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Primeiro, perfeitamente; quando é condigna por uma certa adequação, para recompensar a
culpa cometida. E, assim, uma suficiente satisfação não podia existir da parte do homem; pois,
a natureza humana estava corrupta na sua totalidade pelo pecado; nem o bem de nenhuma
pessoa, nem ainda o de muitas, podia, por equiparação, recompensar o detrimento de toda a
natureza. Quer também porque o pecado. cometido contra Deus implica uma certa infinidade,
relativamente à infinidade da majestade divina; pois, tanto mais grave é a ofensa, quanto
maior é aquele contra quem se delinqüiu. Por onde, uma satisfação condigna exigia que o ato
do satisfaciente tivesse uma eficácia infinita, como dizendo respeito a Deus e ao homem. —
Noutro sentido, uma satisfação pode ser considerada suficiente, imperfeitamente; isto é,
quanto à aceitação de quem com ela se contenta, embora não seja condigna. E, deste modo, a
satisfação do puro homem é suficiente. E como tudo o que é imperfeito pressupõe algo de
perfeito, em que se funda, daí vem que toda a satisfação de um puro homem, tira a sua
eficácia da satisfação de Cristo. (Suma Teológica III – Q.1, a.2)
O fim último do Homem é Deus. Deus, sendo o Sumo Bem, não criaria o Homem em um
estado imperfeito, destituído do seu fim último. O Homem foi destituído do seu fim último
devido à ofensa (ou pecado) cometida contra Deus. A ofensa cometida contra Deus implica
uma certa infinitude, em razão da majestade infinita de Deus: a ofensa é tanto mais grave
quanto maior é a dignidade da pessoa ofendida (Ex.: se você desse um tapa injustamente em
um amigo e depois, da mesma forma, na sua esposa, a ofensa cometida contra a esposa seria
maior, devido a dignidade maior da esposa com relação ao amigo). A culpa (ou dívida)
aumenta conforme a dignidade do ofendido. O Homem, ao ofender Deus, contrai uma culpa
infinita. A satisfação pode ser considerada de duas formas: 1) Perfeita: quando é condigna por
uma certa adequação, para redimir a culpa cometida; 2) Imperfeita: quando a remissão,
embora não seja condigna, é aceita. Em Deus não há conflito, embora Misericordioso, não
pode deixar de ser Justo
Deus, sendo a Perfeição, não criaria o homem destituído de seu fim último, que não é
perecível e corruptível, mas Beatitude Eterna. Portanto, de certo o homem em algum
momento usou mal de seu livre-arbítrio e então foi justamente punido por Deus, a Revelação
nos mostra que fora Adão e Eva que, ao tentaram ser deuses sem Deus, foram privados do
Paraíso. Assim, diferente dos animais que vivem já com o conhecimento necessário infuso para
atingir ao seu fim, que é a mera sobrevivência e reprodução, o homem por ofender a Deus
perde a ciência infusa, priva-se de seu fim último, que é Deus, e contrai uma culpa infinita para
com Deus. Pois a ofensa cometida contra Deus implica uma certa infinitude, em razão da
Dignidade infinita de Deus: a ofensa é tanto mais grave quanto maior é a dignidade da pessoa
ofendida (Ex.: se você desse um tapa injustamente em um amigo e depois, da mesma forma,
na sua esposa, a ofensa cometida contra a esposa seria maior, devido a dignidade maior da
esposa com relação ao amigo). A culpa (ou dívida) aumenta conforme a dignidade do
ofendido. Porém, tendo o Filho sido gerado na eternidade, como já dizia o Salmo (2,7), e
portanto, de Essência e Dignidade igual ao do Pai, e tendo Ele assumido a natureza humana e
satisfeito a culpa do homem, faz com que n'Ele, em virtude de seus méritos infinitos de sua
Redenção em nosso favor, possamos então viver e conhecer a Deus tal como Ele É. Por isso
Jesus Cristo é o único mediador da Salvação, por ser Ele verdadeiro Homem e verdadeiro Deus,
ou melhor dizendo o Pontífice necessário, de um abismo até então intransponível, entre o
homem e Deus. Então, com e em Jesus ganhamos ainda mais do que Adão e Eva perderam.
Enfim, que vós se abra para o Dom da Fé, pois Aquele que vos redimiu como que com todo seu
Ser te ama!
Deus, apesar de ser o Sumo Bem e a Suma Misericórdia, é o Sumo Justo. Foi justíssimo uma
punição para tamanha ofensa de Adão e Eva de quererem ser deuses sem Deus. Assim,
diferente dos animais que vivem já com o conhecimento necessário infuso para atingir ao seu
fim último, que é a mera sobrevivência e reprodução, o homem, por ofender a Deus, perde a
ciência infusa, priva-se de seu fim último, que é Deus, e contrai uma culpa infinita para com
Deus. Pois a ofensa cometida contra Deus implica uma certa infinitude, em razão da Dignidade
infinita de Deus: a ofensa é tanto mais grave quanto maior é a dignidade da pessoa ofendida
(Ex.: se você desse um tapa injustamente em um amigo e depois, da mesma forma, na sua
esposa, a ofensa cometida contra a esposa seria maior, devido a dignidade maior da esposa
com relação ao amigo). A culpa (ou dívida) aumenta conforme a dignidade do ofendido.
Porém, tendo o Filho, que fora gerado na eternidade, portanto, de Essência e Dignidade igual
ao do Pai, como já dizia o Salmo (2,7), assumido e satisfeito a culpa do homem, faz com que
n'Ele, em virtude de seus méritos infinitos de sua redenção em nosso favor, possamos então
viver e conhecer a Deus tal como Ele É. Por isso Jesus Cristo é o único mediador da Salvação,
por ser verdadeiro Homem e verdadeiro Deus, sendo então a Ponte, de um abismo até então
intransponível, entre o homem e Deus. Ou seja, com e em Jesus ganhamos mais do que Adão e
Eva perderam.