥 − 4𝑦 = −14
{
2𝑥 + 𝑦 = 8

Somando as equações:
- 3y = - 6
y=2
x=7–4=3
𝑏
𝐷𝑒𝑡 = |3 2 |
2 2

6–b=8
b=-2

06. Resposta: A

A.B=I

1 0 1 𝑎 𝑏 𝑐 1 0 0
( 2 1 0 )∙( 𝑑 𝑒 𝑓 )=( 0 1 0 )
0 1 1 𝑔 ℎ 𝑖 0 0 1

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𝑎+𝑔 𝑏+ℎ 𝑐+𝑖 1 0 0
( 2𝑎 + 2𝑑 2𝑏 + 𝑒 2𝑐 + 𝑓 ) = ( 0 1 0 )
𝑑+𝑔 𝑒+ℎ 𝑓+ 𝑖 0 0 1

Como queremos saber o elemento da segunda linha e terceira coluna(f):

𝑐+𝑖 =0
{ +𝑓 = 0
2𝑐
𝑓+𝑖 =1

Da primeira equação temos:


c=-i
substituindo na terceira:
f-c=1

2𝑐 + 𝑓 = 0(𝑥 − 1)
{
𝑓−𝑐 =1

−2𝑐 − 𝑓 = 0
{
𝑓−𝑐 = 1

Somando as equações:
-3c=1
C=-1/3
f=2/3

07. Resposta: D
1 3 2 0
𝑀 = ( 3 1 0 2)
2 3 0 1
0 2 1 3

Como é uma matriz 4x4 vamos achar o determinante através do teorema de Laplace. Para isso
precisamos, calcular os cofatores. Dica: pela fileira que possua mais zero. O cofator é dado pela fórmula:
𝐶𝑖𝑗 = (−1)𝑖+𝑗 ∙ 𝐷. Para o determinante é usado os números que sobraram tirando a linha e a coluna.
3 1 2
𝐶13 = (−1)4 ∙ | 2 3 1 |
0 2 3

𝐶13 = 27 + 8 − 6 − 6 = 23
A13=2.23=46

1 3 0
𝐶43 = (−1)7 | 3 1 2 |
2 3 1

𝐶43 = −(1 + 12 − 6 − 9) = 2
A43=1.2=2
D = 46 + 2 = 48
SISTEMAS LINEARES

Um Sistema de Equações Lineares é um conjunto ou uma coleção de equações com as quais é


possível resolver tudo de uma só vez. Sistemas Lineares são úteis para todos os campos da matemática
aplicada, em particular, quando se trata de modelar e resolver numericamente problemas de diversas

. 338
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áreas. Nas engenharias, na física, na biologia, na química e na economia, por exemplo, é muito comum
a modelagem de situações por meio de sistemas lineares.

Definição
Toda equação do tipo a1x1 + a2x2 + a3x3+...anxn = b, onde a1, a2, a3,.., an e b são números reais e x1, x2,
x3,.., xn são as incógnitas.
Os números reais a1, a2, a3..., an são chamados de coeficientes e b é o termo independente.

Observamos também que todos os expoentes de todas as variáveis são sempre iguais a 1.

Solução de uma equação linear


Na equação 4x – y = 2, o par ordenado (3,10) é uma solução, pois ao substituirmos esses valores na
equação obtemos uma igualdade.
4 . 3 – 10 → 12 – 10 = 2

Já o par (3,0) não é a solução, pois 4.3 – 0 = 2 → 12 ≠ 2

Sistema Linear
Um conjunto de m equações lineares na variáveis x1,x2, ..., xn é dito sistema linear de m equações e n
variáveis.

Dessa forma temos:


2𝑥 − 3𝑦 = 5
𝑎) { é 𝑢𝑚 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑚 2 𝑒𝑞𝑢𝑎çõ𝑒𝑠 𝑒 2 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑥+𝑦 =4

𝑥−𝑦+𝑧 = 2
𝑏) { é 𝑢𝑚 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑚 2 𝑒𝑞𝑢𝑎çõ𝑒𝑠 𝑒 3 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠
−3𝑥 + 4𝑦 = 1

𝑐){𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 − 𝑤 = 0 é 𝑢𝑚 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑚 1 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑒 4 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠

Matrizes associadas a um sistema


Podemos associar a um sistema linear 2 matrizes (completas e incompletas) cujos elementos são os
coeficientes das equações que formam o sistema.

Exemplo:
4𝑥 + 3𝑦 = 1
𝑎) {
2𝑥 − 5𝑦 = −2

Temos que:
4 3 4 3 1
𝐴=( ) é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑖𝑛𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑡𝑎 𝑒 𝐵 = ( ) é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑡𝑎.
2 −5 2 −5 −2

Solução de um sistema
Dizemos que a1,a2,...,an é a solução de um sistema linear de n variáveis quando é solução de cada
uma das equações do sistema.

Exemplo:
A tripla ordenada (-1,-2,3) é solução do sistema:
3𝑥 − 𝑦 + 𝑧 = 2
{ 𝑥 − 2𝑦 − 𝑧 = 0
2𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 = 2

1º equação → 3.(-1) – (-2) + 3 = -3 + 2 + 3 = 2 (V)


2º equação → -1 -2.(-2) – 3 = -1 + 4 – 3 = 0 (V)
3º equação → 2.(-1) + (-2) + 2.3 = -2 – 2 + 6 = 2 (V)

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Classificação de um sistema linear
Um sistema linear é classificado de acordo com seu números de soluções.

Exemplos:
2𝑥 − 𝑦 = −1
A) O par ordenado (1,3) é a única solução do sistema {
7𝑥 − 3𝑦 = −2
Temos que o sistema é possível e determinado (SPD)

3𝑥 − 3𝑦 + 3𝑧 = 3
B) O sistema { apresenta infinitas soluções, como por exemplo (0,1,2), (1,0,0),(2,-1,-
𝑥−𝑦+𝑧 =1
2). Dizemos que o sistema é possível e indeterminado (SPI)

𝑥−𝑦+𝑧 =4
C) O sistema {−4𝑥 + 2𝑦 − 𝑧 = 0 não apresenta nenhuma solução, pois a primeira e a terceira
𝑥−𝑦+𝑧 =2
equações não podem satisfeitas ao mesmo tempo. Dizemos que o sistema é impossível (SI).

Sistemas escalonados
Considerando um sistema linear S no qual, em cada equação, existe pelo menos um coeficiente não
nulo.
Dizemos que S está na forma escalonada (ou é escalonado) se o número de coeficientes nulos, antes
do 1º coeficiente não nulo, aumenta de equação para equação.

Exemplos de sistemas escalonados:

Observe que o 1º sistema temos uma redução de números de coeficientes nulos: da 1ª para a 2ª
equação temos 1 e da 1ª para a 3ª temos 2; logo dizemos que ele é escalonado.

- Resolução de um sistema na forma escalonado


Temos dois tipos de sistemas escalonados.

1º) Número de equações igual ao número de variáveis

Vamos partir da última equação, onde obtemos o valor de z. Substituindo esse valor na segunda
equação obtemos y. Por fim, substituímos y e z na primeira equação, obtendo x.
Assim temos:
-2z = 8 → z = -4
y + z = -2 → y – 4 = -2 → y = 2
3x + 7y + 5z = -3 → 3x + 7.2 + 5.(-4) = -3 →3x + 14 – 20 = -3 →3x = -3 + 6 →3x = 3 → x = 1

Logo a solução para o sistema é (1,2,-4).

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O sistema tem uma única solução logo é SPD.

2º) Número de equações menor que o número de variáveis.

𝑥 − 𝑦 + 3𝑧 = 5
{
𝑦+𝑧 =2

Sabemos que não é possível determinar x,y e z de maneira única, pois há três variáveis e apenas duas
“informações” sobre as mesmas. A solução se dará em função de uma de suas variáveis, que será
chamada de variável livre do sistema.
Vamos ao passo a passo:

1º passo → a variável que não aparecer no início de nenhuma das equações do sistema será
convencionada como variável livre, neste caso, a única variável livre é z.

2º passo → transpomos a variável livre z para o 2º membro em cada equação e obtemos:

𝑥 − 𝑦 = 5 − 3𝑧
{
𝑦 =2−𝑧

3º passo → para obtermos x como função de z, substituímos y = 2 – z, na equação:


x - (2 – z) = 5 – 3z → x = 7 – 4z

Assim, toda tripla ordenada da forma (7 – 4z, 2 – z, z), sendo z ϵ R, é solução do sistema. Para cada
valor real que atribuirmos a z, chegaremos a uma solução do sistema.

Este tipo de sistema é dado por infinitas soluções, por isso chamamos de SPI.

Sistemas equivalentes e escalonamento


Dizemos que dois sistemas lineares, S1 e S2, são equivalentes quando a solução de S1 também é
solução de S2.
Dado um sistema linear qualquer, nosso objetivo é transforma-lo em outro equivalente, pois como
vimos é fácil resolver um sistema de forma escalonada. Para isso, vamos aprender duas propriedades
que nos permitirá construir sistemas equivalentes.

1ª Propriedade: quando multiplicamos por k, k ϵ R*, os membros de


uma equação qualquer de um sistema linear S, obtemos um novo
sistema S’ equivalente a S.
𝑥−𝑦 =4
𝑆{ , 𝑐𝑢𝑗𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 é (3, −1)
2𝑥 + 3𝑦 = 3

Multiplicando-se a 1ª equação de S por 3, por exemplo, obtemos:


3𝑥 − 3𝑦 = 12
𝑆′ { , 𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑖𝑛𝑢𝑎 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 (3, −1)
6𝑥 + 9𝑦 = 9

2ª Propriedade: quando substituímos uma equação de um sistema


linear S pela soma, membro a membro, dele com outra, obtemos um
novo sistema S’, equivalente a S.
−𝑥 + 𝑦 = −2
𝑆{ , 𝑐𝑢𝑗𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 é (5,3)
2𝑥 − 3𝑦 = 1

Substituindo a 2ª equação pela soma dela com a 1ª:


−𝑥 + 𝑦 = −2
−𝑥 + 𝑦 = −2 (2ª 𝑒𝑞.)+(1ª 𝑒𝑞.) 2𝑥 − 3𝑦 = 1
𝑆′ { ← (+)
2𝑥 − 3𝑦 = 1
𝑥 − 2𝑦 = −1

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O par (5,3) é também solução de S’, pois a segunda também é verificada:
x – 2y = 5 – 2. 3 = 5 – 6 = -1

Escalonamento de um sistema e o Método de Gauss-Jordan


Para escalonarmos um sistema linear qualquer vamos seguir o passo a passo abaixo:

1º passo: Escolhemos, para 1º equação, uma em que o coeficiente da 1ª incógnita seja não nulo. Se
possível, fazemos a escolha a fim de que esse coeficiente seja igual a -1 ou 1, pois os cálculos ficam, em
geral, mais simples.
2º passo: Anulamos o coeficiente da 1ª equação das demais equações, usando as propriedades 1 e
2.
3º passo: Desprezamos a 1ª equação e aplicamos os 2 primeiros passos com as equações restantes.
4º passo: Desprezamos a 1ª e a 2ª equações e aplicamos os dois primeiros passos nas equações,
até o sistema ficar escalonado.

Vejamos um exemplo:

Escalone e resolva o sistema:


−𝑥 + 𝑦 − 2𝑧 = −9
{ 2𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 6
−2𝑥 − 2𝑦 + 𝑧 = 1

Primeiramente precisamos anular os coeficientes de x na 2ª e na 3ª equação:

Deixando de lado a 1ª equação, vamos repetir o processo para a 2ª e a 3ª equação. Convém,


entretanto, dividir os coeficientes da 2ª equação por 3, a fim de facilitar o escalonamento:
−𝑥 + 𝑦 − 2𝑧 = −9
{ 𝑦 − 𝑧 = −4
−4𝑦 + 5𝑧 = 19

Que é equivalente a:
Substituímos a 3ª equação pela soma dela
com a 2ª equação, multiplicada por 4:
−𝑥 + 𝑦 − 2𝑧 = −9
{ 𝑦 − 𝑧 = −4 4𝑦−4𝑧=−16
−4𝑦+5𝑧=19
𝑧=3
𝑧=3

O sistema obtido está escalonado é do tipo SPD.


A solução encontrada para o mesmo é (2,-1,3)

Observação: Quando, durante o escalonamento, encontramos duas equações com coeficientes


ordenadamente iguais ou proporcionais, podemos retirar uma delas do sistema.

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Exemplo:

Escalone e resolva o sistema:


3𝑥 − 2𝑦 − 𝑧 = 0
{ 𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1
8𝑥 − 6𝑦 + 2𝑧 = 2

𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1
{ 3𝑥 − 2𝑦 − 𝑧 = 0
8𝑥 − 6𝑦 + 2𝑧 = 2
(-3) x (1ª eq.) + (2ª eq.):
-3x + 3y – 6z = -3
3x – 2y – z = 0
y – 7z = -3
𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1
{ 𝑦 − 7𝑧 = −3
2𝑦 − 14𝑧 = −6
(-8) x (1eq.) + (3ª eq.)
-8x + 8y – 16z = -8
8x - 6y + 2z = 2
2y – 14z = -6

Deixamos a 1ª equação de lado e repetimos o processo para a 2ª e 3ª equação:

(-2) x (2ª eq.) + (3ª eq.)


𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1 -2y + 14z = 6
{ 𝑦 − 7𝑧 = −3 2y – 14z = -6
0=0 0 =0

A 3ª equação pode ser retirada do sistema, pois, apesar de ser sempre verdadeira, não traz informação
sobre os valores das variáveis. Assim, obtemos os sistema escalonado:

𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1 (𝐼)
{ , 𝑞𝑢𝑒 é 𝑑𝑜 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑆𝑃𝐼.
𝑦 − 7𝑧 = −3 (𝐼𝐼)

A variável livre do sistema é z, então temos:


(I) y = 7z – 3
(II) x – (7z – 3) + 2z = 1 → x = 5z – 2

Assim, S = [(5z – 2, 7z – 3, z); z ϵ R]

Sistemas homogêneos
Observe as equações lineares seguintes:

x – y + 2z = 0 4x – 2y + 5z = 0 -x1 – x2 – x3 = 0

O coeficiente independente de cada uma delas é igual a zero, então denominamos de equações
homogêneas.
Note que a tripla ordenada (0,0,0) é uma possível solução dessas equações, na qual chamamos de
solução nula, trivial ou imprópria.
Ao conjunto de equações homogêneas denominamos de sistemas homogêneos. Este tipo de sistema
é sempre possível, pois a solução nula satisfaz cada uma de suas equações.

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Exemplo:
𝑥+𝑦−𝑧 = 0
Escalonando o sistema {2𝑥 + 3𝑦 + 𝑧 = 0 , 𝑣𝑒𝑚:
5𝑥 + 7𝑦 + 𝑧 = 0

𝑥+𝑦−𝑧 =0
{ 𝑦 + 3𝑧 = 0 ← (−2)𝑥(1ª 𝑒𝑞. ) + (2ª 𝑒𝑞. )
2𝑦 + 6𝑧 = 0 ← (−5)𝑥(1ª 𝑒𝑞. ) + (3ª 𝑒𝑞. )

Dividindo os coeficientes da 3ª equação por 2, notamos que ela ficará igual à 2ª equação e, portanto
poderá ser retirada do sistema.

𝑥+𝑦−𝑧 = 0
Assim, o sistema se reduz à forma escalonada { 𝑒 é 𝑑𝑜 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑆𝑃𝐼.
𝑦 + 3𝑧 = 0

Resolvendo-o teremos y = -3z e x = 4z. Se z = α, α ϵ R, segue a solução geral (4α,-3α, α).


Vamos ver algumas de suas soluções:
- α = 0 → (0,0,0): solução nula ou trivial.
- α = 1 → (4,-3,1)
- α = -2 → (-8,6,-2)

As soluções onde α = 1 e – 2 são próprias ou diferentes da trivial.

Regra de Cramer
𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑒
Consideramos o sistema { . Suponhamos que a ≠ 0. Observamos que a matriz incompleta
𝑐𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑓
𝑎 𝑏
desse sistema é 𝑀 = ( ), cujo determinante é indicado por D = ad – bc.
𝑐 𝑑
𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 =𝑒
Escalonando o sistema, obtemos: { (∗)
(𝑎𝑑 − 𝑏𝑐). 𝑦 = (𝑎𝑓 − 𝑐𝑒)
Se substituirmos em M a 2ª coluna (dos coeficientes de y) pela coluna dos coeficientes independentes,
𝑎 𝑒
obteremos ( 𝑐 𝑓 ), cujo determinante é indicado por Dy = af – ce.
𝐷𝑦
Assim, em (*), na 2ª equação, obtemos D. y = Dy. Se D ≠ 0, segue que 𝑦 = 𝐷 .

𝑒 𝑏
Substituindo esse valor de y na 1ª equação de (*) e considerando a matriz ( ), cujo determinante
𝑓 𝑑
𝐷𝑥
é indicado por Dx = ed – bf, obtemos 𝑥 = 𝐷 , D ≠ 0.

Resumindo:

𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑒 𝑎 𝑏
Um sistema { é possível e determinado quando 𝐷 = | | ≠ 0, e a solução desse sistema
𝑐𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑓 𝑐 𝑑
é dada por:

𝑫𝒙 𝑫𝒚
𝒙= 𝒆𝒚=
𝑫 𝑫

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Estes resultados são conhecidos como Regra de Cramer e podem ser generalizados para um sistema
n x n (n equações e n incógnitas). Esta regra é um importante recurso na resolução de sistemas lineares
possíveis e determinados, especialmente quando o escalonamento se torna trabalhoso (por causa dos
coeficientes das equações) ou quando o sistema é literal.

Exemplo:
𝑥+𝑦+𝑧 =0
Vamos aplicar a Regra de Cramer para resolver os sistema { − 𝑦 − 5𝑧 = −6
4𝑥
2𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 = −3

1 1 1
De início temos que |4 −1 −5| = −9 ≠ 0. Temos, dessa forma, SPD.
2 1 2
0 1 1 𝐷𝑥 18
𝐷𝑥 = |−6 −1 −5| = 15 − 6 − 3 + 12 = 18; 𝑥 = = = −2
𝐷 −9
−3 1 2
1 0 1 𝐷𝑦 −27
𝐷𝑦 = |4 −6 −5| = −12 − 12 + 12 − 15 = −27; 𝑦 = = =3
𝐷 −9
2 −3 2
1 1 0 𝐷𝑧 9
𝐷𝑧 = |4 −1 −6| = 3 − 12 + 6 + 12 = 9; 𝑧 = = = −1
𝐷 −9
2 1 −3

Uma alternativa para encontrar o valor de z seria substituir x por -2 e y por 3 em qualquer uma das
equações do sistema.
Assim, S = {(-2,3-1)}.

Discussão de um sistema

𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑒
Consideremos novamente o sistema { , cuja forma escalonada é:
𝑐𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑓

𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑒
{(𝑎𝑑
⏟ − 𝑏𝑐) . 𝑦 = (𝑎𝑓 − 𝑐𝑒)(∗)
𝐷

𝑎 𝑏
em que 𝐷 = | | é o determinante da matriz incompleta do sistema.
𝑐 𝑑

Como vimos, se D ≠ 0, o sistema é possível e determinado e a solução pode ser obtida através da
Regra de Cramer.
Se D = 0, o 1º membro de (*) se anula. Dependendo do anulamento, ou não, do 2º membro de (*),
temos SPI ou SI.
Em geral, sendo D o determinante da matriz incompleta dos coeficientes de um sistema linear, temos:

D ≠ 0 → SPD
D = 0 → (SPI ou SI)

Esses resultados são válidos para qualquer sistema linear de n equações e n incógnitas, n ≥ 2. Temos
que discutir um sistema linear em função de um ou mais parâmetros significa dizer quais valores do(s)
parâmetro(s) temos SPD, SPI ou SI.
Exemplo:

𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 = 0
Vamos discutir, em função de m, o sistema { 3𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 2
2𝑥 + 3𝑦 + 𝑚𝑧 = 2

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1 −2 3
Temos: 𝐷 = |3 1 1 | = 𝑚 − 4 + 27 − 6 − 3 + 6𝑚 − 7𝑚 + 14
2 3 𝑚

- Se 7m + 14 ≠ 0, isto é, se m ≠ - 2, temos SPD.


- Se 7m + 14 = 0, isto é, se m = -2, podemos ter SI ou SPI. Então vamos substituir m por -2 no sistema
e resolvê-lo:

𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 = 0 𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 = 0
{ 3𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 2 ⟺ { 7𝑦 − 8𝑧 = 2 ⟵ (−3)𝑥 (1ª 𝑒𝑞. ) + (2ª 𝑒𝑞. )
2𝑥 + 3𝑦 − 2𝑧 = 2 7𝑦 − 8𝑧 = 2 ⟵ (−2)𝑥 (1ª 𝑒𝑞. ) + (3ª 𝑒𝑞. )

𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 = 0
ou ainda { , 𝑞𝑢𝑒 é 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑙𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑒 𝑑𝑜 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑆𝑃𝐼.
7𝑦 − 8𝑧 = 2

Assim:
m ≠ - 2 → SPD
m = -2 → SPI

Observações:
- Para um sistema homogêneo, a condição D = 0, é necessária para que tenhamos SPI, mas não é
suficiente (pois existe a possibilidade de se ter SI).
- Para um sistema homogêneo, a condição D = 0 é suficiente para que tenhamos SPI.

Questões

01. (MF – Analista de Finanças e Controle – ESAEF) Dado o sistema de equações lineares
é correto afirmar que:
(A) o sistema não possui solução.
(B) o sistema possui uma única solução.
(C) x= 1 e y = 2 é uma solução do sistema.
(D) o sistema é homogêneo.
(E) o sistema possui mais de uma solução.

2 x  3 y  5
02. Determinar m real, para que o sistema seja possível e determinado: 
 x  my  2

3x  y  z  5

03. Resolver e classificar o sistema: x  3 y  7
2 x  y  2 z  4

x  2 y  z  5

04. Determinar m real para que o sistema seja possível e determinado. 2 x  y  2 z  5
3x  y  mz  0

05. Se o terno ordenado (2, 5, p) é solução da equação linear 6x - 7y + 2z = 5, qual o valor de p?

06. Escreva a solução genérica para a equação linear 5x - 2y + z = 14, sabendo que o terno ordenado
(𝛼, 𝛽, 𝛾) é solução.

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07. Determine o valor de m de modo que o sistema de equações abaixo,
2x - my = 10
3x + 5y = 8, seja impossível.

08. Se os sistemas:
x + y = 1 ax – by = 5
S1: { e S2: {
x – 2y = −5 ay – bx = −1
São equivalentes, então o valor de a2 + b2 é igual a:
(A) 1
(B) 4
(C) 5
(D) 9
(E) 10

09. Resolva o seguinte sistema usando a regra de Cramer:


x + 3y − 2z = 3
{ 2x − y + z = 12
4x + 3y − 5z = 6
2 x  y  7
10. Resolver o sistema  .
 x  5 y  2

11. (UNIOESTE – ANALISTA DE INFORMÁTICA – UNIOESTE) Considere o seguinte sistema de


equações lineares

3 3
𝑥 + 2𝑦 + 2 𝑧 = 2
( 2𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 2 )
2𝑥 + 4𝑦 + 3𝑧 = 3

Assinale a alternativa correta.


(A) O determinante da matriz dos coeficientes do sistema é um número estritamente positivo.
(B) O sistema possui uma única solução (1, 1, -1).
(C) O sistema possui infinitas soluções.
(D) O posto da matriz ampliada associada ao sistema é igual a 3.
(E) Os vetores linha (1, 2, 3/2) e (2, 4, 3) não são colineares.

12. (SEDUC/RJ - Professor – Matemática – CEPERJ) Sabendo-se que 2a + 3b + 4c = 17 e que 4a +


b - 2c = 9, o valor de a + b + c é:
(A) 3.
(B) 4.
(C) 5.
(D) 6.
(E) 7.
Comentários

01. Resposta: E.
Calculemos inicialmente D, Dx e Dy:

2 4
D  12  12  0
3 6

6 4
Dx   36  36  0
9 6

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2 6
Dy   18 18  0
3 9

Como D = Dx = Dy = 0, o sistema é possível e indeterminado, logo possui mais de uma solução.

 3
02. Resposta: m  R / m   .
 2
Segundo a regra de Cramer, devemos ter D ≠ 0, em que:

2 3
D  2m  3
1 m
3
Assim: 2m -3 ≠ 0 → m ≠
2
Então, os valores reais de m, para que o sistema seja possível e determinado, são dados pelos
elementos do conjunto:
 3
m  R / m  
 2

03. Resposta: S = {(1, 2, 4)}.


Calculemos inicialmente D, Dx, Dy e Dz

Como D= -25 ≠ 0, o sistema é possível e determinado e:


Dx  25 D y  50
x   1; y    2; z  Dz  100  4
D  25 D  25 D  25

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Assim: S = {(1, 2, 4)} e o sistema são possíveis e determinados.

04. Resposta: m  R / m  3.


Segundo a regra de Cramer, devemos ter D ≠ 0.
Assim:

1 2 1

D  2 1 2  m  12  2  3  2  4m

3 1 m
D = -5m + 15

Assim: -5m + 15 ≠ 0 → m ≠ 3
Então, os valores reais de m, para que o sistema seja possível e determinado, são dados pelos
elementos do conjunto:
m  R / m  3

05. Resposta: 14.


Teremos por simples substituição, observando que x = 2, y = 5 e z = p, 6 . 2 – 7 . 5 + 2 . p = 5.
Logo, 12 - 35 + 2p = 5.
Daí vem imediatamente que 2p = 28 e, portanto, p = 14.

06. Resposta: S = (1,3,15).


Podemos escrever: 5α - 2β + γ = 14. Daí, tiramos: γ = 14 - 5α + 2β. Portanto, a solução genérica será
o terno ordenado (α, β, 14 - 5α + 2β).
Observe que se arbitrando os valores para α e β, a terceira variável ficará determinada em função
desses valores.
Por exemplo, fazendo-se α = 1, β = 3, teremos:
γ = 14 - 5 α + 2 β = 14 – 5 . 1 + 2 . 3 = 15,
ou seja, o terno (1, 3, 15) é solução, e assim, sucessivamente.

Verificamos, pois que existem infinitas soluções para a equação linear dada, sendo o terno
ordenado (α, β, 14 - 5 α + 2 β) a solução genérica.

07. Resposta: m = -10/3.


Teremos, expressando x em função de m, na primeira equação:
x = (10 + my) / 2

Substituindo o valor de x na segunda equação, vem:


3[(10+my) / 2] + 5y = 8

Multiplicando ambos os membros por 2, desenvolvendo e simplificando, vem:


3(10+my) + 10y = 16
30 + 3my + 10y = 16
(3m + 10)y = -14
y = -14 / (3m + 10)

Ora, para que não exista o valor de y e, em consequência não exista o valor de x, deveremos ter o
denominador igual a zero, já que, como sabemos, não existe divisão por zero.
Portanto, 3m + 10 = 0, de onde se conclui m = -10/3, para que o sistema seja impossível, ou seja, não
possua solução.

08. Resposta: E.
Como os sistemas são equivalentes, eles possuem a mesma solução. Vamos resolver o sistema:
S1: x + y = 1
x - 2y = -5

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Subtraindo membro a membro, vem: x - x + y - (-2y) = 1 - (-5).
Logo, 3y = 6 \ y = 2.

Portanto, como x + y = 1, vem, substituindo: x + 2 = 1 \ x = -1.


O conjunto solução é, portanto S = {(-1, 2)}.
Como os sistemas são equivalentes, a solução acima é também solução do sistema S2.
Logo, substituindo em S2 os valores de x e y encontrados para o sistema S1, vem:

a(-1) - b(2) = 5 → - a - 2b = 5
a(2) - b (-1) = -1 → 2 a + b = -1

Multiplicando ambos os membros da primeira equação por 2, fica:


-2 a - 4b = 10

Somando membro a membro esta equação obtida com a segunda equação, fica:
-3b = 9 \ b = - 3

Substituindo o valor encontrado para b na equação em vermelho acima (poderia ser também na outra
equação em azul), teremos:
2 a + (-3) = -1 \ a = 1.
Portanto, a2 + b2 = 12 + (-3)2 = 1 + 9 = 10.

09. Resposta: S = {(5, 2, 4)}.


Teremos:

Portanto, pela regra de Cramer, teremos:


x1 = D x1 / D = 120 / 24 = 5
x2 = D x2 / D = 48 / 24 = 2
x3 = D x3 / D = 96 / 24 = 4

Logo, o conjunto solução do sistema dado é S = {(5, 2, 4)}.

10. Resposta: S  3,1

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11. Resposta: C.

3
1 2
𝐷 = |2 1 2 | = 3 + 12 + 4 − 3 − 4 − 12 = 0
1
2 4 3

O sistema pode ser SI (sistema impossível) ou SPI (sistema possível indeterminado)

Para ser SI Dx = 0 e SPI Dx  0


3 3
2 9 9
𝐷𝑥 = | 2 2 | = + 6 + 24 − − 6 − 12 = 12
2 1 1 2 2
3 4 3
Dx  0, portanto o sistema tem infinitas soluções.

12. Reposta: D.
(I) 2a + 3b + 4c = 17 x(-2)
(II) 4a + b – 2c = 9
Multiplicamos a primeira equação por – 2 e somamos com a segunda, cancelando a variável a:
(I) 2a + 3b + 4c = 17
(II) – 5b – 10c = - 25 : (- 5)
Então:
(I) 2a + 3b + 4c = 17
(II) b +2c = 5
Um sistema com três variáveis e duas equações é possível e indeterminado (tem infinitas soluções),
então fazendo a variável c = α (qualquer letra grega).
Substituímos c em (II):
b + 2α = 5
b = 5 - 2α
substituímos b e c em (I):
2a + 3(5 - 2α) + 4α = 17
2a + 15 - 6α + 4α = 17
2a = 17 – 15 + 6α - 4α
2a = 2 + 2α : (2)
a=1+α
Logo a solução do sistema é a = 1 + α. b = 5 - 2α e c = α, então:
a + b + c = 1 + α + 5 - 2α + α = 6

ANÁLISE COMBINATÓRIA

A Análise Combinatória26 é a parte da Matemática que desenvolve meios para trabalharmos com
problemas de contagem, sendo eles:
- Princípio Fundamental da Contagem (PFC);
- Fatorial de um número natural;
- Tipos de Agrupamentos Simples (Arranjo, permutação e combinação);
- Tipos de Agrupamentos com Repetição (Arranjo, permutação e combinação).

A Análise Combinatória é o suporte da Teoria das Probabilidades, e de vital importância para as


ciências aplicadas, como a Medicina, a Engenharia, a Estatística entre outras.

Princípio Fundamental da Contagem-PFC (Princípio Multiplicativo)

O princípio multiplicativo ou fundamental da contagem constitui a ferramenta básica para resolver


problemas de contagem sem que seja necessário enumerar seus elementos, através das possibilidades

26IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único


FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume Único - FTD
BOSQUILHA, Alessandra - Minimanual compacto de matemática: teoria e prática: ensino médio / Alessandra Bosquilha, Marlene Lima Pires Corrêa, Tânia Cristina
Neto G. Viveiro. -- 2. ed. rev. -- São Paulo: Rideel, 2003.

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dadas. É uma das técnicas mais utilizadas para contagem, mas também dependendo da questão pode
se tornar trabalhosa.

Exemplos

1) Imagine que, na cantina de sua escola, existem cinco opções de suco de frutas: pêssego, maçã,
morango, caju e mamão. Você deseja escolher apenas um desses sucos, mas deverá decidir também se
o suco será produzido com água ou leite. Escolhendo apenas uma das frutas e apenas um dos
acompanhamentos, de quantas maneiras poderá pedir o suco?

2) Para ir da sua casa (cidade A) até a casa do seu amigo Pedro (que mora na cidade C) João precisa
pegar duas conduções: A1 ou A2 ou A3 que saem da sua cidade até a B e B1 ou B2 que o leva até o
destino final C. Vamos montar o diagrama da árvore para avaliarmos todas as possibilidades:

De forma resumida, e rápida podemos também montar através do princípio multiplicativo o número de
possibilidades:

3) De sua casa ao trabalho, Sílvia pode ir a pé, de ônibus ou de metrô. Do trabalho à faculdade, ela
pode ir de ônibus, metrô, trem ou pegar uma carona com um colega.
De quantos modos distintos Sílvia pode, no mesmo dia, ir de casa ao trabalho e de lá para a faculdade?
Vejamos, o trajeto é a junção de duas etapas:

1º) Casa → Trabalho: ao qual temos 3 possibilidades


2º) Trabalho → Faculdade: 4 possibilidades.

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Multiplicando todas as possibilidades (pelo PFC), teremos: 3 x 4 = 12.
No total Sílvia tem 12 maneiras de fazer o trajeto casa – trabalho – faculdade.

DEFINIÇÃO do PFC: Se um evento que chamaremos de E1 puder ocorrer de a maneiras e um outro


evento que chamaremos de E2 puder ocorrer de b maneiras e E1 for independente de E2, assim a
quantidade de maneiras distintas de os dois eventos ocorrerem simultaneamente será dado por axb,
isto é, a quantidade de maneiras de a ocorrer, multiplicado pela quantidade de maneiras de b ocorrer.

Questões

01. (Pref. Chapecó/SC – Engenheiro de Trânsito – IOBV) Em um restaurante os clientes têm a sua
disposição, 6 tipos de carnes, 4 tipos de cereais, 4 tipos de sobremesas e 5 tipos de sucos. Se o cliente
quiser pedir 1 tipo carne, 1 tipo de cereal, 1 tipo de sobremesa e 1 tipo de suco, então o número de opções
diferentes com que ele poderia fazer o seu pedido, é:
(A) 19
(B) 480
(C) 420
(D) 90

02. (Pref. Rio de Janeiro/RJ – Agente de Administração – Pref. do Rio de Janeiro) Seja N a
quantidade máxima de números inteiros de quatro algarismos distintos, maiores do que 4000, que podem
ser escritos utilizando-se apenas os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
O valor de N é:
(A) 120
(B) 240
(C) 360
(D) 480
Comentários

01. Resposta: B.
A questão trata-se de princípio fundamental da contagem, logo vamos enumerar todas as
possibilidades de fazermos o pedido:
6 x 4 x 4 x 5 = 480 maneiras.

02. Resposta: C.
Pelo enunciado precisa ser um número maior que 4000, logo para o primeiro algarismo só podemos
usar os números 4,5 e 6 (3 possibilidades). Como se trata de números distintos para o segundo algarismo
poderemos usar os números (0,1,2,3 e também 4,5 e 6 dependo da primeira casa) logo teremos 7 – 1 =
6 possibilidades. Para o terceiro algarismos teremos 5 possibilidades e para o último, o quarto algarismo,
teremos 4 possibilidades, montando temos:

Basta multiplicarmos todas as possibilidades: 3 x 6 x 5 x 4 = 360.


Logo N é 360.

Fatorial de um Número Natural

É comum aparecerem produtos de fatores naturais sucessivos em problemas de análise combinatória,


tais como: 3. 2 . 1 ou 5. 4 . 3 . 2 . 1, por isso surgiu a necessidade de simplificarmos este tipo de notação,
facilitando os cálculos combinatórios. Assim, produtos em que os fatores chegam sucessivamente até a
unidade são chamados fatoriais.
Matematicamente:
Dado um número natural n, sendo n є N e n ≥ 2, temos:

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Onde:
n! é o produto de todos os números naturais de 1 até n (lê-se: “n fatorial”)
Por convenção temos que:

Exemplos
1) De quantas maneiras podemos organizar 8 alunos em uma fila.
Observe que vamos utilizar a mesma quantidade de alunos na fila nas mais variadas posições:

Temos que 8! = 8.7.6.5.4.3.2.1 = 40320


9!
2) Dado 5! , qual o valor dessa fração?

Observe que o denominador é menor que o numerador, então para que possamos resolver vamos
levar o numerador até o valor do denominador e simplificarmos:

Tipos de Agrupamento

Os agrupamentos que não possuem elementos repetidos, são chamamos de agrupamentos


simples. Dentre eles, temos aqueles onde a ordem é importante e os que a ordem não é importante.
Vamos ver detalhadamente cada um deles.

- Arranjo simples: agrupamentos simples de n elementos distintos tomados(agrupados) p a p. Aqui a


ordem dos seus elementos é importante, é o que diferencia.

Exemplos
1) Dados o conjunto S formado pelos números S= {1,2,3,4,5,6} quantos números de 3 algarismos
podemos formar com este conjunto?

Observe que 123 é diferente de 321 e assim sucessivamente, logo é um Arranjo.

Se fossemos montar todos os números levaríamos muito tempo, para facilitar os cálculos vamos utilizar
a fórmula do arranjo.
Pela definição temos: A n,p (Lê-se: arranjo de n elementos tomados p a p).
Então:

Utilizando a fórmula:
Onde n = 6 e p = 3

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n! 6! 6! 6.5.4.3!
An, p = → A6,3 = = = = 120
(n − p)! (6 − 3)! 3! 3!

Então podemos formar com o conjunto S, 120 números com 3 algarismos.

2) Uma escola possui 18 professores. Entre eles, serão escolhidos: um diretor, um vice-diretor e um
coordenador pedagógico. Quantas as possibilidades de escolha?
n = 18 (professores)
p = 3 (cargos de diretor, vice-diretor e coordenador pedagógico)

n! 18! 18! 18.17.16.15!


An, p = → A18,3 = = = = 4896 grupos
(n − p)! (18 − 3)! 15! 15!

- Permutação simples: sequência ordenada de n elementos distintos (arranjo), ao qual utilizamos


todos os elementos disponíveis, diferenciando entre eles apenas a ordem. A permutação simples é um
caso particular do arranjo simples.
É muito comum vermos a utilização de permutações em anagramas (alterações da sequência das
letras de uma palavra).

Exemplos
1) Quantos anagramas podemos formar com a palavra CALO?

Utilizando a fórmula da permutação temos:


n = 4 (letras)
P4! = 4! = 4 . 3 . 2 . 1! = 24 . 1! (como sabemos 1! = 1) → 24 . 1 = 24 anagramas

2) Utilizando a palavra acima, quantos são os anagramas que começam com a letra L?

P3! = 3! = 3 . 2 . 1! = 6 anagramas que começam com a letra L.

- Combinação simples: agrupamento de n elementos distintos, tomados p a p, sendo p ≤ n. O que


diferencia a combinação do arranjo é que a ordem dos elementos não é importante.
Vemos muito o conceito de combinação quando queremos montar uma comitiva, ou quando temos
também de quantas maneiras podemos cumprimentar um grupo ou comitiva, entre outros.

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Exemplos
1) Uma escola tem 7 professores de Matemática. Quatro deles deverão representar a escola em um
congresso. Quantos grupos de 4 professores são possíveis?

Observe que sendo 7 professores, se invertermos um deles de posição não alteramos o grupo
formado, os grupos formados são equivalentes. Para o exemplo acima temos ainda as seguintes
possibilidades que podemos considerar sendo como grupo equivalentes.
P1, P2, P4, P3 – P2, P1, P3, P4 – P3, P1, P2, P4 – P2, P4, P3, P4 – P4, P3, P1, P2 ...

Com isso percebemos que a ordem não é importante!

Vamos então utilizar a fórmula para agilizar nossos cálculos:

Aqui dividimos novamente por p, para desconsiderar todas as sequências repetidas (P1, P2, P3, P4 =
P4, P2, P1, P3= P3, P2, P4, P1=...).
Aplicando a fórmula:
n! 7! 7! 7.6.5.4! 210 210
Cn, p = → C7,4 = = = = = = 35 grupos de professores
(n − p)! p! (7 − 4)! 4! 3! 4! 3! 4! 3.2.1 6

2) Considerando dez pontos sobre uma circunferência, quantas cordas podem ser construídas com
extremidades em dois desses pontos?

Uma corda fica determinada quando escolhemos dois pontos entre


os dez.
Escolher (A,D) é o mesmo que escolher (D,A), então sabemos que se
trata de uma combinação.
Aqui temos então a combinação de 10 elementos tomados 2 a 2.
n! 10! 10! 10.9.8! 90
C10,2 = = = = = =
(n − p)! p! (10 − 2)! 2! 8! 2! 8! 2! 2
45 cordas

Agrupamentos com Repetição

Existem casos em que os elementos de um conjunto repetem-se para formar novos subconjuntos.
Nestes casos, devemos usar fórmulas de agrupamentos com repetição. Assim, teremos:
A) arranjo com repetição;
B) permutação com repetição;
C) combinação com repetição.

Vejamos:
a) Arranjo com repetição: ou arranjo completo, é um grupo de p elementos de um dado conjunto,
com n elementos distintos, onde a mudança de ordem determina grupos diferentes, podendo porém ter
elementos repetidos.
Indicamos por AR n,p

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No arranjo com repetição, temos todos os elementos do conjunto à disposição a cada escolha, por
isso, pelo Princípio Fundamental da Contagem, temos:

Exemplo
Quantas chapas de automóvel compostas de 2 letras nas duas primeiras posições, seguidas por 4
algarismos nas demais posições (sendo 26 letras do nosso alfabeto e sendo os algarismos do sistema
decimal) podem ser formadas?

O número de pares de letras que poderá ser utilizado é:

Pois podemos repetir eles. Aplicando a fórmula de Arranjo com repetição temos:
𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑 → 𝑨𝑹 𝟐𝟔, 𝟐 = 𝟐𝟔𝟐 = 𝟔𝟕𝟔

Para a quantidade de números temos (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9 – 10 algarismos):

𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑 → 𝑨𝑹 𝟏𝟎, 𝟒 = 𝟏𝟎𝟒 = 𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎

Assim o número de chapas que podemos ter é dado pela multiplicação dos valores achados:
676 . 10 000 = 6 760 000 possibilidades de placas.

Observação: Caso não pudesse ser utilizada a placa com a sequência de zeros, ou seja, com 4 zeros
teríamos:

𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑 → 𝑨𝑹 𝟏𝟎, 𝟒 = 𝟔𝟕𝟔. 𝟏𝟎𝟒 − 𝟏𝟎𝟒 = 𝟏𝟎𝟒 . (𝟔𝟕𝟔 − 𝟏)

b) Permutação com repetição: a diferença entre arranjo e permutação é que esta faz uso de todos
os elementos do conjunto. Na permutação com repetição, como o próprio nome indica, as repetições são
permitidas e podemos estabelecer uma fórmula que relacione o número de elementos, n, e as vezes em
que o mesmo elemento aparece.

Com α + β + γ + ... ≤ n

Exemplo
Quantos são os anagramas da palavra ARARA?
n=5
α = 3 (temos 3 vezes a letra A)
β = 2 (temos 2 vezes a letra R)

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Equacionando temos:
𝒏! 𝟓! 𝟓. 𝟒. 𝟑! 𝟓. 𝟒 𝟐𝟎
𝑷𝒏(∝,𝜷,𝜸,… ) = … → 𝒑𝟓(𝟑,𝟐) = = = = = 𝟏𝟎 𝒂𝒏𝒂𝒈𝒓𝒂𝒎𝒂𝒔
𝜶! 𝜷! 𝜸! 𝟑! 𝟐! 𝟑! 𝟐! 𝟐. 𝟏 𝟐

B.1) Permutação circular: a permutação circular com repetição pode ser generalizada através da
seguinte forma:

Vejamos o exemplo como chegar na fórmula, para aplicação.


- De quantas maneiras 5 meninas que brincam de roda podem formá-la?
Fazendo um esquema, observamos que são posições iguais:

O total de posições é 5! e cada 5 representa uma só permutação circular. Assim, o total de permutações
circulares será dado por:
5! 5.4!
𝑃𝑐 5 = = = 4! = 4.3.2.1 = 24
5 5

C) Combinação com repetição: dado um conjunto com n elementos distintos, chama-se combinação
com repetição, classe p (ou combinação completa p a p) dos n elementos desse conjunto, a todo grupo
formado por p elementos, distintos ou não, em qualquer ordem.

Exemplo
Em uma combinação com repetição classe 2 do conjunto {a, b, c}, quantas combinações obtemos?
Ilustrando temos:

Utilizando a fórmula da combinação com repetição, verificamos o mesmo resultado sem necessidade
de enumerar todas as possibilidades:
n=3ep=2
𝟒! 𝟒! 𝟒. 𝟑. 𝟐! 𝟏𝟐
𝑪𝑹𝒏, 𝒑 = 𝑪 𝒏 + 𝒑 − 𝟏, 𝒑 → 𝑪𝑹 𝟑 + 𝟐 − 𝟏, 𝟐 → 𝑪𝑹𝟒, 𝟐 = = = = =𝟔
(𝟒
𝟐! − 𝟐)! 𝟐! 𝟐! 𝟐! 𝟐! 𝟐

Questões

01. (CRQ 2ª Região/MG – Auxiliar Administrativo – FUNDEP) Com 12 fiscais, deve-se fazer um
grupo de trabalho com 3 deles. Como esse grupo deverá ter um coordenador, que pode ser qualquer um
deles, o número de maneiras distintas possíveis de se fazer esse grupo é:
(A) 4
(B) 660
(C) 1 320
(D) 3 960

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02. (PM/SP – Cabo – CETRO) Uma lei de certo país determinou que as placas das viaturas de polícia
deveriam ter 3 algarismos seguidos de 4 letras do alfabeto grego (24 letras). Sendo assim, o número de
placas diferentes será igual a
(A) 175.760.000.
(B) 183.617.280.
(C) 331.776.000.
(D) 358.800.000.

03. (TJ/RS – Técnico Judiciário - FAURGS) O Tribunal de Justiça está utilizando um código de leitura
de barras composto por 5 barras para identificar os pertences de uma determinada seção de trabalho. As
barras podem ser pretas ou brancas. Se não pode haver código com todas as barras da mesma cor, o
número de códigos diferentes que se pode obter é de
(A) 10.
(B) 30.
(C) 50.
(D) 150.
(E) 250.

04. (SEED/SP – Agente de Organização Escolar – VUNESP) Um restaurante possui pratos principais
e individuais. Cinco dos pratos são com peixe, 4 com carne vermelha, 3 com frango, e 4 apenas com
vegetais. Alberto, Bianca e Carolina pretendem fazer um pedido com três pratos principais individuais,
um para cada. Alberto não come carne vermelha nem frango, Bianca só come vegetais, e Carolina só
não come vegetais. O total de pedidos diferentes que podem ser feitos atendendo as restrições
alimentares dos três é igual a
(A) 384.
(B) 392.
(C) 396.
(D) 416.
(E)432.

05. (Pref. Jundiaí/SP – Eletricista – MAKIYAMA) Dentre os nove competidores de um campeonato


municipal de esportes radicais, somente os quatro primeiros colocados participaram do campeonato
estadual. Sendo assim, quantas combinações são possíveis de serem formadas com quatro desses nove
competidores?
(A) 126
(B)120
(C) 224
(D) 212
(E) 156

06. (Pref. Lagoa da Confusão/TO – Orientador Social – IDECAN) Renato é mais velho que Jorge
de forma que a razão entre o número de anagramas de seus nomes representa a diferença entre suas
idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de Renato é
(A) 24.
(B) 25.
(C) 26.
(D) 27.
(E) 28.

07. (Pref. Nepomuceno/MG – Técnico em Segurança do Trabalho – CONSULPLAN) Numa sala há


3 ventiladores de teto e 4 lâmpadas, todos com interruptores independentes. De quantas maneiras é
possível ventilar e iluminar essa sala mantendo, pelo menos, 2 ventiladores ligados e 3 lâmpadas acesas?
(A) 12.
(B) 18.
(C) 20.
(D) 24.
(E) 36.

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08. (CREA/PR – Agente Administrativo– FUNDATEC) A fim de vistoriar a obra de um estádio de
futebol para a copa de 2014, um órgão público organizou uma comissão composta por 4 pessoas, sendo
um engenheiro e 3 técnicos.
Sabendo-se que em seu quadro de funcionários o órgão dispõe de 3 engenheiros e de 9 técnicos,
pode-se afirmar que a referida comissão poderá ser formada de _____ maneiras diferentes.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do trecho acima.
(A) 252
(B) 250
(C) 243
(D) 127
(E) 81

09. (ESA – Música – EXÉRCITO BRASILEIRO) Colocando-se em ordem alfabética os anagramas da


palavra FUZIL, que posição ocupará o anagrama ZILUF.
(A) 103
(B) 104
(C) 105
(D) 106
(E) 107

10. (CODEMIG – Analista de Administração – Gestão de Concursos) Oito amigos encontraram-se


em uma festa. Se cada um dos amigos trocar um aperto de mão com cada um dos outros, quantos apertos
de mão serão trocados?
(A) 22.
(B) 25.
(C) 27.
(D) 28.

Comentários

01. Resposta: B.
Esta questão trata-se de Combinação, pela fórmula temos:
n!
Cn, p =
(n − p)! p!

Onde n = 12 e p = 3
n! 12! 12! 12.11.10.9! 1320 1320
Cn, p = → C12,3 = = = = = = 220
(n − p)! p! (12 − 3)! 3! 9! 3! 9! 3! 3.2.1 6

Como cada um deles pode ser o coordenado, e no grupo tem 3 pessoas, logo temos 220 x 3 = 660.

02. Resposta: C.
Algarismos possíveis: 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9=10 algarismos
_ _ _ _ _ _ _
101010  242424 24=331.776.000

03. Resposta: B.
_____
22222=32 possibilidades se pudesse ser qualquer uma das cores
Mas, temos que tirar código todo preto e todo branco.
32-2=30

04. Resposta: E.
Para Alberto:5+4=9
Para Bianca:4
Para Carolina: 12
___
9.4.12=432

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05. Resposta: A.
1001.
C_9,4 = 9! / 5!4! = (9∙8∙7∙6∙5!) / (5!∙24) = 126

06. Resposta: C.
Anagramas de RENATO
______
6.5.4.3.2.1=720
Anagramas de JORGE
_____
5.4.3.2.1=120
720
Razão dos anagramas: 120 = 6
Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos

07. Resposta: C.
1ª possibilidade:2 ventiladores e 3 lâmpadas
3!
𝐶3,2 = 1!2! = 3

4!
𝐶4,3 = =4
1!3!

𝐶3,2 ∙ 𝐶4,3 = 3 ∙ 4 = 12

2ª possibilidade:2 ventiladores e 4 lâmpadas


3!
𝐶3,2 = 1!2! = 3

4!
𝐶4,4 = =1
0!4!

𝐶3,2 ∙ 𝐶4,4 = 3 ∙ 1 = 3

3ª possibilidade:3 ventiladores e 3 lâmpadas


3!
𝐶3,3 = 0!3! = 1

4!
𝐶4,3 = 1!3! = 4
𝐶3,3 ∙ 𝐶4,3 = 1 ∙ 4 = 4

4ª possibilidade:3 ventiladores e 4 lâmpadas


3!
𝐶3,3 = =1
0!3!

4!
𝐶4,4 = 0!4! = 1

𝐶3,3 ∙ 𝐶4,4 = 1 ∙ 1 = 1
Somando as possibilidades: 12 + 3 + 4 + 1 = 20

08. Resposta: A.
Engenheiros
3!
𝐶3,1 = =3
2! 1!

Técnicos
9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6!
𝐶9,3 = = = 84
3! 6! 6 ∙ 6!

3 . 84 = 252 maneiras

. 361
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09. Resposta: D.
F _ _ _ _ P4 = 4!
I _ _ _ _ P4 = 4!
L _ _ _ _p4 = 4!
U_ _ _ _P4 = 4!
ZF_ _ _P3 = 3!
ZIF_ _P2 = 2!
ZILFU-1
ZILUF
4 . 4! + 3! + 2! + 1 = 105
Portanto, ZILUF está na 106 posição.

10. Resposta: D.
A primeira pessoa apertará a mão de 7
A Segunda, de 6, e assim por diante.
Portanto, haverá: 7+6+5+4+3+2+1=28

Caro candidato, antes de abordarmos Binômio e Newton, precisamos ter algumas informações que
serão muito importantes, são elas Número Binomial e o Triângulo de Pascal.

Número Binomial

Sendo n e k dois números naturais, o número binomial de ordem n e classe k, ou simplesmente o


binomial n sobre k é um novo número natural representado por:
𝑛 𝑛!
( ) = 𝑘!(𝑛−𝑘)!, se n ≥ k
𝑘
𝑛
( ) = 0, se n < k
𝑘

- Propriedades dos binomiais:


𝑛 𝑛
a) ( ) = ( ), como consequência dessa propriedade, temos que se os números naturais n, k e p
𝑘 𝑛−𝑘
𝑛 𝑛
forem tais que n ≥ k e n ≥ p → ( ) = (𝑝)  k = p ou k + p = n.
𝑘

𝑛−1 𝑛−1 𝑛
b) ( )+( )=( )
𝑘−1 𝑘 𝑘
𝑛 𝑛−𝑘 𝑛
c) ( ) . 𝑘+1 = ( )
𝑘 𝑘+1
𝑛 𝑛 𝑛
d) Temos que ( ) = 1 , ( ) = 1 e ( ) = 𝑛
0 𝑛 1

Triângulo de Pascal

É uma tabela formada por números binomiais dispostos de tal forma que os binomiais de mesmo
numerador situam-se na mesma linha e os mesmos denominadores na mesma coluna.

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Resolvendo os números binomiais, temos:

BINÔMIO DE NEWTON

Denomina-se Binômio de Newton, a todo binômio da forma (a + b)n, sendo n um número natural.

Exemplo:
B = (3x - 2y)4 (onde a = 3x, b = -2y e n = 4, grau do binômio).

Exemplos de desenvolvimento de binômios de Newton:

a) (a + b)2 = a2 + 2ab + b2
b) (a + b)3 = a3 + 3 a2b + 3ab2 + b3
c) (a + b)4 = a4 + 4 a3b + 6 a2b2 + 4ab3 + b4
d) (a + b)5 = a5 + 5 a4b + 10 a3b2 + 10 a2b3 + 5ab4 + b5

Nota: Não é necessário memorizar as fórmulas acima, já que elas possuem uma lei de formação bem
definida, senão vejamos:
Vamos tomar, por exemplo, o item (d) acima:
Observe que o expoente do primeiro e últimos termos são iguais ao expoente do binômio, ou seja,
igual a 5.
A partir do segundo termo, os coeficientes podem ser obtidos a partir da seguinte regra prática de fácil
memorização:
Multiplicamos o coeficiente de a pelo seu expoente e dividimos o resultado pela ordem do termo. O
resultado será o coeficiente do próximo termo. Assim por exemplo, para obter o coeficiente do terceiro
termo do item (d) acima teríamos:
5 × 4 = 20; agora dividimos 20 pela ordem do termo anterior (2 por se tratar do segundo termo) 20 ÷ 2
= 10 que é o coeficiente do terceiro termo procurado.

Observe que os expoentes da variável a decrescem de n até 0 e os expoentes de b crescem de 0 até


n. Assim o terceiro termo é 10 a3b2 (observe que o expoente de a decresceu de 4 para 3 e o de b
cresceu de 1 para 2).

Usando a regra prática acima, o desenvolvimento do binômio de Newton (a + b)7 será:


(a + b)7 = a7 + 7 a6b + 21 a5b2 + 35 a4b3 + 35 a3b4 + 21 a2b5 + 7 ab6 + b7

Como obtivemos, por exemplo, o coeficiente do 6º termo (21 a2b5)?


Pela regra: Coeficiente do termo anterior = 35. Multiplicamos 35 pelo expoente de a que é igual a 3 e
dividimos o resultado pela ordem do termo que é 5.
Então, 35 × 3 = 105 e dividindo por 5 (ordem do termo anterior) vem 105 ÷ 5 = 21, que é o coeficiente
do sexto termo, conforme se vê acima.

Observações:
1) O desenvolvimento do binômio (a + b)n é um polinômio.
2) O desenvolvimento de (a + b)n possui n + 1 termos.
3) Os coeficientes dos termos equidistantes dos extremos, no desenvolvimento de (a + b)n são iguais.
4) A soma dos coeficientes de (a + b)n é igual a 2n.

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Fórmula do termo geral de um Binômio de Newton
Um termo genérico Tk + 1 do desenvolvimento de (a + b)n, sendo k um número natural, é dado por:
𝑛
a) Tk + 1 = ( ) . an – k . bk, feito segundo os expoentes decrescentes de a.
𝑘
𝑛
b) T k + 1 = ( ).ak . bn – k , feito segundo os expoentes crescentes de a.
𝑘
𝑛!
Sendo (𝑛𝑘) = 𝑘!(𝑛−𝑘)!
Questões

01. Determine o 7º termo do binômio (2x + 1)9, desenvolvido segundo as potências decrescentes de x.
(A) 144𝑥 2
(B) 258𝑥 2
(C) 3𝑥 7
(D) 𝑥 9
(E) 672𝑥³

02. Qual o termo médio do desenvolvimento de (2x + 3y)8?


(A) 90720x4y4
(B) 15120x3y6
(C) 45260x2y2
(D) 45360x3y3
(E) 55256x4y6

03. Desenvolvendo o binômio (2x - 3y)3n, obtemos um polinômio de 16 termos. Qual o valor de n?
(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 6
(E) 7
1
04. O termo independente de x no desenvolvimento de (x + 𝑥 )6 é:
(A) 6
(B) 15
(C) 18
(D) 20
(E) 30

05. Qual o valor numérico de 5!.


(A) 15
(B) 150
(C) 12
(D) 120
(E) 100

5
06. Qual o valor numérico de ( ).
3
(A) 10
(B) 5
(C) 2
(D) 1
(E) 20

2𝑥 2𝑥
07. O(s) valor(es) de x que torna(m) verdadeira a equação ( ) = ( ) é:
𝑥−1 3
(A) x = 2 ou x = 1
(B) x = 1 ou x = 4
(C) x = 3 ou x = 4

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(D) x = 4 ou x = 3
(E) x = 2 ou x = 4

Comentários

01. Resposta: E
Primeiro temos que aplicar a fórmula do termo geral de (a + b)n, onde:
a = 2x
b=1
n=9
Como queremos o sétimo termo, fazemos p = 6 na fórmula do termo geral e efetuamos os cálculos
indicados.
Temos então:

9 9! 9 .8 .7 .6!
T6+1 = T7 = ( ). (2x)9 - 6 . (1)6 = [(9−6)! ×6!] . (2𝑥)3 . 1 = 3 .2.1 .6! .8𝑥³ = 672𝑥³
6
Portanto o sétimo termo procurado é 672x3.

02. Resposta: A
Temos:
a = 2x
b = 3y
n=8
Sabemos que o desenvolvimento do binômio terá 9 termos, porque n = 8. Ora sendo T1 T2 T3 T4 T5 T6
T7 T8 T9 os termos do desenvolvimento do binômio, o termo do meio (termo médio) será o T5 (quinto
termo).
Logo, o nosso problema resume-se ao cálculo do T5. Para isto, basta fazer k = 4 na fórmula do termo
geral e efetuar os cálculos decorrentes. Teremos:

8 8! 8 .7 .6 .5 .4!
T4+1 = T5 = ( ). (2x)8-4 . (3y)4 = [(8−4)! .4!] . (2x)4 . (3y)4 = (4! .4 .3 .2 .1 . 16x4 . 81y4
4

Fazendo as contas vem:


T5 = 70.16.81.x4 . y4 = 90720x4y4 , que é o termo médio procurado.

03. Resposta: C
Ora, se o desenvolvimento do binômio possui 16 termos, então o expoente do binômio é igual a 15.
Logo,
3n = 15 de onde se conclui que n = 5.

04. Resposta: D
Sabemos que o termo independente de x é aquele que não depende de x, ou seja, aquele que não
possui x.
Temos no problema dado:
a=x
1
b=𝑥
n = 6.
Pela fórmula do termo geral, podemos escrever:
6 1 6 6
Tk + 1 = ( ). x6 - k . (𝑥)k = ( ). x6 - k . x- k = ( ). x6 - 2p .
𝑘 𝑘 𝑘

Ora, para que o termo seja independente de x, o expoente desta variável deve ser zero, pois x0 = 1.
Logo, fazendo 6 – 2k = 0, obtemos k = 3. Substituindo então k por 6, teremos o termo procurado.
Temos então:
6 6! 6 .5 .4 .3!
T3+1 = T4 = ( ). x0 = [(6−3)! .3!] = 3! .2 .1 = 20
3
Logo, o termo independente de x é o T4 (quarto termo) que é igual a 20.

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05. Resposta: D
5! = 5.4.3.2.1 = 120

06. Resposta: A
5 5! 5.4.3! 5.4 20
( ) = 3!(5−3)! = 3!.2! = 2.1 = 2 = 10
3

07. Resposta: E
Esses dois números binomiais são iguais se:
x – 1 = 3 ou x – 1 + 3 = 2x
x = 3 + 1 ou 2 = 2x – x
x=4 ou x=2

8 Noções de estatística. 8.1 Medidas de tendência central. 8.2 Medidas de


dispersão distribuição de frequência. 8.3 Gráficos. 8.4 Tabelas.

MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL

As medidas de posição visam localizar com maior facilidade onde está a maior concentração de valores
de uma dada distribuição, podendo estar ela no início, meio ou fim; e também se esta distribuição está
sendo feita de forma igual.
As medidas de posição mais importantes são as de tendência central (veremos aqui para dados
agrupados):
- Média;
- Moda;
- Mediana.

MÉDIA ARITMÉTICA (𝒙 ̅)
A média aritmética é o quociente da divisão da soma dos valores da variável pelo número deles.
Anteriormente tratamos a média para dados não agrupados, agora veremos para dados agrupados.

1) Sem intervalo de classe: considerando a distribuição relativa a 34 famílias de quatro filhos, e


tomando como variável o número de filhos do sexo masculino, teremos a seguinte tabela:
Nº de meninos fi
0 2
1 6
2 10
3 12
4 4
∑ = 34

As frequências são números indicadores da intensidade de cada valor da variável, elas funcionam
como fatores de ponderação, o que nos leva a calcular a média aritmética ponderada, dada por:

𝚺𝒙𝒊 𝒇𝒊
̅=
𝒙
𝚺𝒇𝒊

O método mais prático de resolvermos é adicionarmos mais uma coluna para obtenção da média
ponderada:
Nº de meninos fi xi.fi
0 2 0
1 6 6
2 10 20
3 12 36
4 4 16
∑ = 34 ∑ = 78

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Aplicando a fórmula temos:
Σ𝑥𝑖 𝑓𝑖 78
𝑥̅ = = = 2,29 → 𝑥̅ = 2,3 𝑚𝑒𝑛𝑖𝑛𝑜𝑠
Σ𝑓𝑖 34

Nota: quando a variável apresenta um valor 2 meninos, 3 décimos de meninos, como devemos
interpretar o resultado? Como o valor médio 2,3 meninos sugere (para este caso) que o maior número de
famílias tem 2 meninos e 2 meninas, sendo uma tendência geral, certa superioridade numérica em relação
ao número de meninos.

2) Com intervalos de classe: convencionamos que todos os valores incluídos em um determinado


intervalo de classe coincidam com seu ponto médio. Determinamos a média ponderada através da
fórmula:
Σ𝑥𝑖 𝑓𝑖
𝑥̅ = , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑥𝑖 é 𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒.
Σ𝑓𝑖

Exemplo:
i Estaturas (cm) fi
1 150 ├ 154 4
2 154 ├ 158 9
3 158 ├ 162 11
4 162 ├ 166 8
5 166 ├ 170 5
6 170 ├ 174 3
∑ = 40

Vamos abrir uma coluna para os pontos médios e outra para os produtos:

i Estaturas (cm) fi xi xi.fi


1 150 ├ 154 4 152 608
2 154 ├ 158 9 156 1404
3 158 ├ 162 11 160 1760
4 162 ├ 166 8 164 1312
5 166 ├ 170 5 168 840
6 170 ├ 174 3 172 516
∑ = 40 ∑ = 6440

Σ𝑥𝑖 𝑓𝑖
∑xifi = 6440, ∑fi = 40 e 𝑥̅ = Σ𝑓𝑖

Aplicando:

6440
𝑥̅ = = 161 → 𝑥̅ = 161 𝑐𝑚
40

Vantagens e desvantagens da média

1. É uma medida de tendência central que, por uniformizar os valores de um conjunto de


dados, não representa bem os conjuntos que revelam tendências extremas.
2. Não necessariamente tem existência real, isto é, nem sempre é um valor que faça parte do
conjunto de dados, para bem representá-lo, embora pertença obrigatoriamente ao intervalo
entre o maior e o menor valor.
3. É facilmente calculada.
4. Serve para compararmos conjuntos semelhantes.

MODA (Mo)
A moda é o valor que aparece com maior frequência em uma série de valores. Podemos dizer é o
valor que “está na moda”.

. 367
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- Para dados não agrupados: ela é facilmente reconhecida, pois observamos o valor que mais se
repete, como dito na definição.
Exemplo:
A série: 7,8,9,10,11, 11, 12, 13, 14 tem moda igual a 10.

Observações:
- Quando uma série não apresenta valor modal, ou seja, quando nenhum valor aparece com
frequência, dizemos que ela é AMODAL.
- Quando uma série tiver mais de um valor modal, dizemos que é BIMODAL (dois valores modas),
TRIMODAL, etc.

- Para dados agrupados


1) Sem intervalo de classe: para determinarmos a moda basta observamos a variável com maior
frequência. Vejamos o exemplo:

Nº de meninos fi
0 2
1 6
2 10
3 12
4 4
∑ = 34

Observamos que a maior frequência(fi) é 12, que corresponde ao valor de variável 3, logo: Mo = 3

2) Com intervalo de classe: a classe que apresenta maior frequência é denominada classe modal. A
moda é o valor dominante que está compreendido entre os limites da classe modal. O método mais
simples para o cálculo é tomar o ponto médio da classe modal. A este valor damos o nome de moda
bruta.
𝒍 ∗ +𝑳 ∗
𝑴𝒐 =
𝟐

Onde:
l* → limite inferior da classe modal
L* → limite superior da classe modal
Exemplo:

i Estaturas (cm) fi
1 150 ├ 154 4
2 154 ├ 158 9
3 158 ├ 162 11
4 162 ├ 166 8
5 166 ├ 170 5
6 170 ├ 174 3
∑ = 40

Observe que a classe com maior frequência é a de i = 3, nela temos que l* = 158 e o L* = 162, aplicando
na fórmula:

𝑙 ∗ +𝐿 ∗ 158 + 162 320


𝑀𝑜 = = = = 160, 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑎 𝑀𝑜 = 160𝑐𝑚
2 2 2

Existem ainda outros métodos mais elaborados para encontramos a moda, um deles seria a fórmula
de Czuber, onde:

𝑫𝟏
𝑴𝒐 = 𝒍 ∗ + .𝒉 ∗
𝑫𝟏 + 𝑫𝟐

. 368
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Onde temos:
l*→ limite inferior da classe modal
h* → amplitude da classe modal
D1 → f* - f(ant)
D2 → f* - f(post)
f*→ frequência simples da classe modal
f(ant)→ frequência simples da classe anterior à classe modal
f(post) → frequência simples da classe posterior à classe modal.

Aplicando a fórmula ao exemplo anterior temos:

𝐷1 11 − 9 2
𝑀𝑜 = 𝑙 ∗ + . ℎ ∗= 158 + . (162 − 158) = 158 + .4
𝐷1 + 𝐷2 (11 − 9) + (11 − 8) 2+3

8
𝑀𝑜 = 158 + = 158 + 1,6 = 159,6 ≅ 160 𝑐𝑚
5

Gráficos da moda
Observe que a moda é o valor correspondente, no eixo das abcissas, ao ponto de ordenada máxima.
Assim temos:

A moda é utilizada:
- Quando desejamos obter uma medida rápida e aproximada de posição;
- Quando a medida de posição deve ser o valor mais típico da distribuição.

. 369
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Vantagens e Desvantagens da Moda

1) Não depende de todos os valores da série, nem de sua ordenação, podendo mesmo não se alterar
com a modificação de alguns deles.
2) Não é influenciada por valores extremos (grandes) da série.
3) Sempre tem existência real, ou seja, sempre é representada por um elemento do conjunto de dados,
excetuando o caso de classes de frequências, quando trabalhamos com subconjuntos (dados
agrupados) e não com cada elemento isoladamente.

MEDIANA (Md)
Como o próprio nome sugere, a mediana é o valor que se encontra no centro de uma série de
números, estando estes dispostos segundo uma ordem. É o valor situado de tal forma no conjunto
que o separa em dois subconjuntos de mesmo número de elementos.

- Para dados não agrupados: para identificarmos a mediana, precisamos ordenar os dados
(crescente ou decrescente) dos valores, para depois identificarmos o valor central. Exemplo:
Dada a série de valores:
5, 13, 10, 2, 18, 15, 6, 16, 9, vamos ordenar os valores em ordem crescente:
2, 5, 6, 9, 10, 13, 15, 16,18; como temos uma sequência de 9 números precisamos identificar aquele
que divide o conjunto em 2 subconjuntos com a mesma quantidade de elementos. Neste caso o valor é
10, pois temos a mesma quantidade de elementos tanto a esquerda quanto a direita:

Md = 10
Neste caso como a série tem número ímpar de termos, ficou fácil identificarmos a mediana. Porém se
a série tiver número par, a mediana será, por definição, qualquer dos números compreendidos entre dois
valores centrais desta série, ao qual utilizaremos o ponto médio entre as duas. Exemplo:
2, 6, 7, 10, 12, 13, 18, 21 (8 termos), vamos utilizar os valores mais centrais que neste caso são o 4º
e o 5º termo. Então a mediana será:
10 + 12 22
𝑀𝑑 = = = 11
2 2
Observações: estando ordenado os valores de uma série e sendo n o número de elementos desta
série, o valor mediano será:
𝑛+1
- o termo de ordem 2 , se n for ímpar;
𝑛 𝑛
- a média aritmética dos termos de ordem 2 𝑒 2 + 1, se n for par.
Observando os exemplos dados:
𝑛+1 9+1 10
- Para n = 9, temos 2 = 2 = 2 = 5, a mediana é o 5º temo, que é Md = 10.
- Para n = 8, temos 8/2 = 4 e 8/2 + 1 = 4 + 1 = 5. Logo a mediana é a média aritmética do 4º e 5º termo:
10 + 12 / 2 = 22 / 2 = 11 → Md = 11

Notas:
- O valor da mediana pode coincidir ou não com um elemento da série. Se for ímpar há
coincidência, se for par já não há;
- A mediana e a média aritmética não têm necessariamente, o mesmo valor;
- A mediana depende da posição dos elementos e não dos valores dos elementos na
série ordenada. Essa é uma diferença marcante entre mediana e a média;
- A mediana também pode ser chamada de valor mediano.

- Para dados agrupados: o cálculo da mediana se processa de modo semelhante ao dos dados não
agrupados, implicando na determinação prévia das frequências acumuladas.

. 370
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
1) Sem intervalo de classe: neste caso basta identificarmos a frequência acumulada imediatamente
superior à metade da soma da frequências. A mediana será o valor da variável que corresponde a tal
frequência acumulada. Exemplo:
Nº de meninos fi Fa
0 2 2
1 6 8
2 10 18
3 12 30
4 4 34
∑ = 34
Logo teremos:
Σfi 34
= = 17, a menor frequência acumulada que supera este valor é 18, que corresponder ao valor 2
2 2
da variável, sendo esta a mediana ou valor mediano. Md = 2 meninos.

Nota:
Σfi
- Caso exista uma frequência acumulada (Fa ou Fi), tal que: 𝐹𝑖 = 2 , a mediana será dada por:
𝑥𝑖 + 𝑥𝑖+1
𝑀𝑑 =
2
Ou seja, a mediana será a média aritmética entre o valor da variável correspondente a essa frequência
acumulada e a seguinte. Exemplo:
xi fi Fi
12 1 1
14 2 3
15 1 4
16 2 6
17 1 7
20 1 8
∑=8
Temos: 8/2 = 4 = F3
Então:
15 + 16 31
𝑀𝑑 = = = 15,5
2 2
1) Com intervalo de classe: precisamos, neste caso, determinar o ponto do intervalo em que está
compreendido a mediana. Para tal, precisamos determinar a classe mediana, que será aquela
Σfi
correspondente à frequência acumulada imediatamente superior a 2 . Fazendo isso podemos interpolar
os dados (inserção de uma quantidade de valores entre dois números), admitindo-se que os valores se
distribuam uniformemente em todo o intervalo de classe. Exemplo:

i Estaturas (cm) fi Fi
1 150 ├ 154 4 4
2 154 ├ 158 9 13
3 158 ├ 162 11 24
4 162 ├ 166 8 32
5 166 ├ 170 5 37
6 170 ├ 174 3 40
∑ = 40

A classe destaca é a classe mediana. Temos que:

Σfi 40
= = 20
2 2

Como há 24 valores incluídos nas três primeiras classes de distribuição e como pretendemos
determinar o valor que ocupa o 20º lugar, a partir do início da série, vemos que este deve estar localizado
na terceira classe (i = 3), supondo que as frequências dessa classe estejam uniformemente distribuídas.

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Como existe 11 elementos nesta classe (fi) e o intervalo da classe (i) é 4, devemos tomar, a partir do
limite inferior, a distância:

20 − 13 7 7 28
.4 = . 4, 𝑎 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎 𝑠𝑒𝑟á 𝑑𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟: 𝑀𝑑 = 158 + . 4 = 158 + = 158 + 2,54 = 160,5 𝑐𝑚
11 11 11 11

Em resumo aplicamos os seguintes passos:

1º - Determinamos as frequências acumuladas;


2º - Calculamos ∑fi / 2;
3º - Marcamos a classe corresponde à frequência acumulada imediatamente superior a ∑fi / 2 (classe
mediana) e após isso aplicamos a fórmula:
𝚺𝒇𝒊
[ 𝟐 − 𝑭(𝒂𝒏𝒕)] . 𝒉 ∗
𝑴𝒅 = 𝒍 ∗ +
𝒇∗
Onde:
l* → limite inferior da classe mediana;
F (ant) → frequência acumulada da classe anterior à classe mediana;
f* → frequência simples da classe mediana;
h* → amplitude do intervalo da classe mediana.

Baseado no exemplo anterior temos:


l* = 158 ; F(ant) = 13 ; f* = 11 e h* = 4
Empregamos a mediana quando:
- Desejamos obter o ponto que divide a distribuição em partes iguais;
- Há valores extremos que afetam de uma maneira acentuada a média;
- A variável em estudo é salário.

Vantagens e Desvantagens da Mediana

1) Não depende de todos os valores do conjunto de dados, podendo mesmo não se alterar
com a modificação.
2) Não é influenciada por valores extremos (grandes) do conjunto de dados.
3) Quando há valores repetidos, a interpretação do valor mediano não é tão simples.

Posição relativa da Média, Mediana e Moda


Quando a distribuição é simétrica, as 3 medidas coincidem; porém a assimetria torna elas diferentes e
essa diferença é tanto maior quanto é a assimetria. Com isso teremos um distribuição em forma de sino:
x̅ = Md = Mo → curva simétrica

Mo < Md < x̅ → curva assimétrica positiva;


x̅ < Md < Mo → curva assimétrica negativa.

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Referência
CRESPO, Antônio Arnot – Estatística fácil – 18ª edição – São Paulo - Editora Saraiva: 2002

OUTLIERS

Os outliers são dados que se diferenciam drasticamente de todos os outros, são pontos fora da curva.
Em outras palavras, um outlier é um valor que foge da normalidade e que pode (e provavelmente irá)
causar anomalias nos resultados obtidos por meio de algoritmos e sistemas de análise.
Entender os outliers é fundamental em uma análise de dados por pelo menos dois aspectos:
1. os outliers podem visar negativamente todo o resultado de uma análise;
2. o comportamento dos outliers pode ser justamente o que está sendo procurado.

Os outliers possuem diversos outros nomes, como: dados discrepantes, pontos fora da curva,
observações fora do comum, anomalias, valores atípicos, entre outros.
A seguir elencamos algumas situações comuns em que os outliers surgem na análise de dados e
apontamos sugestões de como lidar com eles em cada caso.

Como identificar quais são os dados outliers?


Encontrar os outliers utilizando tabelas
A forma mais simples de encontrar dados outliers é olhar diretamente para a tabela ou planilha de
dados – o dataset, como chamam os cientistas de dados.
O caso da tabela a seguir exemplifica claramente um erro de digitação, ou seja, de input dos dados. O
campo da idade do indivíduo Antônio Silveira certamente não representa a idade de 470 anos. Olhando
para a tabela é possível identificar o outlier, mas fica difícil afirmar qual seria a idade correta. Existem
várias possibilidades que podem se referir a idade certa, como: 47, 70 ou ainda 40 anos.

Em uma pequena amostra a tarefa de encontrar outliers com o uso de tabelas pode ser fácil. Porém,
quando a quantidade de observações passa para a casa dos milhares ou milhões fica impossível de
encontrar quais são os dados que destoam do geral. Essa tarefa fica ainda mais difícil quando muitas
variáveis (as colunas da planilha) são envolvidas.

. 373
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Questões

01. (TRT-8ª – Analista Judiciário – CESPE) Com relação à definição das medidas de tendência
central e de variabilidade dos dados em uma estatística, assinale a opção correta.
(A) A moda representa o centro da distribuição, é o valor que divide a amostra ao meio.
(B) A amplitude total, ou range, é uma medida de tendência central pouco afetada pelos valores
extremos.
(C) A mediana é o valor que ocorre mais vezes, frequentemente em grandes amostras.
(D) A variância da amostra representa uma medida de dispersão obtida pelo cálculo da raiz quadrada
positiva do valor do desvio padrão dessa amostra.
(E) A média aritmética representa o somatório de todas as observações dividido pelo número de
observações.

02. (Pref. Fortaleza/CE – Matemática – Pref. Fortaleza/CE) A medida estatística que separa as
metades superior e inferior dos dados amostrados de uma população é chamada de:
(A) mediana.
(B) média.
(C) bissetriz.
(D) moda.

03. (SSP/AM – Técnico de Nível Superior – FGV) A sequência a seguir mostra o número de gols
marcados pelo funcionário Ronaldão nos nove últimos jogos disputados pelo time da empresa onde ele
trabalha:
2, 3, 1, 3, 0, 2, 0, 3, 1.
Sobre a média, a mediana e a moda desses valores é verdade que:
(A) média < mediana < moda;
(B) média < moda < mediana;
(C) moda < média < mediana;
(D) mediana < moda < média;
(E) mediana < média < moda.

04. (SESP/MT – Perito Oficial Criminal - Engenharia Civil/Engenharia Elétrica/Física/Matemática


– FUNCAB) Determine a mediana do conjunto de valores (10, 11, 12, 11, 9, 8, 10, 11, 10, 12).
(A) 8,5
(B) 9
(C) 10,5
(D) 11,5
(E) 10

05. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES) As massas de 5 amigos


são 63,5; 70,3; 82,2; 59 e 71,5 quilogramas. A média e a mediana das massas são, respectivamente:
(A) 69,3 e 70,3 quilogramas.
(B) 172,25 e 82,2 quilogramas.
(C) 69,3 e 82,2 quilogramas.
(D) 172, 70,3 quilogramas.

06. (FUNDUNESP – Auxiliar Administrativo – VUNESP) O gráfico apresenta informações sobre o


número médio de anos de estudo da população brasileira, com base na Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios de 2011, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

. 374
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Com base nas informações do gráfico, é verdade que
(A) o número de homens com estudo é menor que o número de mulheres com estudo, nos anos de
2009 e 2011.
(B) de 2009 para 2011 houve um aumento no número de homens com estudo.
(C) em 2010, a média de anos de estudo das mulheres era de 7,4 anos.
(D) em 2009, a média de anos de estudos das mulheres era de exatos 7 anos e 3 meses.
(E) a média de anos de estudo das mulheres não ultrapassou a 5 meses a dos homens, nos anos de
2009 e 2011.

07. (FUNDUNESP – Auxiliar Administrativo – VUNESP) Um concurso é composto por três fases,
com pesos 1, 2 e 3, respectivamente. Pedro ficou sabendo que na 1.ª fase desse concurso sua nota foi
7,0 e que na 2.ª fase sua nota foi 4,0.
Sabendo-se que para ser aprovado a média aritmética ponderada final tem que ser, no mínimo, 5, que
as notas apresentadas ainda não estão multiplicadas pelos respectivos fatores, e que em cada fase as
notas variam de zero a dez, pode-se afirmar corretamente que
(A) não há como Pedro ser aprovado no concurso.
(B) Pedro já está aprovado no concurso, independentemente da nota que tirar na 3.ª fase.
(C) se Pedro tirar 5,0 ou mais na 3.ª fase, então ele estará aprovado no concurso.
(D) Pedro precisa tirar, no mínimo, 7,0 na 3.ª fase, para ser aprovado no concurso.
(E) tirando 4,0, Pedro estará aprovado no concurso.

08. (IF/GO – Assistente de Alunos – UFG) A tabela a seguir apresenta o índice de desenvolvimento
humano (IDH) de alguns países da América Latina referente ao ano 2012.

Países IDH
Argentina 0,811
Bolívia 0,645
Brasil 0,730
Chile 0,819
Colômbia 0,719
Cuba 0,780
México 0,775
Uruguai 0,792
Venezuela 0,758
Disponível em: <http://www.abinee.org.br/abinee/decon/decon55a.htm>. Acesso em: 24 fev. 2014. (Adaptado).

Dentre os países listados, aquele cujo IDH representa a mediana dos dados apresentados é:
(A) Brasil
(B) Colômbia
(C) México
(D) Venezuela

09. (QC – Segundo Tenente – Ciências Contábeis – MB) Analise a tabela a seguir.
Classe Velocidade (em nós) Tempo(h)
1 0 |------- 5 1
2 5 |------ 10 7
3 10 |------ 15 15
4 15 |------ 20 9
5 20 |------ 25 3
6 25 |------ 30 2

Dos registros de navegação de um determinado navio, foi obtido o quadro acima.


Após análise dos registros, determine a média das velocidades do navio na série observada e assinale
a opção correta.
(A) 13,43 nós
(B) 13,92 nós
(C) 14,12 nós
(D) 14,69 nós
(E) 15,26 nós

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10. (Pref. Paulistana/PI – Professor de Matemática – IMA) Considere o conjunto de dados abaixo,
referente ao salário médio dos funcionários de uma empresa.

O valor da Mediana é:
(A) 1240
(B) 1500
(C) 1360
(D) 1600
(E) 1420

Respostas

01.Resposta: E.
Pela definições apresentadas a única que responde de forma correta a questão é sobre a média.

02. Resposta: A.
Pela definição temos que esta medida é a Mediana.

03.Resposta: A.
Reordenando temos:
0,0,1,1,2,2,3,3,3
Fica evidente o valor da moda, Mo = 3
A mediana é o meio, como é uma sequência com 9 números temos: n+1/2 → 9 +1 / 2 → 10/2 → 5,
logo a mediana será o 5º termo, então Md = 2
A média é a somatória de todos os valores, dividido pela quantidade 1+1+2+2+3+3+3 = 15, 15/9 = 1,66
Logo: média < mediana < moda

04. Resposta: C.
Coloquemos os valores em ordem crescente:
8, 9, 10, 10, 10, 11, 11, 11, 12, 12

Como a Mediana é o elemento que se encontra no meio dos valores colocados em ordem crescente,
temos que:
10 + 11 21
𝑀= = = 10,5
2 2

05. Resposta: A.
63,5+70,3+82,2 + 59+71,5 346,5
A média é: 𝑀 = 5
= 5 = 69,3
Para verificar a mediana, basta colocar os valores em ordem crescente e verificar o elemento que se
encontra no meio deles:
59 63,5 70,3 71,5 82,2

06. Resposta: E.
7,3+7,5 14,8
Média das mulheres: = = 7,4 anos = 7,4 . 12 = 88,8 meses
2 2

7+7,1 14,1
Média dos homens: 2
= 2
= 7,05 anos = 7,05 . 12 = 84,6 meses

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Assim, 88,8 – 84,6 = 4,2 meses

07. Resposta: C.
Pesos 1, 2 e 3, respectivamente. Pedro ficou sabendo que na 1.ª fase desse concurso sua nota foi 7,0
e que na 2.ª fase sua nota foi 4,0.
Sabendo-se que para ser aprovado a média aritmética ponderada final tem que ser, no mínimo, 5

1.7 + 2.4 + 3. 𝑥
𝑀= =5
1+2+3
15 + 3. 𝑥
=5
6

15 + 3𝑥 = 6 . 5

3𝑥 = 30 − 15

15
𝑥= =5
3

08. Resposta: C.
Vamos colocar os números em ordem crescente:
0,645 0,719 0,730 0,758 0,775 0,780 0,792 0,811 0,819
O número que se encontra no meio é 0,775 (México).

09. Resposta: C.
Vamos calcular a média de cada classe:
* Classe 1: (0 + 5) / 2 = 5 / 2 = 2,5
2,5 . 1 = 2,5
* Classe 2: (5 + 10) / 2 = 15 / 2 = 7,5
7,5 . 7 = 52,5
* Classe 3: (10 + 15) / 2 = 25 / 2 = 12,5
12,5 . 15 = 187,5
* Classe 4: (15 + 20) / 2 = 35 / 2 = 17,5

17,5 . 9 = 157,5
* Classe 5: (20 + 25) / 2 = 45 / 2 = 22,5
22,5 . 3 = 67,5
* Classe 6: (25 + 30) / 2 = 55 / 2 = 27,5
27,5 . 2 = 55
* Soma das médias = 522,5
* Total de horas = 37h
Por final: 522,5 / 37 = 14,12

10. Resposta: C.
Colocando na ordem crescente:
1100;1200;1210;1250;1300;1420;1450;1500;1600;1980
A mediana é o número que se encontra no meio. Nesse caso que tem 10 números(par) é a média do
5º e 6º números:

1300 + 1420 2720


= = 1360
2 2

MEDIDAS DE DISPERSÃO

As medidas de tendência central fornecem informações valiosas mas, em geral, não são suficientes
para descrever e discriminar diferentes conjuntos de dados. As medidas de Dispersão ou variabilidade
permitem visualizar a maneira como os dados espalham-se (ou concentram-se) em torno do valor central.

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Para mensurarmos está variabilidade podemos utilizar as seguintes estatísticas: amplitude total; distância
interquartílica; desvio médio; variância; desvio padrão e coeficiente de variação.

- Amplitude Total: é a diferença entre o maior e o menor valor do conjunto de dados.


Ex.: dados: 3, 4, 7, 8 e 8. Amplitude total = 8 – 3 = 5

- Distância Interquartílica: é a diferença entre o terceiro e o primeiro quartil de um conjunto de dados.


O primeiro quartil é o valor que deixa um quarto dos valores abaixo e três quartos acima dele. O terceiro
quartil é o valor que deixa três quartos dos dados abaixo e um quarto acima dele. O segundo quartil é a
mediana. (O primeiro e o terceiro quartis fazem o mesmo que a mediana para as duas metades
demarcadas pela mediana.) Ex.: quando se discutir o boxplot.

- Desvio Médio: é a diferença entre o valor observado e a medida de tendência central do conjunto
de dados.

- Variância: é uma medida que expressa um desvio quadrático médio do conjunto de dados, e sua
unidade é o quadrado da unidade dos dados.

- Desvio Padrão: é raiz quadrada da variância e sua unidade de medida é a mesma que a do conjunto
de dados.

- Coeficiente de variação: é uma medida de variabilidade relativa, definida como a razão percentual
entre o desvio padrão e a média, e assim sendo uma medida adimensional expressa em percentual.

Boxplot: Tanto a média como o desvio padrão podem não ser medidas adequadas para representar
um conjunto de valores, uma vez que são afetados, de forma exagerada, por valores extremos. Além
disso, apenas com estas duas medidas não temos ideia da assimetria da distribuição dos valores. Para
solucionar esses problemas, podemos utilizar o Boxplot. Para construí-lo, desenhamos uma "caixa" com
o nível superior dado pelo terceiro quartil (Q3) e o nível inferior pelo primeiro quartil (Q1). A mediana (Q2)
é representada por um traço no interior da caixa e segmentos de reta são colocados da caixa até os
valores máximo e mínimo, que não sejam observações discrepantes. O critério para decidir se uma
observação é discrepante pode variar; por ora, chamaremos de discrepante os valores maiores do que
Q3+1.5*(Q3-Q1) ou menores do que Q1-1.5*(Q3-Q1).
O Boxplot fornece informações sobre posição, dispersão, assimetria, caudas e valores discrepantes.

O Diagrama de dispersão é adequado para descrever o comportamento conjunto de duas variáveis


quantitativas. Cada ponto do gráfico representa um par de valores observados. Exemplo:

Um aspecto importante no estudo descritivo de um conjunto de dados, é o da determinação da


variabilidade ou dispersão desses dados, relativamente à medida de localização do centro da amostra.
Supondo ser a média, a medida de localização mais importante, será relativamente a ela que se define a
principal medida de dispersão - a variância, apresentada a seguir.

Variância: Define-se a variância, como sendo a medida que se obtém somando os quadrados dos
desvios das observações da amostra, relativamente à sua média, e dividindo pelo número de observações
da amostra menos um.

. 378
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Desvio-Padrão: Uma vez que a variância envolve a soma de quadrados, a unidade em que se exprime
não é a mesma que a dos dados. Assim, para obter uma medida da variabilidade ou dispersão com as
mesmas unidades que os dados, tomamos a raiz quadrada da variância e obtemos o desvio padrão: O
desvio padrão é uma medida que só pode assumir valores não negativos e quanto maior for, maior será
a dispersão dos dados. Algumas propriedades do desvio padrão, que resultam imediatamente da
definição, são: o desvio padrão será maior, quanta mais variabilidade houver entre os dados.

Exemplo: Em uma turma de aluno, verificou-se através da análise das notas de 15 alunos, os seguintes
desempenhos:
Conceito
Alunos na
Prova
1 4,3
2 4,5
3 9
4 6
5 8
6 6,7
7 7,5
8 10
9 7,5
10 6,3
11 8
12 5,5
13 9,7
14 9,3
15 7,5
Total 109,8
Média 7,32
Desvio
1,77
Padrão

Observamos no exemplo, que a média das provas, foi estimada em 7,32 com desvio padrão em 1,77.
Concluímos que a maioria das notas concentrou-se em 9,09 e 5,55.

Vejamos de outra forma:

Um aspecto importante no estudo descritivo de um conjunto de dados, é o da determinação da


variabilidade ou dispersão desses dados, relativamente à medida de localização do centro da amostra.
Repare-se nas duas amostras seguintes, que embora tenham a mesma média, têm uma dispersão bem
diferente:

. 379
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Como a medida de localização mais utilizada é a média, será relativamente a ela que se define a
principal medida de dispersão - a variância, apresentada a seguir.
Define-se a variância, e representa-se por s2, como sendo a medida que se obtém somando os
quadrados dos desvios das observações da amostra, relativamente à sua média, e dividindo pelo número
de observações da amostra menos um:

Se afinal pretendemos medir a dispersão relativamente à média. Por que é que não somamos
simplesmente os desvios em vez de somarmos os seus quadrados?
Experimenta calcular essa soma e verás que (x1-x) + (x2-x) + (x1-x) + ... + (xn – x) ≠ 0. Poderíamos ter
utilizado módulos, para evitar que os desvios negativos, mas é mais fácil trabalhar com quadrados, não
concorda?! E por que é que em vez de dividirmos pó “n”, que é o número de desvios, dividimos por (n-
1)? Na realidade, só aparentemente é que temos “n” desvios independentes, isto é, se calcularmos (n-1)
desvios, o restante fica automaticamente calculado, uma vez que a sua soma é igual a zero. Costuma-se
referir este fato dizendo que se perdeu um grau de liberdade.
Uma vez que a variância envolve a soma de quadrados, a unidade em que se exprime não é a mesma
que a dos dados. Assim, para obter uma medida da variabilidade ou dispersão com as mesmas unidades
que os dados, tomamos a raiz quadrada da variância e obtemos o desvio padrão:

O desvio padrão é uma medida que só pode assumir valores não negativos e quanto maior for, maior
será a dispersão dos dados. Algumas propriedades do desvio padrão, que resultam imediatamente da
definição, são:
- o desvio padrão é sempre não negativo e será tanto maior, quanta mais variabilidade houver entre
os dados.
- se s = 0, então não existe variabilidade, isto é, os dados são todos iguais.

Exemplo: Na 2ª classe de certa escola o professor deu uma tarefa constituída por um certo número
de contas para os alunos resolverem. Pretendendo determinar a dispersão dos tempos de cálculo,
observam-se 10 alunos durante a realização da tarefa, tendo-se obtido os seguintes valores:

Tempo
Aluno
(minutos)
i
xi
1 13 - 3.9 15.21
2 15 - 1.9 3.61
3 14 - 2.9 8.41
4 18 1.1 1.21
5 25 8.1 65.61
6 14 - 2.9 8.41
7 16 -0.9 0.81
8 17 0.1 0.01
9 20 3.1 9.61
10 17 0.1 0.01
169 0.0 112.90

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Resolução: Na tabela anterior juntamos duas colunas auxiliares, uma para colocar os desvios das
observações em relação à média e a outra para escrever os quadrados destes desvios. A partir da coluna
das observações calculamos a soma dessas observações, que nos permitiu calcular a média = 16.9.
Uma vez calculada a média foi possível calcular a coluna dos desvios. Repare-se que, como seria de
esperar, a soma dos desvios é igual a zero. A soma dos quadrados dos desvios permite-nos calcular a
variância donde s = 3.54.
112.9
s2 = = 12.54
9

O tempo médio de realização da tarefa foi de aproximadamente 17 minutos com uma variabilidade
medida pelo desvio padrão de aproximadamente 3.5 minutos. Na representação gráfica ao lado
visualizamos os desvios das observações relativamente à média (valores do exemplo anterior):

Do mesmo modo que a média, também o desvio padrão é uma medida pouco resistente, pois é
influenciado por valores ou muito grandes ou muito pequenos (o que seria de esperar já que na sua
definição entra a média que é não resistente). Assim, se a distribuição dos dados for bastante enviesada,
não é conveniente utilizar a média como medida de localização, nem o desvio padrão como medida de
variabilidade. Estas medidas só dão informação útil, respectivamente sobre a localização do centro da
distribuição dos dados e sobre a variabilidade, se as distribuições dos dados forem aproximadamente
simétricas.
Propriedades para dados com distribuição aproximadamente normal: Uma propriedade que se verifica
se os dados se distribuem de forma aproximadamente normal, ou seja, quando o histograma apresenta
uma forma característica com uma classe média predominante e as outras classes se distribuem à volta
desta de forma aproximadamente simétrica e com frequências a decrescer à medida que se afastam da
classe média, é a seguinte:
Aproximadamente 68% dos dados estão no intervalo .

Desvio Padrão: Propriedades para dados com distribuição aproximadamente normal:

- Aproximadamente 68% dos dados estão no intervalo


- Aproximadamente 95% dos dados estão no intervalo
- Aproximadamente 100% dos dados estão no intervalo

. 381
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Como se depreende do que atrás foi dito, se os dados se distribuem de forma aproximadamente
normal, então estão praticamente todos concentrados num intervalo de amplitude igual a 6 vezes o desvio
padrão.
A informação que o desvio padrão dá sobre a variabilidade deve ser entendida como a variabilidade
que é apresentada relativamente a um ponto de referência - a média, e não propriamente a variabilidade
dos dados, uns relativamente aos outros.
A partir da definição de variância, pode-se deduzir sem dificuldade uma expressão mais simples, sob
o ponto de vista computacional, para calcular ou a variância ou o desvio padrão e que é a seguinte:

É a medida de variabilidade que em geral é expressa em porcentagem, e tem por função determinar o
grau de concentração dos dados em torno da média, geralmente utilizada para se fazer a comparação
entre dois conjuntos de dados em termos percentuais, esta comparação revelará o quanto os dados estão
próximos ou distantes da média do conjunto de dados.

Exemplo
Considere a tabela abaixo que contém as estaturas e os pesos de um mesmo grupo de indivíduos:

Média Desvio-padrão
Estaturas 175 cm 5 cm
Pesos 68 kg 2 kg

Pergunta: Qual das medidas (Estatura ou Peso) possui maior homogeneidade?

Como não é possível responder a essa pergunta utilizando o desvio-padrão, pois é uma medida de
dispersão absoluta, teremos que calcular o CVP da Estatura e o CVP do Peso. A série que apresentar a
menor variação, ou seja, o menor valor do coeficiente CVP, será a série de maior homogeneidade.

. 382
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Seguindo a fórmula do coeficiente CVP, temos:

CVP Estatura

CVP Peso

Logo, nesse grupo de indivíduos, as estaturas apresentam menor grau de dispersão que os pesos.

Amplitude: Uma medida de dispersão que se utiliza por vezes, é a amplitude amostral r, definida como
sendo a diferença entre a maior e a menor das observações: r = xn:n - x1:n, onde representamos por x1:n e
xn:n, respectivamente o menor e o maior valor da amostra (x1, x2, ..., xn), de acordo com a notação
introduzida anteriormente, para a amostra ordenada.

Amplitude Inter-Quartil: A medida anterior tem a grande desvantagem de ser muito sensível à
existência, na amostra, de uma observação muito grande ou muito pequena. Assim, define-se uma outra
medida, a amplitude inter-quartil, que é, em certa medida, uma solução de compromisso, pois não é
afetada, de um modo geral, pela existência de um número pequeno de observações demasiado grandes
ou demasiado pequenas. Esta medida é definida como sendo a diferença entre os 1º e 3º quartis.
Amplitude inter-quartil = Q3/4 - Q1/4
Do modo como se define a amplitude inter-quartil, concluímos que 50% dos elementos do meio da
amostra, estão contidos num intervalo com aquela amplitude. Esta medida é não negativa e será tanto
maior quanto maior for a variabilidade nos dados. Mas, ao contrário do que acontece com o desvio padrão,
uma amplitude inter-quartil nula, não significa necessariamente, que os dados não apresentem
variabilidade.

Amplitude inter-quartil ou desvio padrão: Do mesmo modo que a questão foi posta relativamente
às duas medidas de localização mais utilizadas - média e mediana, também aqui se pode por o problema
de comparar aquelas duas medidas de dispersão.
- A amplitude inter-quartil é mais robusta, relativamente à presença de "outliers", do que o desvio
padrão, que é mais sensível aos dados.
- Para uma distribuição dos dados aproximadamente normal, verifica-se a seguinte relação. Amplitude
inter-quartil 1.3 x desvio padrão.
- Se a distribuição é enviesada, já não se pode estabelecer uma relação análoga à anterior, mas pode
acontecer que o desvio padrão seja muito superior à amplitude inter-quartil, sobretudo se se verificar a
existência de "outliers".
Questões

01. (AL/GO – Assistente Legislativo – Assistente Administrativo – CS/UFG) Em estatística, a


variância é um número que apresenta a unidade elevada ao quadrado em relação a variável que
não está elevada ao quadrado, o que pode ser um inconveniente para a interpretação do resultado.
Por isso, é mais comumente utilizada na estatística descritiva o desvio-padrão, que é definido como
(A) a raiz quadrada da mediana, representada por "s" ou "μ".
(B) a raiz quadrada da variância, representada por "s" ou "α".
(C) a raiz quadrada da variância, representada por "s" ou "α".
(D) a raiz quadrada da média, representada por "s" ou "α".

02. (ANAC – Analista Administrativo – ESAF) Os valores a seguir representam uma amostra
331546248
Então, a variância dessa amostra é igual a
(A) 4,0
(B) 2,5
(C) 4,5
(D) 5,5
(E) 3,0

. 383
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
03. (MPE/AP – Analista Ministerial – FCC) Ao considerar uma curva de distribuição normal,
com uma média como medida central, temos a variância e o desvio padrão referentes a esta média.
Em relação a estes parâmetros,

(A) a variância é uma medida cujo significado é a metade do desvio padrão.


(B) a variância é calculada com base no dobro do desvio padrão.
(C) o desvio padrão é a raiz quadrada da variância.
(D) a média dividida pelo desvio padrão forma a variância.
(E) a variância elevada ao quadrado indica qual é o desvio padrão.

04. (MEC – Agente Administrativo – CESPE) Os dados abaixo correspondem às quantidades


diárias de merendas escolares demandadas em 10 diferentes escolas:

200, 250, 300, 250, 250, 200, 150, 200, 150, 200.

Com base nessas informações, julgue os próximos itens.

O desvio padrão amostral dos números diários de merendas escolares é superior a 50.
( ) Certo ( ) Errado

Respostas

01. Resposta: C.
Como visto, o desvio padrão é a raiz quadrada da variância.

02. Resposta: C.
Tem-se que a amostra contém as seguintes observações: 3 3 1 5 4 6 2 4 8. Para chegar à variância,
nessa questão, encontramos primeiro o valor da média.
A média desses valores é dada por: soma das observações/nº de observações menos 1.
Logo, 3+3+1+5+4+6+2+4+8/ 9 = 4
Após isso, aplicamos a construção: (3-4)²+(3-4)²+(1-4)²+(5-4)²+(4-4)²+(6-4)²+(2-4)²+(4-4)²+(8-4)²/9-1
Calculando: [(-1)²+(-1)²+(-3)²+(1)²+(0)²+(2)²+(-2)²+(0)²+(4)²]/9-1
(1+1+9+1+0+4+4+0+16)/8
36/8 = 4,5

03. Resposta: C.
Conforme visto anteriormente, desvio padrão é a raiz quadrada da variância.

04. Resposta: Errado.


O desvio padrão amostral é dado por:
√∑(Xi – X média)²/(n − 1)
Onde n é o número de elementos (n=10), Xi representa cada elemento da amostra e X a média da
amostra. A média, neste caso, é:
Média (X) = ∑(Xi)/ n = (150 + 150 + 200 + 200 + 200 +200 + 250 + 250 + 250 + 300) /10 = 215
O Desvio Padrão será:
√∑(Xi – X média)²/(n − 1) =
√2 ∗ (150 − 215)² + 4 ∗ (200 − 215)² + 3 ∗ (250 − 215)² + 1 ∗ (300 − 215)² / (10 − 1) =
√8450 + 900 + 3675 + 7225/9 =
√2250
√2500= 50
Logo: √2250< 50

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DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA

Usamos a distribuição de frequência27 para organizarmos os dados estatísticos resultantes de variáveis


quantitativas (as que usam os números para expressar-se) e fazemos a tabulação dos dados, ou seja, a
colocação dos dados de forma ordenada em uma tabela, para assim melhor interpreta-los.

Distribuição de frequência sem intervalo de classe

Quando temos variáveis discretas (possuem número finito de valores entre quaisquer dois valores) a
sua variação é relativamente pequena, cada valor pode ser tomado como um intervalo de classe.
Exemplo:
Uma professora organizou as notas que seus 25 alunos obtiveram em uma de suas provas, da seguinte
forma:

Observe que ela já ordenou os dados brutos (rol) o que ajuda a fazermos a tabulação dos dados.
Tabulando teremos:

O número de vezes que um dado aparece é chamado de FREQUÊNCIA ABSOLUTA representado


por f ou fi (varia de acordo com a bibliografia estudada). Também podemos representar a frequência em
forma de porcentagem, a esta damos o nome de FREQUÊNCIA RELATIVA (fr). Ela é o quociente entre
a frequência absoluta e o número de elementos da população total.

27 CRESPO, Antônio Arnot – Estatística fácil – 18ª edição – São Paulo - Editora Saraiva: 2002

. 385
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Podemos ainda através desta tabulação encontrar a FREQUÊNCIA ABSOLUTA ACUMULADA (fa,
Fa ou Fi), na qual é a soma da frequência absoluta com a do anterior.

Observe que a última linha da Frequência Absoluta Acumulada é SEMPRE IGUAL ao somatório total
dos dados. Temos ainda a FREQUÊNCIA RELATIVA ACUMULADA (fra), que é a razão entre a
frequência absoluta acumulada e a frequência absoluta acumulada total de dados, é a forma percentual
de representarmos esses dados.

O exemplo acima mostra a distribuição de frequência para dados não agrupados. Quando trabalhamos
com uma quantidade grande de dados, a melhor forma é agrupa-los, afim de ganharmos simplicidade,
mesmo que perdemos os pormenores.

Nota:
Muitas bibliografias tendem a definir os termos de seus elementos estatísticos de formas variadas,
dando nome aos seus elementos de formas diferentes. Porém devemos levar em consideração o princípio
de cada um, o seu uso e relevância dentro do tratamento dos dados.
Colocamos aqui algumas dessas definições para o mesmo elemento para que você possa estar
contextualizado sobre o assunto.

Distribuição de frequência para dados agrupados

Para melhor entendimento vamos acompanhar um exemplo e assim destacaremos os elementos


desse tipo de distribuição e os meios de montarmos sua tabela.

Exemplo:
Uma pesquisa feita com 40 alunos de uma escola C, revelou os seguintes dados sobre a estatura de
seus alunos (estaturas dadas em cm):

. 386
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Observe que os dados não estão ordenados, então devemos organiza-los para assim conseguirmos
analisarmos, montando assim o nosso Rol:

Com isso já fica evidente qual a menor (150 cm) e a maior (173 cm) estatura deste grupo de alunos, e
sua concentração está entre 160 e 165 cm.

Se montássemos uma tabela semelhante a do exemplo anterior, exigiria muito espaço, mesmo a nossa
amostra tendo uma quantidade de valores razoável (40 alunos). Então convém agruparmos esses valores
em vários intervalos. Com isso teremos a seguinte tabela de distribuição de frequência com intervalo de
classes.
ESTATURA DOS 40 ALUNOS
DA ESCOLA C

Para montarmos uma tabela com tal agrupamento, precisamos saber algumas definições:

- Classes de frequência ou classes: são intervalos de variação da variável. Elas são simbolicamente
representadas por i, sendo i = 1,2,3, ..., k (onde k é o número total de classes da distribuição).
Por exemplo o intervalo 158 ├- 162 define a 3ª classe (i = 3), de um total de 6 classes, k = 6.

Depois aplicamos a fórmula de Sturges (regra do Logaritmo) dada por:

Aplicando no nosso exemplo temos: k = 1 + 3,3 .log 40 → k = 1 + 3,3 .1,60 → k = 1 + 5,28 → k = 6,28,
arredondando temos k = 6.

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Dica
Quantidade de classes x quantidade de dados

Já sabemos que vamos precisar de 6 classes para agruparmos nossos dados. Agora precisamos
descobrir quantos dados vamos agrupar juntos, ou seja, qual o tamanho ou amplitude do nosso intervalo,
para isso precisaremos de mais algumas informações.

- Amplitude amostral ou total (AA): diferença entre o valor máximo e o valor mínimo da amostra.
AA = x (máx.) – x (min.)

Sabemos que o menor valor da nossa amostra é 150 e o maior 173, aplicando teremos:
AA = 173 – 150 = 23 cm

- Amplitude das classes (h): é a divisão entre a amplitude total e o número de classes. O valor desta
divisão só poderá ser arredondado para mais.
𝑨𝑨
𝒉=
𝒌

Para nosso exemplo temos:


𝐴𝐴 23
ℎ= →ℎ= = 3,83 ≅ 4
𝑘 6

Assim agruparemos os dados de 4 em 4: 150 ao 154; 154 ao 158, ..., 170 ao 174, completando nossas
6 classes. Lembrando que como utilizamos o símbolo “├- “não estamos considerando o valor final, por
isso o repetimos no intervalo seguinte.
Com isso, conseguimos chegar a nossa tabela inicial.

Tome Nota: Podemos chamar a amplitude de classes também como Amplitude de um intervalo de
classe ou intervalo de classe (hi) que é a medida do intervalo que define a classe. Obtemos ela através
da diferença do limite superior e inferior de cada classe. Uma vez que conhecemos e temos os intervalos
podemos encontra-la facilmente.
hi = Li – li

Outras informações são importantes e relevantes ao nosso estudo, como meio de chegarmos a outras
análises. Vejamos:

- Limite de classe: são os extremos de cada classe. O menor chamamos de limite inferior da classe
(li) e o maior, o limite superior da classe (Li).
Tomando como exemplo a 3ª classe, temos:
l3 = 158 e L3 = 162

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Fique por dentro!

O símbolo ├- , indica uma inclusão do valor de li (limite inferior) e exclusão do valor de Li (limite
superior).
O símbolo ├-┤, indica uma inclusão tanto do valor de li (limite inferior) como do valor de Li (limite
superior).
O símbolo -┤, , indica uma exclusão do valor de li (limite inferior) e inclusão do valor de Li (limite
superior).

- Amplitude total da distribuição (AT): é a diferença entre o limite superior da última classe e o limite
inferior da última classe.
AT = L (máx.) – l (mín.)

Em nosso caso temos: AT = 174 – 150 = 24 cm

Observação: A amplitude total da distribuição (AT) JAMAIS coincide com a amplitude amostral (AA).

- Ponto médio de uma classe (xi): é o ponto que divide o intervalo de classe em duas partes iguais.
É o valor que a representa. Para sua obtenção calculamos a média aritmética entre os limites da classe
(superior e inferior).
𝒍𝒊 + 𝑳𝒊
𝒙𝒊 =
𝟐
Exemplo:
O ponto médio da 4ª classe é:
𝑙 4 + 𝐿4 162 + 166 328
𝑥4 = → 𝑥4 = → 𝑥4 = → 𝑥4 = 164 𝑐𝑚
2 2 2

Questões

01. (ESA – Combatente/Logística – EXÉRCITO BRASILEIRO) Identifique a alternativa que


apresenta a frequência absoluta (fi) de um elemento (xi) cuja frequência relativa (fr) é igual a 25 % e cujo
total de elementos (N) da amostra é igual a 72.
(A) 18.
(B) 36.
(C) 9.
(D) 54.
(E) 45.

02. (BNDES – Técnico Administrativo – CESGRANRIO) Em uma faculdade, uma amostra de 120
alunos foi coletada, tendo-se verificado a idade e o sexo desses alunos. Na amostra, apurou-se que 45
estão na faixa de 16 a 20 anos, 60, na faixa de 21 a 25 anos, e 15 na faixa de 26 a 30 anos. Os resultados
obtidos encontram-se na Tabela abaixo.

Quais são, respectivamente, os valores indicados pelas letras P, Q, R e S?


(A) 40; 28; 64 e 0
(B) 50; 28; 64 e 7
(C) 50; 40; 53,3 e 7
(D) 77,8; 28; 53,3 e 7
(E) 77,8; 40; 64 e 0

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
03. (IMESC – Oficial Administrativo – VUNESP) Na tabela a seguir, constam informações sobre o
número de filhos dos 25 funcionários de uma pequena empresa.

Com base nas informações contidas na tabela, é correto afirmar que o número total de filhos dos
funcionários dessa pequena empresa é necessariamente
(A) menor que 41.
(B) igual a 41.
(C) maior que 41 e menor que 46.
(D) igual a 46.
(E) maior ou igual a 46.

Comentários

01. Resposta: A.
f_r=f_i/N
f_i=0,25∙72=18

02. Resposta: B.
Pela pesquisa 45 alunos estão na faixa de 16 a 20
São 10 do sexo masculino, portanto são 45-10=35 do sexo feminino.
70---100%
35----P
P=50%
70---100%
Q---40%
Q=28
35+28+S=70
S=7
Pela última coluna(% de sexo masculino):
20+R+16=100
R=64
P=50; Q=28; R=64; S=7

03. Resposta: E.
1 filho: 7 pessoas -7 filhos
2 filhos: 5 pessoas – 5.2=10 filhos
3 filhos: 3 pessoas – 3.3=9
Já são 26 filhos.
Temos mais 5 pessoas que tem mais de 3 filhos, o número mínimo são 4 filhos.
5.4=20
26+20=46 filhos no mínimo.

TABELAS E GRÁFICOS

O nosso cotidiano é permeado das mais diversas informações, sendo muito delas expressas em
formas de tabelas e gráficos28, as quais constatamos através do noticiários televisivos, jornais, revistas,
entre outros. Os gráficos e tabelas fazem parte da linguagem universal da Matemática, e compreensão
desses elementos é fundamental para a leitura de informações e análise de dados.

28 https://www.infoenem.com.br
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
A parte da Matemática que organiza e apresenta dados numéricos e a partir deles fornecer conclusões
é chamada de Estatística.

Tabelas: as informações nela são apresentadas em linhas e colunas, possibilitando uma melhor
leitura e interpretação. Exemplo:

Fonte: SEBRAE

Observação: nas tabelas e nos gráficos podemos notar que a um título e uma fonte. O título é utilizado
para evidenciar a principal informação apresentada, e a fonte identifica de onde os dados foram obtidos.

Tipos de Gráficos

Gráfico de linhas: são utilizados, em geral, para representar a variação de uma grandeza em certo
período de tempo.
Marcamos os pontos determinados pelos pares ordenados (classe, frequência) e os ligados por
segmentos de reta. Nesse tipo de gráfico, apenas os extremos dos segmentos de reta que compõem a
linha oferecem informações sobre o comportamento da amostra. Exemplo:

Gráfico de barras: também conhecido como gráficos de colunas, são utilizados, em geral, quando há
uma grande quantidade de dados. Para facilitar a leitura, em alguns casos, os dados numéricos podem
ser colocados acima das colunas correspondentes. Eles podem ser de dois tipos: barras verticais e
horizontais.

Gráfico de barras verticais: as frequências são indicadas em um eixo vertical. Marcamos os pontos
determinados pelos pares ordenados (classe, frequência) e os ligamos ao eixo das classes por meio de
barras verticais. Exemplo:

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Gráfico de barras horizontais: as frequências são indicadas em um eixo horizontal. Marcamos os
pontos determinados pelo pares ordenados (frequência, classe) e os ligamos ao eixo das classes por
meio de barras horizontais. Exemplo:

Observação: em um gráfico de colunas, cada barra deve ser proporcional à informação por ela
representada.

Gráfico de setores: são utilizados, em geral, para visualizar a relação entre as partes e o todo.
Dividimos um círculo em setores, com ângulos de medidas diretamente proporcionais às frequências
de classes. A medida α, em grau, do ângulo central que corresponde a uma classe de frequência F é
dada por:
360°
𝛼= .𝐹
𝐹𝑡
Onde:
Ft = frequência total

Exemplo

Para acharmos a frequência relativa, podemos fazer uma regra de três simples:
400 --- 100%
160 --- x
x = 160 .100/ 400 = 40%, e assim sucessivamente.

Aplicando a fórmula teremos:

360° 360°
−𝐹𝑢𝑡𝑒𝑏𝑜𝑙: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 160 → 𝛼 = 144°
𝐹𝑡 400

360° 360°
−𝑉ô𝑙𝑒𝑖: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 120 → 𝛼 = 108°
𝐹𝑡 400

360° 360°
−𝐵𝑎𝑠𝑞𝑢𝑒𝑡𝑒: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 60 → 𝛼 = 54°
𝐹𝑡 400

360° 360°
−𝑁𝑎𝑡𝑎çã𝑜: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 20 → 𝛼 = 18°
𝐹𝑡 400

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Como o gráfico é de setores, os dados percentuais serão distribuídos levando-se em conta a proporção
da área a ser representada relacionada aos valores das porcentagens. A área representativa no gráfico
será demarcada da seguinte maneira:

Com as informações, traçamos os ângulos da circunferência e assim montamos o gráfico:

Pictograma ou gráficos pictóricos: em alguns casos, certos gráficos, encontrados em jornais,


revistas e outros meios de comunicação, apresentam imagens relacionadas ao contexto. Eles são
desenhos ilustrativos. Exemplo:

Histograma: o consiste em retângulos contíguos com base nas faixas de valores da variável e com
área igual à frequência relativa da respectiva faixa. Desta forma, a altura de cada retângulo é denominada
densidade de frequência ou simplesmente densidade definida pelo quociente da área pela amplitude da
faixa. Alguns autores utilizam a frequência absoluta ou a porcentagem na construção do histograma, o
que pode ocasionar distorções (e, consequentemente, más interpretações) quando amplitudes diferentes
são utilizadas nas faixas. Exemplo:

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Polígono de Frequência: semelhante ao histograma, mas construído a partir dos pontos médios das
classes. Exemplo:

Gráfico de Ogiva: apresenta uma distribuição de frequências acumuladas, utiliza uma poligonal
ascendente utilizando os pontos extremos.

Cartograma: é uma representação sobre uma carta geográfica. Este gráfico é empregado quando o
objetivo é de figurar os dados estatísticos diretamente relacionados com áreas geográficas ou políticas.

Interpretação de tabelas e gráficos

Para uma melhor interpretação de tabelas e gráficos devemos ter em mente algumas considerações:
- Observar primeiramente quais informações/dados estão presentes nos eixos vertical e horizontal,
para então fazer a leitura adequada do gráfico;
- Fazer a leitura isolada dos pontos.
- Leia com atenção o enunciado e esteja atento ao que pede o enunciado.

. 394
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Exemplos

(Enem) O termo agronegócio não se refere apenas à agricultura e à pecuária, pois as atividades
ligadas a essa produção incluem fornecedores de equipamentos, serviços para a zona rural,
industrialização e comercialização dos produtos.
O gráfico seguinte mostra a participação percentual do agronegócio no PIB brasileiro:

Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA).


Almanaque abril 2010. São Paulo: Abril, ano 36 (adaptado)

Esse gráfico foi usado em uma palestra na qual o orador ressaltou uma queda da participação do
agronegócio no PIB brasileiro e a posterior recuperação dessa participação, em termos percentuais.
Segundo o gráfico, o período de queda ocorreu entre os anos de
A) 1998 e 2001.
B) 2001 e 2003.
C) 2003 e 2006.
D) 2003 e 2007.
E) 2003 e 2008.

Resolução

Segundo o gráfico apresentado na questão, o período de queda da participação do agronegócio no


PIB brasileiro se deu no período entre 2003 e 2006. Esta informação é extraída através de leitura direta
do gráfico: em 2003 a participação era de 28,28%, caiu para 27,79% em 2004, 25,83% em 2005,
chegando a 23,92% em 2006 – depois deste período, a participação volta a aumentar.
Resposta: C

(Enem) O gráfico mostra a variação da extensão média de gelo marítimo, em milhões de quilômetros
quadrados, comparando dados dos anos 1995, 1998, 2000, 2005 e 2007. Os dados correspondem aos
meses de junho a setembro. O Ártico começa a recobrar o gelo quando termina o verão, em meados de
setembro. O gelo do mar atua como o sistema de resfriamento da Terra, refletindo quase toda a luz solar
de volta ao espaço. Águas de oceanos escuros, por sua vez, absorvem a luz solar e reforçam o
aquecimento do Ártico, ocasionando derretimento crescente do gelo.

Com base no gráfico e nas informações do texto, é possível inferir que houve maior aquecimento global
em
(A)1995.
(B)1998.
(C) 2000.
(D)2005.
(E)2007.

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Resolução

O enunciado nos traz uma informação bastante importante e interessante, sendo chave para a
resolução da questão. Ele associa a camada de gelo marítimo com a reflexão da luz solar e
consequentemente ao resfriamento da Terra. Logo, quanto menor for a extensão de gelo marítimo, menor
será o resfriamento e portanto maior será o aquecimento global.
O ano que, segundo o gráfico, apresenta a menor extensão de gelo marítimo, é 2007.

Resposta: E

Mais alguns exemplos:

01. Todos os objetos estão cheios de água.

Qual deles pode conter exatamente 1 litro de água?


(A) A caneca
(B) A jarra
(C) O garrafão
(D) O tambor

O caminho é identificar grandezas que fazem parte do dia a dia e conhecer unidades de medida, no
caso, o litro. Preste atenção na palavra exatamente, logo a resposta está na alternativa B.

02. No gráfico abaixo, encontra-se representada, em bilhões de reais, a arrecadação de impostos


federais no período de 2003 a 2006. Nesse período, a arrecadação anual de impostos federais:

(A) nunca ultrapassou os 400 bilhões de reais.


(B) sempre foi superior a 300 bilhões de reais.
(C) manteve-se constante nos quatro anos.

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(D) foi maior em 2006 que nos outros anos.
(E) chegou a ser inferior a 200 bilhões de reais.
Analisando cada alternativa temos que a única resposta correta é a D.

Questões

01. (Pref. Fortaleza/CE – Pedagogia – Pref. Fortaleza) “Estar alfabetizado, neste final de século,
supõe saber ler e interpretar dados apresentados de maneira organizada e construir representações, para
formular e resolver problemas que impliquem o recolhimento de dados e a análise de informações. Essa
característica da vida contemporânea traz ao currículo de Matemática uma demanda em abordar
elementos da estatística, da combinatória e da probabilidade, desde os ciclos iniciais” (BRASIL, 1997).
Observe os gráficos e analise as informações.

A partir das informações contidas nos gráficos, é correto afirmar que:


(A) nos dias 03 e 14 choveu a mesma quantidade em Fortaleza e Florianópolis.
(B) a quantidade de chuva acumulada no mês de março foi maior em Fortaleza.
(C) Fortaleza teve mais dias em que choveu do que Florianópolis.
(D) choveu a mesma quantidade em Fortaleza e Florianópolis.

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02. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CESPE)

Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário Nacional


— Sistema Integrado de Informações Penitenciárias – InfoPen,
Relatório Estatístico Sintético do Sistema Prisional Brasileiro,
dez./2013 Internet:<www.justica.gov.br> (com adaptações)

A tabela mostrada apresenta a quantidade de detentos no sistema penitenciário brasileiro por


região em 2013. Nesse ano, o déficit relativo de vagas — que se define pela razão entre o déficit de
vagas no sistema penitenciário e a quantidade de detentos no sistema penitenciário — registrado
em todo o Brasil foi superior a 38,7%, e, na média nacional, havia 277,5 detentos por 100 mil
habitantes.
Com base nessas informações e na tabela apresentada, julgue o item a seguir.
Em 2013, mais de 55% da população carcerária no Brasil se encontrava na região Sudeste.
( )certo ( ) errado

03. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP) A distribuição de salários de uma empresa com
30 funcionários é dada na tabela seguinte.

Salário (em salários mínimos) Funcionários


1,8 10
2,5 8
3,0 5
5,0 4
8,0 2
15,0 1

Pode-se concluir que


(A) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.
(B) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3 salários.
(C) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
(D) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da renda total.
(E) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da renda total.

04. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP) Considere a tabela de distribuição de frequência


seguinte, em que xi é a variável estudada e fi é a frequência absoluta dos dados.

xi fi
30-35 4
35-40 12
40-45 10
45-50 8
50-55 6
TOTAL 40

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Assinale a alternativa em que o histograma é o que melhor representa a distribuição de
frequência da tabela.

05. (SEJUS/ES – Agente Penitenciário – VUNESP) Observe os gráficos e analise as afirmações


I, II e III.

I. Em 2010, o aumento percentual de matrículas em cursos tecnológicos, comparado com 2001,


foi maior que 1000%.
II. Em 2010, houve 100,9 mil matrículas a mais em cursos tecnológicos que no ano anterior.
III. Em 2010, a razão entre a distribuição de matrículas no curso tecnológico presencial e à
distância foi de 2 para 5.
É correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

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06. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CESPE)

A partir das informações e do gráfico apresentados, julgue o item que se segue.


Se os percentuais forem representados por barras verticais, conforme o gráfico a seguir, então
o resultado será denominado histograma.

( ) Certo ( ) Errado

Comentários

01. Resposta: C.
A única alternativa que contém a informação correta com ao gráficos é a C.

02. Resposta: CERTO.


555----100%
306----x
X=55,13%

03. Resposta: D.
(A) 1,8*10+2,5*8+3,0*5+5,0*4+8,0*2+15,0*1=104 salários
(B) 60% de 30, seriam 18 funcionários, portanto essa alternativa é errada, pois seriam 12.
(C)10% são 3 funcionários
(D) 40% de 104 seria 41,6
20% dos funcionários seriam 6, alternativa correta, pois5*3+8*2+15*1=46, que já é maior.
(E) 6 dos trabalhadores: 18
30% da renda: 31,20, errada pois detêm mais.

04. Resposta: A.
A menor deve ser a da primeira 30-35
Em seguida, a de 55
Depois de 45-50 na ordem 40-45 e 35-40

05. Resposta: E.
I- 69,8------100%
781,6----x

. 400
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X=1119,77

II- 781,6-680,7=100,9
10 2
III- 25 = 5

06. Resposta: ERRADO.


Como foi visto na teoria, há uma faixa de valores no eixo x e não simplesmente um dado.

9 Matemática financeira. 9.1 Proporção, porcentagem, juros e taxas de juros, juro


exato e juro comercial, sistemas de capitalização, descontos simples, desconto
racional, desconto bancário. 9.2 Taxa efetiva, equivalência de capitais.

REGRA DE TRÊS SIMPLES

Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente ou inversamente proporcionais podem ser
resolvidos através de um processo prático, chamado regra de três simples29.
Vejamos a tabela abaixo:

Exemplos:
1) Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos litros de álcool esse carro gastaria para percorrer
210 km?
O problema envolve duas grandezas: distância e litros de álcool.
Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser consumido.
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e as grandezas de espécies
diferentes que se correspondem em uma mesma linha:

29
MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio de Janeiro: Elsevier,2013.

. 401
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Na coluna em que aparece a variável x (“litros de álcool”), vamos colocar uma flecha:

Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo de álcool também duplica. Então, as grandezas
distância e litros de álcool são diretamente proporcionais. No esquema que estamos montando,
indicamos esse fato colocando uma flecha na coluna “distância” no mesmo sentido da flecha da coluna
“litros de álcool”:

Armando a proporção pela orientação das flechas, temos:

180 15 180: 30 15
= → 𝑐𝑜𝑚𝑜 180 𝑒 210 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑟 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 30, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠: =
210 𝑥 210: 30 𝑥

1806 15
= → 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑐𝑟𝑢𝑧𝑎𝑑𝑜(𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠) → 6𝑥 = 7.15
2107 𝑥
105
6𝑥 = 105 → 𝑥 = = 𝟏𝟕, 𝟓
6

Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.

2) Viajando de automóvel, à velocidade de 50 km/h, eu gastaria 7 h para fazer certo percurso.


Aumentando a velocidade para 80 km/h, em quanto tempo farei esse percurso?

Indicando por x o número de horas e colocando as grandezas de mesma espécie em uma mesma
coluna e as grandezas de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma linha, temos:

Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), vamos colocar uma flecha:

Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo fica reduzido à metade. Isso significa que as
grandezas velocidade e tempo são inversamente proporcionais. No nosso esquema, esse fato é
indicado colocando-se na coluna “velocidade” uma flecha em sentido contrário ao da flecha da coluna
“tempo”:

Na montagem da proporção devemos seguir o sentido das flechas. Assim, temos:


7 80 7 808 35
= , 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑙𝑎𝑑𝑜 → = 5 → 7.5 = 8. 𝑥 → 𝑥 = → 𝑥 = 4,375 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑥 50 𝑥 50 8

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Como 0,375 corresponde 22 minutos (0,375 x 60 minutos), então o percurso será feito em 4 horas e
22 minutos aproximadamente.

3) Ao participar de um treino de fórmula Indy, um competidor, imprimindo a velocidade média de 180


km/h, faz o percurso em 20 segundos. Se a sua velocidade fosse de 300 km/h, que tempo teria gasto no
percurso?

Vamos representar pela letra x o tempo procurado.


Estamos relacionando dois valores da grandeza velocidade (180 km/h e 300 km/h) com dois valores
da grandeza tempo (20 s e x s).
Queremos determinar um desses valores, conhecidos os outros três.

Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo gasto para fazer o percurso cairá para a metade;
logo, as grandezas são inversamente proporcionais. Assim, os números 180 e 300 são inversamente
proporcionais aos números 20 e x.
Daí temos:
3600
180.20 = 300. 𝑥 → 300𝑥 = 3600 → 𝑥 = → 𝑥 = 12
300

Conclui-se, então, que se o competidor tivesse andando em 300 km/h, teria gasto 12 segundos para
realizar o percurso.

Questões

01. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em 3 de maio de 2014, o jornal Folha de S. Paulo
publicou a seguinte informação sobre o número de casos de dengue na cidade de Campinas.

De acordo com essas informações, o número de casos registrados na cidade de Campinas, até 28 de
abril de 2014, teve um aumento em relação ao número de casos registrados em 2007, aproximadamente,
de
(A) 70%.
(B) 65%.
(C) 60%.
(D) 55%.
(E) 50%.

02. (FUNDUNESP – Assistente Administrativo – VUNESP) Um título foi pago com 10% de desconto
sobre o valor total. Sabendo-se que o valor pago foi de R$ 315,00, é correto afirmar que o valor total
desse título era de
(A) R$ 345,00.
(B) R$ 346,50.
(C) R$ 350,00.
(D) R$ 358,50.
(E) R$ 360,00.

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03. (Pref. Imaruí – Agente Educador – Pref. Imaruí) Manoel vendeu seu carro por R$27.000,00(vinte
e sete mil reais) e teve um prejuízo de 10%(dez por cento) sobre o valor de custo do tal veículo, por
quanto Manoel adquiriu o carro em questão?
(A) R$24.300,00
(B) R$29.700,00
(C) R$30.000,00
(D)R$33.000,00
(E) R$36.000,00

04. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES) Em um mapa, cuja escala
era 1:15.104, a menor distância entre dois pontos A e B, medida com a régua, era de 12 centímetros. Isso
significa que essa distância, em termos reais, é de aproximadamente:
(A) 180 quilômetros.
(B) 1.800 metros.
(C) 18 quilômetros.
(D) 180 metros.

05. (CEFET – Auxiliar em Administração – CESGRANRIO) A Bahia (...) é o maior produtor de cobre
do Brasil. Por ano, saem do estado 280 mil toneladas, das quais 80 mil são exportadas.
O Globo, Rio de Janeiro: ed. Globo, 12 mar. 2014, p. 24.

Da quantidade total de cobre que sai anualmente do Estado da Bahia, são exportados,
aproximadamente,
(A) 29%
(B) 36%
(C) 40%
(D) 56%
(E) 80%

06. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Um comerciante comprou uma caixa com 90 balas
e irá vender cada uma delas por R$ 0,45. Sabendo que esse comerciante retirou 9 balas dessa caixa
para consumo próprio, então, para receber o mesmo valor que teria com a venda das 90 balas, ele terá
que vender cada bala restante na caixa por:
(A) R$ 0,50.
(B) R$ 0,55.
(C) R$ 0,60.
(D) R$ 0,65.
(E) R$ 0,70.

07. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em 25 de maio de 2014, o jornal Folha de S. Paulo
publicou a seguinte informação sobre a capacidade de retirada de água dos sistemas de abastecimento,
em metros cúbicos por segundo (m3/s):

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De acordo com essas informações, o número de segundos necessários para que o sistema Rio Grande
retire a mesma quantidade de água que o sistema Cantareira retira em um segundo é:
(A) 5,4.
(B) 5,8.
(C) 6,3.
(D) 6,6.
(E) 6,9.

08. (FUNDUNESP – Auxiliar Administrativo – VUNESP) Certo material para laboratório foi adquirido
com desconto de 10% sobre o preço normal de venda. Sabendo-se que o valor pago nesse material foi
R$ 1.170,00, é possível afirmar corretamente que seu preço normal de venda é
(A) R$ 1.285,00.
(B) R$ 1.300,00.
(C) R$ 1.315,00.
(D) R$ 1.387,00.
(E) R$ 1.400,00.

09. (PC/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) A mais antiga das funções do Instituto Médico Legal
(IML) é a necropsia. Num determinado período, do total de atendimentos do IML, 30% foram necropsias.
Do restante dos atendimentos, todos feitos a indivíduos vivos, 14% procediam de acidentes no trânsito,
correspondendo a 588. Pode-se concluir que o total de necropsias feitas pelo IML, nesse período, foi
(A) 2500.
(B) 1600.
(C) 2200.
(D) 3200.
(E) 1800.

10. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP) A expectativa de vida do Sr. Joel é de
75 anos e, neste ano, ele completa 60 anos. Segundo esta expectativa, pode-se afirmar que a fração de
vida que ele já viveu é
4
(A) 7

5
(B) 6

4
(C)
5

3
(D) 4

2
(E) 3

11. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP) Foram digitados 10 livros de 200 páginas
cada um e armazenados em 0,0001 da capacidade de um microcomputador. Utilizando-se a capacidade
total desse microcomputador, o número de livros com 200 páginas que é possível armazenar é
(A) 100.
(B) 1000.
(C) 10000.
(D) 100000.
(E) 1000000.

12. (IF/GO – Assistente de Alunos – UFG) Leia o fragmento a seguir

A produção brasileira de arroz projetada para 2023 é de 13,32 milhões de toneladas, correspondendo
a um aumento de 11% em relação à produção de 2013.
Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/projecoes-ver saoatualizada.pdf>. Acesso em: 24 fev. 2014. (Adaptado).

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De acordo com as informações, em 2023, a produção de arroz excederá a produção de 2013, em
milhões de toneladas, em:
(A) 1,46
(B) 1,37
(C) 1,32
(D) 1,22

13. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB) Numa transportadora, 15 caminhões de


mesma capacidade transportam toda a carga de um galpão em quatro horas. Se três deles quebrassem,
em quanto tempo os outros caminhões fariam o mesmo trabalho?
(A) 3 h 12 min
(B) 5 h
(C) 5 h 30 min
(D) 6 h
(E) 6 h 15 min

14. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Uma receita para fazer 35 bolachas
utiliza 225 gramas de açúcar. Mantendo-se as mesmas proporções da receita, a quantidade de açúcar
necessária para fazer 224 bolachas é
(A) 14,4 quilogramas.
(B) 1,8 quilogramas.
(C) 1,44 quilogramas.
(D) 1,88 quilogramas.
(E) 0,9 quilogramas.

15. (METRÔ/SP – Usinador Ferramenteiro – FCC) Laerte comprou 18 litros de tinta látex que, de
acordo com as instruções na lata, rende 200m² com uma demão de tinta. Se Laerte seguir corretamente
as instruções da lata, e sem desperdício, depois de pintar 60 m² de parede com duas demãos de tinta
látex, sobrarão na lata de tinta comprada por ele
(A) 6,8L.
(B) 6,6L.
(C) 10,8L.
(D) 7,8L.
(E) 7,2L.
Comentários

01. Resposta: E.
Utilizaremos uma regra de três simples:
ano %
11442 ------- 100
17136 ------- x

11442.x = 17136. 100 x = 1713600 / 11442 = 149,8% (aproximado)


149,8% – 100% = 49,8%
Aproximando o valor, teremos 50%

02. Resposta: C.
Se R$ 315,00 já está com o desconto de 10%, então R$ 315,00 equivale a 90% (100% - 10%).
Utilizaremos uma regra de três simples:
$ %
315 ------- 90
x ------- 100

90.x = 315. 100 x = 31500 / 90 = R$ 350,00

03. Resposta: C.
Como ele teve um prejuízo de 10%, quer dizer 27000 é 90% do valor total.
Valor %
27000 ------ 90

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X ------- 100

27000 909 27000 9


𝑥
= 10010 → 𝑥
= 10 → 9.x = 27000.10 → 9x = 270000 → x = 30000.

04. Resposta: C.
1: 15.104 equivale a 1:150000, ou seja, para cada 1 cm do mapa, teremos 150.000 cm no tamanho
real. Assim, faremos uma regra de três simples:
mapa real
1 --------- 150000
12 --------- x
1.x = 12. 150000 x = 1.800.000 cm = 18 km

05. Resposta: A.
Faremos uma regra de três simples:
cobre %
280 --------- 100
80 ---------- x
280.x = 80. 100 x = 8000 / 280 x = 28,57%

06. Resposta: A.
Vamos utilizar uma regra de três simples:
Balas $
1 ----------- 0,45
90 ---------- x
1.x = 0,45. 90
x = R$ 40,50 (total)
* 90 – 9 = 81 balas
Novamente, vamos utilizar uma regra de três simples:
Balas $
81 ----------- 40,50
1 ------------ y
81.y = 1 . 40,50
y = 40,50 / 81
y = R$ 0,50 (cada bala)

07. Resposta: D.
Utilizaremos uma regra de três simples INVERSA:
m3 seg
33 ------- 1
5 ------- x
5.x = 33 . 1 x = 33 / 5 = 6,6 seg

08. Resposta: B.
Utilizaremos uma regra de três simples:
$ %
1170 ------- 90
x ------- 100
90.x = 1170 . 100 x = 117000 / 90 = R$ 1.300,00

09. Resposta: E.
O restante de atendimento é de 100% – 30% = 70% (restante)
Utilizaremos uma regra de três simples:
Restante:
atendimentos %
588 ------------ 14
x ------------ 100
14.x = 588 . 100 x = 58800 / 14 = 4200 atendimentos (restante)
Total:

. 407
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atendimentos %
4200 ------------ 70
x ------------ 30
70.x = 4200 . 30 x = 126000 / 70 = 1800 atendimentos

10. Resposta: C.
Considerando 75 anos o inteiro (1), utilizaremos uma regra de três simples:
idade fração
75 ------------ 1
60 ------------ x
75.x = 60 . 1 x = 60 / 75 = 4 / 5 (simplificando por 15)

11. Resposta: D.
Neste caso, a capacidade total é representada por 1 (inteiro).
Assim, utilizaremos uma regra de três simples:
livros capacidade
10 ------------ 0,0001
x ------------ 1
0,0001.x = 10 . 1 x = 10 / 0,0001 = 100.000 livros

12. Resposta: C.
Toneladas %
13,32 ----------- 111
x ------------- 11
111 . x = 13,32 . 11
x = 146,52 / 111
x = 1,32

13. Resposta: B.
Vamos utilizar uma Regra de Três Simples Inversa, pois, quanto menos caminhões tivermos, mais
horas demorará para transportar a carga:
caminhões horas
15 ---------------- 4
(15 – 3) ------------- x
12.x = 4 . 15 → x = 60 / 12 → x = 5 h

14. Resposta: C.
Bolachas açúcar
35----------------225
224----------------x
224.225
𝑥 = 35 = 1440 𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠 = 1,44 𝑞𝑢𝑖𝑙𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠

15. Resposta: E.
18L----200m²
x-------120
x=10,8L
Ou seja, pra 120m² (duas demãos de 60 m²) ele vai gastar 10,8 l, então sobraram:
18-10,8=7,2L

REGRA DE TRÊS COMPOSTA

O processo usado para resolver problemas que envolvem mais de duas grandezas, diretamente ou
inversamente proporcionais, é chamado regra de três composta30.

30
MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio de Janeiro: Elsevier,2013.

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Exemplos:
1) Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças. Em quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras
produziriam 300 dessas peças?
Indiquemos o número de dias por x. Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma só coluna
e as grandezas de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma linha. Na coluna em que
aparece a variável x (“dias”), coloquemos uma flecha:

Iremos comparar cada grandeza com aquela em que está o x.

As grandezas peças e dias são diretamente proporcionais. No nosso esquema isso será indicado
colocando-se na coluna “peças” uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna “dias”:

As grandezas máquinas e dias são inversamente proporcionais (duplicando o número de máquinas,


o número de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema isso será indicado colocando-se na coluna
(máquinas) uma flecha no sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”:

4
Agora vamos montar a proporção, igualando a razão que contém o x, que é , com o produto das outras
x
 6 160 
razões, obtidas segundo a orientação das flechas  . :
 8 300 

Simplificando as proporções obtemos:

4 2 4.5
= → 2𝑥 = 4.5 → 𝑥 = → 𝑥 = 10
𝑥 5 2

Resposta: Em 10 dias.

2) Uma empreiteira contratou 210 pessoas para pavimentar uma estrada de 300 km em 1 ano. Após 4
meses de serviço, apenas 75 km estavam pavimentados. Quantos empregados ainda devem ser
contratados para que a obra seja concluída no tempo previsto?

Iremos comparar cada grandeza com aquela em que está o x.

As grandezas “pessoas” e “tempo” são inversamente proporcionais (duplicando o número de


pessoas, o tempo fica reduzido à metade). No nosso esquema isso será indicado colocando-se na coluna
“tempo” uma flecha no sentido contrário ao da flecha da coluna “pessoas”:

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
As grandezas “pessoas” e “estrada” são diretamente proporcionais. No nosso esquema isso será
indicado colocando-se na coluna “estrada” uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna “pessoas”:

Como já haviam 210 pessoas trabalhando, logo 315 – 210 = 105 pessoas.
Reposta: Devem ser contratados 105 pessoas.

Questões

01. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) O trabalho de varrição de 6.000 m²
de calçada é feita em um dia de trabalho por 18 varredores trabalhando 5 horas por dia. Mantendo-se as
mesmas proporções, 15 varredores varrerão 7.500 m² de calçadas, em um dia, trabalhando por dia, o
tempo de
(A) 8 horas e 15 minutos.
(B) 9 horas.
(C) 7 horas e 45 minutos.
(D) 7 horas e 30 minutos.
(E) 5 horas e 30 minutos.

02. (Pref. Corbélia/PR – Contador – FAUEL) Uma equipe constituída por 20 operários, trabalhando
8 horas por dia durante 60 dias, realiza o calçamento de uma área igual a 4800 m². Se essa equipe fosse
constituída por 15 operários, trabalhando 10 horas por dia, durante 80 dias, faria o calçamento de uma
área igual a:
(A) 4500 m²
(B) 5000 m²
(C) 5200 m²
(D) 6000 m²
(E) 6200 m²

03. (PC/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Dez funcionários de uma repartição trabalham 8
horas por dia, durante 27 dias, para atender certo número de pessoas. Se um funcionário doente foi
afastado por tempo indeterminado e outro se aposentou, o total de dias que os funcionários restantes
levarão para atender o mesmo número de pessoas, trabalhando uma hora a mais por dia, no mesmo
ritmo de trabalho, será:
(A) 29.
(B) 30.
(C) 33.
(D) 28.
(E) 31.

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
04. (TRF 3ª – Técnico Judiciário – FCC) Sabe-se que uma máquina copiadora imprime 80 cópias em
1 minuto e 15 segundos. O tempo necessário para que 7 máquinas copiadoras, de mesma capacidade
que a primeira citada, possam imprimir 3360 cópias é de
(A) 15 minutos.
(B) 3 minutos e 45 segundos.
(C) 7 minutos e 30 segundos.
(D) 4 minutos e 50 segundos.
(E) 7 minutos.

05. (METRÔ/SP – Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – FCC) Para inaugurar no prazo a
estação XYZ do Metrô, o prefeito da cidade obteve a informação de que os 128 operários, de mesma
capacidade produtiva, contratados para os trabalhos finais, trabalhando 6 horas por dia, terminariam a
obra em 42 dias. Como a obra tem que ser terminada em 24 dias, o prefeito autorizou a contratação de
mais operários, e que todos os operários (já contratados e novas contratações) trabalhassem 8 horas por
dia. O número de operários contratados, além dos 128 que já estavam trabalhando, para que a obra seja
concluída em 24 dias, foi igual a
(A) 40.
(B) 16.
(C) 80.
(D) 20.
(E) 32.

06. (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Para digitalizar 1.000 fichas de cadastro, 16 assistentes
trabalharam durante dez dias, seis horas por dia. Dez assistentes, para digitalizar 2.000 fichas do mesmo
modelo de cadastro, trabalhando oito horas por dia, executarão a tarefa em quantos dias?
(A) 14
(B) 16
(C) 18
(D) 20
(E) 24

07. (CEFET – Auxiliar em Administração – CESGRANRIO) No Brasil, uma família de 4 pessoas


produz, em média, 13 kg de lixo em 5 dias. Mantida a mesma proporção, em quantos dias uma família de
5 pessoas produzirá 65 kg de lixo?
(A) 10
(B) 16
(C) 20
(D) 32
(E) 40

08. (UFPE - Assistente em Administração – COVEST) Na safra passada, um fazendeiro usou 15


trabalhadores para cortar sua plantação de cana de 210 hectares. Trabalhando 7 horas por dia, os
trabalhadores concluíram o trabalho em 6 dias exatos. Este ano, o fazendeiro plantou 480 hectares de
cana e dispõe de 20 trabalhadores dispostos a trabalhar 6 horas por dia. Em quantos dias o trabalho
ficará concluído?
Obs.: Admita que todos os trabalhadores tenham a mesma capacidade de trabalho.
(A) 10 dias
(B) 11 dias
(C) 12 dias
(D) 13 dias
(E) 14 dias

09. (PC/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Dez funcionários de uma repartição trabalham 8
horas por dia, durante 27 dias, para atender certo número de pessoas.
Se um funcionário doente foi afastado por tempo indeterminado e outro se aposentou, o total de dias
que os funcionários restantes levarão para atender o mesmo número de pessoas, trabalhando uma hora
a mais por dia, no mesmo ritmo de trabalho, será
(A) 29.
(B) 30.

. 411
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(C) 33.
(D) 28.
(E) 31.

10. (BNB – Analista Bancário – FGV) Em uma agência bancária, dois caixas atendem em média seis
clientes em 10 minutos. Considere que, nesta agência, todos os caixas trabalham com a mesma eficiência
e que a média citada sempre é mantida. Assim, o tempo médio necessário para que cinco caixas atendam
45 clientes é de:
(A) 45 minutos;
(B) 30 minutos;
(C) 20 minutos;
(D) 15 minutos;
(E) 10 minutos.

Comentários

01. Resposta: D.
Comparando- se cada grandeza com aquela onde está o x.
m² varredores horas
6000--------------18-------------- 5
7500--------------15--------------- x
Quanto mais a área, mais horas (diretamente proporcionais)
Quanto menos trabalhadores, mais horas (inversamente proporcionais)
5 6000 15
= ∙
𝑥 7500 18

6000 ∙ 15 ∙ 𝑥 = 5 ∙ 7500 ∙ 18
90000𝑥 = 675000
𝑥 = 7,5 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
Como 0,5 h equivale a 30 minutos, logo o tempo será de 7 horas e 30 minutos.

02. Resposta: D.
Operários horas dias área
20-----------------8-------------60-------4800
15----------------10------------80-------- x
Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo:
4800 20 8 60
= ∙ ∙
𝑥 15 10 80
20 ∙ 8 ∙ 60 ∙ 𝑥 = 4800 ∙ 15 ∙ 10 ∙ 80
9600𝑥 = 57600000
𝑥 = 6000𝑚²

03. Resposta: B.
Temos 10 funcionários inicialmente, com os afastamento esse número passou para 8. Se eles
trabalham 8 horas por dia, passarão a trabalhar uma hora a mais perfazendo um total de 9 horas, nesta
condições temos:
Funcionários horas dias
10---------------8--------------27
8----------------9-------------- x
Quanto menos funcionários, mais dias devem ser trabalhados (inversamente proporcionais).
Quanto mais horas por dia, menos dias devem ser trabalhados (inversamente proporcionais).
Funcionários horas dias
8---------------9-------------- 27
10----------------8----------------x
27 8 9
𝑥
= 10 ∙ 8 → x.8.9 = 27.10.8 → 72x = 2160 → x = 30 dias.

. 412
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04. Resposta: C.
Transformando o tempo para segundos: 1 min e 15 segundos = 75 segundos
Quanto mais máquinas menor o tempo (flecha contrária) e quanto mais cópias, mais tempo (flecha
mesma posição)
Máquina cópias tempo
1----------------80-----------75 segundos
7--------------3360-----------x
Devemos deixar as 3 grandezas da mesma forma, invertendo os valores de” máquina”.
Máquina cópias tempo
7----------------80----------75 segundos
1--------------3360--------- x
75 7 80
𝑥
= 1 ∙ 3360 → x.7.80 = 75.1.3360 → 560x = 252000 → x = 450 segundos

Transformando
1minuto-----60segundos
x-------------450
x = 7,5 minutos = 7 minutos e 30segundos.

05. Resposta: A.
Vamos utilizar a Regra de Três Composta:
Operários  horas dias
128 ----------- 6 -------------- 42
x ------------- 8 -------------- 24
Quanto mais operários, menos horas trabalhadas (inversamente)
Quanto mais funcionários, menos dias (inversamente)
 Operários  horas dias
x -------------- 6 -------------- 42
128 ------------ 8 -------------- 24

𝑥 6 42
= ∙
128 8 24
𝑥 1 42
= ∙
128 8 4
𝑥 1 21
= ∙
128 8 2

16𝑥 = 128 ∙ 21
𝑥 = 8 ∙ 21 = 168
168 – 128 = 40 funcionários a mais devem ser contratados.

06. Resposta: E.
Fichas Assistentes dias horas
1000 --------------- 16 -------------- 10 ------------ 6
2000 -------------- 10 -------------- x -------------- 8
Quanto mais fichas, mais dias devem ser trabalhados (diretamente proporcionais).
Quanto menos assistentes, mais dias devem ser trabalhados (inversamente proporcionais).
Quanto mais horas por dia, menos dias (inversamente proporcionais).
Fichas Assistentes dias horas
1000 --------------- 10 -------------- 10 ------------ 8
2000 -------------- 16 -------------- x -------------- 6
10 1000 10 8
𝑥
= 2000 ∙ 16 . 6

10 80000
𝑥
= 192000

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
80. 𝑥 = 192.10
1920
𝑥= 80

𝑥 = 24 𝑑𝑖𝑎𝑠

07. Resposta: C.
Faremos uma regra de três composta:
Pessoas Kg dias
4 ------------ 13 ------------ 5
5 ------------ 65 ------------ x
Mais pessoas irão levar menos dias para produzir a mesma quantidade de lixo (grandezas
inversamente proporcionais).
Mais quilos de lixo levam mais dias para serem produzidos (grandezas diretamente proporcionais).
5 5 13
𝑥
= 4
. 65

5 65
𝑥
= 260

65.x = 5 . 260
x = 1300 / 65
x = 20 dias

08. Resposta: C.
Faremos uma regra de três composta:
Trabalhadores Hectares h / dia dias
15 ------------------ 210 ---------------- 7 ----------------- 6
20 ------------------ 480 ---------------- 6 ----------------- x
Mais trabalhadores irão levar menos dias para concluir o trabalho (grandezas inversamente
proporcionais).
Mais hectares levam mais dias para se concluir o trabalho (grandezas diretamente proporcionais).
Menos horas por dia de trabalho serão necessários mais dias para concluir o trabalho (grandezas
inversamente proporcionais).
6 20 210 6
𝑥
= 15 . 480 . 7

6 25200
𝑥
= 50400

25200.x = 6. 50400 → x = 302400 / 25200 → x = 12 dias

09. Resposta: B.
Funcionários horas dias
10 ----------------- 8 ----------- 27
8 ------------------ 9 ----------- x
Quanto menos funcionários, mais dias devem ser trabalhados (inversamente proporcionais).
Quanto mais horas por dia, menos dias (inversamente proporcionais).
Funcionários horas dias
10 ----------------- 8 ----------- x
8 ------------------ 9 ----------- 27
𝑥 10 8
27
= 8 ∙9

72𝑥 = 2160

𝑥 = 30 𝑑𝑖𝑎𝑠

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
10. Resposta: B.
caixas clientes minutos
2 ----------------- 6 ----------- 10
5 ----------------- 45 ----------- x
Quanto mais caixas, menos minutos levará para o atendimento (inversamente proporcionais).
Quanto mais clientes, mais minutos para o atendimento (diretamente proporcionais).
caixas clientes minutos
5 ----------------- 6 ----------- 10
2 ----------------- 45 ----------- x
10 5 6 10 30
= ∙ =
𝑥 2 45 𝑥 90

900
30. 𝑥 = 90.10 𝑥 = 30

𝑥 = 30 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠

PORCENTAGEM

Razões de denominador 100 que são chamadas de razões centesimais ou taxas percentuais ou
simplesmente de porcentagem31. Servem para representar de uma maneira prática o "quanto" de um
"todo" se está referenciando.
Costumam ser indicadas pelo numerador seguido do símbolo % (Lê-se: “por cento”).
𝒙
𝒙% =
𝟏𝟎𝟎

Exemplos:
1) A tabela abaixo indica, em reais, os resultados das aplicações financeiras de Oscar e Marta entre
02/02/2013 e 02/02/2014.

Notamos que a razão entre os rendimentos e o saldo em 02/02/2013 é:

50
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟, 𝑛𝑜 𝐵𝑎𝑛𝑐𝑜 𝐴;
500
50
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎, 𝑛𝑜 𝐵𝑎𝑛𝑐𝑜 𝐵.
400

Quem obteve melhor rentabilidade?

Uma das maneiras de compará-las é expressá-las com o mesmo denominador (no nosso caso o 100),
para isso, vamos simplificar as frações acima:

50 10
𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟 ⇒ = , = 10%
500 100
50 12,5
𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎 ⇒ = , = 12,5%
400 100

Com isso podemos concluir, Marta obteve uma rentabilidade maior que Oscar ao investir no Banco B.

31
IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e Estatística Descritiva
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
http://www.porcentagem.org
http://www.infoescola.com

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
2) Em uma classe com 30 alunos, 18 são rapazes e 12 são moças. Qual é a taxa percentual de rapazes
na classe?
Resolução:
18
A razão entre o número de rapazes e o total de alunos é 30 . Devemos expressar essa razão na forma
centesimal, isto é, precisamos encontrar x tal que:
18 𝑥
= ⟹ 𝑥 = 60
30 100
E a taxa percentual de rapazes é 60%. Poderíamos ter divido 18 por 30, obtendo:
18
= 0,60(. 100%) = 60%
30

Lucro e Prejuízo

É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.


Caso a diferença seja positiva, temos o lucro(L), caso seja negativa, temos prejuízo(P).

Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).

Podemos ainda escrever:


C + L = V ou L = V - C
P = C – V ou V = C - P

A forma percentual é:

Exemplos:
1) Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido por R$ 100,00. Determinar:
a) a porcentagem de lucro em relação ao preço de custo;
b) a porcentagem de lucro em relação ao preço de venda.

Resolução:
Preço de custo + lucro = preço de venda → 75 + lucro =100 → Lucro = R$ 25,00

𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
𝑎) . 100% ≅ 33,33% 𝑏) . 100% = 25%
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎

2) O preço de venda de um bem de consumo é R$ 100,00. O comerciante tem um ganho de 25% sobre
o preço de custo deste bem. O valor do preço de custo é:
A) R$ 25,00
B) R$ 70,50
C) R$ 75,00
D) R$ 80,00
E) R$ 125,00

Resolução:
𝐿
𝐶
. 100% = 25% ⇒ 0,25 , o lucro é calculado em cima do Preço de Custo(PC).

C + L = V → C + 0,25. C = V → 1,25. C = 100 → C = 80,00


Resposta D

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Aumento e Desconto Percentuais
𝒑
A) Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por (𝟏 + 𝟏𝟎𝟎).V .
Logo:
𝒑
VA = (𝟏 + 𝟏𝟎𝟎).V

Exemplos:
1 - Aumentar um valor V de 20% , equivale a multiplicá-lo por 1,20, pois:
20
(1 + 100).V = (1+0,20).V = 1,20.V

2 - Aumentar um valor V de 200%, equivale a multiplicá-lo por 3, pois:


200
(1 + 100).V = (1+2).V = 3.V

3) Aumentando-se os lados a e b de um retângulo de 15% e 20%, respectivamente, a área do retângulo


é aumentada de:
(A)35%
(B)30%
(C)3,5%
(D)3,8%
(E) 38%

Resolução:
Área inicial: a.b
Com aumento: (a.1,15).(b.1,20) → 1,38.a.b da área inicial. Logo o aumento foi de 38%.
Resposta E
𝒑
B) Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por (𝟏 − 𝟏𝟎𝟎).V.
Logo:
𝒑
V D = (𝟏 − 𝟏𝟎𝟎).V

Exemplos:
1) Diminuir um valor V de 20%, equivale a multiplicá-lo por 0,80, pois:
20
(1 − 100). V = (1-0,20). V = 0, 80.V

2) Diminuir um valor V de 40%, equivale a multiplicá-lo por 0,60, pois:


40
(1 − 100). V = (1-0,40). V = 0, 60.V

3) O preço do produto de uma loja sofreu um desconto de 8% e ficou reduzido a R$ 115,00. Qual era
o seu valor antes do desconto?

Temos que V D = 115, p = 8% e V =? é o valor que queremos achar.


𝑝
V D = (1 − 100). V → 115 = (1-0,08).V → 115 = 0,92V → V = 115/0,92 → V = 125
O valor antes do desconto é de R$ 125,00.
𝒑 𝒑
A esse valor final de (𝟏 + 𝟏𝟎𝟎) ou (𝟏 − 𝟏𝟎𝟎), é o que chamamos de fator de multiplicação, muito útil
para resolução de cálculos de porcentagem. O mesmo pode ser um acréscimo ou decréscimo no
valor do produto.

. 417
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Abaixo a tabela com alguns fatores de multiplicação:

Aumentos e Descontos Sucessivos

São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente. Para efetuar os respectivos descontos ou
aumentos, fazemos uso dos fatores de multiplicação.

Vejamos alguns exemplos:


1) Dois aumentos sucessivos de 10% equivalem a um único aumento de...?
𝑝
Utilizando VA = (1 + ).V → V. 1,1, como são dois de 10% temos → V. 1,1 . 1,1 → V. 1,21
100
Analisando o fator de multiplicação 1,21; concluímos que esses dois aumentos significam um único
aumento de 21%.
Observe que: esses dois aumentos de 10% equivalem a 21% e não a 20%.

2) Dois descontos sucessivos de 20% equivalem a um único desconto de:


𝑝
Utilizando VD = (1 − 100).V → V. 0,8 . 0,8 → V. 0,64 . . Analisando o fator de multiplicação 0,64,
observamos que esse percentual não representa o valor do desconto, mas sim o valor pago com o
desconto. Para sabermos o valor que representa o desconto é só fazermos o seguinte cálculo:
100% - 64% = 36%
Observe que: esses dois descontos de 20% equivalem a 36% e não a 40%.

3) Certo produto industrial que custava R$ 5.000,00 sofreu um acréscimo de 30% e, em seguida, um
desconto de 20%. Qual o preço desse produto após esse acréscimo e desconto?
𝑝 𝑝
Utilizando VA = (1 + 100).V para o aumento e VD = (1 − 100).V, temos:
VA = 5000 .(1,3) = 6500 e VD = 6500 .(0,80) = 5200, podemos, para agilizar os cálculos, juntar tudo
em uma única equação:
5000 . 1,3 . 0,8 = 5200
Logo o preço do produto após o acréscimo e desconto é de R$ 5.200,00

Questões

01. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – GR Consultoria e Assessoria) Marcos


comprou um produto e pagou R$ 108,00, já inclusos 20% de juros. Se tivesse comprado o produto, com
25% de desconto, então, Marcos pagaria o valor de:
(A) R$ 67,50
(B) R$ 90,00
(C) R$ 75,00
(D) R$ 72,50

02. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – Analista Técnico Legislativo – VUNESP)
O departamento de Contabilidade de uma empresa tem 20 funcionários, sendo que 15% deles são
estagiários. O departamento de Recursos Humanos tem 10 funcionários, sendo 20% estagiários. Em
relação ao total de funcionários desses dois departamentos, a fração de estagiários é igual a
(A) 1/5.
(B) 1/6.
(C) 2/5.
(D) 2/9.
(E) 3/5.

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03. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – GR Consultoria e Assessoria) Quando
calculamos 15% de 1.130, obtemos, como resultado
(A) 150
(B) 159,50;
(C) 165,60;
(D) 169,50.

04. (ALMG – Analista de Sistemas – FUMARC) O Relatório Setorial do Banco do Brasil publicado
em 02/07/2013 informou:
[...] Após queda de 2,0% no mês anterior, segundo o Cepea/Esalq, as cotações do açúcar fecharam o
último mês com alta de 1,2%, atingindo R$ 45,03 / saca de 50 kg no dia 28. De acordo com especialistas,
o movimento se deve à menor oferta de açúcar de qualidade, além da firmeza nas negociações por parte
dos vendedores. Durante o mês de junho, o etanol mostrou maior recuperação que o açúcar, com a
cotação do hidratado chegando a R$ 1,1631/litro (sem impostos), registrando alta de 6,5%. A demanda
aquecida e as chuvas que podem interromper mais uma vez a moagem de cana-de-açúcar explicam
cenário mais positivo para o combustível.
Fonte: BB-BI Relatório Setorial: Agronegócios-junho/2013 - publicado em 02/07/2013.

Com base nos dados apresentados no Relatório Setorial do Banco do Brasil, é CORRETO afirmar que
o valor, em reais, da saca de 50 kg de açúcar no mês de maio de 2013 era igual a
(A) 42,72
(B) 43,86
(C) 44,48
(D) 54,03

05. (Câmara de Chapecó/SC – Assistente de Legislação e Administração – OBJETIVA) Em


determinada loja, um sofá custa R$ 750,00, e um tapete, R$ 380,00. Nos pagamentos com cartão de
crédito, os produtos têm 10% de desconto e, nos pagamentos no boleto, têm 8% de desconto. Com base
nisso, realizando-se a compra de um sofá e um tapete, os valores totais a serem pagos pelos produtos
nos pagamentos com cartão de crédito e com boleto serão, respectivamente:
(A) R$ 1.100,00 e R$ 1.115,40.
(B) R$ 1.017,00 e R$ 1.039,60.
(C) R$ 1.113,00 e R$ 1.122,00.
(D) R$ 1.017,00 e R$ 1.010,00.

06. (UFPE - Assistente em Administração – COVEST) Um vendedor recebe comissões mensais da


seguinte maneira: 5% nos primeiros 10.000 reais vendidos no mês, 6% nos próximos 10.000,00 vendidos,
e 7% no valor das vendas que excederem 20.000 reais. Se o total de vendas em certo mês foi de R$
36.000,00, quanto será a comissão do vendedor?
(A) R$ 2.120,00
(B) R$ 2.140,00
(C) R$ 2.160,00
(D) R$ 2.180,00
(E) R$ 2.220,00

07. (UFPE - Assistente em Administração – COVEST) Uma loja compra televisores por R$ 1.500,00
e os revende com um acréscimo de 40%. Na liquidação, o preço de revenda do televisor é diminuído em
35%. Qual o preço do televisor na liquidação?
(A) R$ 1.300,00
(B) R$ 1.315,00
(C) R$ 1.330,00
(D) R$ 1.345,00
(E) R$ 1.365,00

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08. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) O preço de venda de um produto,
descontado um imposto de 16% que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%,
os quais constituem o lucro líquido do vendedor. Em quantos por cento, aproximadamente, o preço de
venda é superior ao de compra?
(A) 67%.
(B) 61%.
(C) 65%.
(D) 63%.
(E) 69%.

09. (PM/SE – Soldado 3ª Classe – FUNCAB) Numa liquidação de bebidas, um atacadista fez a
seguinte promoção:
Cerveja em lata: R$ 2,40 a unidade.
Na compra de duas embalagens com 12 unidades cada, ganhe 25% de desconto no valor da segunda
embalagem.

Alexandre comprou duas embalagens nessa promoção e revendeu cada unidade por R$3,50. O lucro
obtido por ele com a revenda das latas de cerveja das duas embalagens completas foi:
(A) R$ 33,60
(B) R$ 28,60
(C) R$ 26,40
(D) R$ 40,80
(E) R$ 43,20

10. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – GR Consultoria e Assessoria) Marcos


gastou 30% de 50% da quantia que possuía e mais 20% do restante. A porcentagem que lhe sobrou do
valor, que possuía é de:
(A) 58%
(B) 68%
(C) 65%
(D) 77,5%
Comentários

01. Resposta: A.
Como o produto já está acrescido de 20% juros sobre o seu preço original, temos que:
100% + 20% = 120%
Precisamos encontrar o preço original (100%) da mercadoria para podermos aplicarmos o desconto.
Utilizaremos uma regra de 3 simples para encontrarmos:
R$ %
108 ---- 120
X ----- 100
120x = 108.100 → 120x = 10800 → x = 10800/120 → x = 90,00
O produto sem o juros, preço original, vale R$ 90,00 e representa 100%. Logo se receber um desconto
de 25%, significa ele pagará 75% (100 – 25 = 75%) → 90. 0,75 = 67,50
Então Marcos pagou R$ 67,50.

02. Resposta: B.
15 30
* Dep. Contabilidade: 100 . 20 = 10 = 3 → 3 (estagiários)

20 200
* Dep. R.H.: 100 . 10 = 100 = 2 → 2 (estagiários)

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑖á𝑟𝑖𝑜𝑠 5 1
∗ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = = =
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 30 6

03. Resposta: D.
15% de 1130 = 1130.0,15 ou 1130.15/100 → 169,50

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
04. Resposta: C.
1,2
1,2% de 45,03 = 100 . 45,03 = 0,54
Como no mês anterior houve queda, vamos fazer uma subtração.
45,03 – 0,54 = 44,49

05. Resposta: B.
Cartão de crédito: 10/100. (750 + 380) = 1/10 . 1130 = 113
1130 – 113 = R$ 1017,00
Boleto: 8/100. (750 + 380) = 8/100 . 1130 = 90,4
1130 – 90,4 = R$ 1039,60

06. Resposta: E.
5% de 10000 = 5 / 100. 10000 = 500
6% de 10000 = 6 / 100. 10000 = 600
7% de 16000 (= 36000 – 20000) = 7 / 100. 16000 = 1120
Comissão = 500 + 600 + 1120 = R$ 2220,00

07. Resposta: E.
Preço de revenda: 1500 + 40 / 100. 1500 = 1500 + 600 = 2100
Preço com desconto: 2100 – 35 / 100. 2100 = 2100 – 735 = R$ 1365,00

08. Resposta: A.
Preço de venda: V
Preço de compra: C
V – 0,16V = 1,4C
0,84V = 1,4C

𝑉 1,4
= = 1,67
𝐶 0,84
O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.

09. Resposta: A.
2,40 . 12 = 28,80
Segunda embalagem: 28,80. 0,75 = 21,60
As duas embalagens: 28,80 + 21,60 = 50,40
Revenda: 3,5. 24 = 84,00
Lucro: R$ 84,00 – R$ 50,40 = R$ 33,60
O lucro de Alexandre foi de R$ 33,60

10. Resposta: B.
De um total de 100%, temos que ele gastou 30% de 50% = 30%.50% = 15% foi o que ele gastou,
sobrando: 100% - 15% = 85%. Desses 85% ele gastou 20%, logo 20%.85% = 17%, sobrando:
85% - 17% = 68%.

JUROS SIMPLES32

Em regime de juros simples (ou capitalização simples), o juro é determinado tomando como base
de cálculo o capital da operação, e o total do juro é devido ao credor (aquele que empresta) no final da
operação. As operações aqui são de curtíssimo prazo, exemplo: desconto simples de duplicata, entre
outros.
No juros simples o juro de cada intervalo de tempo sempre é calculado sobre o capital inicial
emprestado ou aplicado.

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MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio de Janeiro: Elsevier,2013.

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
- Os juros são representados pela letra J.
- O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos de capital e é representado pela letra C
(capital) ou P(principal) ou VP ou PV (valor presente) *.
- O tempo de depósito ou de empréstimo é representado pela letra t ou n.*
- A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre um capital durante certo tempo. É representado
pela letra i e utilizada para calcular juros.

*Varia de acordo com a literatura estudada.

Chamamos de simples os juros que são somados ao capital inicial no final da aplicação.

Exemplo
1) Uma pessoa empresta a outra, a juros simples, a quantia de R$ 4. 000,00, pelo prazo de 5 meses,
à taxa de 3% ao mês. Quanto deverá ser pago de juros?

Resposta
- Capital aplicado (C): R$ 4.000,00
- Tempo de aplicação (t): 5 meses
- Taxa (i): 3% ou 0,03 a.m. (= ao mês)

Fazendo o cálculo, mês a mês:


- No final do 1º período (1 mês), os juros serão: 0,03 x R$ 4.000,00 = R$ 120,00
- No final do 2º período (2 meses), os juros serão: R$ 120,00 + R$ 120,00 = R$ 240,00
- No final do 3º período (3 meses), os juros serão: R$ 240,00 + R$ 120,00 = R$ 360,00
- No final do 4º período (4 meses), os juros serão: R$ 360,00 + R$ 120,00 = R$ 480,00
- No final do 5º período (5 meses), os juros serão: R$ 480,00 + R$ 120,00 = R$ 600,00

Desse modo, no final da aplicação, deverão ser pagos R$ 600,00 de juros.

Fazendo o cálculo, período a período:


- No final do 1º período, os juros serão: i.C
- No final do 2º período, os juros serão: i.C + i.C
- No final do 3º período, os juros serão: i.C + i.C + i.C
--------------------------------------------------------------------------
- No final do período t, os juros serão: i.C + i.C + i.C + ... + i.C

Portanto, temos:
J=C.i.t

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1) O capital cresce linearmente com o tempo;
2) O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J=C.i
3) A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma unidade.
4) Nessa fórmula, a taxa i deve ser expressa na forma decimal.
5) Chamamos de montante (M) ou FV (valor futuro) a soma do capital com os juros, ou seja:
Na fórmula J= C . i . t, temos quatro variáveis. Se três delas forem valores conhecidos, podemos
calcular o 4º valor.

M = C + J → M = C.(1+i.t)

Exemplo
A que taxa esteve empregado o capital de R$ 25.000,00 para render, em 3 anos, R$ 45.000,00 de
juros? (Observação: Como o tempo está em anos devemos ter uma taxa anual.)

C = R$ 25.000,00
t = 3 anos
j = R$ 45.000,00
i = ? (ao ano)
C.i.t
j=
100
25000.i.3
45 000 =
100
45 000 = 750 . i
45.000
i=
750
i = 60
Resposta: 60% ao ano.

Quando o prazo informado for em dias, a taxa resultante dos cálculos será diária; se o prazo for
em meses, a taxa será mensal; se for em trimestre, a taxa será trimestral, e assim sucessivamente.

Questões

01. (IESES) Uma aplicação de R$ 1.000.000,00 resultou em um montante de R$ 1.240.000,00 após


12 meses. Dentro do regime de Juros Simples, a que taxa o capital foi aplicado?
(A) 1,5% ao mês.
(B) 4% ao trimestre.
(C) 20% ao ano.
(D) 2,5% ao bimestre.
(E) 12% ao semestre.

02. (EXATUS-PR) Mirtes aplicou um capital de R$ 670,00 à taxa de juros simples, por um período de
16 meses. Após esse período, o montante retirado foi de R$ 766,48. A taxa de juros praticada nessa
transação foi de:
(A) 9% a.a.
(B) 10,8% a.a.
(C) 12,5% a.a.
(D) 15% a.a.

03. (UMA Concursos) Qual o valor do capital que aplicado por um ano e meio, a uma taxa de 1,3%
ao mês, em regime de juros simples resulta em um montante de R$ 68.610,40 no final do período?
(A) R$ 45.600,00
(B) R$ 36.600,00
(C) R$ 55.600,00
(D) R$ 60.600,00

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04. (TRF- 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC) Em um contrato é estabelecido que uma pessoa
deverá pagar o valor de R$ 5.000,00 daqui a 3 meses e o valor de R$ 10.665,50 daqui a 6 meses. Esta
pessoa decide então aplicar em um banco, na data de hoje, um capital no valor de R$ 15.000,00, durante
3 meses, sob o regime de capitalização simples a uma taxa de 10% ao ano. No final de 3 meses, ela
resgatará todo o montante correspondente, pagará o primeiro valor de R$ 5.000,00 e aplicará o restante
sob o regime de capitalização simples, também durante 3 meses, em outro banco. Se o valor do montante
desta última aplicação no final do período é exatamente igual ao segundo valor de R$ 10.665,50, então
a taxa anual fornecida por este outro banco é, em %, de
(A) 10,8%.
(B) 9,6%.
(C) 11,2%.
(D) 12,0%.
(E) 11,7%.

Respostas

01. Resposta: E.
C = 1.000.000,00
M = 1.240.000,00
t = 12 meses
i=?
M = C.(1+it) → 1240000 = 1000000(1 + 12i) → 1 + 12i = 1240000 / 1000000 → 1 + 12i = 1,24 → 12i =
1,24 – 1 → 12i = 0,24 → i = 0,24 / 12 → i = 0,02 → i = 0,02x100 → i = 2% a.m
Como não encontramos esta resposta nas alternativas, vamos transformar, uma vez que sabemos a
taxa mensal:
Um bimestre tem 2 meses → 2 x 2 = 4% a.b.
Um trimestre tem 3 meses → 2 x 3 = 6% a.t.
Um semestre tem 6 meses → 2 x 6 = 12% a.s.
Um ano tem 1 ano 12 meses → 2 x 12 = 24% a.a.

02. Resposta: B.
Pelo enunciado temos:
C = 670
i=?
n = 16 meses
M = 766,48
Aplicando a fórmula temos: M = C.(1+in) → 766,48 = 670 (1+16i) → 1 + 16i = 766,48 / 670 →1 + 16i =
1,144 → 16i = 1,144 – 1 → 16i = 0,144 → i = 0,144 / 16 → i = 0,009 x 100 → i = 0,9% a.m.
Observe que as taxas das alternativas são dadas em ano, logo como 1 ano tem 12 meses: 0,9 x 12 =
10,8% a.a.

03. Resposta: C.
C=?
n = 1 ano e meio = 12 + 6 = 18 meses
i = 1,3% a.m = 0,013
M = 68610,40
Aplicando a fórmula: M = C (1+in) → 68610,40 = C (1+0,013.18) → 68610,40 = C (1+0,234) → C =
68610,40 = C.1,234 → C = 68610,40 / 1,234 → C = 55600,00.

04. Resposta: C.
j= 15.000*0,10*0,25 (0,25 é 3 meses/12)
j=15.000*0,025
j=375,00
Montante 15.000+375,00= 15.375,00
Foi retirado 5.000,00, então fica o saldo para nova aplicação de 10.375,00 o valor a pagar da segunda
parcela (10.665,50) é o mesmo valor do saldo da aplicação dos 10.375,00 em 03 meses.
10.665,50-10.375,00= 290,50, esse foi o juros, então é só aplicar a fórmula dos juros simples.
j=c.i.t
290,5=10.375,00*i*0,025

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290,5=2.593,75*i
i= 290,5/2.593,75
i= 0,112
i=0,112*100=11,2%

JUROS COMPOSTOS33

O capital inicial (principal) pode crescer, como já sabemos, devido aos juros, segundo duas
modalidades, a saber:

Juros simples (capitalização simples) – a taxa de juros incide sempre sobre o capital inicial.
Juros compostos (capitalização composta) – a taxa de juros incide sobre o capital de cada
período. Também conhecido como "juros sobre juros".
Na prática, as empresas, órgãos governamentais e investidores particulares costumam reinvestir as
quantias geradas pelas aplicações financeiras, o que justifica o emprego mais comum de juros compostos
na Economia. Na verdade, o uso de juros simples não se justifica em estudos econômicos.

Exemplo
Considere o capital inicial (C) $1500,00 aplicado a uma taxa mensal de juros compostos (i) de 10% (i
= 10% a.m.). Vamos calcular os montantes (capital + juros), mês a mês:
Após o 1º mês, teremos: M1 = 1500 x 1,1 = 1650 = 1500(1 + 0,1)
Após o 2º mês, teremos: M2 = 1650 x 1,1 = 1815 = 1500(1 + 0,1)2
Após o 3º mês, teremos: M3 = 1815 x 1,1 = 1996,5 = 1500(1 + 0,1)3
.....................................................................................................
Após o nº (enésimo) mês, sendo M o montante, teremos evidentemente: M = 1500(1 + 0,1)t
De uma forma genérica, teremos para um capital C, aplicado a uma taxa de juros compostos (i) durante
o período (t):
M = C (1 + i)t

Onde:
M = montante,
C = capital,
i = taxa de juros e
t = número de períodos que o capital C (capital inicial) foi aplicado.
(1+i)t ou (1+i)n = fator de acumulação de capital

Na fórmula acima, as unidades de tempo referentes à taxa de juros (i) e do período (t), tem de
ser necessariamente iguais. Este é um detalhe importantíssimo, que não pode ser esquecido!
Assim, por exemplo, se a taxa for 2% ao mês e o período 3 anos, deveremos considerar 2% ao mês
durante 3x12=36 meses.

Graficamente temos, que o crescimento do principal(capital) segundo juros simples é LINEAR,


CONSTANTE enquanto que o crescimento segundo juros compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO
e, portanto tem um crescimento muito mais "rápido".

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MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio de Janeiro: Elsevier,2013.

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- O montante após 1º tempo é igual tanto para o regime de juros simples como para juros
compostos;
- Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime de juros simples;
- Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime de juros compostos.

Juros Compostos e Logaritmos


Para resolução de algumas questões que envolvam juros compostos, precisamos ter conhecimento de
conceitos de logaritmos, principalmente aquelas as quais precisamos achar o tempo/prazo. É muito
comum ver em provas o valor dado do logaritmo para que possamos achar a resolução da questão.

Exemplo
Um capital é aplicado em regime de juros compostos a uma taxa mensal de 2% (2% a.m.). Depois de
quanto tempo este capital estará duplicado?

Resposta
Sabemos que M = C (1 + i)t. Quando o capital inicial estiver duplicado, teremos M = 2C.
Substituindo, vem: 2C = C(1+0,02)t [Obs: 0,02 = 2/100 = 2%]
Simplificando, fica:
2 = 1,02t , que é uma equação exponencial simples.
Teremos então: t = log1,022 = log2 /log1,02 = 0,30103 / 0,00860 = 35

Nota: log2 = 0,30103 e log1,02 = 0,00860; estes valores podem ser obtidos rapidamente em máquinas
calculadoras científicas. Caso uma questão assim caia no vestibular ou concurso, o examinador teria de
informar os valores dos logaritmos necessários, ou então permitir o uso de calculadora na prova, o que
não é comum no Brasil.
Portanto, o capital estaria duplicado após 35 meses (observe que a taxa de juros do problema é
mensal), o que equivale a 2 anos e 11 meses.
Resposta: 2 anos e 11 meses.

- Em juros simples quando a taxa de juros(i) estiver em unidade diferente do tempo(t), pode-se
colocar na mesma unidade de (i) ou (t).
- Em juros compostos é preferível colocar o (t) na mesma unidade da taxa (i).

Questões

01. (EXÉRCITO BRASILEIRO) Determine o tempo necessário para que um capital aplicado a 20 % a.
m. no regime de juros compostos dobre de valor. Considerando que log 2 = 0,3 e log 1,2 = 0,08.
(A) 3,75 meses.
(B) 3,5 meses.
(C) 2,7 meses.
(D) 3 meses.
(E) 4 meses.

02. (FCC) Saulo aplicou R$ 45 000,00 em um fundo de investimento que rende 20% ao ano. Seu
objetivo é usar o montante dessa aplicação para comprar uma casa que, na data da aplicação, custava
R$ 135 000,00 e se valoriza à taxa anual de 8%. Nessas condições, a partir da data da aplicação, quantos
anos serão decorridos até que Saulo consiga comprar tal casa?
Dado: (Use a aproximação: log 3 = 0,48)
(A) 15
(B) 12
(C) 10
(D) 9
(E) 6

03. (CESGRANRIO) Um investimento de R$1.000,00 foi feito sob taxa de juros compostos de 3% ao
mês. Após um período t, em meses, o montante foi de R$1.159,27. Qual o valor de t? (Dados: ln(1.000)
= 6,91; ln(1.159,27) = 7,06; ln(1,03) = 0,03).

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04. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – MPE-GO/2017) Fábio aplicou R$ 1.000,00 em uma aplicação
que rende juros compostos de 2% ao mês. Ao final de 3 meses qual será o montante da aplicação de
Fábio, desprezando-se as casas decimais?
(A) R$ 1.060
(B) R$ 1.061
(C) R$ 1.071
(D) R$ 1.029
(E) R$ 1.063

Respostas

01. Resposta: A.
M=C(1+i)t
2C=C(1+0,2)t
2=1,2t
Log2=log1,2t
Log2=t.log1,2 → 0,3=0,08t → T=3,75 meses

02. Resposta: B.
M = C. (1 + i)t
C = 45.000
i = 0,2
--------------------
C = 135.000
i= 0,08
45.000 (1+ i)t = 135.000 (1 + i)t
45.000 (1 + 0,2)t = 135.000 (1 + 0,08)t
45.000 (1,2)t = 135.000 (1,08)t
135.000/45.000 = (1,2/1,08)t
3 = (10/9)t
log3 = t.log (10/9) → 0,48 = (log10 - log9).t → 0,48 = (1 - 2log3).t
0,48 = (1 - 2.0,48).t → 0,48 = (1 - 0,96).t → 0,48 = 0,04.t
t = 0,48/0,04 → t = 12

03. Resposta: 05.


M = C (1 + i) t
1159,27 = 1000 ( 1 + 0,03)t
1159,27 = 1000.1,03t
ln 1159,27 = ln (1000 . 1,03t)
7,06 = ln1000 + ln 1,03t
7,06 = 6,91 + t . ln 1,03 → 0,15 = t . 0,03 → t = 5

04. Resposta: B.
Juros Compostos
M = 1000 .(1,02)^3
M = 1000 . 1,061208
M = 1061,20

DESCONTOS

Entende-se por Valor Nominal o valor de resgate, ou seja, o valor definido para um título em sua data
de vencimento. Representa, em outras palavras, o próprio montante da operação.
A operação de se liquidar um título antes de seu vencimento envolve geralmente uma recompensa, ou
um desconto pelo pagamento antecipado. Desta maneira, desconto pode ser entendido como a diferença
entre o valor nominal de um título e o seu valor atualizado apurado n períodos antes de seu vencimento.
Por outro lado, Valor Descontado de um título é o seu valor atual na data do desconto, sendo
determinado pela diferença entre o valor nominal e o desconto, ou seja:

Valor descontado = Valor nominal – Desconto

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As operações de desconto podem ser realizadas tanto sob o regime de juros simples como no de juros
compostos. O uso do desconto simples é amplamente adotado em operações de curto prazo,
restringindo-se o desconto composto para as operações de longo prazo.
Tanto no regime linear como no composto ainda são identificados dois tipos de desconto:
(a) desconto “por dentro” (ou racional) e;
(b) desconto “por fora” (ou bancário, ou comercial).

Exemplo
Ao resgatar uma duplicata dois meses, antes da data do vencimento (04/03/2005), o credor José da
Silva (aquele que irá receber o valor da mesma) recebe uma quantia de R$ 460,00.
A essa diferença entre o valor título (valor nominal) e o valor recebido (valor atual) damos o nome
de desconto.

D=N–A
Onde:
D = desconto
N = valor nominal
A = valor atual

O desconto concedido pelo banco, para o resgate de um título antes do vencimento é maior, resultando
num resgate de menor valor para o proprietário do título. O desconto é o contrário da capitalização.

Comparando com o regime de juros, observamos que:

- o Valor Atual, ou valor futuro (valor do resgate) nos dá ideia de Montante;


- o Valor Nominal, nome do título (valor que resgatei) nos dá ideia de Capital;
- e o Desconto nos dá ideia de Juros.

DESCONTOS SIMPLES34

Desconto Racional Simples (por dentro)


O desconto racional, também denominado de desconto “por dentro”, incorpora os conceitos e relações
básicas de juros simples. Assim, sendo Dr o valor do desconto racional, C o capital (ou valor atual), i a
taxa periódica de juros e n o prazo do desconto (número de períodos que o título é negociado antes de
seu vencimento), tem-se a conhecida expressão de juros simples

𝐷𝑟 = 𝐶 . 𝑖 . 𝑛

Pela própria definição de desconto e introduzindo-se o conceito de valor descontado no lugar de capital
no cálculo do desconto, tem-se:

𝐷𝑟 = 𝑁 − 𝑉𝑟

Sendo N o valor nominal (ou valor de resgate, ou montante) e V o valor descontado racional (ou valor
atual) na data da operação.

Como:
𝑁
𝑉𝑟 = 𝐶 =
1 + 𝑖. 𝑛

Tem-se:

𝑁. 𝑖. 𝑛
𝐷𝑟 =
1 + 𝑖. 𝑛

A partir dessa fórmula é possível calcular o valor do desconto racional obtido de determinado valor
nominal (N), a uma dada taxa simples de juros (i) e a determinado prazo de antecipação (n).

34
NETO. A. Alexandre. Matemática Financeira e suas aplicações. 12ed. Atlas, São Paulo.

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Já o valor descontado, conforme definição apresentada, é obtido pela seguinte expressão de cálculo:

𝑁
𝑉𝑟 =
1 + 𝑖. 𝑛

Observe, uma vez mais, que o desconto racional representa exatamente as relações de juros simples.
É importante registrar que o juro incide sobre o capital (valor atual) do título, ou seja, sobre o capital
liberado da operação.
A taxa de juro (desconto) cobrada representa, dessa maneira, o custo efetivo de todo o período do
desconto.

Desconto Comercial Simples (por fora)


Esse tipo de desconto, simplificadamente por incidir sobre o valor nominal (valor de resgate) do título,
proporciona maior volume de encargos financeiros efetivos nas operações. Observe que, ao contrário dos
juros “por dentro”, que calculam os encargos sobre o capital efetivamente liberado na operação, ou seja,
sobre o valor presente, o critério “por fora” apura os juros sobre o montante, indicando custos adicionais
ao tomador de recursos.
A modalidade de desconto “por fora” é amplamente adotada pelo mercado, notadamente em
operações de crédito bancário e comercial a curto prazo.
O valor desse desconto, genericamente denominado desconto “por fora” (Df) no regime de juros
simples é determinado pelo produto do valor nominal do título (N), da taxa de desconto periódica “por
fora” contratada na operação (d) e do prazo de antecipação definido para o desconto (n). Isto é:

Df = N . d . n

O valor descontado “por fora” (Vf), aplicando-se a definição, é obtido:

Vf = Nx(1 – d . n)

Desconto comercial (bancário) acrescido de uma taxa pré-fixada


Em alguns casos teremos acréscimos de taxas pré-fixadas aos títulos, que são as taxas de despesas
bancárias/administrativas (comissões, taxas de serviços, ...) cobradas sobre o valor nominal (N). Quando
as mesmas aparecem nos enunciados, devemos somá-la à taxa de juros, conforme a fórmula abaixo:

Df = N. (i.t + h)

Onde:
Df = desconto comercial ou bancário
N = valor nominal
i = taxa de juros cobrada
t = tempo ou período
h = taxa de despesas administrativas ou bancárias.

Temos ainda o valor bancário recebido, que nada mais é que: V = N – Db na qual podemos escrever
da seguinte forma:

V = N – Db → V = N – N (i.t + h) → V = N . [1 - (i.t + h)]

Relação entre Desconto Comercial (Dc) e Desconto Racional (Dr)


Algumas questões propõem a utilização dessa relação para sabermos o valor do desconto caso fosse
utilizado o desconto comercial e precisássemos saber o desconto racional e vice-versa. A relação é dada
por:

Df = Dr . (1 + i.t)

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Questões

01. Um banco ao descontar notas promissórias, utiliza o desconto comercial a uma taxa de juros
simples de 12% a.m. O banco cobra, simultaneamente uma comissão de 4% sobre o valor nominal da
promissória. Um cliente do banco recebe R$ 300.000,00 líquidos, ao descontar uma promissória vencível
em três meses. O valor da comissão é de:
(A) R$ 20.000,00
(B) R$ 30.000,00
(C) R$ 40.000,00
(D) R$ 50.000,00
(E) R$ 60.000,00

02. (FCC) Dois títulos são descontados em um banco 4 meses antes de seus vencimentos com uma
taxa de desconto, em ambos os casos, de 2% ao mês. O valor atual do primeiro título foi igual a R$
29.440,00 e foi utilizada a operação de desconto comercial simples. O valor atual do segundo título foi
igual a R$ 20.000,00 e foi utilizada a operação de desconto racional simples. A soma dos valores nominais
destes dois títulos é igual a
(A) R$ 53.600,00.
(B) R$ 54.200,00.
(C) R$ 55.400,00.
(D) R$ 56.000,00.
(E) R$ 56.400,00.

03. O desconto simples comercial de um título é de R$ 860,00, a uma taxa de juros de 60% a.a. O
valor do desconto simples racional do mesmo título é de R$ 781,82, mantendo-se a taxa de juros e o
tempo. Nesse as condições, o valor nominal do rótulo é de:
(A) R$ 9000,00
(B) R$ 8600,22
(C) R$ 8000,00
(D) R$ 9600,22
(E) R$ 10.600,00
Respostas

01. Resposta: A.
h = 0,04
t=3
iB = 0,12 . 3
AB = N . [1 - (iB + h)]
300 000 = N . [1 - (0,12.3 + 0,04)]
300 000 = N . [1 – 0,4]
N = 500 000
Vc = 0,04 . N
Vc = 0,04 . 500 000
Vc = 20 000

02. Resposta: A.
1º título - Dcs
t = 4 meses
i = 2% a.m
A = 29440
N1 = ?
D=N–A
Dcs = N.i.t → N – A = N.i.t → N – 29440 = N.0,02.4 → N – 29440 = N.0,08 → N – 0,08N = 29440 →
0,02N = 29440 → N = 29440 / 0,02 → N = 32000

2º título - Drs
t = 4 meses
i = 2% a.m
A = 20000

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N2 = ?
N = A (1 + i.t) → N = 20000 (1 + 0,02.4) → N = 20000 (1 + 0,08) → N = 20000.1,08 → N = 21600
Como o enunciado da questão pede a soma dos valores nominais, então teremos:
N1 + N2 → 32000 + 21600 = 53600.

03. Resposta: B.
Dc = 860
Dr = 781,82
Usando N = (Dc . Dr) / (Dc – Dr),
N = (860 . 781,82) / (860 – 781,82) = 672365,2 / 78,18 = 8600,22

DESCONTOS COMPOSTOS35

Desconto Racional Composto (por dentro)


As fórmulas estão associadas com os juros compostos, assim teremos:

Onde:
D = Desconto Racional Composto
A = Valor Atual
i = taxa
t = tempo ou período

Onde:
N = Valor Nominal
A = Valor Atual
i = taxa
t = tempo ou período

Desconto Comercial Composto (por fora)

Como a taxa incide sobre o Valor Nominal (maior valor), trocamos na fórmula o N pelo A e vice versa,
mudando o sinal da taxa (de positivo para negativo).

Onde:
N = Valor Nominal
A = Valor Atual
i = taxa
t = tempo ou período

35
NETO. A. Alexandre. Matemática Financeira e suas aplicações. 12ed. Atlas, São Paulo.

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Questões

01. (FCC) Dois títulos, um com vencimento daqui a 30 dias e outro com vencimento daqui a 60 dias,
foram descontados hoje, com desconto racional composto, à taxa de 5% ao mês. Sabe-se que a soma
de seus valores nominais é R$ 5.418,00 e a soma dos valores líquidos recebidos é R$ 5.005,00. O maior
dos valores nominais supera o menor deles em
(A) R$ 1.195,00.
(B) R$ 1.215,50.
(C) R$ 1.417,50.
(D) R$ 1.484,00.
(E) R$ 1.502,50.

02. (CESPE) Na contração de determinada empresa por certo órgão público, ficou acordado que o
administrador pagaria R$ 200.000,00 para a contração do serviço, mais quatro parcelas iguais no valor
de R$ 132.000,00 cada a serem pagas, respectivamente, no final do primeiro, segundo, terceiro e quarto
anos consecutivos à assinatura do contrato. Considere que a empresa tenha concluído satisfatoriamente
o serviço dois anos após a contração e que tenha sido negociada a antecipação das duas últimas parcelas
para serem pagas juntamente com a segunda parcela. Com base nessa situação hipotética, julgue o item
a seguir.
Se para o pagamento for utilizado desconto racional composto, a uma taxa de 10% ao ano, na
antecipação das parcelas, o desconto obtido com o valor da terceira parcela será o mesmo que seria
obtido se fosse utilizado desconto racional simples.
( ) Certo ( ) Errado

03. (FCC) O valor do desconto de um título de valor nominal igual a R$ 15.961,25, resgatado 2 anos
antes de seu vencimento e segundo o critério do desconto composto real, é igual a R$ 3.461,25. A taxa
anual de desconto utilizada foi de
(A) 11%.
(B) 13%.
(C) 14%.
(D) 15%.
(E) 16%.
Respostas

01. Resposta: C.
t = 30 dias = 1 mês (1º título) e 60d = 2 meses(2º título)
Drc
i = 5% a.m = 0,05
N1 + N2 = 5418
A1 + A2 = 5005 → A1 = 5005 – A2
Temos que o Drc é dado por :
N = A (1 + i)t → N1 = A1 (1 + 0,05)1 e N2 = A2 (1,05)2 → N2 = A2.(1,1025)
N1 + N2 = 5418 , substituindo teremos:
A1 (1,05) + A2(1,1025) = 5418 , como temos que A1 = 5005 – A2 :
(5005 – A2).(1,05) + A2(1,1025) = 5418 → 5255,25 – 1,05 A2 + 1,1025 A2 = 5418 →
0,0525 A2 = 5418 – 5255,25 → 0,0525 A2 = 162,75 → A2 = 3100 e A1 = 5005 – 3100 = 1905
N1 = 1,05 .1905 = 2000,25 e N2 = 1,1025. 3100 = 3417,75
O maior é N2 e o menor N1 , assim faremos N2 – N1 = 3417,75 – 2000,25 = 1417,5

02. Resposta: CERTO.


Como ele pede para saber se antecipássemos o valor da 3º parcela em um 1 ano, termos:
N = 132.000
t=1
i = 10% a.a = 0,10
- Para o Desconto Racional Composto: A = N / (1 + i)t
A = 132.000 / (1 + 0,1)¹ → A = 132.000 / 1,1
- Fazendo no Desconto Racional Simples: A = N / (1 + i.t)
A = 132.000 / (1 + 0,1.1)
A = 132.000 / 1,1

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Ao anteciparmos 3° parcela em um ano, o desconto obtido com o valor desta parcela será o mesmo
que seria obtido se fosse utilizado desconto racional simples.

03. Resposta: B.
O termo real faz referência a racional.
N = 15961,25
t = 2 anos
Drc = 3461,25
i=?
D = N – A → 3461,25 = 15961,25 – A → A = 15961,25 – 3461,25 → A = 12500
N = A (1 + i)t → 15961,25 = 12500.(1 + i)2 → (1 + i)2 = 15961,25 / 12500 → (1 + i)2 = 1,2769 → 1 + i =
√ 1,279 → 1,13 = 1 + i → i = 1,13 – 1 → i = 0,13 → i = 13%

TAXAS DE JUROS: EFETIVA, NOMINAL, PROPORCIONAIS, EQUIVALENTES, REAL E


APARENTE36

As taxas de juros são índices fundamentais no estudo da matemática financeira. Os rendimentos


financeiros são responsáveis pela correção de capitais investidos perante uma determinada taxa de juros.
As taxas serão incorporadas sempre ao capital.

Taxa Efetiva
São aquelas onde a taxa da unidade de tempo coincide com a unidade de tempo do período de
capitalização(valorização). Utilizado muito em caderneta de poupança.

Exemplos

- Uma taxa de 75% ao ano com capitalização anual.


- Uma taxa de 11% ao trimestre com capitalização trimestral.

Quando no enunciado não estiver citando o período de capitalização, a mesma vai coincidir com
unidade da taxa. Em outras palavras iremos trabalhar com taxa efetiva!!!

Taxa Nominal
São aquelas cujas unidade de tempo NÃO coincide com as unidades de tempo do período de
capitalização.
Exemplos

- 5% ao trimestre com capitalização semestral.


- 15% ao semestre com capitalização bimestral.

Para resolução de questões com taxas nominais devemos primeiramente descobrir a taxa
efetiva (multiplicando ou dividindo a taxa)

Exemplo

MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio de Janeiro: Elsevier,2013.
36

mundoeducacao.com/matematica/taxa-efetiva-taxa-real.htm

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Como são 12 meses que existem no ano, então dividimos a taxa por 12, trazendo a taxa para o mesmo
período da capitalização, tendo assim a taxa efetiva da operação.

Toda taxa nominal traz implícita uma taxa efetiva que deve ser calculada proporcionalmente.

Taxas Proporcionais ou Lineares (regime de juros simples)


São taxas em unidade de tempo diferente que aplicadas sobre o mesmo capital ao mesmo período de
tempo irão gerar o mesmo montante.

Exemplos
- 2% a.s é proporcional quantos % a.a?
Como 1 ano tem 2 semestre 2%. 2(semestres) = 4% a.a
- Uma taxa de 60% a.a geraria as seguintes taxas: 5% a.m (60%/12 meses);10% a.b (60%/6
bimestres); 20% a.q(60%/3quadrimestres) ....

Taxas Equivalentes (regime de juros compostos)


As taxas de juros se expressam também em função do tempo da operação, porém não de forma
proporcional, mas de forma exponencial, ou seja, as taxas são ditas equivalentes.

Exemplos

- 24% a.a é equivalente a %a.m?


Vamos aplicar o conceito acima, para resolução deste exemplo:
(1+ia)=(1+im)12 (expoente na menor unidade de tempo) (1+0,24) = (1+im)12  1,24 = (1+im)12  Para
12
retirar o expoente, basta fazermos a operação inversa da potenciação  12√1,24 = √(1 + 𝑖𝑚 )12
1
12
√1,24 = 1 + 𝑖𝑚 → 𝑖𝑚 = 1,2412 − 1
Algumas bancas informam o valor da raiz, outras deixam como está.
𝒎
𝒏
√𝒂𝒎 = 𝒂 𝒏

Taxa Real, Aparente e Inflação


Taxa Real (ir) = taxa que considera os efeitos da inflação e seus ganhos.
Taxa Aparente (ia) = taxa que não considera os efeitos da inflação (são as taxas efetivas/nominais).
Taxa de Inflação (ii) = a inflação representa a perda do poder de compra.

Podemos escrever todas essas taxas em função uma das outras:

(1+ia) = (1+ir).(1+ii)
𝑀
Onde: (1 + 𝑖𝑎 ) = , independe da quantidade de períodos e do regime de juros.
𝐶

Exemplos

01. Uma aplicação no mercado financeiro forneceu as seguintes informações:


− Valor aplicado no início do período: R$ 50.000,00.
− Período de aplicação: um ano.

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− Taxa de inflação no período de aplicação: 5%.
− Taxa real de juros da aplicação referente ao período: 2%.
Se o correspondente montante foi resgatado no final do período da aplicação, então o seu valor é
(A) R$ 53.550,00.
(B) R$ 53.500,00.
(C) R$ 53.000,00.
(D) R$ 52.500,00.
(E) R$ 51.500,00.

Observe que o período de aplicação é de 1 ano, então tanto faz utilizar o regime de juros simples ou
compostos.
C = R$ 50.000,00
t= 1 ano
ii = 5% = 0,05
ir = 2% = 0,02
M=?

(1+ia) = (1+ir).(1+ii)  (1+ia) = (1+0,02).(1+0,05i)  (1+ia) = 1,02 . 1,05  (1+ia) = 1,071 


ia = 1,071-1  ia = 0,071(taxa efetiva da operação)
Aplicando a fórmula do montante: M = C.(1+i)t  M= 50 000.(1+0,071)1  50 000. 1,071 
M= 53.550,00
Resposta: A.

02. Uma pessoa investiu R$ 1.000,00 por 2 meses, recebendo ao final desse prazo o montante de R$
1.060,00. Se, nesse período, a taxa real de juros foi de 4%, então a taxa de inflação desse bimestre foi
de aproximadamente
(A) 1,92.
(B) 1,90.
(C) 1,88.
(D) 1,86.
(E) 1,84.

Neste exemplo, está nos faltando saber o valor da taxa de juros aparente, mas com as outras
informações do enunciado podemos chegar ao seu valor:
C = 1.000,00
M = 1.060,00
t = 2 meses
ir = 4% = 0,04
ii= ?
𝑀 1060
(1 + 𝑖𝑎 ) = ⇒ (1 + 𝑖𝑎 ) = ⇒ (1 + 𝑖𝑎 ) = 1,06
𝐶 1000
1,06
(1 + 𝑖𝑎 ) = (1 + 𝑖𝑟 ). (1 + 𝑖𝑖 ) ⇒ 1,06 = (1 + 0,04). (1 + 𝑖𝑖 ) ⇒ (1 + 𝑖𝑖 ) = ⇒ (1 + 𝑖𝑖 ) = 1,0192 ⇒
1,04

𝑖𝑖 = 1,0192 − 1 ⇒ 𝑖𝑖 = 0,0192 ⇒ 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 100(𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙) ⇒ 1,92

Questões

01. (Pref. Guarujá/SP – Professor de Matemática – CAIPIMES) Considere as seguintes situações:


I- Carlos comprou um produto que à vista custava R$ 1.000,00. Como ele não tinha todo esse valor,
ele fez um plano de pagamento com 12 prestações iguais, de R$ 100,00 cada uma, sem entrada.
II- Ana comprou o mesmo produto que Carlos, na mesma loja e com o mesmo preço à vista, mas fez
o seguinte plano de pagamento: uma entrada de R$ 100,00 e mais 11 prestações de R$ 100,00 cada
uma.

Com base nessas situações, é possível afirmar corretamente que:


(A) a taxa de juros do plano de Ana foi menor que a taxa de juros do plano de Carlos.
(B) a taxa de juros do plano de Ana foi igual à taxa de juros do plano de Carlos.

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(C) a taxa de juros do plano de Ana foi maior que a taxa de juros do plano de Carlos.
(D) não há como comparar as taxas de juros dos planos de Ana e de Carlos.

02. (TJ/PE - Analista Judiciário-Contador - FCC) Uma taxa de juros nominal de 21% ao trimestre,
com juros capitalizados mensalmente, apresenta uma taxa de juros efetiva, trimestral de,
aproximadamente,
(A) 21,7%.
(B) 22,5%.
(C) 24,8%.
(D) 32,4%.
(E) 33,7%.

03. (Pref. Florianópolis/SC – Auditor Fiscal – FEPESE) A taxa de juros simples mensais de 4,25%
equivalente à taxa de:
(A) 12,5% trimestral.
(B) 16% quadrimestral.
(C) 25,5% semestral.
(D) 36,0% anual.
(E) 52% anual.

04. (BAHIAGÁS – Técnico de Processos Tecnológicos – IESES) Uma pessoa faz um investimento
em uma aplicação que rende 14% de juros (taxa aparente) anuais. Porém a inflação em seu país é de
10% anuais. Portanto a taxa de juros real que remunera a aplicação é:
(A) Maior que 3,8% e menor que 3,9% ao ano.
(B) Maior que 3,6% e menor que 3,7% ao ano.
(C) Menor que 3,6% ao ano.
(D) Maior que 3,9% ao ano.
(E) Maior que 3,7% e menor que 3,8% ao ano.

05. (LIQUIGÁS – Assistente Administrativo – CESGRANRIO) Um financiamento está sendo


negociado a uma taxa nominal de 20% ao ano.
A taxa de juros efetiva anual desse financiamento, se os juros são capitalizados semestralmente, é:
(A) 10,00%
(B) 20,21%
(C) 21,00%
(D) 22,10%
(E) 24,20%

Comentários

01. Resposta: C.
I. Carlos: 12 . 100 = 1200
II. Ana: 100 + 11 . 100 = 100 + 1100 = 1200
Os valores são iguais, porém Carlos não deu entrada e Ana sim. Por isso, a taxa de juros do plano de
Ana foi maior que a de Carlos.

02. Resposta: B.
21% a. t capitalizados mensalmente (taxa nominai), como um trimestre tem 3 meses, 21/3 = 7%
a.m(taxa efetiva).
im = taxa ao mês
it= taxa ao trimestre.
(1+im)3 = (1+it)  (1+0,07)3 = 1+it  (1,07)3 = 1+it  1,225043 = 1+it  it= 1,225043-1  it =
0,225043 x 100  it= 22,5043%

03. Resposta: C.
Sabemos que taxas a juros simples são ditas taxas proporcionais ou lineares. Para resolução das
questões vamos avaliar item a item para sabermos se está certo ou errado:
4,25% a.m
Trimestral = 4,25 .3 = 12,75 (errada)

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Quadrimestral = 4,25 . 4 = 17% (errada)
Semestral= 4,25 . 6 = 25,5 % (correta)
Anual = 4,25.12 = 51% (errada)

04. Resposta: B.
(1+ia) = (1+ir).(1+ii)
Jogando os valores que temos, na fórmula.
1+ 0,14=(1+taxa real) . (1+ 0,1
1,14= (1+taxa real) . (1,1)
1,14/1,1= (1+taxa real)
1,0363= 1+ taxa real
1.0363-1=taxa real
Taxa real = 0,0363
Taxa real = 3,63%

05. Resposta: C.
Taxa nominal: 20%a.a. capitalizada semestralmente, ou seja 20/2 = 10% ao semestre.
Agora, basta determinar a taxa efetiva:

(1+iquero) = (1+itenho)
(1+iquero)1 = (1+0,10)²
iquero = 1,21 – 1 = 0,21 = 21%

10 Cálculo de probabilidade.

PROBABILIDADE

A teoria das probabilidades surgiu no século XVI, com o estudo dos jogos de azar, tais como jogos de
cartas e roleta. Atualmente ela está intimamente relacionada com a Estatística e com diversos ramos do
conhecimento.

Definições37:
A teoria da probabilidade é o ramo da Matemática que cria e desenvolve modelos matemáticos para
estudar os experimentos aleatórios. Alguns elementos são necessários para efetuarmos os cálculos
probabilísticos.
- Experimentos aleatórios: fenômenos que apresentam resultados imprevisíveis quando repetidos,
mesmo que as condições sejam semelhantes.

Exemplos:
a) lançamento de 3 moedas e a observação das suas faces voltadas para cima
b) jogar 2 dados e observar o número das suas faces
c) abrir 1 livro ao acaso e observar o número das suas páginas.

- Espaço amostral: conjunto de todos os resultados possíveis de ocorrer em um determinado


experimento aleatório. Indicamos esse conjunto por uma letra maiúscula: U, S, A, Ω ... variando de acordo
com a bibliografia estudada.

Exemplo:
a) quando lançamos 3 moedas e observamos suas faces voltadas para cima, sendo as faces da moeda
cara (c) e coroa (k), o espaço amostral deste experimento é:
S = {(c,c,c); (c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c); (k,k,c)}, onde o número de elementos do
espaço amostral n(A) = 8

37FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume Único - FTD


IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único
BUCCHI, Paulo – Curso prático de Matemática – Volume 2 – 1ª edição - Editora Moderna

. 437
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
- Evento: é qualquer subconjunto de um espaço amostral (S); muitas vezes um evento pode ser
caracterizado por um fato. Indicamos pela letra E.

Exemplo:
a) no lançamento de 3 moedas:
E1→ aparecer faces iguais
E1 = {(c,c,c);(k,k,k)}
O número de elementos deste evento E1 é n(E1) = 2

E2→ aparecer coroa em pelo menos 1 face


E2 = {(c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c); (k,k,c)}
Logo n(E2) = 7

Veremos agora alguns eventos particulares:


- Evento certo: que possui os mesmos elementos do espaço amostral (todo conjunto é subconjunto
de si mesmo); E = S.
E: a soma dos resultados nos 2 dados ser menor ou igual a 12.

- Evento impossível: evento igual ao conjunto vazio.


E: o número de uma das faces de um dado comum ser 7.
E: Ø

- Evento simples: evento que possui um único elemento.


E: a soma do resultado de dois dados ser igual a 12.
E: {(6,6)}

- Evento complementar: se E é um evento do espaço amostral S, o evento complementar de E


indicado por C tal que C = S – E. Ou seja, o evento complementar é quando E não ocorre.
E1: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser menor ou igual a 2.
E2: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser maior que 2.
S: espaço amostral é dado na tabela abaixo:

E: {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3) (2,4), (2,5), (2,6)}
Como, C = S – E
C = {(3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4),
(5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}

- Eventos mutuamente exclusivos: dois ou mais eventos são mutuamente exclusivos quando a
ocorrência de um deles implica a não ocorrência do outro. Se A e B são eventos mutuamente exclusivos,
então: A ∩ B = Ø.
Sejam os eventos:
A: quando lançamos um dado, o número na face voltada para cima é par.
A = {2,4,6}
B: quando lançamos um dado, o número da face voltada para cima é divisível por 5.
B = {5}

. 438
1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Os eventos A e B são mutuamente exclusivos, pois A ∩ B = Ø.

Probabilidade em espaços equiprováveis


Considerando um espaço amostral S, não vazio, e um evento E, sendo E ⊂ S, a probabilidade de
ocorrer o evento E é o número real P (E), tal que:

𝒏(𝑬)
𝑷(𝑬) =
𝒏(𝑺)

Sendo 0 ≤ P(E) ≤ 1 e S um conjunto equiprovável, ou seja, todos os elementos têm a mesma


“chance de acontecer.
Onde:
n(E) = número de elementos do evento E.
n(S) = número de elementos do espaço amostral S.

Exemplo:
Lançando-se um dado, a probabilidade de sair um número ímpar na face voltada para cima é obtida
da seguinte forma:
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} n(S) = 6
E = {1, 3, 5} n(E) = 3

n(E) 3 1
P(E) = = = = 0,5 𝑜𝑢 50%
n(S) 6 2

Probabilidade da união de dois eventos


Vamos considerar A e B dois eventos contidos em um mesmo espaço amostral A, o número de
elementos da reunião de A com B é igual ao número de elementos do evento A somado ao número de
elementos do evento B, subtraindo o número de elementos da intersecção de A com B.

Sendo n(S) o número de elementos do espaço amostral, vamos dividir os dois membros da equação
por n(S) a fim de obter a probabilidade P (A U B).
𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) 𝑛(𝐴) 𝑛(𝐵) 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)
= + −
𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆)

P (A U B) = P(A) + P(B) – P (A ∩ B)

Para eventos mutuamente exclusivos, onde A ∩ B = Ø, a equação será:

P (A U B) = P(A) + P(B)

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Exemplo:
A probabilidade de que a população atual de um país seja de 110 milhões ou mais é de 95%. A
probabilidade de ser 110 milhões ou menos é de 8%. Calcule a probabilidade de ser 110 milhões.
Sendo P(A) a probabilidade de ser 110 milhões ou mais: P(A) = 95% = 0,95
Sendo P(B) a probabilidade de ser 110 milhões ou menos: P(B) = 8% = 0,08
P (A ∩ B) = a probabilidade de ser 110 milhões: P (A ∩ B) = ?
P (A U B) = 100% = 1
Utilizando a regra da união de dois eventos, temos:
P (A U B) = P(A) + P(B) – P (A ∩ B)
1 = 0,95 + 0,08 - P (A ∩ B)
P (A ∩ B) = 0,95 + 0,08 - 1
P (A ∩ B) = 0,03 = 3%

Probabilidade condicional
Vamos considerar os eventos A e B de um espaço amostral S, definimos como probabilidade
𝐴
condicional do evento A, tendo ocorrido o evento B e indicado por P(A | B) ou 𝑃 (𝐵), a razão:

𝒏(𝑨 ∩ 𝑩) 𝑷(𝑨 ∩ 𝑩)
𝑷(𝑨|𝑩) = =
𝒏(𝑩) 𝑷(𝑩)

Lemos P (A | B) como: a probabilidade de A “dado que” ou “sabendo que” a probabilidade de B.


Exemplo:
No lançamento de 2 dados, observando as faces de cima, para calcular a probabilidade de sair o
número 5 no primeiro dado, sabendo que a soma dos 2 números é maior que 7.
Montando temos:
S = {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3), (2,4), (2,5), (2,6), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4),
(3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4),
(6,5), (6,6)}
Evento A: o número 5 no primeiro dado.
A = {(5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6)}

Evento B: a soma dos dois números é maior que 7.


B = {(2,6), (3,5), (3,6), (4,4), (4,5), (4,6), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}

A ∩ B = {(5,3), (5,4), (5,5), (5,6)}


P (A ∩ B) = 4/36
P(B) = 15/36
Logo:
4
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) 36 4 36 4
𝑃(𝐴|𝐵) = = = . =
𝑃(𝐵) 15 36 15 15
36

Probabilidade de dois eventos simultâneos (ou sucessivos)


A probabilidade de ocorrer P (A ∩ B) é igual ao produto de um deles pela probabilidade do outro em
relação ao primeiro. Isto significa que, para se avaliar a probabilidade de ocorrem dois eventos
simultâneos (ou sucessivos), que é P (A ∩ B), é preciso multiplicar a probabilidade de ocorrer um deles
P(B) pela probabilidade de ocorrer o outro, sabendo que o primeiro já ocorreu P (A | B).
Sendo:

𝐏(𝐀 ∩ 𝐁) 𝐏(𝐀 ∩ 𝐁)
𝐏(𝐀|𝐁) = 𝐨𝐮 𝐏(𝐁|𝐀) =
𝐏(𝐁) 𝐏(𝐀)

- Eventos independentes: dois eventos A e B de um espaço amostral S são independentes quando


P(A|B) = P(A) ou P(B|A) = P(B). Sendo os eventos A e B independentes, temos:

P (A ∩ B) = P(A). P(B)

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
Exemplo:
Lançando-se simultaneamente um dado e uma moeda, determine a probabilidade de se obter 3 ou 5
na dado e cara na moeda.
Sendo, c = coroa e k = cara.

S = {(1,c), (1,k), (2,c), (2,k), (3,c), (3,k), (4,c), (4,k), (5,c), (5,k), (6,c), (6,k)}
Evento A: 3 ou 5 no dado
A = {(3,c), (3,k), (5,c), (5,k)}
4 1
𝑃(𝐴) = =
12 3

Evento B: cara na moeda


B = {(1,k), (2,k), (3,k), (4,k), (5,k), (6,k)}
6 1
𝑃(𝐵) = =
12 2

Os eventos são independentes, pois o fato de ocorrer o evento A não modifica a probabilidade de
ocorrer o evento B. Com isso temos:
P (A ∩ B) = P(A). P(B)
1 1 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = . =
3 2 6

Observamos que A ∩ B = {(3,k), (5,k)} e a P (A ∩ B) poder ser calculada também por:


𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) 2 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = = =
𝑛(𝑆) 12 6
No entanto nem sempre chegar ao n(A ∩ B) nem sempre é fácil dependendo do nosso espaço
amostral.

Lei Binomial de probabilidade


Vamos considerar um experimento que se repete n número de vezes. Em cada um deles temos:
P(E) = p, que chamamos de probabilidade de ocorrer o evento E com sucesso.
P(𝐸̅ ) = 1 – p, probabilidade de ocorrer o evento E com insucesso (fracasso).

A probabilidade do evento E ocorrer k vezes, das n que o experimento se repete é dado por uma lei
binomial.

A probabilidade de ocorrer k vezes o evento E e (n - k) vezes o evento 𝐸̅ é o produto: pk . (1 – p)n - k

As k vezes do evento E e as (n – k) vezes do evento 𝐸̅ podem ocupar qualquer ordem. Então,


precisamos considerar uma permutação de n elementos dos quais há repetição de k elementos e de (n –
k) elementos, em outras palavras isso significa:
𝑛!
𝑃𝑛 [𝑘,(𝑛−𝑘)] = 𝑘.(𝑛−𝑘)! = (𝑛𝑘), logo a probabilidade de ocorrer k vezes o evento E no n experimentos é
dada:
𝒏
𝒑 = ( ) . 𝒑𝒌 . 𝒒𝒏−𝒌
𝒌

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
A lei binomial deve ser aplicada nas seguintes condições:

- O experimento deve ser repetido nas mesmas condições as n vezes.


- Em cada experimento devem ocorrer os eventos E e 𝑬 ̅.
- A probabilidade do E deve ser constante em todas as n vezes.
- Cada experimento é independente dos demais.

Exemplo:
Lançando-se uma moeda 4 vezes, qual a probabilidade de ocorrência 3 caras?
Está implícito que ocorrerem 3 caras deve ocorrer uma coroa. Umas das possíveis situações, que
satisfaz o problema, pode ser:

Temos que:
n=4
k=3
1 1
̅̅̅ = 1 −
𝑃(𝐸) = , 𝑃(𝐸)
2 2

Logo a probabilidade de que essa situação ocorra é dada por:


1 3 1 1
(2) . (1 − 2) , como essa não é a única situação de ocorre 3 caras e 1 coroa. Vejamos:

1 3 1 1
Podemos também resolver da seguinte forma: (43) maneiras de ocorrer o produto ( ) . (1 − ) ,
2 2
portanto:
4 1 3 1 1 1 1 1
𝑃(𝐸) = ( ) . ( ) . (1 − ) = 4. . =
3 2 2 8 2 4

Questões

01. (BANESTES – Técnico em Segurança do Trabalho – FGV/2018) Dados os conjuntos A = {1, 2,


3} e B = {4, 5, 6, 7}, João escolhe ao acaso um elemento de cada um deles. A probabilidade de que o
produto dos dois elementos escolhidos seja um número par é:

(A) 1/4;
(B) 1/3;
(C) 1/2;
(D) 2/3;
(E) 3/4.

02. (ENEM - CESGRANRIO) Em uma escola, a probabilidade de um aluno compreender e falar inglês
é de 30%. Três alunos dessa escola, que estão em fase final de seleção de intercâmbio, aguardam, em
uma sala, serem chamados para uma entrevista. Mas, ao invés de chamá-los um a um, o entrevistador
entra na sala e faz, oralmente, uma pergunta em inglês que pode ser respondida por qualquer um dos
alunos.
A probabilidade de o entrevistador ser entendido e ter sua pergunta oralmente respondida em inglês é
(A) 23,7%
(B) 30,0%
(C) 44,1%
(D) 65,7%
(E) 90,0%

. 442
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03. (ENEM - CESGRANRIO) Em uma central de atendimento, cem pessoas receberam senhas
numeradas de 1 até 100. Uma das senhas é sorteada ao acaso.
Qual é a probabilidade de a senha sorteada ser um número de 1 a 20?
(A) 1/100
(B) 19/100
(C) 20/100
(D) 21/100
(E) 80/100

04. (Pref. Niterói – Agente Fazendário – FGV) O quadro a seguir mostra a distribuição das idades
dos funcionários de certa repartição pública:

Escolhendo ao acaso um desses funcionários, a probabilidade de que ele tenha mais de 40 anos é:
(A) 30%;
(B) 35%;
(C) 40%;
(D) 45%;
(E) 55%.

05. (Pref. Niterói – Fiscal de Posturas – FGV) Uma urna contém apenas bolas brancas e bolas pretas.
São vinte bolas ao todo e a probabilidade de uma bola retirada aleatoriamente da urna ser branca é 1/5.
Duas bolas são retiradas da urna sucessivamente e sem reposição.
A probabilidade de as duas bolas retiradas serem pretas é:
(A) 16/25;
(B) 16/19;
(C) 12/19;
(D) 4/5;
(E) 3/5.

06. (TJ/RO – Técnico Judiciário – FGV) Um tabuleiro de damas tem 32 quadradinhos pretos e 32
quadradinhos brancos.

Um desses 64 quadradinhos é sorteado ao acaso.


A probabilidade de que o quadradinho sorteado seja um quadradinho preto da borda do tabuleiro é:
(A) ½;
(B) ¼;
(C) 1/8;
(D) 9/16;
(E) 7/32.

07. (Pref. Jucás/CE – Professor de Matemática – INSTITUTO NEO EXITUS) Fernanda organizou
um sorteio de amigo secreto entre suas amigas. Para isso, escreveu em pedaços de papel o nome de
cada uma das 10 pessoas (incluindo seu próprio nome) que participariam desse sorteio e colocou dentro
de um saco. Fernanda, como organizadora, foi a primeira a retirar um nome de dentro do saco. A
probabilidade de Fernanda retirar seu próprio nome é:
(A) 3/5.
(B) 2/10.

. 443
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(C) 1/10.
(D) ½.
(E) 2/3.

08. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT) Uma loja
de eletrodoméstico tem uma venda mensal de sessenta ventiladores. Sabe-se que, desse total, seis
apresentam algum tipo de problema nos primeiros seis meses e precisam ser levados para o conserto
em um serviço autorizado.
Um cliente comprou dois ventiladores. A probabilidade de que ambos não apresentem problemas nos
seis primeiros meses é de aproximadamente:
(A) 90%
(B) 81%
(C) 54%
(D) 11%
(E) 89%

09. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT) Em uma
caixa estão acondicionados uma dúzia e meia de ovos. Sabe-se, porém, que três deles estão impróprios
para o consumo.
Se forem escolhidos dois ovos ao acaso, qual a probabilidade de ambos estarem estragados?
(A) 2/153
(B) 1/9
(C) 1/51
(D) 1/3
(E) 4/3

Comentários

01. Resposta: D.
Vamos fazer o total de possíveis resultados entre os conjuntos A e B.
Como em A temos 3 elementos e em B temos 4 elementos, teremos um total de 12 possibilidades de
fazer A vezes B,
Vamos ver quais serão pares agora:
A = {1, 2, 3} e B = {4, 5, 6, 7},
A.B
1.4=4
1.6=6
2.4=8
2 . 5 = 10
2 . 6 = 12
2 . 7 = 14
3 . 4 = 12
3 . 6 = 18
Assim, teremos 8 possibilidades de um total de 12, logo a probabilidade desse número ser par será de
8/12 = 2/3 (simplificando a fração)

02. Resposta: D.
A probabilidade de nenhum dos três alunos responder à pergunta feita pelo entrevistador é
0,70 . 0,70 . 0,70 = 0,343 = 34,3%
Portanto, a possibilidade dele ser entendido é de: 100% – 34 ,3% = 65,7%

03. Resposta: C.
A probabilidade de a senha sorteada ser um número de 1 a 20 é 20/100, pois são 20 números entre
100.

04. Resposta: D.
O espaço amostral é a soma de todos os funcionário:
2 + 8 + 12 + 14 + 4 = 40
O número de funcionário que tem mais de 40 anos é: 14 + 4 = 18

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Logo a probabilidade é:
18
𝑃(𝐸) = = 0,45 = 45%
40

05. Resposta: C.
B = bolas brancas
T = bolas pretas
Total 20 bolas = S (espaço amostral)
P(B) = 1/5
𝑛(𝐵) 1 𝑛(𝐵) 20
𝑃(𝐵) = → = → 𝑛(𝐵) = =4
𝑛(𝑆) 5 20 5

Logo 20 – 4 = 16 bolas pretas


𝑛(𝑇) 16 4
𝑃(𝑇1) = = =
𝑛(𝑆) 20 5

Como não há reposição a probabilidade da 2º bola ser preta é:

𝑛(𝑇) 15
𝑃(𝑇2) = =
𝑛(𝑆) 19

Como os eventos são independentes multiplicamos as probabilidades:


4 15 60 12
. = =
5 19 95 19

06. Resposta: E.
Como são 14 quadrinhos pretos na borda e 64 quadradinhos no total, logo a probabilidade será de:
14 7
𝑃(𝐸) = =
64 32

07. Resposta: C.
𝑟𝑒𝑡𝑖𝑟𝑎𝑑𝑜
A probabilidade é calculada por 𝑃 = 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
1
Assim, 𝑃 = 10

08. Resposta: B.
6 / 60 = 0,1 = 10% de ter problema
Assim, se 10% tem problemas, então 90% não apresentam problemas.
90 90 8100
𝑃= .
100 100
= 10000
= 81%

09. Resposta: C.
3 2 6 1
𝑃 = 18 . 17 = 306 = 51
(: 6 / 6)

11 Números complexos.

Quantas vezes, ao calcularmos o valor de Delta (b2- 4ac) na resolução da equação do 2º grau, nos
deparamos com um valor negativo (Delta < 0). Nesse caso, sempre dizemos ser impossível a raiz no
universo considerado (normalmente no conjunto dos reais- R).
No século XVIII, o matemático suíço Leonhard Euler passou a representar √−1 por i, convenção que
utilizamos até os dias atuais.
Assim: √−1 = i, que passamos a chamar de unidade imaginária.

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1498787 E-book gerado especialmente para ISRAEL FARAZ DE SOUZA
A partir daí, vários matemáticos estudaram este problema, sendo Gauss e Argand os que realmente
conseguiram expor uma interpretação geométrica num outro conjunto de números, chamado de números
complexos, que representamos por C.

Números Complexos
Chama-se conjunto dos números complexos, e representa-se por C, o conjunto de pares ordenados,
ou seja:
z = (x, y)
onde x ∈ a R e y ∈ a R.

Então, por definição, se z = (x, y) = (x,0) + (y, 0)(0,1) onde i = (0,1), podemos escrever que:
z = (x, y) = x + yi

Exemplos
(5, 3) = 5 + 3i
(2, 1) = 2 + i
(-1, 3) = - 1 + 3i

Dessa forma, todo o números complexo z = (x, y) pode ser escrito na forma z = x + yi, conhecido como
forma algébrica, onde temos:
x = Re(z), parte real de z
y = Im(z), parte imaginária de z

Igualdade entre números complexos: Dois números complexos são iguais se, e somente se,
apresentam simultaneamente iguais a parte real e a parte imaginária. Assim, se z1 = a + bi e z2 = c + di,
temos que:
z1 = z2 <==> a = c e b = d

Adição de números complexos: Para somarmos dois números complexos basta somarmos,
separadamente, as partes reais e imaginárias desses números. Assim, se z1 = a + bi e z2 = c + di, temos
que:
z1 + z2 = (a + c) + (b + d)i

Subtração de números complexos: Para subtrairmos dois números complexos basta subtrairmos,
separadamente, as partes reais e imaginárias desses números. Assim, se z1 = a + bi e z2 = c + di, temos
que:
z1 – z2 = (a - c) + (b - d)i

Multiplicação de números complexos: Para multiplicarmos dois números complexos basta


efetuarmos a multiplicação de dois binômios, observando os valores das potência de i. Assim, se z1 = a +
bi e z2 = c + di, temos que:
z1.z2 = a.c + a.di + b.ci + b.di2
Como i2 = -1, temos:
z1.z2= ac + adi + bci - bd
Agrupando os membros:
z1.z2= ac – bd + adi + bci → (ac – bd) + (ad + bc)i

Nota: As propriedades da adição, subtração e multiplicação válidas para os Reais são válidas para os
números complexos.

Conjugado de um número complexo: Dado z = a + bi, define-se como conjugado de z (representa-


se por 𝑧̅) ==> 𝑧̅ = a - bi
Exemplo:
z = 3 - 5i ==> 𝑧̅ = 3 + 5i
z = 7i ==> 𝑧̅ = - 7i
z = 3 ==> 𝑧̅ = 3

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Propriedade:
O produto de um número complexo pelo seu conjugado é sempre um número real.
𝑧. 𝑧̅ ∈ 𝑅

Divisão de números complexos: Para dividirmos dois números complexos basta multiplicarmos o
numerador e o denominador pelo conjugado do denominador. Assim, se z1= a + bi e z2= c + di, temos
que:

Potências de i
Se, por definição, temos que i = - (-1)1/2, então:
i0 = 1
i1 = i
i2 = -1
i3 = i2.i = -1.i = -i
i4 = i2.i2=-1.-1= 1
i5 = i4. 1=1.i= i
i6 = i5. i =i.i=i2= -1
i7 = i6. i =(-1).i= -i ......

Observamos que no desenvolvimento de in (n pertencente a N, com n variando, os valores repetem-


se de 4 em 4 unidades. Desta forma, para calcularmos in basta calcularmos ir onde r é o resto da divisão
de n por 4.
Exemplo: i63 => 63 / 4 dá resto 3, logo i63= i3 = -i

Módulo de um número complexo: Dado z = a+bi, chama-se módulo de z, indicado por |z| ou 𝜌 , a
distância entre a origem (O) do plano de Gauss e o afixo de z (P).
| z |= 𝜌 =√ 𝑎2 + 𝑏 2

Interpretação geométrica: Como dissemos, no início, a interpretação geométrica dos números


complexos é que deu o impulso para o seu estudo. Assim, representamos o complexo z = a+bi da seguinte
maneira

Em particular temos que:

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Forma polar dos números complexos: Da interpretação geométrica, temos que:

Que é conhecida como forma polar ou trigonométrica de um número complexo.

Exemplo:

A multiplicação de dois números complexos na forma polar:


A = |A| [cos(a) + i sen(a)]
B = |B| [cos(b) + i sen(b)]

É dada pela Fórmula de De Moivre:


AB = |A||B| [cos(a + b) + i sen(a + b)]
Isto é, para multiplicar dois números complexos em suas formas trigonométricas, devemos multiplicar
os seus módulos e somar os seus argumentos.
Se os números complexos A e B são unitários então |A|=1 e |B|=1, e nesse caso
A = cos(a) + i sen(a)
B = cos(b) + i sen(b)

Multiplicando A e B, obtemos
AB = cos(a + b) + i sen(a + b)

Existe uma importantíssima relação matemática, atribuída a Euler (lê-se "óiler"), garantindo que para
todo número complexo z e também para todo número real z:
eiz = cos(z) + i sen(z)

Tal relação, normalmente é demonstrada em um curso de Cálculo Diferencial, e, ela permite uma outra
forma para representar números complexos unitários A e B, como:
A = eia = cos(a) + i sen(a)
B = eib = cos(b) + i sen(b)

Onde a é o argumento de A e b é o argumento de B. Assim, ei(a+b) = cos(a + b) + isen(a + b)

Por outro lado ei(a+b) = eia . eib = [cos(a) + isen(a)] [cos(b) + isen(b)]

E desse modo ei(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b) + i [cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)]

Para que dois números complexos sejam iguais, suas partes reais e imaginárias devem ser iguais,
logo
cos(a + b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)
sen(a + b) = cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)

Para a diferença de arcos, substituímos b por -b nas fórmulas da soma


cos(a + (-b)) = cos(a)cos(-b) - sen(a)sen(-b)
sen(a + (-b)) = cos(a)sen(-b) + cos(-b)sen(a)

Para obter
cos(a - b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b)
sen(a - b) = cos(b)sen(a) - cos(a)sen(b)

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Operações na forma polar

Sejam z1=𝜌1(cos 𝜃1+ i sen𝜃1 ) e z2=𝜌1(cos𝜃2 +i sen𝜃2 ). Então, temos que:

a) Multiplicação

b) Divisão

c) Potenciação

d) Radiciação

para n = 0, 1, 2, 3, ..., n-1

Observe que o item c) e d) acima representa a resolução pela Fórmula de Moivre.

Exemplo
Calcular a raiz quadrada do número complexo:

A raiz quadrada de um complexo é dada pela segunda fórmula de Moivre, com n = 2:

Para k = 0, teremos:

Questões

01. (PM/SP – CABO – CETRO) Assinale a alternativa que apresenta o módulo do número complexo
abaixo.

(1 + 2𝑖)2
𝑧=
𝑖
(A) 36.
(B) 25.
(C) 5.
(D) 6.

02. (TRF 2ª – Técnico Judiciário – FCC) Considere a igualdade x + (4 + y). i = (6 − x) + 2yi, em que
x e y são números reais e i é a unidade imaginária. O módulo do número complexo z = x + yi, é um número
(A) maior que 10.
(B) quadrado perfeito.
(C) irracional.
(D) racional não inteiro.
(E) primo.

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03. (CPTM – Almoxarife – MAKIYAMA) Assinale a alternativa correspondente à forma trigonométrica
do número complexo z=1+i:
𝜋 𝜋
(A) 𝒛 = √2(cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
4 4
𝜋 𝜋
(B) 𝑧 = 2(cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
4 4

√2 𝜋 𝜋
(C) 𝑧 = (cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
2 4 4
1 𝜋 𝜋
(D) 𝑧 = (cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
2 4 4

√2 𝜋 𝜋
(E) 𝑧 = (cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
2 3 3

04. (CPTM – Almoxarife – MAKIYAMA) O valor do módulo do número complexo (i62+i123) é:


(A) Um número natural.
(B) Um número irracional maior que 5.
(C) Um número racional menor que 2.
(D) Um número irracional maior que 3.
(E) Um número irracional menor que 2.

1+√5𝑖
05. (Professor/Pref Itaboraí) O inverso do número complexo 2
é:
1 + √5𝑖
(𝐴)
2

1 − √5𝑖
(𝐵)
2

(C) 1 − √5𝑖

1 + √5𝑖
(𝐷)
3

1 − √5𝑖
(𝐸)
3
1+2𝑖
06. (UFPA) A divisão dá como resultado
1−𝑖
−1 3
(A) 2
− 2𝑖

1 3
(B) 2
+ 2𝑖

−1 3
(C) 2
+ 2𝑖

1 3
(D) 2
− 2𝑖

07. (PUC-SP) Se f(z) = z2 - z + 1, então f (1- i) é igual a:


(A) i
(B) – i + 1
(C) - i
(D) i -1
(E) i + 1

. 450
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08. (UCMG) O complexo z, tal que 5z + 𝑧̅ = 12 +16i, é igual a:
(A) - 2 + 2i
(B) 2 - 3i
(C) 1 + 2i
(D) 2 + 4i
(E) 3 + i
2+3𝑖
09. (Viçosa – MG) A parte real de 2−3𝑖 é:
(A) -2/13
(B) -5/13
(C) -1/13
(D) -4/13

2−𝑖
10. (Mack – SP) O conjugado de 𝑖
, vale:
(A) 1 - 2i
(B) 1 + 2i
(C) 1 + 3i
(D) -1 + 2i
(E) 2 - i

Comentários

01. Resposta: C.
1 + 4𝑖 − 4 −3 + 4𝑖 𝑖
𝑧= = ∙ = 3𝑖 + 4
𝑖 𝑖 𝑖

|𝑧| = √32 + 4² = 5

02. Resposta: E.
x=6-x
x=3
4+y=2y
y=4

|𝑧| = √32 + 4² = 5

03. Resposta: A.

𝜌 = √12 + 1² = √2
1 √2
𝑐𝑜𝑠𝜃 = = = 𝑠𝑒𝑛𝜃
√2 2
𝜋
𝜃=
4
𝜋 𝜋
𝑧 = √2(cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
4 4

04. Resposta: E.
62/4=15 e resto 2 então i62=i2= -1
123/4=30 e resto 3 então i123=i3=-i, como 𝑖 = √−1
𝑖 + 𝑖 123 = −1 − √−1
62

05. Resposta: E.
O inverso de z é 1/z :
2 2 1 − √5𝑖 2 − 2√5𝑖 2 − 2√5𝑖 2 − 2√5𝑖 1 − √5𝑖
= . = = = =
2
1 + √5𝑖 1 + √5𝑖 1 − √5𝑖 1 − (√5𝑖) 2 1 − 5𝑖 2 6 3

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06. Resposta: C.
Temos q a = 1; b = 2; c = 1; d = - 1
Através da fórmula já vista vamos efetuar a divisão:
𝑎𝑐 + 𝑑𝑏 𝑏𝑐 − 𝑎𝑑 1.1 + (−1). 2 2.1 − (1. (−1))
( 2 2
)+( 2 2
)𝑖 → ( 2 2 )+( 2 )𝑖 →
𝑐 +𝑑 𝑐 +𝑑 1 + (−1) 1 + (−1)2

1−2 2+1 −1 3
+ 𝑖→ + 𝑖
2 2 2 2

07. Resposta: C.
f(z) = z2 – z + 1  (1 - i)2 – (1 - i) + 1  1 - 2i + i2 – 1 + i +1  i2 – i + 1; como i2 = - 1, então: - 1 – i +
1=-i

08. Resposta: D.
A fórmula do número complexo é z = a + bi, e de seu conjugado será 𝑧̅ = a - bi
Logo temos:
5.(a + bi) + (a - bi) = 12 + 16i  5a + 5bi + a – bi = 12 + 16i  6a + 4bi = 12 + 16i, para um número
complexo ser igual ao outro, vamos igualar a parte real com a parte real e a parte imaginária com a parte
imaginária:
6a = 12  a = 2; 4bi = 16i  b = 4
Montando o complexo: z = a + bi  z = 2 + 4i

09. Resposta: B.
𝑎𝑐 + 𝑑𝑏 𝑏𝑐 − 𝑎𝑑
( 2 2
)+( 2 )𝑖
𝑐 +𝑑 𝑐 + 𝑑2

Como queremos a parte real, vamos utilizar a primeira parte da fórmula:


2.2 + 3. (−3) 4 − 9 −5
( 2 2
)= =
2 + (−3) 4 + 9 13

10. Resposta: D.
Vamos multiplicar o denominador e numerador pelo conjugado do denominador – i. Lembre-se que i2
=-1

2 − 𝑖 −𝑖 −2𝑖 + 𝑖 2 −2𝑖 − 1
. → → → −2𝑖 − 1
𝑖 −𝑖 −𝑖 2 −(−1)
Temos que o conjugado de um número complexo é: a + bi  a - bi, logo
-1 – 2i  -1 + 2i

12 Cálculo diferencial e integral das funções de uma variável.

LIMITE

A definição de limite38 é utilizada no intuito de expor o comportamento de uma função nos momentos
de aproximação de determinados valores. O limite de uma função possui grande importância no cálculo
diferencial e em outros ramos da análise matemática, definindo derivadas e continuidade de funções.
Dizemos que uma função f(x) tem um limite A quando x → a (→: tende), isto é,
lim 𝑓(𝑥) = 𝐴
𝑥→𝑎

38
http://www.aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php/314420/mod_resource/content/0/Aula%2015%20-%20Plano%20tangente%20e%20gradiente.pdf
Stewart, James. Cálculo: Volume 1. 5ªed. Cengage Learning. São Paulo.
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se, tendendo x para o seu limite, de qualquer maneira, sem atingir o valor a, o módulo de f(x) – A se
torna e permanece menor que qualquer valor positivo, predeterminado, por menor que seja.

Teoremas

1 – O limite da soma de duas ou mais funções de mesma variável deve ser igual à soma dos seus
limites.

2 – O limite do produto de duas ou mais funções de mesma variável deve ser igual a multiplicação de
seus limites.

3 – O limite do quociente de duas ou mais funções de mesma variável deve ser igual à divisão de seus
limites, ressaltando que o limite do divisor seja diferente de zero.

4 – O limite da raiz positiva de uma função é igual à mesma raiz do limite da função, lembrando que
esta raiz precisa ser real.
Devemos ter atenção em não supor que lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎), pois lim 𝑓(𝑥) depende do comportamento de
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
f(x) para os valores de x próximos, mas diferentes de a, enquanto f(a) é o valor da função em x = a.

Determinando o limite de uma função:


𝑥−4 𝑥−4 1 1
lim 𝑥 2 −𝑥−12 = lim (𝑥−4)(𝑥+3) = lim 𝑥+3 = lim 7 = 1/7
𝑥→4 𝑥→4 𝑥→4 𝑥→4
𝑥−3 𝑥−3 1 1
lim = lim = lim = lim = 1/6
𝑥→3 𝑥 2 −9 𝑥→3 (𝑥+3)(𝑥−3) 𝑥→3 𝑥+3 𝑥→3 6

Propriedades dos Limites:

1ª) lim [𝑓(𝑥) ± 𝑔(𝑥)] = lim 𝑓(𝑥) ± lim 𝑔(𝑥)


𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
O limite da soma é a soma dos limites.
O limite da diferença é a diferença dos limites.

Exemplo:

lim [𝑥² ± 3𝑥³] = lim 𝑥² + lim 3𝑥³ = 1 + 3 = 4


𝑥→1 𝑥→1 𝑥→1

2ª) lim [𝑓(𝑥) ∙ 𝑔(𝑥)] = lim 𝑓(𝑥) ∙ lim 𝑔(𝑥)


𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
O limite do produto é o produto dos limites.

Exemplo:
lim [3𝑥³ ∙ cos 𝑥] = lim 3𝑥³ ∙ lim cos 𝑥 = 3𝜋 3 ∙ (−1) = −3𝜋³
𝑥→𝜋 𝑥→𝜋 𝑥→𝜋

𝑓(𝑥) lim 𝑓(𝑥)


3ª) lim 𝑔(𝑥) = 𝑥→𝑎
lim 𝑔(𝑥)
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
O limite do quociente é o quociente dos limites desde que o denominador não seja zero.
Exemplo:
cos 𝑥 lim cos 𝑥 𝑐𝑜𝑠0 1
𝑥→0
lim 𝑥 2 +1 = lim 𝑥 2 +1
= 02 +1 = 1 = 1
𝑥→0 𝑥→0

4ª)

Exemplo:

5ª)

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Exemplo:

6ª)

Exemplo:

7ª)

Exemplo:

8ª)

Exemplo:

Limites Laterais
Se x se aproxima de a através de valores maiores que a ou pela sua direita, escrevemos:

Esse limite é chamado de limite lateral à direita de a.


Se x se aproxima de a através de valores menores que a ou pela sua esquerda, escrevemos:

Esse limite é chamado de limite lateral à esquerda de a.


O limite de f(x) para x a existe se, e somente se, os limites laterais à direita a esquerda são iguais, ou
sejas:

Se

Se

CONTINUIDADE

Dizemos que uma função f(x) é contínua num ponto a do seu domínio se as seguintes condições são
satisfeitas:

Propriedade das Funções contínuas


Se f(x) e g(x)são contínuas em x = a, então:
 f(x) g(x) é contínua em a;
 f(x) . g(x) é contínua em a;

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 é contínua em a .

- Teorema de Bolzano-Cauchy (ou teorema do valor intermediário)


Seja f uma função real de variável real contínua no intervalo fechado [a,b].
Se f(a) ≤ s ≤ f(b) então existe pelo menos um c ϵ [a,b] tal que f(c) = s.

Caso particular: usa-se para provar que uma função tem zeros.

Seja f uma função contínua no intervalo fechado [a,b].


Se f(a) x f(b) < 0 então a função tem pelo menos um zero em ]a,b[.

Notas:
- Sempre que se resolva um exercício e se utilize o Teorema é necessário mencionar a continuidade;
- O Teorema apenas confirma que uma função tem zeros. Não se pode usar para provar que a função
não tem zeros, mesmo que f(a) x f(b) > 0.

Exemplo

f(a) x f(b) < 0 e f(x) não tem zeros em ]a,b[

Este exemplo não contradiz o Teorema de Bolzano porque f não é contínua em


[a,b].

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Exemplos

DERIVADAS

A derivada de uma função39 y = f(x) num ponto x = x0, é igual ao valor da tangente trigonométrica do
ângulo formado pela tangente geométrica à curva representativa de
y=f(x), no ponto x = x0, ou seja, a derivada é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função
no ponto x0.
A derivada de uma função y = f(x), pode ser representada também pelos símbolos:
y' , dy/dx ou f ' (x).
A derivada de uma função f(x) no ponto x0 é dada por:

Regras de derivação

Grupo I
1. A derivada de uma constante é zero.
(c)’ = 0

2. A derivada de x em relação a x é um.


(x)’ = 1

3. As constantes de ser colocadas para o lado de fora do sinal de derivação.


(a.u)’ = a.u’

4. Derivada da potência.
(un)’ = n un-1. u’

5. A derivada da soma (subtração) é igual à soma (subtração) das derivadas.


(u + v)’ = u’ + v’

39
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6. Derivada do produto.
(u.v)’ = u’. v + u.v’
(r.s.t...z)' = r'.s.t...z + r.s'.t...z +...+ r.s.t...z'

7. Derivada da divisão.
(u/v)’ = (u’.v – u.v’) / v2

Grupo II
8. ( eu )’ = eu.u'
9. (ln u)’ = u' / u
10. (sen u)’ = cos u.u’
11. (cos u)’ = - sen u.u’
12. (tan u)’ = sec2u.u’

Grupo III
13. (au)’ = au . ln a . u’
14. (loga u)’ = u’(x) / u ln a
15. (cot u)’ = - csc2 u u’
16. (sec u)’ = sec u tan u u’
17. (csc u)’ = - csc u cot u u’
18. (sen-1u)’ = u’ / (1- u2)1/2
19. (cos-1u)’ = - u’ / (1 - u)2 )1/2
20. (tan-1u)’ = u’ / (1 + u2)
21. (cot-1u)’ = - u’ / (1 + u2)
22. (sec-1u)’ = u’ / |u|.(u2 – 1)1/2
23. (csc-1u)’ = - u’ / |u|.(f(x)2 – 1)1/2

Grupo IV - Hiperbólicas
24. (senh u)’ = cosh u.u'
25. (cosh u)’ = senh u.u'
26. (tanh u)’ = sech2u.u'
27. (coth u)’ = - csch2 u . u’
28. (sech u)’ = - sech u tanh u . u’
29. (csch u)’ = - csch u coth u . u’
30. (senh-1u)’ = u’ / (1 + u2 )1/2
31. (cosh-1u)’ = u’ / (u2 -1)1/2
32. (tanh-1u)’ = u’ / (1- u2)
33. (coth u)’ = - u’ / (u2 -1)
34. Dx |u| = ( u Dx u) ) / |u|

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Regra da Cadeia
A derivada de g(u(x)) é a derivada da função externa calculada na função interna, vezes a derivada da
função interna.
Dxv(u(x)) = Duv(u).Dxu(x)

Valores de Máximo e Mínimo


A partir do sinal da derivada de Segunda ordem de uma função f, além da concavidade, podem-se
obter pontos de máximo ou mínimos, relativos a um certo intervalo desta função. Sendo o gráfico a seguir
de uma função qualquer, tem-se:

x1= abscissa de um ponto de máximo local.


x2= abscissa de um ponto de mínimo local.
x3= abscissa de um ponto de máximo local.
As retas tangentes r1, r2 e r3 nos pontos de abscissas x1, x2 e x3, respectivamente, são paralelas ao
eixo x, logo, a derivada de f anula-se para x1, x2 e x3, ou seja, f’(x1) = f’(x2) = f’(x3) = 0.
Observação:
Nos pontos de mínimo ou máximo relativo, a derivada primeira anula–se.

Teste da derivada de 2.ª ordem


A fim de verificar se um ponto, que anula a derivada primeira de uma função, representa um ponto de
máximo ou mínimo local, faz-se o teste da derivada de segunda ordem, ou seja:
a) deriva-se a função;
b) iguala-se a derivada primeira a zero;
c) Seja a função duas vezes diferenciável no intervalo aberto I.
(i) se f(x) (segunda derivada) >0 para todo x em I(intervalo), então o gráfico de f possui
concavidade para cima em I
(ii) se f(x) <0 para todo x em I, então o gráfico de f possui concavidade para baixo em I.

Teste da segunda derivada para extremos relativos


Seja a função f diferenciável no intervalo aberto I e suponha que c seja um ponto em I, tal que f (x)
(primeira derivada) = 0 e f (x) (segunda derivada) exista.
(i) se f (c) >0, então f possui um mínimo relativo em c.
(ii) se f (c) < 0, então f possui um máximo relativo em c.

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Pode ser escrito de outra forma:

Teste da Derivada segunda


Suponha que f (2 derivada) seja contínua na proximidade de c.
(i) se f (c) =0 e f (c) >0, então f tem um mínimo local em c.
(ii) se f (c) = 0 e f (c) <0, então f tem um máximo local em c.

Regra L’ Hôpital
Aqui será trabalhado somente com a ideia intuitiva, não explorando definições que, provavelmente,
causariam muita confusão e distanciariam do objetivo.
Porém, no estudo dos limites de uma função há casos em que nos deparamos com indeterminações
do tipo:

Nesses casos recorremos a diversos casos de fatoração para tentarmos driblar a indeterminação,
como por exemplo:

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No entanto há situações em que não é possível utilizar nenhum desses artifícios. Para esses casos
utilizamos as regras de L´Hopital, que podem ser muito bem trabalhadas no ensino médio, sempre com
a finalidade de facilitar a intepretação do comportamento das funções e a construção de gráficos.

A primeira regra de L’Hôpital diz que

Conhecendo as duas propriedades, fica mais fácil o cálculo dos limites que aparecem nas
indeterminações citadas anteriormente. Deixe bem claro aos alunos que essas propriedades só podem
ser utilizadas se as hipóteses forem satisfeitas.

Exemplo

Reta tangente e Reta Normal ao gráfico de uma função

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Questões

01. (IF/BA – Professor de Matemática – AOCP) O valor de a para que a

função f definida por seja contínua é:


(A) 1.
(B) 0.
(C) um número real pertencente ao intervalo ]-1, 1[.
(D) -1.
(E) qualquer número real positivo.

02. ( IF/BA – Professor de Matemática – AOCP) Sejam f e g funções duas vezes derivável, f ' (1 )
= 2, f " (1) = 4, g(0) = 1, g'(0) = 2, g"(0) = 8. O valor da derivada segunda da função composta (fog) no
ponto 0 (zero) é:
(A) 0.
(B) 8.
(C) 16.
(D) 32.
(E) 64.

03. (IF/BA – Professor de Matemática – AOCP) Considere a função f definida por

. O(s) valor(es) de c pertencente(s) ao intervalo [-1,4], tal(is) que é (são):


(A) -1 ou 11.
(B) 1 ou -11.
(C) 5/2.
(D) -1.
(E) 1.

Respostas

01. Resposta: A.
Como a questão pede o valor de a então teremos que encontrar o ponto x=0.
𝑠𝑒𝑛𝑥
Assim calcularemos o limite de x tendendo a 0 de f(x) = 𝑥 .
𝑠𝑒𝑛𝑥
Então lim 𝑥
, como temos uma indeterminação do tipo 0/0, aplicaremos a regra de L’Hôpital.
𝑥→0
𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥
Assim, lim = lim 1 = 1, portanto o valor de a é 1.
𝑥→0 𝑥 𝑥→0

02. Resposta: D.
Q = f(g(x))
Q'= f'(g(x))g'(x) (Pela regra da cadeia)
Q"= f''(g(x))g'(x)g'(x) + f'(g(x))g''(x) (Pela regra do produto)
Q"(0) = f''(1).2.2+f'(1).8
Q"(0) =4.2.2+2.8 = 32

03. Resposta E.
𝑥 2 −3𝑥−4
f(x) 𝑥+5
42 −3.4−4
f(4) = 4+5 = 0
(−1)2 −3.(−1)−4
f(-1) = −1+5
=0
f’(c) é a derivada de f no ponto c, Calculemos f’(x).
(2x – 3).(𝑥+5)−(𝑥 2 −3𝑥−4).(1) 2𝑥 2 +7𝑥−15−𝑥 2 +3𝑥+4 𝑥 2 +10𝑥−11
f’(x) = = =
(𝑥+5)² (𝑥+5)² (𝑥+5)²
𝑐 2 +10𝑐−11 0−0
Assim, f’(c) = (𝑐+5)²
= 5
c² +10c -11=0

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Logo resolvendo essa equação do 2º grau, c’ = 1 e c” = -11(fora do intervalo)
Portanto a única solução é c’ = 1. Alternativa E.

INTEGRAL

- Integrais Imediatas40
Sabemos que a derivada é um dos conceitos mais importantes do Cálculo. Outro conceito também
muito importante é o de Integral. Existe uma estreita relação entre estas duas ideias. Assim, nesta seção,
será introduzida a ideia de integral, mostrando sua relação com a derivada.
Se a função F(x) é primitiva da função f (x), a expressão F(x) + C é chamada integral indefinida
da função (fx) e é denotada por:

Lê-se Integral indefinida de f(x) em relação a x ou simplesmente integral de f(x) em relação a x.

Dada definição de integral indefinida, temos as seguintes observações:

Vejamos os exemplos:

40
Curso de Graduação em Administração a Distância
http://wwwp.fc.unesp.br/~arbalbo/arquivos/integraldefinida.pdf

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- Propriedades da integral indefinida

Sejam f(x) e g(x) funções definidas no mesmo domínio e k uma constante real. Então:

Algumas integrais imediatas

- Integral por Partes


𝑑 𝑢𝑑𝑣 𝑣𝑑𝑢
Pelo produto de derivadas, como vimos anteriormente:𝑑𝑥 (𝑢𝑣) = 𝑑𝑥 + 𝑑𝑥 , de uma forma mais fácil
A derivada do produto pode ser escrita 1ª vezes a derivada da segunda +segunda vezes derivada da
primeira
(𝑢𝑣)′ = 𝑢𝑣 ′ + 𝑣𝑢′
Assim, para a integral:

∫(𝑢𝑣)′𝑑𝑥 = 𝑢𝑣 − ∫ 𝑢′𝑣 𝑑𝑥
De forma mais simplificada poderemos escrever 𝑢. 𝑣 − ∫ 𝑣𝑑𝑢

Exemplo:

∫ 𝑥 2 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥 2 𝑒 𝑥 − ∫ 2𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥

∫ 2𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 2𝑥𝑒 𝑥 − ∫ 2𝑒 𝑥 𝑑𝑥

∫ 2𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 2𝑥𝑒 𝑥 − 2𝑒 𝑥
Voltando:

∫ 𝑥 2 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥 2 𝑒 𝑥 − (2𝑥𝑒 𝑥 − 2𝑒 𝑥 ) = 𝑥 2 𝑒 𝑥 − 2𝑥𝑒 𝑥 + 2𝑒 𝑥 = 𝑒 𝑥 (𝑥 2 − 2𝑥 + 2)

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- Integral por Substituição ou Mudança e Variável

Devemos mudar algumas variáveis para facilitar a integral


Exemplo
2
∫ 𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥
Vamos chamar y=x² e dy=2xdx

Substituindo na integral

𝑒 𝑦 𝑑𝑦 1 𝑦
∫ = 𝑒 +𝑐
2 2

Integral definida

Se f é uma função de x, então a sua integral definida é uma integral restrita à valores em um intervalo
específico, digamos, a ≤ x ≤ b. O resultado é um número que depende apenas de a e b, e não de x.
Vejamos a definição:

Cálculo de área utilizando integrais

Podemos representar algebricamente uma curva no plano através de uma lei de formação chamada
função. A integral de uma função foi criada no intuito de determinar áreas sob uma curva no plano
cartesiano. Os cálculos envolvendo integrais possuem diversas aplicações na Matemática e na Física.
Observe a ilustração a seguir:

Para calcular a área da região demarcada (S) utilizamos a integrada função f na variável x, entre o
intervalo a e b:

A ideia principal dessa expressão é dividir a área demarcada em infinitos retângulos, pois
intuitivamente a integral de f(x) corresponde à soma dos retângulos de altura f(x) e base dx, onde o
produto de f(x) por dx corresponde à área de cada retângulo. A soma das áreas infinitesimais fornecerá
a área total da superfície sob a curva.

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Ao resolvermos a integral entre os limites a e b, teremos como resultado a seguinte expressão:

Exemplos

01. Determine a área da região a seguir delimitada pela parábola definida pela expressão f(x) = – x² +
4, no intervalo [-2,2].

Determinando a área através da integração da função f(x) = –x² + 4.


Para isso precisamos relembrar a seguinte técnica de integração:

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Portanto, a área da região delimitada pela função f(x) = –x² + 4, variando de -2 a 2, é de 10,6 unidades
de área.

02. Determinar a área da região limitada entre as curvas:

Esboço da região:

Para encontrar os limites de integração, fazemos f (x) = g(x) , isto é, x + 6 = x², que fornece x² -x -6 =
0. Pela fórmula de Bháskara encontramos as raízes da equação dita anteriormente, x = -2 e x = 3, que
serão os limites de integração. Observe pelo gráfico acima que x + 6 ≥ x², para todo x em [-2, 3].
Para calcular a área da região limitada por:

125
Portanto a área será 6
𝑢𝑎.

Volume de um sólido de revolução,


Seja f uma função contínua num intervalo , sendo para todo x, tal que .
Consideremos o conjunto A, delimitado pelo eixo x, o gráfico de f e as retas x=a e x=b:

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Seja B o sólido obtido através da rotação do conjunto A em torno do eixo x.

Considerando uma partição P do intervalo : , tal


que , seja:

onde para todo i, ,


que é uma soma de Riemann para a função , relativa à partição P do intervalo .
Definimos o volume do sólido B como sendo:

.
É preciso observar que cada secção transversal do sólido B, obtida a partir de x, , é um círculo
centrado no ponto e raio f(x) e, portanto, cuja área é .

Exemplo
Seja , . Calcule o volume do sólido gerado pela rotação do gráfico de f, ou seja
pela rotação da região delimitada pelo eixo x, o gráfico de f e as retas x = 0 e .

Resolução
O volume do sólido gerado pela rotação da região delimitada pelo gráfico de , pelo eixo x, e
as retas x=0 e ,

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é dado por:

Uma vez que , temos:

Exemplo
Considere a região do plano delimitada pelo eixo x, o gráfico de , para , sendo girada
primeiro ao redor do eixo x e depois ao redor do eixo y. Calcule o volume dos dois sólidos gerados.

Resolução
a) A região do plano delimitada pelo eixo x, o gráfico de , para , é girada ao redor do
eixo x:

O volume do sólido é dado por:

b) A região do plano delimitada pelo eixo x, o gráfico de , para , é girada ao redor do


eixo y:

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O volume do sólido é dado por:

Questões

01. (IF-BA – Professor de Matemática – INSTITUTO AOCP) A integral ∫ 𝑥𝑠𝑒𝑛(𝑥)𝑑𝑥 tem como
resultado:
(A) –xcos(x) + sen(x) + c
(B) xcos(x) - sen(x) + c
𝑥2
(C) − 2
cos(x) +c
𝑥2
(D) cos(x) + c
2
(E) –cos(X) + c

02. ( TRANSPETRO – Engenheiro Júnior – CESGRANRIO) A figura abaixo mostra o gráfico da


função Y = 1 + x 2.

A área hachureada, abaixo da curva da função e entre as abscissas 1 e 2, é igual a:


(A) 3
(B) 7/3
(C) 8/3
(D) 10/3
(E) 11/3

Respostas

01) Resposta: A.
Para resolver esta questão devemos utilizar integral por partes. 𝑢. 𝑣 − ∫ 𝑣𝑑𝑢

Seja 𝑢. 𝑣 − ∫ 𝑣𝑑𝑢

𝑢=𝑥
𝑑𝑢 = 𝑑𝑥
𝑑𝑣 = 𝑠𝑒𝑛𝑥
𝑣 = −𝑐𝑜𝑠𝑥
x.(-cos(x)) - ∫ − cos(𝑥) 𝑑𝑥
-xcos(x) + sen(x) + c

02. Resposta: D.
2
∫ 1 + 𝑥 2 𝑑𝑥
1
𝑥3 23 13 8 1 7 10
𝑥+ 3
𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 [1,2], 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚 2 + 3
− (1 + 3 ) = 2 + 3 − 1 − 3 = 1 + 3 = 3

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13 Noções de história da Matemática.

HISTORIA DA MATEMÁTICA41

Por volta dos séculos IX e VIII a.C a matemática engatinhava na Babilônia. Os babilônios e os egípcios
já tinham uma álgebra e uma geometria, mas somente o que bastasse para as suas necessidades
práticas, e não de uma ciência organizada. Na Babilônia, a matemática era cultivada entre os escrivas
responsáveis pelos tesouros reais. Apesar de todo material algébrico que tinham os babilônios e egípcios,
só podemos encarar a matemática como ciência, no sentido moderno da palavra, a partir dos séculos VI
e V a.C. na Grécia.
A matemática grega se distingue da babilônica e egípcia pela maneira de encará-la. Os gregos fizeram-
na uma ciência propriamente dita sem a preocupação de suas aplicações práticas.
Do ponto de vista de estrutura, a matemática grega se distingue da anterior, por ter levado em conta
problemas relacionados com processos infinitos, movimento e continuidade. As diversas tentativas dos
gregos de resolverem tais problemas fizeram com que aparecesse o método axiomático-dedutivo. Este
método consiste em admitir como verdadeiras certas preposições (mais ou menos evidentes) e a partir
delas, por meio de um encadeamento lógico, chegar a proposições mais gerais. As dificuldades com que
os gregos depararam ao estudar os problemas relativos a processos infinitos (sobretudo problemas sobre
números irracionais) talvez sejam as causas que os desviaram da álgebra, encaminhando-os em direção
à geometria. Realmente, é na geometria que os gregos se destacam, culminando com a obra de Euclides,
intitulada "Os Elementos". Sucedendo Euclides, encontramos os trabalhos de Arquimedes e de Apolônio
de Perga.
Arquimedes desenvolve a geometria, introduzindo um novo método, denominado "método de
exaustão", que seria um verdadeiro germe do qual mais tarde iria brotar um importante ramo de
matemática (teoria dos limites). Apolônio de Perga, contemporâneo de Arquimedes, dá início aos estudos
das denominadas curvas cônicas: a elipse, a parábola, e a hipérbole, que desempenham, na matemática
atual, papel muito importante. No tempo de Apolônio e Arquimedes, a Grécia já deixara de ser o centro
cultural do mundo. Este, por meio das conquistas de Alexandre, tinha-se transferido para a cidade de
Alexandria. Depois de Apolônio e Arquimedes, a matemática grega entra no seu ocaso.
Dia dez de dezembro de 641, cai a cidade de Alexandria sob a verde bandeira de Alá. Os exércitos
árabes, então empenhados na chamada Guerra Santa, ocupam e destroem a cidade, e com ela todas as
obras dos gregos. A ciência dos gregos entra em eclipse. Mas a cultura helênica era bem forte para
sucumbir de um só golpe; daí por diante a matemática entra num estado latente. Os árabes, na sua
arremetida, conquistam a Índia encontrando lá um outro tipo de cultura matemática: a Álgebra e a
Aritmética.
Os hindus introduzem um símbolo completamente novo no sistema de numeração até então
conhecido: o ZERO. Isto causa uma verdadeira revolução na "arte de calcular". Dá-se início à propagação
da cultura dos hindus por meio dos árabes. Estes levam à Europa os denominados "Algarismos arábicos",
de invenção dos hindus. Um dos maiores propagadores da matemática nesse tempo foi, sem dúvida, o
árabe Mohamed Ibn Musa Alchwarizmi, de cujo nome resultou em nossa língua as palavras algarismos e
Algoritmo.
Alchwarizmi propaga a sua obra, "Aldschebr Walmakabala", que ao pé da letra seria: restauração e
conforto. (É dessa obra que se origina o nome Álgebra). A matemática, que se achava em estado latente,
começa a se despertar. No ano 1202, o matemático italiano Leonardo de Pisa, cognominado de
"Fibonacci" ressuscita a Matemática na sua obra intitulada "Leber abaci" na qual descreve a "arte de
calcular" (Aritmética e Álgebra). Nesse livro Leonardo apresenta soluções de equações do 1º, 2º e 3º
graus. Nessa época a Álgebra começa a tomar o seu sapecto formal. Um monge alemão. Jordanus
Nemorarius já começa a utilizar letras para significar um número qualquer, e ademais introduz os sinais
de + (mais) e - (menos) sob a forma das letras p (plus = mais) e m (minus = menos).
Outro matemático alemão, Michael Stifel, passa a utilizar os sinais de mais (+) e menos (-), como nós
os utilizamos atualmente. É a álgebra que nasce e se põe em franco desenvolvimento. Tal
desenvolvimento é finalmente consolidado na obra do matemático francês, François Viète, denominada
"Álgebra Speciosa". Nela os símbolos alfabéticos têm uma significação geral, podendo designar números,
segmentos de retas, entes geométricos etc.

41
www.somatematica.com.br

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No século XVII, a matemática toma nova forma, destacando-se de início René Descartes e Pierre
Fermat. A grande descoberta de René Descartes foi sem dúvida a "Geometria Analítica" que, em síntese,
consiste nas aplicações de métodos algébricos à geometria. Pierre Fermat era um advogado que nas
horas de lazer se ocupava com a matemática. Desenvolveu a teoria dos números primos e resolveu o
importante problema do traçado de uma tangente a uma curva plana qualquer, lançando assim, sementes
para o que mais tarde se iria chamar, em matemática, teoria dos máximos e mínimos. Vemos assim no
século XVII começar a germinar um dos mais importantes ramos da matemática, conhecido como Análise
Matemática. Ainda surgem, nessa época, problemas de Física: o estudo do movimento de um corpo, já
anteriormente estudados por Galileu Galilei. Tais problemas dão origens a um dos primeiros
descendentes da Análise: o Cálculo Diferencial.
O Cálculo Diferencial aparece pela primeira vez nas mãos de Isaac Newton (1643-1727), sob o nome
de "cálculo das fluxões", sendo mais tarde redescoberto independentemente pelo matemático alemão
Gottfried Wihelm Leibniz. A Geometria Analítica e o Cálculo dão um grande impulso à matemática.
Seduzidos por essas novas teorias, os matemáticos dos séculos XVII e XVIII, corajosa e
despreocupadamente se lançam a elaborar novas teorias analíticas. Mas nesse ímpeto, eles se deixaram
levar mais pela intuição do que por uma atitude racional no desenvolvimento da ciência. Não tardaram as
consequências de tais procedimentos, começando por aparecer contradições. Um exemplo clássico disso
é o caso das somas infinitas, como a soma abaixo:
S = 3 - 3 + 3 - 3 + 3...........
Supondo que se tenha um número infinito de termos. Se agruparmos as parcelas vizinhas teremos:
S = (3 - 3) + (3 - 3) + ...........= 0 + 0 +.........= 0
Se agruparmos as parcelas vizinhas, mas a partir da 2ª, não agrupando a primeira:
S = 3 + ( - 3 + 3) + ( - 3 + 3) + ...........= 3 + 0 + 0 + ......... = 3
O que conduz a resultados contraditórios. Esse "descuido" ao trabalhar com séries infinitas era bem
característico dos matemáticos daquela época, que se acharam então em um "beco sem saída”. Tais
fatos levaram, no ocaso do século XVIII, a uma atitude crítica de revisão dos fatos fundamentais da
matemática. Pode-se afirmar que tal revisão foi a "pedra angular" da matemática. Essa revisão se inicia
na Análise, com o matemático francês Louis Cauchy (1789 - 1857), professor catedrático na Faculdade
de Ciências de Paris. Cauchy realizou notáveis trabalhos, deixando mais de 500 obras escritas, das quais
destacamos duas na Análise: "Notas sobre o desenvolvimento de funções em séries" e "Lições sobre
aplicação do cálculo à geometria". Paralelamente, surgem geometrias diferentes da de Euclides, as
denominadas Geometrias não euclidianas.
Por volta de 1900, o método axiomático e a Geometria sofrem a influência dessa atitude de revisão
crítica, levada a efeito por muitos matemáticos, dentre os quais destacamos D. Hilbert, com sua obra
"Fundamentos da Geometria" ("Grudlagen der Geometrie" título do original), publicada em 1901. A
Álgebra e a Aritmética tomam novos impulsos. Um problema que preocupava os matemáticos era o da
possibilidade ou não da solução de equações algébricas por meio de fórmulas que aparecessem com
radicais. Já se sabia que em equações do 2º e 3º graus isto era possível; daí surgiu a seguinte questão:
será que as equações do 4º graus em diante admitem soluções por meio de radicais?
Em trabalhos publicados por volta de 1770, Lagrange (1736 - 1813) e Vandermonde (1735-96)
iniciaram estudos sistemáticos dos métodos de resolução. À medida que as pesquisas se desenvolviam
no sentido de achar tal tipo de resolução, ia se evidenciando que isso não era possível. No primeiro terço
do século XIX, Niels Abel (1802-29) e Evariste de Galois (1811-32) resolvem o problema, demonstrando
que as equações do quarto e quinto grau em diante não podiam ser resolvidas por radicais. O trabalho
de Galois, somente publicado em 1846, deu origem à chamada "teoria dos grupos" e à denominada
"Álgebra Moderna", dando também grande impulso à teoria dos números.
Com respeito à teoria dos números não nos podemos esquecer das obras de R. Dedekind e Gorg
Cantor. R. Dedekind define os números irracionais pela famosa noção de "Corte". Georg Cantor dá início
à chamada Teoria dos conjuntos, e de maneira arrojada aborda a noção de infinito, revolucionando-a. A
partir do século XIX a matemática começa então a se ramificar em diversas disciplinas, que ficam cada
vez mais abstratas.
Atualmente se desenvolvem tais teorias abstratas, que se subdividem em outras disciplinas. Os
entendidos afirmam que estamos em plena "idade de ouro" da Matemática, e que nestes últimos
cinquenta anos tem se criado tantas disciplinas, novas matemáticas, como se haviam criado nos séculos
anteriores. Esta arremetida em direção ao "Abstrato", ainda que não pareça na prática, tem por finalidade
levar adiante a "Ciência". A história tem mostrado que aquilo que nos parece pura abstração, pura fantasia
matemática, mais tarde se revela como um verdadeiro celeiro de aplicações práticas.

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A MATEMÁTICA NA IDADE MODERNA42
Do Renascimento à Revolução Industrial

O Início
A Europa ocidental sofreu várias transformações, durante a baixa idade média, que contribuíram de
forma significativa para o fim do feudalismo e do modelo econômico que durante mil anos foi a base para
esta civilização. Citam-se como os mais importantes:
•ascensão da burguesia;
•expansão da atividade comercial;
•aumento no uso de moedas;
•obtenção de autonomia do poder senhorial por parte de algumas cidades;
•disseminação de feiras pela Europa ocidental;
•perda gradativa de poder por parte da igreja católica,
•contestação de dogmas religiosos por parte de filósofos e cientistas, e
•nova visão de mundo.
A burguesia tinha como objetivo principal o lucro. Com o novo modo de vida urbano, as pessoas
passaram a abandonar o campo. Assim, começa um novo êxodo rural, tendo as cidades como principal
centro migratório.
O século XIV começa com crises ameaçando destruir toda esta transformação já ocorrida. Estas crises
atingem as instituições econômicas, políticas e sociais. A Europa do fim da idade média e começo da
idade moderna foi marcada por três grandes calamidades: a guerra, a peste e a fome.
A guerra dos 100 anos, entre Inglaterra e França, deixou muitos senhores feudais na ruína, pois suas
propriedades foram arrasadas e seus servos fugiram. Os nobres não tinham como reconstruir seus feudos
e não estavam preparados para o novo de produção que começava a surgir. Era preciso, primeiramente,
investir em mão-de-obra e somente depois obter algum lucro com a venda da colheita.
Esta ruína da nobreza fundiária faz crescer o poder real com o apoio da burguesia. Florescem os
estados monárquicos absolutistas, principalmente Inglaterra e França.
Com as guerras, volta a ser utilizada a via marítima para o transporte de mercadorias, pois o transporte
terrestre é prejudicado. Os comerciantes Italianos continuam com um comércio marítimo muito forte. Este
comércio, gradualmente, vai se expandindo do mediterrâneo ao atlântico e ao mar do norte, contornando
a península ibérica. Graças a esta expansão comercial, descobrem-se as rotas para o mundo novo.
Durante a guerra dos 100 anos a Europa foi varrida por uma grande epidemia: a peste negra. Ela veio
da Ásia por meio dos navios Genoveses que faziam o comércio e se alastrou muito e rapidamente pelo
continente graças às péssimas condições de higiene dos burgos. Esta epidemia não fez distinção entre
ricos e pobres, intelectuais e ignorantes, servos e senhores. Como a contaminação dava-se, também,
pelas rotas comerciais que uniam as cidades Europeias, milhões de pessoas morreram e povoados
inteiros desapareceram. Esta peste negra é apontada como o principal fator que acelerou a crise feudal
e fez mudar o pensamento de muitas pessoas sobre a situação do homem no mundo.
A mortandade da população, aliada às péssimas condições da agricultura provocaram a queda da
produção de alimentos. Com esta queda na produção, o lucro dos comerciantes cai a níveis muito baixos.
Aumentou a especulação. Estas calamidades que abalaram a Europa, o aumento dos impostos e o desejo
de liberdade impulsionaram os camponeses à revolta. Levantes armados se espalharam por toda a
Europa. Normalmente estes levantes eram sufocados cruelmente pelo poder real ou nobres, que
possuíam exércitos particulares. Mesmo assim, conseguiram maior participação nas corporações e o
afrouxamento nas relações servis.
Juntamente com todos estes problemas enfrentados neste período, existia ainda o problema da
expansão turca contra o continente europeu. Esta expansão havia interrompido o fluxo de mercadorias
pela rota da seda, pois os turcos haviam dominado todo o oriente. Foi necessário, aos europeus, descobrir
outro caminho para o comércio com a índia e o oriente.

A Expansão Marítima
A dominação turca das rotas comerciais ligando o ocidente com o oriente não impediu o fluxo de
mercadorias. Porém, os custos das mercadorias era enorme. Aliado a este problema, aconteceu o
esgotamento das minas de metais preciosos na Europa. Havia também o aumento populacional, o que
acarretava o problema da alimentação para a população, visto que havia falta de produtos agrícolas.

42
O autor, Marcos Leandro Ohse é Licenciado em Matemática e Mestre em Matemática pela UNIJUI – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul e professor DE da UNIR – Universidade Federal de Rondônia, onde atua nos cursos de Licenciatura em Matemática e Física.

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Veneza, junto com os árabes, dominava as principais rotas de navegação do mediterrâneo e
monopolizava o comércio e a maior parte do fornecimento de mercadorias.
A navegação no oceano atlântico, de longo alcance, única alternativa possível, exigia técnicas mais
avançadas do que a navegação no mediterrâneo. A navegação neste oceano era extremamente adversa
e desafiava a perícia dos navegadores.
Para que esta navegação fosse plena de êxito era necessário aprimorar as técnicas de construção de
navios, confecção de instrumentos para navegação, melhoria e criação de novas cartas náuticas e
geográficas. Foram instrumentos valiosos nesta etapa:
•invenção da bússola, que aliada ao astrolábio, auxiliou a leitura de latitudes e longitudes;
•descoberta da imprensa de tipos móveis, que auxiliou a difusão e a confecção de cartas de
navegação, e
•descoberta da pólvora.
Mesmo com todas as descobertas realizadas, ainda havia um grande empecilho para a expansão
marítima: os altos custos financeiros. Este problema foi solucionado pela burguesia que começou a
financiar as grandes expedições em troca de futuros benefícios. As cortes reais também passaram a
financiar estas expedições, em troca de ouro, prata e especiarias.
É evidente que esta expansão marítima necessitava de altos conhecimentos matemáticos e científicos
de uma Europa que começava a sair do isolamento marcado pela idade média. Este processo de
expansão marítima e comercial foi um dos fatores que fizeram com que a matemática, bem como as
demais ciências, tivesse a maior expansão em todos os tempos da história. Esta expansão fez com que
o continente europeu chegasse à revolução industrial como potência mundial.

O Renascimento Cultural
O desenvolvimento artístico, científico e cultural ocorrido na Europa, denominado Renascimento, foi
um movimento que teve em suas concepções:
•renascimento da antiguidade clássica por meio do estudo da cultura greco-romana, e
•análise crítica da história passada por meio de uma precisa percepção da história.
O renascimento originou-se no norte da Itália e estendeu-se do início do século XIV ao século XVI.
Este movimento fez parte das transformações globais pelas quais passava a Europa ocidental desde o
fim da idade média. Depois, este movimento estendeu-se para os demais países europeus,
principalmente França, Inglaterra, Alemanha e Polônia.
Podem ser considerados fatores que contribuíram para o desenvolvimento do movimento
renascentista:
•o interesse pelo estudo do direito romano;
•rejeição ao misticismo medieval;
•multiplicação das universidades, as quais haviam rompido com a escolástica, ou seja, haviam rompido
com o domínio da igreja sobre a construção do conhecimento;
•apoio de ricos mercadores aos descobrimentos científicos, artísticos e culturais, e
•queda de Constantinopla, fazendo com que sábios bizantinos fugissem para a Itália, trazendo de volta
os escritos gregos com a influência oriental.
O acúmulo de riqueza, ouro e prata, passou a ser muito valorizado. A burguesia lutava pelos seus
interesses econômicos e pela ascensão social. Surgem novos segmentos sociais: profissionais liberais e
assalariados.
A burguesia, e mesmo o alto clero e a nobreza, patrocinavam artistas. Ser retratado em obras de arte
era uma maneira de se conseguir prestígio político. Estes burgueses se tornaram protetores das artes por
interesse político e econômico. Ficaram conhecidos como “mecenas”.
A possibilidade de leigos cursarem a universidade levou muitos burgueses a terem acesso à educação.
Houve uma preocupação maior com o ser humano, menor com a metafísica, voltou-se mais para as
questões cotidianas e da sociedade.
Estas transformações ocorridas na sociedade e no modo de agir da civilização influenciaram
diretamente na questão religiosa. A concepção de mundo pregada pela igreja sofreu grandes
contestações. Pregava-se, claramente, a divisão entre filosofia e teologia. Rejeitam-se as explicações
medievais do mundo. É necessário ao homem conhecer os fatos, testar e experimentar os fenômenos
naturais. Hipóteses são testadas por experiências. É o começo do racionalismo, que teve seu auge nos
séculos XVII, XVIII e XIX, principalmente com os filósofos franceses.

A Reforma Religiosa
Todas estas transformações sociais, políticas e econômicas ocorridas na Europa ocidental fez com
que também ocorressem mudanças consideráveis no seio da igreja. O avanço das ciências e da filosofia

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no renascimento também estava na origem das críticas à igreja, contrárias às novas ideias. A física e a
astronomia renascentistas sustentavam a teoria heliocêntrica e a esfericidade da terra. A igreja mantinha
a teoria aristotélica de mundo.
Aliado a estas dificuldades, o comportamento do clero não condizia com as mensagens da bíblia, que
estava sendo traduzida para as línguas nacionais europeias. A reforma religiosa veio com o intuito, não
de dividir a igreja, e sim, de retirar o poder absoluto da igreja sobre as questões de mundo. Todos os
reformadores questionavam a influência da igreja nas questões políticas, sociais e econômicas.
Desde o século XII aconteciam movimentos que tentavam realizar algumas reformas religiosas. Alguns
movimentos não se sustentaram por falta de coesão interna, outros foram esmagados por força e alguns
foram bem sucedidos, causando a cisão da igreja católica.
•John Wycliff, professor de Oxford, Inglaterra, traduziu a bíblia do latim para o inglês e pregou a
libertação da igreja do domínio papal, recusou o culto aos santos e negou as indulgências;
• Johan Huss, nacionalista boêmio, defendeu as mesmas ideias de Wycliff. Foi preso, excomungado
e morto na fogueira;
• Martinho Lutero, monge agostiniano, alemão, fixou suas 95 teses contra as práticas comuns da
igreja, na catedral de Wittemberg. Foi perseguido, excomungado, mas conseguiu que suas ideias
ganhassem adesão nas cortes e na nobreza. Sua reforma fez a divisão entre católicos e protestantes.
Lutero traduziu a bíblia para o alemão e utilizando a descoberta da imprensa de tipos móveis publicou
muitos livros com linguagem acessível à população, contribuindo para a liberdade de expressão.
A reforma religiosa contribuiu muito para o desenvolvimento das ciências, visto que a censura da igreja
sobre os assuntos sobre a origem e desenvolvimento do mundo diminuíram bastante.

Renascimento das Ciências


Mesmo durante a Idade Média, a ciência tinha uma relativa liberdade de pesquisa. Esta liberdade
permitiu que acontecesse um avanço do conhecimento em várias áreas. Pode-se citar como avanços
importantes ocorridos com o renascimento:
•evolução da medicina com os estudos sobre a anatomia humana realizados por Eustáquio, Falópio,
Della Torre, Mundius e Da Vinci;
•desenvolvimento da física e da astronomia, onde se destaca Leonardo da Vinci com estudos sobre
hidráulica, mecânica, gravitação universal, navegação submarina e voo de objetos mais pesados do que
o ar;
•desenvolvimento da teoria heliocêntrica pelo astrônomo polonês Nicolau Copérnico;
•desenvolvimento mais acentuado da engenharia e arquitetura;
•estudo da lei da queda dos corpos e da gravitação universal, estudo da via láctea, manchas solares
e os satélites de júpiter por Galileu Galilei.
Todas estas descobertas científicas, aliadas ao desenvolvimento do capitalismo pela burguesia
levaram a um período extremamente produtivo para as descobertas matemáticas.

A expansão da Matemática – Séculos XV e XVI


A queda de Constantinopla frente aos Turcos, faz com que haja um grande afluxo de refugiados para
a Itália, principalmente. Por este motivo, vários escritos da civilização grega retornam ao ocidente. Assim,
a Europa volta a ter contato com os originais gregos, agora acrescidos das influências orientais.
Outro fator extremamente importante para a difusão dos conhecimentos matemáticos foi a invenção
da imprensa de tipos móveis. A comercialização dos livros pode ser aprimorada, o que resultou numa
disseminação dos conhecimentos de uma maneira rápida e significativamente mais barata.
O desenvolvimento dos conceitos matemáticos, aritmética, álgebra e trigonometria, estavam
centrados, em sua maioria, nas cidades italianas e nas cidades de Nuremberg, Viena e Praga. Estas eram
cidades mercantis em desenvolvimento, propiciando um campo fértil para a expansão matemática.
A população volta a ter interesse pela educação. A atividade comercial no Renascimento tem um
grande crescimento. Começam a aparecer textos populares de aritmética, em linguagem clássica (latim)
para os eruditos e na língua mãe, com o fim de propiciar o ensino aos jovens que tem interesse em seguir
a carreira comercial.
A expansão matemática foi tão grande neste período que é impossível relatar todos os avanços
obtidos. A matemática passa a ser entendida por especialistas.

•Nicholas Cusa (1401-1464)


Filho de um pescador pobre, entrou para a igreja e rapidamente se tornou cardeal. Foi governador de
Roma. Seus trabalhos matemáticos consistem na reforma do calendário e nas tentativas de quadrar o
círculo e trisseccionar o ângulo.

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•Georg Von Peurbach (1423-1463)
Aluno de Nicholas Cusa. Escreveu tratados de aritmética, astronomia e uma tábua de senos. Iniciou
uma tradução latina, a partir do grego, do “Almagesto” de Ptolomeu.

•Johann Muller (1436-1476)


Conhecido como “Regiomontanus”. Estudou com Peurbach e tomou para si o trabalho de traduzir o
“Almagesto”. Traduziu também textos de Apolônio, Herão e Arquimedes. Publicou “De Triangulis
Omnimodis”, primeira exposição europeia sistemática de trigonometria plana e esférica, independente da
astronomia. Montou um observatório e, com uma prensa tipográfica escreveu tratados de astronomia.
Segundo historiadores construiu uma água mecânica que batia as asas.

•Nicolas Chuquet
É considerado o mais brilhante matemático francês do século XV. Também se dedicou à medicina.
Publicou uma obra de aritmética intitulada: “Triparty em la science des nombres”. Este trabalho enfoca
cálculo com números racionais e irracionais e teoria das equações.

•Luca Pacioli (1445-1509)


Luca Pacioli era um padre franciscano que se dedicou à compilações de álgebra, aritmética e
geometria. Publicou “Summa de arithmetica, geométrica, proportioni et proportionalita”. Este trabalho, que
contém muito dos assuntos encontrados no “Líber Abaci”, trata de operações fundamentais para a
extração de raízes quadradas, escrituração mercantil, equações quadráticas, álgebra sincopada (p, para
indicar mais). Publicou ainda “De divina proportione”, com ilustrações de sólidos geométricos feitas por
Da Vinci, aluno de Pacioli.

•Johann Widman (1460-???)


Credita-se a ele o uso, primeiramente, dos sinais de + e -. Estes símbolos eram usados para indicar
excesso e deficiência.

•Robert Recorde (1510-1558)


Deixou pelo menos cinco publicações, sendo “The ground of artes” o seu mais completo livro de
aritmética, o qual atingiu 29 tiragens. Também era médico. Fez trabalhos sobre astronomia, geometria,
medicina e álgebra. Apresentou o sistema de Copérnico aos ingleses. É dele a introdução do símbolo (=)
para a igualdade.

•Michael Stifel (1486-1567)


Considerado o maior algebrista alemão do século XIV e XV. Trabalhou com álgebra, números racionais
e irracionais. Associou uma progressão aritmética a uma progressão geométrica, antecipando assim a
invenção dos logaritmos.
O feito matemático mais extraordinário realizado no século XVI foi a descoberta, por matemáticos
italianos, da solução algébrica das equações cúbicas e quárticas.

•Scipione del Ferro (1465-1526)


Professor de matemática da Universidade de Bolonha. Resolveu algebricamente, baseando seu
trabalho em textos árabes, a cúbica x³+mx=n. Não publicou seu trabalho, mas revelou seu segredo ao
discípulo Antônio Fior.

•Nicolo Fontana de Brescia (1499-1557)


Mais conhecido como Tartaglia descobriu a solução para a cúbica x³+px²=n. Aprendeu a ler e a
escrever sozinho com um caderno que roubara. Foi o primeiro a usar matemática na ciência dos tiros de
artilharia. Escreveu a melhor aritmética dos século XVI com tópicos de operações numéricas e da
aritmética mercantil. Publicou também edições de Euclides e Arquimedes.

•Girolamo cardano (1501-1576)


Gênio matemático e médico. Após jurar segredo, conseguiu a fórmula de Tartaglia e publicou a mesma
como sendo sua no livro “Ars Magna”. Cardano ainda conseguiu apresentar a solução da equação
quártica por meios algébricos neste mesmo livro. Quem resolveu a equação foi seu discípulo Ludovico
Ferrari, mas Cardano publicou a resolução. Publicou vários textos sobre aritmética, astronomia, física,
medicina.

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•François Viéte (1540-1603)
Maior matemático francês do século XVI. Advogado e membro do parlamento francês. Dedicava-se à
matemática por lazer. Tem uma vasta obra, com trabalhos em trigonometria, álgebra e geometria. “Cânon
mathematicus seu ad triangula” é o primeiro livro que desenvolve triângulos planos e esféricos. Muito do
simbolismo algébrico se deve a ele. Trabalhou também com teoria das equações. Ele aplicou álgebra à
trigonometria e à geometria. Mostrou que o problema da trissecção e da duplicação de um ângulo
dependem da solução de uma equação cúbica.

•Christopher Clavius (1537-1612)


Matemático alemão, publicou uma edição dos “Elementos” de Euclides. Escreveu textos de aritmética,
álgebra, trigonometria e astronomia. Participou na reforma do calendário gregoriano.

•Simon Stevin (1548-1620)


Matemático dos Países Baixos, integrou a armada holandesa. Fez a exposição mais antiga das frações
decimais. Contribuiu para a física na área de estática e hidrostática. Também contribuiu em engenharia
militar. Inventou um veículo movido a vela que transportava 28 pessoas.

•Nicolau Copérnico (1473-1543)


Astrônomo polonês. Estudou leis, medicina e astronomia. Apresentou em 1530 sua teoria para o
universo, ano de sua morte. Para apresentar este trabalho necessitou de desenvolvimentos na
trigonometria. Sua teoria para o universo diferia da usual para a época, a teoria Aristotélica.
• Georg Joachim Rhaeticus (1514-1576)
Matemático teutônico, aluno de Copérnico. Durante doze anos trabalhou na construção de tábuas
trigonométricas notáveis e úteis até hoje. Estas tábuas referem-se as seis funções trigonométricas atuais.
Graças a ele que os trabalhos de Copérnico foram publicados.

As realizações matemáticas no século XVI constam de: expansão da álgebra simbólica, padronização
do cálculo com numerais indo-arábicos, uso comum de frações decimais, resolução de equações cúbica
e quárticas por meios algébricos, aprimoramento da trigonometria e progressão da teoria das equações.
Estava preparado o campo para a grande expansão que viria a ocorrer a partir do século XVII até o século
XIX.

Consolidação da Matemática – Séculos XVII e XVIII


O século XVII é extremamente importante no desenvolvimento da matemática. Tivemos o
desenvolvimento dos logaritmos, por Napier; contribuição para notação e codificação da álgebra, por
Harriot e Ougthred; fundação da ciência da dinâmica por Galileu; Kepler anunciou suas leis do movimento
planetário; Desargues e Pascal inauguraram um novo campo da geometria pura; Descartes desenvolveu
a geometria analítica; Fermat desenvolveu os fundamentos da teoria dos números; Huygens contribuiu
para a teoria das probabilidades; e no final do século, Newton e Leibniz contribuíram para o
desenvolvimento do cálculo.
Este grande desenvolvimento da matemática neste período foi partilhado por todas as atividades
intelectuais e só foi possível graças aos avanços políticos, econômicos e sociais da época.
Com a política mais favorável no norte da Europa e a superação da barreira do frio e da escuridão
durante os longos meses de inverno, há um deslocamento da atividade matemática da Itália para a França
e Inglaterra.
Começa uma crescente pesquisa matemática, fora do alcance do leitor comum, pois a maior parte da
matemática desse período só pode ser entendida por especialistas.
A astronomia, a navegação, o comércio, a engenharia e a guerra fizeram com que as demandas por
cálculos rápidos e precisos crescessem rapidamente. Quatro invenções contribuíram muito para este
progresso: notação indo-arábica, frações decimais, logaritmos e modernos computadores.
Serão analisadas as contribuições de vários matemáticos deste período para o desenvolvimento da
matemática.
•John Napier (1550-1617)
Grande parte de sua vida foi dedicada a combater o catolicismo. Publicou um artigo intitulado “A plaine
discouery of the whole reuelation of saint John”, propondo provar que o papa era o anticristo. Profetizou
também sobre máquinas de guerra, acompanhado de projetos e diagramas. A metralhadora, o submarino
e o tanque de guerra concretizaram estas previsões.
Napier deixou como legado quatro produtos de seu gênio: os logaritmos, um dispositivo para reproduzir
fórmulas usadas na resolução de triângulos esféricos, fórmulas trigonométricas úteis na resolução de

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triângulos esféricos obliquângulos e um instrumento usado para multiplicações, divisões e extrair raízes
quadradas de números.
Os logaritmos foram criados com o fim de transformar multiplicações e divisões em adições e
subtrações. Esta abordagem foi publicada em 1614 em “Mirifici logarithmorum canonis descriptio”. Este
trabalho foi complementado e aprimorado por Henry Briggs, professor de geometria de Gresham College
de Londres. Os logaritmos de Briggs são, essencialmente, os logaritmos decimais. Logaritmo significa
“número de razão”. Esta invenção de Napier foi utilizada por toda a Europa, em especial pelos astrônomos
que necessitavam de uma maneira rápida e fácil de desenvolver seus cálculos extremamente lentos e
complicados.

•Thomas Harriot (1560-1621)


Matemático inglês que viveu no século XVI, mas teve sua obra publicada somente no século XVII. Foi
o fundador da escola de algebristas dos ingleses. Publicou “Artis analyticae práxis”, o qual analisa a teoria
das equações de primeiro, segundo, terceiro e quarto graus. Este assuntos também estão na obra de
Viéte, mas Harriot dá um tratamento mais completo. Também foi astrônomo, sendo ele o descobridor das
manchas solares e observado os satélites de júpiter, independente de Galileu.

•William Ougthred (1574-1660)


Clérigo inglês, publicou “Clavis mathematicae”, no qual dá ênfase aos símbolos matemáticos,
contribuindo com mais de 150 deles. São adotados por nós hoje: o símbolo de multiplicação (x), os quatro
pontos das proporções e o de diferença (-). Também tentou introduzir abreviações para as funções
trigonométricas na obra “The circles of proportion”.

•Galileu Galilei (1564-????)


Astrônomo italiano. Começou seus trabalhos matemáticos ao observar o balanço de um lustre em uma
igreja. Observou que o período de oscilação do pêndulo independe da amplitude do arco de oscilação e
da massa oscilante e sim do comprimento de sua haste. Formulou ao largar dois pedaços de metal com
pesos diferentes e observar que ambos chegavam ao chão no mesmo momento. Deve-se a Galileu o
moderno espírito científico de experiência aliada a teoria. Fundou a mecânica dos corpos em queda livre,
fundamentou a dinâmica. Graças a estes fundamentos Newton conseguiu estruturar uma ciência. Por ser
muito religiosos, vivam angustiado, pois suas teorias e descobertas contrariavam a teoria Aristotélica de
mundo, o que desagradava a igreja. Foi obrigado a abjurar de suas teorias e até o fim de sua vida viveu
em prisão domiciliar e seus livros foram postos no índex da igreja por dois séculos. Segundo Galileu: “a
bíblia não é e nunca pretendeu ser um texto de astronomia, biologia ou outra ciência qualquer”. (EVES,
2004) Para Galileu “a bíblia não foi criada para nos ensinar verdades científicas que podemos descobrir
por conta própria, foi concebida como um livro para revelar verdades espirituais.” (EVES, 2004)

•Johann Kepler (1571-1630)


Astrônomo alemão. Queria ser ministro luterano, mas um profundo interesse pela astronomia o levou
a mudar de planos. Foi assistente do astrônomo sueco Tycho Brahe. Quando o mesmo faleceu
subitamente, ele herdou a coleção de dados astronômicos sobre o movimento dos planetas de Brahe.
Durante 21 anos ele trabalhou com zelo e paciência para conseguir formular, por meio de cálculos suas
leis do movimento planetário. Essas lei são:
i) os planetas movem-se em torno do sol em trajetórias elípticas com o sol num dos focos;
ii) o raio vetor que liga um planeta ao sol varre áreas iguais em intervalos de tempo iguais, e
iii) o quadrado de tempo para que um planeta complete sua revolução orbital é diretamente
proporcional ao cubo do semieixo da órbita.
Essas leis são marcos fundamentais na história da astronomia e da matemática, pois para justificá-las,
Newton foi levado a criar a mecânica celeste moderna. Além do que, 1800 anos depois que Apolônio
desenvolveu as seções cônicas, foi determinada uma aplicação prática para as mesmas. Kepler também
foi precursor do cálculo, pois para formular sua segunda lei ele necessitou de noções fundamentais do
que hoje conhecemos como cálculo infinitesimal.

•Gerard Desargues (1591-1661)


Engenheiro e Arquiteto francês, oficial do exército. Escreveu um tratado original sobre seções cônicas,
nove anos após a morte de Kepler. Seu trabalho foi negligenciado e acabou sendo esquecido, junto com
suas cópias, que foram destruídas. Em 1845, Michel Chasles encontrou uma cópia manuscrita do tratado,
feita por Philippe de La Hire, discípulo de Desargues. Desde então este trabalho é considerado um

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clássico do desenvolvimento da geometria projetiva sintética. Este trabalho foi muito utilizado por Poncelet
em suas teorizações.

•Blaise Pascal (1623-1662)


Foi um dos poucos contemporâneos de Desargues que soube apreciar sua obra. Pascal foi matemático
francês. Tinha uma saúde muito frágil e veio a falecer com 39 anos de idade. Durante sua curta vida
apresentou muitas contribuições para o desenvolvimento da matemática. Aos 16 anos publicou um
trabalho sobre seções cônicas, o qual Descartes duvidou de que fosse de sua autoria. Aos 19 anos
inventou a primeira máquina de calcular. Aos 21 anos interessou-se sobre os trabalhos de Torricelli sobre
pressão atmosférica. Com este interesse, deixou para a física “Princípio da hidrodinâmica de Pascal”.
Conduziu experiências sobre pressão dos fluidos e junto com Fermat lançou os fundamentos da teoria
das probabilidades.
Desargues e Pascal abriram o campo da geometria projetiva. Ao mesmo tempo, Descartes e Fermat
abriam o campo da geometria analítica. Qual a diferença entre as duas? A geometria projetiva é um ramo
da geometria, enquanto a geometria analítica é um método da geometria.

•René Descartes (1596-1650)


Matemático e filósofo francês. Teve uma carreira militar durante vários anos, junto ao príncipe Mauricio
de Orange. Em Paris, após sair da vida militar, se dedicou a construção de instrumentos ópticos. Depois,
mudou-se para a Holanda, onde veio a se dedicar inteiramente à matemática e à filosofia. “Le monde”
contém uma descrição física do universo. Abandonou a mesma, pois soube da condenação de Galileu
pela igreja. Depois escreveu “Discurso do método para bem conduzir a razão e procurar a verdade nas
ciências”. Este tratado tinha três apêndices: La diptrique, Lês météores, la geometrie. Neste último se
encontra a base de todo o desenvolvimento da geometria analítica.

•Pierre de Fermat (1601?-1665)


Matemático francês, que juntamente com Descartes, desenvolveu os fundamentos da geometria
analítica. Em “Isogoge ad lócus planos et sólidos” encontramos a equação geral da reta e da
circunferência e uma discussão sobre parábolas, elipses e hipérboles. Ao contrário de Descartes, Fermat
partia de uma equação e então estudava o lugar geométrico correspondente. Fermat usou a notação de
Viéte para escrever seu trabalho, o que acarretou em prejuízo para si. Fermat deixou muitos teoremas
que foram comprovados com o passar dos anos. Atualmente, o “último teorema de Fermat” é o único que
ainda não foi comprovado. xn+yn=zn para n>2. Este teorema é o que mais demonstrações erradas
apresenta em todos os tempos.

•Christiaan Huygens (1629-1695)


Matemático Holandês. Aos 21 anos publicou um trabalho questionando argumentos falsos usados para
demonstrar a quadratura do círculo. Junto com seu irmão resolveram muitas questões de astronomia de
observação. Isto o levou a inventar o relógio de pêndulo, para ter meios mais precisos de medir o tempo.
Escreveu o primeiro tratado formal sobre probabilidade e introduziu o conceito de esperança matemática.

A expansão da Matemática – O Cálculo


De todas as descobertas e desenvolvimentos obtidos pela matemática neste período, a mais notável
e mais importante foi a invenção do cálculo por Newton e Leibniz. Com esta descoberta, a matemática
passou a um plano superior e a história da matemática elementar, terminou.
É interessante observar que o desenvolvimento do cálculo foi feito em ordem inversa ao modo como
é ensinado nas universidades hoje. Primeiro desenvolveu-se o conceito de integração originado em
processos somatórios ligados ao cálculo de áreas, volumes e comprimentos. Depois trabalhou-se com o
conceito de diferenciação, baseado em problemas sobre tangentes à curvas, máximos e mínimos.
Somente depois de algum tempo observou-se que integração e diferenciação eram operações inversas.
Mesmo que estes conceitos tenham sido desenvolvidos, basicamente, no século XVII é necessário
lembrar que a base deste desenvolvimento começou no século V a.C. com os gregos.

•Paradoxos de Zenão
Há evidências de que na Grécia antiga se desenvolveram escolas de raciocínio matemático que
abraçavam as seguintes premissas:
i) uma grandeza pode ser subdividida indefinidamente, e
ii) uma grandeza é formada de um número muito grande de partes atômicas indivisíveis.

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O filósofo Zenão de Eléia chamou a atenção para as dificuldades ocultas nestas premissas através de
paradoxos desenvolvidos, os quais influenciaram profundamente a matemática. Dois destes paradoxos,
os quais tem a ver com o cálculo, são assim apresentados:
i) Dicotomia: se um segmento de reta pode ser subdividido indefinidamente, então o movimento é
impossível, pois para percorrê-lo é preciso primeiro alcançar seu ponto médio;
ii) A flecha: se o tempo é formado de instantes atômicos indivisíveis, então uma flecha em movimento
está sempre parada.
Qualquer que tenha sido a motivação para estes paradoxos, eles excluíram os infinitesimais.

•Método de Exaustão de Eudoxo


Consta que Antífon teria antecipado a ideia de que, por sucessivas duplicações do número de lados
de um polígono regular inscrito em um círculo, a diferença entre o círculo e o polígono, por fim terminaria.
Mesmo muito contestada, esta abordagem apresentava o início do método de exaustão. O método de
exaustão foi uma resposta da escola platônica aos paradoxos de Zenão e foi desenvolvido por Eudoxo.
Este método consiste em admitir que uma grandeza possa ser subdividida indefinidamente.
De todos os matemáticos da antiguidade, quem melhor aproveitou este conceito em seus trabalhos foi
Arquimedes. Em suas abordagens de áreas e volumes ele chegou a resultados muito próximos a algumas
integrais definidas hoje, as quais estão presentes nos vários livros de cálculo.

•O Método do Equilíbrio de Arquimedes


O método de exaustão é rigoroso, mas extremamente trabalhoso. Parte do princípio de que conhecida
a fórmula, o método de exaustão é o caminho para prová-la.
No livro “O método”, descoberto em 1906, tratado escrito por Arquimedes, mostra que para determinar
a área ou o volume, deve-se cortar a região correspondente num número muito grande de tiras planas ou
fatias paralelas finas e (mentalmente) pendurar esses pedaços numa das alavancas dadas, de tal maneira
a estabelecer o equilíbrio com uma figura de área ou volume e centroide conhecidos. Por este método,
Arquimedes descobriu a fórmula do volume da esfera.

•A Integração na Europa Ocidental


Somente por volta de 1450 os trabalhos de Arquimedes chegaram à Europa, através de uma tradução
descoberta em Constantinopla e revisada por Regiomontanus e impressa em 1540.
Johan Kepler foi um dos primeiros europeus ocidentais a utilizar o trabalho de Arquimedes. Kepler
tinha pouca paciência com o rigor exigido pelo método de exaustão e para ganhar tempo e economizar
trabalho começou a desenvolver meios de aprimorar este método.
Bonaventura Cavalieri, aluno de Galileu, matemático brilhante, elaborou uma vasta obra que abrangia
matemática, óptica e astronomia. Foi o responsável pela introdução dos logaritmos na Europa. No tratado
“Geometria Indivisibilibus” ele apresenta o seu método dos indivisíveis. Este método cita Arquimedes e
Demócrito, mas teve como inspiração o trabalho de Kepler para determinar áreas e volumes. Cavalieri
apresentou alguns princípios:
i) se duas porções planas são tais que toda reta secante a elas e paralela a uma reta dada determina
nas porções segmentos de reta cuja razão é constante, então a razão entre as retas dessas porções é a
mesma constante;
ii) se dois sólidos são tais que todo plano secante a eles e paralelo a um plano dado determina nos
sólidos secções cuja razão é constante, então a razão entre os volumes desses sólidos é a mesma
constante.
Estes princípios representam ferramentas poderosas para o cálculo de áreas, volumes e
comprimentos.

•A Diferenciação
A diferenciação originou-se dos problemas relativos ao traçado de tangentes a curvas e problemas
envolvendo máximos e mínimos. A exposição clara do método diferencial só é exposta de maneira mais
precisa em 1629, por Pierre de Fermat.
Baseado na ideia de Kepler de que os incrementos de uma função tornam-se infinitesimais nas
vizinhanças de um ponto de máximo ou de mínimo, Fermat transformou esse fato em um processo para
determinar este pontos de máximo ou de mínimo. Este processo de Fermat tinha alguns pontos falhos:
não distinguia entre valor máximo ou mínimo e que a condição da derivada de f(x) se anular não é
suficiente para se ter um máximo ou um mínimo.

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•Wallis e Barrow
Estes dois matemáticos foram os predecessores imediatos de Newton na Inglaterra.
John Wallis (1616-1703) foi um dos matemáticos mais capazes de seu tempo. Ele foi o primeiro a
ensinar um sistema de ensino para surdos. Na sua publicação “Arithmetica infinitorum” ele sistematiza e
estende os métodos de Descartes e Cavalieri. Wallis foi o primeiro a explicar de maneira satisfatória o
significado dos expoentes zero, negativos e fracionários, bem como a introdução do símbolo de infinito
(∞).
Isaac Barrow (1630-1677) é considerado o maior especialista em grego de seu tempo. Extremamente
produtivo em matemática, física, astronomia e teologia. Foi o primeiro ocupante da cátedra lucasiana de
Cambridge. Ao renunciar à cátedra, para se tornar o capelão de Carlos II, indicou para seu lugar, seu
discípulo: Isaac Newton.
Neste momento do desenvolvimento do cálculo, muito já havia sido feito: integrações, cubaturas,
quadraturas, inicio de processos de diferenciação, ideia inicial de limites e o teorema fundamental já
estava desenvolvido. Faltava ainda a criação de um simbolismo geral com um conjunto sistemático de
regras analíticas formais que fundamentasse a matéria. É neste ponto que surgem Newton, Leibniz e
Cauchy. Newton e Leibniz criaram um cálculo manipulável e proveitoso, enquanto Cauchy fez o
redesenvolvimento dos conceitos fundamentais em bases aceitáveis.

•Os “Criadores” do Cálculo


Isaac Newton(1642-1727) desde jovem possuía habilidade para projetar miniaturas mecânicas. Consta
que ele construiu um moinho de brinquedo para moer farinha usando a força motriz de um rato. Construiu
ainda um relógio de madeira movido a água. Foi no período em que esteve em Cambridge que escreveu
seus maiores trabalhos. Durante o desenvolvimento do cálculo se viu envolvido em discussões de baixo
nível, alimentadas por terceiros, com Leibniz. Os matemáticos ingleses tomaram o partido de Newton e
voltaram as costas ao continente, razão pela qual, por cem anos, o progresso matemático foi retardado
na Inglaterra. São trabalhos por ele desenvolvidos:
* teoria ondulatória da luz;
* álgebra e teoria das equações;
* lei da gravitação;
* mecânica celeste;
* justificação das leis do movimento planetário de Kepler.
Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-????) é considerado um gênio universal do século XVII e rival de
Newton no desenvolvimento do cálculo. Com 12 anos dominava todo o conhecimento matemático,
filosófico, teológico e de direito corrente no período. Nesta idade começou a escrever “Characteristica
generalis”, que envolvia matemática universal, que foi ponto de partida para a álgebra simbólica de Boole.
Trabalhou durante sua vida no serviço diplomático na corte de Hanover. Leibniz desenvolveu o teorema
fundamental do cálculo, grande parte da notação para o assunto e fórmulas elementares de diferenciação.
Com a invenção do seu cálculo, entre 1673 e 1676, ele utilizou pela primeira vez o símbolo de integral
derivado da primeira letra latina Summa (soma), que tinha por objetivo indicar uma soma de indivisíveis.
Logo depois ele já escrevia diferenciais como conhecemos hoje.
Também é creditado a Leibniz a criação da teoria dos determinantes, apesar de que Seki Kowa,
japonês, dez anos antes, já havia feito considerações importantes sobre o assunto.
O primeiro texto de cálculo foi publicado em 1696 pelo marquês de L’hospital (1661-1674) com lições
que recebera de seu professor particular Johann Bernoulli.

•Exploração do Cálculo
Depois que Newton e Leibniz definiram as regras para o cálculo, vários matemáticos concentraram
sua aplicação na mecânica. Muitos destes matemáticos estavam ligados à filósofos do iluminismo.

•A família Bernoulli
Desde o final do século XVII até a época atual está família tem produzido cientistas em todas as
gerações. Nikolaus Bernoulli (1623-1708), Jakob (1654-1705), Nikolaus (1662-1716), Johann (1667-
1748), Nikolaus I (1687-1759), Nikolaus II (1695-1726) e Daniel (1700-1782) fizeram grandes
contribuições ao desenvolvimento da matemática. Dentre elas, podemos citar: cálculo diferencial e
integral, equações diferenciais ordinárias, coordenadas polares, estudo da catenária, estudo da
lemniscata, da espiral logarítmica e da isócrona, figuras isoperimétricas, permutações, combinações e
distribuições binomiais. Além disto, apresentaram trabalhos nas áreas de astronomia, física, fisiologia e
hidrodinâmica. Teoria das cordas vibrantes e séries trigonométricas.

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•Leonhard Euler
Euler foi aluno de Johann Bernoulli. Euler, matemático suíço, considerado o maior escritor de textos
matemáticos. Suas publicações totalizam 886 artigos, textos e livros matemáticos. Muitos deles escritos
quando Euler já estava parcialmente cego ou mesmo cego. Escreveu textos em matemática pura e
aplicada. Seus textos trazem publicações sobre todos os assuntos matemáticos conhecidos na época.
Laplace, Lagrange e Gauss conheceram e seguiram Euler em todos os seus trabalhos.
Existem livros de Euler sobre hidráulica, construção de navios e sobre artilharia, bem como sobre
ciência natural. Mesmo com Euler sendo o principal matemático neste período, na França vários
matemáticos viram a trazer perfeição às teorias de Newton.

•Pierre de Maupertius
Matemático francês, conhecido como “o grande aplanador”, pois em 1736-1737 comandou uma
expedição ao Peru e outra à Suíça onde mediram um arco de meridiano e um arco de longitude, vindo a
validar a teoria de Newton de que a terra é achatada nos polos. Maupertius tentou formular um princípio
geral pelo qual as leis do universo pudessem ser unificadas. Combinou sua formulação como uma prova
da existência de Deus, sendo ridicularizado pelo filósofo Voltaire.

•Aléxis Claude Clairaut


Aos 18 anos de idade publicou um tratado na tentativa de tratar a geometria analítica e diferencial das
curvas espaciais e um tratado sobre o equilíbrio dos fluidos e a atração dos elipsóides de revolução.
Também fez contribuições para os integrais de linha e equações diferenciais.

•Jean Lê Rond D’Alembert


Matemático brilhante, escreveu tratados sobre vários assuntos na matemática, dentre estes podemos
destacar: método de reduzir a dinâmica dos corpos sólidos à estática, hidrodinâmica, aerodinâmica, teoria
das cordas vibrantes, teoria das equações diferenciais às derivadas parciais e noções de limites.

•Joseph-Louis Lagrange
Matemático francês, que nasceu em Turim, Itália. Apresentou contribuições muito importantes em
cálculo das variações, partindo dos trabalhos de Euler. Usando a formulação dele aplicou a sua teoria em
problemas de dinâmica. Em 1767 apresentou métodos para separar raízes reais de uma equação
algébrica e para aproximá-las, por meio de frações contínuas. Trabalhou em equações de grau n>4.

•Pierre Simon Laplace


É considerado o último dos matemáticos do século XVIII, mas não menos importante que os demais.
O seu tratado “Mecanique céleste” foi o culminar dos trabalhos de Newton, Clairaut, D’Alembert, Euler e
Lagrange. No texto “Theorie analytique des probabilités” Laplace apresenta toda a estruturação dos
conceitos que envolvem o cálculo das probabilidades.
Muitos matemáticos, ao final do século XVIII expressaram o sentimento de que as descobertas
matemáticas estavam saturadas. Segundo eles, os matemáticos das gerações vindouras apenas iriam
desvendar problemas de menor envergadura. Desde a antiga babilônia até Laplace e Euler, a astronomia
guiou e inspirou as mais sublimes descobertas na matemática. No fim do século XVIII este
desenvolvimento parecia ter atingido seu máximo. Mas, uma nova geração, inspirada pela revolução
francesa e impulsionada pela revolução industrial veio demonstrar que este pessimismo era infundado.

Questões

01. (SEEDUC/AM – Professor – CESPE) Tendo em vista que a história da matemática, juntamente
com outros recursos didáticos e metodológicos, pode constituir importante recurso pedagógico no
processo de ensino- aprendizagem dessa disciplina, julgue os itens a seguir.

A história da matemática constitui instrumento de conscientização epistemológica, pois o aluno, devido


à sua imaturidade intelectual, pode não entender alguns conceitos e, nesse momento, o professor poderá
recorrer à pesquisa histórica como fonte de entendimento e amadurecimento do conhecimento
matemático.
( ) Certo ( ) Errado

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02. (SEEDUC/AM – Professor – CESPE) Tendo em vista que a história da matemática, juntamente
com outros recursos didáticos e metodológicos, pode constituir importante recurso pedagógico no
processo de ensino- aprendizagem dessa disciplina, julgue os itens a seguir.

A ausência do sentido de progresso histórico por parte de crianças e adolescentes inviabiliza o uso da
história da matemática em sala de aula, pois esses alunos normalmente são incapazes de deslocar-se
de seu contexto atual e adquirir uma real compreensão do passado histórico.
( ) Certo ( ) Errado

03. (PREF. De S. J. da Princesa/PB – Professor – CONPASS) O conhecimento da história dos


conceitos matemáticos precisa fazer parte da formação continuada dos professores para que tenham
argumentos para mostrar aos alunos a importância da Matemática como:
(A) ciência dinâmica, sempre aberta à incorporação de novos conhecimentos
(B) detentora de verdades eternas, infalíveis
(C) meio para a imposição da disciplina por conter verdades imutáveis
(D) forma de ver nos objetos de ensino cópias fiéis dos objetos da ciência
(E) ciência dinâmica, sempre aberta e perpassada por uma neutralidade política

Respostas

01. Resposta: Certo.


O poder de chamar a atenção do aluno quando se trabalha o conceito histórico aumenta muito, cabe
ao professor mediar estas situações

02. Resposta: Errado.


Observe que mesmo com a ausência do sentido de progresso histórico por parte de crianças e
adolescentes o professor pode interferir com conceitos históricos para o melhor entendimento.

03. Resposta: A.
O conhecimento de história da Matemática, é necessário para que os professores possam argumentar
com seus alunos sobre a beleza e a grande capacidade que a matemática tem com as outras áreas do
conhecimento, sempre aberta a incorporação de novos conhecimentos.

14 Avaliação e educação matemática: formas e instrumentos.

Segundo D’ Ambrósio, o maior entrave a uma melhoria da educação tem sido o alto índice de
reprovação e a enorme evasão. Algo está errado com a filosofia que orienta a organização e o
funcionamento do sistema educacional.
Mecanismos de avaliação desse sistema são absolutamente necessários. Um sistema só pode ser
avaliado por meio da análise do comportamento, individual e social. Uma análise de impacto social, assim
como comportamento dos indivíduos e da sociedade como um todo, é que deveria ser aplicada.

O problema com modelos classificatórios e avaliação em geral


É importante que se evitem modelos classificatórios de avaliação que podem abrir espaço para
corrupção. Pois o que está envolvido em um bom resultado é um credenciamento que muitas vezes se
transforma em bens materiais. E no sentido mais amplo e ainda mais grave é que levam os avaliados a
se adaptarem ao que é desejado pelos avaliadores.
Avaliação utilizando exames e testes têm aberto espaço para deformações às vezes irrecuperáveis,
tanto em nível de alunos e professores, quanto de escolas e do próprio sistema.
A situação, se medida por resultados de exames, revela um crescente índice de reprovação, de
repetência e de evasão.
No Brasil é particularmente grave, muitos sistemas adotaram o modelo de aprovação por ciclos,
embora haja indicadores do corretismo desse modelo, a incompreensão de professores, pais e mesmo
de alunos está gerando um movimento para o retorno aos exemplos tradicionais e se fala mesmo em
exames nacionais.
Testes nacionais, bem como um currículo obrigatório para todo o país acarretará grandes prejuízos.

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Currículo mais moderno em educação trata o currículo com base na classe, isto é combinado entre
alunos, professores e a comunidade.
Testes padronizados muitas vezes têm um efeito negativo no aprendizado. Muitos jovens não passarão
no teste nacional.
Pesquisas têm mostrado que os resultados obtidos numa série têm pouca relação com o desempenho
em séries posteriores.

O que é educação?
Usualmente na cultura ocidental pretende-se cuidar do intelecto, sem qualquer relação com as funções
vitais, teorias de aprendizagem que distinguem um saber/fazer repetitivo do saber/dinâmico, privilegiando
o repetitivo.
Os sistemas de massa na educação e na produção trata o aluno como um automóvel que deveria sair
pronto no final da esteira de montagem, a cada série são montadas certas “partes” e no fim de cada série
se faz um exame. Nada mais é que um treinamento de indivíduos para executar tarefas específicas com
mão de obra para execução de trabalhos de rotina.

Uma definição de currículo


Currículo é a estratégia para ação educativa. Identificamos seus três componentes: Objetivos,
Conteúdos e Métodos.
Exemplo: Na matemática moderna, seu fracasso foi o fato de terem sido alterados conteúdos sem uma
adequada reformulação de objetivos e de métodos.
Dificuldade de implementação do uso de calculadora e computadores nas escolas porque há uma
insistência de querer manter os conteúdos e os objetivos tradicionais.
Calculadoras e computadores devem ser acompanhados por uma reformulação de conteúdos,
deixando de lado coisas antigas para coisas modernas, que não poderiam ser abordadas sem essa
tecnologia.
O objetivo não é ter alguém capacitado a repetir coisas desligadas da realidade de hoje, isto é passar
em teste e exames que são absolutamente artificiais.
Opinião do autor: “Exames e testes nada dizem sobre aprendizagem e criam enormes deformações
na prática educativa”.
Proposta de um modelo de avaliação
A avaliação serve para que professor verifique o que de sua mensagem foi passado, se seu objetivo
de transmitir ideias foi atingido – transmissão de ideias e não a aceitação e incorporação dessas ideias e
muito menos treinamento.
Isso pode ser visto por meio de um relatório-avaliação da aula, entregue para o professor na aula
seguinte. Trata-se de um relatório escrito, reconhecendo que o mundo moderno exige a escrita em
praticamente todas as ações.
Regras do relatório-avaliação:
1 - Identificação do aluno, do professor, da disciplina, do tema da aula, data e número da aula.
2 - Uma síntese do conteúdo da aula em espaço limitado.
3 - Bibliografia e referencias pertinentes não repetindo aqueles fornecidos ou sugeridos pelo professor.
4- Comentários e sugestões sobre a aula, o tema e a disciplina.

Essa proposta parte da aceitação do fato que o docente está num processo permanente de aprimorar
sua prática e ele próprio conhecer seu desempenho. Não se trata de dar nota ao professor, aprová-lo ou
reprová-lo, mas sim de dar a ele os elementos para analisar sua prática. Saber o quanto de mensagem
que ele pretendia dar aos alunos foi passado e como ela foi compreendida.
- É uma forma de avaliar a ação do professor como um todo, em que não cabe reprovar um aluno.
- Resumo analítico semelhante às fichas de leitura, pouco comum em matemática, mas que devem
ser estimulados.
- Prática dos relatórios deve ser aplicada em todos os níveis, desde a pré-escola até a pós-graduação.
- Leitura de artigos e de livros recomendados numa aula é muito importante e deve ser parte integrante
da prática educativa.
- Processo de avaliação - é importante um trabalho de fim de curso, de natureza monográfica.
- O objetivo dos relatórios e resumos é estimular uma reflexão sobre o processo da aprendizagem do
aluno.
- Dos efeitos da avaliação para o aluno o mais importante é quer ele toma consciência de seu
progresso.

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Selecionar ou filtrar cidadãos para tarefas específicas não é educação. Facilitar que cada indivíduo
atinja o seu potencial e para estimular cada indivíduo a colaborar com outros em ações comuns na busca
do bem comum é a missão de educadores. Fazer algo é concretizar um projeto.
Projetos executados em grupo permite ter uma ideia de como os indivíduos se relacionam, de como
são capazes de unir esforços para atingir uma meta comum, e de como são capazes de reconhecer
liderança e submissões, com base nisso, o professor deve exercer sua tarefa de educador
Concluindo a avaliação deve ser uma orientação para o professor na condução de sua prática docente
e jamais um instrumento para reprovar ou reter alunos na construção de seus esquemas de conhecimento
teórico e prático.
Selecionar, classificar, filtrar, reprovar e aprovar indivíduos para isto ou aquilo não são missão de
educador. Outros setores da sociedade devem se encarregar disso.

Referência
D’ AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação matemática: da Teoria à Prática. Campinas: Papirus, 1996

AVALIAÇÃO EM MATEMÁTICA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

PENSANDO SOBRE AVALIAÇÃO

Se há um ponto de convergência nos estudos sobre a avaliação escolar é o de que ela é essencial à
prática educativa e indissociável desta, uma vez que é por meio dela que o professor pode acompanhar
se o progresso de seus alunos está ocorrendo de acordo com suas expectativas ou se há necessidade
de repensar sua ação pedagógica. Quanto ao aluno, a avaliação permite que ele saiba como está seu
desempenho do ponto de vista do professor, bem como se existem lacunas no seu aprendizado às quais
ele precisa estar atento.
O consenso termina, todavia, quando se define a avaliação, quando se abordam as maneiras de avaliar
e com que níveis de exigência. Assim, como bem aponta Zabala (1998, p. 195),
... é possível encontrar definições de avaliação bastante diferentes e, em muitos casos, bastante
ambíguas, cujos sujeitos e objetos de estudo aparecem de maneira confusa e indeterminada. Em alguns
casos, o sujeito da avaliação é o aluno; em outros, é o grupo/classe, ou inclusive o professor ou
professora, ou a equipe docente. Quanto ao objeto da avaliação, às vezes, é o processo de aprendizagem
seguido pelo aluno ou os resultados obtidos, enquanto outras vezes se desloca para a própria intervenção
do professor.
Não pretendemos, neste texto, acrescentar mais polêmica às questões que envolvem a avaliação
escolar, mas focar nossas reflexões principalmente em o que avaliar em matemática, independentemente
do nível de ensino a que estejamos nos referindo. É evidente que, ao se pensar sobre o que é avaliar,
passa-se, necessariamente, pelo o que ensinar, que depende do por que ensinar, do para quem ensinar
e, portanto, do como ensinar, determinando, assim, uma trajetória que deve ser percorrida quando
queremos considerar o que avaliar em matemática.
As decisões sobre o que avaliar estão alicerçadas na concepção que se tem de matemática – e suas
consequentes implicações pedagógicas – concepção esta que não é única. Dessa forma, nossa
discussão inicial será a respeito dessas possíveis concepções sobre a matemática.

AVALIAR EM MATEMÁTICA

Acreditamos que poucos educadores e educandos têm consciência de que a avaliação é um processo
contínuo e natural aos seres humanos, de que os homens se avaliam constantemente, nas mais diversas
situações, diante da necessidade de tomar decisões, desde as mais simples até as mais complexas. A
rotina da avaliação feita no dia-a-dia inicia-se pela verificação das informações sobre uma determinada
situação, e, então, mediante a análise dessas informações, é tomada uma decisão.
Um exemplo bem simples desse procedimento é fornecido por Paulo Freire, em entrevista (gravada)
concedida ao VIII Congresso Internacional de Educação Matemática. Ao argumentar sobre a necessidade
de os homens se conscientizarem da existência de uma forma matemática de se estar no mundo, diz:
Quando a gente desperta, já caminhando para o banheiro, a gente já começa a fazer cálculos
matemáticos. Quando a gente olha o relógio, por exemplo, a gente já estabelece a quantidade de minutos
que a gente tem para, se acordou mais cedo, se acordou mais tarde, para saber exatamente a hora em
que vai chegar à cozinha, que vai tomar o café da manhã, a hora que vai chegar o carro que vai nos levar
ao seminário, para chegar às oito. Quer dizer, ao despertar os primeiros movimentos, lá dentro do quarto,
são movimentos matematicizados. (apud D’Ambrosio, 2004)

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Na prática pedagógica da matemática, a avaliação tem, tradicionalmente, se centrado nos
conhecimentos específicos e na contagem de erros. É uma avaliação somativa, que não só seleciona os
estudantes, mas os compara entre sios destin a um determinado lugar numérico em função das notas
obtidas.
Porém, mesmo quando se trata da avaliação informativa, é possível ir além da resposta final,
superando, de certa forma, a lógica estrita e cega do “certo ou errado”. Para que a avaliação da
matemática informativa extrapole o lugar comum da classificação por notas, e surja como estratégia para
a orientação da prática pedagógica, ela deve levar em conta os principais elementos envolvidos no
processo de ensinar/aprender – o aluno, o professor e o saber –, possibilitando que tanto o professor
como o aluno tenham um indicativo de como este está se relacionando com o saber matemático. Para
isso, o aluno deve ser sujeito no processo de avaliação e não apenas o objeto a ser avaliado. Embora
este procedimento seja visto por alguns como algo muito complicado, pode ser introduzido no cotidiano
escolar sem grandes alterações da prática pedagógica do professor. Dentre as muitas possibilidades de
alcançar tal objetivo, uma delas é considerar os erros dos alunos.
Encarados com naturalidade e racionalmente tratados, os erros passam a ter importância pedagógica,
assumindo um papel profundamente construtivo, e servindo não para produzir no aluno um sentimento
de fracasso, mas para possibilitar-lhe um instrumento de compreensão de si próprio, uma motivação para
superar suas dificuldades e uma atitude positiva para o seu futuro pessoal. É por isso que Vergani (1993,
p. 152) afirma: “interessar-se pelo aluno é interessar-se pelos seus erros”. Assim, os erros não podem
ser apenas assinalados, mas devem ser objeto de um trabalho específico do professor com o estudante.
Mesmo numa avaliação tradicional, na qual é solicitada ao aluno apenas a resolução de exercícios, é
possível avançar para além da resposta final, considerando:
• o modo como o aluno interpretou sua resolução para dar a resposta;
• as escolhas feitas por ele para desincumbir-se de sua tarefa;
• os conhecimentos matemáticos que utilizou;
• se utilizou ou não a matemática apresentada nas aulas; e
• sua capacidade de comunicar-se matematicamente, oralmente ou por escrito. (Buriasco, 2004)

Se o professor levar em consideração esses itens na verificação da aprendizagem, ele vai alterar
profundamente a qualidade de sua avaliação, promovendo significativas mudanças no processo de
ensinar/aprender, mesmo sem modificar radicalmente a forma como atua em sala de aula.
Por outro lado, a matemática formativa, por se referir essencialmente à estruturação do pensamento e
à agilização do raciocínio, está umbilicalmente ligada ao fazer matemática e, portanto, mais próxima dos
processos utilizados pelo matemático profissional. Um processo de ensinar/aprender com essa finalidade
deve ter como inspiração o trabalho realizado pelos matemáticos e se caracterizar por
• partir de situações-problema internas ou externas à matemática;
• analisar as situações;
• pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos problemas;
• elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
• refinar as conjecturas;
• perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
• sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada, generalizando, abstraindo e
desvinculando-o de todas as condições particulares;
• submeter os resultados obtidos à comunidade, utilizando, para isso, uma linguagem adequada; e
• argumentar a favor ou contra os resultados.

São essas as atitudes que devem ser cultivadas pelo aluno, sob a orientação do professor, quando se
pensa em matemática formativa.
A avaliação em matemática, sob essa perspectiva, deve se preocupar fundamentalmente com essas
atitudes, as quais só podem ser detectadas mediante a observação atenta, pelo professor, de seus
alunos, enquanto realizam as tarefas que lhes foram determinadas. Esse acompanhamento deve ser
conduzido de modo seletivo, de maneira que a atenção do professor recaia sobre um aluno ou grupo de
alunos de cada vez. Como se trata de observar atitudes, o professor não pode assumir uma postura
passiva; ao contrário, deve dialogar com os alunos para melhor compreender seus processos de
pensamento e intervir quando necessário.
É preciso reconhecer, contudo, que o professor deve selecionar, dentre as informações captadas,
apenas o que é realmente importante, de modo que essa atividade não o impeça de executar outras
tarefas didáticas. Para isso, existem indicadores que, segundo Vergani (1993, p.155), podem nortear a
observação pelo professor, entre os quais poderiam ser citados:

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• o interesse com que o aluno se entrega às atividades matemáticas;
• a confiança que tem em suas possibilidades;
• sua perseverança, apesar das dificuldades encontradas;
• se formula hipóteses, sugere ideias, explora novas pistas de pesquisa;
• se avalia criteriosamente a adequação do processo que adotou ou a solução que encontrou;
• se reflete sobre a maneira de planificar uma atividade e de organizar o seu trabalho;
• se pede ajuda em caso de dúvida ou de falta de conhecimentos; e
• se comunica suas dificuldades e descobertas aos colegas, de maneira adequada. No entanto, para
que essas atitudes possam ser cultivadas pelo aluno, a prática pedagógica não pode mais se centrar na
exposição e reprodução de conteúdo que só privilegiam a memorização e não o desenvolvimento do
pensamento.

A Educação Matemática, a partir de diversos estudos e pesquisas acerca desta questão, recomenda
algumas estratégias para a consecução do fundamental e complexo processo de cultivar atitudes
matemáticas nos alunos, ao mesmo tempo em que favorecem o desenvolvimento do seu pensamento.
Dentre essas estratégias, ou “caminhos para se fazer matemática” em sala de aula, as mais indicadas
para alcançar esse objetivo são a resolução de problemas, as investigações matemáticas em sala de aula
e o uso de jogos.

Mesmo quando se trata de avaliar em matemática – uma área considerada, muitas vezes, árida e
distante das questões sociais e políticas –, os processos avaliativos não estão dissociados da
subjetividade pessoal, uma vez que cada um de nós, professores, desenvolve formas de avaliação
concordes com suas opiniões intelectuais, suas atitudes sociais, seus referenciais teórico-metodológicos.
Mais do que nas demais escolhas que fazemos referentes ao processo de ensino/aprendizagem, é na
forma como concebemos a avaliação que se manifestam, mais claramente, as posições sociais e políticas
que assumimos, consciente ou inconscientemente.
A trajetória que percorremos neste texto mostra, de forma cristalina, que nosso posicionamento
sobre o que avaliar em matemática decorre de nossas convicções teóricas a respeito da matemática, da
matemática escolar e do papel desse conhecimento na vida dos indivíduos. Enfim, mais do que
estabelecer critérios, nossos sentimentos e convicções a respeito do que é avaliar em matemática
podem ser sintetizados na frase de Guignard (1988) avaliar é deixar-se surpreender.

Questões

01. (Pref. de Lauro Muller/SC – Professor – Instituto Excelência/2017) A Matemática comporta um


amplo campo de relações, regularidades e coerências que despertam a curiosidade e instigam a
capacidade de generalizar, projetar, prever e abstrair, favorecendo a estruturação do pensamento e o
desenvolvimento do raciocínio lógico. Dando ênfase na resolução de problemas, se defende uma
proposta com alguns princípios.
Assinale a alternativa INCORRETA referente a esses princípios:
(A) O ponto de partida da atividade matemática não é a definição, mas o problema. No processo de
ensino e aprendizagem, conceitos, ideias e métodos matemáticos devem ser abordados mediante a
exploração de problemas, ou seja, de situações em que os alunos precisem desenvolver algum tipo de
estratégia para resolvê-las.
(B) O problema é um exercício em que o aluno aplica, de forma quase mecânica, uma fórmula ou um
processo operatório. Só há problema se o aluno for levado a interpretar o enunciado da questão que lhe
é posta e a estruturar a situação que lhe é apresentada.
(C) A resolução de problemas não é uma atividade para ser desenvolvida em paralelo ou como
aplicação da aprendizagem, mas uma orientação para a aprendizagem, pois proporciona o contexto em
que se pode apreender conceitos, procedimentos e atitudes matemáticas.
(D) Nenhuma das alternativas.

02. (SEE/MG – Professor – FCC) Desenvolver a capacidade de resolução de problemas nos alunos
é uma das finalidades importantes do ensino da Matemática, pois
(A) o aluno, a partir da resolução de problemas, é estimulado a pensar de forma individual,
desenvolvendo assim habilidades como raciocínio e lógica.
(B) as soluções e respostas aos problemas colocados são precisas e facilitam o processo de avaliação
e planejamento das atividades.

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(C) como a resolução de problemas está diretamente relacionada à resolução de conflitos, essas
atividades possibilitam o desenvolvimento da criatividade dos alunos.
(D) os professores, quando apoiam a sua prática pedagógica na resolução de problemas,
contextualizam a aprendizagem e propiciam a aquisição de conhecimentos relevantes.

03. (Pref. de São Luís – Professor – CESPE/2017) No processo de avaliação dos alunos em
matemática, o professor deve privilegiar alguns aspectos particulares. Assinale a opção que apresenta
aspectos a ser enfatizados pelo professor na avaliação.
(A) Não se recomenda que o professor utilize computadores, calculadoras e outros materiais
manipuláveis nas avaliações.
(B) Cada situação e cada problema proposto pelo professor deve envolver a aplicação de um conjunto
mínimo de ideias matemáticas, de forma a restringir o processo de solução e aperfeiçoar o processo de
avaliação.
(C) O professor deve avaliar se o aluno é capaz de resolver uma série de problemas formulados
previamente e se ele conhece todas as etapas para a resolução.
(D) É fundamental que o professor avalie o processo de resolução e o grau de criatividade das soluções
apresentadas pelos alunos.
(E) O uso de diferentes formas de avaliação deve ser evitado; isto é, o professor deve optar por apenas
um modelo alternativo de avaliação.

04. (SEE/AL – Professor – CESPE) Acerca da avaliação e educação em matemática, julgue o item
abaixo.

As principais vantagens da aplicação de avaliações objetivas em matemática é que essas avaliações


são de fácil elaboração e correção, além de permitirem analisar rapidamente o conteúdo avaliado e
favorecerem a livre expressão do estudante.
( ) Certo ( ) Errado

05. (CFESS – Analista – CONSULPLAN/2017)


Brasil cai em ranking mundial de educação em ciências, leitura e matemática

Dados do Pisa, prova feita em 70 países, foram divulgados nesta terça; Brasil ficou na 63ª posição em
ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em matemática.

“Os resultados do Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em


inglês), divulgados na manhã desta terça-feira (6), mostram uma queda de pontuação nas três áreas
avaliadas: ciências, leitura e matemática. A queda de pontuação também refletiu uma queda do Brasil no
ranking mundial: o país ficou na 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em
matemática.”
(Disponível em: http://g1.globo.com/educacao/noticia/brasil-cai-em-ranking-mundial-de-educacao-em-
ciencias-leitura-e-matematica.ghtml.)

Sobre a prova do PISA é correto afirmar que:

(A) Do resultado da avaliação do Pisa depende o resultado de aprovação ou reprovação de cada aluno
em sua respectiva série.
(B) A aplicação do Pisa é 100% por meio do computador, desde a sua criação, em todos os países em
que acontece, para evitar diferenciações de país para país.
(C) A avaliação envolve todos os estudantes do ensino fundamental de cada país, distribuídos em
todos os estados, incluindo escolas estaduais e particulares.
(D) É uma iniciativa de avaliação, para estudantes na faixa dos 15 anos, idade em que se pressupõe
o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países.

Respostas

01. Resposta: B.
O problema é um exercício em que o aluno aplica, de forma quase mecânica, uma fórmula ou um
processo operatório, aqui se encontra o erro, um problema não é um exercício em que o aluno aplica um
monte de fórmulas.

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02. Resposta: D.
Pois quando o professor contextualiza seu método de avaliar, ele dá oportunidades aos seus alunos
para poderem ampliar seus conhecimentos de forma relevante.

03. Resposta D.
Para uma avaliação com resolução de problemas, cabe ao professor analisar o desenvolvimento de
seus alunos, com as mais variadas formas de resoluções.

04. Resposta: Errada.


O erro da questão está em "... favorecem a livre expressão do estudante."
Geralmente, uma avaliação objetiva o estudante marca Certo ou Errado e nada mais.

05. Resposta: D.
O objetivo essencial do PISA é: avaliar a forma como os alunos de 15 anos aplicam as competências
que têm de Matemática, Leitura e Ciências face a problemas que os colocam perante situações da "vida
real". Não se trata de avaliar o currículo, ou apenas conhecimentos. Trata-se de ver como são os alunos
capazes de raciocinar, e "usar conceitos e ferramentas para explicar e prever fenômenos".

15 Ensino de Matemática. 15.1 Transposição didática. 15.2 Uso de material


concreto e aplicativos digitais.

AS DIFERENTES FORMAS DE CONCEBER A MATEMÁTICA

Caraça (1989), em obra basilar para a compreensão da natureza do conhecimento matemático, indica
a existência de duas formas de concebê-lo. A primeira, a concepção mais frequente entre os matemáticos
de profissão, é a da matemática como um conhecimento pronto, acabado, apresentando-se, portanto,
como um todo harmonioso, os diferentes assuntos se encadeando logicamente e sendo desenvolvidos
progressiva e ordenadamente, de tal forma que se tem “a impressão de que, a partir das definições
enunciadas, os resultados desejados decorrem infalivelmente de um processo puramente mecânico”
(Davis, Hersh, 1985, p. 63). Empregando-se o termo paradigma, conforme utilizado por Kuhn (1981),
poder-se-ia dizer que o paradigma predominante, entre eles, é o de uma matemática agregativa,
autossuficiente e abstrata. O que é um paradoxo, pois, mais do que ninguém, o matemático sabe que não
apresenta seus resultados tal como os obteve, porque para tornar o saber comunicável precisa
reorganizá-lo, dando-lhe uma forma descontextualizada, despersonalizada e atemporal (Brousseau,
1996); enfim, a mais geral possível. Essa forma mais geral possível é descrita magistralmente por Davis
e Hersh (1985, p.63) quando dizem que os escritos matemáticos “seguem uma convenção
inquebrantável: esconder qualquer vestígio de que o autor ou o leitor ao qual se dirige são seres
humanos”.
A outra maneira de conceber a matemática, segundo Caraça, é procurar entender como esse
conhecimento foi elaborado no decorrer da História e o que influenciou tal elaboração. Esse é o ponto de
vista adotado, também, por Gonzalez (1997) quando assinala ser a natureza dessa disciplina histórica,
ou seja, seu grau de desenvolvimento e de evolução em uma determinada época é o reflexo das
interações dialéticas entre as diversas forças econômicas, políticas e sociais vigentes nesse período.
Dessa forma, o estágio atual da matemática seria resultante de um lento e prolongado processo histórico-
social, e o modo como os sistemas matemáticos se apresentam hoje seria consequência do trabalho de
diversas gerações de matemáticos, ao longo dos diferentes períodos históricos.
Encarada segundo este novo paradigma, a elaboração do conhecimento matemático configura-se,
então, como um processo não unicamente cumulativo, uma vez que nela se descobrem hesitações,
dúvidas e contradições, eliminadas somente após um árduo trabalho de reflexão e refinamento, muitas
vezes seguido pelo surgimento de novas hesitações, dúvidas e contradições.
Assumindo esse novo paradigma, torna-se evidente que o conhecimento matemático não é
autossuficiente, isto é, não evolui unicamente em razão de necessidades internas, mas também de
problemas impostos pelo meio social e pelo desenvolvimento de outros campos do conhecimento. Além
disso, embora a apresentação final dos resultados seja feita sob a forma demonstrativa, não é possível
ignorar ou minimizar o papel da suposição, da conjectura, na elaboração do conhecimento matemático
(Pavanello, 1993).

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É importante observar que a concepção do pesquisador, do autor de um texto ou do professor acerca
da matemática vai se refletir nas suas decisões sobre o que é fazer matemática, sobre por que e como
ensinar/aprender, e, evidentemente, sobre o que ensinar e o que avaliar em matemática.

FAZER MATEMÁTICA

Optando-se pelo primeiro dos paradigmas anteriormente descritos, concebe-se a matemática como
um produto e, portanto, o fazer matemática tem como objetivo o seu avanço enquanto ciência, atrelado à
busca de novos resultados nesse campo do conhecimento.
Já o segundo paradigma leva a uma concepção da matemática como uma síntese dialética processo-
produto (Gonzalez, 1997), que considera que esta ciência “nunca está pronta, acabada; nenhuma
formalização fica estabelecida de uma vez por todas. Uma definição, um conceito serão enunciados cada
vez mais precisamente, à medida que forem necessários à resolução de problemas mais e mais
complexos” (Pavanello, 1993).
Concebe-se, dessa forma, a matemática constituída, tanto pelos próprios meios de produção do
conhecimento (conjecturar, intuir, representar, estimar, simular, modelar, propor e resolver problemas)
como pelos resultados desse processo (conceitos, regras, princípios, algoritmos, teoremas). Deriva dessa
opção conceber-se o fazer matemática como realizar atividades lógico-matemáticas que permitam
estabelecer relações matemáticas em situações que surgem da realidade em que se está inserido.

POR QUE ENSINAR MATEMÁTICA

Uma pesquisa sobre quais seriam as razões para que a matemática faça parte do currículo escolar
levará certamente a três categorias de respostas. Para alguns, a função da matemática é desenvolver o
raciocínio; para outros, a matemática precisa ser ensinada e aprendida porque está presente na vida
cotidiana e, por último, porque ela é ferramenta para as demais ciências.
É importante observar que as razões para a inclusão da matemática no currículo escolar não são
aleatórias, nem invenções recentes, mas decorrem dos paradigmas já citados, os quais, por sua vez,
estão umbilicalmente ligados a correntes filosóficas que remontam à Antiguidade.
A crença de que a matemática desenvolve o raciocínio lógico filia-se ao primeiro paradigma e se
sustenta filosoficamente nas ideias de Platão (427347 a.C.), para quem o mundo real não se constituiria
senão de aparências. Para ele existiria um mundo das Formas ou Idéias onde estariam os modelos ideais
dos objetos do mundo físico ou das situações que o homem deveria se esforçar para alcançar. Assim,
por exemplo, nesse mundo ideal existiria a ideia de “cadeira”; enquanto as cadeiras que existem em nosso
mundo seriam cópias ou representações imperfeitas daquela ideia. Nesse mundo ideal existiriam também
as formas aritméticas e as geométricas. Do ponto de vista platônico, a matemática trataria apenas de
objetos do mundo das ideias, e o trabalho do matemático seria o de “descobrir” as relações já existentes
entre os objetos do mundo ideal.
A justificativa de que a matemática está presente no cotidiano e tem aplicações na vida prática,
fundamenta-se nas ideias de Aristóteles (384-322 a.C.), cujo ponto de vista se contrapõe ao de Platão,
por considerar que a matemática seria constituída de construções elaboradas pelos matemáticos a partir
da percepção dos objetos do mundo real. Dessa forma, as verdades matemáticas poderiam ser
comprovadas mediante experiências no mundo real.
A matemática, como ferramenta para as outras ciências, baseia-se nas ideias de Descartes (1596-
1650), para quem a matemática era condição para o desenvolvimento de qualquer ramo do
conhecimento, de tal modo que sem a matemática as demais ciências não seriam possíveis.
Tais justificativas para a presença da matemática nos currículos escolares podem ser sintetizadas em
dois aspectos, igualmente importantes, apontados como objetivos da matemática escolar: “ser parte da
educação geral, preparando o indivíduo para a cidadania, e servir de base para uma carreira em ciência
e tecnologia” (D’Ambrósio, 2004). Ou como diz Santaló (1996, p.15): “a matemática tem um valor
formativo que ajuda a estruturar todo o pensamento e agilizar o raciocínio dedutivo, porém é uma
ferramenta que serve para a atuação diária e para muitas tarefas específicas de todas as atividades
laborais”.
Desse modo, parafraseando este último autor, o objetivo do ensinar/aprender matemática estaria na
procura do equilíbrio constante entre os aspectos formativo e informativo da matemática.

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ENSINAR/APRENDER MATEMÁTICA

Ao se conceber a matemática como pronta, acabada, perfeita, com uma estrutura formal que serve de
modelo para as demais ciências, considera-se a matemática como axiomática, isto é, logicamente
deduzida a partir de um conjunto de afirmações admitidas universalmente como verdadeiras, mesmo sem
demonstração – os axiomas.
Sob este ponto de vista, quem faz matemática é o matemático e o ensinar/aprender matemática se
reduz à transmissão desse conhecimento para os alunos pelo professor, e a aprendizagem se faria por
recepção.
Para os defensores dessa concepção, seria possível fazer com que o aprendiz construísse um
pensamento simbólico sem o apoio da realidade. Ao compreender as deduções lógicas, presentes na
construção da matemática, ele estaria desenvolvendo o raciocínio, objetivo final da matemática escolar.
Assim, de acordo com o primeiro paradigma, o ensino da matemática não necessitaria de atividades
contextualizadas. Bastaria a apresentação pelo professor das definições, dos exemplos, teoremas e
exercícios-padrão e o aprendiz os aprenderia, por repetição, até compreender (ou memorizar) os
raciocínios envolvidos e ser capaz de reproduzi-los.
Essa forma de conceber o processo de ensinar/aprender deixa para o aluno toda a responsabilidade
pelo estabelecimento das conexões entre os diferentes ramos da matemática e entre esta e as demais
disciplinas sem, contudo, lhe oferecer o preparo necessário para se desincumbir dessa tarefa. O que cabe
ao aprendiz é “seguir a receita”, pois raramente é convidado a pensar sobre uma questão, a discuti-la
com os colegas, a estabelecer conjecturas, a testá-las.
Quando se considera a matemática como uma elaboração humana, realizada a partir de necessidades
impostas pela realidade num determinado contexto histórico e social, o processo de ensinar/aprender
matemática passa a ser concebido como aquele no qual o aprendiz constrói o conhecimento a partir de
sua própria atividade cognoscitiva, atividade esta que se apoia nos conteúdos. Nesse sentido, o objetivo
fundamental desse processo é garantir que o aprendiz elabore, desenvolva e construa estratégias que
lhe permitam enfrentar novas situações-problema. Para os defensores desse paradigma, a aprendizagem
da matemática deveria partir sempre de situações contextualizadas, sejam estas internas ou externas a
ela.
A nosso ver, o mais adequado seria uma postura intermediária: a matemática não está apenas na
mente do homem e nem apenas no mundo e seu ensino deve ser tal que, partindo daquilo que é
observável, isto é, de situações problema contextualizadas, conduza o pensamento do aprendiz,
paulatinamente, às abstrações características da matemática. Porque, apesar de ter sua origem nas
coisas do mundo concreto, a matemática é constituída essencialmente de abstrações e generalizações.

MATEMÁTICA ESCOLAR: INFORMAR E FORMAR

Para complementar o percurso teórico que fizemos até aqui faltamos indicar a quem é prescrito o
ensino da matemática.
A opção por uma posição intermediária entre os dois paradigmas apresentados fundamenta-se na
crença de que é essencial desenvolver o pensamento do aprendiz e, ao mesmo tempo, subsidiá-lo para
o exercício da sua cidadania, pois, como ressalta Santaló (1996), “a vida é pensamento e é ação, exige
raciocinar para dirigir as aplicações e exige atuar para não perder-se em virtuosismos ideais, afastados
da realidade em torno”.
E isso se aplica a todos os indivíduos, não importa a sociedade em que estejam inseridos. Por isso,
acreditamos, apoiadas em Freudenthal (1981), que as ideias matemáticas devem estar ao alcance não
só dos futuros matemáticos como daqueles que, de algum modo, dela irão se utilizar. “Mesmo aqueles
que dela não terão necessidade em sua vida futura (se é que isso é possível) têm direito de aprendê-la
por ela representar um aspecto de sua existência como seres humanos” (Pavanello, 1993, p.12).
Pensando dessa forma, nos reportamos a Santaló (1996, p.15) que distingue a matemática que ele
chama de formativa – aquela que ajuda a estruturar o pensamento e a agilizar o raciocínio dedutivo – da
informativa – a que serve de ferramenta para “a atuação diária e para muitas tarefas específicas de quase
todas as atividades laborais”.
Em termos de conteúdos, a matemática informativa para todos deve abordar, por exemplo,
porcentagens, funções e gráficos, a interpretação e confecção de tabelas, a exploração do raciocínio
combinatório e do probabilístico, o cálculo aritmético, grandezas e medidas, etc., que são conteúdos
essenciais para a compreensão do mundo em que vivemos. O que abordar além desses conteúdos da
matemática informativa vai depender das necessidades futuras do aprendiz e do momento histórico.

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É inegável que toda informação tem um substrato formativo, mas o afloramento dessa formação
depende da maneira como se proporciona o acesso a essa informação. Assim, a diferença entre a
matemática formativa e a informativa não está no rol de conteúdos, mas na forma de tratá-los em sala de
aula.
A escola tem-se concentrado tradicionalmente na matemática informativa, isto é, nos conhecimentos
ou saberes, visando apenas aos objetivos específicos para cada conteúdo previsto nos programas de
ensino. Quando nos referimos à matemática formativa, estamos propondo focar nossa atenção no
desenvolvimento do pensamento, que embora não esteja desvinculado dos conteúdos não se reduz a
eles. Enquanto a matemática informativa se prende ao conhecimento pronto e acabado, a formativa tem
a ver com o processo de construção do conhecimento, com o fazer matemática. Nesse sentido, a
matemática formativa se preocupa com o cultivo de atitudes matemáticas, tais como: estabelecer
relações entre objetos matemáticos e formular conjecturas, testá-las e prová-las, se for o caso.

Questões

(IF-BA – Professor de Matemática – INSTITUTO AOCP/2016) Leia o texto a seguir para resolver as
questões 01 e 02.
O desafio de usar a tecnologia a favor do ensino
Não basta usar computador e tablet em sala de aula.
Professores devem estar capacitados para auxiliar e orientar alunos

Não restam dúvidas sobre a intensa presença da tecnologia no dia a dia dos jovens - uma geração
que já nasceu conectada com o mundo virtual - e os impactos que esse novo perfil de aluno traz ao
ambiente escolar. Esse contexto lança o desafio para escolas e professores sobre como usar os novos
recursos tecnológicos a favor do ensino. Lutar contra a presença deles não é mais visto como uma opção.

“Estamos no século 21, não tem como dar aula como se dava há 10 anos”, diz Glaucia Brito, professora
do departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e especialista em
Tecnologia na Educação. Para ela, a escola está atrasada. Os jovens são outros e os professores
precisam se transformar para seguir essa mudança.

O uso da tecnologia pode ser proveitoso no estudo interativo de conteúdos, tornando-os mais atraentes
e fazendo com que o aluno adote uma postura mais participativa. No Colégio Dom Bosco, em Curitiba,
tablets e netbooks são fornecidos aos alunos desde o 6° ano do ensino fundamental. “A ideia é tentar
falar a mesma linguagem [dos alunos]. Não adianta ser diferente em casa. Trabalhamos o uso
responsável”, explica o professor de Física e coordenador de Tecnologias, Raphael Corrêa.

A escola trabalha de duas maneiras: recorre a objetos educacionais digitais, como vídeos, animações,
imagens e infográficos, para dar suporte às aulas, e estimula a pesquisa dos alunos na internet, com a
orientação do professor sobre como encontrar a informação desejada de forma segura e a partir de fontes
confiáveis. Entretanto, não são só benefícios que os dispositivos móveis trazem. O colégio controla o uso
quando a aula não necessita dos aparelhos e bloqueia o acesso às redes sociais, os principais vilões
quando o assunto é distração.

“Tem professor que reclama que os alunos não prestam atenção, ficam só no celular. Mas, na minha
época, por exemplo, nos distraíamos com gibi. A questão é como está a aula do professor”, avalia Glaucia,
que defende ser possível dar uma aula de qualidade e atraente mesmo sem usar aparatos modernos.
Envolvimento

No Colégio Sion, a tecnologia é mais usada pelos professores, embora os alunos também usufruam
em determinados momentos. Para a coordenadora do ensino médio, Cinthia Reneaux, é preciso fazer
com que o estudante participe do processo, saiba contar o que aprendeu. “Para não ficar muito no virtual,
fazemos muitos seminários, debates e pesquisas. Tentamos resgatar o diálogo, a conversa e discussão
entre eles”, explica Cinthia, citando o formato semicircular na disposição das carteiras nas salas para
facilitar o método.
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/o-desafio-de-usar-a-tecnologia-a-favor-do-ensino-ealmosyp83vcnzak775day3bi

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01. Assinale a alternativa correta a respeito do texto.
(A) De acordo com o texto, não é uma opção tentar evitar as tecnologias no contexto educacional, uma
vez que usá-las pode ser proveitoso para ensinar.
(B) Para os especialistas apresentados no texto, a escola não acompanhou a evolução da tecnologia
e apresenta-se defasada nessa área, o que se deve à falta de recursos tecnológicos presentes nas
instituições de ensino.
(C) Segundo o texto, as redes sociais são o maior problema quanto ao uso das tecnologias e tal
dificuldade pode ser evitada proibindo-se o uso na escola e no contexto familiar.
(D) Os exemplos trazidos pelo texto demonstram que um ponto importante para que o uso da
tecnologia seja proveitoso é a interatividade, ou seja, a participação dos alunos nas tarefas mediadas
pelos aparatos tecnológicos.
(E) Glaucia Brito, professora do departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do
Paraná (UFPR), defende que é possível dar aulas atraentes sem utilizar aparatos modernos e, por isso,
seria ideal que os professores se especializassem para que não precisem utilizar a tecnologia.

02. Considerando-se as informações apresentadas pelo texto, no trecho “Esse contexto lança o desafio
para escolas e professores sobre como usar os novos recursos tecnológicos a favor do ensino”, a
expressão grifada se refere
(A) ao uso das redes sociais.
(B) à capacitação dos professores.
(C) ao atraso do ensino no contexto brasileiro.
(D) à intensa relação entre tecnologia e o jovem estudante.
(E) à dificuldade de se excluir a tecnologia do contexto escolar.

03. (PREF. de Maria Helena/PR – Professor – FAFIPA) No ensino da matemática, o professor pode
utilizar diversos jogos para as crianças se apropriarem do conceito de número. São jogos matemáticos
apropriados a esse ensino, EXCETO:
(A) Ábaco.
(B) Quebra-cabeça.
(C) Material Dourado.
(D) Trilha matemática.

04. (SEE-MG – Professor – FCC) Diante de uma concepção baseada na aprendizagem significativa
dos conteúdos de Matemática, seu ensino deve garantir
(A) situações-problema ligadas às experiências cotidianas dos alunos.
(B) a sistematização dos conteúdos apreendidos para que os mesmos sejam úteis.
(C) que a assimilação do conhecimento por parte dos alunos ocorra de forma sistemática e
constante.
(D) o trabalho em duplas para que os conhecimentos assimilados possam ser compartilhados.

Respostas

01. Resposta: D.
O uso da tecnologia pode ser proveitoso no estudo interativo de conteúdos, tornando-os mais atraentes
e fazendo com que o aluno adote uma postura mais participativa. No Colégio Dom Bosco, em Curitiba,
tablets e netbooks são fornecidos aos alunos desde o 6° ano do ensino fundamental. [...]

02. Resposta: D.
Esse contexto - Termo anafórico que está retomando o termo intensa relação entre tecnologia e o
jovem estudante.

03. Resposta: B.
A utilização de quebra-cabeça não apropria o conceito de número.

04. Resposta: A.
Sempre é necessário relacionar o ensino com o ambiente em torno, ou seja, o professor sempre
deverá fazer as adaptações necessárias para o ambiente onde estão.

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16 Competências e habilidades propostas pelos Parâmetros Curriculares
Nacionais do Ensino Médio para a disciplina de Matemática.

Em nossa sociedade, o conhecimento matemático é necessário em uma grande diversidade de


situações, como apoio a outras áreas do conhecimento, como instrumento para lidar com situações da
vida cotidiana ou, ainda, como forma de desenvolver habilidades de pensamento.
No ensino médio, etapa final da escolaridade básica, a Matemática deve ser compreendida como uma
parcela do conhecimento humano essencial para a formação de todos os jovens, que contribui para a
construção de uma visão de mundo, para ler e interpretar a realidade e para desenvolver capacidades
que deles serão exigidas ao longo da vida social e profissional.
Nessa etapa da escolaridade, portanto, a Matemática vai além de seu caráter instrumental, colocando-
se como ciência com características próprias de investigação e de linguagem e com papel integrador
importante junto às demais Ciências da Natureza. Enquanto ciência, sua dimensão histórica e sua estreita
relação com a sociedade e a cultura em diferentes épocas ampliam e aprofundam o espaço de
conhecimentos não só nesta disciplina, mas nas suas inter-relações com outras áreas do saber.
As situações e os desafios que o jovem do ensino médio terá de enfrentar no âmbito escolar, no mundo
do trabalho e no exercício da cidadania fazem parte de um processo complexo, no qual as informações
são apenas parte de um todo articulado, marcado pela mobilização de conhecimentos e habilidades.
Aprender Matemática de uma forma contextualizada, integrada e relacionada a outros conhecimentos
traz em si o desenvolvimento de competências e habilidades que são essencialmente formadoras, à
medida que instrumentalizam e estruturam o pensamento do aluno, capacitando-o para compreender e
interpretar situações, para se apropriar de linguagens específicas, argumentar, analisar e avaliar, tirar
conclusões próprias, tomar decisões, generalizar e para muitas outras ações necessárias à sua formação.
Para concretizar o que significa, no âmbito do ensino de Matemática, o desenvolvimento de
competências e habilidades, vamos analisar dois exemplos de problemas que podem ser apresentados
nessa disciplina.
Lendo os jornais de sua cidade, você encontra o gráfico que mostra a intenção de votos para prefeito,
com uma margem de erro de 2%, em diferentes momentos da campanha.
Exemplo 1

O jornal afirma que o candidato Souza é o vencedor, pois sua candidatura está em franca ascensão.
Esta afirmação é confiável? Por quê?

Exemplo 2
A figura abaixo destaca o sólido que restou de um cubo de aresta a, após retirar-se dele o prisma
BCYXFG, sendo XY paralelo a AD. Se o volume do sólido restante é 4/7 do volume do cubo, ache a fração de
a que expressa a medida de AX.

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O que é preciso saber para enfrentar os desafios propostos nesses problemas? Poderíamos responder
que basta saber ler e possuir alguns conhecimentos simples de
Matemática. Mas, será que é apenas isso?
De fato, a leitura é um primeiro passo para enfrentar qualquer uma dessas questões. Contudo,
saber ler é mais que ter algum domínio da língua portuguesa. Nesse caso, é necessário também
dominar códigos e nomenclaturas da linguagem matemática, compreender e interpretar desenhos e
gráficos e relacioná-los à linguagem discursiva. Além disso, o aluno precisa analisar e compreender a
situação por inteiro, decidir sobre a melhor estratégia para resolvê-la, tomar decisões, argumentar, se
expressar e fazer registros. No primeiro exemplo, seria ainda sensato ter em conta que o crescimento
nas intenções de voto pode ser contido ou revertido por novos fatos ou novas informações políticas.
E, é claro, também precisa de conhecimentos específicos, como relacionar variáveis, analisar taxas
de crescimento, calcular porcentagens e comparar quantidades. Algumas das situações frequentemente
apresentadas aos alunos, como é o caso do segundo exemplo, uma questão proposta em um exame de
vestibular, são tipicamente “disciplinares”, exigem conhecimentos matemáticos específicos. Outras,
como no primeiro exemplo, são mais abertas, exigem outras informações além daquelas colocadas no
problema, requerem leitura cuidadosa e reflexiva e a necessidade de orquestrar, da melhor forma
possível, recursos que envolvem conhecimentos, procedimentos e habilidades de diferentes naturezas.
Em resumo, o que se espera é que o aluno seja competente em resolução de problemas, se não de
todos, pelo menos daqueles que permitam desenvolver formas de pensar em Matemática.
A resolução de problemas é peça central para o ensino de Matemática, pois o pensar e o fazer se
mobilizam e se desenvolvem quando o indivíduo está engajado ativamente no enfrentamento de desafios.
Essa competência não se desenvolve quando propomos apenas exercícios de aplicação dos conceitos e
técnicas matemáticos, pois, neste caso, o que está em ação é uma simples transposição analógica: o
aluno busca na memória um exercício semelhante e desenvolve passos análogos aos daquela situação,
o que não garante que seja capaz de utilizar seus conhecimentos em situações diferentes ou mais
complexas.
Tanto isso é verdade que sabemos do fracasso dos alunos quando propomos a análise de situações
onde devem ser relacionados dados ou fatos diversos ou quando é necessária a tomada de decisão entre
diferentes e possíveis caminhos de resolução. Nesse caso, percebemos que, mesmo quando possuem
informações e conceitos, os alunos não os mobilizam, não os combinam eficientemente, desanimam,
esperam a explicação do professor, não se permitem tentar, errar, não confiam em suas próprias formas
de pensar. Na resolução de problemas, o tratamento de situações complexas e diversificadas oferece ao
aluno a oportunidade de pensar por si mesmo, construir estratégias de resolução e argumentações,
relacionar diferentes conhecimentos e, enfim, perseverar na busca da solução. E, para isso, os desafios
devem ser reais e fazer sentido.
Isso não significa que os exercícios do tipo “calcule...”, “resolva...” devam ser eliminados, pois eles
cumprem a função do aprendizado de técnicas e propriedades, mas de forma alguma são suficientes para
preparar os alunos tanto para que possam continuar aprendendo, como para que construam visões de
mundo abrangentes ou, ainda, para que se realizem no mundo social ou do trabalho.
Não se trata de separar o ensino de conteúdos específicos das competências, pelo contrário, essas
são duas dimensões da aprendizagem que devem ocorrer conjuntamente. Nessa perspectiva, não só a
seleção de temas e conteúdos, como a forma de tratá-los no ensino são decisivas. A maneira como se
organizam as atividades e a sala de aula, a escolha de materiais didáticos apropriados e a metodologia
de ensino é que poderão permitir o trabalho simultâneo dos conteúdos e competências. Se o professor
insistir em cumprir programas extensos, com conteúdos sem significado e fragmentados, transmitindo-os
de uma única maneira a alunos que apenas ouvem e repetem, sem dúvida as competências estarão fora
de alcance.

As competências em Matemática

A área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias elegeu três grandes competências
como metas a serem perseguidas durante essa etapa da escolaridade básica e complementar do ensino
fundamental para todos os brasileiros:
• Representação e comunicação, que envolvem a leitura, a interpretação e a produção de textos
nas diversas linguagens e formas textuais características dessa área do conhecimento;
• Investigação e compreensão, competência marcada pela capacidade de enfrentamento e
resolução de situações-problema, utilização dos conceitos e procedimentos peculiares do fazer e
pensar das ciências;

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• Contextualização das ciências no âmbito sociocultural, na forma de análise crítica das ideias e
dos recursos da área e das questões do mundo que podem ser respondidas ou transformadas por meio
do pensar e do conhecimento científico.

No entanto, a escola que tem como objetivo preparar o aluno para um aprendizado permanente e
prepará-lo para a vida precisa refletir sobre o significado dessas competências para decidir sobre quais
delas trabalhar, em que disciplinas e de que forma. Ou seja, é necessário compreender a proposta,
aproximando-a das ações e das possibilidades características dos afazeres escolares. Para isso,
apontamos e detalhamos o sentido dessas competências no âmbito da Matemática, explicitando o que
se espera do aluno em cada uma delas, com exemplos que procuram auxiliar a compreensão de como,
nessa disciplina, é possível desenvolver as competências eleitas na área.

Representação e comunicação
Na área Em Matemática
Símbolos, códigos e nomenclaturas de ciência e tecnologia
Reconhecer e utilizar adequadamente, • Reconhecer e utilizar símbolos, códigos e nomenclaturas
na forma oral e escrita, símbolos, da linguagem matemática; por exemplo, ao ler embalagens
códigos e nomenclatura da linguagem de produtos, manuais técnicos, textos de jornais ou outras
científica. comunicações, compreender o significado de dados
apresentados por meio de porcentagens, escritas
numéricas, potências de dez, variáveis em fórmulas.
• Identificar, transformar e traduzir adequadamente valores
e unidades básicas apresentados sob diferentes formas
como decimais em frações ou potências de dez, litros em
metros cúbicos, quilômetros em metros, ângulos em graus e
radianos.
Articulação dos símbolos e códigos de ciência e tecnologia
Ler, articular e interpretar símbolos e • Ler e interpretar dados ou informações apresentados em
códigos em diferentes linguagens e diferentes linguagens e representações, como tabelas,
representações: sentenças, equações, gráficos, esquemas, diagramas, árvores de possibilidades,
esquemas, diagramas, tabelas, gráficos fórmulas, equações ou representações geométricas.
e representações geométricas. • Traduzir uma situação dada em determinada linguagem
para outra; por exemplo, transformar situações dadas em
linguagem discursiva em esquemas, tabelas, gráficos,
desenhos, fórmulas ou equações matemáticas e vice-versa,
assim como transformar as linguagens mais específicas
umas nas outras, como tabelas em gráficos ou equações.
• Selecionar diferentes formas para representar um dado ou
conjunto de dados e informações, reconhecendo as
vantagens e limites de cada uma delas; por exemplo,
escolher entre uma equação, uma tabela ou um gráfico para
representar uma dada variação ao longo do tempo, como a
distribuição do consumo de energia elétrica em uma
residência ou a classificação de equipes em um campeonato
esportivo.
Análise e interpretação de textos e outras comunicações de ciência e tecnologia
Consultar, analisar e interpretar textos e • Ler e interpretar diferentes tipos de textos com informações
comunicações de ciência e tecnologia apresentadas em linguagem matemática, desde livros
veiculados em diferentes meios. didáticos até artigos de conteúdo econômico, social ou
cultural, manuais técnicos, contratos comerciais, folhetos
com propostas de vendas ou com plantas de imóveis,
indicações em bulas de medicamentos, artigos de jornais e
revistas.
• Acompanhar e analisar os noticiários e artigos relativos à
ciência em diferentes meios de comunicação, como jornais,
revistas e televisão, identificando o tema em questão e
interpretando, com objetividade, seus significados e
implicações para, dessa forma, ter independência para

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adquirir informações e estar a par do que se passa no mundo
em que vive.
Elaboração de comunicações
Elaborar comunicações orais ou escritas • Expressar-se com clareza, utilizando a linguagem
para relatar, analisar e sistematizar matemática, elaborando textos, desenhos, gráficos, tabelas,
eventos, fenômenos, experimentos, equações, expressões e escritas numéricas para comunicar-
questões, entrevistas, visitas, se via internet, jornais ou outros meios, enviando ou
correspondências. solicitando informações, apresentando ideias, solucionando
problemas.
• Produzir textos analíticos para discutir, sintetizar e
sistematizar formas de pensar, fazendo uso, sempre que
necessário, da linguagem matemática. Redigir resumos,
justificar raciocínios, propor situações-problema,
sistematizar as ideias principais sobre dado tema
matemático com exemplos e comentários próprios.
• Expressar-se da forma oral para comunicar ideias,
aprendizagens e dificuldades de compreensão; por
exemplo, explicando a solução dada a um problema,
expondo dúvidas sobre um conteúdo ou procedimento,
propondo e debatendo questões de interesse.
Discussão e argumentação de temas de interesse de ciência e tecnologia
Analisar, argumentar e posicionar-se • Compreender e emitir juízos próprios sobre
criticamente em relação a temas de informações relativas à ciência e tecnologia, de forma
ciência e tecnologia. analítica e crítica, posicionando-se com argumentação clara
e consistente sempre que necessário, identificar
corretamente o âmbito da questão e buscar fontes onde
possa obter novas informações e conhecimentos. Por
exemplo, ser capaz de analisar e julgar cálculos efetuados
sobre dados econômicos ou sociais, propagandas de
vendas a prazo, probabilidades de receber determinado
prêmio em sorteios ou loterias, ou ainda apresentadas em
um dado problema ou diferentes sínteses e conclusões
extraídas a partir de um mesmo texto ou conjunto de
informações.

Investigação e compreensão
Na área Em Matemática
Estratégias para enfrentamento de situações-problema
Identificar em dada situação- problema • Identificar os dados relevantes em uma dada situação
as informações ou variáveis relevantes problema para buscar possíveis resoluções; por exemplo, em
e elaborar possíveis estratégias para situações com uma diversidade de dados apresentados por
resolvê-la. meio de tabelas, gráficos, especificações técnicas,
reconhecer as informações relevantes para uma dada
questão que se busca resolver.
• Identificar as relações envolvidas e elaborar possíveis
estratégias para enfrentar uma dada situação-problema; por
exemplo, para obter uma dada distância, saber optar por
medi-la diretamente, utilizar uma planta em escala, usar
semelhança de figuras, fazer uso de propriedades
trigonométricas ou utilizar um sistema de eixos cartesianos e
abordar o problema através da geometria analítica.
• Frente a uma situação ou problema, reconhecer a sua
natureza e situar o objeto de estudo dentro dos diferentes
campos da Matemática, ou seja, decidir-se pela utilização das
formas algébrica, numérica, geométrica, combinatória ou
estatística. Por exemplo, para calcular distâncias ou efetuar
medições em sólidos, utilizar conceitos e procedimentos de
geometria e medidas, enquanto para analisar a relação entre

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espaço e tempo no movimento de um objeto, optar pelo
recurso algébrico das funções e suas representações
gráficas.
Interações, relações e funções; invariantes e transformações
Identificar fenômenos naturais ou • Identificar regularidades em situações semelhantes para
grandezas em dado domínio do estabelecer regras, algoritmos e propriedades; por exemplo,
conhecimento científico, estabelecer perceber que todas as funções do segundo grau possuem o
relações, identificar regularidades, mesmo tipo de gráfico, o que implica propriedades de sinal,
invariantes e transformações. crescimento e decrescimento. Da mesma forma, ao identificar
a regularidade de que é constante a soma dos termos
equidistantes de uma progressão aritmética finita, estender
essa propriedade a toda situação envolvendo progressões
aritméticas e daí deduzir a soma de seus termos.
• Reconhecer a existência de invariantes ou identidades que
impõem as condições a serem utilizadas para analisar e
resolver situações-problema; por exemplo, estabelecer
identidades ou relações como aquelas existentes entre o
comprimento da circunferência e seu diâmetro, os volumes de
um cilindro e de um cone que tenham a mesma base e a
mesma altura, a relação entre catetos e hipotenusa em
qualquer triângulo retângulo; ou ainda a identidade
fundamental da trigonometria.
• Identificar transformações entre grandezas ou figuras para
relacionar variáveis e dados, fazer quantificações, previsões e
identificar desvios. As ampliações e reduções de figuras são
exemplos que devem ser entendidos como transformações de
uma situação inicial em outra final.
• Perceber as relações e identidades entre diferentes formas
de representação de um dado objeto, como as relações entre
representações planas nos desenhos, mapas e telas de
computador com os objetos que lhes deram origem.
• Reconhecer a conservação contida em toda igualdade,
congruência ou equivalência para calcular, resolver ou provar
novos fatos. Por exemplo, ao resolver uma equação ou um
sistema linear, compreender que as operações realizadas a
cada etapa transformam a situação inicial em outra que lhe é
equivalente, com as mesmas soluções.
Medidas, quantificações, grandezas e escalas
Selecionar e utilizar instrumentos de • Identificar e fazer uso de diferentes formas e instrumentos
medição e de cálculo, representar apropriados para efetuar medidas ou cálculos; por exemplo,
dados e utilizar escalas, fazer discriminar o melhor instrumento para medir, comparar ou
estimativas, elaborar hipóteses e calcular comprimentos e distâncias, ângulos, volumes
interpretar resultados. ocupados por líquidos, em dada situação específica. Usar
adequadamente réguas, esquadros, transferidores,
compassos, calculadoras e outros instrumentos ou aparelhos.
• Identificar diferentes formas de quantificar dados numéricos
para decidir se a resolução de um problema requer cálculo
exato, aproximado, probabilístico ou análise de médias. Por
exemplo, de acordo com uma dada situação, escolher número
de algarismos apropriado ou fazer aproximações adequadas,
optar pelo uso de fração, porcentagem, potências de dez;
escolher melhor unidade para representar uma grandeza.
• Fazer previsões e estimativas de ordens de grandeza, de
quantidades ou intervalos esperados para os resultados de
cálculos ou medições e, com isso, saber avaliar erros ou
imprecisões nos dados obtidos na solução de uma dada
situação-problema.

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• Compreender a necessidade e fazer uso apropriado de
escalas; por exemplo, na construção de gráficos ou em
representações de plantas e mapas.
Modelos explicativos e representativos
Reconhecer, utilizar, interpretar e • Interpretar, fazer uso e elaborar modelos e representações
propor modelos para situações- matemáticas para analisar situações; por exemplo, utilizar
problema, fenômenos ou sistemas funções ou gráficos para modelar situações envolvendo
naturais ou tecnológicos. cálculos de lucro máximo ou prejuízo mínimo; utilizar
ferramentas da estatística e probabilidade para compreender
e avaliar as intenções de votos em uma campanha eleitoral
ou, ainda, optar entre modelos algébricos ou geométricos para
obter determinadas medições de sólidos.
Relações entre conhecimentos disciplinares, interdisciplinares e interáreas
Articular, integrar e sistematizar • Construir uma visão sistematizada das diferentes linguagens
fenômenos e teorias dentro de uma e campos de estudo da Matemática, estabelecendo conexões
ciência, entre as várias ciências e entre seus diferentes temas e conteúdos, para fazer uso do
áreas do conhecimento. conhecimento de forma integrada e articulada.
• Compreender a Matemática como ciência autônoma, que
investiga relações, formas e eventos e desenvolve maneiras
próprias de descrever e interpretar o mundo.
A forma lógica dedutiva que a Geometria utiliza para
interpretar as formas geométricas e deduzir propriedades
dessas formas é um exemplo de como a Matemática lê e
interpreta o mundo à nossa volta.
• Adquirir uma compreensão do mundo da qual a Matemática
é parte integrante, através dos problemas que ela consegue
resolver e dos fenômenos que podem ser descritos por meio
de seus modelos e representações.
• Reconhecer relações entre a Matemática e outras áreas do
conhecimento, percebendo sua presença nos mais variados
campos de estudo e da vida humana, seja nas demais
ciências, como a Física, Química e Biologia, seja nas ciências
humanas e sociais, como a Geografia ou a Economia, ou
ainda nos mais diversos setores da sociedade, como na
agricultura, na saúde, nos transportes e na moradia.

Contextualização sociocultural
Na área Em Matemática
Ciência e tecnologia na história
Compreender o conhecimento científico • Compreender a construção do conhecimento matemático
e o tecnológico como resultados de uma como um processo histórico, em estreita relação com as
construção humana, inseridos em um condições sociais, políticas e econômicas de uma
processo histórico e social. determinada época, de modo a permitir a aquisição de uma
visão crítica da ciência em constante construção, sem
dogmatismos ou certezas definitivas. Por exemplo, o uso da
geometria clássica ou da analítica para resolver um mesmo
problema pode mostrar duas formas distintas de pensar e
representar realidades comparáveis em momentos
históricos diferentes.
• Compreender o desenvolvimento histórico da tecnologia
associada a campos diversos da Matemática,
reconhecendo sua presença e implicações no mundo
cotidiano, nas relações sociais de cada época, nas
transformações e na criação de novas necessidades, nas
condições de vida. Por exemplo, ao se perceber a origem
do uso dos logaritmos ou das razões trigonométricas como
resultado do avanço tecnológico do período das grandes
navegações do século 16, pode-se conceber a Matemática

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como instrumento para a solução de problemas práticos e
que se desenvolve para muito além deles, ganhando a
dimensão de ideias gerais para novas aplicações fora do
contexto que deu origem a elas.
• Perceber o papel desempenhado pelo conhecimento
matemático no desenvolvimento da tecnologia e a complexa
relação entre ciência e tecnologia ao longo da história. A
exigência de rapidez e complexidade dos cálculos fez com
que a Matemática se desenvolvesse e, por outro lado, as
pesquisas e avanços teóricos da Matemática e demais
ciências permitiram o aperfeiçoamento de máquinas como
o computador, que vêm tornando os cálculos cada vez mais
rápidos.
Ciência e tecnologia na cultura contemporânea
Compreender a ciência e a tecnologia • Compreender a Matemática como parte integrante da
como partes integrantes da cultura cultura contemporânea, sendo capaz de identificar sua
humana contemporânea. presença nas manifestações artísticas ou literárias, teatrais
ou musicais, nas construções arquitetônicas ou na
publicidade.
• Perceber a dimensão da Matemática e da ciência em
espaços específicos de difusão e mostras culturais, como
museus científicos ou tecnológicos, planetários, exposições.
• Compreender formas pelas quais a Matemática influencia
nossa interpretação do mundo atual, condicionando formas
de pensar e interagir. Por exemplo, comparando os cálculos
feitos pelas máquinas com aqueles feitos “com lápis e
papel”, e identificando a função, especificidades e valores
de cada um desses meios na construção do conhecimento.
Ciência e tecnologia na atualidade
Reconhecer e avaliar o desenvolvimento • Acompanhar criticamente o desenvolvimento
tecnológico contemporâneo, suas tecnológico contemporâneo, tomando contato com os
relações com as ciências, seu papel na avanços das novas tecnologias nas diferentes áreas do
vida humana, sua presença no mundo conhecimento para se posicionar frente às questões de
cotidiano e seus impactos na vida social. nossa atualidade. Utilizar o conhecimento matemático como
apoio para compreender e julgar as aplicações tecnológicas
dos diferentes campos científicos. Por exemplo, o uso de
satélites e radares nos rastreamentos e localizações, ou dos
diferentes tipos de transmissão e detecção de informações,
as formas de manipulação genética ou de obtenção e
utilização de recursos naturais.
Ciência e tecnologia, ética e cidadania
Reconhecer e avaliar o caráter ético do • Compreender a responsabilidade social associada à
conhecimento científico e tecnológico e aquisição e uso do conhecimento matemático, sentindo- se
utilizar esse conhecimento no exercício mobilizado para diferentes ações, seja em defesa de seus
da cidadania. direitos como consumidor, dos espaços e equipamentos
coletivos ou da qualidade de vida.
• Conhecer recursos, instrumentos e procedimentos
econômicos e sociais para posicionar-se, argumentar e
julgar sobre questões de interesse da comunidade, como
problemas de abastecimento, educação, saúde e lazer,
percebendo que podem ser muitas vezes quantificados e
descritos através do instrumental da Matemática e dos
procedimentos da ciência.
• Promover situações que contribuam para a melhoria das
condições de vida da cidade onde vive ou da preservação
responsável do ambiente. Utilizar as ferramentas
matemáticas para analisar situações de seu entorno real e
propor soluções, por exemplo, analisando as dificuldades de

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transporte coletivo em seu bairro por meio de levantamento
estatístico, manuais técnicos de aparelhos e equipamentos,
ou a melhor forma de plantio de lavoura para subsistência
de uma comunidade.

Temas estruturadores do ensino de Matemática


A proposta de Matemática dos PCNEM é que cada escola e grupo de professores proponham um
trabalho pedagógico que permita o desenvolvimento das competências almejadas. Fazem parte desta
elaboração diversos fatores mais diretamente ligados ao planejamento, entre eles a escolha de temas
relativos ao conteúdo específico da disciplina, a análise dos recursos de ensino e dos métodos de
abordagem desse conhecimento, o cuidado com os tempos de ensino e de aprendizagem e dos espaços
para que isso ocorra.
Explorar conteúdos relativos aos temas números, álgebra, medidas, geometria e noções de estatística
e probabilidade envolve diferentes formas do pensar em Matemática, diferentes contextos para as
aplicações, bem como a existência de razões históricas que deram origem e importância a esses
conhecimentos. Mas para evitar a quantidade excessiva de informações, é preciso fazer um recorte,
usando alguns critérios orientadores deste processo de seleção de temas.
Um primeiro critério, básico e geral, é que os conteúdos ou temas escolhidos devem permitir ao aluno
desenvolver as competências descritas no item anterior, avançando a partir do ponto em que se encontra.
Para isso, os temas selecionados devem ter relevância científica e cultural. Isso significa que, além
das justificativas relativas às aplicações e à linguagem, sua importância está em seu potencial explicativo,
que permite ao aluno conhecer o mundo e desenvolver sentidos estéticos e éticos em relação a fatos e
questões desse mundo. Um exemplo disso pode ser visto na Geometria. A abordagem tradicional, que
se restringe à métrica do cálculo de áreas e volumes de alguns sólidos, não é suficiente para explicar a
estrutura de moléculas e cristais em forma de cubos e outros sólidos, nem tampouco justifica a
predominância de paralelepípedos e retângulos nas construções arquitetônicas ou a predileção dos
artistas pelas linhas paralelas e perpendiculares nas pinturas e esculturas. Ensinar Geometria no ensino
médio deve possibilitar que essas questões aflorem e possam ser discutidas e analisadas pelos alunos.
Os temas devem, ainda, permitir uma articulação lógica entre diferentes ideias e conceitos para
garantir maior significação para a aprendizagem, possibilitar ao aluno o estabelecimento de relações de
forma consciente no sentido de caminhar em direção às competências da área e, até mesmo, tornar mais
eficaz a utilização do tempo disponível.
É importante evitar detalhamentos ou nomenclaturas excessivos. Por exemplo, se o único caso de
funções inversas que os alunos verão no ensino médio forem as funções exponencial e logaritmo, não há
necessidade de todo o estudo sobre funções injetoras, sobrejetoras e inversíveis, assim como se o foco
do estudo estiver na análise de gráficos e nas aplicações da função logarítmica, podemos questionar por
que estudar cologaritmos, característica e mantissa.
Ao selecionar um tema, a forma de trabalho deve ser pensada de modo integrado à sua escolha,
evitando repetir o modelo curricular das listas de assuntos enfileirados. As escolhas que serão feitas
devem ter no horizonte o aluno de cada escola, daí a necessidade de um olhar cuidadoso para esses
jovens, indivíduos cognitivos, afetivos e sociais, que possuem projetos de vida, histórias pessoais e
escolares. A aprendizagem não se dá com o indivíduo isolado, sem possibilidade de interagir com seus
colegas e com o professor, mas em uma vivência coletiva de modo a explicitar para si e para os outros o
que pensa e as dificuldades que enfrenta. Alunos que não falam sobre matemática e não têm a
oportunidade de produzir seus próprios textos nessa linguagem dificilmente serão autônomos para se
comunicarem nessa área.
Um conjunto de temas que possibilitam o desenvolvimento das competências almejadas com
relevância científica e cultural e com uma articulação lógica das ideias e conteúdos matemáticos pode
ser sistematizado nos três seguintes eixos ou temas estruturadores, desenvolvidos de forma
concomitante nas três séries do ensino médio:
1. Álgebra: números e funções
2. Geometria e medidas
3. Análise de dados
Cada tema estruturador é um campo de interesse com organização própria em termos de linguagens,
conceitos, procedimentos e, especialmente, objetos de estudo. Apesar da unidade característica de cada
tema estruturador, para organizar o planejamento do ensino, cada um deles foi dividido em unidades
temáticas que, por sua vez, são parcelas autônomas de conhecimentos específicos que podem ser

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organizadas dentro do projeto pedagógico de cada professor ou escola, em função das características de
seus alunos e dos tempos e espaços para sua realização.
É importante ressaltar que esta é uma escolha possível e compatível com a proposta dos PCNEM, que
contempla os critérios apontados e que não reproduz o modelo curricular de “listas de assuntos”, mas
não é necessariamente a única.

Tema 1. Álgebra: números e funções


O primeiro tema ou eixo estruturador, Álgebra, na vivência cotidiana se apresenta com enorme
importância enquanto linguagem, como na variedade de gráficos presentes diariamente nos noticiários e
jornais, e também enquanto instrumento de cálculos de natureza financeira e prática, em geral. No ensino
médio, esse tema trata de números e variáveis em conjuntos infinitos e quase sempre contínuos, no
sentido de serem completos. Os objetos de estudo são os campos numéricos dos números reais e,
eventualmente, os números complexos e as funções e equações de variáveis ou incógnitas reais. Para o
desenvolvimento desse eixo, são propostas duas unidades temáticas: variação de grandezas e
trigonometria.
Os procedimentos básicos desse tema se referem a calcular, resolver, identificar variáveis, traçar e
interpretar gráficos e resolver equações de acordo com as propriedades das operações no conjunto dos
números reais e as operações válidas para o cálculo algébrico. Esse tema possui fortemente o caráter de
linguagem com seus códigos (números e letras) e regras (as propriedades das operações), formando os
termos desta linguagem que são as expressões que, por sua vez, compõem as igualdades e
desigualdades.
O estudo das funções permite ao aluno adquirir a linguagem algébrica como a linguagem das ciências,
necessária para expressar a relação entre grandezas e modelar situações-problema, construindo
modelos descritivos de fenômenos e permitindo várias conexões dentro e fora da própria matemática.
Assim, a ênfase do estudo das diferentes funções deve estar no conceito de função e em suas
propriedades em relação às operações, na interpretação de seus gráficos e nas aplicações dessas
funções.
Tradicionalmente o ensino de funções estabelece como pré-requisito o estudo dos números reais e de
conjuntos e suas operações, para depois definir relações e a partir daí identificar as funções como
particulares relações. Todo esse percurso é, então, abandonado assim que a definição de função é
estabelecida, pois para a análise dos diferentes tipos de funções todo o estudo relativo a conjuntos e
relações é desnecessário. Assim, o ensino pode ser iniciado diretamente pela noção de função para
descrever situações de dependência entre duas grandezas, o que permite o estudo a partir de situações
contextualizadas, descritas algébrica e graficamente. Toda a linguagem excessivamente formal que cerca
esse tema deve ser relativizada e em parte deixada de lado, juntamente com os estudos sobre funções
injetoras, sobrejetoras, compostas e modulares.
Os problemas de aplicação não devem ser deixados para o final desse estudo, mas devem ser motivo
e contextos para o aluno aprender funções. A riqueza de situações envolvendo funções permite que o
ensino se estruture permeado de exemplos do cotidiano, das formas gráficas que a mídia e outras áreas
do conhecimento utilizam para descrever fenômenos de dependência entre grandezas. O ensino, ao
deter-se no estudo de casos especiais de funções, não deve descuidar de mostrar que o que está sendo
aprendido permite um olhar mais crítico e analítico sobre as situações descritas. As funções exponencial
e logarítmica, por exemplo, são usadas para descrever a variação de duas grandezas em que o
crescimento da variável independente é muito rápido, sendo aplicada em áreas do conhecimento como
matemática financeira, crescimento de populações, intensidade sonora, pH de substâncias e outras. A
resolução de equações logarítmicas e exponenciais e o estudo das propriedades de características e
mantissas podem ter sua ênfase diminuída e, até mesmo, podem ser suprimidas.
Com relação às sequências, é preciso garantir uma abordagem conectada à ideia de função, na qual
as relações com diferentes funções possam ser analisadas. O estudo da progressão geométrica infinita
com razão positiva e menor que 1 oferece talvez a única oportunidade de o aluno estender o conceito de
soma para um número infinito de parcelas, ampliando sua compreensão sobre a adição e tendo a
oportunidade de se defrontar com as ideias de convergência e de infinito. Essas ideias foram e são
essenciais para o desenvolvimento da ciência, especialmente porque permitem explorar regularidades.
O ensino desta unidade deve se ater à lei de formação dessas sequências e a mostrar aos alunos
quais propriedades decorrem delas. Associar às sequências seus gráficos e relacionar os conceitos de
sequência crescente ou decrescente aos correspondentes gráficos permite ao aluno compreender melhor
as ideias envolvidas, ao mesmo tempo que dá a ele a possibilidade de acompanhar o comportamento de
uma sequência sem precisar decorar informações.

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Apesar de sua importância, tradicionalmente a trigonometria é apresentada desconectada das
aplicações, investindo-se muito tempo no cálculo algébrico das identidades e equações em detrimento
dos aspectos importantes das funções trigonométricas e da análise de seus gráficos. O que deve ser
assegurado são as aplicações da trigonometria na resolução de problemas que envolvem medições, em
especial o cálculo de distâncias inacessíveis e para construir modelos que correspondem a fenômenos
periódicos. Dessa forma, o estudo deve se ater às funções seno, cosseno e tangente com ênfase ao seu
estudo na primeira volta do círculo trigonométrico e à perspectiva histórica das aplicações das relações
trigonométricas. Outro aspecto importante do estudo deste tema é o fato desse conhecimento ter sido
responsável pelo avanço tecnológico em diferentes épocas, como é o caso do período das navegações
ou, atualmente, na agrimensura, o que permite aos alunos perceberem o conhecimento matemático como
forma de resolver problemas que os homens se propuseram e continuam se propondo.
Ainda neste tema, é possível alargar e aprofundar o conhecimento dos alunos sobre números e
operações, mas não isoladamente dos outros conceitos, isto é, pode-se tratar os números decimais e
fracionários, mas mantendo de perto a relação estreita com problemas que envolvem medições, cálculos
aproximados, porcentagens, assim como os números irracionais devem se ligar ao trabalho com
geometria e medidas. É ainda importante para o aluno, nessa etapa de sua formação, o desenvolvimento
da capacidade de estimativa da ordem de grandeza de resultados de cálculo ou medições e da
capacidade de tratar com valores numéricos exatos ou aproximados de acordo com a situação e o
instrumental disponível.
Tradicionalmente, a Matemática do ensino médio trata da ampliação do conjunto numérico,
introduzindo os números complexos. Como esse tema isolado da resolução de equações perde seu
sentido para os que não continuarão seus estudos na área, ele pode ser tratado na parte flexível do
currículo das escolas.
Com relação à álgebra, há ainda o estudo de equações polinomiais e de sistemas lineares. Esses dois
conteúdos devem receber um tratamento que enfatize sua importância cultural, isto é, estender os
conhecimentos que os alunos possuem sobre a resolução de equações de primeiro e segundo graus e
sobre a resolução de sistemas de duas equações e duas incógnitas para sistemas lineares 3 por 3,
aplicando esse estudo à resolução de problemas simples de outras áreas do conhecimento. Uma
abordagem mais qualitativa e profunda deve ser feita dentro da parte flexível do currículo, como opção
específica de cada escola.
Resumidamente, em relação às competências a serem desenvolvidas pela Matemática, a abordagem
proposta para esse tema permite ao aluno usar e interpretar modelos, perceber o sentido de
transformações, buscar regularidades, conhecer o desenvolvimento histórico e tecnológico de parte de
nossa cultura e adquirir uma visão sistematizada de parte do conhecimento matemático.
Os conteúdos e habilidades propostos para as unidades temáticas a serem desenvolvidas nesse tema
seriam:

Unidades temáticas
1. Variação de grandezas: noção de função; funções analíticas e não-analíticas; representação
e análise gráfica; sequências numéricas: progressões e noção de infinito; variações exponenciais
ou logarítmicas; funções seno, cosseno e tangente; taxa de variação de grandezas.
• Reconhecer e utilizar a linguagem algébrica nas ciências, necessária para expressar a relação
entre grandezas e modelar situações-problema, construindo modelos descritivos de fenômenos e fazendo
conexões dentro e fora da Matemática.
• Compreender o conceito de função, associando-o a exemplos da vida cotidiana.
• Associar diferentes funções a seus gráficos correspondentes.
• Ler e interpretar diferentes linguagens e representações envolvendo variações de grandezas.
• Identificar regularidades em expressões matemáticas e estabelecer relações entre variáveis.

2. Trigonometria: do triângulo retângulo; do triângulo qualquer; da primeira volta.


• Utilizar e interpretar modelos para resolução de situações-problema que envolvam medições, em
especial o cálculo de distâncias inacessíveis, e para construir modelos que correspondem a fenômenos
periódicos.
• Compreender o conhecimento científico e tecnológico como resultado de uma construção humana
em um processo histórico e social, reconhecendo o uso de relações trigonométricas em diferentes épocas
e contextos sociais.

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Tema 2. Geometria e medidas
A Geometria, ostensivamente presente nas formas naturais e construídas, é essencial à descrição, à
representação, à medida e ao dimensionamento de uma infinidade de objetos e espaços na vida diária e
nos sistemas produtivos e de serviços. No ensino médio, trata das formas planas e tridimensionais e suas
representações em desenhos, planificações, modelos e objetos do mundo concreto. Para o
desenvolvimento desse tema, são propostas quatro unidades temáticas: geometrias plana, espacial,
métrica e analítica.
As propriedades de que a Geometria trata são de dois tipos: associadas à posição relativa das formas
e associadas às medidas. Isso dá origem a duas maneiras diferentes de pensar em Geometria, a primeira
delas marcada pela identificação de propriedades relativas a paralelismo, perpendicularismo, interseção
e composição de diferentes formas e a segunda, que tem como foco quantificar comprimentos, áreas e
volumes.
Usar as formas geométricas para representar ou visualizar partes do mundo real é uma capacidade
importante para a compreensão e construção de modelos para resolução de questões da Matemática e
de outras disciplinas. Como parte integrante deste tema, o aluno poderá desenvolver habilidades de
visualização, de desenho, de argumentação lógica e de aplicação na busca de solução para problemas.
Parte do trabalho com Geometria está estritamente ligada às medidas que fazem a ponte entre o
estudo das formas geométricas e os números que quantificam determinadas grandezas. No entanto, o
ensino das propriedades métricas envolvendo cálculos de distâncias, áreas e volumes é apenas uma
parte do trabalho a ser desenvolvido que não pode ignorar as relações geométricas em si.
Para desenvolver esse raciocínio de forma mais completa, o ensino de Geometria na escola média
deve contemplar também o estudo de propriedades de posições relativas de objetos geométricos;
relações entre figuras espaciais e planas em sólidos geométricos; propriedades de congruência e
semelhança de figuras planas e espaciais; análise de diferentes representações das figuras planas e
espaciais, tais como desenho, planificações e construções com instrumentos.
O ensino de Geometria no ensino fundamental está estruturado para propiciar uma primeira reflexão
dos alunos através da experimentação e de deduções informais sobre as propriedades relativas a lados,
ângulos e diagonais de polígonos, bem como o estudo de congruência e semelhança de figuras planas.
Para alcançar um maior desenvolvimento do raciocínio lógico, é necessário que no ensino médio haja um
aprofundamento dessas ideias no sentido de que o aluno possa conhecer um sistema dedutivo,
analisando o significado de postulados e teoremas e o valor de uma demonstração para fatos que lhe são
familiares.
Não se trata da memorização de um conjunto de postulados e de demonstrações, mas dá oportunidade
de perceber como a ciência Matemática valida e apresenta seus conhecimentos, bem como propiciar o
desenvolvimento do pensamento lógico dedutivo e dos aspectos mais estruturados da linguagem
matemática. Afirmar que algo é “verdade” em Matemática significa, geralmente, ser resultado de uma
dedução lógica, ou seja, para se provar uma afirmação (teorema) deve-se mostrar que ela é uma
consequência lógica de outras proposições provadas previamente. O processo de provar em Matemática
seria uma tarefa impossível de marchar para trás indefinidamente, a não ser que se estabelecesse um
ponto de partida. Esse ponto inicial deve conter um certo número de afirmações, chamadas de postulados
ou axiomas, que devem ser aceitas como verdadeiras e para as quais não se exige nenhuma prova. Toda
vez que um campo do conhecimento se organiza a partir de algumas verdades eleitas, preferivelmente
poucas, simples e evidentes, então se diz que esse campo está apresentado de forma axiomática. Esse
é o caso, por exemplo, da geometria clássica.
A unidade Geometria analítica tem como função tratar algebricamente as propriedades e os elementos
geométricos. O aluno do ensino médio terá a oportunidade de conhecer essa forma de pensar que
transforma problemas geométricos na resolução de equações, sistemas ou inequações.
O aluno deve perceber que um mesmo problema pode então ser abordado com diferentes
instrumentos matemáticos de acordo com suas características. Por exemplo, a construção de uma reta
que passe por um ponto dado e seja paralela a uma reta dada pode ser obtida de diferentes maneiras.
Se o ponto e a reta estão desenhados em papel, a solução pode ser feita por meio de uma construção
geométrica, usando-se instrumentos. No entanto, se o ponto e a reta são dados por suas coordenadas e
equações, o mesmo problema possui uma solução algébrica, mas que pode ser representada
graficamente.
Então, mais importante do que memorizar diferentes equações para um mesmo ente geométrico, é
necessário investir para garantir a compreensão do que a geometria analítica propõe. Para isso, o trabalho
com este tema pode ser centrado em estabelecer a correspondência entre as funções de 1o e 2o graus
e seus gráficos e a resolução de problemas que exigem o estudo da posição relativa de pontos, retas,
circunferências e parábolas.

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Além de conhecer uma forma de pensar em Matemática, entender o mundo do século 17, que deu
origem ao cartesianismo, pode ser uma excelente oportunidade para que o aluno perceba o
desenvolvimento histórico do conhecimento e como certos momentos dessa história transformaram a
ciência e a forma de viver da humanidade.
A Geometria, na perspectiva das medidas, pode se estruturar de modo a garantir que os alunos
aprendam a efetuar medições em situações reais com a precisão requerida ou estimando a margem de
erro. Os conhecimentos sobre perímetros, áreas e volumes devem ser aplicados na resolução de
situações-problema.
A composição e a decomposição de figuras devem ser utilizadas para o cálculo de comprimentos,
áreas e volumes relacionados a figuras planas ou espaciais. Assim, os problemas que envolvem figuras
inscritas ou circunscritas podem ser propostos aos alunos no sentido de aplicação do que aprenderam
sobre as diversas medidas.

Relembrando as competências eleitas por esta proposta, é importante destacar que este tema
estruturador pode desenvolver no aluno todas as habilidades relativas a medidas e grandezas, mas pode
fazê-lo também avançar na percepção do processo histórico de construção do conhecimento matemático,
e é especialmente adequado para mostrar diferentes modelos explicativos do espaço e suas formas numa
visão sistematizada da Geometria com linguagens e raciocínios diferentes daqueles aprendidos no ensino
fundamental com a geometria clássica euclidiana.
Os conteúdos e habilidades propostos para as unidades temáticas a serem desenvolvidas neste tema
seriam:

Unidades temáticas
1. Geometria plana: semelhança e congruência; representações de figuras.
• Identificar dados e relações geométricas relevantes na resolução de situações-problema.
• Analisar e interpretar diferentes representações de figuras planas, como desenhos, mapas,
plantas de edifícios etc.
• Usar formas geométricas planas para representar ou visualizar partes do mundo real.
• Utilizar as propriedades geométricas relativas aos conceitos de congruência e semelhança de
figuras.
• Fazer uso de escalas em representações planas.

2. Geometria espacial: elementos dos poliedros, sua classificação e representação; sólidos


redondos; propriedades relativas à posição: intersecção, paralelismo e perpendicularismo;
inscrição e circunscrição de sólidos.
• Usar formas geométricas espaciais para representar ou visualizar partes do mundo real, como
peças mecânicas, embalagens e construções.
• Interpretar e associar objetos sólidos a suas diferentes representações bidimensionais, como
projeções, planificações, cortes e desenhos.
• Utilizar o conhecimento geométrico para leitura, compreensão e ação sobre a realidade.
• Compreender o significado de postulados ou axiomas e teoremas e reconhecer o valor de
demonstrações para perceber a Matemática como ciência com forma específica para validar resultados.

3. Métrica: áreas e volumes; estimativa, valor exato e aproximado.


• Identificar e fazer uso de diferentes formas para realizar medidas e cálculos.
• Utilizar propriedades geométricas para medir, quantificar e fazer estimativas de comprimentos,
áreas e volumes em situações reais relativas, por exemplo, de recipientes, refrigeradores, veículos de
carga, móveis, cômodos, espaços públicos.
• Efetuar medições, reconhecendo, em cada situação, a necessária precisão de dados ou de
resultados e estimando margens de erro.

4. Geometria analítica: representações no plano cartesiano e equações; intersecção e


posições relativas de figuras.
• Interpretar e fazer uso de modelos para a resolução de problemas geométricos.
• Reconhecer que uma mesma situação pode ser tratada com diferentes instrumentais
matemáticos, de acordo com suas características.
• Associar situações e problemas geométricos a suas correspondentes formas algébricas e
representações gráficas e vice-versa.

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• Construir uma visão sistemática das diferentes linguagens e campos de estudo da Matemática,
estabelecendo conexões entre eles.

Tema 3. Análise de dados


A análise de dados tem sido essencial em problemas sociais e econômicos, como nas estatísticas
relacionadas a saúde, populações, transportes, orçamentos e questões de mercado. Propõe-se que
constitua o terceiro eixo ou tema estruturador do ensino, e tem como objetos de estudo os conjuntos
finitos de dados, que podem ser numéricos ou informações qualitativas, o que dá origem a procedimentos
bem distintos daqueles dos demais temas, pela maneira como são feitas as quantificações, usando-se
processos de contagem combinatórios, frequências e medidas estatísticas e probabilidades. Este tema
pode ser organizado em três unidades temáticas: Estatística, Contagem e Probabilidade.
Uma das grandes competências propostas pelos PCNEM diz respeito à contextualização sociocultural
como forma de aproximar o aluno da realidade e fazê- lo vivenciar situações próximas que lhe permitam
reconhecer a diversidade que o cerca e reconhecer-se como indivíduo capaz de ler e atuar nesta
realidade.
A Matemática do ensino médio pode ser determinante para a leitura das informações que circulam na
mídia e em outras áreas do conhecimento na forma de tabelas, gráficos e informações de caráter
estatístico. Contudo, espera-se do aluno nessa fase da escolaridade que ultrapasse a leitura de
informações e reflita mais criticamente sobre seus significados. Assim, o tema proposto deve ir além da
simples descrição e representação de dados, atingindo a investigação sobre esses dados e a tomada de
decisões.
A Estatística e a Probabilidade devem ser vistas, então, como um conjunto de ideias e procedimentos
que permitem aplicar a Matemática em questões do mundo real, mais especialmente aquelas
provenientes de outras áreas. Devem ser vistas também como formas de a Matemática quantificar e
interpretar conjuntos de dados ou informações que não podem ser quantificados direta ou exatamente.
Cabe à Estatística, por exemplo, analisar a intenção de voto em uma eleição ou o possível êxito do
lançamento de um produto no mercado, antes da eleição em si e da fabricação do produto. Isso é feito
através da pesquisa estatística, que envolve amostras, levantamento de dados e análise das informações
obtidas.
Da mesma forma, a Probabilidade acena com resultados possíveis, mas não exatos. Ao afirmar que o
resultado 1 tem 1/6 de probabilidade no lançamento de um dado, não há certeza de que em seis
lançamentos do dado o número 1 sairá exatamente uma vez. Assim como ao afirmarmos que determinado
tratamento médico tem 90% de probabilidade de cura para uma doença, não garante que em um grupo
de 10 pessoas submetidas a este tratamento exatamente uma pessoa continuará doente.
Estatística e Probabilidade lidam com dados e informações em conjuntos finitos e utilizam
procedimentos que permitem controlar com certa segurança a incerteza e mobilidade desses dados. Por
isso, a Contagem ou análise combinatória é apenas parte instrumental desse tema.
A Contagem, ao mesmo tempo que possibilita uma abordagem mais completa da probabilidade por si
só, permite também o desenvolvimento de uma nova forma de pensar em Matemática denominada
raciocínio combinatório. Ou seja, decidir sobre a forma mais adequada de organizar números ou
informações para poder contar os casos possíveis não deve ser aprendido como uma lista de fórmulas,
mas como um processo que exige a construção de um modelo simplificado e explicativo da situação.
As fórmulas devem ser consequência do raciocínio combinatório desenvolvido frente à resolução de
problemas diversos e devem ter a função de simplificar cálculos quando a quantidade de dados é muito
grande. Esses conteúdos devem ter maior espaço e empenho de trabalho no ensino médio, mantendo de
perto a perspectiva da resolução de problemas aplicados para se evitar a teorização excessiva e estéril.
Espera-se que assim o aluno possa se orientar frente a informações de natureza estatística ou
probabilística.
Nesse contexto, as calculadoras e o computador ganham importância como instrumentos que
permitem a abordagem de problemas com dados reais ao mesmo tempo que o aluno pode ter a
oportunidade de se familiarizar com as máquinas e os softwares.
Este tema estruturador permite o desenvolvimento de várias competências relativas à contextualização
sociocultural, como a análise de situações reais presentes no mundo contemporâneo e a articulação de
diferentes áreas do conhecimento. Contribui também para a compreensão e o uso de representações
gráficas, identificação de regularidades, interpretação e uso de modelos matemáticos e conhecimento de
formas específicas de raciocinar em Matemática.
Os conteúdos e habilidades propostos para as unidades temáticas a serem desenvolvidas nesse tema
seriam:

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Unidades temáticas
1. Estatística: descrição de dados; representações gráficas; análise de dados: médias, moda
e mediana, variância e desvio padrão.
• Identificar formas adequadas para descrever e representar dados numéricos e informações de
natureza social, econômica, política, científico-tecnológica ou abstrata.
• Ler e interpretar dados e informações de caráter estatístico apresentados em diferentes
linguagens e representações, na mídia ou em outros textos e meios de comunicação.
• Obter médias e avaliar desvios de conjuntos de dados ou informações de diferentes naturezas.
• Compreender e emitir juízos sobre informações estatísticas de natureza social, econômica, política
ou científica apresentadas em textos, notícias, propagandas, censos, pesquisas e outros meios.

2. Contagem: princípio multiplicativo; problemas de contagem.


• Decidir sobre a forma mais adequada de organizar números e informações com o objetivo de
simplificar cálculos em situações reais envolvendo grande quantidade de dados ou de eventos.
• Identificar regularidades para estabelecer regras e propriedades em processos nos quais se fazem
necessários os processos de contagem.
• Identificar dados e relações envolvidas numa situação-problema que envolva o raciocínio
combinatório, utilizando os processos de contagem.

3. Probabilidade: possibilidades; cálculo de probabilidades.


• Reconhecer o caráter aleatório de fenômenos e eventos naturais, científico- tecnológicos ou
sociais, compreendendo o significado e a importância da probabilidade como meio de prever resultados.
• Quantificar e fazer previsões em situações aplicadas a diferentes áreas do conhecimento e da
vida cotidiana que envolvam o pensamento probabilístico.
• Identificar em diferentes áreas científicas e outras atividades práticas modelos e problemas que
fazem uso de estatísticas e probabilidades.

Organização do trabalho escolar


A escolha de uma forma e sequência de distribuição dos temas nas três séries do ensino médio traz
em si um projeto de formação dos alunos. Por exemplo, em todas as disciplinas da área, os temas de
estudo da primeira série deveriam tratar do entorno das informações que cercam os alunos, numa visão
contextualizada, colocando-os em contato com as primeiras ideias e procedimentos básicos para ler e
interpretar situações simples. Na segunda série, já poderia haver uma mudança significativa no sentido
de que cada disciplina mostrasse sua dimensão enquanto Ciência, com suas formas características de
pensar e modelar fatos e fenômenos. A terceira série ampliaria os aprendizados das séries anteriores
com temas mais abrangentes que permitissem ao aluno observar e utilizar um grande número de
informações e procedimentos, aprofundando sua compreensão sobre o que significa pensar em
Matemática e utilizar os conhecimentos adquiridos para análise e intervenção na realidade. Uma
organização dos temas e suas unidades que corresponderia a essa visão, em uma situação de 4 aulas
semanais, trabalhando concomitantemente os três temas estruturadores, é proposta no quadro abaixo:

1ª série 2ª série 3ª série


1. Noção de função; funções 1. Funções seno, cosseno e 1. Taxas de variação de
analíticas e não-analíticas; análise tangente. grandezas.
gráfica; sequências numéricas; 1. Trigonometria do triângulo
função exponencial ou logarítmica. qualquer e da primeira volta.
1. Trigonometria do triângulo
retângulo.
2. Geometria plana: semelhança e 2. Geometria espacial: 2. Geometria analítica:
congruência; representações de poliedros; sólidos redondos; representações no plano
figuras. propriedades relativas à cartesiano e equações;
posição; inscrição e intersecção e posições relativas
circunscrição de sólidos. de figuras.
2. Métrica: áreas e volumes;
estimativas.
3. Estatística: descrição de dados; 3. Estatística: análise de dados. 3. Probabilidade.
representações gráficas. 3. Contagem.

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Essa distribuição dos temas pode variar em função do número de aulas e do projeto da escola para
aprofundamento de temas ou inclusão de outros. No entanto, dada a necessidade de parte do
instrumental matemático como linguagem para as demais disciplinas da área, os temas para a primeira
série dificilmente serão muito distintos dos que foram propostos.
Se o número de aulas semanais for inferior a quatro, o professor deve elaborar seu planejamento tendo
como foco as ideias centrais de cada tema. No primeiro tema, a ênfase deve estar no conceito de função
e em seu uso para modelar situações contextualizadas e na interpretação de gráficos; em trigonometria
é possível deter-se na resolução de problemas que usem as razões trigonométricas para cálculo de
distâncias. No segundo tema, deve-se garantir a compreensão da Matemática como ciência, com sua
forma específica de validar fatos e evitar o excesso de cálculos de áreas e volumes. No terceiro tema, a
estatística descritiva e as medidas de tendência central bastam para analisar a maioria dos gráficos e
tabelas veiculados pela mídia; além disso, o aluno deve entender o conceito de probabilidade e suas
aplicações mais simples.

Estratégias para a ação


A seleção dos conteúdos organizados em temas ou de outra forma é apenas uma primeira decisão de
caráter pedagógico. É preciso também cuidar de outros aspectos didático- pedagógicos, tendo em vista
que a proposta é a de articular conteúdos e competências e a forma de trabalho é determinante para que
muitas das competências almejadas possam se desenvolver.
Para alcançar os objetivos estabelecidos de promover as competências gerais e o conhecimento de
Matemática, a proposta dos PCNEM privilegia o tratamento de situações- problema, preferencialmente
tomadas em contexto real. A resolução de problemas é a perspectiva metodológica escolhida nesta
proposta e deve ser entendida como a postura de investigação frente a qualquer situação ou fato que
possa ser questionado.
A seleção das atividades a serem propostas deve garantir espaço para a diversidade de opiniões, de
ritmos de aprendizagem e outras diferenças pessoais. O aspecto desafiador das atividades deve estar
presente todo o tempo, permitindo o engajamento e a continuidade desses alunos no processo de
aprender. Nesse sentido, a postura do professor de problematizar e permitir que os alunos pensem por si
mesmos, errando e persistindo, é determinante para o desenvolvimento das competências juntamente
com a aprendizagem dos conteúdos específicos.
Um importante recurso para o desenvolvimento das competências é o trabalho em grupo. Apesar de
rejeitado por muitos, sob alegação de que os alunos fazem muito barulho e não sabem trabalhar
coletivamente, essa modalidade de trabalho é valiosa para várias das competências que se deseja
desenvolver.
Outro aspecto que se deve enfatizar é a importância da comunicação em Matemática, por ser uma
competência valiosa como relato, registro e expressão.
Nas aulas de Matemática, a comunicação, e consequentemente o desenvolvimento das competências
relacionadas à representação e comunicação, pode se realizar por meio de propostas de elaboração
pelos alunos de textos diversos, como relatórios sobre atividades ou projetos, relatos de conclusões sobre
um conceito ou processo, sínteses sobre o que o aluno ou a classe aprendeu durante um certo período
de tempo ou sobre um determinado tema. Inicialmente, cabe ao professor orientar roteiros para a
elaboração destes textos, organizando com os alunos o que se espera que o texto comunique a seus
leitores, e a melhor forma de fazer isso é construir com os alunos um índice para o texto. Com o tempo,
os alunos ganham autonomia para estruturar cada texto com suas características próprias.
A comunicação oral tem como instrumento para seu desenvolvimento o trabalho de grupo ou duplas,
quando os alunos, além de aprenderem uns com os outros, precisam organizar o que sabem para se
fazerem entender e, para isso, usam a linguagem que está sendo aprendida.
Outro elemento importante da comunicação é a multiplicidade de formas textuais a que os alunos
devem ser expostos. Gráficos, tabelas, esquemas, desenhos, fórmulas, textos jornalísticos, manuais
técnicos, rótulos de embalagens, mapas são, na escola e fora dela, as diferentes linguagens e
representações que o aluno deve compreender para argumentar e se posicionar frente a novas
informações.
Ao se escolher a forma com a qual se vai trabalhar, deve-se reconhecer que os alunos precisam de
tempo para desenvolver os conceitos relativos aos temas selecionados e, ainda, para desenvolver a
capacidade de acompanhar encadeamentos lógicos de raciocínio e comunicar-se matematicamente; por
isso é essencial o contato repetido com as diferentes ideias, em diferentes contextos, ao longo do ano e
de ano para ano. Dessa forma a escolha dos conteúdos e atividades deve ser coerente com o tempo
disponível de trabalho, evitando atropelos ou ociosidade na sala de aula.

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É importante uma preocupação consciente e explícita para atender adequadamente todos os alunos
de uma classe heterogênea, propondo o trabalho diversificado na sala de aula e o trabalho coletivo dos
diversos professores de um mesmo aluno. O trabalho diversificado pressupõe o reconhecimento de que
a situação normal em uma sala de aula é a diferença de ritmo, de motivação e de formação, e de que
queremos respeitar o direito de todos de acesso ao conhecimento. Finalmente, é importante lembrar que
o desafio de fazer com que todos aprendam não é tarefa para um só professor, mas pressupõe o trabalho
coletivo dos diferentes professores desses alunos e do envolvimento da escola em um projeto pedagógico
comum. A Matemática tem papel relevante nessa ação coletiva porque frequentemente ela é mitificada
por sua pretensa dificuldade. É importante deixar claro que todos podem aprendê-la.
Outra importante forma de trabalho é o desenvolvimento de projetos. Apesar de um projeto na escola
poder ser inter ou transdisciplinar, vamos dar um exemplo que pode ser utilizado na Matemática, mas que
a transcende, podendo se estender a outras disciplinas:
A proposta tem como objetivo iniciar o trabalho com Matemática na 1a série através do levantamento
do perfil de seus alunos. Esse perfil auxiliará os demais professores da série na construção de seus
projetos pedagógicos. Para isso, o professor deve propor aos alunos o que deseja e buscar com eles,
numa primeira negociação, seu engajamento na tarefa, questionando o que significa descrever o perfil
dos alunos da classe e sua importância, não só para que seus professores os conheçam e possam
aproximar seus planos de trabalho das suas histórias, expectativas e interesses, como para que eles
próprios também se conheçam mais, ampliando seus espaços de interação e trocas.
Muito provavelmente, nessa primeira conversa, os alunos darão indícios sobre o que os motiva, seus
sonhos e expectativas em relação ao ensino médio. O professor pode ampliar essa discussão incluindo
aspectos que podem interessar à comunidade da escola, como por exemplo: quais alunos trabalham?
Em que profissões? Que profissões buscam alcançar depois do ensino médio? O que fazem como lazer?
Que esportes praticam ou acompanham de perto? O que suas famílias esperam deles? Como tem sido
sua relação com a Matemática? o que gostam de ler? E outras questões que eventualmente não tenham
surgido dos próprios alunos e que o professor considere relevantes para conhecê-los e a realidade em
que vivem. De posse da lista de informações, é possível o estabelecimento de um primeiro índice de
trabalho, com as ações a serem desenvolvidas e a designação das pessoas responsáveis por elas. Esse
índice deve prever o produto final do projeto que, na medida do possível, deve ser concebido pelos
próprios alunos. É possível propor, segundo as condições da escola, a elaboração de murais, relatórios
ou jornal com os dados de suas pesquisas como forma de apresentação do resultado do trabalho
desenvolvido.
O levantamento das informações provavelmente incluirá entrevistas e tabulação das respostas e para
isso os alunos já poderão utilizar tabelas e gráficos, forma já conhecida por eles através da mídia e órgãos
de pesquisa na divulgação de levantamentos e análise de dados. Nesse ponto do trabalho, cabe ao
professor organizar as atividades para que os alunos aprendam a ler, interpretar e produzir seus gráficos,
decidindo sobre qual a melhor forma de representação para cada tipo de informação. Aqui pode ser
necessária a intervenção do professor no sentido de resolver eventuais dificuldades dos alunos com
conceitos ou procedimentos matemáticos. A cada etapa do processo, o índice inicial do trabalho pode ser
revisto, ampliado ou ainda reduzido, e para isso é necessária a avaliação do professor e dos alunos sobre
o caminho percorrido e a aproximação aos objetivos traçados. Ao final, elaboradas e divulgadas as
produções dos alunos, é importante que eles possam interpretar os resultados de suas pesquisas e avaliar
as conseqüências e usos das informações obtidas. Finalmente, outro aspecto a destacar é a avaliação
do ensino e da aprendizagem, também com aspectos gerais, válidos a todas as disciplinas, e outros que
podem se aplicar mais especificamente à Matemática.
Numa proposta que toma como perspectiva metodológica a Resolução de Problemas, que articula
suas ações e conteúdos em torno de temas estruturadores e prevê que tão importantes quanto os
conteúdos são as competências que os alunos devem desenvolver, ganham importância o cuidado com
a obtenção de informações, a avaliação em diferentes contextos, o registro e a análise das informações
obtidas.
Por isso é importante analisarmos a escolha dos registros que o professor e seus alunos devem manter
para acompanhar esse movimento. Ao professor são oferecidas incessantemente muitas oportunidades
de observação e avaliação no desenrolar de seu trabalho com os alunos. Muitas vezes, usamos as
informações, mas não mantemos nenhum registro delas, outras vezes recolhemos informações que já
possuíamos de que não necessitamos ou das quais nunca faremos uso. Pontuar, registrar e relatar são
procedimentos comuns numa avaliação que se integra ao ensino.
Uma vez estabelecidos acordos entre professor e alunos sobre os objetivos gerais e específicos do
trabalho, é possível definir aspectos a serem avaliados conjuntamente a cada etapa do ensino. Um
exemplo disso seria a forma de avaliar os alunos ao final do projeto proposto anteriormente sobre o perfil

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dos alunos da classe. Tendo em mãos todas as anotações sobre atividades e as produções dos alunos,
o que o professor pode registrar sobre esse percurso de cada um deles? O que ele tem a dizer sobre a
posição em que cada aluno se encontra em relação aos objetivos estabelecidos para esse projeto:

• identificar os dados relevantes entre as informações obtidas;


• identificar diferentes formas de quantificar dados numéricos;
• selecionar diferentes formas para representar um dado ou conjunto de dados e informações,
reconhecendo as vantagens e limites de cada uma delas;
• traduzir uma situação dada em determinada linguagem em outra;
• ler e compreender diferentes tipos de textos com informações em linguagem matemática;
• ler e interpretar dados ou informações apresentados em tabelas, gráficos, esquemas, diagramas,
árvores de possibilidades, fórmulas, equações ou representações geométricas;
• identificar as relações entre os dados obtidos e as suas regularidades;
• extrair e sistematizar as principais conclusões e identificar problemas a serem enfrentados;
• elaborar possíveis estratégias para enfrentar os problemas levantados, buscando, se necessário,
novas informações e conhecimentos.
Além disso, em relação a esse projeto, é possível avaliar como o aluno se encontra em relação às
competências de natureza geral como:
• expressar-se com clareza, utilizando a linguagem matemática;
• produzir textos analíticos, fazendo uso da linguagem matemática;
• compreender e emitir juízos próprios de forma analítica e crítica, posicionando-se com
argumentação clara e consistente;
• compreender a Matemática como parte integrante da cultura contemporânea;
• compreender formas pelas quais a Matemática influencia nossa interpretação do mundo atual.

Deve ficar claro que não se trata de colocar sim ou não ao lado de cada aspecto a ser avaliado, mas
descrever o alcance do aluno ou grupo de alunos em cada um desses objetivos. Dessa forma, será
possível perceber que aspectos devem ser reforçados no ensino, os conteúdos e competências a serem
privilegiados, os pontos da aprendizagem matemática em que se pode avançar.
Apesar de considerarmos que a observação e os registros são as formas mais adequadas para avaliar
o caminhar do ensino e da aprendizagem, outros instrumentos podem se aliar a esse trabalho, inclusive
a tradicional prova. Mas para isso é importante que o professor saiba das limitações desse instrumento e
da importância de sua elaboração. Em Matemática, a prova em geral tem a forma de questões ou
problemas, bem formulados e relacionados a conjuntos de temas do conteúdo específico.
Apesar das limitações que esse instrumento de avaliação possui, é possível se pensar a forma de
utilizar a prova de modo a ampliar seu alcance, transformando-a também em momento de aprendizagem,
especialmente em relação ao desenvolvimento das competências de leitura, interpretação e produção de
textos pelos alunos, ou ainda da argumentação e posicionamento crítico frente às produções de seus
colegas. Alguns exemplos disso são as provas com questões elaboradas pelos alunos a partir da
orientação do professor. Outra opção é a prova com consulta, seja ao livro texto ou a anotações que o
próprio aluno deve elaborar antes da prova. Essas anotações também podem ser construídas com o
auxílio do professor que orienta o aluno a estudar, destacando as ideias centrais que devem estar nas
anotações e o incentivo a que o aluno inclua exemplos, esquemas ou ilustrações a seus apontamentos.
Provas realizadas em grupos ou duplas são outras possibilidades de trabalho.

Conclusão
Para encerrar, é importante lembrar que o projeto pedagógico escolhido pelo professor deve ter como
alvo o desenvolvimento das competências eleitas pela área e que os temas de trabalho se articulam entre
si por meio delas. Competências como a da comunicação oral e aquelas relativas à contextualização
sociocultural dependem da forma como se desenvolverá o trabalho. Se aos alunos não forem
apresentadas propostas de análise de situações em contextos sociais ou culturais, ou se lhes for negada
a oportunidade de falar e se posicionar, essas competências dificilmente serão desenvolvidas pelo projeto
pedagógico da escola.
Assim, os temas específicos não são suficientes para o desenvolvimento de todas as competências
pretendidas, mas a cuidadosa articulação entre conteúdo e forma pode organizar o ensino para que ele
se aperfeiçoe e constitua de fato uma proposta de formação dos jovens do ensino médio.

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Questões

01. (Pref. de São Luís/MA – Professor de Nível Superior – CESPE/2017) No que se refere a
habilidades e competências segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o estudante de
matemática, até o final do ensino médio, deve desenvolver a capacidade de
(A) demonstrar proposições e teoremas relacionados às áreas de álgebra e geometria, embora ainda
raciocine e resolva problemas de forma acrítica e pouco criativa.
(B) utilizar corretamente tanto os instrumentos de medição quanto os de desenho geométrico,
conteúdos já exigidos no ensino fundamental.
(C) interpretar situações concretas dentro de contextos previamente determinados, sem que se lhe
exijam críticas às situações propostas, fator de maturidade que só será alcançado com estudos mais
avançados.
(D) emitir opinião crítica a respeito de textos matemáticos da linguagem corrente para a linguagem
simbólica, não se lhe exigindo a habilidade e a competência de interpretar e transcrever tais textos.
(E) distinguir e utilizar raciocínios dedutivos e indutivos na resolução de problemas.

02. (SEDUC/AL – Professor – CESPE/2018) Com referência a competências e habilidades propostas


pelos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio para a disciplina de matemática, julgue o item
a seguir.
Entre as habilidades propostas por esses parâmetros curriculares está a de que o estudante seja capaz
de utilizar a matemática na proposição de soluções para problemas reais e cotidianos.
( )Certo ( )Errado

03. (SEDUC/AL – Professor – CESPE/2018) Ainda a respeito das competências e habilidades


propostas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio para a disciplina de matemática,
julgue o próximo item.
Para que as habilidades e competências em matemática no ensino médio sejam desenvolvidas
adequadamente pelos alunos, os conteúdos devem se restringir ao caráter formativo ou instrumental,
favorecendo o desenvolvimento individual do estudante com relação à matemática.
( )Certo ( )Errado

04 (SEDUC/AL – Professor – CESPE/2018) Ainda a respeito das competências e habilidades


propostas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio para a disciplina de matemática,
julgue o próximo item.
Espera-se que o aluno egresso do ensino médio possa contribuir e propor soluções para a melhoria
de vida da sua cidade e do seu ambiente, com base nos conteúdos e nas situações vividas em sala de
aula em relação à matemática.
( )Certo ( )Errado

05. (SEDUC/AL – Professor – CESPE/2018) Ainda a respeito das competências e habilidades


propostas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio para a disciplina de matemática,
julgue o próximo item.
É esperado que, ao final do ensino médio, os alunos sejam capazes de demonstrar grande parte dos
teoremas estudados utilizando a simbologia e o rigor correto, priorizando a matemática em detrimento
das outras ciências, conforme exigem as competências de representação e comunicação.
( )Certo ( )Errado

Comentários

01. Resposta: E
Espera-se que o aluno tenha a capacidade de aplicar na resolução de problemas as diversas formas
de raciocínio, tanto o dedutivo quanto o indutivo.

02. Resposta: Certo


O aluno deve relacionar a matemática com seu contexto, seu ambiente onde vive deve ser levado em
consideração, devendo sempre relaciona-lo.

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03. Resposta: Errado
Os conteúdos não devem se restringir ao caráter formativo ou instrumental, nem favorecer o
desenvolvimento individual do estudante com relação à matemática

04. Resposta: Certo


Exatamente, o aluno deve levar o que aprendeu em sala de aula para o seu cotidiano.

05. Resposta: Errado


O aluno não deve priorizar uma ou outra disciplina, elas devem ser relacionadas entre si.

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