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O texto contém a seguinte afirmação “A escola como fábrica” que nos leva a alguns

questionamentos, como a escola deve ser tratada como fábrica? A educação pode ser tratada
como mercadoria? O professor é um operário? E os alunos são produtos finais de uma linha de
montagem? A resposta mais coerente é sim e não. Segundo Marx para o sistema capitalista e
detentores do capital tanto faz investir em uma escola ou uma fábrica de salsicha dado que o
objetivo final é sempre o lucro, em alguns casos essa combinação é perfeita para o capitalista,
fábrica de salsicha aliada a fábrica geradora de mão de obra barata, manobrável e inculta de
potenciais consumidores de salsicha, como já vimos nos início da era industrial.

Devemos por um lado analisar de forma prática e fria essa questão nos dias de hoje nadando
junto com a onda neoliberal que vaga por nosso país, que nada mais é do que uma tentativa
de implantação moderna das práticas do primeiro período industrial aliada a políticas públicas
chamadas de necropoliticas pela a escritora e ativista política Clara Valverde, para que
possamos entender a mente dos criadores e financiadores desse movimento antecipando
assim suas ações e evitando medidas danosas, e por vezes irreversíveis, a população e o
estado de bem estar social, podemos citar como exemplos a proposta da CPI nas universidades
Paulista que visa combater privilégios de funcionários enquanto que a realidade é que
professores vivem uma verdadeira luta para realocação de verbas e por vezes tiram dinheiro
do próprio bolso para manter pesquisas, e também o projeto de lei que está engavetado no
Senado que visa cobrar mensalidade de alunos de classe alta e média alta nas universidades
públicas, que para indivíduos leigos pode parecer justo já que “quem pode deve pagar”, só que
isso nada mais é do que uma tentativa de sucatear o ensino superior gratuito utilizando as
mesmas técnicas que o movimento encabeçado por Lacerda nos 50 anos, que visava, e teve
êxito, acabar com o projeto de educação pública para todos, privilegiando a educação privada
e criando assim um abismo no conhecimento entre ricos e pobres no Brasil, o fato é que em
democracias doentes, como a nossa, política não é um instrumento de conciliar interesses e
propor melhorias para os diferentes grupos que formam a sociedade, e sim a “arte” de fazer as
coisas por debaixo dos panos impondo a vontade de minorias em cima da maioria sem que ela
perceba que isso está ocorrendo. Nesse ponto devemos tomar cuidado para não criarmos
nenhum tipo de maniqueísmo em nossa analise por mais que isso seja difícil devido a situação
do nosso país, com a elite que o controla, possuindo essa uma mente retrograda, sem
ambições saudáveis e escrúpulos que goza de todo tipo benefício em nossa sociedade
estratificada, junto com uma classe política conivente herança do estamento Português, tudo
isso apoiado por uma mídia hipócrita que distorce a realidade e manipula a população aos
interesses do capital, sendo a população formada por uma parcela alarmante de semi
analfabetos diplomados em determinado grupo social, seguindo a tendência apontada por
Marx onde o indivíduo é medido pelo seu poder de consumo e de gerar ou sugar receita,
vivendo em um sistema de semi escravidão maquiado com a sensação de falsa liberdade pelas
ilusões do consumo e da distrações, direcionadas a manter o status quo, políticas de
assenhoramento, já que o tempo e o poder do indivíduo que poderia ser utilizado para o
autoconhecimento de si e da sociedade em que vive lhe é tomado sem que ele perceba, um
bom paralelo aqui é a obra “Admirável mundo novo” de Aldous Huxley, todo cuidado é pouco
para que ao tentarmos construir uma sociedade melhor não venhamos gerar regimes
totalitários, como na Alemanha, que seja a custo muito alto de vidas como na França ou que
movimentos sociais alimentem as fantasias de inimigos imaginários como no Brasil, por que
mesmo que sejam épocas distintas, o futuro tende a repetir o passado como nos alertou o
Cantor Cazuza, e analisando o discurso do atual ministro da educação e também a crítica feita
pelo professor Sergio Stoco sobre a reforma do ensino médio, sendo essa uma reforma vitrine,
nada muito diferente do que vimos no período militar ou em outros períodos da história da
educação no Brasil, tanto a passividade dos professores e profissionais da educação, já que
segundo Paulo Freire o porteiro da escola é um educador, quanto ações de resposta mal
direcionadas e elaboradas podem piorar a situação.

Hoje em dia podemos observar cada vez mais uma visão deturpada da imagem do professor,
principalmente entre os jovens e as camadas mais baixas da sociedade, ainda existe uma
parcela de pessoas mais velhas que viveram no tempo onde a educação era privilegio e que
em seu tempo de juventude não tiveram acesso a ela e nem a importância dela para o
indivíduo, e que com o passar dos anos e o natural processo de adquirir sabedoria com a vida
aconselham seus filhos e netos a respeitar o professor e enxergar a escola como meio de ter
uma vida melhor do que seus antepassados tiveram, associando a educação como um
instrumento de ascensão social, pois na terra onde educação é luxo, quem tem diploma é rei,
muito poucos associam a educação como instrumento de transformação social de fato, com
uma visão coletiva na obtenção resultados, que só com a criação de movimentos sociais
homogêneos pessoas desprovidas de capital podem interferir no processo de criação,
execução e fiscalização de políticas públicas, a alienação devido à falta informação por parte
das populações mais carentes pode ser constatada quando em uma entrevista a deputada
Tabata Amaral relata que foi questionada várias vezes por vizinhos na Vila missionária se eles
poderiam se candidatar a cargos públicos, resquício da visão criada pelo colonialismo e
perpetuada pela falsa república que política é coisa do coronel.

Essa visão sobre educação e escola tende a mudar com o andar das gerações, sendo cada vez
mais difícil para Pais das áreas mais carentes incentivarem seus filhos a estudarem com esse
pretexto, a influência do capital cada vez mais forte nos meios de comunicação onde o que é
vinculado e fica em “alta” é o que dá mais lucro e atende aos interesses das elites dominantes,
o excesso e velocidade de informações, assim como a banalização das mesmas, a imposição de
hábitos consumistas com produtos supérfluos e de forma desenfreada, introduzindo nos
jovens a necessidade de ganhar dinheiro rapidamente que será logo transformado no objeto
de consumo de momento, que não muito tempo depois se tornará obsoleto mantendo o ciclo,
contrasta diretamente com processo de ascensão social pelo meio dos estudos sendo esse
demorado e mais trabalhoso, podendo ele se tornar até penoso e desagradável quando mal
executado, a tríade classe política, elite econômica e mídia trabalham junto nesse processo
explorando ao máximo conceitos antropológicos como no caso das estampas de marca em
roupas que nada mais é que resquício tribais primitivos onde o caçador mais hábil vestia a pele
da presa para sobressair-se sobre os demais indivíduos, é comum nas regiões periféricas
observar traficantes mal saídos da adolescência trajando vestimentas que somadas chegam
até a renda mensal de um trabalhador que recebe um salário mínimo por mês, esses jovens
com nenhum planejamento para futuro e baixa perspectiva para o mesmo criam ciclos
intermináveis praticamente impossível de reverter, tudo isso não passa de Darwinismo social
colocando pressão ambiental no indivíduo, onde o mais apto a atender a necessidade do
capital e manutenção do mesmo sobrevive, outro ponto que não será aprofundado nesse
trabalho é o poder religioso e a ascensão das Igrejas pentecostais e neopentecostais que
rivalizam em quantidade com bares e pontos de tráfico nessas áreas, estando esse poder cada
vez mais ligado ao poder político e com ideias retrogradas sobre a educação, nada muito
diferente da atuação da Igreja Católica no já citado movimento criado pelo Lacerda no século
passado, não pode ser desprezado por intelectuais por mais materialista que seja sua linha de
raciocínio, essa influência por mais sutil que seja no momento pode trazer efeitos irreversíveis
também, Weber em “A Ética protestante e o Espirito do Capitalismo” cita o fato de como o
Calvinismo influenciou o processo de acumulo de capital, nada muito diferente da teologia da
prosperidade pregada em boa parte dessas Igreja, doutrinas essas de cunho individualistas,
muito diferente do “Amar ao próximo como a ti mesmo” ensinado no Evangelho, sendo esse
um princípio de bem estar social, esse bem estar social não sendo oferecido pelo poder
público abre brechas para essas Igrejas que se alinham ao conceito social ditado pelo capital
por ser mais fácil e lucrativo alimentando assim a máquina capitalista, sem entrar agora no
mérito da intolerância oriunda da falta de educação dos membros dessas denominações que
por muitas vezes aceitam opiniões de como conduzir suas vidas em diversas áreas de pastores
incultos, alguns picaretas desprezando até a opinião de profissionais gabaritados em
detrimento delas, uma sociedade que tende admirar falsos mitos e perseguir os pensadores,
seguir o ídolo distante fabricado pela mídia e não procura conhecer a merendeira que faz a
comida dos seus filhos na escola.

Devido ao processo de ampliação ao acesso à educação ocorrido desde a democratização em


contraste com a ineficiência do poder público em desenvolver o país economicamente,
transformando o Brasil em um país que configura entre as maiores economias do mundo e
entre os piores quando se trata de acesso ao saneamento básico, chegamos no ponto onde
teremos um número razoável de adultos diplomados ao menos no ensino médio, grande parte
deles trabalhando em profissões subdesenvolvidas e pouco rentável perante a sociedade de
consumo, seus filhos cada vez mais cedo contagiados por esse estilo de vida e com acesso a
informação superficial, enxergarão seus Pais estudados em tal situação e por outro lado
assistirão no You tube “personalidades” como a MC Mirella com dez milhões de seguidores
ostentando um estilo de vida luxuoso e proferindo frases como “Estudar não dá em nada”, que
valores a nova geração tomará para si, já que a mídia não informa de forma incisiva que para
cada Mirella ou cada Neymar milhares de anônimos e anônimas tem seus sonhos destruídos e
se perdem pelo caminho, como nos alertou Chorão e Negra li “Eu vejo na TV o que eles falam
sobre o jovem não é sério, o jovem no Brasil não é levado a sério”, prova de que cada vez mais
é difícil para pais e professores incentivarem os mais jovens a estudar foi o caso de um
professor da rede estadual de São Paulo que ao utilizar a expressão “Você tem que estudar
para ter um emprego melhor” ouviu como resposta do aluno “Conheço um monte de gente
com diploma na mão e desempregado”

O Professor nesse instante fica de mãos atadas, pois já sofre na mão da circunstancias
descritas no texto estudado, é cada vez mais mecanizado pelo Estado, se tornando uma mera
extensão dele, por vezes indo lecionar em áreas onde o Estado é visto como vilão, onde muitos
representantes do serviço público são vistos com maus olhos, se professor entra na onda da
repressão ele corre o risco de se tornar vitima pois ele é o elo mais fraco e exposto da
corrente, fato é que o Brasil lidera o ranking de violência contra professores, se o professor se
conforma, ele se acomoda e perde a paixão por lecionar e de instrumento de transformação
passa a ser objeto de perpetuação, visto a campanha de difamação imposta aos profissionais
da educação sendo taxados de doutrinadores e até de pervertidos ao distribuir “Kits gays” nas
escolas os professores como classe devem enxergar que cada vez mais estarão espremidos
entre um governo opressor e uma população insatisfeita.

Por vezes os próprios professores desconhecem seu papel na sociedade como no texto onde
os professores repudiam o apoio do movimento dos sem teto em uma manifestação, isso é
fruto de alienação, desconhecimento total de sua real situação e de meios para muda lá, pois
vimos que quando caminhoneiros pararam o País por semanas e criaram o caos em benefício
próprio o governo atendeu suas reivindicações e a população aplaudiu, por outro lado quando
o professor se manifesta, por vezes nem atrapalha o andamento do país, as forças do estado
reprimem com força, sob aplausos de vereadores que em campanha defendem a educação
em programas de TV sem escrúpulo algum, sendo professores criticados por populares que
dizem que lugar de professor é na sala de aulas e não fazendo ‘baderna” na rua, portanto além
da união da classe, o apoio de qualquer movimento social e de outras classes de trabalhadores
é fundamental, vale citar que pedagogia, administração e direito serem áreas com mercado
saturado e sendo esses profissionais valiosos em um processo de revolução da educação e
consequentemente da sociedade, os professores que por natureza são profissionais
comunicadores tem que urgentemente criar modos efetivos para mostrar sua insatisfação com
a situação da educação, tomando cuidado no modo de agir, para não ocorrer o mesmo que
ocorreu com o movimento passe livre que iniciou todas as manifestações que levaram o País a
chegar no ponto em que estamos, o poder do capital de distorcer ou reprimir pleitos legítimos
como citado no início do texto.

Um bom exemplo histórico sobre como a pressão ambiental sobre o indivíduo ou grupos de
indivíduos pode ser negativa e produzir alienação e baixa perspectiva de mudança, mas por
outro lado também pode criar grupos coesos através de identidade e união entre indivíduos é
o povo Judeu que desde a segunda diáspora migrou pela Europa Cristã por quase dois milênios
debaixo de duras perseguições, sobreviveu como minoria e hoje em dia tem grande influência
no cenário mundial, excluindo aqui fatores geopolíticos obscuros como o fato da Criação do
Estado de Israel (zona de influência ocidental) em um território até então Árabe e os conflitos
criados desde então em uma área produtora de petróleo e fixada no “centro do mundo” e
alguns aspectos históricos favoráveis como o monopólio do comercio na idade média,
podemos considerar que a consciência de classe e identidade (que falta por vezes aos
professores) foi fundamental para a sobrevivência desse povo, vale lembrar também que
durante a idade média enquanto que membros da corte por muitas vezes eram completos
analfabetos, o primogênito do artesão, por exemplo, nas comunidades judaicas aprendia a ler,
decorar e refletir sobre a Torá desde jovem já criando desde cedo indivíduos como senso
crítico apurado, sendo ainda muita controversa a discussão sobre inteligência ser hereditária,
mas inegavelmente assumimos que a soma de valores familiares, sociais, estabilidade
financeira, uma forte educação precoce voltada para conhecimentos práticos para
desenvolvimento econômico pessoal com ênfase nos valores culturais e de respeito ao
semelhante influenciou no fato de um povo com história turbulenta e um número reduzido de
indivíduos ter chegado ao século XX no topo da pirâmide econômica e intelectual, tendo em
vista que sempre há exceções claro, como podemos ver no MEC. Lembrando que Florestan
Fernandes em sua teoria das classes sociais aponta para o fato de que uma falta de
engajamento na processo de transformação social por parte de docentes, principalmente os
que estão no topo da elite intelectual lecionando nas grandes universidades, é um problema
grave até por que encurtar verba, criar disputas dentro da faculdades, ocupar o tempo dos
docentes que já é curto ao máximo com questões internas impedindo assim a reflexão e ação
em prol dos professores de nível mais “baixo” somado a medidas como citada anteriormente
de criar processos e leis que interferem na vida acadêmica nada mais é do que a tática de
governos autoritários que visam manter a estratificação, isso debaixo de uma aparente
legitimidade como expõe Levitsky e Ziblatt em “Como as democracias morrem”.

Analisando esse quadro a educação no Brasil continuará ineficiente como instrumento de


transformação social e eficiente para manutenção de Status quo, corremos o risco de voltar ao
quem estuda é o filho de médico para ser médico, e os pobres só ascendem socialmente por
meios que o capital impõe, disso nasce o falsos empoderamentos e perpetuação de
estereótipos como “Preto e pobre só cresce pelo futebol e pela música”, assim podemos
afirmar que para determinados grupos a escola deve ser uma fábrica subserviente a interesses
de oligarquias modernas, a educação pode ser tratada como mercadoria destinada apenas a
privilegiados, o professor é um operário insatisfeito mas refém do sistema no qual está
inserido e os alunos são produtos finais mal acabados e descartáveis com serventia e prazo de
validade já determinados pelo mercado.

Nesse caso a reposta da sociedade deve ser NÃO, mas cabe aos educadores transmitir o
conhecimento necessário para que o povo dê essa resposta, mas antes a classe dos
professores tem que se reinventar, criar nova identidade e assumir a responsabilidade que lhe
é conferida, sem perder a paixão e ao mesmo tempo sem romantizar a profissão.

Referencias:

O capital vol. 1, Marx

Capitalismo dependente e as classes sociais na América Latina, Fernandes

Como as democracias morrem, Levitsky e Ziblatt

https://resistaorp.blog/2019/04/23/o-neoliberalismo-aplica-a-necropolitica-deixa-morrer-
pessoas-que-nao-sao-rentaveis/?fbclid=IwAR10pAvhGDG_lnra8hAfgY3awpbCv-fgH5-
nslekrhHyrvO8BLcuJMDz4Ks

Ética Protestante e o Espirito Capitalismo, Weber

Os donos do poder, Raymundo Faoro.

Entrevista do Professor Stoco no You tube

O tempo não para, Cazuza.

Não é sério, Charlie Brown Jr e Negra Li

Admirável mundo novo, Huxley

Alguns livros de história, geografia e outras áreas que não lembro os autores.

PS: Não relacionei muitos textos de referência como proposto no cronograma, mas foi
proposital, preferi deixar para estudar esses textos para o momento 4 juntamente com outros
textos que guardei da UC da Professora Marilena do ano passado, acene se houver problemas
e refaço o trabalho de boa.

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