A prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção

profissional.

Souza, Charles Toniolo de. A prática do assistente social: conhecimento,

instrumentalidade e intervenção profissional. Emancipação, Ponta Grossa. 119 – 132,
2008.

O autor no primeiro momento faz uma análise introdutória da história do Serviço

Social, onde se entende que a instrumentalidade é uma concepção desenvolvida por
Guerra (2000), que compreende em três níveis. É possível compreender neste artigo
que o Serviço Social surge como uma profissão fundamentalmente interventiva, mas
no momento de emergência é inegável que o Serviço Social atua nas políticas sociais
com função meramente executiva. Onde o planejamento destas ficam a cargo de
outras categorias profissionais. (pág. 120).

Em um certo momento da história do Serviço Social foi abordado que

necessitava que a profissão debruçasse sobre a produção de um conhecimento crítico
da realidade social, onde a própria profissão tivesse que construir os objetivos e
reconstruir os objetos da intervenção. É possível compreender que o Serviço Social
estava necessitando de uma nova visão. Onde foi visto que houve novos requisitos
de competência profissional, no qual o estudo aponta 3 dimensões que é de domínio
do assistente social: Competência ético-política, onde o profissional tem que assumir
valores éticos-morais, onde tem que ter um posicionamento político em relação a
realidade social. (pág. 121).

Dentre as 3 competências também consta a Competência teórico-metodológica

em que o profissional tem que ter uma visão para além da sociedade, além dos
fenômenos aparentes. Assim como a Competência técnico-operativa que no qual o
profissional tem que ter um conhecimento amplo, assim como criar um conjunto de
habilidades técnicas que possa desenvolver as ações profissionais junto à população
usuária, onde Iamamoto (2005) confirma que essas dimensões não podem ser
desenvolvidas separadamente. Então é necessário que o profissional tem que ter uma
qualificação contínua, para que tenha uma sobrevivência no mercado de trabalho.
(pág. 122).

O autor afirma que as situações devem ser analisadas a partir de duas

dimensões, onde se há necessário um grande conhecimento teórico sobre as relações
sociais da sociedade. É claro que o autor busca afirmar que o profissional tem que ter
um leque de informações, buscando sempre investigar novas análises. (pág. 123).

O profissional tem que considerar os instrumentos e técnicas de intervenção

não são mais importantes que os objetivos de suas ações profissionais. Neste caso o
então profissional tem como diferencial saber adaptar um determinado instrumento as
necessidades que precisa responder, então prova-se que o assistente social tem que
ser flexível e saber lidar com as diversas situações do seu cotidiano. (pág. 124).

É considerado que a linguagem é o instrumento número um do assistente social

assim como de qualquer outro profissional, é possível afirmar que por o assistente
social lidar com o público este recurso é fundamental para o seu dia-a-dia. Assim como
é de grande importância o profissional de Serviço Social saiba falar e escrever
corretamente conforme a norma culta da língua portuguesa, e que saiba comunicar-
se articuladamente, visto que o profissional usa de tal recurso no seu ambiente de
trabalho. (pág. 125)

Dentre os instrumentos de trabalho o profissional tem o recurso de observação,

onde o este além de observar tem que interagir com o outro, assim como participa do
processo de observação ativamente. O recurso é a entrevista individual e grupal que
é um diálogo entre o assistente social e um usuário. (pág. 126).

Outro instrumento de trabalho do assistente social é a dinâmica em grupo, que

no qual se utiliza jogos, brincadeira, simulações de determinada situação, onde se
necessita de que o assistente social tenha controle do processo de dinâmica. A
reunião também é um instrumento que tem como objetivo uma reflexão de algum
tema, ou para se tomar decisões, que pode ser feita com o usuário ou com os próprios
assistentes sociais. (pág. 127).

A mobilização de comunidades é outro recurso utilizado pelos assistentes

sociais, que desenvolvem muitos trabalhos nas comunidades, onde é necessário que
o assistente social conheça a comunidade, e conhecer as principais da comunidade,
neste caso o assistente tem que está bastante integrado com a comunidade. Ainda é
possível considerar a visita domiciliar como um instrumento de trabalho do Serviço
Social, que tem como finalidade conhecer as condições e o modo de vida da
população em seu domicílio. Que por influência acaba aproximando a instituição com
o usuário. (pág. 128).
 Encontra-se como instrumento a visita institucional, este que é recurso utilizado
para fazer uma avaliação da cobertura e da qualidade dos serviços prestados por uma
instituição, o que necessita de um conhecimento técnico e teórico sobre políticas por
parte do profissional que irá fazer essa visita. Outro instrumento de trabalho são os
indiretos ou “por escrito” é um recurso de comunicação que possibilita que outros
profissionais tenham acesso ao trabalho desenvolvido por determinado Assistente
Social, onde há necessidade que o profissional escreva bem, e que seu texto seja
claro e coerente, e que seu receptor possa entender. (pág. 129).

Assim como os recursos listados acima existem as atas de reunião, os livros

de registro, diário de campo, relatório social, onde são recurso de controle, anotações
que é utilizado pelo o assistente social para auxiliar no seu cotidiano. (pág. 130)

Por fim tem o parecer social, que é uma avaliação teórica realizada pelo
Assistente Social que é fundamental para uma identidade profissional. Cada
instrumento que foi abordado neste artigo tem sua função, que se faz necessário no
ambiente profissional do assistente social, mas como já afirmado o instrumento de
trabalho não é mais importante que o seu objetivo. Assim é necessário que o
profissional sempre se recicle e crie novos meios de instrumentalidade para que
sempre esta profissão esteja em avanço. (pág. 131)