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DECISÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO.


CONTROVÉRSIA SOBRE A PUBLICAÇÃO DA
NORMA QUE MAJOROU TRIBUTO. JULGADO
RECORRIDO FUNDAMENTADO EM LEI LOCAL:
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA
SEGUIMENTO.
Relatório
1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário,
interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.
2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio
Grande do Sul:
“LEI MUNICIPAL N. 3.435/01. REGULARIDADE DA PUBLICAÇÃO NA SEDE
DA MUNICIPALIDADE. OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE.
Em se tratando de município em que inexiste imprensa oficial, válida a
publicação de lei que majora o ISS na sede da Prefeitura, inclusive porque
respeitado o princípio da anterioridade.
Precedentes do TJRGS e STJ” (fl. 60).
3. No recurso extraordinário, os Agravantes alegam que, ao declarar válida a publicação de
lei tributária no átrio da prefeitura, o julgado recorrido teria contrariado os princípios da
legalidade, da publicidade e da anterioridade.
4. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso
extraordinário a incidência da Súmula 282 do Supremo Tribunal (fl. 137).
Os Agravantes reiteram os argumentos aduzidos no recurso extraordinário.
Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.
5. Cumpre afastar, inicialmente, o óbice imposto pela decisão agravada quanto à alegada
ausência de prequestionamento, pois as questões constitucionais foram suscitadas na
apelação e nos embargos declaratórios opostos contra o julgado recorrido.
Todavia, a superação desse óbice não é suficiente para o acolhimento da pretensão dos
Agravantes.
6. O Tribunal a quo declarou a validade da publicação de norma tributária no átrio da
prefeitura com base na interpretação e na aplicação da Lei 3.435/2001 e da Lei Orgânica,
ambas do Município de Erechim.
Para se concluir de modo diverso, seria necessário o reexame dessas leis, o que é vedado
pela Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal.
Nesse sentido:
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
PROCESSUAL CIVIL. PUBLICIDADE DE ATOS PROCESSUAIS. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Ausência do devido
prequestionamento da matéria constitucional suscitada. Incidência das
Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Impossibilidade da análise
da legislação infraconstitucional e do reexame de provas. Incidem, na espécie,
as Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal. 3. Imposição de multa de 5% do
valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e
17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 724.050-AgR, de minha relatoria,
Primeira Turma, DJE 17.4.2009).
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A controvérsia foi decidida com fundamento
em legislação de índole local, circunstância que impede a admissão do
extraordinário em virtude do óbice da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal
Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 594.028-AgR, Rel.
Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJE 27.2.2009).
7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da parte agravante.
8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo
Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).
Publique-se.
Brasília, 24 de abril de 2009.
Ministra CÁRMEN LÚCIA
Relatora

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